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SENSO DE RESPONSABILIDADE COMPAIXÃO E EMPATIA CURIOSIDADE, INTERESSE E ENTUSIASMO HABILIDADES CLÍNICAS E DE COMUNICAÇÃO CARACTERÍSTICAS DO MFC EQUIPE MULTIPROFISSIONAL CONFIÁVEL SEM DISTINÇÃO Medicina de Família e Comunidade PRINCÍPIOS RELAÇÃO COM A SAÚDE PÚBLICA INTEGRAL CONTINUADA CONCEITO Promoção de saúde Prevenção de doenças Prestação de cuidados TECNOLÓGICA INTERPESSOAL Joyce Bender ABRANGENTE RESPEITOSA AMIGÁVEL Integrada Sensível Apropriada IN V ES T IG A Ç Ã O Clínico qualificado Ação influenciada pela comunidade Relação médico-pessoa é fundamental OBJETIVOS População definida PRÁTICA 1976 a 1981 • Medicina Geral e Comunitária, Medicina Social, Medicina Integral 1978 • Conferência Internacional sobre a Atenção Primária à Saúde 1981 • CNRM aceita a Medicina Geral e Comunitária • Sociedade Brasileira de Medicina Geral e Comunitária 1986 • Conselho Federal de Medicina (CFM) reconhece a Medicina Geral e Comunitária 1991 • Criação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) 1994 • Criação do Programa Saúde da Família (PSF) 2001 • Medicina de Família e comunidade • Prog. de Interiorização do Trabalho em Saúde (PITS) 2003 • ABM aceita a especialidade MFC e início na saúde suplementar 2006 • Criação da Estratégia Saúde da Família (ESF) Médico generalista ou especialista Enfermeiro Auxiliar/Técnico de enfermagem Agentes comunitários de saúde Profissionais de saúde bucal Fisioterapeuta Educador físico Nutricionista Outros profissionais da saúde Atenção Primária à Saúde (APS) Território adstrito Resolução de 80% dos problemas Reduz os casos de internação Reduz os custos para o SUS Universalidade – Integralidade - Equidade - Avaliar as necessidades de saúde - Definir prioridades - Desenvolver políticas e estratégias - Desenvolver serviços - Monitorar e avaliar HISTÓRICO NO BRASIL ASSISTÊNCIA À SAÚDE Contexto familiar e comunitário UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE DEPARTAMENTO DE MEDICINA HISTÓRICO E CONCEITOS GERAIS SOBRE MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE Texto Explicativo JOYCE MARIA DE OLIVEIRA BENDER RA: 61021140019 Professora Daniela Milani Guarapuava, 06 de dezembro de 2021. A Medicina de Família e Comunidade consiste na especialidade médica que presta assistência à saúde, de forma continuada, integral e abrangente em um contexto comunitário, a partir de uma prática menos tecnológica e mais interpessoal. Essa prática proporciona um conhecimento mais íntimo, tanto dos pacientes quanto do território por parte da equipe e exige uma relação de confiança, respeito, amizade, além de cuidados sem quaisquer distinções por questão de idade, doença, gênero ou sistema de órgãos. Essa assistência primária tem como objetivo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, bem como a prestação de cuidados curativos, de acompanhamento e paliativos. Dentre os princípios da Medicina de Família e Comunidade destacam-se a necessidade de um clínico qualificado, com conhecimento ampliado e capaz de realizar sempre uma investigação integrada, sensível e apropriada, além da influência da comunidade na atuação do profissional por ele ser o recurso de uma população definida, e a boa relação médico- pessoa como alicerce para um bom desempenho médico, de modo a transmitir aos pacientes otimismo, coragem, capacidade de discernimento e autodisciplina. Existem diversas definições descritas para o Médico de Família e Comunidade (MFC), mas o consenso é que esse profissional atua na Atenção Primária à Saúde, prestando cuidados abrangentes no contexto familiar, comunitário e cultural e respeitando a autonomia dos indivíduos. Além disso, existem algumas características que, embora desejáveis para todos os médicos, têm mais importância para a prática do MFC, como: Forte senso de responsabilidade para o atendimento; Compaixão e empatia, com o atendimento centrado na pessoa e família; Curiosidade, interesse e entusiasmo; Habilidade para lidar com o público, incluindo habilidade de comunicação, gestão, autocontrole, coordenação, dentre outras. A saúde pública é a ciência e a arte de prevenir doenças, prolongar a vida e promover a saúde por meio de