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Semiologia Clínica BSemiologia Clínica B Vias sensitivas. Motoras. Coordenadoras de tônus muscular. Manutenção da postura. Posição normal e movimento. Reflexo não envolve consciência (tálamo- cortical). Reações posturais no exame neurológico: Propriocepção consciente. São testes realizados para verificar a integridade das: São responsáveis pela: Propriocepção ou de localização: Procedimento: o animal deve permanecer em estação e as extremidades dos membros são flexionadas alternadamente. O retorno à posição anatômica em 1-3 segundos é considerado normal. Tipo de propriocepção: Consciente. Inconsciente. Deve perceber a posição do seu membro. Quando vai manipular e o animal puxa o membro, isso não é uma reação, é um reflexo, não envolve processamento tálamo-cortical. Depois de fazer o teste, deve-se determinar se a propriocepção é consciente ou inconsciente. O animal pode ter uma lesão em nível cervical medular e não ter envolvimento tálamo-cortical – síndrome de wobbler – animal desenvolve paresia, ataxia e déficits proprioceptivos – responde com atraso a reposição da postura normal desse membro. D A T A 2 6 - 1 0 - 2 0 2 1 Reações Posturais Teste da folha de papel: coloca uma folha de papel por baixo da pata do animal e desloca- se a pata deslizando para o lado (abduzindo), com isso o animal deve posicionar o membro no local correto. Testar cada membro individualmente. Saltitar (hemi-salto): Apenas um membro toca o solo. O paciente deve ser movimentado para o lado e para frente observando a coordenação do movimento e força de sustentação do corpo. Todos os membros devem ser testados. Posicionamento táctil: A visão deve ser vedada e o paciente suspenso em plano horizontal. A face dorsal do membro é colocada em contato com a superfície da mesa, onde o animal coloca a pata sobre a mesa imediatamente. Ao sentir a mesa, ele estende o membro. Percebe o estímulo sobre o dorso do membro, há processamento tálamo-cortical (integração SNC e periférico) – comanda para extensão dos membros. Pode-se vedar ou estender a cabeça do paciente para tirar o campo de visão. Semiologia Clínica BSemiologia Clínica B Posicionamento visual: Realizado da mesma maneira que a anterior, porém mantém-se a visão. Estes testes permitem diferenciar se o problema é sensorial ou motor. Estação e caminhar unilateral: Os membros de um lado são suspensos e o paciente é induzido a manter-se em estação de um lado. Em seguida, o animal é induzido a caminhar para o lado, para frente e para trás. Ex: alterações dos membros do lado direito sugerem lesão medular cervical do lado direito; Lesão de ponte/bulbo do lado direito; Lesão mesencefálica ou cerebral contralateral (lado esquerdo). Flexão dos membros geralmente a nível de cotovelo e fêmoro-tibio-patelar. Suspeita de hemi-paresia. D A T A 2 6 - 1 0 - 2 0 2 1 Tirar a parte sensorial do animal elevando a cabeça ao mesmo tempo. Reflexos espinhais no exame neurológico. Determinante para localizar a lesão na medula. Cada segmento da medula espinhal é composto por um par de nervos espinhais com uma raiz dorsal (sensitiva) e outra ventral (motora). Os reflexos testam os segmentos medulares nos quais os reflexos estão envolvidos. O paciente deve permanecer em decúbito lateral. É realizado um estímulo, não requer qualquer ativação do encéfalo. A perda do reflexo indica uma lesão no arco reflexo. Reflexo: Nervo sensitivo que capta o estímulo do membro, chega a medula, avança alguns segmentos vertebrais, mas não chega até a região tálamo-cortical. Envia um estímulo através do neurônio motor para fazer a extensão/flexão de acordo com o reflexo. Carrinho de mão: O animal é segurado pelo abdômen e forçado a caminhar com os membros anteriores ou torácicos, em seguida é forçado a caminhar com os membros pélvicos. Este teste permite observar se o problema é anterior ou posterior a T3. Se tem compressão de medula pode ser agravada. Começar com avaliação dos membros pélvicos. Verificar se o problema é Anterior ou posterior a t3. Uma lesão medular, mesmo cervical, os mais afetados serão os membros pélvicos e pode ou não haver envolvimento dos torácicos. Reflexo ausente: problema em