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É um sistema fechado, no qual o sangue circula exclusivamente no interior dos vasos e não ocorre a mistura do sangue arterial com o venoso. Sangue venoso: rico em gás carbônico, circula também em artérias, mais precisamente na artéria pulmonar. Depois que sai dos demais órgãos em direção ao coração, o sangue carrega consigo o gás carbônico que posteriormente será liberado através dos pulmões. Sangue arterial: rico em oxigênio. (sai do coração em direção aos demais órgãos do corpo humano). Em termos bem simples, o sangue se enche de oxigênio nos pulmões e vai para o coração. Em seguida, o coração bombeia o sangue para o resto do corpo. Sistema Sanguíneo O sistema sanguíneo possui três principais funções, que são: transporte, regulação e proteção. Transporte: O sangue transporta o oxigênio dos pulmões para todas as células do organismo. Também transporta os produtos residuais pelos pulmões, rins e a pele. Regulação: Ajuda a manter a homeostasia, regula o pH, auxilia na manutenção da temperatura corporal. Proteção: A coagulação do sangue ajuda na proteção contra a perda excessiva de sangue após uma lesão. Os anticorpos também protegem contra várias patologias. Características físicas do sangue: temperatura (38ºC), pH (entre 7,35 à 7,45), cerca de 8% do peso corporal (de 5 a 8 litros). É composto por plasma sanguíneo e células. Plasma sanguíneo: É composto por água e solutos (eletrólitos, nutrientes, enzimas, hormônios, e produtos residuais). Glóbulos sanguíneos: eritrócitos (células vermelhas) e leucócitos (células brancas). O volume de sangue composto por eritrócitos é chamado de hematócrito. Grupos Sanguíneos A - Possuem eritrócitos que produzem antígenos A. B - Possuem eritrócitos que produzem antígenos B. AB - Produzem antígenos A e B. O - Não produzem nenhum tipo de antígeno. Os indivíduos que têm eritrócitos que apresentam o antígeno Rh (antígenos D) são denominados Rh+. Já os que não possuem os antígenos Rh são chamados de Rh- Hemorragias Uma perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sanguíneo. Hemorragia externa: é quando o sangue extravasa para o exterior devido à presença do ferimento. Existem dois tipos de hemorragia externa, a venosa e a arterial. no sangramento arterial a região deve ser comprimida por mais tempo do que no sangramento venoso. A região afetada deve ser comprimida por um tecido seco e limpo para o estancamento do ferimento e o membro acometido deve ser elevado com a finalidade de diminuir o fluxo sanguíneo neste local. Organização do sistema cardiovascular e circulatório o r g a n i z a ç ã o s i s t e m a d o c a r d i o v a s c u l a r e c i r c u l a t ó r i o Hemorragia interna: O ferimento ocorre nos órgãos internos. Essas lesões podem ser causadas por traumatismos sem perda externa de sangue, devido ao rompimento de vasos ou artérias no interior do corpo, e a detecção nesses casos é mais difícil. Sintomas: pulso fraco, suor frio, palidez cutânea intensa, sede, vômitos e inconsciência. Nesses casos, os pacientes precisam receber atendimento hospitalar imediato devido à gravidade, e a conduta é sempre colocar o indivíduo em decúbito dorsal. Quando o ferimento estiver localizado na cabeça, ela deve ser levantada para evitar que o sangue não coagule na região encefálica, devendo ser solicitado o socorro imediato para que a vítima seja encaminhada para o hospital, pois, na maioria dos casos, existe a necessidade de intervenção cirúrgica. Coagulação sanguínea Para manter a homeostasia, o organismo acaba liberando algumas células, com a finalidade de realizar o tamponamento no local onde ocorreu a hemorragia. As células liberadas são as plaquetas, as hemácias e as fibrinas, que vão rapidamente estancar a hemorragia. Durante o estancamento hemorrágico, as hemácias, plaquetas e fibrinas vão para o local da hemorragia e formam um coágulo, trombo ou êmbolo, e, geralmente, esses