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4323_anuario_abisolo2020_digital

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ANUÁRIO BRASILEIRO DE 
TECNOLOGIA 
EM NUTRIÇÃO 
VEGETAL2020
Empresas anunciantes
é Agrocete
ANUÁRIO BRASILEIRO DE 
TECNOLOGIA 
EM NUTRIÇÃO 
VEGETAL2020
Expediente Abisolo
Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal
CONSELHO DELIBERATIVO
Clorialdo Roberto Levrero
Presidente
Gustavo Branco
Vice-presidente
Fernando Carvalho Oliveira – Conselheiro
Marcelo Luiz Marino Santos – Conselheiro
Alessandro Olinda de Souza Mesquita – Conselheiro
Gustavo dos Reis Vasques – Conselheiro
Sérgio Mariuzzo – Conselheiro
Anderson Luis Schaefer – Conselheiro
Guilherme S. de Almeida – Suplente do Conselho Deliberativo
Vandre Silva – Suplente do Conselho Deliberativo
CONSELHO CONSULTIVO E FISCAL
Francisco Guilherme Romanini – Conselheiro
Marina Silva – Conselheira
Roberto Bosco – Conselheiro
Antônio R. de Figueiredo – Suplente do Conselho 
Consultivo e Fiscal 
CONSULTORES TÉCNICOS
Luiz Antônio Pinazza 
Consultor Política/Institucional
José Carlos Olivieri 
Consultor do Programa Interlaboratorial
Marcos Yassuo Kamogawa 
Consultor do Programa Interlaboratorial 
Kátia Goldshmidt Beltrame 
Consultora Técnica de Fertilizantes de Matriz Orgânica
Moacir Beltrame 
Consultor Técnico - Meio Ambiente
Fernanda Latanze Mendes Rodrigues 
Coordenadora do Programa Interlaboratorial
Irani Gomide Filho 
Consultor para a Área Regulatória – MAPA
DIRETORIA EXECUTIVA
Alexandre D’Angelo - Gerente Executivo
José Alberto Nunes da Silva - Secretário Executivo
Kleber Nichi - Analista de Marketing
Maria Cristina Duvaizem Moura - Analista Admin. Financeiro
Projeto Gráfico
Finco Comunicação
Endereço Abisolo: Av. Paulista, 726 - Ed. Palácio 5a Avenida, Conjunto 1.307, Bela Vista | São Paulo/SP • abisolo@abisolo.com.br
6o Anuário Brasileiro das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal - 2020. Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
www.abisolo.com.br
Anúncio-Abisolo-210x275mm-001390-6.indd 1 25/03/2020 12:50
10
14
15
33
76
86
100
125
Palavra do Presidente
Capítulo 1
Tecnologia em Nutrição Vegetal
Capítulo 2
Marco Regulatório do Setor de 
Tecnologia em Nutrição Vegetal
Capítulo 3
Fornecedores da Indústria de 
Tecnologia em Nutrição Vegetal
Capítulo 5
Guia de mercado
Capítulo 4
O Mercado de Tecnologia 
em Nutrição Vegetal
Introdução
A Abisolo
Índice
10
Palavra do Presidente
Clorialdo Roberto Levrero
DESAFIOS E SUPERAÇÃO – Duas palavras sempre presentes na história do Agro e do Brasil. 
Na edição passada deste nosso Anuário relatamos o clima de esperança dos Brasileiros no novo Governo e 
a expectativa de todos na chegada de dias melhores. A formação de um Ministério mais técnico nas áreas 
estratégicas, comprometido com as mudanças estruturais que o Brasil tanto precisa, seria fundamental para 
resgatar a confiança e promover o retorno do consumo e dos investimentos. Quebrar a inércia e superar os 
tempos de recessão e de pessimismo era o grande desafio. 
De lá para cá as políticas públicas avançaram – nem todas é verdade, mas mais uma vez o Agronegócio 
Brasileiro – incluído ai os segmentos que a Abisolo representa, se superou. É importante frisar que a 
capacidade econômica e técnica do Agro resulta de um papel coletivo composto pelas empresas de insumos, 
máquinas, instituições de pesquisa e por toda cadeia agroindustrial. Com a pratica da agropecuária mais 
sustentável do planeta, esses atores da cadeia produtiva zelam em manter o seu propósito de garantir 
a segurança alimentar nacional e global. Com suas graves implicações e consequências econômicas e 
sociais, nos deparamos com a surpresa recente do alastramento da pandemia do Covid-19. Neste momento 
turbulento, cabe refletirmos sobre a dependência e convivência do ser humano em sociedade. É imprescindível 
considerar os ensinamentos sobre a ressonância dos nossos atos, não importa o grau de poder, de cultura ou 
de riqueza de cada um.
Esta crise certamente deixará um rastro de tristeza e impactos econômicos marcantes. Unidos, iremos superá-
los. Mas não podemos desconsiderar as oportunidades emergentes desse processo árduo e difícil. Uma delas 
é a superação de um velho desafio do Agro: o da Comunicação. Hoje, mais do que nunca, os brasileiros 
tem conhecimento dos recordes sucessivos da produção agropecuária e da sua relevância para a segurança 
alimentar do mundo. Mas ainda existe um grande desconhecimento a respeito da tecnologia sustentável e 
sofisticada aplicada para conseguir esses resultados. Sabemos que as dúvidas e os questionamentos muitas 
vezes estão relacionados à circulação de informações distorcidas, muitas vezes construídas com base na 
ignorância dos fatos e às vezes, fundamentadas por interesses econômicos e/ou corporativos questionáveis. 
Mas precisamos considerar estas dúvidas como legítimas. Afinal, também somos consumidores e devemos 
sempre questionar processos que ainda não compreendemos. 
Chegou a hora de deixarmos de lado as iniciativas individuais. Precisamos coordenar as ações para, juntos, 
mostrar aos brasileiros e ao mundo o que fazemos, como e porque fazemos. Precisamos divulgar a cartilha do 
dia-a-dia da grande maioria dos agricultores brasileiros e defender todos os dias que a atividade de produção 
agropecuária somente terá futuro com a adoção de “Ciência” e de “Boas Práticas” em seus processos 
produtivos. Aqueles poucos produtores que ainda não perceberam isto, ficarão pelo caminho.
E podemos e devemos ir além da questão da “Comunicação”, juntos - entidades que representam toda 
a cadeia do Agro e o Poder Público, precisamos nos empenhar na construção de um “Plano Estratégico” 
de longo prazo para o setor, que nos dê as direções corretas para o crescimento de forma cada vez mais 
sustentável e continuado. Trata-se de uma tarefa de primeira hora, pois a demanda por “Alimentos Seguros” já 
é parte da realidade atual.
Trabalhar no agronegócio é uma honra, mas é acima de tudo uma enorme responsabilidade. Afinal, garantir 
a segurança alimentar é a melhor forma para promover a paz. Eu acredito que nada na vida é por acaso. A 
pandemia do COVID–19 que estamos enfrentando agora vai nos deixar os seus ensinamentos. Se o mundo 
não será mais o mesmo, o Agro também não. Nesta edição do Anuário Abisolo 2020 nos empenhamos para 
disponibilizar um conteúdo de qualidade, com foco em Tecnologia, Inovação e Inteligência de Mercado. 
Espero que as informações lhes sejam úteis. 
Boa Leitura. 
 Clorialdo Roberto Levrero
Presidente do Conselho Deliberativo
Apoie e divulgue 
essa iniciativa.
UM NOVO DESTINO PARA AS 
EMBALAGENS VAZIAS DE 
FERTILIZANTES FOLIARES, 
ORGANOMINERAIS, ORGÂNICOS, 
BIOFERTILIZANTES, 
CONDICIONADORES DE SOLO E 
SUBSTRATO PARA PLANTAS
Você sabia que essas embalagens 
vazias poderão ser devolvidas a 
partir de Setembro/2020 nas 
centrais de recebimento do 
Sistema Campo Limpo em todo o 
estado de São Paulo?
12 13
O Brasil não será o mesmo depois da pandemia
O Coronavírus é o maior choque das últimas décadas. Espalhou-se rapidamente pelo mundo e é bastante letal. 
Como no curto prazo não existe nem remédios, nem vacinas que permitam lidar com a doença que se instala, 
a única recomendação da ciência é reduzir a circulação das pessoas através de uma quarentena em casa, com 
diferentes graus de intensidade. 
Este recolhimento produz uma parada súbita na atividade econômica, uma vez que muitas empresas fecham 
e as pessoas ficam, em sua maior parte, nas suas casas. Esta situação resulta, muito rapidamente, uma forte 
recessão na economia. Os governos e os Bancos Centrais colocam em prática políticas compensatórias de 
emergência, através de suporte ao emprego, de distribuição de recursos aos desempregados e de programas 
de crédito especiais, que busquem dar suporte financeiro às empresas e à atividade econômica.
Como já vimos no caso de vários países, após três ou quatro meses, o surto inicial do vírus começa a se 
reduzir e, cautelosamente,as regras de confinamento começam a ser abrandadas.
Neste momento, descobre-se que ficar fechado em casa por um longo período é uma experiência única, que 
será marcante na vida de todas as pessoas. Estas, quando liberadas, não serão mais exatamente as mesmas 
e mudarão significativamente. 
