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Gabarito8ano_História_Módulo4

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PARA CONCLUIR
O Iluminismo foi a base ideológica da burguesia do século XVIII
Guardadas as peculiaridades de cada território, de maneira geral, podemos concluir que os pensa-
dores iluministas desenvolviam uma visão moderada (à exceção de Rousseau), que defendia reformas 
nas sociedades europeias do século XVIII, a fim de extinguir as características do Antigo Regime. 
Os iluministas propunham transformações imediatas, como a criação de escolas laicas (sem inter-
ferência religiosa), o livre-comércio (sem intervenção estatal no controle de preços ou da produção) 
e a criação de leis que garantissem um modelo político descentralizado. 
Eram fortemente elitistas e se achavam detentores da sabedoria: eles seriam os responsáveis 
por levar as “luzes” (daí a origem da palavra Iluminismo, no sentido de iluminar, trazer à luz) aos 
povos que viviam nas “trevas”. Acreditavam que nem todos tinham capacidade de participar da 
política – daí a defesa do voto censitário – e propunham a igualdade perante a lei, desde que 
não envolvesse redução das diferenças sociais. 
Embora tenha tido ação limitada, justamente por seu caráter elitista e moderado, o Iluminis-
mo foi, sem dúvida, a principal base ideológica da burguesia para o desmonte revolucionário do 
Antigo Regime na Europa e para a independência das colônias europeias na América. Exemplos 
de movimentos nesse sentido foram a Independência das Treze Colônias (Estados Unidos), em 
1776; a Revolução Francesa, em 1789; e as conjurações Mineira (1789) e Baiana (1798) no Brasil.
1 De que maneira as ideias de Adam Smith se contrapu-
nham ao mercantilismo?
Ao defender a não intervenção do Estado na economia, Adam Smith 
distanciava-se do modelo mercantilista, no qual a economia era 
diretamente controlada pelo monarca. 
2 Qual era o objetivo da divisão dos três poderes elabo-
rada por Montesquieu?
Evitar que o poder ficasse concentrado nas mãos de uma única 
pessoa, como era no absolutismo. 
3 Qual é a importância da EnciclopŽdia?
A EnciclopŽdia reunia as principais ideias iluministas, contribuindo 
para sua divulgação pelo mundo.
4 O que era o despotismo esclarecido?
Linha política adotada por alguns monarcas europeus que 
adicionaram práticas iluministas aos seus governos absolutistas sem, 
contudo, abrir mão de seu poder real.
1 Leia o trecho a seguir. 
Classificar, delinear, dividir, sistematizar, criar um ma-
pa-múndi do saber. Esta era a ideia dos iluministas Dide-
rot e D’Alembert: ordenar o mundo em categorias em uma 
enciclopédia com 17 volumes de texto. O projeto enciclo-
pedista talvez seja a influência mais visível do iluminismo 
em nosso cotidiano. A escola, a divisão do conhecimento 
em disciplinas específicas, os livros didáticos, os telejornais 
revelam claramente essa busca classificatória. A Enciclopé-
dia iniciava com um quadro esquemático do conhecimen-
to humano, uma permanência que perpassa desde organo-
gramas de empresas até as classificações da biologia.
DARNTON, Robert. O grande massacre de gatos. Rio de Janeiro: Graal, 1986. p. 272-273. 
PRATICANDO O APRENDIZADO
APLICANDO O CONHECIMENTO
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 Compare a Wikipédia, usada atualmente por pessoas do 
mundo todo, à Enciclopédia organizada pelos filósofos 
iluministas Diderot e D’Alembert.
Ambas pretendem reunir conhecimento: no caso da Enciclopédia 
do século XVIII, o objetivo era difundir as ideias iluministas; já 
a Wikipédia atual, apesar de ter como objetivo maior a difusão da 
informação, é mais livre e permite que a produção desse 
conhecimento seja feita de maneira colaborativa. 
