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1 Explique com suas palavras o que foi a Guerra Fria. Período de confrontos indiretos envolvendo Estados Unidos e União Soviética em busca da hegemonia de seus sistemas político- -econômicos (capitalismo 3 socialismo). 2 De que forma o macarthismo atuava dentro do território estadunidense? Incentivando delações e perseguindo supostos simpatizantes do socialismo nas empresas, nos meios de comunicação, etc. 3 O que era o Kominform? Órgão criado pela União Soviética com o fim de sistematizar as ações dos partidos comunistas no Leste Europeu e impedir o avanço da ideologia capitalista. 4 Caracterize o Pacto de Varsóvia. Criado em resposta à Otan, era uma aliança militar envolvendo países socialistas a fim de se defender diante de um ataque inimigo. PRATICANDO O APRENDIZADO APLICANDO O CONHECIMENTO 1 Leia a tira. Depois, faça o que se pede. Levando em consideração o conceito de corrida armamentista, interprete a tira acima. Os alunos devem comentar a respeito dos investimentos em indústria bélica que criavam uma sensação de insegurança, pois as bombas e as armas de destruição em massa poderiam facilmente ocasionar uma devastação sem precedentes. QUINO. Toda Mafalda: da primeira à última tira. São Paulo: Martins Fontes, 2010. © J oa qu ín S al va do r La va do (Q U IN O ) T O D A M A FA LD A /F ot oa re na 233 H IS T Ó R IA M Ó D U LO 1 1 PH_EF2_9ANO_HIS_222a236_CAD2_MOD11_CA.indd 233 1/23/20 11:40 2 Leia com atenção a reportagem a seguir e responda às questões. A Fenda do Bikini foi campo de testes nucleares – e ainda é radioativa Precisamos falar sobre o Bob Esponja. Já parou para pensar que ele e seus amigos são criaturas do mar que conversam, trabalham e até andam de carro? Tudo bem, você pode dizer que ele é só um desenho animado, mas aqui vai uma bomba nuclear direto na sua infância: Bob mora no fundo de um campo submarino de testes nu- cleares de verdade, o Atol de Bikini, onde os Estados Unidos testaram 23 bombas nucleares entre 1946 e 1958. Toda essa radiação pode ser a explicação para a existên- cia da turma da Fenda do Bikini na ficção, mas, na vida real, ela é ameaçadora. E, ao contrário do que pensavam os cientistas, permanece perigosíssima mesmo depois de tantas décadas. N a ti o n a l A rc h iv e /H u lt o n A rc h iv e /G e tt y I m a g e s Nuvem atômica que subiu durante a explosão “Baker Day”, provocada pelos Estados Unidos no Atol de Bikini, no Pacífico, em 25 de julho de 1946. Isso é o que mostra um novo estudo publicado na revista da Academia de Ciências dos Estados Unidos (PNAS): mesmo depois de 58 anos, o material que so- brou das explosões continua com níveis perigosos de radiação. Hoje, 184 millirems ainda são liberados por ano na Fenda do Bikini – “rem” significa “Roentgen equivalent in man”, e é a unidade usada para medir a dose de radioatividade absorvida pelo homem ou por outros mamíferos em determinado lugar. O nú- mero surpreendeu os cientistas, já que, nos anos 1970, quando a última medição foi feita por um time da Uni- versidade de Columbia, imaginava-se que o perigo fos- se diminuindo aos poucos. A hipótese era que o índice atual fosse estar entre 16 e 24 millirems. Uma história bombástica Em julho de 1946, os Estados Unidos estavam em fes- ta depois de vencer a Segunda Guerra Mundial. Usando bombas nucleares e matando milhares de pessoas em Hiroshima e Nagasaki, eles conseguiram a rendição japo- nesa. Até então, o poder dessas armas nunca havia sido visto e, por isso, o Pentágono decidiu que era sua função testá-lo – também há quem diga que tudo não passou de uma demonstração de força para assustar os soviéticos. Eles procuraram uma parte do mundo que, no jul- gamento deles, era quase totalmente desabitada para os testes e encontraram o lugar perfeito: o Atol de Bikini, no Oceano Pacífico. Um atol é uma ilha formada por corais. Ela tem um formato de anel e, em seu centro, se forma uma lagoa marinha. Foi ali que os americanos resolveram fazer seus testes. Só que a ilha não era desabitada coisa nenhuma: ela tinha cerca de 200 moradores, que tiveram de se mudar de lá, e ir para o Atol de Rongerik. O primeiro teste foi em julho de 1946, e o segundo, apenas três semanas depois. Até 1958, os Estados Unidos jogaram 23 bombas nuclea- res no atol, sem se preocupar com as consequências eco- lógicas ou sociais. No começo dos anos 1970, depois de publicado o estu- do de Columbia, os