esforços organizados e escolhas informadas da sociedade, de organizações públicas e privadas, de comunidade e indivíduos. Dessa forma, a saúde pública objetiva avaliar as necessidades de saúde, definir prioridades, desenvolver políticas, estratégias e serviços, monitorar e avaliar. Nesse contexto a Atenção Primária à Saúde (APS) se integra neste processo a partir da equipe de atenção primária, realizando atividades como: Imunizações de vacinações; Programas nacionais de rastreamento; Detecção precoce do risco à saúde; Check-ups; Controle e manejo de DNT’s; Programas de educação em saúde; Programas para mudanças de comportamento; Participação do público. Essa atuação colabora para a aplicação dos princípios básicos do SUS (universalidade, integridade e equidade) ao garantir saúde pública e de qualidade em territórios adstritos, atendidos por unidades locais capazes de solucionar 80% dos problemas, o que reduz significativamente as demandas de atenção especializada, resultando em menor número de internações e menores custos ao Sistema Único de Saúde. Uma das bases principais para a elaboração de um dos pilares da prática clínica da MFC: o Método Clínico Centrado na Pessoa, fundamentou-se na ideia de que seria necessário tratar pessoas e não doenças, debate fomentado a partir do século XVIII com o movimento dos ‘clínicos gerais’. Já no Brasil, a expansão dessa prática é relativamente recente. A MFC teve início no Brasil em meio a um modelo médico voltado para o atendimento hospitalar e um crescimento das subespecializações. Em 1974 foi publicado o Projeto de um Sistema de Saúde Comunitária, mas só em 1976 surgiram os primeiros Programas de Residência Médica da área no país, que até 1981 receberam diversos títulos como Medicina Geral e Comunitária, Medicina Social e Medicina Integral. Em 1978 houve o maior marco desta área no mundo até hoje – a Conferência Internacional sobre Atenção Primária à Saúde, organizada pela OMS onde a APS foi estabelecida como um direito básico dos cidadãos. Em 1981, enfim, a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) formalizou os programas de residência médica em Medicina Geral e Comunitária (MGC), oficializando esta como uma especialidade médica no Brasil. No mesmo ano, foi criada a Sociedade Brasileira de Medicina Geral e Comunitária (SBMGC). Em 1986, o Conselho Federal de Medicina (CFM) reconhece esta especialidade e a SBMGC como sua representante. O Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) teve início em 1991, com intenção de aumentar a acessibilidade ao sistema e incrementar as ações de prevenção e promoção da saúde. A MFC ganhou maior visibilidade após a implantação do Programa Saúde da Família (PSF) em 1994 e consequente expansão, a qual procurava reorganizar a atenção em saúde para uma substituição do modelo tradicional, tendo início a construção de um modelo de assistência com base na promoção e proteção da saúde, no diagnóstico precoce e na recuperação dos agravos à saúde, de acordo com as diretrizes e os princípios do SUS. Em 2001, ocorreu a mudança do nome da especialidade para Medicina de Família e Comunidade (MFC). No mesmo ano, o Ministério da Saúde implantou o Programa de Interiorização do Trabalho em Saúde (PITS) que propunha Especialização Multiprofissional em Saúde da Família. Em 2003, a Associação Brasileira de Medicina (ABM) aceita a especialidade MFC e início na saúde suplementar. Pouco mais de dez anos depois, já então como eixo norteador da base do SUS, o PSF foi transformado em Estratégia de Saúde da Família (ESF), enunciada na Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) em 2006 e, desde então, vem se expandindo em todo o País. Atualmentea equipe de Saúde da Família (eSF) é multiprofissional e composta essencialmente por: Médico generalista, ou especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e Comunidade; Enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família; Auxiliar ou técnico de enfermagem; Agentes comunitários de saúde. Podem ser acrescentados a essa composição os profissionais de saúde bucal, fisioterapeuta, educador físico, nutricionista e outros profissionais de saúde.
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