Estas alterações têm três dimensões: enquanto cidadãos, trabalhadores e consumidores. 
As pessoas, provavelmente, estarão mais próximas de uma vida mais simples e mais natural, que vai 
afetar, inclusive, o seu estilo de vida e o tipo de alimentos desejados, mais naturais, menos industrializados, 
orgânicos. Enquanto trabalhadores, muita gente terá aprendido a operar à distância e conhecido muitas 
técnicas e ferramentas novas, que tendem a elevar a produtividade. Entretanto, muitas pessoas perderão 
renda, ficarão desempregadas e dependerão por um tempo de mecanismos de transferência de renda. Para 
este grupo, a demanda de alimentos se voltará para os mais básicos. Ainda na dimensão do trabalho, a 
pandemia vai levar muitas companhias a adotar técnicas mais automatizadas. 
Finalmente, o consumidor, além da mudança de hábitos, também está alterando a forma de comprar, entrando 
firme na direção do e-commerce e dos novos canais de comercialização.
As empresas também serão diferentes. Na verdade, muitas sequer sobreviverão à recessão pela qual todos 
estão passando, inclusive o Brasil, mas as que conseguirem atravessar esse percurso também irão se alterar.
José Roberto Mendonça de Barros
Economista e Sócio-Diretor da MB Associados 
O setor mais bem sucedido, até aqui, é, sem dúvida, o agronegócio, o único que deverá crescer em 2020, 
enquanto indústria e serviços sofrerão pesadas quedas. 
De fato, a agricultura conseguiu colher uma safra recorde de verão, que pôde ser processada pelo rápido 
desenvolvimento de protocolos que permitiram aos agricultores, indústrias e cooperativas transformarem os 
produtos. Estes protocolos iam desde o confinamento dos trabalhadores mais velhos e outros grupos de 
risco, cuidados especiais com o transporte de funcionários e a redefinição das linhas de produção, de sorte 
a dar mais distância entre os trabalhadores. Menor velocidade nas linhas, compensada com mais turnos 
de produção e rígidos protocolos de higiene também foram implantados rapidamente. Mas não apenas nas 
plantas industriais existiram mudanças, tendo havido muitos trabalhos com as comunidades, melhorando 
equipamentos de assistência médica. 
Desta forma, com um eficiente sistema de logística, o abastecimento de um país enorme como o Brasil 
não sofreu interrupções em lugar nenhum, permitindo que lojas e supermercados pudessem satisfazer as 
necessidades da população.
O mesmo ocorreu com as exportações, onde os embarques foram até acima dos usuais, especialmente, 
porque o mercado internacional de alimentos está muito comprador, com inúmeros países buscando elevar 
estoques. 
Este notável desempenho só foi possível porque o sistema agrícola brasileiro não para de inovar, de sorte a 
elevar a qualidade, a produtividade e a competitividade do produto nacional. 
Na verdade, está claro que muitas tecnologias terão sua adoção aceleradas. Agricultura de precisão, utilização 
de drones, uso da ciência de dados, controle integrado de pragas e avanços na microbiologia e moléculas 
mais eficientes jogarão papel ainda mais importante e com eles os fertilizantes especiais.
O aprendizado que veio com a pandemia também mostrou toda uma gama de serviços à distância que vai 
ter seu uso crescendo exponencialmente. Isso inclui vendas, assistência técnica, consultas, demonstrações e 
outras formas de comunicação que permitam um forte grau de relacionamento com os clientes, de forma que 
estes se sintam especiais, um pouco únicos, independente de seu tamanho.
Isto será um grande desafio para todas as empresas, mas que, se vencido, permitirá que uma trajetória 
ganhadora se consolide ainda mais.
Boa sorte a todos! 
14 15
Com o objetivo de disponibilizar informações relevantes, visando nortear estratégias e os investimentos 
na indústria, orientar os consumidores dos produtos e disponibilizar informações que contribuam para a 
elaboração de políticas públicas, a 6ª edição do Anuário Brasileiro de Tecnologia em Nutrição Vegetal traz os 
já consolidados capítulos sobre Tecnologia em Nutrição Vegetal, O Novo Panorama Regulatório do Setor, O 
Autocontrole do Setor de Fertilizantes, informações sobre o Mercado de Tecnologia em Nutrição Vegetal, além 
de artigos técnicos e científicos assinados por renomados pesquisadores e especialistas.
O capítulo A ABISOLO apresenta as principais melhorias implementadas pela associação em 2019, sempre 
com o objetivo de buscar a valorização e a competitividade da indústria e difundir suas tecnologias.
Todas as mudanças foram implementadas a partir das expectativas dos CEO´s das indústrias associadas 
à Abisolo em reunião de alinhamento, quando foram discutidas propostas para as áreas de Inteligência de 
Mercado, Melhoria da Qualidade, Marco Regulatório, Difusão de Validação de Tecnologias, Recursos Humanos, 
Marketing e Comunicação, entre outros temas relevantes.
No capítulo 1, apresentamos diversos artigos escritos por renomados profissionais e pesquisadores, que 
abordam temas de grande relevância para a indústria, para os consumidores e para os stakeholders com 
interesse no setor.
O capítulo 2 aborda as principais mudanças nos processos regulatórios, de gestão e de informação do 
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA que implicam na agilização de processos; na 
produção e no controle de qualidade dos produtos; na sistematização e transparência dos processos e 
procedimentos, sempre com ênfase na promoção das “Boas Práticas de Fabricação” no setor de Fertilizantes, 
Condicionadores de Solo e Substrato para Plantas.
O capítulo 3 traz artigos técnicos escritos por alguns fornecedores da Indústria de Tecnologia em Nutrição 
Vegetal. Temas como Crédito Rural, Adjuvantes e Adubação Orgânica serão abordados neste capítulo.
Os resultados da “Pesquisa Nacional 2020” junto às Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal é 
apresentado no capítulo 4. Dados do mercado em 2019 e as expectativas do setor para 2020 estão ali 
relatados.
Por fim, o último capítulo disponibiliza o Guia de Mercado das Indústrias Brasileiras de Tecnologia em Nutrição 
Vegetal, onde é possível identificar as informações para acesso às empresas associadas à Abisolo e também 
às empresas não associadas que contribuíram com a construção dos dados de mercado, participando da 
“Pesquisa Nacional 2020”. É importante ressaltar que o conteúdo desta publicação está embasado em uma 
visão imparcial do setor de Tecnologia em Nutrição Vegetal, sem a pretensão de esgotar todos os aspectos 
relativos aos temas aqui abordados. Estamos sempre à disposição dos leitores para esclarecer qualquer ponto 
de dúvida ou controvérsia e também para o recebimento de sugestões que nos ajudem a melhorar cada vez 
mais o conteúdo do nosso Anuário.
Boa Leitura
Introdução
A Abisolo
16 17
Abisolo
INFLUÊNCIA POSITIVA NA PRODUÇÃO AGRÍCOLA BRASILEIRA - Os segmentos de mercado 
representados pela Abisolo têm tido um papel relevante nos resultados de qualidade, produtividade e 
sustentabilidade da produção agrícola brasileira.
O crescimento constante do setor nos últimos anos é resultado da evolução tecnológica dos produtos e, não 
menos relevante, da qualidade dos serviços prestados pela indústria aos agricultores. O aumento de adoção 
destas tecnologias por parte dos agricultores é reconhecimento inquestionável do valor que estas tecnologias 
agregam. E neste cenário, a Abisolo, como entidade representativa do setor precisa estar cada vez melhor 
estruturada não só para acompanhar este processo, mas para ser parte efetiva da construção de propostas 
de valor para as indústrias associadas, para os agricultores e para os consumidores da produção. 2019 foi um 
anode grandes transformações na entidade. A implementação efetiva dos Comitês Temáticos permitiu uma 
maior participação das indústrias associadas na construção de propostas assertivas visando a valorização e a 
difusão do setor e de suas tecnologias.
COMITÊS EXECUTIVOS - Os Comitês Executivos foram criados em 2018 com o objetivo de promover um 
maior envolvimento dos executivos das empresas associadas na construção de propostas e projetos que 
visam a valorização e o desenvolvimento do setor. 
Objetivos dos Comitês: Apoiar o Conselho Deliberativo na construção de propostas e projetos nas diversas 
áreas de interesse da nossa indústria:
• Inteligência de Mercado
• Validação, Difusão e Adoção de Tecnologias
• Marcos Regulatórios
• Logística Reversa
COMITÊ EXECUTIVO ESTATÍSTICAS • Empresas participantes:
COMITÊ EXECUTIVO MARCO REGULATÓRIO • Empresas participantes:
ÍNDICE DE CONFIANÇA - Na área de “Inteligência de Mercado” mudanças de parametrização e de 
metodologia, além de investimentos na área de segurança da informação têm permitido a construção de 
informações cada vez mais consistentes sobre o desenvolvimento e as tendências do nosso mercado. Foi 
criado o “Índice de Confiança do Setor” que trimestralmente captura a percepção e as expectativas dos 
executivos do setor sobre questões essenciais para o desenvolvimento do seu negócio. Através de pesquisa 
qualitativa com os principais gestores das empresas associadas a Abisolo, foram mapeadas 9 questões, 
qualificadas de 0 a 200 pontos, onde 100 pontos indicam neutralidade, abaixo de 100 apontam insatisfação/
pessimismo e acima de 100 pontos, satisfação/otimismo do setor.
