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Hemoterapia em Clínica Médica - Hematologia

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Introdução – conceitos em medicina transfusional 
• Transfusão autóloga ou autotransfusão – quando o 
doador do hemocomponente e o receptor são a 
mesma pessoa 
➔ Mesmos critérios de doação halogênica 
➔ Indicado dependendo do tipo e do porte da 
cirurgia 
➔ Testemunha de jeová (algumas correntes) 
• Auto-hemoterapia – “tentativa de estímulo da 
imunidade” através de autoaplicação 
intramuscular de pequena quantidade de sangue 
➔ Proibido pela ANVISA 
➔ Não existe na literatura médica evidência cientifica 
desse tipo de tratamento. 
• Hemoterapia – prática terapêutica exercida por 
médicos hematologistas e hemoterapeutas. 
Ciclo do sangue 
Captação com doador saudável → triagem → coleta 
→ exames laboratoriais → fracionamento 
→armazenamento → transfusão. 
Doador de sangue 
• A doação de sangue deve ser voluntária, anônima 
e altruísta, não devendo o doador de forma direta 
ou indireta, receber qualquer remuneração ou 
benefício em virtude de sua realização 
• Critérios 
o 18-69 anos (primeira doação de 18 a 60 anos) 
o Bom estado de saúde 
o Acima de 50kg de peso corporal 
o Documento oficial com foto 
o Não precisa de jejum (alimentação leve e não 
gordurosa) 
Pré-triagem / triagem clínica – epidemiológica/ hábitos 
de vida 
• Critérios e medidas estabelecidas pela legislação 
brasileira vigente para hemoterapia visando 
proteger a saúde do candidato a doação de 
sangue e proteger o receptor da transfusão. 
• Peso, pressão, hemoglobina 
• Problemas clínicos e cirúrgicos / hábitos de vida. 
Coleta 
• Recife – HEMOPE / IHENE e HEMATO. 
• Pode ser feito de forma manual com bolsa tripla 
• Bolsinha para retirada de sangue para testes 
hematológicos 
• A bolsa fica em um movimento de báscula para 
misturar o sangue coletado com a solução 
anticoagulante preservadora 
• Doação automatizada – por aférese → retirada de 
sangue total do doador, separação dos 
hemocomponentes por filtração ou centrifugação, 
retenção de um componente celular e devolução 
dos elementos remanescentes ao doador. (deve 
ser um doador que já doou várias vezes, pois tem 
mais riscos) → equivale a cerca de de 6 a 8 
doações individuais → menos sensibilização para 
o receptor por ser de um mesmo doador. 
 
Testes laboratoriais 
• Teste imuno-hematológicos 
o Tipagem sanguínea ABO/ RhD 
o Pesquisa de anticorpos irregulares 
• Testes sorológicos 
o Hepatite B, hepatite C, sífilis, doença de 
chagas, SIDA e HTLV I /II 
o Inclusive com teste NAT (sigla em inglês para 
o teste do ácido nucleico visando diminuir a 
janela imunológica) realizado para o vírus da 
AIDS e para o vírus da hepatite B e hepatite C. 
→ teste de triagem 
Centrifugação diferencial e fracionamento do sangue 
• Fracionamento de cada hemocomponente 
 
 
 
 
• Formação de 4 bolsas: 
➔ CH – Concentrado de hemácias 
➔ CP – Concentrado de plaquetas (plasma rico em 
plaqueta) 
➔ PFC – Plasma Fresco Congelado (contém todos os 
fatores de coagulação) 
➔ CRIO – fator VII, XIII, fibrinogênio e fator de Von 
Villebrand 
 
Hemocomponentes disponibilizados 
Alguns hemocomponentes podem ser modificados, 
mas não são considerados melhores, mas indicados 
em situações específicas 
➔ Concentrado de hemácias 
➔ Concentrado de hemácias desleucocitado 
➔ Concentrado de hemácias lavado 
➔ Concentrado de hemácias irradiado 
 
➔ Concentrado de plaquetas (randômico, em pool 
➔ Concentrado de plaquetas de aférese 
➔ Concentrado de plaquetas irradiados 
 