coágulos são dissolvidos. Hemofilia Doença genética hereditária – Distúrbio na coagulação do sangue. Hemofilia A – deficiência do fator VIII. Hemofilia B – deficiência do fator IX. O gene causador da hemofilia é transmitido através do par de cromossomos sexuais XX. As mulheres geralmente não desenvolvem a doença, mas são portadoras. Dessa forma, os seus filhos do sexo masculino podem manifestar a doença. Diagnóstico: pode ser feito através do exame de sangue que vai medir a concentração sanguínea dos fatores de coagulação. Sintomas: aumento da temperatura, dor forte e restrição de movimento. As articulações mais envolvidas são: joelho, tornozelo e cotovelo. As mucosas (como nariz, gengiva, etc.) também podem sangrar, e os sangramentos podem tanto surgir após um trauma ou sem nenhuma razão aparente. Os cortes na pele levam um tempo maior para que o sangramento pare. Sistema Linfático Os sistemas imune e linfático são constituídos por um líquido chamado de linfa, sendo que esses sistemas vão auxiliar a circulação dos líquidos corporais e ajudar a defender o organismo contra os agentes causadores das doenças. A maioria dos componentes do plasma sanguíneo vai se infiltrar nas paredes dos capilares sanguíneos para formar o líquido intersticial; durante a passagem do líquido intersticial para os vasos linfáticos passa então a ser chamado de linfa. As principais funções do sistema imune e linfático são: drenagem do excesso de líquido intersticial, transporte de lipídeos dietéticos e condução das respostas imunes. Formação e fluxo da linfa A maioria dos componentes do plasma sanguíneo infiltra-se livremente pelas paredes dos capilares para formar o líquido intersticial, porém a remoção de líquidos dos capilares sanguíneos é muito maior do que o retorno por meio da reabsorção. Todo o excesso do líquido filtrado, em torno de 3 litros diários, é drenado para os vasos linfáticos, tornando-se linfa. Sequência de fluxo do líquido: capilares sanguíneos (sangue), espaços intersticiais (líquido intersticial) capilares linfáticos (linfa) vasos linfáticos (linfa) ductos linfáticos (linfa) e junção das veias subclávia e jugular interna (sangue). Tecidos e órgãos linfáticos Os tecidos e os órgãos linfáticos estão distribuídos por todo o corpo, sendo classificados em dois grupos de acordo com as suas funções: órgãos linfáticos primários, que correspondem à medula óssea vermelha (presente nos ossos planos e nas epífises dos ossos longos nos adultos) e o timo e os órgãos e tecidos linfáticos secundários e o baço. Desenvolvimento embrionário do sistema cardiovascular A partir da 3a semana de gestação são formadas as células sanguíneas e os vasos sanguíneos. No 22º dia, o coração primitivo será dividido em cinco regiões distintas, que são: seio venoso, átrio primitivo, ventrículo, bulbo e cardíaco e tronco arterial. Nesse mesmo período, inicia-se o bombeamento de sangue. Os defeitos cardíacos congênitos estão relacionados com todas as alterações presentes no nascimento, podendo em alguns casos passar despercebidos durante toda a vida, o que caracteriza, portanto, uma pequena alteração, enquanto em outros casos precisam ser reparados cirurgicamente, uma vez que colocam em risco a vida, por exemplo, na coarctação da aorta, persistência do canal arterial, defeito do septo e tetralogia de Fallot. Na tetralogia de Fallot, ocorre uma combinação de quatro defeitos de desenvolvimento: defeito interventricular do septo, uma aorta que emerge dois ventrículos ao invés de apenas o ventrículo esquerdo, uma valva do tronco pulmonar estenosada e um ventrículo direito aumentado. Nesses casos, existe uma diminuição do fluxo sanguíneo para os pulmões e uma mistura do sangue proveniente de ambos os lados do coração. Esses bebês são chamados de “bebê azul” devido à acentuada cianose. Essesquatro “defeitos” podem ser corrigidos de forma cirúrgica.
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