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MOTRICIDADE Exame neurológico → Cognitiva → Somática → Nervos cranianos Sinal focal: qualquer alteração no exame neurológico Tipos de diagnóstico → Sindrómico: conjunto de sinais e sintomas → Topográfico: local da lesão → Nosológico: natureza (inflamatória, vascular, neurodegenerativa) → Etiológico: mais específico Principais grupos de enfermidades → Doença vascular encefálica (isquêmicos ou hemorrágicos) → Doenças dismielinizantes – esclerose múltipla → Infecciosas e parasitárias – neurocisticercose → Neoplasias → Doenças neurodegenerativas – Parkinson, Alzheimer → Distúrbios de consciência – crises epilépticas → Cefaleias → Doenças autoimunes – esclerose múltipla → Traumatismos Motricidade → Trofismo, amplitude, força muscular Modalidades 1. Voluntária 2. Automática 3. Reflexa EIXO FUNCIONAL DA MOTRICIDADE Sistema piramidal → Lesão na cápsula interna tem sintomatologia motora contralateral → AVC, tumor, processo inflamatório desmielinizante Origem → Córtex frontal no giro pré central Mais especificamente na área 4 de brodmann, nos neurônios piramidais, de onde sai o primeiro neurônio motor (ou neurônio motor central) 1. Cápsula interna 2. Face anterior do tronco – sinapse com os neurônios motores a) Pedúnculo cerebral b) Entre fibras transversais da ponte 3. Medula espinhal (funículo lateral) → Via piramidal Córtico-nuclear: origem no núcleo dos nervos cranianos motores Córtico-espinhal: ponta anterior da medula espinhal Decussação (Na região da pirâmide bulbar) → Fibras córtico-nucleares – em diferentes pontos do tronco → Fibras córtico-espinhais – no bulbo Terminação → Trato córtico nuclear – núcleos motores dos nervos cranianos (V, VII, IX, X, XI, XII) → Trato córtico espinhal – ponta anterior da medula Fazem sinapse com o 2° neurônio motor → formando nervo periférico → inerva o músculo Área 4 → cápsula interna → tronco encefálico (mesencéfalo, ponte, bulbo) Área motora cortical Homúnculo de penfield → Confere imagem invertida do corpo → Maior área para segmentos corporais com funções mais delicadas e complexas, como mão e face Diagrama da motricidade → Músculos → efetores → Motoneurônios → ordenadores – ficam na ponta anterior da medula → Controladores → cerebelo, núcleos da base, sistema vestibular → Córtex cerebral → possui os planejadores Unidade motora → Região do 2° neurônio motor periférico até o músculo Motoneurônio (ponta anterior da medula) → AVC: síndrome do 1° NM → Trauma, poliomielite (tropismo), ELA: Motoneurônios da ponta anterior da medula A ELA pode alterar tanto o 1° (área de brodmann) quanto o 2° (medula) NM Nervo periférico (misto – fibras motoras e sensitivas) Neuropatia periférica → Mononeuropatia: lesão de 1 nervo – paralisia de sábado à noite – nervo radial → Mononeuropatia múltipla: mais de 1 nervo assimétrico – paralisia do ulnar – comum na hanseníase → Polineuropatia: vários nervos periféricos simetricamente – polineuropatia diabética e tóxico carencial pelo álcool Junção neuromuscular (onde se localiza a placa motora) Miastenia Gravis → Problema na neurotransmissão na junção da placa motora Fraqueza muscular decremental: aumenta com o passar do dia Preferência pela musculatura ocular (ptose) Fatigabilidade aliviada ao repouso Fraqueza generalizada (musculatura proximal) → Fácies Miastênica: parece uma ptose palpebral parcial bilateral Ptose palpebral Diplopia Disartria Disfagia Fraqueza muscular proximal Teste de pacote de gelo: frio ajuda na neurotransmissão Membrana muscular → Miopatias de membrana muscular: miosite, polimiosite → Miotonia de thomsen, miotonia de steinert: dificuldade de abrir e fechar as mãos Músculo estriado Distrofia muscular progressiva → Acomete mais crianças do sexo masculino → Quando começam a