➔ Plasma fresco congelado 
➔ Plasma isento de crio 
 
➔ Crioprecipitado 
 
 
Hemoderivados – produto oriundos do sangue total ou 
do plasma, obtidos por meio de processamento físico-
químico ou biotecnológicos 
Hemoderivados disponibilizados 
➔ Concentrado de fator VIII – hemofilia A 
➔ Concentrado de fator IX – hemofilia B 
➔ Concentrado de fator VII – hemofilia A com 
inibidor / hemofilia B com inibidor, deficiência de 
fator VII, alguma situação de CIVD, transfusão 
maciça 
➔ Concentrado de Von Willebrand – doença de von 
Willebrand 
➔ Concentrado de complexo prootrombínico ativado 
(CCPa) – deficiência de fatores de coagulação 
dependente de vitamina K 
➔ Concentrado de fibrinogênio – deficiência de 
fibrinogênio 
➔ Outros – albumina, imunoglobulina, vacinas e 
imunoglobulina anti-RhD. 
Entendendo as peculiaridades de alguns 
hemocomponentes 
1 – Concentrado de hemácias 
• Armazenamento – geladeira própria para serviços 
de hemoterapia 
• Temperatura - +2°C a +6°C (dois a seis graus 
celsius positivos) 
• Validade 
o 35 dias (com solução anticoagulante 
preservadora CPDA-1) 
o 42 DIAS (com solução preservadora SAG-M) 
o Em circuito aberto (alicotagem, modificado) – 
24h 
 Lembrando: Concentrado de hemácias 
o Antes do início da transfusão, os 
componentes eritrocitários não permanecerão 
a temperatura ambiente por mais de 30 
minutos 
o Caso o tempo de que trata o caput seja 
atingido, o componente será realocado 
imediatamente, em temperatura adequada 
para o armazenamento 
o O componente será descartado na hipótese 
de não cumprimento do 
procedimento de que se trata 
 
 
2 – Concentrado de plaquetas 
• Armazenamento – agitador linear de plaqutetas 
• Temperatura – 20 °C a 24°C 
• Validade – 
o 5 dias (conforme plastificante da bolsa) 
o 4 horas – circuito aberto 
Fora de equipamento agitador e temperatura 
conforme – 24h com agitação manual suave antes de 
iniciar a transfusão. 
3 – Componentes plasmáticos congelados 
• Armazenamento – congelador (freezer) própria 
para serviço de hemoterapia 
• Temperatura - -20°C a -30°C 
• Validade – 12 meses 
 
 
Componentes 
eritrocitários 
Componentes 
plaquetários 
Componentes 
plasmáticos 
Transporte de produto biológico em hemoterapia 
• O transporte faz parte da cadeia de frio que 
abrange o veículo, a temperatura ambiental e da 
caixa térmica, seguimento rigoroso das boas 
práticas e manuseio delicado 
• Meta → manter as características originais dos 
produtos visando a qualidade do tratamento 
hemoterápico ao paciente como também permitir 
o controle e a rastreabilidade de todo o processo 
• O veículo utilizado para o transporte de produtos 
do sangue deve ser climatizado 
• Longas distancias → embarcações aviões, trens, 
respeitando as condições de acondicionamento e 
temperatura para cada tipo de produto sanguíneo, 
a distância e o tempo do percurso. 
• A caixa térmica para transporte de produtos 
sanguíneos deve ser confeccionada em polietileno 
de alta densidade e isolamento interno de 
poliuretano para manutenção da temperatura 
interna durante o transporte externo. Deve ser 
forte, segura, com alça regulável e tampa 
basculante com limitador de abertura e provida de 
termômetro digital com cabo extensor e sensor 
interno para controle de temperatura 
• A caixa térmica utilizada para transporte intra-
hospitalar de hemocomponente destinado a 
transfusão não exige termômetro digital 
• A bateria de gelo reciclável não resfria as bolsas, 
mantem e estabiliza a temperatura. 
Apresentando uma unidade de hemocomponente → o 
que está escrito 
➔ Nome do hemocomponente 
➔ Código de barras 
➔ Volume aproximado 
➔ Temperatura de armazenamento 
➔ Data e horário da coleta 
➔ Data e horário de vencimento 
➔ Tipagem sanguínea ABO/RhD 
➔ Sorologia negativa (incluindo testagem NAT) 
➔ Eletroforese de hemoglobina 
➔ Pesquisa de anticorpo irregular 
➔ Serviço de hemoterapia produtor com endereço 
➔ Fenotipagem eritrocitária (quando pertinente) 
➔ Segmento da bolsa (macarrão) da bolsa mão com 
numero de série igual aos números de bolsas 
satélites 
➔ Informações – não adicionar medicamentos e 
doação voluntária 
➔ Rotulo, código de barras, validade da bolsa, 
solução anticoagulante. 
 