COMITÊ EXECUTIVO FERTILIZANTES FOLIARES E BIOFERTILIZANTES • Empresas participantes:
COMITÊ EXECUTIVO FERTILIZANTES DE MATRIZ ORGÂNICA 
E CONDICIONADORES DE SOLO • Empresas participantes:
COMITÊ EXECUTIVO LOGÍSTICA REVERSA • Empresas participantes:
Concentração da distribuição das respostas 
com relação as últimas 2 pesquisas
1. Índice de adimplência no último trimestre
2. Expectativa de vendas para os próximos 12 meses.
3. Intenção de investimento em Máquinas, Equipamentos e Infraestrutura 
para os próximos 12 meses.
4. Intenção de investimentos em Recursos Humanos nos próximos 12 meses.
5. Intenção de investimentos em P & D nos próximos 12 meses.
6. Expectativa de expansão da agricultura nos próximos 12 meses.
7. Índice de confiança nas políticas públicas para os próximos 12 meses.
8. Expectativa de desempenho da economia nos próximos 12 meses.
9. Comportamento das taxas de câmbio nos próximos 12 meses.
PESSIMISTAS
<100
DEZ/19
19% 19% 62%26% 26% 48%
16% 11% 73%42% 13% 45%
11% 8% 81%29% 19% 52%
3% 11% 86%19% 39% 42%
22% 16% 62%55% 26% 19%
8% 8% 84%87% 0% 13%
27% 49% 24%52% 23% 26%
5% 5% 89%26% 13% 61%
11% 27% 62%35% 23% 42%
DEZ/19 DEZ/19ABR/20 ABR/20 ABR/20
NEUTROS
=100
OTIMISTAS
>100
Fonte: Abisolo
Kleber
Nota
Ajustar logo. (anexo)
Kleber
Nota
Ajustar logo. (anexo)
Kleber
Nota
Ajustar logo. (anexo)
18
MARKETING E COMUNICAÇÃO - A área de Marketing e Comunicação também vem passando por 
mudanças importantes. Na questão de “Transparência”, aperfeiçoamos a “Área do Associado” em nosso 
Website onde disponibilizamos para os associados os dados econômicos/financeiros, as atas de reuniões 
dos diversos foros, de forma que todas as empresas associadas tenham ciência das decisões e projetos 
implementados e possam fazer críticas e sugestões visando a melhor performance da entidade. Para o público 
em geral, foi construído um novo website, com muito mais conteúdo e interatividade.
ACADEMIA ABISOLO - Criamos a “Academia Abisolo”, com foco na qualificação dos colaboradores das 
empresas associadas. Os temas abordados são os mais diversos possíveis e buscam sempre atender as 
demandas das empresas associada. Em 2019, em função das mudanças recentes no marco regulatório do 
setor, promovemos um “Curso de Atualização de Normas do MAPA”, com duração de dois dias, que contou 
com a participação de mais de 100 profissionais da área regulatória. 
O curso foi ministrado por Consultores especializados na área e contou com a participação efetiva de 
Fiscais Federais do MAPA. Construímos ainda, em parceria com a Esalq o painel “O Profissional do Futuro 
na Área de Ciências Agrárias”, realizado durante o Esalq Show 2019, que possibilitou a discussão do tema 
entre executivos do nosso setor, professores, pesquisadores, gestores de renomadas universidades, além 
de importantes executivos do Agro, com foco na formação dos profissionais da área neste momento de 
grandes transformações pelo qual passa o Agronegócio Brasileiro.
Novo website Abisolo Área do Associado: 
aperfeiçoamento e transparência.
Painel “O Profissional do Futuro na Área de 
Ciências Agrárias”, no Esalq Show 2019.
Uma das turmas do curso de atualização das 
normas do MAPA promovido pela Abisolo em 2019.
PROGRAMA INTERLABORATORIAL - Na área da 
“Qualidade” nosso “Programa Interlaboratorial – Melhoria 
Contínua”, que conta com a participação de 53 Laboratórios 
de Análises Químicas, passou por mudanças estruturais 
que resultaram em sensível aumento da proficiência dos 
laboratórios participantes. Este resultado demonstra o 
compromisso das empresas associadas com a qualidade 
e segurança dos seus produtos, sempre em benefício 
dos seus consumidores. Além disto, será implementado 
em 2020 o “Programa de Ensaio de Proficiência para 
Acreditação” e o “Programa Interlaboratorial para Material 
de Referência Certificado”. Os novos programas permitirão 
às empresas associadas participantes a obtenção de 
certificação dos seus laboratórios por instituições nacionais 
e internacionais.
Técnicos participantes do Progama Interlaboratorial Abisolo
Treinamento Programa Interlaboratorial
Reunião Técnica Programa Interlaboratorial
20
SIMPÓSIOS E EVENTOS - Na área de “Difusão e Validacão de Tecnologias” foram estruturados “Simpósios
de Nutrição” na cultura de cana-de-açúcar e de soja e também o “I Fórum Abisolo de Fertilizantes de 
Matriz Orgânica”. Estes eventos estão previstos para 2020 em formato digital. Outra ação importante foi a 
contratação de “Projetos de Pesquisa” pela entidade junto às Universidades Esalq e UFSCar, com o objetivo 
de validar cientificamente benefícios que tecnologias do setor agregam para os seus usuários e para os 
consumidores de alimentos produzidos a partir dos nossos produtos.
LOGÍSTICA REVERSA - Na área ambiental, em atendimento ao que determina o “Plano Nacional de Resíduos 
Sólidos” criado através da Lei nº 12.305 de 2 agosto de 2012, tivemos grandes avanços. Os estudos que 
tiveram início em 2016, a partir da contratação de “Projeto Piloto” junto ao inpEV – Instituto Nacional de 
Processamento de Embalagens Vazias, comprovaram a viabilidade técnica e econômica de inclusão dos 
segmentos de Fertilizantes Foliares, Organominerais, Orgânicos, Biofertilizantes, Condicionadores de Solo 
e Substrato para Plantas no “Sistema Campo Limpo”. Em Assembleia Geral dos Associados foi aprovada a 
“Fase II” do Projeto, que prevê a ampliação do “Projeto Piloto” contemplando o recebimento e a destinação 
ambientalmente correta de todas as embalagens geradas no Estado de São Paulo. O início desta nova etapa 
está previsto para setembro de 2020. 
Esta iniciativa do setor – considerando que o setor ainda não consta da lista de setores prioritários para 
a implementação, definida pelo órgão de fiscalização e controle do Estado de São Paulo, demonstra o 
comprometimento e a pro atividade do setor em relação às questões ambientais.
Outra ação importante na área de Meio Ambiente foi a formalização de um “Protocolo de Intenções” entre 
a Entidade e a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, que nos permitirá 
estabelecer projetos conjuntos na área de “Resíduos Sólidos”.
Dê um novo 
destino para suas 
embalagens
Outras áreas onde a Entidade tem atuação relevante 
são a Política, a Tributária e a Jurídica.Neste momento 
de importantes discussões na área econômica, temas 
como Reforma Fiscal, Renovação do Convênio 100 do 
ICMS, Tabela de Frete, Liberdade Econômica entre muitos 
outros, nossa participação tem sido efetiva e sempre que 
possível, em parceria com outras Entidades que atuam no 
Agronegócio.
NOVA SEDE EM CAMPINAS - Com o desenvolvimento da indústria e com envolvimento cada vez maior 
da Entidade em temas relevantes para o setor, foi aprovada em Assembleia a mudança da sede da Entidade 
para cidade de Campinas-SP. Com um espaço físico maior e com a contratação de mais profissionais, nosso 
objetivo é o de prestar serviços cada vez melhores para as empresas associadas.
Galleria Office Campinas Escritório em Campinas-SP
Poly-Feed Mar é um fertilizante desenvolvido especialmente para aplicação foliar. 
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marinhas. Possui a tecnologia Bonus, uma exclusividade Haifa, que proporciona 
melhor absorção e maior segurança à aplicação foliar.
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95
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quarta-feira, 29 de abril de 2020 15:53:55
COMO SE TORNAR UM ASSOCIADO ABISOLO? - A Abisolo conta hoje com mais de 110 empresas 
associadas, que respondem por quase 70% do faturamento do setor. Os Associados estão divididos em 2 
categorias, sendo:
1. ASSOCIADO EFETIVO
São empresas produtoras ou importadoras, 
devidamente registradas no Ministério da 
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que 
possuam em seu portfólio produtos dos 
segmentos abaixo:
• Fertilizantes Foliares
• Biofertilizantes
• Fertilizantes Orgânicos 
• Fertilizantes Organominerais
• Condicionadores de Solo
• Substratos para plantas
2. ASSOCIADO SETORIAL
São empresas fornecedoras de produtos e/ou 
serviços para as empresas da cadeia de Nutrição 
Vegetal.