motricidade voluntária → A partir dos 5 anos, a criança começa com fraqueza dos membros inferiores EXAME DA MOTRICIDADE Inspeção local da musculatura estriada Troficidade → Atrofia, hipo/hipertrofia, simétrico ou não → Deltoide e musculo proximal da coxa → Atrofia ELA – atrofia da região tenar depois deltoide – presença de Miofasciculações Lesão do 1° NM – atrofia por desuso Lesão do 2° NM – amiotrófica → Pseudo-hipertrofia Distrofia muscular progressiva – aumento das panturrilhas por fibrose → Hipertrofia fisiológica Exercício físico → Hipertrofia por miotonia congênita Padrão hercúleo ou herculóide: criança/adolescente mais musculoso Padrão miotônico – fecha a mão, conta até 4 e depois tem dificuldade de abrir novamente Miofasciculações → Contrações irregulares e não rítmicas de grupos de fibras musculares Lesão do NM inferior Há pequenos movimentos subdérmicos Acometimento da ponta anterior do 2° NM → Deltoide, parte anterior da coxa e língua Fazer pequenas percussões → Lesão do 2° NM + amiotrofia = Miofasciculações ELA: hipotrofia + atrofia + possíveis Miofasciculações Hipercinesias → Tremor essencial Pode ser bilateral, mas simétrico Fino = alta frequência Postural Frequente Monossintomático Geralmente com histórico familiar Pode haver fatores que aliviam ou agravam → Doença de Parkinson Tremor de repouso Assimétrico, tipo contando moedas → Tremor cerebelar Tremor amplo e de ação Privação de sono e stress causam hiperexcitação dos neurônios Exame da motilidade ativa: amplitude Pedir para o paciente realizar todos os movimentos possíveis → Velocidade, habilidade, amplitude → Avaliação crânio-caudal e comparando segmentos homólogos → Em pé (MS) e deitado (MI) Cabeça e pescoço: flexão, extensão, lateralização e rotação Tronco: flexão, extensão, lateralização e rotação MS: flexão, extensão, rotação interna e externa, elevação do braço, pronação e supinação, abdução e oponência do polegar MI: flexão, extensão da coxa e extensão posterior em decúbito ventral, flexão e extensão do joelho, elevação da perna, abdução Paciente com Parkinson: diminuição da amplitude + dificuldade de movimentar o tronco, pescoço e oponência do polegar Exame da motilidade ativa: força muscular Manobras deficitárias (avaliar déficit mínimo de força) Manobra dos braços estendidos ou de mingazzini de membros superiores → Sentado ou em pé → Braços em extensão → 30s de olhos abertos e 30s de olhos fechados Diminuição da força: pronação da mão e/ou queda do membro Exame de força contra a gravidade, teste a força de sustentação Manobra de rolamento de membros superiores → Rolar uma mão fechada sobre a outra, também fechada Analisar se o movimento é coordenado Manobra de mingazzini de membros inferiores → Decúbito dorsal → Pernas elevadas, fletidas e levemente separadas por 30s a 1min de olhos fechados → Separar os joelhos do paciente Déficit: posição não se mantém, surgindo oscilações e/ou queda progressiva da perna e/ou da coxa Idoso pode não conseguir manter as penas devido a idade – observar simetria Manobra de Barré → Decúbito ventral → Pernas a 90° por 1 min Déficit da musculatura flexora: oscilação e/ou queda do membro inferior Bilateral ou não Prova de queda dos membros inferiores em abdução → Decúbito dorsal → De olhos fechados, dobrar as pernas do paciente, colocar seus pés e joelhos juntos segurando ambos → Soltar seus joelhos e continuar segurando os pés Observar queda de algum ou dos dois membros inferiores Normal: paciente sustenta as pernas – hemiparesia – AVC – perna do lado afetado sofre abdução Força de preensão → Paciente deve apertar o 2° e 3° dedos do examinador com as duas mãos → Examinador deve dar as mãos cruzadas para facilitar Comparar a força de preensão, simétricaetc. Manobras contra resistência (paciente faz