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Gabarito_8ano_História_Módulo18

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Andando pelas ruas de Pedro Juan Caballero, capital do Estado de Amambay no Paraguai, cidade 
vizinha de Ponta Porã, ao perguntar o porquê da guerra, os paraguaios não têm dúvidas. ‘O Brasil foi 
culpado, a Inglaterra deu dinheiro para o Brasil invadir aqui. Ponta Porã, Amambaí, Bela Vista, até 
Dourados, era tudo Paraguai. Pegaram da gente’, comenta Raul Lopez Arguero, que estava em frente a 
uma praça onde lia o jornal local.
SAIBA o que paraguaios pensam sobre a Guerra do Paraguai. Dourados News, 6 dez. 2008. Disponível em: 
<www.douradosnews.com.br/noticias/saiba-o-que-paraguaios-pensam-sobre-a-guerra-do-paraguai-3db60a4de429a/346723/>. 
Acesso em: 5 dez. 2019.
 O trecho acima mostra a visão de um paraguaio sobre a Guerra do Paraguai. Agora, é a sua vez: 
pesquise informações sobre a forma como os paraguaios veem o conflito e seus participantes. 
Se conhecer alguém que seja paraguaio ou descendente de paraguaios, pergunte o que ele 
aprendeu na escola sobre o conflito.
O Segundo Reinado, como estudamos anteriormente, foi um momento de consolidação da 
independência, de construção de uma ideia de nação e de estabilização política. Nesse contexto, 
associado a uma expansão econômica, o país buscou se apresentar ao mundo como potência. 
Dessa forma, a política externa brasileira adotada no período é uma expressão dessa pers-
pectiva. O embate com os ingleses e a intervenção constante na América do Sul exemplificam 
essa tomada de posição no cenário internacional, em um processo de afirmação do Estado 
nacional brasileiro.
1 Analise a importância do controle da região do rio da 
Prata do ponto de vista estratégico.
O controle da bacia Platina garantia condições de avançar com navios 
para o interior da América do Sul, o que ampliava as possibilidades 
comerciais e a ocupação do interior.
2 Cite um conflito na América do Sul, ocorrido no século XIX,
do qual o Brasil tenha participado, localize-o temporal-
mente e aponte seus desdobramentos.
Nos anos 1820, a província Cisplatina se rebelou contra o domínio 
brasileiro e deu início à Guerra da Cisplatina. Nas décadas seguintes, 
tropas brasileiras intervieram em conflitos no Uruguai (1839-1851), 
invadiram a Argentina (1851-1852) e atuaram na Guerra do Paraguai. 
ATIVIDADE PRÁTICA
PARA CONCLUIR
PRATICANDO O APRENDIZADO
Ver Manual do Professor.
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Leia o trecho abaixo e responda às questões 1 e 2. 
Estou encarregado de exprimir a V.M. Imperial o 
pesar com que S.M. a Rainha viu as circunstâncias que 
acompanharam a suspensão das relações de amizade en-
tre as cortes do Brasil e da Inglaterra, e de declarar que o 
governo de S.M. nega toda intenção de ofender a dignida-
de do Império do Brasil, que S.M. aceita plenamente, sem 
reserva, a decisão de S.M. o Rei dos Belgas e que será feliz 
em nomear um ministro para o Brasil, logo que V.M. esti-
ver pronto para renovar as relações diplomáticas.
THORNTON, Edward citado por TAUNAY, Alfredo. História do Brasil. Disponível 
em: <http://www.eb.mil.br/exercito-brasileiro?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_
state=maximized&p_p_mode=view&_101_struts_action=%2Fasset_publisher%2Fview_
content&_101_assetEntryId=1549015&_101_type=content&_101_urlTitle=questao-
christie&inheritRedirect=true>. Acesso em: 22 jan. 2020.
1 A que contexto o comunicado acima faz referência?
À suspensão das relações entre Brasil e Inglaterra como um 
desdobramento da Questão Christie.
2 Explique a referência ao “Rei dos Belgas” no trecho 
 citado e de que maneira isso está relacionado ao que 
a Inglaterra desejava com a mensagem.