A hemoterapia deve correlacionar os benefícios x 
risco e analisar: 
• Situaçãoclínica/ cirúrgica 
• Rotina ou urgência 
• Laboratório 
• Comorbidades 
• Hemostasia e coagulação 
Por que indicar a transfusão de hemocomponentes 
1 – Concentrado de hemácias → única razão – 
restaurar ou manter a liberação de oxigênio das 
hemácias para os órgãos vitais 
2 – Concentrado de plaquetas 
A indicação levará em consideração não somente a 
contagem, mas também 
• Presença de sangramento clinicamente 
significativo 
• A existência de fatores de risco 
• A realização de procedimentos invasivos 
• Alteração de função plaquetária 
3 – Plasma fresco congelado 
• Reposição de múltiplos fatores de coagulação em 
sangramento ativo, na indisponibilidade de 
produtos industrializados 
4 – Crioprecipitado 
• Reposição de fator XIII e fibrinogênio em 
sangramento ativo, na indisponibilidade de 
produto industrializado. 
É proibido no brasil fazer crioprecipitado para 
reposição sangramento de fator VIII na hemofilia A ou 
paciente que tem doença de von willebrand (pois eles 
são fornecidos industrializados) 
Considerações sobre a transfusão do concentrado de 
hemácias: 
Nenhum critério isolado deveria ser usado para 
indicar transfusão de hemácias, mas considerar o 
estado clínico do paciente e a necessidade de 
liberação de oxigênio para os tecidos 
Indicação restritiva x liberal 
• Não há gatilho de hematócrito e hemoglobina para 
indicação 
• Não indicada → Hb > OU IGUAL A 10 
• Habitualmente indicada → Hb < ou igual 7 
• Entre 7-10 guiar-se pelo quadro clínico + doença 
de base + comorbidades + idade do paciente 
(atenção especial a crianças, hipertensos, idosos, 
portadores de coronariopatas, nefropatias e 
pneumopatias) 
Obs. – não existe regra do 10/30 não é válida, a 
reposição não deve seguir um número fixo. 
Critérios aceitáveis para transfusão de concentrado 
de hemácias 
• Anemia aguda – a correção da volemia e da 
anemia na perda aguda está intimamente 
relacionada à repercussão clínica ocasionada pelo 
volume perdido, pela velocidade da perda, pela 
situação desencadeadora e por comorbidades. 
 
450-400 ml → não precisa transfundir 
I – Não precisa 
II – Pede uma reserva 
III – transfundir 
IV – Transfundir 
• Anemia crônica 
• Anemia hemolítica autoimune 
• Anemia em pacientes críticos 
• Anemia pré-operatória 
• Anemia em oncologia 
• Outros 
Recomendações → 
➔ Identificar a causa da anemia (doença de base? 
Comorbidades?) com atenção especial a idosos, 
crianças pequenas, insuficiência coronariana, 
respiratória e renal, portador de fenotipagem 
eritrocitária rara ou aloanticorpos eritrocitários 
➔ Conhecer a fisiopatologia da doença de base 
➔ Da prioridade aos critérios clínicos 
➔ Analisar os parâmetros laboratoriais 
Critérios aceitáveis para transfusão e concentrado de 
hemácias desleucocitado 
INDICAÇÃO PRINCIPAL – prevenir reação 
transfusional febril não hemolítica e profilaxia 
aloimunização leucocitária 
• Paciente cronicamente transfundido (hematologia, 
oncologia e em tratamento por diálise) 
• Politransfundido com reação febril não hemolítica 
recorrente (> ou igual a 2 reações) 
• Prevenção de sensibilização a antígenos HLA 
• Paciente da pediatria/ neonatologia 
• Paciente CMV negativo 
• Candidato e/ou submetido a transplante de órgãos 
• Paciente com SIDA (AIDS em atividade) 
• Necessidade transfusional de concentrado de 
plaquetas a longo prazo 
Critérios aceitáveis para transfusão de concentrado 
de hemácias lavado 
PRINCIPAL INDICAÇÃO - Indicado como profilaxia de 
reações alérgicas moderadas (mais de 2 reações) ou 
grave (1 episódio) 
• Paciente com deficiência de IgA (menor que 0,05 
mg/dl) que desenvolveu anticorpo anti-IgA 
➔ Deficiência de IgA não é rara em descendentes 
europeus 
➔ Mais comum em politransfundidos e multípara 
• Paciente politransfundidos com repetidas reações 
transfusionais febris (mesmo recebendo CHD) ou 
alérgicas severas por intolerância a proteínas 
plasmáticas e por imunização ao sistema HLA 
• Anemia hemolítica autoimune dependente de 
complemente (raro) 
Critérios aceitáveis para transfusão de concentrado 
de hemácias irradiado – com a inativação de linfócitos 
é indicado como profilaxia de reação enxerto contra 
hospedeiro relacionada à transfusão. 
• Portador de imunodeficiência congênita grave 
• Receptor é parente em primeiro grau do doador 
• Transfusão de componentes compatíveis 
• Transfusão intrauterina 
• Recém-nascido prematuro ou de baixo peso 
• Potencial candidato a transplante de medula óssea 
ou recebendo terapia imunossupressora no pós-
transplante de medula óssea 
 
