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Sistema Cardiovascular Função Circulatória Profe. Enf. Esp. Bruna Oliveira INTRODUÇÃO O sistema cardiovascular ou sistema circulatório humano é responsável pela circulação do sangue, de modo a transportar os nutrientes e o oxigênio por todo o corpo. O Sistema Cardiovascular é formado pelos vasos sanguíneos e o coração. Discussão A perfusão adequada oxigena e nutre os tecidos do corpo e depende, em parte, de um sistema cardiovascular, que funcione adequadamente. O fluxo sanguíneo apropriado depende da ação de bombeamento eficaz do coração, vasos sanguíneos permeáveis e que correspondam ao volume sanguíneo circulante adequado. Pulsação A pulsação do sistema cardiovascular é observada a cada vezes que os ventrículos se contraem, impulsionando o sangue para as artérias, ou a cada batida do coração. Por esse movimento de pulsação, também chamado de pulso arterial, é possível verificar a frequência dos batimentos cardíacos. Importante destacar que o coração é um órgão que funciona em ritmo constante. As irregularidades no seu ritmo, indicam o mau funcionamento do coração, caracterizadas pelas arritmias ou disritmias cardíacas. As arritmias podem se manifestar com palpitações, dificuldades respiratórias, dor no peito, tonturas e desmaios. O sangue é um tecido líquido formado por diferentes tipos de células suspensas no plasma. Ele circula por todo nosso corpo, através das veias e artérias. As veias levam o sangue dos órgãos e tecidos para o coração, enquanto as artérias levam o sangue do coração para os órgãos e tecidos. Já as células, recebem sangue através de vasos sanguíneos de menor porte denominados de arteríolas, vénulas e capilares. Em um adulto circulam, em média, seis litros de sangue. SANGUE Funções do Sangue Uma das funções básicas do sangue é o transporte de substâncias, das quais destacam-se: • Levar oxigênio e nutrientes para as células; • Retirar dos tecidos as sobras das atividades celulares (como gás carbônico produzido na respiração celular); • Conduzir hormônios pelo organismo. O sangue desempenha um importante papel de defender o corpo das ações de agentes nocivos. O sangue parece um líquido homogêneo, no entanto, com a observação por microscópio pode-se verificar que ele é heterogêneo, sendo composto por glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, plaquetas e plasma. O plasma, corresponde até 60% do volume do sangue, é a parte líquida onde ficam suspensos os glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. A quantidade de cada componente pode variar conforme o sexo e idade da pessoa. Algumas doenças, como a anemia, também podem causar modificações nos valores normais dos componentes do sangue. Os glóbulos vermelhos, também chamado de hemácias, são células em maior quantidade nos humanos. Possuem a forma de um disco côncavo de ambos os lados e não possuem núcleo. Eles são produzidos pela medula óssea, ricos em hemoglobina, uma proteína cujo pigmento vermelho dá a cor característica ao sangue. Ela tem a propriedade de transportar o oxigênio, desempenhando papel fundamental na respiração. Os glóbulos brancos, também chamados de leucócitos são produzidos na medula óssea. São células de defesa do organismo que pertencem ao sistema imunológico. Eles destroem os agentes estranhos, como bactérias, vírus e as substâncias tóxicas que atacam nosso organismo e causam infecções ou outras doenças. Além disso, também possuem papel importante na coagulação do sangue. No sangue há diversos tipos de leucócitos com diferentes formatos, tamanhos e formas de núcleo: neutrófilos, monócitos, basófilos, eosinófilos e linfócitos. Os leucócitos são maiores que as hemácias, porém, a quantidade deles no sangue é bem menor. Quando o organismo é atacado por agentes estranhos, o número de leucócitos aumenta significativamente. As plaquetas, também chamadas de trombócitos, não são células, mas fragmentos celulares. A sua principal função está relacionada ao processo de coagulação sanguínea. Quando há um ferimento, com rompimento de vasos sanguíneos, as plaquetas aderem às áreas lesadas e produzem uma rede de fios extremamente finos que impedem a passagem das hemácias e retém o sangue. As plaquetas estão presentes em cada gota de sangue e seu número é de aproximadamente 