ETAPAS PARA ASSOCIAÇÃO
• Preenchimento da ficha cadastral;
• Envio de cópia digital da última atualização do 
Contrato Social consolidado;
• Aprovação da associação pelo Conselho 
Deliberativo da Abisolo;
• Assinatura do Contrato de Adesão.
MENSALIDADES
• As mensalidades são fixadas de acordo 
com o faturamento da empresa, a partir do 
enquadramento nas faixas estabelecidas no 
estatuto da Associação e são reajustadas 
sempre no dia 1 de janeiro de cada ano, de 
acordo com a variação do IGP-M.
Para saber mais detalhes e conhecer todos os benefícios da associação, visite o nosso website: www.abisolo.com.br
25
Presidente Conselho
Deliberativo
VP Conselho
Deliberativo
Secretário 
Executivo
Gerente 
Executivo
Analista 
Financeiro
Analista 
Marketing
Coordenador 
Técnico
Marcos 
Regulatórios
Jurídico e 
Fiscal
Assessoria 
Contábil
Inteligência
de Mercado
Conselheiros
Comitês 
Executivos
Conselho 
Consultivo 
e Fiscal
Crop Protection
& 
Height Production
ORGANOGRAMA ABISOLO TIPOS DE PRODUTOS DE TECNOLOGIA EM NUTRIÇÃO VEGETAL
São produtos que apresentam na sua formulação alguma característica adicional que os diferenciam dos 
fertilizantes convencionais, promovendo melhor desempenho, estabilidade, eficiência ou facilidade de manejo. 
Podem ser Minerais ou Orgânicos, sólidos ou fluidos e utilizados nos mais diversos tipos de aplicação: via solo, 
foliar, fertirrigação, hidroponia ou semente. 
Para os Orgânicos estão neste grupo os produtos que trazem outros benefícios além do fornecimento de 
nutrientes, incluindo os Biofertilizantes.
No caso dos Fertilizantes Minerais são considerados “especiais” aqueles que além de fornecer os nutrientes 
sejam formulados com aditivos, agentes complexantes ou quelantes; aqueles que são 100% hidrossolúveis; e 
os de liberação controlada.
FERTILIZANTES ESPECIAIS
São produtos de natureza fundamentalmente orgânica, obtido por processo físico, químico, físico-químico 
ou bioquímico, natural ou controlado, a partir de matérias-primas de origem industrial, urbana ou rural, 
vegetal ou animal, nos quais são adicionados fontes de nutrientes minerais, contribuindo para a melhoria das 
características químicas, físicas e biológicas do solo, além do fornecimento de nutrientes para as plantas.
FERTILIZANTES ORGANOMINERAIS
26 27
Produtos que contém princípio ativo ou agente orgânico, isento de substâncias agrotóxicas, capaz de atuar, 
direta ou indiretamente, sobre o todo ou parte das plantas cultivadas, elevando a sua produtividade, sem ter 
em conta o seu valor hormonal ou estimulante, subdivido nos seguintes grupos:
a) Biofertilizante de Aminoácidos: Produto obtido por fermentação ou hidrólise de materiais orgânicos 
naturais;
b) Biofertilizante de Substâncias Húmicas: Produto obtido por decomposição e solubilização de 
materiais orgânicos e posterior oxidação e polimerização, formadas basicamente por ácidos húmicos, ácidos 
fúlvicos e huminas;
c) Biofertilizante de Extratos de algas ou algas processadas: Produto obtido por extração e 
beneficiamento de algas;
d) Biofertilizante de Extratos Vegetais: produto obtido por extração de compostos orgânicos solúveis da 
fermentação ou beneficiamento de materiais orgânicos, isentos de contaminação biológica;
e) Biofertilizante Composto: Produto obtido pela mistura de dois ou mais biofertilizantes dos grupos 
de aminoácidos, substâncias húmicas, extratos de algas, extratos vegetais e outros princípios ou agentes 
orgânicos aprovados;
BIOFERTILIZANTES
São produtos de natureza fundamentalmente orgânica, obtido por processo físico, químico, físico-químico ou 
bioquímico, natural ou controlado, a partir de matérias-primas de origem industrial, urbana ou rural, vegetal ou 
animal, enriquecido ou não de nutrientes minerais;
De acordo com suas características e modo de obtenção, os fertilizantes orgânicos podem ser classificados 
em: Simples, Mistos, Compostos, Organominerais e Biofertilizante. Quanto a origem das matérias-primas 
utilizadas na sua produção (com exceção do Biofertilizantes) eles são classificados em:
Classe “A”: produto que utiliza, em sua produção, matéria-prima gerada nas atividades extrativas, 
agropecuárias, industriais, agroindustriais e comerciais, incluindo aquelas de origem mineral, vegetal, animal, 
lodos industriais e agroindustriais de sistema de tratamento de águas residuárias com uso autorizado pelo 
Órgão Ambiental, resíduos de frutas, legumes, verduras e restos de alimentos gerados em pré e pós-
consumo, segregados na fonte geradora e recolhidos por coleta diferenciada, todos isentos de despejos ou 
contaminantes sanitários, resultando em produto de utilização segura na agricultura; Podem ser utilizados 
como matéria-prima para a produção de fertilizante orgânico Classe “A”, os resíduos provenientes de 
serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, desde que estes serviços contemplem 
a segregação na fonte geradora e a coleta diferenciada de resíduos em, no mínimo, três frações: resíduos 
orgânicos, resíduos recicláveis e rejeitos, evitando qualquer tipo de contaminação sanitária.
Classe “B”: produto que utiliza, em sua produção, quaisquer quantidades de matérias-primas orgânicas 
geradas nas atividades urbanas, industriais e agroindustriais, incluindo a fração orgânica dos resíduos sólidos 
urbanos da coleta convencional, lodos gerados em estações de tratamento de esgotos, lodos industriais e 
agroindustriais gerados em sistemas de tratamento de águas residuárias contendo qualquer quantidade de 
despejos ou contaminantes sanitários, todos com seu uso autorizado pelo Órgão Ambiental, resultando em 
produto de utilização segura na agricultura.
Quanto a sua natureza física, podem ser sólidos ou fluídos, e podem ser utilizados para aplicação via: Solo, 
Folha, Fertirrigação, Hidroponia e Semente.
FERTILIZANTES ORGÂNICOS
28
Produto que promovea melhoria das propriedades físicas, físico-químicas ou atividade biológica do solo, 
podendo recuperar solos degradados ou desequilibrados nutricionalmente; 
Os condicionadores de solo integrantes do portfólio das nossas indústrias são: 
I - Classe A: produto que em sua fabricação utiliza matéria-prima de origem vegetal, animal ou de 
processamentos da agroindústria, onde não sejam utilizados no processo o sódio (Na+), metais pesados, 
elementos ou compostos orgânicos sintéticos potencialmente tóxicos;
II - Classe B: produto que em sua fabricação utiliza matéria-prima oriunda de processamento da atividade 
industrial ou da agroindústria onde o sódio (Na+), metais pesados, elementos ou compostos orgânicos 
sintéticos potencialmente tóxicos são utilizados no processo; 
III - Classe C: produto que em sua fabricação utiliza qualquer quantidade de matéria-prima oriunda de lixo 
domiciliar, resultando em produto de utilização segura na agricultura; 
IV - Classe D: produto que em sua fabricação utiliza qualquer quantidade de matéria-prima oriunda do 
tratamento de despejos sanitários, resultando em produto de utilização segura na agricultura; 
V - Classe E: produto que em sua fabricação utiliza exclusivamente matéria-prima de origem mineral ou 
química;
VI - Classe F: produto que em sua fabricação utiliza em qualquer proporção a mistura de matérias-primas 
dos produtos das Classes A e E, respectivamente dos incisos I e V.
CONDICIONADORES DE SOLO
Produto usado como meio de crescimento de plantas.
