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Reações transfusionais

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Prévia do material em texto

Ayla Cristina Nóbrega Barbosa
- Médica Hematologista e Hemoterapeuta do Hemocentro Regional de Campina Grande (HRCG)
- Título de especialista pela Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH)
- Professora da disciplina de Hematologia da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
- Doutoranda no programa de Ciências Médicas da Unicamp
Campina Grande - 2021
 Ausência de conflito de interesses
Reações transfusionais
 Introdução
 Hemovigilância relacionada à transfusão
 Classificação das reações transfusionais
 Notificação das reações transfusionais
 Reação febril não-hemolítica - RFNH
 Reação alérgica - RAL
 Reação hemolítica aguda imune - RHAI
 Injúria pulmonar relacionada à transfusão - TRALI
 Contaminação bacteriana - CB
 Sobrecarga circulatória associada à transfusão – TACO
 Minimizando e manejando as reações transfusionais
 Conclusão
Reações transfusionais
 Fato? Anedota?
 1492 - Foi sugerida uma transfusão (oral)
 Primeira da história
Reações transfusionais
Morte do Papa Inocêncio VIII - 25
de julho de 1492
- 213º Papa da Igreja Católica
Apostólica Romana
https://hypescience.com/papa-inocencio-viii-morreu-bebendo-sangue-humano/
https://www.alamy.com/death-of-pope-innocent-viii-25-july-1492
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_dos_papas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Papa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Cat%C3%B3lica_Apost%C3%B3lica_Romana
 1665 - Richard Lower (médico inglês)
 A primeira transfusão de sangue registrada com sucesso: entre cães
 1667 - Jean-Baptiste Denis (França) e Richard Lower (Inglaterra) 
 Relatam separadamente transfusões bem-sucedidas de cordeiros para humanos

Reações transfusionais
 1628 - William Harvey (médico inglês )
 Descobre a circulação do sangue
https://www.alamy.com/early-blood-transfusion-historical-artwork-of-the-english-physiologist-richard-lower-1631-1691-transfusing-blood
https://www.aabb.org/news-resources/resources/transfusion-medicine/highlights-of-transfusion-medicine-history
 1795 - Philip Syng Physick (médico americano)
 primeira transfusão de sangue humano (não
publicou) – ocorreu na Filadélfia
 1818 - James Blundell (obstetra britânico)
 realiza a primeira transfusão bem-sucedida de
sangue humano a uma paciente para o
tratamento de hemorragia pós-parto
Reações transfusionais
https://www.aabb.org/news-resources/resources/transfusion-medicine/highlights-of-transfusion-medicine-history
https://www.alamy.com/blood-transfusion-engraving-of-a-direct-peron-to-person-transfusion
Reações transfusionais
 1867 - Joseph Lister (cirurgião inglês)
 antissépticos – infecção transfusional
 1900 - Karl Landsteiner (médico austríaco)
 Descobre os três primeiros grupos
sanguíneos humanos, A, B e C.
 1902 - Alfred Decastello e Adriano Sturli
adicionaram AB
 Recebe o Prêmio Nobel de Medicina (1930)
 1939/40 - Karl Landsteiner, Alex Wiener,
Philip Levine e R.E. Stetson
 Descobrem o sistema Rh
INTRODUÇÃO - HISTÓRICO
https://www.aabb.org/news-resources/resources/transfusion-medicine/highlights-of-transfusion-medicine-history
https://www.tribunadosertao.com.br/2016/06/karl-landsteiner-o-descobridor-dos-quatro-tipos-sanguineos-e-fator-rh/
 1879 – Discussão sobre a melhor fonte para transfusão 
(animal x humana)
 1920 – Primeiros serviços para transfusão
 1950 – Criação da Sociedade Brasileira de Hematologia 
e Hemoterapia (SBHH)
 80’s 
 Constituição de 1989
 Política Nacional do Sangue
 Boom da AIDS
Reações transfusionais
Tese de Garcia Junior- 1929
 A Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados, do Ministério da Saúde, coordena
o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados (SINASAN):
 Implementar a Política Nacional de Sangue, Componentes e Hemoderivados
 Garantir autossuficiência do País em hemocomponentes e hemoderivados
 Harmonizar as ações do Poder Público relacionadas à atenção hemoterápica e
hematológica, conforme Decreto nº 3.990, de 30/10/2001, a chamada “Lei do Sangue”
 Missão
Desenvolver políticas e ações que promovam a saúde e o acesso da população à
atenção hemoterápica e hematológica com segurança e qualidade, alinhadas com os
princípios e diretrizes do SUS.
