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TCC Aplicando a Comunicação no Ensino de Língua Portuguesa nas Escolas

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APLICANDO A COMUNICAÇÃO NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NAS ESCOLAS
Fernando Pinheiro Maia
RESUMO
A educação e a língua portuguesa nos permitem explorar diversas formas de aplicar metodologias de ensino através da comunicação. Associando comunicação e língua portuguesa, podemos extrair o melhor das técnicas de ensino, fazendo com que possamos, também, extrair o melhor de cada aluno no ambiente escolar, formando comunicadores e fazendo da comunicação uma aliada do ensino de língua portuguesa nas escolas. Este artigo mostra as diversas formas em que a comunicação pode ser aplicada junto à língua portuguesa, com o intuito de inovar o ensino, o aprendizado e promover atualizações na forma de contextualizar a comunicação no ambiente escolar.
Palavras-chave: comunicação; educação; língua portuguesa
INTRODUÇÃO
A comunicação nos permite desenvolver múltiplas habilidades no decorrer da vida. Ela é responsável por comunicar, criar, compreender, informar, instruir, perceber e, é responsável ainda, por enriquecer nossos diálogos, nos tornando comunicadores em diferentes momentos de nossas vidas, como no convívio familiar, ambiente profissional, educação escolar, trajetória acadêmica e no desenvolvimento de técnicas como escrita e leitura.
Novas perspectivas sobre agir, pensar e comunicar são inseridas em nosso cotidiano diariamente. Vivemos em constante evolução e os processos de comunicação e aprendizado devem acompanhar essa evolução. O docente apto a aplicar e executar processos de comunicação no aprendizado e na metodologia de ensino, se propõe a novas maneiras de se relacionar e de aprender através do estímulo de ideias individualizado e coletivo.
A comunicação, utilizada como ferramenta no processo do ensino, proporciona vivência aos professores e alunos, possibilitando o desenvolvimento de sensibilidades e saberes. Ela pode ser vista como um conjunto de ações e estratégias planejadas e realizadas com a finalidade de estabelecer conexões entre profissionais que integram o ambiente educacional, sendo o seu principal objetivo tornar a interação aluno-professor ágil, transparente e, sobretudo, eficaz.
O objetivo da comunicação nas escolas é facilitar o aprendizado e todos os seus processos, levando mais conhecimento, dinamismo e interação para a comunidade escolar, estimulando o desenvolvimento em sala de aula e mantendo os profissionais informados de todas as ações desenvolvidas, através do cumprimento do Plano Político Pedagógico (PPP).
Santos (2011, p.4) acredita que a comunicação é a responsável por reduzir possíveis insucessos “precoces nas escolas”, sendo que a maioria dos riscos são previstos na elaboração das situações operacionais, permitindo flexibilidade no trabalho, porém essa comunicação precisa ser clara e objetiva, caso contrário pode resultar em diversos problemas econômicos, sociais e políticos.
Utilizando da comunicação na metodologia do ensino de língua portuguesa, é possível estimular o aprendizado de novas palavras, expressões, desenvolvimento cognitivo, diálogos, leituras hábeis, interpretação de texto e uma escrita mais assertiva. A perspectiva dos mais diversos empregos e usos da linguagem, além da capacidade para o desempenho oral e escrito, são extremamente importantes para estudantes e profissionais das mais diversas áreas da educação e ensino. 
Sabe-se que nos dias atuais, no Brasil, o mercado de trabalho valoriza muito o profissional que consegue agregar aos seus conhecimentos específicos a facilidade de comunicação através da expressão, escrita e oral, em língua portuguesa. Sobretudo, importa o entendimento de que se deve ter muita paciência, resiliência e boa vontade para romper determinadas barreiras criadas em torno do aprendizado da língua portuguesa no Brasil.
A comunicação pode e deve ser aplicada em atividades propostas nas salas de aula e deve ser, ainda, um dos pilares na construção curricular e no desempenho do aluno que integra o sistema de ensino, seja ele público ou privado.
Percebe-se, por exemplo, que as pessoas com menos instrução, geralmente apresentam mais dificuldade de comunicação, pois têm um vocabulário mais limitado e, em decorrência disto, menos recursos de expressão oral do que outras com mais preparo intelectual ou com mais instrução. No entanto, isso não é tudo, uma vez que o relacionamento entre as pessoas, por meio da verbalização, conta com a ajuda de algumas estratégias, como o olhar, o gesto e a postura, além do bom conteúdo, para conseguir uma comunicação eficaz com o ouvinte.
DESENVOLVIMENTO
No âmbito escolar ou acadêmico, por consequência relacional, a interação professor – aluno é amplamente importante para que ocorra o sucesso no processo de ensinar e aprender. A comunicação entre eles chega a ser uma condição do processo de aprendizagem, e precisa acontecer de forma efetiva para que a troca de saberes aconteça.