SUBSTRATOS PARA PLANTAS
30 31
Clorialdo Roberto Levrero
Presidente do Conselho Deliberativo
Francisco Guilherme 
Romanini
Conselheiro
Sérgio Martins Mariuzzo
Conselheiro
Gustavo Branco
Vice-Presidente do Conselho Deliberativo
Marina Silva
Conselheiro
Fernando Carvalho 
de Oliveira
Conselheiro
Guilherme Soriani de 
Almeida
Suplente do Conselho Deliberativo
Alessandro Olinda de 
Souza Mesquita
Conselheiro
Roberto Bosco
Conselheiro
Gustavo dos Reis Vasques
Conselheiro
Vandre Silva
Suplente do Conselho Deliberativo
Anderson Luis Schaefer
Conselheiro
Antônio Ricardo de 
Figueiredo
Suplente do Conselhor Consultivo Fiscal
Marcelo Luiz Marino Santos
Conselheiro
Conselho Deliberativo
Conselho Consultivo e Fiscal
Fernanda Latanze 
Mendes Rodrigues
Coordenadora do Programa Interlaboratorial
Luiz Antônio Pinazza
Consultor Política/Institucional
Irani Gomide Filho
Consultor de Assuntos Regulatórios - MAPA
Marcos Yassuo Kamogawa
Consultor do Programa Interlaboratorial
José Carlos Olivieri
Consultor do Programa Interlaboratorial
Moarcir Beltrame
Consultor Meio Ambiente
Kátia Goldshmidt Beltrame
Consultora Técnica de Fertilizantes de Matriz Orgânica
Consultores Técnicos
Alexandre D’Angelo
Gerente Executivo
José Alberto Nunes 
da Silva
Secretário Executivo
Kleber Nichi
Analista de Marketing
Maria Cristina Duvaizem 
Moura
Analista Administrativo Financeiro
Diretoria Executiva
Capítulo
1
Tecnologia em 
Nutrição Vegetal
34 35
A cana-de-açúcar (Saccharum spp.) é uma 
planta que possui metabolismo fotossintético 
C4, altamente eficiente na conversão de energia 
luminosa em química. Seu grande potencial 
de produção de biomassa é alcançado com 
temperatura entre 25°C a 35°C e disponibilidade 
hídrica entre 1200 a 2500 mm (Doorenbos; 
Kassam, 1979; Singh et al., 2007) durante a 
fase de crescimento dos colmos, ou seja, no 
período vegetativo (Manhães et al., 2015). A 
temperatura tem influência direta na eficiência 
do uso da radiação solar pela cana-de-açúcar e, 
consequentemente, na eficiência fotossintética, 
podendo variar de 2,7g de carboidratos MJ-1 de 
radiação ativa fotossintética (PAR) a 10° C a 8,2g 
MJ-1 a 20° C (Moore; Botha, 2014). Entretanto, o 
potencial produtivo desta cultura não é expresso 
apenas pela produção de biomassa, mas também 
concentração de sacarose nos colmos, pois está 
ligada à qualidade da matéria-prima fornecida à 
indústria. 
Estresses abióticos como seca, temperaturas 
extremas, excesso de luz, salinidade e deficiências 
de nutrientes minerais, resultam em perdas 
significativas na produção agrícola global, e afetam 
drasticamente a taxa de crescimento, o rendimento 
de sacarose e a produção de biomassa da cana 
de açúcar (Ebrahim et al., 1998; Li et al., 2015; Li; 
Yang, 2015). A fisiologia do estresse, por definição, 
lida com a forma como as plantas respondem 
a várias condições ambientais que limitam o 
crescimento, o desenvolvimento, a reprodução e a 
produtividade das culturas. Um estresse é definido 
como um fator ambiental que restringe as funções 
e o desenvolvimento normais, na medida em que 
Manejo foliar 
para mitigação de 
estresses abióticos 
na cana-de-açúcar
Carlos Alexandre 
Costa Crusciol
Prof. Dr. na 
UNESP/Botucatu
Gabriela Ferraz 
de Siqueira
Ma e Dra. em Agronomia 
pela UNESP/Botucatu
Lucas Moraes 
Jacomassi
Mestrando em Agronomia 
pela UNESP/Botucatu
Osvaldo Araujo Jr.
Me. e Doutorando em 
Agronomia pela 
UNESP/Botucatu
Ariani Garcia
Ma. e Dra. em Agronomia 
pela UNESP/Botucatu
Universidade Estadual Paulista (UNESP), 
Faculdade de Ciências Agronômicas, 
Departamento de Produção Vegetal, Fazenda 
Experimental Lageado, Botucatu, SP, Brasil.
pode até matar a planta (Moore; Botha, 2014).
Diversas regiões do Brasil têm frequentemente 
apresentado ocorrências climáticas estressantes 
para esta cultura, como geadas, temperaturas 
abaixo de 15°C e acima de 35°C, bem como 
estresse hídrico. Estes problemas afetam 
negativamente grande parte das áreas de cultivo 
de cana-de-açúcar, os quais limitam a produção 
vegetal. As áreas atingidas por esses estresses 
abióticos aumentaram com a expansão da 
cultura para regiões com condições climáticas 
mais limitantes ao cultivo, caracterizadas por 
precipitação irregular durante a estação chuvosa 
ou seca prolongada entre maio e outubro. Neste 
período, algumas regiões ainda podem ser 
atingidas por baixas temperaturas e até ocorrência 
de geadas. 
Nesse contexto, ocorrem problemas diretos 
de ordem qualitativa e quantitativa e a matéria-
prima perde características desejáveis para o 
melhor rendimento industrial, como aumento nos 
teores de açúcar invertido e de gomas, perda 
de peso total em decorrência da redução da 
proporção de caldo, além do chochamento e 
brotação lateral (Bastos et al., 1983). Quando as 
plantas são expostas a algum estresse abiótico, 
ocorrem alterações no seu metabolismo celular, na 
morfologia e fisiologia, como mecanismo de defesa 
para amenizar qualquer injúria. Nessas situações 
pode ocorrer o fechamento estomático, inibição 
do crescimento das folhas e colmos, senescência 
e menor área foliar (Machado et al., 2009; Inman-
Bamber et al., 2012) e produção de ERO’s 
(Espécies Reativas de Oxigênio), o qual consiste 
na resposta inicial aos fenômenos de estresses 
bióticos e abióticos nas plantas (Foyer; Shigeoka, 
2011). 
Como sistema de defesa, as plantas 
desenvolveram mecanismos complexos que 
desempenham um papel vital na desintoxicação de 
estresse oxidativo nos compartimentos celulares e 
minimizam os danos causados às membranas das 
células (Almeselmani et al. 2006; Cui et al. 2006). 
Dentre eles, temos as enzimas antioxidantes 
como catalase, superóxido dismutase, ascorbato 
peroxidase e a glutationa redutase, e moléculas 
antioxidantes, como ascorbato e glutationa (Taiz; 
Zeiger, 2017). 
O pleno desenvolvimento e ativação desse sistema 
de defesa depende quase que intrinsicamente de 
boas condições nutricionais da planta. A nutrição 
mineral tem um papel importante na tolerância 
a estresses bióticos e abióticos, induzindo a 
regulação do potencial osmótico das células 
vegetais, proporcionando a síntese de aminoácidos 
(aa), conferindo maior resistência à estrutura da 
parede celular e ativando enzimas, dentre outros 
mecanismos.
O fornecimento de macro e micronutrientes são 
essenciais para o desenvolvimento e produtividade 
das plantas. A demandadas plantas por elementos 
minerais é quase na sua totalidade suprida pela 
aplicação de fertilizantes via solo, uma vez que, 
por características morfológicas das raízes, as 
plantas absorvem nutrientes predominantemente 
via raiz, em detrimento às folhas. Entretanto, sob 
certas circunstâncias, a adubação foliar pode 
ser uma alternativa viável (Fageria et al., 2009). 
Além dos nutrientes minerais, atualmente outros 
compostos com alta tecnologia embarcada, como 
aa, extratos de plantas e hormônios vegetais, 
tem se mostrado viável. Assim, este manejo foliar 
pode ser uma prática eficaz para melhorar a 
produtividade e aumentar a tolerância ao estresse 
das culturas (Gui et al., 2015; Perez-de-Luque, 
2017; Guo et al., 2019).
A aplicação de alguns produtos à base de aa pode 
exercer a função de proteção às plantas, como por 
exemplo de estresses causados pela toxidez de 
herbicidas (Castro et al., 2006; Serciloto; Castro, 
2005), por patógenos (Igarashi et al., 2010), por 
altas temperaturas (Castro et al., 2011) e outras 
situações adversas de clima (Picolli et al., 2009).
36 37
Outros estudos já comprovaram o efeito benéfico 
do uso de bioestimulantes à base de citocinina, 
giberelina e auxina em plantas cultivadas sob 
estresse hídrico (Ávila et al., 2010) ou salino 
(Barbieri et al., 2014; Oliveira et al., 2013). 
Compostos bioativos de algas marinhas também 
induzem as plantas à tolerância a estresses 
bióticos e abióticos e aumentam a produtividade 
(Carvalho et al., 2013; Silva et al., 2012).
Dessa forma, com o intuito de mitigar os 
efeitos do estresse abiótico na cana-de-açúcar, 
principalmente relacionados à geada e à seca, 
uma nova técnica vem sendo utilizada por meio 
de produtos “protetores”, visando a prevenção de 
danos causados por estas intempéries nas plantas. 
Os protetores nada mais são do que complexos 
nutricionais, com ou sem aa ou extratos vegetais 
em sua composição, aplicados nas folhas na 
cana-de-açúcar, aproximadamente 100 dias antes 
da colheita, ainda quando a planta apresenta 
turgidez foliar, previamente ao aparecimento de 
sintomas do estresse. O emprego desta técnica, 
visa aumentar a tolerância à seca e/ou à geada, 
atenuando os danos decorrentes destes estresses 
e, assim, reduzindo a perda de produtividade 
da cultura. Isto ocorre devido ao aumento da 
atividade de enzimas e compostos antioxidantes 
que protegem os pigmentos fotossintéticos e os 
compartimentos celulares, tentando manter a 
atividade fotossintética.
Assim, com a utilização dessas tecnologias, 
como a aplicação de complexos nutricionais para 
proteção à baixas temperaturas e à geada (Figura 
1), constatou-se maior TCH (toneladas de cana por 
ha), tanto utilizando o complexo A (contendo N, 
K, S, B, Cu, Mn, Mo, Zn, carbono orgânico (Cot) e 
aa) quanto o complexo B (contendo N, S, B, Co, 
Fe, Cu, Mn, Mo, Zn, Cot, aa, ácidos carboxílicos 
e extrato de algas), na ordem de 13 e 11 t ha-1, 
bem como de açúcares totais recuperáveis (ATR) e 
toneladas de pol por ha (TPH), na ordem de 12 e 3 
kg de ATR e 3 e 2 t ha-1 de TPH, respectivamente. 