força e examinador faz oposição ao movimento) Técnica – inervação segmentar – Nervo periférico Membros superiores Deltoide (C5) → Braço abduzido contra resistência do médico Nervo axilar Bíceps braquial (C5) → Paciente flete o braço contra resistência com antebraço em supinação Nervo músculo cutâneo Tríceps braquial (C7) → Paciente tenta estender o cotovelo contra resistência, ou depois de avaliar o bíceps, ele pode tentar fazer extensão do braço Nervo radial Flexão e extensão do punho (C6, C7, C8) → Segura o cotovelo do paciente e pede para que ele faça extensão e flexão do punho, enquanto o examinador faz força contra esse movimento Nervos flexor radial e ulnar do carpo e extensor radial e ulnar do carpo Extensão e flexão dos dedos → Déficit de força distal Nervos radial e mediano Membros inferiores Flexão do quadril – iliopsoas (L1, L2, L3) → Decúbito dorsal, paciente tenta flexionar a coxa contra resistência Nervo femoral Extensão do quadril – glúteo máximo (L5, S1, S2) → Decúbito ventral ou sentado, paciente deve fazer flexão da coxa contra resistência Nervo glúteo superior Flexão do joelho – bíceps femoral (L5, S11, S2) → Decúbito dorsal ou sentado, paciente flexiona o joelho contra resistência Nervo ciático Extensão do joelho – quadríceps femoral (L3, L4) → Decúbito dorsal ou sentado, paciente estende joelho contra resistência Nervo femoral Extensão e flexão dos pés (Raiz L5 e nervo fibular) → Avalia déficit de força distal → Com paciente deitado, deve-se fazer extensão e flexão dos pés contra resistência Nervo ciático Extensão e flexão dos dedos dos pés → Avaliar força distal Manobra de Gowers – levantar do miopata → Pedir ao paciente que se sente no chão e se levante → Mãos no calcanhar – joelho – coxa e depois se levanta, como se escalasse em si próprio Distrofia de Duchenne a) Acomete mais meninos b) Herança recessiva ligada ao cromossomo X c) 4-5 anos começa com quedas frequentes, involução de motricidade, até parar de andar totalmente d) Óbito aos 15 anos Distrofia de Becker a) Herança recessiva ligada ao X b) Prognóstico melhor Graus de força muscular 5: normal 4: ativo contra resistência + diminuição da força comparando um lado com o outro 3: ativo contra gravidade + não vence resistência 2: ativo eliminando gravidade + faz movimento, mas não vence gravidade 1: contração muscular sem movimento – contorno muscular, tem contração, sem movimento 0: ausência de contração – paralisia flácida – sem contorno muscular e força Distúrbios de força Paresia – grau 3 ou 4 Plegia – grau 0 ou 1 Hemiparesia/hemiplegia – diminuição ou ausência de força em 1 segmento Diplegia – 2 segmentos, membros superiores Paraparesia/paraplegia – 2 segmentos, membros inferiores Tetraparesia/tetraplegia – lesão nos 4 segmentos Exame do tônus muscular → Estado permanente de tensão do músculo → Pacientes com grau 0 de força não tem a preservação do tônus muscular → Fatores neurológicos que dão essa integridade Repouso: até no relaxamento tem contração normal – analisado com o paciente deitado Postural: manutenção da atitude – analisado com o paciente em pé Cinético: tônus de movimento Inspeção → Contorno da musculatura estriada em repouso em membros homólogos Palpação → Deve ter consistência semi-elástica → Observar hipotonia e hipertonia Deltoide Braço Anterior da coxa Panturrilha Percussão → Realizado em suspeita de miopatia História da doença muscular + presença de fenômenos miotônicos como câimbras frequentes e dor muscular → Paciente com miotonia faz contração forte no músculo que sofreu percussão → Percute-se região tenar e anterior da coxa Doença de thomsen → Miotonia congênita – padrão herculóide – fenômeno miotônico → Contração vigorosa e persistente e resposta a percussão Movimentação passiva → Decúbito dorsal → Movimentos são realizados pelos médicos Pode ser sentado a) Punhos b) Cotovelos c) Ombro Não pode ser sentado a) Coxa b) Perna c) Pé Balanço passivo das articulações → Paciente em pé de frente para o médico → Examinador segura nos ombros ou na cintura pélvica do paciente e balança-o Se houver balanço excessivo – hipotonia Se os braços ficam mais resistentes – hipertonia O que o examinador pode encontrar no exame de tônus Tônus normal Hipertonia → Elástica: espasticidade Lesão do 1° NM → síndrome piramidal → hipertonia elástica na fase crônica com sinal do canivete a) Sinal do canivete: resistência inicial para realizar o movimento, depois consegue movimentar, mas logo volta para a posição inicial b) Postura de Wernicke mann: flexão do MS e extensão do MI, síndrome piramidal Paralisia cerebral → síndrome piramidal bilateral → criança no pré natal ou parto tem hipóxia cerebral e atraso no desenvolvimento motor → Plástica: de rigidez Doença de Parkinson → aumento do tônus com hipertonia plástica e sinal da roda dentada a) Sinal da roda dentada: movimento pausado ao tentar mexer membro hipertônico Hipotonia → Diminuição do tônus muscular Lesão do 1° NM na fase aguda → paresia + hipotonia + Hiporreflexia Lesão no N. periférico, lesão cerebelar Doença de Werdinig-Hoffman → bebe flácido Lesão do 1° NM = Síndrome piramidal → Fase aguda: hipotonia, paresia/Plegia, Hiporreflexia Fase de choque encefálico → Fase crônica: hipertonia elástica, sinal do canivete, postura de Wernicke-mann (marcha hemiplégica), hiperreflexia, hemiparesia Fase de liberação piramidal – pode ser uma via inibitória, havendo lesão dessa via, predomina excitação REFLEXOS → Superficiais / Exteroceptivos → Profundos / Proprioceptivos / Miotáticos EXAME DA MOTRICIDADE REFLEXA Material → Martelo Reflexos profundos a) Martelo de Taylor: triangular b) Martelo de Buck: alfinete testa sensibilidade profunda e pincel testa sensibilidade superficial c) Martelo de babinski d) Martelo de dejerine: 2 pontas simétricas → Estilete rombo Reflexos superficiais Arco reflexo Via aferente e via eferente no centro medular → Arco reflexo patelar Área reflexógena: ligamento rotuliano do joelho Receptor ânulo espiral: no fuso neuromuscular Neurônio sensitivo: no gânglio anexo à raiz dorsal Sinapse no H medular: L4 Neurônio motor na ponta da medula N. periférico: nervo femoral Efetor do movimento: músculos da região anterior da coxa Quais reflexos testar → Profundos Membros superiores Membros inferiores Axilas da face → Superficiais Reflexo cutâneo abdominais Reflexo cutâneo plantar Pesquisa de reflexos profundos Técnica apurada + Estado de relaxamento do paciente + Decúbito dorsal ou sentado → Manobra de Jendrassik Facilitar a obtenção do reflexo Pedir para o paciente entrelaçar uma mão na outra enquanto você examina os membros inferiores Reflexo estilo radial Segmento medular C5 → Percussão 2 dedos acima da apófise estiloide do rádio Resposta: flexão do antebraço sobre o braço Reflexo bicipital Segmento medular C6 → Paciente deve relaxar o braço no braço do examinador ou sobre a própria perna → Percutir com o martelo no polegar do examinador, que deve estar colocado na inserção do M. bíceps braquial Flexão do antebraço Reflexo tricipital Segmento medular C7 → Deixar braço do paciente pendente, segurando seu braço e deixando antebraço cair → Percutir com o martelo sobre o tendão do músculo tríceps braquial Extensão do antebraço sobre o braço Reflexo flexor dos dedos Segmento medular C7, C8 e T1 → Mão em supinação percutindo a superfície palmar das falanges com interposição do 2° e 3° dedos do examinador → Percussão no punho do paciente Flexão dos dedos das mãos Normalmente é hipoativo Reflexo patelar Segmento medular L4 → Paciente deve sentar na maca para que os