Leopoldo II foi o responsável por arbitrar a disputa entre o Brasil 
e a Inglaterra. Em sua decisão, ficou ao lado do pleito brasileiro. A 
Inglaterra, diante disso, buscava acalmar as tensões com o Brasil 
e retomar as relações diplomáticas (“que S.M. aceita plenamente, 
sem reserva, a decisão de S.M. o Rei dos Belgas e que será feliz em 
nomear um ministro para o Brasil, logo que V.M. estiver pronto para 
renovar as relações diplomáticas”). 
Leia o trecho a seguir para responder às questões 3 e 4.
Comecemos pelo começo. Os lugares da memória são 
bem-delineados, e sugerem que na história dos vencedo-
res, nas ruas de suas cidades, só há espaço para nomes 
como Cerro Cor á, Paisandu, Humaitá, Riachuelo e os nem 
sempre bem preparados Voluntários da Pátria. Nomes so-
noros, muitos indígenas, mas que curiosamente não per-
mitem enxergar o substrato guarani que animava um exér-
cito de 64 000 homens. A história desses silêncios precisa 
ser escrita, e revisitada a historiografia oficial que inundou 
os manuais do império e também os republicanos. [...]
MOTA, Carlos Guilherme. História de um silêncio: a guerra contra o Paraguai (1864-1870) 130 
anos depois. In: Estudos Avançados, v. 9, n. 24. São Paulo, 1995. Disponível em: <www.scielo.br/
pdf/ea/v9n24/v9n24a12.pdf>. Acesso em: 5 dez. 2019.
APLICANDO O CONHECIMENTO
3 Descreva a situação econômica paraguaia na década 
de 1860.
Solano López chegou ao poder no Paraguai em 1862. Ele sucedia seu 
pai, Carlos Antonio López. A sequência dos dois governos foi 
responsável por um processo de modernização do país: antes mesmo 
de se tornar o governante paraguaio, Solano López foi à Inglaterra 
adquirir material de guerra e recrutar técnicos. Além disso, entre as 
décadas de 1840 e 1860 foram criadas ferrovias para garantir a 
expansão econômica, buscando o incremento de sua indústria têxtil 
financiada por suas exportações de erva-mate. 
4 Caracterize as relações entre Brasil e Paraguai antes de 
1864.
O Brasil mantinha relações com o Paraguai, tentando preservar as 
boas relações com os governos locais para eventuais pressões sobre 
os vizinhos. Ao mesmo tempo, insistia na livre navegação nos rios 
Paraguai e Paraná – que passavam pelo território paraguaio – e 
divergia sobre a fronteira de Mato Grosso. Na década de 1860, a 
tensão entre os dois países se acirraria profundamente.
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1 Observe a imagem.
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Estudo para a Questão Christie. Óleo sobre tela de Victor Meirelles, 1864.
O imperador dom Pedro II no Paço Imperial, local onde encontraria o Conselho 
para tratar dos conflitos com o embaixador britânico. É possível ver 
dom Pedro II ao centro do quadro, junto ao povo.
A obra ilustra aspectos da Questão Christie. Sobre as 
consequências do episódio, pode-se afirmar que 
a) preocupou as autoridades imperiais em virtude da 
falta de apoio local.
b) enfureceu a população, preocupada em ficar sem 
acesso aos produtos ingleses.
c) fortaleceu a imagem do imperador, aumentando sua 
popularidade no Brasil.
d) organizou a população em batalhões de voluntários 
que se reuniam em praças.
e) aproximou o Brasil de seus vizinhos, buscando uma 
coalizão contra o inimigo externo.
2 Leia o trecho abaixo.
Para o Paraguai, portanto, essa foi uma guerra 
pela sobrevivência. De todo modo, uma guerra contra 
dois gigantes estava fadada a ser um teste debilitante 
e severo para uma economia de base tão estreita. 
Lopez precisava de uma vitória rápida e, se não 
conseguisse vencer rapidamente, provavelmente não 
venceria nunca.
LYNCH, J. As Repúblicas do Prata: da Independência à Guerra do Paraguai. 
In: BETHELL, Leslie (Org.). História da América Latina: da independência 
até 1870. São Paulo: Edusp, 2004. v. III.