150.000 a 400.000 plaquetas por milímetro cúbico em condições normais de saúde. O plasma é um líquido de cor amarela e corresponde a mais da metade do volume do sangue. Ele é constituído por grande quantidade de água, mais de 90%, onde encontram-se dissolvidos os nutrientes (glicose, lipídios, aminoácidos, proteínas, sais minerais e vitaminas), o gás oxigênio e hormônios, e os resíduos produzidos pelas células, como gás carbônico e outras substâncias que devem ser eliminadas do corpo. A hipertensão arterial sistêmica ou pressão alta é uma doença cardiovascular que ocorre quando a pressão arterial sistólica é maior ou igual a 140 mmHg (milímetros de mercúrio) e a pressão arterial diastólica é maior ou igual a 90 mmHg (140/90 mmHg). No Brasil estima-se que 25% da população seja hipertensa. A hipertensão é um fator de risco para o surgimento de doenças cardiovasculares, como o infarto e o acidente vascular cerebral. Na maioria dos casos a hipertensão não apresenta sintomas, dificultando a identificação da doença. Geralmente, costumam surgir em estágios mais avançados, são eles: Dores no peito Dor de cabeça Tonturas Zumbido no ouvido Fraqueza Visão embaçada Sangramento nasal SINTOMAS DA HIPERTENSÃO Causas da hipertensão A hipertensão arterial tem causa hereditária em cerca de 90% dos casos, embora existam diversos fatores de risco, como: Tabagismo Excesso do consumo de álcool Obesidade Estresse Consumo de sal em excesso Altos níveis de colesterol Diabetes Estresse Sedentarismo Além disso, sabe-se também que a incidência de hipertensão arterial aumenta com a idade e é maior em: Indivíduos da raça negra; Homens com até 50 anos; Mulheres acima de 50 anos; Diabéticos. Complicações da hipertensão A hipertensão pode acarretar em vários tipos de complicações para a saúde: Lesão vascular; Modificações na geometria das artérias, como diminuição da luz, espessamento das paredes e até rupturas; Coração: Hipertrofia do músculo cardíaco, infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca congestiva; Rins: hipertensão intraglomerular que pode levar à insuficiência renal; Cérebro: Trombose, hemorragias, aneurisma. Tratamento e prevenção da hipertensão A hipertensão arterial não tem cura, mas pode ser controlada através de medicamentos específicos. Além disso, para a prevenção é fundamental adotar mudanças no estilo de vida, tais como: Perder peso e/ou manter o peso adequado Diminuir o consumo de sal Praticar exercícios físicos regularmente Não fumar Evitar o estresse Consumir bebidas alcoólicas moderadamente Evitar alimentos gordurosos Controlar o diabetes Os sintomas mais comuns apresentados por quem tem hipotensão são: Tontura ou vertigem; Visão embaçada ou escurecida; Náusea; Fadiga; Falta de concentração; Desmaio; Falta de ar; Dor torácica; Palidez. O tratamento para hipotensão pode variar de acordo com cada pessoa, no qual é levado em consideração quais são as causas e sintomas apresentados. Em alguns casos, pode ser recomendado o uso de medicamentos específicos, que devem ser receitados por médicos. De forma geral, orienta-se tomar algumas medidas que podem auxiliar a restabelecer a pressão arterial normal: Deitar-se em posição confortável, mantendo a cabeça na mesma linha do corpo; Elevar os pés, de modo que fique mais alto que o coração e a cabeça; Ingerir água ou suco em pequenos goles; Evitar ficar muito tempo sem comer. O sistema linfático é o principal sistema de defesa do organismo. Ele é constituído pelos nódulos linfáticos (linfonodos), ou seja, uma rede complexa de vasos, responsávelpor transportar a linfa dos tecidos para o sistema circulatório. Além disso, ele possui outras funções como a proteção de células imunes, pois atua junto ao sistema imunológico. Outro importante papel do sistema linfático está na absorção dos ácidos graxos e no equilíbrio dos fluidos (líquidos) nos tecidos. Como funciona o Sistema Linfático? Para desempenhar sua função de eliminar as impurezas do nosso corpo, o sistema linfático trabalha junto com o sistema imunológico. O sistema linfático atua em conjunto com diversos órgãos e elementos do organismo. É dessa forma que ele consegue alcançar todas as parte do corpo para filtrar o líquido tissular que nutriu, oxigenou os capilares sanguíneos e saiu levando gás carbônio e