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CADERNO - ÉTICA - ARTIGOS

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ÉTICA – 1ºB – ARTIGO 1 AO 7º
Art. 1º 
Mas, afinal de contas, quais são as atividades privativas dos advogados? O que os mesmos poderão realizar praticamente em exclusividade? Reza à Lei8.906/94 sobre, no art. 1º.
Quanto ao artigo primeiro, imperioso observar que o seu inciso I, no tocante a palavra “qualquer”, foi objeto de questionamento por intermédio da ADIN 1.127-8, onde a mesma fora parcialmente aceita, tendo-se decidido que o advogado não terá acesso a todo e qualquer ato emanado pelo Poder Judiciário, tendo em vista, por exemplo, a necessidade de se salvaguardar direitos superiores.
Vale ressaltar que, em caso da prática de atividades privativas dos advogados por pessoa que não tenha habilitação para tanto, tal atividade constituirá exercício ilegal da profissão, cabendo, inclusive, responsabilidade criminal contra aquele que praticou tal ato.
A postulação ou qualquer requerimento realizado em órgãos administrativos, não poderá ser caracterizado como atividade privativa de advogado. Portanto, exemplificando, recurso de multa de trânsito administrativo não poderá ser questionado a necessidade de ser realizado por advogado.
Outra questão importante diz respeito à pratica de atividades de consultoria/assessoria para terceiros, quando o advogado labora dentro de uma sociedade empresarial que não tem como objeto à sociedade de advogados. Como exemplo, o advogado que trabalha para uma incorporadora de imóveis não poderá prestar serviços para terceiros. Sobre isto, leciona com probidade Marco Aurélio Marin3:
“O Regulamento Geral da OAB estabelece uma restrição à prática das atividades de consultoria e assessoria ao advogado. Não é permitido ao advogado prestar serviços de assessoria e consultoria jurídicas para terceiros, em sociedades que não possam ser registradas na OAB. A título de exemplo, podemos citar uma imobiliária. Nada impede que uma imobiliária tenha um departamento jurídico constituído para verificar a regularidade dos seus contratos. Entretanto, o advogado que integra tal departamento não pode prestar serviços para terceiros, pois tal atividade está restrita aos advogados liberais e às sociedades de advogados.”
Por fim, no tocante à atividade do advogado, duas outras questões são importantes de serem ressaltadas:
I - O advogado é indispensável para os atos de registro e arquivamento nos órgãos competentes para criação de Pessoa Jurídica. Portanto, será necessário a presença, consulta e visto do advogado para que um contrato social seja devidamente averbado na Junta Comercial.
II - E o segundo tópico importante é: advogados da união, da fazenda estadual e todos os demais pertencentes à cargos da administração pública também deverão ser inscritos nos quadros da OAB e inclusive poderão compor diretoria.
Art. 2º
Art. 3º
Art. 4º
Art. 5º
Art. 6º
Art. 7º
Introdução: Dos Advogados & Introdução aos Direitos
O Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil leciona uma série de direitos que terão os advogados quando da efetiva prestação de seus serviços. Tais direitos, inicialmente, servem para preservar íntegros os direitos das pessoas físicas e jurídicas, que são defendidas e passam a ter voz dentro de um processo, por exemplo, através das manifestações de um advogado.
Desde já, ressalta-se que esses direitos sofreram inúmeras mudanças ao decorrer do tempo, inclusive havendo modificações legislativas no ano de 2016. 
Considerando que se tratam de inúmeros direitos, destacam-se os mais importantes e aqueles que sofreram modificações recentes, seja através de decisões dos Tribunais Superiores ou aquelas atinentes a modificações legislativas. Vale ressaltar que tais garantias estão expressas no artigo 7o do estatuto em tela.
Iniciaremos pela questão da Inviolabilidade Profissional do Advogado. Reza o artigo 7o, inciso II que “a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia”.
De acordo com a legislação vigente, como regra, é inviolável o escritório/local de trabalho do advogado, assim como todos os seus instrumentos necessários para à realização de seu labor.