seus pés não encostem no chão ou em decúbito dorsal com examinador elevando levemente a perna do paciente → Percutir no ligamento rotuliano Extensão da perna Reflexo Aquileu Segmento medular S1 → Percussão com martelo no tendão de Aquiles com paciente em decúbito dorsal, fletir levemente sua perna e o pé para dentro → Percussão com martelo no tendão de Aquiles com o paciente em pé com joelhos apoiados numa cadeira Extensão do pé Reflexo nasopalpebral Centro reflexógeno: ponte Vias: nervo facial → Percussão da glabela com martelo ou dedo Contração bilateral do músculo orbicular das pálpebras ou oclusão da rima palpebral → Sinal de Myerson: reflexos esgotáveis, porém, em pacientes com doença neurológica degenerativa é inesgotável, porque o SN não consegue inibir o reflexo Reflexo mandibular ou mentoniano Arco reflexo: trigêmeo – ponte – trigêmeo → Quase imperceptível em paciente normal → Paciente deve ficar com a boca entreaberta e examinador faz percussão do membro com interposição do dedo do examinador Elevação da mandíbula e contração dos masseteres Reflexo orbicular dos lábios Arco reflexo: trigêmeo – ponte – facial → Percussão do lábio superior Projeção do lábio para frente Alterações que podem ser encontradas Hiporreflexia: diminuição da resposta – neuropatia periférica alcoólica Hiperreflexia: aumento da resposta – fase crônica da síndrome piramidal Arreflexia: sem resposta – choque medular Pesquisa de reflexos superficiais Reflexo cutâneo- plantar Segmento medular C1 → Estímulo cutâneo da região plantar lateral do calcanhar aos dedos Flexão dos dedos Sinal de babinski: quando paciente faz extensão dos dedos → Extensão lenta do hálux ou abertura em leque → Manobras sucedâneas: gordon, shaeffer, oppenheim, chaddock → Pode aparecer na fase aguda da síndrome piramidal e aparece na síndrome piramidal crônica Reflexo cutâneo- abdominais Segmento T6-T12 → Paciente em decúbito dorsal, iniciar na região lateral do abdome em direção a cicatriz umbilical Contração da cicatriz para o lado estimulado Clônus → Hiperreflexia profunda → distensão de um tendão → mantendo-o obtém-se contrações clônicas, rítmicas e involuntárias Pesquisar principalmente: mão, pé e rótula do pé a) Puxar a mão/pé para trás, se tiver Clônus, a mão responderá indo para frente e para trás → Pode ser esgotável ou inesgotável → Hiperreflexia + paresia + hipertonia elástica → Lesão do 1° NM Síndrome piramidal na fase crônica, criança com paralisia cerebral COORDENAÇÃO → Centro de coordenação motora – cerebelo (equilíbrio e tônus) → Cerebelo recebe informações do córtex motor, vias da medula, músculos e tronco encefálico → Via cerebelar tem duplo cruzamento, então NÃO causa sintomas contralaterais → Divisão do cerebelo Arquicerebelo – lobo flóculo nodular – lesão causa alteração de equilíbrio ou de nistagmo Paleocerebelo – vermis – alteração da marcha, equilíbrio, mais axial Neocerebelo – hemisférios cerebelares – alteração apendicular no exame neurológico → O que é coordenação Atividade motora ordenada, regular e harmônica Preservação da força muscular é pré-requisito para manutenção da coordenação Exame da coordenação motora dinâmica Manobra dedo nariz → Braço em extensão e abdução → Pedir ao paciente que estique o braço para o lado e depois dobre-o colocando o dedo no nariz → Paciente deve realizar a manobra com olhos abertos e fechados, com os 2 braços Prova de Stewart- Holmes → Paciente sentado → Flexão do antebraço contra a resistência oposta pelo examinador, que bruscamente a relaxa Paciente com problema na coordenação não consegue frear o movimento do seu braço e acaba se auto golpeando Movimentos alternados → Paciente realiza sucessivamente movimentos de pronação e supinação das mãos (diadococinesia – movimentos descoordenados) (eudiadocinesia – movimentos simétricos) Prova calcanhar joelho → Paciente deitado em decúbito dorsal → Coloca o calcanhar sobre o joelho oposto e depois na maca → Pode pedir para colocar o calcanhar no joelho oposto e deslizá-lo sobre toda a crista da tíbia (até o pé) Sinergia de tronco e membros → Paciente em decúbito dorsal → Pedir para que cruze as mãos sobre o peito e sente Paciente normal faz pressão do calcanhar e levanta Paciente com alteração de coordenação não consegue fazer apoio e começa a levantar pernas e tronco ao mesmo tempo (assinergia) Alterações cerebelares → Ataxia: falta de coordenação → Tremor Essencial: fino, bilateral, simétrico, geralmente o paciente tem histórico familiar e não há outras alterações De Parkinson: contando moedas, mais assimétrico, de repouso Cerebelar: tremor de ação, quando o paciente vai fazer o movimento Cefálico: de cabeça → Dismetria: quando o paciente erra o alvo em manobras dedo nariz e calcanhar joelho → Nistagmo: movimento rápido ao fazer abdução dos olhos Existe um fisiológico chamado optocinético → Marcha Atáxica: lesão do verme, paciente anda em zigue-zague Região anatômica Manifestações clínicas Hipóteses diagnósticas Hemisfério Ataxia apendicular AVC, neoplasias, EM Vermis Ataxia axial, disartria Degeneração cerebelar alcoólica, neoplasias Lóbulo flóculo-nodular Nistagmo, desequilíbrio AVC, neoplasias Pancerebelar Combinações das descritas acima Degeneração cerebelar paraneoplásicas, doenças genéticas (ataxias espinocerebelares), medicamentos ESTÁTICA A. Sistema motor B. Sensibilidade proprioceptiva C. Visão D. Cerebelo E. Sistema vestibular Pensando apenas nas aferências: sensibilidade proprioceptiva, visão e sistema vestibular – tripé Pesquisa do equilíbrio/estática Pesquisa do sinal de Romberg → Paciente de pé, os braços ao longo do corpo, os pés unidos, observar se permanece sem se mover, 30s de olhos abertos e 30s de olhos fechados Positividade de prova: oscilações corpóreas com a queda em qualquer direção – mesmo se houver oscilação sem queda é positivo Sinal de Romberg positivo: pode ser causado por distúrbios de sensibilidade profunda (neuropatia diabética) ou distúrbios ventriculares (labirintopatias) a) Distúrbios de sensibilidade profunda apresentam sinal de Romberg com queda abrupta para qualquer lado b) Disturbios ventriculares apresentam período de latência no começo do sinal de Romberg, seguindo com queda ou oscilação apenas MARCHA → Reflexa / Voluntária / Automática Mecanismos neurológicos envolvidos na marcha → Sistema extrapiramidal: movimento automáticos associados (movimento dos braços ao andar) → Labirinto: equilíbrio, correção necessária para a posição da cabeça → Visão: percepção espacial → Sensibilidade proprioceptiva: percepção do corpo e de suas partes – sentido de posição e movimento do corpo → Sistema piramidal: atitude ereta, mudanças na marcha – voluntária Exame da marcha Observar 1. Início da marcha – Parkinson causa dificuldade para começar a andar e para parar de andar 2. Posição do eixo do corpo – atitude ereta, postura em ântero-flexão comum em Parkinson 3. Movimentos associados dos braços – lesão no sistema extrapiramidal, como o Parkinson, causa perda do movimento do braço, o braço fica mais colado no corpo 4. Direção e trajeto – consegue ou não andar em linha reta 5. Mudanças rápidas de trajeto – em Parkinson há dificuldade em mudar de trajeto 6. Movimento de elevação da coxa – lesão de nervos periféricos causa elevação exagerada da coxa para evitar que o pé arraste no chão 7. Movimento de dorsiflexão do pé – paciente com lesão de nervos periféricos não consegue fazer 8. Tônus do membro inferior – hipertonia é comum em criançascom paralisia cerebral, marcha em tesoura Pesquisa 1. Avaliar o paciente em trajetos mínimos