Reações transfusionais
https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/doacao-de-sangue/sinasan
Reações transfusionais
Reações transfusionais
 Coleta de informações sobre as complicações
transfusionais
 Análise desses dados
 Melhoramento nas práticas transfusionais
 Por quê?
 Complicações transfusionais não-infecciosas são
pouco conhecidas e pouco divulgadas
AABB, Technical Manual, 2018; Marco conceitual e operacional de hemovigilância, 2015
“ Conceitua-se hemovigilância como um conjunto de
procedimentos de vigilância que abrange todo o ciclo do
sangue, com o objetivo de obter e disponibilizar informações
sobre os eventos adversos ocorridos nas suas diferentes etapas
para prevenir seu aparecimento ou recorrência, melhorar a
qualidade dos processos e produtos e aumentar a segurança
do doador e receptor”. 
 “...efeito ou resposta indesejável observado em uma
pessoa associado temporalmente com a administração de
sangue ou hemocomponente”
 “Toda e qualquer intercorrência que ocorra como
consequência da transfusão sanguínea, durante ou após a
sua administração”
 Incidente do ciclo do sangue
 Interação entre um receptor e o sangue ou hemocomponente
Reações transfusionais
HEMOVIGILÂNCIA DO RECEPTOR DE TRANSFUSÃO
 1) ao tempo de ocorrência
 2) à gravidade
 3) à correlação com a transfusão
 4) ao diagnóstico da transfusão
 5) mecanismo de reação
Reações transfusionais
Autóloga
• Quando o doador do
hemocomponente e o
receptor são a mesma
pessoa
Alogênica
• Quando o doador do
hemocomponente e o
receptor são pessoas
diferentes
TEMPO DE OCORRÊNCIA
Reações transfusionais
Imediata
• Ocorre nas primeiras 24 horas após a transfusão 
• A maioria das reações ocorre nas primeiras 6 horas
Tardia
• Ocorre após 24 horas da transfusão
GRAVIDADE
Reações transfusionais
Ausência de risco à 
vida
Morbidade a longo 
prazo
Ameaça imediata à vida
Óbito
CORRELAÇÃO COM A TRANSFUSÃO
Reações transfusionaisMarco conceitual e operacional de hemovigilância, 2015
 1. Reação febril não hemolítica – RFNH
 2. Reação alérgica – ALG
 3. Reação por contaminação bacteriana – CB
 4. Transmissão de doença infecciosa – DT
 5. Reação hemolítica aguda imunológica –
RHAI
 6. Lesão pulmonar aguda relacionada à 
transfusão – TRALI
 7. Reação hemolítica aguda não imune –
RHANI
 8. Reação hipotensiva relacionada à transfusão 
– HIPOT
 9. Sobrecarga circulatória associada à 
transfusão – SC/TACO
 10. Dispneia associada à transfusão – DAT
 11. Doença do enxerto contra o hospedeiro 
pós-transfusional – DECH(GVHD)
 12. Reação hemolítica tardia – RHT
 13. Aloimunização/Aparecimento de 
anticorpos irregulares – ALO/PAI
 14. Púrpura pós-transfusional – PPT
 15. Dor aguda relacionada à transfusão – DA
 16. Hemossiderose com comprometimento de 
órgãos – HEMOS
 17. Distúrbios metabólicos – DM
 18. Outras reações imediatas – OI
 19. Outras reações tardias – OT
Reações transfusionais
Quanto ao diagnóstico da transfusão
Quanto ao mecanismo de reação
 Imune x não-imune
Reações transfusionais
Reações transfusionais
Manual de Condutas em Reações Transfusionais, EBSER, 2020 
Reações transfusionais
A reação transfusional deve ser
registrada na ficha do receptor
que fica na AT e deve ser
registrada, pelo médico, no
prontuário do paciente.
O que registrar?
Todos os eventos
A quem?
Registros internos
Quando?
Quando detectados
Como?
Definido internamente
O que comunicar?