Contudo, esta inviolabilidade não será para sempre, ou seja, existe exceção para que seja “quebrada”, consoante se depreende do artigo 7o, §§ 6o e 7o, do Estatuto da Advocacia, introduzidos com o advento da Lei no 11.767/2008: 
§ 6o Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste artigo, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre clientes. (Incluído pela Lei no 11.767, de 2008)
§ 7o A ressalva constante do § 6o deste artigo não se estende a clientes do advogado averiguado que estejam sendo formalmente investigados como seus partícipes ou co-autores pela prática do mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabilidade. (Incluído pela Lei no 11.767, de 2008)
Logo, se o advogado estiver cometendo crime ou existirem indícios da prática criminosa, poderá ter a sua inviolabilidade quebrada. Nesse tocante, leciona Marco Aurélio Maurin4: 
Embora a proteção da inviolabilidade seja de interesse público deve-se entendê-la como não absoluta, tendo em vista a possibilidade de sua vulnerabilidade quando presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão (art. 7o, § 6o, com a redação da Lei 11.767/2008).
Por fim, lembre-se que, se o advogado for suspeito de cometimento de crime ou estiver sendo investigado, poderá, obviamente, ser investigado. O sigilo ou inviolabilidade serve para resguardar os direitos de seus clientes, e não do profissional advogado.
Direitos dos Advogados: do Uso da Palavra e Acesso à Justiça
É cediço que o uso da retórica é uma das grandes ferramentas dos advogados. Por essa razão, o artigo 7o da Lei no 8.809/94 enumera e concede tal prerrogativa em inúmeros atos dos advogados. Leciona Marin que o advogado, por exemplo, poderá: 
“a) garantindo o direito de acesso às autoridades, conforme teor do inc. VIII ao prever o direito de dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de chegada; b) garantindo o uso, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas (inc. X); c) garantindo o direito de reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento (inc. XI); d) e garantindo o direito de sustentar oralmente as razões de qualquer recurso ou processo, nas sessões de julgamento, após o voto do relator, em instância judicial ou administrativa, pelo prazo de quinze minutos, salvo se prazo maior for concedido (inc. IX). “
No que tange ao item D acima mencionado, o STF declarou a inconstitucionalidade do inciso IX, não sendo mais possível a aplicação desta prerrogativa. Aliás, no que concerne às prerrogativas, configura-se de extrema importância aquelas que dão amplo e geral acesso à justiça. O advogado, conforme carta constitucional, é auxiliar da justiça, não tendo qualquer grau de inferioridade ante a juízes, promotores e delegados de polícia, por exemplo. Afirma Marin6:
Nesse diapasão o Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogadosdo Brasil (art. 7o, VI) garante ao advogado ingressar livremente nas salas de sessões dos tribunais (alínea a), nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares (alínea b), em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional (alínea c) e em qualquer assembleia ou reunião da qual participe ou possa participar o seu cliente, desde que munido de poderes especiais (alínea d).
Quanto à interpretação do acesso à justiça, vale ressaltar que sempre deverá ser considerado da maneira mais ampla possível, sendo que o advogado poderá ficar em pé ou sentado e, inclusive, se retirar sem qualquer espécie de autorização para tanto. Ainda, Marin finaliza que será possível os advogados7:
“Nos locais de acesso permitido, a saber, secretarias, cartórios e ofícios de justiça é permitido ao advogado examinar autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, assegurada a obtenção de cópias (inc. XIII). Nas delegacias e demais repartições policiais também resta garantido exame dos autos de flagrante e de inquérito, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos (inc. XIV).”
Direitos dos Advogados: do Desagravo Público
O ato de desagravo público consiste de um instrumento de extrema importância para a defesa dos direitos e prerrogativas dos advogados que tenham recebido alguma ofensa no exercício de sua atividade. O desagravo não dependerá de concordância do ofendido, devendo sempre ser realizado através do Conselho da OAB, de ofício, a pedido do ofendido ou de qualquer pessoa.