 
 
 
Critérios aceitáveis para transfusão de concentrado 
de plaquetas 
Indicação terapêutica → indicação não somente pela 
contagem de plaquetas, mas pela existência de 
fatores de risco em procedimentos invasivos, 
sangramento clinicamente significante e alteração da 
função plaquetária 
• Sangramento ativo + plaquetas < 50.000/ mm3 por 
deficiência de produção e/ou destruição não 
imune 
• Sangramento em SNC, hemorragia pulmonar ou 
ocular + contagem de plaquetas < 100.000/mm3 
• Sangramento ativo com evidência clínica e/ou 
laboratorial de disfunção plaquetária 
(tromboastenia) 
Indicação profilática 
• Doença onco-hematologica e tumor sólido → 
plaquetas < 10.000 (contagem um pouco maior 
para procedimento invasivo, febre, 
hiperleucocitose, queda rápida na contagem de 
plaquetas, domicílio longe do local de tratamento) 
• Trombocitopenia crônica → plaquetas < 10.000 
(anemia aplásica severa, doença mielodisplásica 
em sangramento e procedimento invasivo) 
• Procedimento invasivo ou cirúrgico maior → 
plaquetas < ou igual a 40.000 a 50.000 
• Procedimento invasivo ou cirurgia menor → 
plaquetas < 20.000 (mielograma, biopsia óssea, 
inserção ou retirada de cateter central) 
• Recém-nascido a termo ou prematuro + plaquetas 
< 30.000 
• Recém-nascido com febre, septicemia ou 
hemorragia + plaquetas < 50.000 
Contraindicação profilática 
• Purpura trombocitopênica trombótica 
• Purpura trombocitopênica imunológica 
clinicamente estável 
• Purpura pos transfusional 
• Síndrome HELLP 
• Síndrome hemolítica – urêmica 
• Plaquetopenia induzida por heparina 
• Plaquetopenia de etiologia, variada sem 
sangramento (esquistossomose, ricksiose, 
dengue, leptospirose, SIDA, lúpus, covid) 
 
 
 
 
 
 
Critérios aceitáveis para transfusão de plasma fresco 
congelado 
• Reversão de cumarínicos (substituído pelo CCPa) 
• Prevenção e/ou hemorragia em recém-nascido 
por déficit de fatores de coagulação vitamina K 
dependentes 
• Edema angio neurótico (edema de Quincke) 
redicivante por déficit do inibidor C1 (sem o 
produto industrializado) 
• Trombose por déficit de antitrombina III (sem 
produto industrializado) 
• Transfusão maciça / trauma 
• Hemorragias volumosas (cirurgia cárdica, 
neurológica, vascular e urgência obstétrica) 
• CIVD (aguda com sangramento) 
• Hepatopatias – sangramento/ prevenção → 
procedimento invasivo como biopsia, punção 
venosa central e não para corrigir TP ou TTPa (até 
2 horas antes do procedimento) 
• Púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) – usar 
o plasma isento de crio (sem o fibrinogênio) 
O que é uma transfusão maciça 
➔ Troca de volemia em 24h → 10 unidades de CH 
em 24h ou troca de metade da volemia em 3 horas 
ou 4 unidades de CH em 1 h 
Critérios aceitáveis para transfusão de crioprecipitado 
• Deficiência isolada, congênita ou adquirida de 
fibrinogênio + hemorragia 
• Déficit de fator XIII + hemorragia 
• Sangramento ativo em trauma e na coagulação 
intravascular disseminada (mesmo na vigência de 
uso de Plasma fresco repor fibrinogênio quando a 
dosagem do fator cai em torno de 10 mg/dl) 
Lembretes 
➔ Meia vida do fator I – 150h 
➔ Concentração do fibrinogênio necessária para 
manter a hemostasia entre 50-100 mg/dlSistema de grupos sanguíneos eritrocitários – sistema 
ABO 
 