Óbito atribuído à transfusão
CB, DT, TRALI, RHAI
A quem?
- Vigilância Sanitária local 
(municipal/estadual)
- Serviço Produtor de 
Hemocomponente
Quando?
Até 72 horas
Como?
Fax, telefone ou meio eletrônico
Notificar: Óbito relacionado à 
transfusão
A quem?
Sistema Nacional de Vigilância 
Sanitária local(SNVS)
Quando?
Até 72 horas
Como? Notivisa
Notificar: demais reações
A quem?
SNVS
Quando?
Até 15º dia do mês subsequente
Como? Notivisa
Reações transfusionais
Reações transfusionais
http://antigo.anvisa.gov.br/sistema-nacional-de-hemovigilancia
Reações transfusionaisQualificação do ato transfusional, 2016
Reações transfusionais
Reação Sinais/Sintomas Incidência Conduta
laboratorial
Conduta clínica Prevenção
RFNH Febre (≥1ºC), 
calafrios, tremores
Variável 0,5-
1%
Excluir reação 
hemolítica e 
contaminação 
bacteriana. Enviar 
amostras, repetir 
testes e realizar 
culturas
- Antipiréticos 
- No caso de 
calafrios 
intensos, 
Meperidina
- Pré-medicação
com 
antipiréticos
- Produtos 
desleucocitados 
para recorrência
Mecanismo: interação de anticorpos no receptor contra leucócitos ou plaquetas 
doadoras e subsequente liberação de citocinas
Manual Bethesda, Hematologia Clínica, 2019
Definição de caso: presença de febre (temperatura ≥38ºC) com aumento de pelo menos 1°C
em relação ao valor pré-transfusional;
E/OU tremores e calafrios, durante a transfusão ou até quatro horas após;
E ausência de outras causas tais como contaminação bacteriana, reação hemolítica ou outra
condição subjacente.
Reações transfusionaisQualificação do ato transfusional, 2016
Mecanismo: mecanismos de reações alérgicas
Reação Sinais/Sintomas Incidência Conduta
laboratorial
Conduta clínica Prevenção
RALG
Leve ou 
Moderada 
Grave
(anafilática)
Prurido, urticária, 
eritema, pápulas, 
tosse, rouquidão, 
dispneia, sibilos, 
náuseas e vômitos
Hipotensão, 
choque
1-3%
1:20.000/ 
50.000
Não se aplica
Dosar IgA ou 
outras proteínas, 
investigar
presença de anti-
IgA
A maioria das 
reações é 
benigna e 
podem cessar 
sem tratamento. 
Anti-histamínicos
Terapia intensiva
Nada até pré-
medicar com 
anit-histamínico. 
Se RA leve pode 
reinstalar o 
componente
Componentes 
lavados ou 
deficientes em 
IgA
Reações transfusionaisManual Bethesda, Hematologia Clínica, 2019
Definição de caso: consiste no aparecimento 
de reação de hipersensibilidade (alergia) 
durante a transfusão ou até quatro horas após. 
O caso confirmado deve apresentar dois ou 
mais dos seguintes sinais e sintomas:
• pápulas;
• prurido;
• urticária;
• edema labial, de língua e de úvula ou 
periorbital/conjuntival;
• tosse, rouquidão.
Na reação anafilática 
Sinais e sintomas ocorrem rapidamente, em 
poucos segundos
ou minutos após o início da transfusão. 
Observam-se, obrigatoriamente, distúrbios 
respiratórios e os sintomas abaixo:
• edema de laringe;
• cianose;
• insuficiência respiratória;
• broncoespasmo;
• estridor respiratório.
Podem ocorrer também: ansiedade, 
taquicardia, perda da
consciência, hipotensão arterial e choque.
Reações transfusionaisQualificação do ato transfusional, 2016
Reação Sinais/Sintomas Incidência Conduta
laboratorial
Conduta clínica Prevenção
RHAI
TAD +, 
hem. +, 
Hb red.
Febre, tremores, 
calafrios, 
hipotensão, 
taquicardia, dor 
(tórax, local da 
infusão, abdome, 
flancos) IRA, CID, 
hemoglobinúria
1:38.000
1:70.000
Enviar amostras 
para o Serviço 
de hemoterapia; 
repetir testes 
imuno-
hematológicos, 
realizar cultura 
do componente 
e do receptor
Hidratação 
(manter diurese 
100mL/h). 