A comunicação em si é, muitas vezes, complexa – e nesse quesito, encontram-se também várias adversidades – já que para que ela exista devem-se existir algumas particularidades como, por exemplo, a linguagem, seja ela verbal ou não verbal; a mensagem; a interação e a transmissão. Desta forma, podem acontecer alguns impasses que dificultem que esse mecanismo aconteça de forma eficaz. “A comunicação oral possui princípios comunicativos próprios, que não se limitam somente aos níveis verbal e vocal, mas também ao nível gestual” (GOULART, 2005, p. 37). A comunicação na relação professor – aluno pode ser, muitas vezes, complexa, já que é um ambiente de convívio totalmente misto. Uma sala de aula possui várias individualidades. Nesse contexto estão diretamente envolvidas classes sociais, culturas, costumes, educações, pensamentos, limites físicos e psicológicos e valores, formas de se expressar e compreender, que são diferentes e particulares
Em geral, a eficácia da comunicação se dá, em grande parte, à leitura. Ao estimular a prática da leitura, estamos estimulando diversas outras habilidades como aprender a se comunicar melhor, com diálogos mais concisos, utilizando das palavras corretas, além de enriquecer o vocabulário de quem executa tal prática. A leitura em si, estimula o conhecimento e, automaticamente, abre um leque de possibilidades a serem trabalhadas entre professor e aluno no ambiente educacional.
Para uma comunicação assertiva, antes de tudo, é necessário saber a quem se comunica. Aqui ressaltamos o papel do professor, pois será ele, de antemão, o iniciador da relação comunicacional com seus alunos. É importantíssimo que se entenda que esta relação aluno – professor exige didática diferenciada, voltada à pluralidade midiática proporcionada pela comunicação.
Desta forma, a comunicação nos permite explorar temáticas, leituras de diversos textos dos mais variados gêneros textuais, influenciando a aprimoração da escrita e a melhora no rendimento escolar, além de provocar reflexos na comunidade escolar. A hipertextualidade, associada à comunicação, nos permite, ainda, trabalhar diferentes ferramentas, adaptadas à cada realidade e necessidade individual ou coletiva.
 No dia 9 de junho de 2002, no caderno de classificados do jornal Gazeta do Povo, constava a seguinte propaganda: "Quem lê tem mais a dizer" (p.17). As palavras contidas no anúncio ilustram bem a proposição: precisa-se ler mais, informar-se e para ter condições intelectuais de reagir diante dos fatos que incomodam de algum modo. Não se pode ter uma atitude passiva diante da vida. SAVIOLI & FIORIN (1996) afirmam: 
Ler com proficiência implica ser capaz de apreender os significados inscritos no interior de um texto e de correlacionar tais significados com o conhecimento de mundo que circula no meio social em que o texto é produzido (p.3).
O aprendizado contínuo da leitura nunca terá fim, uma vez que quanto mais se lê, mais conhecimento é possível adquirir. É importante destacar a relação entre a leitura das palavras e a leitura do mundo, com a conexão do leitor que transita de um plano para outro. Para que conversem entre si, os argumentos e ideias obtidospela expressão oral ou escrita, é necessário criatividade, emprego da linguagem simples e correta, evitando-se os termos informais ou textos pré-fabricados, isto é, em todas as circunstâncias, as palavras devem apresentar uma mensagem clara, objetiva e concisa, além de apresentar as características individuais do emissor.
O emprego da comunicação dentro do ambiente escolar ou acadêmico permite o desenvolvimento de dinâmicas e uma forma mais abrangente de ensino através da hipertextualidade e a exploração de mídias e plataformas, proporcionando um aprendizado mais interativo e participativo. De maneira geral, a linguagem está associada ao ato ou efeito de comunicar-se com as pessoas. Segundo Terra (1997), damos o nome de linguagem a todo sistema de sinais convencionais que nos permite realizar atos de comunicação. Existem várias linguagens: a dos surdos, a que você fala, a dos sinais de trânsito, a das bandeiras em corridas de automóveis, entre outras. Os processos de comunicação através da metodologia de ensino provocam o estímulo do aprendizado, da leitura, da escrita e da formação de profissionais mais qualificados para a o mercado de trabalho.
Quando abordamos a temática “comunicação nas escolas”, queremos trazer para dentro desta expressão todos os processos relacionados à comunicação que estejam diretamente ligados ao sistema de ensino público e privado. São todos aqueles meios adotados pelo corpo docente e pedagógico com a intenção de dinamizar o ensino e o aprendizado. Sobre a temática “comunicação no ensino de língua portuguesa”, entendemos que podemos nos apoiar em ferramentas comunicacionais que agregam no ensino da língua portuguesa em nossas escolas, utilizando de tecnologias como tabletes, computadores, aplicativos, plataformas, redes sociais e programas voltados à inclusão e ensino no ambiente escolar.
Habilidades podem ser estimuladas e aprimoradas no âmbito educacional através do incentivo à comunicação, leitura, produção textual e interpretação de texto. Através da leitura, como abordado anteriormente, é possível expandir o conhecimento. Conhecer novas palavras, expressões, elementos textuais e, também, estímulo direto à comunicação. Através da prática da comunicação escrita, exercícios práticos de interpretação de texto e o conhecimento da língua portuguesa, um mundo de possibilidades se abre ao aluno, provocando maior participação do mesmo, resultado em sala de aula, interação com a comunidade escolar e formação de profissionais mais instruídos.