qualquer um desses componentes. Pode envolver: Nervo sensitivo, medula, Neurônio motor superior/inferior. Neurônios motores fazem a execução do movimento, que participam desse arco reflexo e que são responsáveis pela execução desse movimento. Semiologia Clínica BSemiologia Clínica B Reflexos normais ou aumentados. Tônus muscular normal ou aumentado. Atrofia muscular demorada e leve (desuso). Reflexos diminuídos ou ausentes. Tônus muscular diminuído. Atrofia muscular rápida e grave (neurogênica). Em vermelho, os neurônios motores inferiores. Neurônio motor inferior/sensitivo vai ser responsável por captar o estímulo. Plexo braquial ou plexo lombossacro. Em verde, o neurônio motor superior, que tem um efeito inibitório sobre o NMI. No plexo lombossacro ele não existe. Na região cervical tem neurônio motor superior. Uma lesão no plexo braquial, entre C6 e T2, ela lesionaria tanto neurônio motor superior quanto neurônio motor inferior. Lesão por atropelamento – lesão neurônio motor superior. Lesão compressiva em l4 até caudais – lesão neurônio motor inferior. Lesão no neurônio motor superior: Lesão no neurônio motor inferior: O NMI participa do arco reflexo. Lesão desse neurônio vai causar a diminuição ou ausência do reflexo. O tônus muscular acompanha essa diminuição ou ausência do reflexo, então vai estar diminuído. Lesão no neurônio motor superior. Vai parar com o efeito inibitório que tem sobre o inferior, com isso o reflexo fica normal ou aumentado. Tônus muscular normal ou aumentado. Reflexos diminuídos somente nos dois membros pélvicos – região entre l4 – s2. Lesão do neurônio motor inferior. Lesão toracolombar – reflexos dos membros pélvicos normais ou aumentados. D A T A 2 6 - 1 0 - 2 0 2 1 Segmentos da medula espinhal: C1-C5: NMS todos os 4 membros. C6-T2: NMI dos membros torácicos, NMS dos membros pélvicos. T3-L3: NMS dos membros torácicos. L4-S3: NMI dos membros pélvicos. Membro torácico – Reflexos: Tricipital: Avaliação do nervo radial: C7-T1 (até no máximo T2). Resposta: extensão do cotovelo. Bicipital: Avaliação do nervo músculo-cutâneo: C6-C8. Resposta: flexão do cotovelo. Extensor carpo-radial: Avaliação do radial. C7-T1 (T2). Flexor ou interdigital: C6-T2. Reflexo = extensão do cotovelo. Reflexo do flexor ou interdigital (retirada) envolve todas as outras estruturas. Na rotina ele que é avaliado. Membro pélvico: Patelar: Avaliação do femoral: L4-L6. Gastrocnêmio: Avaliação do ciático (ramo tibial): L6-S1 (S2). Tibial cranial: Avaliação do ciático (ramo fibular): L6-S1 (S2). Flexor ou interdigital: L6-S2. Patelar e flexor interdigital são os mais fáceis e os mais utilizados. Membro torácico – Reflexo tricipital: Percutir o tríceps próximo do cotovelo. Testa o nervo radial que se origina dos segmentos C2-T1 ou T2 da medula espinhal. A resposta é a extensão do cotovelo. Relaxar o animal para não ficar tenso e afetar a avaliação. Membro pélvico – Reflexo gastrocnêmio: Testa o ramo tibial do nervo ciático, que se origina no segmento L6-S1 ou S2 da medula espinha. Percutir o tendão do músculo gastrocnêmio. A resposta é uma extensão do tarso. Sem movimentação dos membros, mas reflexos presentes, no exemplo. Membro pélvico – Reflexo tibial cranial: Testa o ramo fibular do nervo ciátivo, que se origina do segmento L6-S1 ou S2 da medula espinhal. Semiologia Clínica BSemiologia Clínica B Extensão do cotovelo. Posicionar já flexionado. D A T A 2 6 - 1 0 - 2 0 2 1 Membro torácico – Reflexo Extensor Carpo- radial: Percutir o músculo extensor do carpo-radial. Este reflexo testa o nervo radial e também o segmento C7-T1 ou T2. Mais dificuldade. Percutir sobre o tendão do extensor carpo radial que fica dorsal ao membro, causando extensão do carpo radial. Membro pélvico – Reflexo patelar: Este reflexo testa o nervo femoral, que se origina nos segmentosL4-L6 da medula espinhal. Deve ser realizado uma leve percussão sobre o ligamento patelar. A resposta é uma extensão do membro. Acompanhar a crista tibial. Membro torácico – Reflexo Bicipital: O dedo indicador do examinador deve ser colocado no tendão do músculo bíceps braquial cranial ao cotovelo. O reflexo avalia o nervo musculocutâneo, que se origina dos segmentos C6-C8 da medula