Esses anticorpos são naturais ou seja sempre 
presentes mesmo se a pessoa nunca recebeu sangue 
Compatibilidade ABO relacionada as hemácias 
(concentrado de hemácias) 
 
Sistema de grupos sanguíneos eritrocitários – Sistema 
Rh 
 
Se a pessoa RH – nunca recebeu nenhum sangue ela 
não vai ter nenhum anticorpo anti-D no plasma 
 
 
 
Sistema de grupos sanguíneos 
➔ Eritrocitários 
• 43 sistemas → 383 antigenos conhecidos 
o Antígenos – as superfície das hemácias 
o Anticorpos – no soro ou plasma 
➔ Leucocitários 
o 7 antígenos em 5 glicoproteínas 
➔ Plaquetários 
o 10 grupos antigênicos 
o Sistema de antígenos plaquetários 
(HPA) 
Muitos antígenos dão origem a anticorpos de 
significância clinica → reações transfusionais 
hemolíticas imunes (imediatas ou tardias) e doença 
hemolítica perinatal 
 
Testes imuno-hematológicos pré-transfusional 
• Fenotipagem ABO/ RhD → 5 min 
• Pesquisa de anticorpos irregulares (PAI → TESTE 
DE COOMBS INDIRETO) → 40-50 min 
• Identificação de anticorpos irregulares → 40-50 
min 
• Prova cruzada (soro/ plasma do paciente e 
suspensão de hemácias do doador) → 40-50 min 
Um teste de coombs indireto positivo e uma prova 
cruzada negativa pode transfundir 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➔ As transfusões são realizadas por médico ou 
profissional de saúde habilitado qualificado e 
conhecedor 
➔ Avaliar sinais vitais antes e depois da transfusão 
(idealmente ficar 10 min do lado dele) 
➔ Os primeiros 10 minutos são os mais críticos 
➔ Comunicar imediatamente se houver alguma 
reação adversa; 
Classificação da gravidade 
Grau 1 – leve 
• Ausência de risco a vida. Pode ser requerida 
intervenção médica, mas a falta desta não resulta 
em danos permamentes ou em comprometimento 
de órgão ou função 
Grau 2 – moderada 
• Morbidade a longo prazo. Em consequência da RT 
houve 
o Necessidade de hospitalização ou 
prolongamento desta E/OU 
o Deficiência ou incapacidade persistente 
ou significativa E/OU 
o Necessidade de intervenção médica ou 
cirúrgica para evitar danos 
permanentes ou comprometimento de 
um órgão ou função 
Grau 3 – grave 
• Ameaça imediata a vida, em consequência da RT, 
sem óbito atribuído a transfusão, intervenção 
médica exigida para evitar a morte 
Grau 4 – óbito 
• Óbito atribuído a RT 
Reações transfusionais podem ser divididas em: 
1 – imediatas 
2 – tardias 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reações transfusionais 
• Muitos sinais e sintomas, imediatos ou tardios, 
estão associados a mais de um tipo de reação 
transfusional e devem ser valorizados quando 
puderem estar correlacionados quanto a 
temporalidade com a transfusão 
➔ Febre 
➔ Calafrio 
➔ Dor abdominal 
➔ Tosse e dispneia 
➔ Sangramento anormal 
➔ Dor em membros 
➔ Choque 
➔ Prurido 
1 – Reação alérgica – ALG 
• Quadro clinico – caso confirmado deve apresentar 
dois ou mais dos sintomas e sinais 
o Edema labial, de língua e de úvula ou 
periorbital/ conjuntival 
o Pápulas 
o Prurido 
o Urticaria 
o Tosse, rouquidão 
• Mais grave – anafilaxia → sinais e sintomas não 
são mediados somente por IgE e OgG mas por 
anti-IgA em pacientes com deficiência de IgA 
o Quadro clinico – 
Mesmos sintomas de urticario e angio-edema 
acrescidos de broncoespasmo estridor rspiratorio, 
cianose, insuficiência respiratória, hipotensão 
choque, taquicardia, arritmia e ate mesmo PCR. 
Pode apresentar náusea, vômitos, cólicas e 
diarreia 
o Começa poucos segundos ou minutos após o 
início da transfusão ( 10 a 15 ml de 
hemocomponente contendo plasma) 
 
