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UNIVERSIDADE ESTDADUAL DO MARNHÃO – UEMA CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE CAXIAS – CESC REVISÃO DE LITERATURA SOBRE ENTORSE A entorse é um movimento violento, com estiramento ou ruptura de ligamentos de uma articulação. A entorse de tornozelo é uma das lesões musculoesqueléticas frequentemente encontradas na população ativa, que geralmente envolve lesão dos ligamentos laterais. Ocorre com maior frequência nos atletas de futebol, basquete e vôlei, correspondendo a cerca de 10% a 15% de todas as lesões do esporte. Estima-se que ocorra uma entorse lateral aguda do tornozelo (ELAT) a cada 10.000 pessoas por dia, sendo esta uma das lesões mais comuns do sistema musculoesquelético e também uma das mais comuns no esporte. Os desportos que mais levam os praticantes às clínicas médicas, por ordem de importância é o futebol, voleibol e basquetebol, todos coletivos. Quantos às citações de lesões, a primeira mais citada, por ordem de importância, foi a entorse de tornozelo (30%). O gesto esportivo realizado em determinado esporte pode predispor o atleta a sofrer entorse de tornozelo. Entorse de tornozelo é a lesão aguda mais frequentemente encontrada no voleibol, com incidência variando entre 15 a 60%. A maioria das lesões de tornozelo ocorre durante a aterrissagem de um salto após um bloqueio ou ataque (CARDOSO, 2005). O objetivo do tratamento da lesão ligamentar do tornozelo é o retorno às atividades diárias (esporte/trabalho), com remissão da dor, inchaço e inexistência de instabilidade articular. O tratamento inicial para todas as lesões consiste em repouso por três dias, aplicação local de gelo, elevação do membro afetado e proteção articular com imobilizador ou tala gessada. O uso de antiinflamatórios não-hormonais mostrou diminuição da dor e edema, com melhora precoce da função articular. Nas lesões leves, o tratamento é sintomático, com manutenção da imobilização até a melhora dos sintomas, que dura entre uma e duas semanas. Já nas lesões completas, a proteção articular com imobilizadores semi-rígidos possibilitou retorno mais rápido às atividades físicas e laborativas quando comparada à imobilização gessada, porém a ocorrência de edema, dor e instabilidade em longo prazo foi semelhante nos dois grupos. Outros tipos de imobilização funcional, como enfaixamento e imobilizadores elásticos, tiveram resultados inferiores aos imobilizadores rígidos e semi-rígidos. O tratamento cirúrgico comparado ao tratamento conservador não mostrou superioridade no retorno precoce à atividade física, apenas parece evoluir com menor instabilidade residual. O tratamento deve ser feito de forma individualizada, avaliando-se cuidadosamente os riscos, que são maiores no tratamento cirúrgico. Portanto, a preferência é dada ao tratamento conservador para as lesões agudas, com atenção a pacientes que possam permanecer sintomáticos. Grandes estudos já foram realizados tentando responder se o tratamento cirúrgico teria algum espaço no tratamento das entorses de tornozelo, e na grande maioria dos casos a resposta foi não. Assim, em geral, a cirurgia não é indicada, salvando raríssimas exceções como por exemplo, nas lesões do ligamento talofibular com aumento do ângulo de mortise, nas lesões do ligamento deltóide na sua região intra-articular com abertura do ângulo de mortise e, eventualmente, em casos de lesões com ruptura completa e concomitantes do ligamento talofibular anterior com a do ligamento calcaneofibular, em pacientes atletas, devido à recuperação mais acelerada no tratamento cirúrgico em relação ao tratamento conservador. REFERÊNCIAS: CARDOSO, J. R. Influência da utilização da órtese de tornozelo durante atividades de voleibol: Avaliação eletromiográfica. Paraná: Rev. Bras. Med Esporte- Vol.11, N°5-Set/Out, 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517869220050005000 06&lng=pt&nrm=iso Acesso em: 14/04/2012. RENSTROM, A.F.H. Lesões ligamentares do tornozelo. Rev Bras Med Esporte- Vol.5, N°1- Jan/Fev, 1999. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517- 86921999000100004&lng=pt&nrm=iso Acesso em: 24/04/2012. RIBEIRO, C.Z.P. BELANGERO, P. S. Como o ortopedista brasileiro trata entorse lateral aguda do tornozelo? São Paulo: Rev. Bras. Ortop. 2010; 45(5): 468-73. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102361620100005000 15&lang=pt&tlng= Acesso em: 14/04/2012.
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