antigos habitantes de Bikini voltaram às suas casas – só para encontrar tudo contaminado pela ra- diação. Em 1978, foram removidos de novo, e, de saco cheio, processaram os Estados Unidos. Eles foram indenizados em 100 milhões de dólares, mas o dinheiro não ajudou em nada, porque a operação de limpeza proposta pelos Estados Unidos nas negociações do processo geraria 1 milhão de pés cúbicos de lixo radioativo. E descartar lixo radioativo é caro – bem mais caro que 100 milhões de dólares. D’ANGEL, Helô. A Fenda do Bikini foi campo de testes nucleares – e ainda é radioativa. Superinteressante, 31 out. 2016. Disponível em: <http://super.abril.com.br/ciencia/ a-fenda-do-bikini-foi-campo-de-testes-nucleares-e-ainda-e-radioativa/>. Acesso em: 23 out. 2019. a) De acordo com o texto, quais eram os objetivos dos Estados Unidos ao investir em armas tão potentes durante a Guerra Fria? Defesa diante de um possível ataque soviético e demonstração de força aos inimigos socialistas. b) Quais foram as consequências dos testes nucleares promovidos pelos Estados Unidos para a população das ilhas? Contaminação com radiação, que pode levar a doenças como o câncer. Por isso, a população local teve de abandonar suas casas. 234 H IS T Ó R IA M Ó D U LO 1 1 PH_EF2_9ANO_HIS_222a236_CAD2_MOD11_CA.indd 234 1/23/20 11:40 3 Leia a reportagem a seguir. Erguer uma barreira que isolasse Berlim Ocidental foi a solução que os dirigentes comunistas encontraram para conter a fuga em massa de profissionais qualifica- dos. “A existência de um oásis capitalista bem em frente ao setor soviético criava problemas de convivência”, diz Angelo Segrillo, professor de história contemporânea da USP. Antes mesmo da divisão oficial de Berlim, entre ju- nho de 1948 e maio de 1949, tanques soviéticos cercaram todo o setor capitalista da cidade. Durante aqueles 9 lon- gos meses, seus habitantes dependeram de suprimentos entregues por aviões saídos da Alemanha Ocidental para sobreviver. Quando as tropas se retiraram, os orientais instalaram barricadas nas ruas de conexão entre os dois lados da cidade e cortaram as ligações telefônicas. Como nada disso adiantou, o jeito foi isolar o lado ocidental. Resultado da chamada Operação Rosa, preparada du- rante 6 meses, o cerco começou na madrugada de um domingo, 13 de agosto de 1961. Ao ser concluído, o muro tinha 155 quilômetros. As tentativas de fuga nun- ca deixaram de acontecer – afinal, a partir de Berlim Ocidental era possível pegar um avião para qualquer parte do mundo capitalista. Em 38 anos de existência, a barreira foi burlada por mais de 5 mil pessoas. Pelo menos 150 morreram tentando driblá-la. CORDEIRO, Tiago. O muro de Berlim não separava as duas Alemanhas. Superinteressante, 15 mar. 2017. Disponível em: <http://super.abril.com.br/historia/ o-muro-de-berlim-separava-as-duas-alemanhas/>. Acesso em: 23 out. 2019. O texto faz referência a dois episódios históricos do contex- to da Guerra Fria estudados neste módulo. Identifique-os. Bloqueio de Berlim (1947/1948) e construção do Muro de Berlim (1961). 4 Qual era a importância de Berlim no contexto da Guerra Fria? Berlim acabou sendo um dos símbolos da Guerra Fria, especialmente após a construção do Muro, em 1961. 5 Leia o trecho a seguir e responda ao que se pede. O fato básico e crucial, que nunca é demais repetir, é que o sistema da Guerra Fria é altamentefuncional para as superpotências, e é por isso que ele persiste, apesar da probabilidade de mútua aniquilação no caso de uma fa- lha acidental [...]. CHOMSKY, Noam. Armas estratégicas, Guerra Fria e Terceiro Mundo. In: THOMPSON, E. et al. Exterminismo e Guerra Fria. São Paulo: Brasiliense, 1985. p. 190. Por que o autor afirma que a Guerra Fria era funcional para as superpotências? Porque a Guerra Fria possibilitou o desenvolvimento tecnológico das potências, bem como aumentou seu poder e sua influência no mundo, por meio da interferência em países ao redor do globo. 