Utilizando a mesma tecnologia para proteção 
à seca (Figura 2), constatou-se também maior 
TCH, ATR e, consequentemente, TPH mediante 
aplicação do complexo C (contendo N, P, K, Mg, 
Cot e B) e do complexo B (contendo N, S, B, Co, 
Fe, Cu, Mn, Mo, Zn, Cot, aa, ácidos carboxílicos e 
extrato de algas), na ordem de 13 e 16 t cana ha-1, 
0,8 e 0,4 kg açúcar t cana-1 e 2 e 2,4 t pol ha-1, 
respectivamente.
Estes resultados evidenciam que o uso desta 
técnica é uma alternativa para atenuar estresses 
causados por baixas disponibilidade hídrica e 
temperaturas. Independente da composição dos 
produtos utilizados neste manejo, a tolerância 
das plantas aos estresses abióticos é aumentada, 
minimizando, assim, perdas de produtividade em 
regiões sujeitas a estes eventos climáticos.
 
As condições do canavial e a intensidade do 
estresse influenciam o resultado. Desse modo, 
canaviais nutricionalmente bem manejados 
apresentam melhores resultados quando recebem 
a aplicação dessas novas tecnologias. Portanto, 
essa tecnologia não proporciona aumento de 
produtividade, mas sim reduz as possíveis perdas.
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Fisiologia vegetal. 5.ed. Porto Alegre: Artemed, p.954, 2017.
TRATAMENTOS: Complexo A = N, K, S, B, Cu, 
Mn, Mo, Zn, Cot e aa; Complexo B = N, S, B, Co, 
Fe, Cu, Mn, Mo, Zn, Cot, aa, ácidos carboxílicos e 
extrato de algas.
TRATAMENTOS: Complexo C = N, P, K, Mg, Cot 
e B; Complexo B = N, S, B, Co, Fe, Cu, Mn, Mo, 
Zn, Cot, aa, ácidos carboxílicos e extrato de algas.
FIGURA 2
Média dos valores obtidos para tonelada de cana 
por hectare (TCH), açúcares totais recuperáveis 
(ATR) e tonelada de pol por hectare (TPH) em 
função da adubação foliar para proteção à seca, 
Pradópolis, 2019.
160
140
120
100
80
60
40
20
0
73
86
136
148
108
119
142
145
10
13
18
84
97
152 153
13 15
80
12 15
96
154 155
20
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Controle
Complexo A
Controle
Complexo C
TCH TCHTCH TCHATR ATRATR ATRTPH TPHTPH TPH
Controle
Complexo B
Controle
Complexo B
FIGURA 1
Média dos valores obtidos para tonelada de cana 
por hectare (TCH), açúcares totais recuperáveis 
(ATR) e tonelada de pol por hectare (TPH) em 
função da adubação foliar para proteção à geada, 
Ponta Porã, 2018.
38 39
Evandro 
Binotto Fagan
Pesquisador, Prof. Dr. 
na UNIPAM
INTRODUÇÃO
A performance da cultura de soja está fortemente 
associada e dependente das características 
ligadas ao crescimento e desenvolvimento. 
Vários aspectos morfológicos, como arquitetura 
da estrutura vegetativa, sistema radicular, 
formato e densidade de nervuras nas folhas, 
hábito de crescimento entre outros determinam 
o desempenho geral das plantas de soja. Por 
exemplo, a anatomia foliar e a arquitetura 
determinam a quantidade de luz interceptada, 
a capacidade fotossintética e a força fonte das 
plantas enquanto, a distribuição e densidade 
de nervura nas folhas direcionam o fluxo de 
fotoassimilados das regiões fonte para os drenos 
(Mathan; Bhattacharya; Ranjan, 2016).
Mas na prática, só esses fatores não são capazes 
de definir a produtividade dos cultivos de soja. 
De acordo com Buchanan; Gruissem; Jones 
(2000), as maiores perdas de produtividade de 
plantas cultivadas como é o caso da soja estão 
associadas a estresses abióticos. As reduções 
variam de 66 para o milho (Zea mays L.) até 81% 
para o sorgo (Sorghum bicolor). A explicação 
para esse processo está ligado a dificuldade de 
controlar eventos climáticos, que são instáveis e 
imprevisíveis. 
Considerando todo o ciclo da cultura de soja, a 
fase reprodutiva é considerada a mais crítica, por 
ser extremamente sensível a estresses. Da mesma 
forma como ocorre na maioria das culturas, os 
estresses abióticos possuem maior peso na perda 
de produtividade.
Nesse período as plantas de soja possuem 
necessidade de síntese de grande quantidade 
de fotoassimilados, principalmente durante o 
enchimento de grãos. Nesta cultura a eficiência 
energética para a produção de grãos é baixa. São 
necessários 2 g de fotoassimilados para produzir 
1 g de grão, enquanto que para outros cereais, 
apenas 1,3 a 1,4 g são utilizados (Sinclair; Wit, 
1975). Esse fato é atribuído ao alto teor de lipídios 
e proteínas que são armazenados nos grãos que 
possuem elevado custo energético para serem 
produzidos, além de apresentarem elevada perda 
de energia pela respiração (Kakiuchi; Kobata, 
2008).
Outro fator a ser considerado na fase reprodutiva 
da cultura de soja é a taxa de enchimento de 
grãos, cujo valor é variável de acordo a genética, 
disponibilidade de fotoassimilados, atividade do 
dreno e estádio fenológico. Normalmente, esses 
valores variam de 4,4 a 9,5 mg grão dia-1 do 
estádio R5 a R7 (Guffy et al., 1991). Dados atuais 
têm verificado valores médios de 8,3 mg grão dia-1, 
quando se utilizou a densidade de 20 plantas m-2 
(El-Zeadani et al., 2014).
Abaixo são descritos alguns fatores climáticos 
de grande relevância no enchimento de grãos, 
principalmente quando estão em disponibilidades 
inadequadas.
A deficiência hídrica na fase reprodutiva, 
especialmente no período de enchimento de grãos 
é considerado um dos fatores de maior impacto 
na produtividade de soja. Essa constatação já era 
verificada na década de 80, por Eck et al. (1987). 
De acordo com os autores, a baixa disponibilidade 
hídrica no período de enchimento de grãos 
ocasiona reduções de produtividade acima de 
Fatores climáticos 
relacionados ao 
enchimento de grãos
Deficiência hídrica
46%. Mais tarde, Brevedan; Egli (2003) relatam 
que plantas de soja submetidas a curtos períodos 
de deficiência hídrica (5 a 6 dias, com 40% da 
capacidade de campo) durante o enchimento de 
grãos podem reduzir a produtividade em até 39%.
 
Os principais componentes de produção afetados 
na cultuta de soja pela deficiência hídrica são: 
número de vagens, sementes por vagens, 
sementes por planta e massa de 1000 grãos 
(Ohashi et al., 2009; KobraeI et al., 2011), os 
quais perfazem os mais relevantes drenos de 
fotoassimilados (Nobuyasu et al., 2003). Brevedan 
e Egli (2003) relataram que curtos períodos 
de deficiência hídrica (em torno de 13 dias) 
durante o enchimento de grãos causam redução 
substancial na produtividade (39%), devido à 
redução no número de vagens e sementes. Esses 
autores também relataram diminuição na clorofila, 
fotossíntese e fluxo de carboidratos para os órgãos 
drenos.
A maior parte das perdas de produtividade está 
relacionada a alterações fisiológicas, como a 
redução na condutância estomática e fotossíntese, 
diminuição na expansão, celular e aumento na 
produção de espécies reativas de oxigênio, ERO 
(Jaleel et al., 2009). Em função disso ocorrem 
reduções do número de vagens, sementes por 
vagens, sementes por planta e massa de 1000 
grãos (Ohashi et al., 2009; Kobraei et al., 2011), 
os quais perfazem os mais relevantes drenos de 
fotoassimilados (Nobuyasu et al., 2003). Além 
disso, o fluxo de carboidratos das raízes diminui 
causando a redução na absorção de nutrientes 
e do processo de fixação biológica de nitrogênio 
(Nunes, 2016).
O metabolismo de carboidratos e translocação 
de fotoassimilados para órgãos reprodutivos são 
os mais sensíveis a deficiência hídrica (Liu et al., 
2004). Em função disso, aumentos nos teores 
de sacarose e hexose nas folhas são verificados, 
enquanto o amido diminui (Pelleschi et al., 
1997). Isto evidência que nessascondições, o 
metabolismo celular prioriza a hidrólise de amido 
em “prol” da síntese de sacarose (Lemoine et al., 
2013), para tentar manter a respiração foliar, além 
da osmorregulação. Outro efeito verificado se 
refere a falhas no sistema de condução de seiva 
no floema, devido ao aumento na viscosidade 
e alterações na permeabilidade da parede 
celular dos elementos crivados (Sevanto, 2014). 