espinhal. A resposta é uma leve flexão do cotovelo e contração do bíceps. Deve haver uma contração do mesmo lado. Ou leve extensão do dedo. Membro torácico – Reflexo flexor ou interdigital: É realizado um estímulo interdigital leve. O animal deve flexionar o membro. É um reflexo espinhal e não requer qualquer ativação do encéfalo. A resposta flexora do membro torácico usa todos os nervos periféricos do membro torácico e testa os segmentos C6-T2 da medula espinhal. A perda do reflexo indica uma lesão no arco reflexo. Com o animal em decúbito lateral, o clínico deve pinçar o interdígito com o dedo ou uma pinça hemostática, realizando pressão suficiente para provocar o reflexo. O estímulo gera uma flexão completa dos músculos flexores e retirada do membro. Em caso de ausência de resposta, todos os interdígitos devem ser testados. A retirada do membro demonstra apenas um reflexo e não a presença ou não de nocicepção. Interdígito aciona o reflexo de retirada. Semiologia Clínica BSemiologia Clínica B Percutir na extremidade da tíbia sobre o músculo tibial cranial. A resposta é uma flexão do tarso. D A T A 2 6 - 1 0 - 2 0 2 1 A resposta é uma contração da musculatura. Pode ser encontrado ausência do reflexo caudalmente a lesão ou aumento do reflexo com hiperestesia anteriormente ou no local da lesão. Membro pélvico – Reflexo flexor ou interdigital: É realizado um estímulo interdigital leve. O animal deve flexionar o membro. Testa as raízes nervosas de L6-S2. Membro torácico e Pélvico – reflexo extensor cruzado: Não deve existir em animais normais. Quando um estímulo doloroso é aplicado em um membro, o contralateral se estende. Indica uma lesão acima do segmento medular que controla o reflexo. Reflexo perineal: Testam os nervos perineais e pudendos, segmentos S1-S3 da medula espinhal e cauda eqüina. O estímulo é realizado com uma pinça na região do períneo. A resposta é uma contração do esfíncter anal e flexão da cauda. Tônus da cauda. Abaixamento da cauda com estímulo na região perineal. Teste do panículo (músculo cutâneo do tronco): Testa a integridade da inervação do músculo cutâneo do tronco. O estímulo é aplicado na linha mediana dorsal da região toracolombar com auxílio de uma agulha ou pinça de dente de rato. Sem contração – pode ter lesão. Progredir avaliação cada vez mais cranial segmento por segmento vertebral. Nem sempre tão preciso esse reflexo. Reflexos viscerais: É observado se está ocorrendo alteração de micção e defecação. Uma lesão sacral pode resultar em incontinência urinária e fecal. Enquanto que lesões craniais aos segmentos sacrais levam a hipertonia do esfíncter resultando em retenção urinária e fecal. Palpação da vesícula urinária. Está distendida ou não. Avaliar se há Compactação de fezes. Região sacral: falta de controle dos esfíncteres. Vazamento de urina ou incapacidade de controle de evacuação. Perda de tônus dessa musculatura. Lesões lombares: hipertonia. Neurônio motor superior - deixa de ter efeito inibitório. Distensão da bexiga. Palpação espinhal: É aplicada pressão sobre o processo espinhoso das vértebras da coluna vertebral a procura de dor. Semiologia Clínica BSemiologia Clínica B Avaliação das vértebras: Região afetada - Animal vai tentar morder. Sensibilidade: D A T A 2 6 - 1 0 - 2 0 2 1 loco Avaliação nociceptiva: Deve ser a última parte do exame neurológico. Testa o nervo periférico, medula espinhal, tronco cerebral e cérebro. Deve ser testada a dor superficial provocando um estímulo tátil a nível cutâneo com auxílio de uma pinça hemostática. Caso a dor superficial esteja presente, a dor profunda não deve ser testada. Primeiros sinais de doença neurológica são paresia e ataxia. Com evolução das doenças perde o movimento e por ultimo a sensibilidade. Nos primeiros estágios de paresia e plegia o animal ainda pode ter dor superficial. Em termos prognósticos, se o paciente com plegia sentir dor – ainda tem chances prognósticas. Usada para avaliar as chances prognósticas. A dor envolve tálamo-cortical. Animal recolhe o membro, mas está curioso, sem manifestação – sem sinal de dor. Se não respondeu, somente nesses casos se testa a dor profunda.
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