excreções. Diferente do sangue que é impulsionado pela força do coração, no sistema linfático a linfa se movimenta de forma lenta e com baixa pressão. Ela depende da compressão dos movimentos dos músculos para pressionar o líquido. É a partir da contração realizada pelo movimento dos músculos que o fluído é transportado para os vasos linfáticos. Como eles são maiores acabam se acumulam no ducto linfático direito e no ducto torácico, percorrendo assim para o resto do corpo. Linfonodos Os linfonodos (gânglios linfáticos) são chamados de nódulos linfáticos. Eles são pequenos órgãos (com até 2 cm) presentes no pescoço, no tórax, no abdômen, na axila e na virilha. Formados por tecido linfoide e distribuídos pelo corpo, os linfonodos são responsáveis por filtrarem a linfa antes dela retornar ao sangue. Além disso eles também atuam na defesa do organismo, impedindo a permanência de partículas estranhas no corpo. Se algum micro-organismo invade o corpo, ele é detectado ao passar pelo linfonodo. Os linfócitos (células de defesa) presentes no mesmo começam então a se multiplicar, provocando um aumento do tamanho do gânglio que resulta na "íngua". Determinados tipos de câncer utilizam o sistema linfático para se disseminar pelo corpo, como o câncer de mama, por exemplo. Os linfonodos são encontrados em maiores quantidades no pescoço (linfonodos cervicais), nas axilas (linfonodos axilares), nas virilhas (linfonodos inguinais), ao longo dos grandes vasos sanguíneos e nas cavidades do corpo. O linfonodo divide-se em 3 zonas: 1) Zona cortical: Possui células reticulares, macrófagos, com predominância de linfócitos B; 2) Zona paracortical: Rica em linfócitos T; 3) Zona medular: Contém grandes concentrações de linfócitos B. Os espaços entre as células endoteliais do linfonodo permitem a passagem da linfa e das células de defesa. A linfa circula lentamente, favorecendo a fagocitose de moléculas estranhas pelos macrófagos e a retenção dos antígenos na superfície das células dendríticas foliculares para serem apresentados aos linfócitos. Linfa A linfa é um líquido transparente e alcalino semelhante ao sangue e que circula pelos vasos linfáticos. Porém, ele não possui hemácias e, por isso, apresenta um aspecto esbranquiçado e leitoso. Responsável pela eliminação das impurezas, a linfa é produzida pelo intestino delgado e fígado. Seu transporte é feito pelos vasos linfáticos num único sentido (unidirecional), filtrada pelos linfonodos e lançada no sangue. A linfa é um líquido transparente ou de coloração clara com aspecto leitoso, que circula lentamente através dos vasos linfáticos. A composição da linfa assemelha-se com a do sangue, exceto por não possuir hemácias. Apresenta glóbulos brancos, dos quais 99% são linfócitos. Basicamente, a linfa é um líquido pobre em proteínas e rico em lipídios. A linfa, assim como o sangue, contribui com o transporte e remoção de substâncias em diversas partes do corpo. Vasos linfáticos Os vasos linfáticos são canais, distribuídos pelo organismo, os quais possuem válvulas que transportam a linfa na corrente sanguínea num único sentido, impedindo assim o refluxo. Eles atuam no sistema de defesa do organismo, visto que retiram células mortas e transportam os linfócitos (glóbulos brancos) que combatem as infecções no organismo. Baço Maior dos órgão linfáticos, o baço é um órgão de ovalado, localizado abaixo do diafragma e atrás do estômago. Ele é responsável pela defesa do organismo e exerce as seguintes funções: produção de anticorpos (linfócitos T e B) e hemácias (hematopoiese), armazenamento de sangue e liberação de hormônios. Timo O timo é um órgão localizado na cavidade torácica, próximo do coração. Além de produzir as substâncias como a timosina e a timina, o timo produz anticorpos (linfócitos T), atuando, dessa maneira, na defesa do organismo. É curioso notar que o timo é um órgão que ao longo da vida diminui de tamanho. Tonsilas palatinas Popularmente, esses dois órgãos localizados na garganta, são conhecidos como amídalas ou amígdalas palatinas. Elas são responsáveis pela seleção dos microrganismos que penetram no corpo, principalmente pela boca. Nesse caso, auxiliam no processo de defesa do organismo visto que produzem linfócitos. Alternative resources
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