Muitos são os estudos realizados a respeito do papel do professor como comunicador principal no processo de ensino e aprendizagem, bem como sobre a comunicação como instrumento básico e estrutural na atividade docente ou pedagógica. 
Silva (1996) destaca que com a comunicação existe a troca entre as pessoas, um processo recíproco, que provoca a curto ou longo prazo, mudanças na forma de sentir, pensar e atuar dos envolvidos. Isso é de suma importância quando se fala em educação e comunicação, pois fica evidente que não é possível obter êxitos sem uma comunicação bem feita. Os ruídos presentes em uma comunicação são capazes de promover uma deturpação do que pretende ser ensinado e aprendido.
É necessário fazer com que o ambiente escolar seja um local de transformação e não de adaptação. Toda a estrutura organizacional de uma escola, bem como seus colaboradores, deve buscar novas tecnologias, novos processos e ferramentas, de modo que proporcione um ensino de qualidade, a fim de extrair o melhor de cada aluno. Podemos dizer que a transformação e inserção das novas tecnologias no ambiente escolar, acontecem de forma lenta e progressiva, começando pela conscientização dos docentes e remodelação das estruturas convencionais de abordagem escolar.
É preciso que a educação esteja - em seu conteúdo, em seus programas e em seus métodos - adaptada ao fim que se persegue: permitir ao homem chegar a ser sujeito, construir-se como pessoa, transformar o mundo, estabelecer com os outros homens relações de reciprocidade, fazer a cultura e a história [...] uma educação que liberte, que não adapte, domestique ou subjugue. (FREIRE; SHOR, 2006, p. 45).
Com o avanço da globalização e a evolução das tecnologias possibilitadas pela expansão da internet, a comunicação tem ganhado cada vez mais espaço em instituições. Elas são constantemente aplicadas e utilizadas nas empresas, escolas, instituições governamentais, etc. Graças à comunicação podemos ter um acesso maior a informações, tecnologias e ferramentas que possibilitam um leque ainda maior de ensino e aprendizado.
A comunicação está presente em tudo que usamos para obter conhecimento, seja para obter ou levar informações, definir diálogos, metodologias de ensino em salas de aula físicas ou virtuais, possibilitando um maior aprendizado por parte dos alunos e um campo mais vasto de ensino e gestão por parte do corpo docente e pedagógico.
CONCLUSÃO
A partir dos estudos realizados para o desenvolvimento deste paper, conclui-se que a comunicação e língua portuguesa são duas áreas que se complementam e, juntas, podem ser utilizadas como ferramenta no desenvolvimento de competências educacionais no ambiente escolar. A comunicação auxilia o ensino da língua portuguesa na sala de aula, uma vez que ela trabalha os processos de comunicação verbal, não verbal, entre outros.
Através dos processos comunicacionais é possível obtermos resultados satisfatórios referentes à metodologia de ensino de língua portuguesa e literatura, aplicada no âmbito escolar. Essas áreas são, de certa forma, correlatas, uma vez que o propósito de as associar se dá no sentido de promover novas formas de ensino, desenvolvimento de competências, aprendizado e novas tecnologias de ensino presente nas escolas públicas e privadas.
Com as inúmeras possibilidades proporcionadas pela língua portuguesa, no desenvolvimento de teorias e práticas na sala de aula, podemos criar novas formas de ensino, aprendizado, relacionamentos interpessoais, aproximação dos alunos com os docentes, tornando o ambiente pedagógico e educacional mais dinâmico, interativo, prático e saudável.
Podemos e devemos formar nas escolas, comunicadores aptos a desenvolverem atividades como se comunicar melhor, escrever melhor, se expressar melhor a atingir boas médias, gerando, assim, um impacto na formação do profissional do futuro.
Este artigo trouxe, em teoria, o que, na prática, deveria ser aplicado em todas as escolas, com a finalidade de oferecer mais oportunidades, mais inclusão e mais formas de se trabalhar no ambiente escolar.
É necessário contextualizar na prática a aproximação entre comunicação e ensino escolar. É através da inovação e da transformação que será possível revolucionar o sistema de ensino e os processos didáticos.
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 1996. EGA, Anoda Digitalização: 2002. Disponível em: www.sabotagem.revolt.org. Acesso em: 29 jan. 2019.
GOULART, Cláudia. As práticas orais na escola: o seminário como objeto de ensino. 2005.195 f. Dissertação (Mestrado em Linguística) - Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2005.
PROPEG. Quem lê tem mais a dizer. Gazeta do Povo. Curitiba, 9 jun. 2002, Classificados, p. 17.
SANTOS, J.P. dos. Comunicação na gestão escolar. Revista Interdisciplinar aplicada, Blumenau, v. 5, n.4, p. 1-22, TRI IV, 2011.
SILVA, M.G.P. da. Comunicação tem remédio: a comunicação nas relações interpessoais em saúde. São Paulo, Gente, 1996
TERRA, Ernani. Linguagem, língua e fala. São Paulo: Scipione, 1997.

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