2 Leia o trecho a seguir e responda.
O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se 
a ferros. O que se crê senhor dos demais, não deixa de ser 
mais escravo do que eles [...]. A ordem social é um direito 
sagrado que serve de base a todos os outros. Tal direito, 
no entanto, não se origina da natureza: funda-se, portanto, 
em convenções.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social. 
São Paulo: Abril Cultural, 1978. p. 22. (Coleção Os pensadores.)
 Com base no trecho, diferencie o pensamento de Rous-
seau do pensamento dos demais filósofos iluministas.
Rousseau é considerado o mais radical dos filósofos iluministas ao 
pregar que os indivíduos nascem livres e que a ordem social é um 
direito sagrado que serve de base para todos os outros não como 
algo natural, mas por convenção. 
3 Leia o trecho a seguir e responda à questão.
Assim em Paris e nas grandes cidades, a burguesia era 
superior à nobreza em riqueza, em talento e em méritos 
pessoais. Inclusive nas cidades de província ela era supe-
rior à nobreza rural; e ainda que sentisse esta superiori-
dade, era humilhada e excluída da carreira militar pelos 
regulamentos do exército e também excluída do alto cle-
ro, e, já que a escolha dos bispos e dos altos dignatários 
eclesiásticos recaía sobre os nobres, ela o era também em 
muitos capítulos de catedrais. Também a alta magistratu-
ra a rejeitava, pois a maioria das cortes soberanas só ad-
mitia nobres em seu seio. Inclusive para ocupar os cargos 
menos importantes no quadro de funcionários do Conse-
lho de Estado aos lugares eminentes de intendente, eram 
exigidas provas de nobreza nos últimos tempos. 
BOUILLI, Marquês de. In: MATTOS, Ilmar R. et al. História. 
Rio de Janeiro: Francisco Alves/Edutel, 1977. p. 83. 
 Aponte no texto quais aspectos da sociedade do Antigo 
Regime estão sendo criticados pelo autor.
A noção de privilégio; o caráter estamental da sociedade; e a 
desigualdade de oportunidades legalmente referenciadas. 
4 Leia o trecho a seguir e responda à questão proposta. 
Um comerciante está habituado a aplicar seu dinhei-
ro sobretudo em projetos rentáveis, ao passo que um aris-
tocrata rural está acostumado sobretudo a gastar. O pri-
meiro, muitas vezes, aplica o dinheiro, que a ele retorna 
com lucro, enquanto o segundo gasta o dinheiro e muito 
raramente espera algum lucro. Esses hábitos diferentes 
naturalmente afetam o caráter e a disposição de espírito 
dos dois, em qualquer tipo de negócio. Um comerciante 
geralmente é um empresário audaz; um aristocrata rural 
frequentemente é um empresário tímido. O primeiro não 
tem medo de aplicar imediatamente um grande capital no 
aprimoramento da terra, quando tem uma perspectiva ra-
zoável de auferir lucro proporcional ao gasto. O segundo, se 
chega a dispor de algum capital — o que nem sempre acon-
tece —, raramente se aventura a aplicá-lo dessa maneira.
SMITH, Adam. A riqueza das nações, Livro III, Capítulo 4. 
São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 399-400.
 Que atividade econômica está sendo valorizada por 
Adam Smith?
O comércio, o espírito empreendedor e audacioso do comerciante 
em relação ao aristocrata, o nobre.
5 Leia o trecho a seguir e responda à questão proposta.
Art. 1 – A mulher nasce livre e tem os mesmos direi-
tos do homem. As distinções sociais só podem ser basea-
das no interesse comum.
Art. 2 – O objeto de toda associação política é a con-
servação dos direitos imprescritíveis da mulher e do ho-
mem. Estes direitos são: a liberdade, a propriedade, a se-
gurança e, sobretudo, a resistência à opressão. 