Cabe ressaltar que não é para toda e qualquer ofensa que ocorrerá o desagravo público. A ofensa sempre deverá estar ligada ao exercício de cargo/função junto à Ordem dos Advogados do Brasil ou em razão do exercício efetivo da atividade profissional (ser advogado).
Sobre a motivação do desagravo público no âmbito federal, dispõe Marin: Ocorre, porém, que a esfera de atuação profissional do agravado pode ser mais ampla, não se limitando à própria seccional em que está inscrito, como se dá com os atos dos Presidentes de Conselho Seccional. Assim, entende o Regimento Geral que compete ao Conselho Federal promover o desagravo público de Conselheiro Federal ou de Presidente de Conselho Seccional, quando ofendidos no exercício das atribuições de seus cargos e ainda quando a ofensa a advogado se revestir de relevância e grave violação às prerrogativas profissionais, com repercussão nacional.
Em suma, no tocante ao desagravo público, ocorrendo ofensa injusta, o ofendido ou qualquer pessoa poderá encaminhar representação ao Presidente do Conselho/OAB, o qual designará um conselheiro para cuidar do caso. Sobre o local do desagravo informa Marin que9: 
Importante notar que: I) se a ofensa ocorrer no território da Subseção a que se vincule o inscrito, a sessão de desagravo pode ser promovida pela diretoria ou conselho da Subseção, com representação do Conselho Seccional e; II) se a ofensa ocorrer em face do Presidente do Conselho Seccional a sessão de desagravo pode ser promovida na sede do Conselho Seccional, com a indicação de representantes do Conselho Federal para a sessão pública de desagravo.
Caso o relator compreenda que exista prova ou indício de ofensa relacionada ao exercício da profissão ou de cargo da OAB, deverá propor ao Presidente que solicite informações da pessoa que ofendeu, no prazo máximo de 15 dias. 
Recebidas as informações, ou não, o relator emitirá parecer para ser apreciado. Na sequência, o Conselho apreciará a representação e o parecer e, em caso de acolhimento, designará a sessão de desagravo, com divulgação em todos os meios de comunicação.
Durante a sessão de desagravo, o Presidente faz a leitura da nota a ser publicada nos meios de comunicação, encaminha ao ofensor e às autoridades, bem como registra nos assentamentos do advogado.
Direitos dos Advogados: das Alterações de 2016
A primeira regra básica sobre os direitos dos advogados é saber que não existe qualquer grau de hierarquia entre advogado, juiz, promotor e delegado de polícia, por exemplo. Todos deverão ter tratamento recíproco e respeitoso, sendo que isto também deverá ser aplicado aos servidores públicos.
O artigo 7o do Estatuto da OAB leciona uma série de direitos para os advogados. Entretanto, em face da extensão, iremos tratar precipuamente dos que foram objetos de alteração em 2016.
A primeira questão das alterações introduzidas no Estatuto por meio da Lei no 13.245/2016 diz respeito a garantia do advogado de ter acesso a todos os documentos de procedimento investigatório policial, sejam físicos/digitais, findos/andamento, ainda que estejam conclusos para a autoridade policial.
Igualmente, o advogado poderá (deverá) acompanhar seu cliente no interrogatório sob pena de causar nulidade, bem como poderá apresentar quesitos e questionamentos. Isto tudo, para muitos doutrinadores, acarreta no fim do inquérito policial como procedimento inquisitivo.
Outro ponto relevante é a possibilidade do advogado ter acesso ao inquérito policial, inclusive sigiloso, sendo que este somente poderá ocorrer mediante apresentação de procuração do cliente.
Não sendo atendida a vontade do advogado, a autoridade policial poderá sofrer sanções civis e criminais. Contudo, a lei limitou o acesso do advogado nos conteúdos cujos mesmos, acaso demonstrados, poderão incorrer em prejuízo ao procedimento investigatório.
Art. 7o-A.

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