1 Observe a charge a seguir. A ri o n a u ro /A rq u iv o d o c a rt u n is ta Pode-se interpretar a charge afirmando que ela representa o(a): a) disputa entre Estados Unidos e União Soviética pela hegemonia mundial. b) equilíbrio entre capitalismo e socialismo durante a Segunda Guerra Mundial. c) falta de força da União Soviética em sustentar o socialismo no governo de Stalin. d) acordo entre Estados Unidos e União Soviética pela divisão da Europa no pós-Segunda Guerra. e) corrida espacial desenvolvida pelas potências durante a Guerra Fria. Veja, no Manual do Professor, o gabarito comentado das alternativas sinalizadas com asterisco. DESENVOLVENDO HABILIDADES 235 H IS T Ó R IA M Ó D U LO 1 1 PH_EF2_9ANO_HIS_222a236_CAD2_MOD11_CA.indd 235 1/23/20 11:40 2 No cartaz soviético, reproduzido abaixo, podemos ler: “Na União Soviética: em 1951-1955, a constru- ção de escolas urbanas e rurais aumentará em aproximadamente 70% em relação ao período anterior de cinco anos. Nos Estados Unidos: 1% do orçamento é para educação pública e 74% para gastos militares. Nos Estados Unidos, existem mais de 10 milhões de analfabetos; cerca de um terço das crianças em idade escolar não estuda.” Podemos afirmar que o objetivo desse cartaz era: a) estabelecer os aspectos positivos de cada regime político. b) fazer propaganda positiva do socialismo. c) criticar a distribuição de renda no mundo. d) proibir a ida de imigrantes para a União Soviética. e) pressionar a ONU pela criação de políticas de com- bate ao analfabetismo. 3 Ao longo do século XX, grandes eventos esportivos re- vestiram-se, muitas vezes, de significado político. Nas décadas de 1970 e 1980, três edições dos Jogos Olímpi- cos foram alvo de boicotes por parte de alguns países. Interesses econômicos e esportivos também se mistu- ravam. As disputas entre países e cidades para sediar eventos esportivos internacionais eram tão acirradas que despertavam tanta atenção do público quanto as próprias competições. Para analisar essas relações, leia os textos seguintes. A Guerra Fria chegou aos Jogos Olímpicos em 1980. Os Estados Unidos lideraram um boicote massivo aos jo- gos de Moscou, em protesto contra a invasão do Afega- nistão pela União Soviética, em 1979. Os Jogos Olímpicos sempre procuraram se desvincular das injunções polí- ticas, porém, em 1980, o evento se converteu num peão da Guerra Fria, no confronto de gato e rato entre as duas superpotências: os Estados Unidos e a União Soviética. DEUTSCHE, Welle. Moscow 1980: Cold War, Cold Shoulder. DW-World.DE, 31 jul. 2008 (tradução do autor). Disponível em: <www.dw.de/dw/article/0,2144,3524906,00.html>. Acesso em: 23 out. 2019. Propor a candidatura de Paris* aos Jogos de 2012 re- presentou, acima de tudo, propor um enredo. Diferentes fatos e realidades foram combinados numa só história, marcada por grandes eventos – como o do renascimento do olimpismo em Paris, graças a Pierre de Coubertin –, grandes homens (o próprio Coubertin), grandes lugares do passado, presente e futuro. Ao narrar o encontro da grande cidade com o espírito olímpico, esse enredo não significava um mero truque para a ação, mas constituía seu centro, pois embasava o discurso que justificava o que estava sendo feito. LUSSAULT, Michel. L’Homme Spacial. Paris: Éditions du Seuil, 2007. p. 234-235 (tradução dos autores). (*) Paris perdeu a indicação para Londres, onde fo- ram realizados os Jogos Olímpicos de 2012. Considerando as informações expostas, podemos afir- mar que os eventos esportivos de maneira geral: a) representam exatamente a importância política dos países que os sediam. b) envolvem questões políticas e econômicas para além do campo esportivo. c) são isentos de relação com o mundo que os cerca. d) estabelecem conexões com os governos locais quan- do acontecem em países pobres. e) não interferem na realidade geopolítica mundial. 4 Leia o texto. Logo após a Segunda Guerra Mundial, os Estados Uni- dos surgiram como maior potência do planeta, e a URSS, como sua rival. A disputa política, diplomática e militar entre ambos, chamada de Guerra Fria, impulsionou o de- senvolvimento científico e tecnológico de maneira jamais vista. Rapidamente, essa corrida generalizou-se para ou- tras áreas, inclusive na exploração do espaço. MELO, Cristiano Fiorillo de; WINTER, Othon Cabo. A era espacial. São Paulo: Ed. da Unesp, 2007. p. 36. Segundo o texto, podemos afirmar que a Guerra Fria: a) foi a única responsável pelo início da exploração do espaço. b) impediu uma disputa direta entre Estados Unidos e União Soviética. c) teve um aspecto positivo ao incentivar o desenvol- vimento tecnológico. d) não trouxe mudanças significativas naquele momen- to histórico. e) representou um evento exclusivamente militar. B ri d g e m a n I m a g e s /F o to a re n a 236 H IS T ” R IA M ” D U LO 1 1 PH_EF2_9ANO_HIS_222a236_CAD2_MOD11_CA.indd 236 1/23/20 11:40
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