Cuidados de 
terapia intensiva
Seguir 
rigorosamente
todas as 
normas 
preconizadas 
desde a coleta 
até a transfusão
Mecanismo: Incompatibilidade ABO, resultando em destruição dos eritrócitos por 
anticorpos IgM anti-A e/ou anti-B de ocorrência natural no plasma do receptor! 
Manual Bethesda, Hematologia Clínica, 2019
Reações transfusionais
Definição de caso: reação 
caracterizada por uma rápida
destruição de eritrócitos durante a 
transfusão ou até 24 horas após, 
por incompatibilidade ABO ou de 
outro sistema eritrocitário.
- Presença de qualquer um dos 
seguintes sinais e sintomas:
• ansiedade;
• agitação;
• sensação de morte 
iminente;
• tremores/calafrios;
• rubor facial;
• febre;
• dor no local da 
venopunção;
• dor abdominal, lombar e em 
flancos;
• hipotensão arterial;
• epistaxe;
• oligúria/anúria, ins. renal;
• hemoglobinúria;
• coagulação intravascular 
disseminada (CIVD);
• sangramento no local da 
venopunção, choque;
E
teste de hemólise positivo na 
amostra do paciente;
E
dois ou mais dos seguintes 
resultados:
• teste de antiglobulina direto 
positivo para anti-IgG
ou anti-C3;
• teste de eluição positivo;
• lactato desidrogenase 
elevada;
• bilirrubina indireta elevada;
• queda de hemoglobina e 
hematócrito;
• haptoglobina baixa;
• hemoglobinúria;
• fibrinogênio baixo ou 
hemoglobina livre aumentada.
Manual Bethesda, Hematologia Clínica, 2019
Reações transfusionaisQualificação do ato transfusional, 2016
Reações transfusionais
Reação Sinais/Sintomas Incidência Conduta
laboratorial
Conduta
clínica
Prevenção
TRALI Qualquer
insuficiência 
respiratória aguda 
relacionada à 
transfusão (até 6 
horas após febre)
1:5000-
190.0000
transfusões
Afastar
sobrecarga 
circulatória, RHAI 
e contaminação 
bacteriana. - Rx 
tórax, ECO, 
pesquisa de Ac 
antileucocitário 
doador e/ou 
receptor
Suporte
respiratório
Não há unanimidade.
Evitar uso de plasma 
feminino e de 
doadores relacionado 
com eventos prévios 
de TRALI
Manual Bethesda, Hematologia Clínica, 2019
Mecanismo: reação de anticorpos antineutrófilos e/ou anticorpos anti-HLA classe I e II, 
geralmente derivados do doador, a antígenos do receptor; destruição na vasculatura pulmonar 
com dano endotelial
Definição de caso: síndrome que se caracteriza por desconforto respiratório agudo que ocorre 
durante a transfusão ou até seis horas após sua realização, sem evidência anterior de lesão 
pulmonar
E
exame de imagem de tórax apresentando infiltrado pulmonar bilateral sem evidência de 
sobrecarga circulatória;
E
hipoxemia com saturação de oxigênio < 90% em ar ambiente e/ou Pa02 / Fi02 < 300 mmHg.
Pode apresentar dispneia, febre, taquicardia, hipertensão/ hipotensão arterial e cianose.
Reações transfusionaisQualificação do ato transfusional, 2016
Paciente S.A.G., data nasc 4/11/1943, sexo masc., prontuário 567890,
diagnóstico de infecção urinária, insuficiência renal crônica, diabetes
mellitus, hipertensão arterial.
Recebeu transfusão de 2 Concentrados de hemácias (CH) para a
indicação de anemia.
História de transfusões prévias: sim (até 5 transfusões).
História de reações transfusionais prévias: ignorada.
A transfusão da primeira bolsa foi iniciada às 14h, com o paciente
tranquilo, PA: 150X90
mmHg, TAX: 35°C, Pulso 92 bpm. FR: 20 rpm. Às 18h40min, durante a
transfusão da segunda bolsa, o paciente passou a apresentar dispneia,
tosse e hipertensão arterial
PA = 200x110 mmHg. Por ordem médica, a transfusão foi suspensa e o
paciente recebeu
2 ampolas de furosemida, com melhora progressiva do quadro.