GOUGES, Olympe de. Declaração dos direitos da mulher e da cidadã. 1791. Biblioteca 
virtual de direitos humanos. USP. Disponível em: <www.direitoshumanos.usp.br/ 
index.php/Documentos-anteriores-%C3%A0-cria%C3%A7%C3%A3o-da- 
Sociedade-das-Na%C3%A7%C3%B5es-at%C3%A9-1919/declaracao-dos- 
direitos-da-mulher-e-da-cidada-1791.html>. Acesso em: 2 jul. 2019. 
 O documento citado foi proposto à Assembleia Nacional da 
França, durante a Revolução Francesa, por Marie Gouze. A 
autora propunha uma Declaração de direitos da mulher e da 
cidadã para igualar-se à Declaração dos direitos do homem 
e do cidadão, aprovada anteriormente. Por que era neces-
sário fazer uma declaração específica paraas mulheres?
Porque elas não tinham seus direitos garantidos nem na Constituição 
nem na Declaração dos direitos anterior.
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1 Identifique no trecho a seguir a característica do Ilumi-
nismo que melhor apresenta o pensamento de Voltaire. 
O tempo dos milagres ficou para trás, a Igreja triun-
fante não mais necessita deles. Em sã consciência, entre 
os perseguidores da Enciclopédia será que havia um único 
que entendesse uma palavra dos artigos de astronomia, 
de dinâmica, de geometria, de metafísica, de botânica, de 
medicina, de anatomia, que encheu os tomos desse livro 
tão necessário? Que multidão de imputações absurdas e 
de calúnias grosseiras não foram acumuladas contra esse 
tesouro de todas as ciências! Bastaria reimprimi-las logo 
após a Enciclopédia para eternizar sua vergonha. É o que 
ocorre com quem quer julgar uma obra quando não está 
sequer em condições de estudá-la. Covardes! Gritaram 
que a filosofia arruinava a catolicidade. Como!? [...] Tor-
namos a repetir que nunca a filosofia fez mal ao Estado, 
enquanto o fanatismo, unido ao espírito de corporação, 
prejudicou-o sempre.
VOLTAIRE. Dicionário filosófico. São Paulo: Martin Claret, 2004. p. 227-228.
De acordo com seus conhecimentos sobre o tema e o 
trecho de Voltaire aqui transcrito, marque a alternativa 
incorreta.
a) Um dos principais ideais defendidos pelos filósofos 
iluministas foi o uso da ciência como forma de atingir 
o conhecimento.
b) Muitos membros da Igreja criticavam os ideais e as 
explicações científicas apresentadas pelos filósofos 
iluministas, pois achavam que essa nova forma de 
olhar o mundo poderia abalar o poder e as “verda-
des absolutas” da Igreja.
c) Voltaire considerava a Enciclopédia o tesouro de to-
das as ciências, pois ela fora criada, no século XVIII, 
com o objetivo de reunir todo o conhecimento cien-
tífico produzido pelos homens.
d) Voltaire não acreditava que a ciência, a Enciclopédia
e os ideais iluministas arruinariam a catolicidade 
ou o Estado, mas, de fato, o Iluminismo rompeu 
e destruiu todos os ideais religiosos que existiam 
antes dele. 
e) Muitos filósofos iluministas, da mesma forma que 
Voltaire, acreditavam que o fanatismo e a crença 
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absoluta de que os ideais puramente religiosos eram 
capazes de gerenciar o Estado poderiam prejudicar 
o desenvolvimento de um país.
2 Sobre a charge a seguir, podemos afirmar que:
a) ironiza a arrogância dos iluministas perante a 
sociedade.
b) destaca a perseguição aos ideais iluministas, dife-
rentes do pensamento corrente da época.
c) ressalta a aceitação imediata do Iluminismo nas so-
ciedades europeias.
d) evidencia a homogeneidade presente nos países 
europeus do século XVIII.
e) demonstra que as ideias iluministas fracassaram, 
pois a Igreja e os Estados absolutistas controlaram 
a corrente de pensamento da época.
DESENVOLVENDO HABILIDADES
Veja, no Manual do Professor, o gabarito comentado das alternativas 
sinalizadas com asterisco.
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