Outro evento bastante comum em plantas com 
deficiência hídrica é a redução da atividade da 
enzima invertase (enzima que causa a quebra 
de sacarose). Essa enzima pode apresentar 
redução de até cinco vezes (Pinheiro et al., 
2005). Tal comportamento reduz a capacidade de 
translocação de açúcares para órgãos drenos, que 
nesse momento é formado especialmente pelos 
grãos e vagens. 
 
Atualmente, a maior parte de cultivares de 
soja lançadas no mercado possuem hábito de 
crescimento indeterminado. Essa característica 
pode ser relevante quanto a tolerância à deficiência 
hídrica, uma vez que as mesmas continuam 
crescendo após o início do florescimento 
mantendo o potencial de formação de novas 
flores e vagens após término do estresse 
(Villalobos-Rodrigues; Shibles, 1985). Tanaka 
e Shiraiwa (2009), buscando fortalecer esse 
conceito avaliaram as diferenças morfofisiológicas 
nas folhas de soja de ambos os hábitos de 
crescimento da soja. Os autores observaram que 
as plantas de hábito de crescimento indeterminado 
possuem maior densidade de estômatos e, 
consequentemente maior condutância estomática 
durante a deficiência hídrica, permitindo a planta 
tolerar mais intensamente esse estresse.
No entanto, as plantas podem utilizar mecanismos 
internos para minimizar os danos da deficiência 
hídrica. Dos quais, destaca-se o ajuste osmótico 
(aumento de prolina, glicina betaína e alguns 
açúcares solúveis) e a proteção de sistemas de 
membrana. Além da prolina e glicina betaína, 
existem relatos do emprego de outros aminoácidos 
com efeitos equivalentes ou até superiores, 
quando se fala em mitigação dos efeitos da 
deficiência hídrica, como a Histidina, Ácido 
Glutâmico, Arginina e Triptofano. Parece que o 
suprimento de alguns nutrientes também exerce 
um papel importante na tolerância das plantas 
de soja a esse estresse. Dentre eles estão os 
40 41
macronutrientes, potássio (K), cálcio, fósforo (P) 
e magnésio (Mg) os micronutrientes boro (B), 
Cobre (Cu) e zinco (Zn). Suas funções nas plantas 
são inúmeras, compreendendo a manutenção 
do balanço de cargas, transporte de elétrons, 
componentes estruturais, ativação de enzimas, 
ajuste osmótico e turgor celular (Waraich et al., 
2011).
As plantas de soja submetidas a elevadas 
temperaturas causa diversos danos morfológicos 
e fisiológicos. Temperaturas acima de 30°C já 
ocasionam severas perdas de produtividade (Puteh 
et al., 2013), podendo ocasionar perdas de até 
27%, quando esta atingir valores superiores a 
35°C (Gibson; Mullen, 1996).
No metabolismo fisiológico, elevadas temperaturas 
atuam intensamente no metabolismo celular por 
afetar a cinética das reações químicas. Esses 
efeitos variam de acordo com o período diurno e 
noturno. 
Para o processo fotossintético, baixas 
temperaturas reduzem a velocidade de transporte 
de elétrons e a fixação e redução do carbono. Esse 
processo aumenta rapidamente com o incremento 
da temperatura até atingir valores considerados 
ótimos. Para plantas C3, na sua grande maioria, 
esses valores situam-se entre 15 e 30°C (Larcher, 
2004), sendo de 27°C para a cultura de soja. 
Outro efeito é a desidratação celular e desta forma 
a redução no fluxo de nutrientes e fotoassimilados 
no interior da planta
Outro efeito associado a elevada temperatura 
é a diminuição da capacidade de defesa da 
planta, devido à redução da atividade de enzimas 
antioxidantes, e o posterior acúmulo de ERO 
(Djanaguiraman; Prasad, Seppanen, 2010). 
Também é evidenciado o aumento na síntese de 
etileno e desintegração de estruturas celulares. Do 
mesmo modo, os danos morfológicos por elevadas 
temperaturas também são observados e relatados 
por Djanaguiraman et al. (2011). Os pesquisadores 
notaram que plantas de soja submetidas a 
elevadas temperaturas durante o florescimento 
apresentaram danos nos cloroplastos, dilatação na 
membrana dos tilacóides e a consequente redução 
na atividade fotossintética e senescência foliar. 
Esse mesmo efeito ocorre durante o enchimento 
de grãos e portanto, a sua influência na produção 
de fotoassimilados é similar ao que ocorre no 
florescimento.
Além disso, elevadas temperaturas afetam a 
performance de produtos aplicados via folha com 
objetivo de estímulo ou de proteção de plantas, 
pois causam desidratação de folhas e redução na 
translocação dessas moléculas.
A planta de soja por ser uma planta C3, possui 
baixa capacidade de utilização de luz (ponto de 
saturação luminosa de 1.800 µmol m-2 s-1 (Larcher, 
2000), quando comparada com as demais plantas 
do grupo C4 [milho (Zea mays L) e cana-de-
açúcar (Saccharum officinarum L.)]. Alterações 
de intensidades luminosas causam efeitos 
significativos em variáveis fisiológicas, afetando 
seu crescimento e desenvolvimento. Em condições 
de elevados níveis de radiação, a planta responde 
com alterações morfofisiológicas. Mesmo utilizando 
mecanismos de adaptação, as plantas de soja não 
apresentam uma proteção completa. E por isso, 
na maioria das vezes, o excesso de radiação solar 
ocasiona a produção de ERO, danos em clorofilas 
e incremento na fotorrespiração.
Em condições de baixos níveis de radiação solar, 
a cultura de soja apresenta vários mecanismos 
de adaptação. Em um vasto experimento Melges 
et al. (1989) buscou elucidar o efeito de níveis de 
luzia no crescimento e desenvolvimento da soja. 
O trabalho indicou que: (i) o número de folhas e 
vagens decresce em função do sombreamento; 
(ii) a taxa de acúmulo de fitomassa em cada 
órgão é tanto mais elevada quanto maior a 
densidade de fluxo de radiação solar, até a 
Temperatura do ar
Radiação solar
saturação luminosa; (iii) a taxa de acúmulo de 
fitomassa seca, devido ao sombreamento, foi 
menor nas raízes que nos outros órgãos; (iv) as 
plantas sombreadas apresentaram maior estatura, 
devido ao alongamento dos entrenós e aumento 
da dominância apical, (v) além disso, com o 
aumento do nível de sombreamento ocorreu maior 
retardamento na maturação.
A redução da disponibilidade de radiação solar 
verificado por Melges et al. (1989) em condições 
controladas é um estresse abiótico comum em 
algumas regiões do Brasil no período de estações 
chuvosas. Em um experimento recente em 
condições de campo, Ghassemi-Golezani, Bakhshi 
e Dalil (2015) confirmaram as constatações 
realizadas por Melges et al. (1989), especialmente, 
no que se refere a redução na dinâmica do fluxo de 
fotoassimilados em grãos, e o aumento no período 
efetivo de enchimento.
Em função disso, Fagan (2018, dados não 
publicados), desenvolveu um modelo que auxilia 
na explicação do efeito do sombreamento na 
fisiologia de plantas de soja (Figura 1). Para o 
pesquisador, durante a fase reprodutiva as plantas 
possuem a maior demanda de fotoassimilados 
para formação de órgãos reprodutivos. A redução 
da luminosidade, causa a limitação fotossintética 
diminuindo a produção de energia. Esse problema 
se agrava quando as plantas se encontram no 
período de enchimento de grãos (R5), quando 
a intensidade da atividade do dreno é máxima 
(os grãos em enchimento). Desta forma, com a 
baixa capacidade da fonte (folha) em suprir a alta 
atividade do dreno, ocorre o ajuste da relação 
fonte/dreno por meio do abortamento de vagens.
Normalmente, períodos nublados vêm 
acompanhados com chuvas em excesso e 
encharcamento de solo. O excesso de água no 
solo, além da capacidade de campo, diminui os 
níveis de oxigênio no solo, assim, ocorre acúmulo 
de ACC (ácido 1-carboxílico-1-aminociclopropano)nas raízes das plantas que são transportados via 
xilema para a parte aérea. Na parte aérea, com a 
disponibilidade de oxigênio, o ACC é convertido 
a etileno pela atividade da ACC-oxidase, (Fagan 
et al., 2015), ocasionando senescência de folhas, 
flores e vagens.
Também é importante salientar que, em plantas 
vasculares, o boro e o cálcio movem-se via 
corrente transpiratória. Em dias nublados, devido à 
redução no fluxo transpiratório, a disponibilização 
de Ca e B nas folhas, flores e vagens do estrato 
superior diminui. Como esses nutrientes são 
imóveis no floema, não ocorre a remobilização 
dos mesmos das regiões mais velhas para esses 
órgãos. Esse processo acentua ainda mais a 
abscisão de folhas, flores e vagens.