 
2 – Lesão pulmonar aguda relacionada à transfusão – 
TRALL 
• Síndrome caracterizada por desconforto 
respiratório agudo durante a transfusão ou até 6 
horas após o término, sem evidência de lesão 
pulmonar. Decorre da ação de anticorpo anti-
leucocitario do doador contra antígeno leucocitário 
do receptor 
• Quadro clínico 
o Desconforto respiratório agudo 
o RX de tórax com infiltrado bilateral sem 
evidência de sobrecarga circulatória 
o Hipoxemia com saturação < 90% em ar 
ambiente 
o Podem ocorrer – dispneia, febre, cianose, 
hipertensão ou hipotensão arterial 
3 – Reação febril não hemolítica – RFNH 
• Autolimitada e benigna ( cede em 2-3 horas) 
• Causa desconforto e medo ao paciente 
• 10% dos casos – sem febre (presença de outros 
sintomas) 
• Reação mais comumente descrita (a que mais 
acontece é a alérgica mas não é comunicada) 
Mecanismo proposto – liberação de citoquinas (IL6, 
IL8 e TNF alfa) dos hemocomponentes estocados 
(com ou sem leucoredução), interação dos leucócitos 
do doador e anticorpos do receptor → produção de 
prostaglandinas E2 pelo hipotálamo → febre 
• Quadro clinico 
o Presença de febre > ou igual a 38 ou aumento 
de pelo menos 1 grau em relação ao valor 
pré-transfusional 
o Tremores e calafrios, durante transfusão ou 
ate 4 horas após 
o Ausência de outras causas (contaminação 
bacteriana, reação hemolítica ou outra 
condição subjacente) 
o Podem ocorrer náuseas, vômitos e cefaleias. 
4 – Reação hemolítica aguda imunológica – RHAI 
Reação caracterizada por uma rápida destruição de 
eritrócitos durante a transfusão ou até 24 h após, por 
incompatibilidade ABO ou de outro sistema 
eritrocitário de significado clinica 
• Uma das causas mais frequentes de óbito 
relacionado a transfusão 
• Quadro clinico 
o Presença de qualquer um dos seguintes 
sniotams e sinais – ansiedade, agitação, rubor 
facial, febre, tremores, sensação de morte 
eminente, dor lombar e hipotensão 
o Epistaxe, CIVD, oliguria, anuria, insuficiência 
renal, hemoglobinúria, sangramento na 
venopunção, choque e alterações do exame 
imuno-hematologios 
o Teste de hemólise positivo na amostra do 
paciente 
• Exame laboratorial – dois ou mais dos seguintes 
resultados → teste de antiglobulina direto positico 
para anti-IgG, ou anti -C3; teste de eluição 
positivo, lactato desidrogenase elevada, bilirrubina 
indireta elevada, queda da hemoglobina e 
hematócrito 
Principais causas de RHAI por incompatibilidade de 
abo 
➔ Erro de identificação do receptor 
➔ Erro de identificação da amostra de sangue para 
os teste pré-transfusionais 
➔ Troca de amostras 
➔ Troca de resultados e/ou registros dos testes 
laboratoriais 
➔ Troca de paciente no momento da transfusão 
➔ Troca de bolsa de hemocomponente 
Prevenção 
• Capacitação / educação continuada 
• Protocolos e boas práticas 
• Auditorias → check list de verificação 
5 – Reação por contaminação bacteriana – CB 
• Presença de microrganismo no hemocomponente 
transfundido ou em outro hemocomponente 
proveniente da mesma doação (co-componente) e 
presença do mesmo microrganismo no sangue do 
receptor, ainda sem sintomatologia clínica 
• E/ou presença de febre (temperatura > ou igual a 
38°C) com aumento de pelo menos 2 °C em 
relação ao valor pré-transfusional durante a 
transfusão ou até 24h após sem evidência de 
infecção previa 
• Quadro clínico 
o Tremores, calafrios, hipotensão arterial, 
taquicardia, dispneia, náusea, vômitos e 
choques 
• Causas 
o Assepsia/ antissepsia inadequada a local de 
punção venosa do doador 
o Contaminação durante o manuseio, a 
produção, fracionamento, estocagem e 
preparação para o ato transfusional 
o Bacteremia do doador 
 