A necessidade de uma vitória rápida estava vinculada
a) ao tamanho da economia paraguaia, que ainda vivia 
o início de um processo de expansão.
b) aos esforços dos grandes proprietários rurais do Pa-
raguai em minar o poder de Solano López.
c) ao modelo de desenvolvimento paraguaio, que 
privilegiava as exportações em detrimentodo 
mercado interno.
d) à percepção de que, por ter um exército muito redu-
zido, os paraguaios precisariam atacar os adversários 
de surpresa.
e) aos mecanismos de equilíbrio da política internacio-
nal que não permitiriam a existência de uma guerra 
na região platina por muito tempo.
3 Leia o trecho a seguir. 
Concluímos aqui, acreditando ter deixado claro o 
que entendemos pelas “duas faces da mesma moeda” 
na política externa do Brasil monárquico. [...] Uma, a 
Veja, no Manual do Professor, o gabarito comentado das 
alternativas sinalizadas com asterisco.
DESENVOLVENDO HABILIDADES
3 Com base na leitura do texto, explique por que os “Vo-
luntários da Pátria” não eram considerados tão bem 
preparados pelo autor.
Os Voluntários da Pátria em grande parte eram escravizados que 
foram obrigados a ir para a guerra a mando dos senhores. Muitos 
desses soldados não receberam o devido treinamento militar, o que 
provocou muitas mortes.
4 Explique a importância da construção da memória acer-
ca da Guerra do Paraguai para o Brasil.
A memória acerca da Guerra do Paraguai auxiliou no processo de 
consolidação do Império brasileiro e na imagem de dom Pedro II 
como um grande estadista. O Brasil afirmou as bases de liderança na 
América do Sul não só politicamente, mas a partir de uma 
legitimidade popular influenciada em grande parte pela vitória no 
conflito. 
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fase subordinada, mostrando a ascendência do Impé-
rio Britânico sobre o Império Brasileiro [...]. Outra, a 
face subordinante, mostrando a ascendência do Impé-
rio Brasileiro sobre a região platina.
SILVA, José Luiz Werneck da. As duas faces da moeda: a política externa do 
Brasil Monárquico – 1831-76. Rio de Janeiro: Univerta, 1990. p. 91.
O fragmento apresenta uma perspectiva dual sobre a 
política externa brasileira no Segundo Reinado. Sobre 
o tema, analise as afirmativas:
 I. O Império brasileiro defendia a não intervenção nas 
questões platinas para manter o relacionamento 
amistoso com seus vizinhos.
 II. O governo imperial tinha uma política intervencio-
nista na região platina ao mesmo tempo que era 
pressionado pelo imperialismo inglês.
III. A subordinação do Império brasileiro à Inglaterra 
impediu reações contra os desmandos praticados 
por autoridades inglesas em relação ao Brasil.
IV. O Brasil buscou a livre navegação na bacia Platina 
para preservar a comunicação e o escoamento de 
produtos das províncias de Paraná, Santa Catarina 
e Mato Grosso. 
Estão corretas somente as afirmativas
a) I e II.
b) II e III.
c) I e IV.
d) II e IV.
e) I e III.
4 Leia o trecho a seguir. 
O imperialismo inglês, “destruindo o Paraguai, 
mantém o status quo na América Meridional, impedin-
do a ascensão do seu único Estado economicamente 
livre”. Essa teoria conspiratória vai contra a realidade 
dos fatos e não tem provas documentais. Contudo, 
essa teoria tem alguma repercussão. 
DORATIOTO, F. Maldita guerra: nova história da Guerra do Paraguai. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2002. 
Essa perspectiva sugere que
a) o Paraguai era um país desenvolvido e foi atacado 
por isso.
b) a Tríplice Aliança não tinha motivações para atuar 
na guerra.
c) a Inglaterra não foi a principal responsável pela Guer-
ra do Paraguai.
d) o Brasil não estava envolvido no conflito, mas foi 
arrastado para ele.
e) a Argentina e o Uruguai não tinham motivos para se 
envolver na guerra.
ANOTA‚ÍES
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