ou despido 2. Pedir que o paciente caminhe em linha reta por pelo menos 9m, numa determinada direção e retorne ao ponto inicial 3. Pode pedir para o paciente colocar um pé à frente do outro Definição dos termos Astasia: impossibilidade de se manter de pé – astasoabasia – paciente não fica de pé, logo não anda Abasia: impossibilidade de andar Disbasia: dificuldade de andar Ataxia: perda da coordenação motora dos movimentos Marchas patológicas Marcha hemiplégica/ceifante/helicópode → Flexão do MS e extensão do MI → Rotação da perna em foice → Espasticidade do membro inferior → Hipertonia espástica → Lesão piramidal → AVC Marcha para-parética espástica → Espasticidade bilateralmente dos membros inferiores → Abdução dos membros inferiores → Marcha da tesouras → Flexão dos membros superiores → Hipertonia espástica → Lesão piramidal bilateral → Paralisia cerebral Marcha escarvante → Diminuição distal da força → Paciente eleva mais a coxa para que o pé não arraste no chão → Não faz dorsiflexão do pé → Pode ser unilateral ou bilateral → Lesão do nervo periférico → Paralisia do nervo fibular ou ciático poplíteo externo Marcha parkinsoniana → Postura em ântero-flexão → passos curtos → braços ao longo do corpo e imóveis → Tremor das mãos, mesmo sendo de repouso, pode se acentuar na marcha → Pode ter aceleração involuntária → Bradicinesia: identificação dos movimentos voluntários → Hipertonia plástica → Lesão extrapiramidal → Síndrome parkinsoniana, mas não é exclusiva de Parkinson Pode ser parkinsonismo atípico induzido por medicamentos, eventos cerebrovasculares e sequela de encefalites Marcha cordonal/Tabética/Atáxica → Paciente abre a base de sustentação e perde a noção da posição segmentar → Paciente não tem sensibilidade profunda → Bate o calcanhar com força no solo → Paciente mantem olhar fixo no chão durante a marcha → Lesão do cordão posterior da medula → Neurossífilis, deficiência de vitamina B12 causando mielopatia Marcha cerebelar/ebriosa/Atáxica → Lesão no vermis cerebelar → Paciente anda em zigue-zague → Assinergia do tronco Marcha anserina/da miopatia → Paciente tem hiperlordose → Alteração proximal da força → Joga a perna para frente e faz uma rotação externa de quadril → Miopatia Marcha de Petit pas/pequenos passos → Marcha do idoso → Paciente anda com passos curtos → Atrofia cortical, síndrome demencial Marcha vestibular/Atáxica → Paciente anda com tendência a cair para um lado → Cai para o lado da lesão LINGUAGEM E COGNIÇÃO Área da broca Área da linguagem falada → Hemisfério dominante → lobo frontal → parte posterior do giro inferior → Destros → maioria hemisfério esquerdo dominante (contralateral) → Canhotos → maioria hemisfério esquerdo dominante, 30% direito → Corresponde à área 44 de Broadmann Área de Wernicke Área da linguagem ouvida → Hemisfério dominante → lobo temporal → região posterior do giro temporal superior quase na divisa do lobo parietal → Cognição: capacidade de absorver informação → Giro angular → responsável pela leitura fica perto da área de wernicke Afasia (perda da linguagem/alteração da fala) Afasia de broca/motora/eferente → Compreensão preservada → Fala não fluente → Dificuldades para escrever Ao colher anamnese: dificuldade de comunicação com o paciente, ele te entende, mas não consegue falar direito, pode mostrar objetos e pedir que os nomeie Teste “Boston naming test” → figuras em preto e branco de objetos Afasia de wernicke/sensitiva/aferente → Compreensão pobre → Fala fluente, mas sem significado → Fala muito, mas fala sem sentido → logorreia → Dificuldades para ler Solicitar que feche os olhos e levante o braço esquerdo, se obedecer aos comandos provavelmente não tem lesão Para testar a linguagem pode usar utilizar da escrita e da fala Afasia total ou global → Acometimento