Reações transfusionais
Reação Sinais/ 
Sintomas
Incidência Conduta
laboratorial
Conduta clínica Prevenção
Sobrecarga
volêmica 
associada à 
transfusão 
(SC, TACO)
Dispneia,
cianose, 
taquicardia, 
hipertensão e 
edema 
pulmonar
<1% Rx de tórax Suporte de O2 e 
diuréticos
Aliquotar o 
hemocomponente, 
uso de diurético 
prévio ou entre as 
transfusões
Mecanismo: está associada a elevação da pressão venosa central e insuficiência 
cardíaca. Estertores cardíacos, turgência jugular, além da dispneia
Manual Bethesda, Hematologia Clínica, 2019
Definição de caso: é caracterizada pelo aparecimento de edema pulmonar durante a
transfusão ou até seis horas após, apresentando pelo menos quatro das seguintes
características:
• insuficiência respiratória aguda (ortopneia, dispneia e tosse);
• taquicardia;
• hipertensão arterial;
• achados de imagem de edema pulmonar;
• evidência de balanço hídrico positivo;• aumento da pressão venosa central;
• insuficiência ventricular esquerda;
• aumento de peptídeo natriurético tipo B (BNP).
Reações transfusionaisQualificação do ato transfusional, 2016
Reações transfusionais
Mecanismo: contaminação subclínica no doador ou contaminantes da pele no local da 
flebotomia.
CH – Yersinia e Pseudomonas
Plaquetas – estafilococos, estreptococos, Propionibacterium
Manual Bethesda, Hematologia Clínica, 2019
Reação Sinais/
Sintomas
Incidência Conduta
laboratorial
Conduta
clínica
Prevenção
Contaminação 
bacteriana 
(CB)
Tremores 
intensos, 
calafrios, 
febre elevada 
(>40 ºC) e 
choque
Variável
1:3000-
1:123.0000
Afastar hemólise 
aguda imune, 
cultura do 
componente e do 
receptor
Terapia 
intensiva
Antibiótico 
de largo 
espectro
Seguir 
rigorosamente todas 
as normas 
preconizadas desde 
a coleta até a 
transfusão
Definição de caso: presença do 
microrganismo no hemocomponente 
transfundido ou em outro hemocomponente
proveniente da mesma doação (co-
componente);
E 
presença do mesmo microrganismo no sangue 
do receptor, ainda que sem sintomatologia 
clínica;
E/OU
presença de febre (temperatura ≥38°C) com 
aumento de pelo
menos 2°C em relação ao valor pré-
transfusional durante a transfusão ou até 24 
horas após, sem evidência de infecção prévia.
É comum a ocorrência de alguns dos seguintes 
sinais e sintomas:
• tremores;
• calafrios;
• hipotensão arterial;
• taquicardia;
• dispneia;
• náusea, vômitos;
• choque.
Reações transfusionais
Reações transfusionais
Reações transfusionais
Reações transfusionais
Benefícios
Riscos
 Transfusão
Reações transfusionais
A indicação de transfusão deve ser feita exclusivamente por
médico e baseada principalmente em critérios clínicos
A indicação de transfusão poderá ser objeto de análise por
médico do serviço de hemoterapia
Toda a transfusão traz em si riscos sejam imediatos ou tardios
Os benefícios da transfusão devem superar os riscos
Reações transfusionais
Principais referências:
- Technical Manual, 20th Edition (2020) American Association of Blood Banks (AABB).
- Klein, H. G.; Anstee, D. J. Mollison's Blood Transfusion in Clinical Medicine. 11ed. 
Maryland:Blackwell Publishing, 2005.
- Gabinete do Ministro. Portaria nº 5, de 28 de setembro de 2017. Brasília, 2017. Capitulo II: Do 
sangue, componentes e hemoderivados. 
- BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Marco conceitual e Operacional de 
Hemovigilância: Guia para Hemovigilância no Brasil. Brasília. 2016.
- BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Qualificação do Ato Transfusional. 
Brasília 2016.
- Griffin, R.P.; Young, N. S. Manual Bethesda de Hematologia Clínica. 3ed. Rio de Janeiro: Revinter, 
2017.

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