No enchimento de grão, a redução da 
luminosidade no terço inferior é um dos principais 
fatores associados a senescência das folhas 
baixeiras e consequentemente, a redução no 
enchimento de grãos. Mas porque a perda destas 
folhas tem tanta influência no enchimento de 
grãos? Primeiramente precisamos entender que 
em condições de diminuição de luminosidade, 
as folhas apresentam menor taxa do fluxo 
transpiratório resultando na redução do fluxo de 
citocininas (Pons; Jordi, 1998). Associado a isso, 
a baixa intensidade de luz causa uma redução na 
fotossíntese bruta até o momento em esta torna-se 
inferior a respiração foliar. Nesse momento, inicia-
FIGURA 1
Possível modelo fisiológico envolvido no processo 
de aborto de vagens de soja submetidas a baixa 
luminosidade (elevada nebulosidade) e excesso 
de água no solo. Fagan (2018, dados não 
publicados).
42 43
se a expressão de genes que codificam proteínas 
fotossintéticas e enzimas relacionadas a formação 
de clorofila (Thomas, 1978). Esse processo inicia 
pelo fitocromo, que atua como receptor de luz 
vermelha e vermelha extrema. A teoria mais 
aceita afirma que, quando a intensidade da luz cai 
abaixo do ponto de compensação de luz, ocorre 
o balanço negativo de carbono que, por sua vez, 
desencadeia a senescência (Boonman et al., 
2006).
É importante destacar que a produtividade da 
cultura da soja não é definida apenas pelo período 
de enchimento de grãos, mas que depende de 
um planejamento adequado quanto ao manejo 
de solo, proteção de plantas e nutrição. Contudo 
pode-se perceber através dessa breve resenha, 
que o enchimento de grãos é extremamente 
sensível a estresses climáticos, uma vez que 
nessa fase a necessidade de energia é elevada e 
que precisa ser distribuídas para os grão em um 
período relativamente curto (20 a 30 dias).
Conclusões
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Fabrício Ávila 
Rodrigues
Prof. Dr. na Uni. Fed. 
de Viçosa - UFV
As culturas agrícolas estão expostas aos mais 
diferentes tipos de estresses, sejam esses de 
origem abiótica e ou biótica, durante praticamente 
todo o período de cultivo. Dentre os estresses 
de natureza biótica, a ocorrência de doenças, 
as quais são causadas por patógenos (ex. 
bactérias, fungos, nematoides, oomicetos e 
vírus) de diferentes estilos de vida (biotróficos 
- dependentes do tecido foliar para nutrição e, 
portanto, não causam necrose; necrotróficos 
- causadores de clorose seguida de necrose 
devido a ação de toxinas e enzimas hidrolíticas e 
os hemibiotróficos - inicialmente biotróficos, mas 
rapidamente comportam-se como necrotróficos), 
ocupa papel de destaque. As doenças contribuem 
significativamente para reduzir tanto a quantidade 
quanto a qualidade da produção. Muitas pessoas 
indagam por que ocorre aumento no preço do 
tomate, um dos itens que faz parte das refeições 
da maior parte dos brasileiros, em determinadas 
épocas do ano fazendo com que o índice 
nacional de preços ao consumidor amplo acelere, 
acarretando aumento da inflação. O aumento na 
intensidade das doenças devido às condições 
de maior umidade relativa e temperaturas mais 
amenas em decorrência das chuvas é uma das 
explicações mais plausíveis.
Os patógenos possuem diferentes estratégias para 
infectar os seus hospedeiros e obter os nutrientes 
necessários para garantir a reprodução e, assim, 
perpetuar a sua espécie na natureza. Várias 
alterações fisiológicas e bioquímicas ocorrem nas 
plantas infectadas pelos patógenos. A fotossíntese 
é o principal processo fisiológico afetado 
pelos patógenos. Os patógenos manipulam 
o metabolismo dos carboidratos nas plantas 
infectadas afetando tanto o crescimento quanto a 
produção. A absorção e a translocação de água 
e nutrientes nas plantas infectadas por patógenos 
causadores de murcha vascular e podridão das 
raízes sofrem drástica mudança. O estresse 
oxidativo nos tecidos dos hospedeiros infectados 
culmina com a produção excessiva de espécies 
reativas de oxigênio que maximizam o dano celular. 
A infecção por patógenos também ocasiona 
alterações no balanço hormonal da planta, na 
translocação dos fotoassimilados e nas atividades 
das enzimas associadas com o metabolismo do 
carbono.
Resistência é a capacidade das plantas em evitar 
ou atrasar a penetração e ou a subsequente 
colonização dos seus tecidos pelo patógeno 
utilizando-se das mais diversas estratégias de 
defesa. Todas as plantas apresentam um nível 
de resistência a qual denominamos de basal. 
Os mecanismos de defesa, estruturais e ou de 
natureza bioquímica, denominados de constitutivos 
(ex. camada de cera e de cutícula mais espessas, 
anatomia das células guardas dos estômatos, 
abundante presença de tricomas, estrutura e 
organização dos vasos condutores e presença de 
compostos de natureza antimicrobiana) ou pós-
formados em resposta à infecção (ex. papilas, 
lignificação da parede celular, formação de camada 
de cortiça, zonas de abscisão, formação de 
tiloses e aumento na concentração de compostos 
fenólicos e fitoalexinas) garantem a defesa 
das plantas contra os seus patógenos. Nesse 
contexto, vários componentes de resistência 
da planta devem ser avaliados para confirmar a 
redução nos sintomas da doença: o tempo para o 
aparecimento dos sintomas da doença (período de 
incubação) e para que o patógeno se reproduza no 
tecido vegetal (período latente) são prolongados, 
as lesões expandem-se mais lentamente durante 
o desenvolvimento da doença e são de menor 
A importância da 
nutrição mineral para 
a resistência das 
plantas às doenças
44
tamanho e o número de esporos produzidos 
nessas lesões é drasticamente reduzido. Para que 
as plantas possam expressar o seu máximo nível 
de resistência basal, faz-se necessário um maior 
fluxo de carbono via rotas do ácido chiquímico 
e dos fenilpropanóides para que os compostos 
de defesa sejam formados. Por exemplo, o 
manganês (Mn) é de extrema importância para 
que a produção de compostos fenólicos via 
rota dos fenilpropanóides ocorra com a melhor 
eficiência possível. Mecanismos de defesa pós-
formados devem ser efetivos, no tempo e espaço, 
para conter a infecção pelo patógeno. Assim, a 
intensidade da doença será reduzida em função 
do nível de expressão da resistência. Em outras 
palavras, quanto maior o número de estratégias de 
defesa que estão ocorrendo no sítio de infecção 
do patógeno maior será a resistência da planta 
e, consequentemente, menor a intensidade da 
doença. Com a participação efetiva dos diferentes 
mecanismos de defesa na tentativa de reduzir 
a colonização dos patógenos nos tecidos dos 
seus hospedeiros é que iremos controlar as 
doenças com menor dependência da aplicação de 
fungicidas, bactericidas, nematicidas e até mesmo 
de inseticidas ao considerarmos que alguns 
patógenos são transmitidos por insetos-praga. O 
estado fisiológico das plantas é crucial para que a 
resistência basal em resposta a infecção por um 
determinado patógeno seja expressa da maneira 
mais robusta possível. Assim, fatores que afetam 
o metabolismo primário da planta tais como baixa 
assimilação de carbono, baixa luminosidade, 
desequilíbrio nutricional, déficit hídrico e problemas 
no desenvolvimento do sistema radicular passam a 
impactar a resistência basal.
Ao falarmos das estratégias de defesa que as 
plantas possuem para conter a infecção por um 
determinado patógeno não devemos nos esquecer 
da importância de se manter o correto estado 
nutricional delas. A nutrição mineral é a prática 
cultural de maior aplicabilidade pelos agricultores 
para o controle das doenças que acometem as 
culturas de grande importância econômica. A 
resistência das plantas em resposta à infecção 
por patógenos pode ser potencializada pela 
concentração de um determinado nutriente no 
tecido vegetal, bem como pela interação entre 
os nutrientes. Considerando a dificuldade de se 
prever a ocorrência de uma determinada doença 
e o seu progresso durante o ciclo da cultura pela 
dependência do fator ambiental, é mais desafiador 
ainda manter as plantas num estado nutricional 
que seja desfavorável aos patógenos durante 
os seus processos infecciosos. Cada nutriente 
colabora, direta ou indiretamente, para que a 
resposta das plantas à infecção pelos patógenos 
através da ativação de rotas bioquímicas de 
defesas seja a mais eficiente possível. Para cada 
interação planta-patógeno, os nutrientes estão 
envolvidos no funcionamento das diferentes 
rotas metabólicas que culminam com a produção 
de compostos de natureza antimicrobiana, 
lignina e ativação dos genes que codificam para 
enzimas de defesa (ex. fenilalanina amônia-liase 
(FAL), quitinase (QUI), β-1,3-glucanase (GLU), 
polifenoloxidase (PFO), peroxidase (POX) e 
lipoxigenase (LOX)) e do metabolismo antioxidativo 
que irão afetar o processo infeccioso de cada 
patógeno. Não devemos desconsiderar o efeito 
direto dos nutrientes no metabolismo dos 
patógenos, principalmente os que habitam o solo e 
infectam as plantas pelo sistema radicular devido, 
principalmente, a alteração do pH da rizosfera. 
Devemos estar conscientes de que a nutrição

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