Gabarito6ano_Redação_Módulo4

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a) Com base nessa descrição, que previsão os leitores 
fazem da atitude da protagonista em relação ao me-
nino quando ele invade sua casa? 
É possível prever que a senhora seria agressiva com ele,
xingando-o e enxotando-o de sua casa.
b) Essa previsão se concretiza na narrativa? Justifique 
sua resposta.
A previsão não se concretiza: a senhora se encontrava
bastante fragilizada e ambos, tanto o menino quanto a idosa,
apresentam um comportamento diferente do esperado. O 
garoto se mostra curioso, sensível e responsável, enquanto 
a idosa confia em pedir ajuda para ele em vez de reagir à 
invasão.
c) No início, a narrativa descreve uma atitude aparente-
mente ameaçadora da idosa e uma atitude violenta 
dos garotos. Quando um dos meninos se encontra 
com a idosa, essas atitudes se alteram completa-
mente. Que efeito essa mudança provoca no leitor?
A estratégia usada pelo narrador no enredo gera uma quebra
de expectativa no leitor, tornando surpreendentes, e comoventes, 
o desenrolar e o desfecho da narrativa.
2 A história se passa em dois lugares. Quais são?
O exterior (rua, jardim) e o interior da casa da senhora.
3 Como esses espaços físicos são caracterizados na nar-
rativa?
A rua, praticamente sem habitações, é de uma cidade pequena, com
características rurais (o burro pastava, as crianças banhavam-se no rio 
e pegavam passarinho). A casa da idosa, onde se passa a maior parte 
da história, é um chalé envelhecido, com aspecto de abandono e com
seu interior desorganizado.
4 Considerando a fuga dos colegas do menino, que at-
mosfera a casa da protagonista cria?
A casa da idosa cria uma atmosfera de abandono, desordem e medo. 
O modo como o menino se comporta em tal contexto antecipa um 
acontecimento ruim que não se concretiza.
5 A apresentação do espaço físico da casa é longa.
a) Qual é a importância desse espaço para o narrador 
nessa descrição?
O espaço tem significado simbólico. Sua descrição é importante 
para mostrar, no final, que o abandono da casa se relacionava 
com a condição de saúde da idosa solitária.
b) Existe alguma relação entre o espaço físico e as ca-
racterísticas da personagem principal?
A descrição do espaço está relacionada com a construção da 
personagem, que também tinha uma aparência descuidada, por 
causa das limitações da idade avançada e da falta de assistência 
de alguém próximo. A casa está sem manutenção e limpeza, 
assim como o próprio corpo da idosa, que sofre com a falta de 
higiene e cuidado.
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1 Um trecho que comprova que o narrador é onisciente 
por mostrar pensamentos e aspectos psicológicos do 
personagem é:
a) “Não aparecia de frente e de corpo inteiro, como as 
outras pessoas, conversando na calma.”
b) “Os amigos chamavam-no, impacientes.”
c) “Fazia tudo naturalmente, e nem se lembrava mais 
por que entrara ali, nem conservava qualquer es-
pécie de aversão pela doida.”
d) “E a boca inflamada, soltando xingamentos, pragas, 
numa voz rouca.”
2 Esse narrador onisciente é importante na construção 
dessa narrativa porque nos leva a:
a) sentir raiva do menino, que trata a idosa da mesma 
forma do início, quando ele e seus amigos a per-
turbavam.
b) perceber a tensão e a preocupação do menino com a 
idosa, revelando mudança no comportamento dele.
c) sentir pena da “doida”, que continua sendo arrogan-
te até os últimos momentos de sua vida.
d) perceber o desejo da idosa de morrer só, revelan-
do a manutenção de um comportamento pouco 
sociável.
3 Nenhum personagem da história tem nome próprio. 
Isso ocorre porque:
a) o autor do texto teve dificuldade para definir nomes 
apropriados para os personagens.
b) houve um descuido do autor, pois todo personagem 
de uma história deve ter um nome.
c) o autor do texto não teve nenhuma intenção ao 
indeterminar os personagens, pois não faz diferença 
alguma eles terem ou não um nome.
d) a indeterminação dos nomes ajuda a passar a ideia 
de que a discriminação dos idosos é uma atitude 
comum das pessoas de modo geral, e não só dos 
personagens da narrativa.
4 Assinale a alternativa em que o termo destacado é um 
marcador temporal.
a) “E na rua, tornada maior pelo silêncio, o burro pastava.”
b) “Aí o terceiro do grupo, em seus 11 anos, sentiu-se 
cheio de coragem e resolveu invadir o jardim.”
c) “Sabia-se confusamente que a doida tinha sido moça 
igual às outras no seu tempo remoto (contava mais 
de 60 anos, e loucura e idade, juntas, lhe lavravam 
o corpo).”
d) “A loucura parecia antes erro do que miséria.”
6 Responda às questões a seguir, considerando o con-
traste entre os dois personagens centrais e o que eles 
representam socialmente.
a) Como é apresentado o espaço social da narrativa?
O espaç o social demonstra um confronto entre crianças, que 
representam a jovialidade, o vigor, a saúde e a proteção familiar, 
e a idosa considerada “doida”, que simboliza a velhice, a solidão, 
a doença e o abandono.
b) Em sua opinião, a construção desse espaço social 
promove a reflexão do leitor? Que tipo de reflexão? 
Sim, pois a análise do espaço social conduz o leitor ao 
entendimento daquilo que realmente se passava no interior da 
casa da idosa, que, afinal, não era uma doida rabugenta, como 
as crianças pensavam, e sim uma idosa que fora abandonada por 
todos e podia estar nos últimos momentos de vida. Isso só é 
revelado no final, no encontro dela com o menino e com a atitude 
que ambos tomam, garantindo a quebra de expectativa e a 
sensibilização do leitor.
DESENVOLVENDO HABILIDADES
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