 
6 – Reação hemolítica aguda não imune – RHANI 
• Quadro clinico – hemólise durante transfusão ou 
até 24h após com ou sem sintomas clínicos 
significativos sem evidencia de causa imunológica 
• Presença de hemoglobina livre no plasma 
(hemoglobinemia) e/ou urina hemoglobinúria 
• Causas 
o Lesão mecânica – equipamentos/ insumos 
 
 
o Lesão térmica – temperatura igual ou maior 
que 40 °C – hemólise por alterações na 
viscosidade fluidez do sangue ou temperatura 
baixao Lesão osmótica – não colocar solução 
hipotônica (correr sozinho, não colocar soro, 
medicamento ou SG) 
7 – Sobrecarga circulatória associada a transfusão – 
SC/TACO 
Quadro clínico 
• Caracterizado por edema pulmonar durante ou até 
6 horas após a transfusão apresentando pelo 
menos 4 das características 
 
8 – Reação hemolítica cardíaca – RHT 
• Detecção de anticorpo contra antígeno 
eritrocitários (não evidenciados anteriormente) 
com aparecimento de sinais clínicos de hemólise, 
geralmente entre 24h a´te 28 dias após a 
transfusão 
• O paciente pode estar assintomático com sinais 
clínicos discretos ou imperceptíveis 
• Hemólise usualmente extravascular (geralmente 
menos severa e gradual) 
• Quadro clínico 
o Febre, ictérica e anemia 
o Teste direto da antiglobuina positivo 
o Teste da eluição positivo ou aloanticorpo 
eritrocitário recém-identificado no soro do 
receptor 
o Aumento insuficiente da hemoglobina pos 
transfusional 
9 – Purpura pós-transfusional – PPT 
• Rara (primariamente em mulheres sensibilizadas 
após a gestação) 
• Quadro clínico 
o Trombocitopenia (plaquetas cai em torno de 
20% em relação a antes da transfusão) 5-12 
dias após a transfusão de sangue CH 
o Presença de anticorpo antiplaquetário no 
receptor 
o Pode ser assintomático, autolimitado ou 
cursar com sangramento cutâneo-mucoso, 
geniturinário ou TGI ou SNC 
10 – Doença do enxerto contra o hospedeiro pós-
transfusional 
• Síndrome clínica que ocorre 2 dias a 6 semanas 
após a transfusão do Hemocomponente. 
• Febre, diarreia, eritema com erupção maculo-
papular centrifuga, hepatomegalia, alteração da 
função hepática e pancitopenia 
• Biopsia de pele ou de outros órgãos 
comprometidos 
• Presença de quimerismo leucocitário 
EVITA-SE irradiando 
11 – Transmissão de doença infecciosa – DT 
• Receptor apresenta infecção transfusional sem 
evidência dessa infecção antes da transfusão 
• Ausência de fonte alternativa da infecção 
• Doador do hemocomponente transfundido com 
evidência da mesma infecção 
• Hemocomponente transfundido no receptor 
apresenta evidência do mesmo agente infeccioso 
 
 
 
 
 
 
 12 – hemossideroses – HEMOS 
• Ferritina sanguínea igual ou maior que 1000 
microgramas no contexto de transfusão crônicas 
de concentrado de hemácias e disfunção orgânica 
 
Prevenção – quelação para pacientes em esquema 
crônico da transfusão 
Condutas na suspeita ou confirmação de reação 
transfusional imediata 
• PARA A TRANSFUSÃO, IMEDIATAMENTE 
• NOVO ACESSO VENOSO COM SF 
• VERIFIQUE O HEMOCOMPONENTE 
• Solicitar avaliação médica 
• Acalme paciente 
• Realize aferição dos sinais vitais 
• Iniciar suporte clínico 
• Providenciar carro de parada 
• Preencher ficha de notificação 
• Enviar o hemocomponente para a equipe de 
transfusão 
• Fechar o diagnostico e notificar.

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