de duas áreas de linguagem AVC causa mais comum de afasia e em segundo lugar demência Conceitos Afasia → Grau mais severo → Vocabulário mais pobre → Fala 1 ou 2 palavras repetidamente Disfasia → Grau intermediário ou menos severo → Vocabulário mais rico → Não fluente Disartria → Estrutural: problema na articulação da palavra, ou seja, na execução motora → Danos nos nervos que inervam a cavidade oral → Imagem consegue ser passada com dificuldade → Pessoa fanha, problemas na boca, paralisia facial periférica, nervos XII, X, IX Dislalia → Funcional: pode ser fisiológica em crianças → Pode ocorrer por problemas psiquiátricos Afonia → Perda total ou parcial da voz devido histeria ou alterações da laringe Disfonia → Defeito na produção da voz, não é harmônica e é produzida por esforço EXAME NEUROLÓGICO DO ESTADO MENTAL Diferenciar esquecimento fisiológico de esquecimento de síndrome demencial Critérios para diagnóstico → Prejuízo em 2 domínios cognitivos ou comportamentais → Declínio em relação a um nível pré estabelecido → Impacto importante nas tarefas diárias ou prejuízo social Depressão é diagnóstico diferencial para síndrome demencial em idosos Domínios cognitivos → Memoria → Função executiva/atenção → Habilidades visuo-espaciais → Linguagem → Comportamento Lobos ligados a domínios → Lobo frontal: executiva, atenção, pensamento abstrato, raciocínio logico → Lobo parietal direito: função visuo-espacial → Lobo parietal esquerdo: cálculos, defeito causa discalculia ou acalculia → Lobo occipital: visão, responsável por gnosia (reconhecer objetos) → Lobo temporal: hipocampo, memória recente, prejudicado no Alzheimer Alzheimer: primeiro linguagem e memoria, e depois todas as áreas sofrem atrofia Apraxia → Incapacidade de realizar gestos motores, mas não há alteração de força Apraxia ideomotora: paciente não perde força nem ação, só não sabe mais realizar Apraxia ideacional: não consegue sequenciar ações Agnosia → Relação com a percepção → Não tem alteração de sensibilidade, mas não consegue compreender informações táteis Agrafiestesia: paciente fecha os olhos, examinador desenha letra/número de forma grande e clara na palma de sua mão, mas paciente não o reconhece Aesterognosia: examinador dá objeto na mão do paciente, mas ele não o reconhece Agnosias visuais: vê, mas não enxerga Prosopagnosia: paciente não reconhece o rosto das pessoas Paciente com síndrome demencial → Anosognosia: não reconhece a própria doença, prejuízo do senso crítico → Asomatognosia: não reconhece partes do seu corpo, então por exemplo não se barbeia nessa parte, não lava o rosto nessa parte → Mão alienígena: não reconhece o braço, então o braço se mexe “sozinho” Como examinar → Paciente diz que está normal, mas não sabe por que está no hospital → Pode apresentar baixa higiene → Não tem senso crítico, usa roupas de frio no verão, faz discurso incoerente Pontos importantes na anamnese cognitiva → Idade: mais de 50 anos, mais chances de síndrome demencial → Escolaridade: fator de risco → Dominância: influencia na linguagem → Inicio e progressão: em geral, Alzheimer tem quadro progressivo, se for uma perda de memória repentina pode ser demência vascular, se for de nascença não deve contar para o diagnóstico de demência → Atrapalha as funções cotidianas: fecha diagnóstico para demência → Doenças prévias e uso de medicamentos: perda de memoria Sinal da virada da cabeça: paciente olha para o acompanhante procurando confirmação ou até mesmo resposta para a pergunta Mini exame do estado mental → Feito em até 15 minutos → Auxilia no diagnóstico e acompanha evolução → Influenciado pela escolaridade → NÃO faz diagnóstico sem históriaclínica → Memória, atenção, cálculo, linguagem e C. visuo-espacial Como realizar Orientação temporal Orientação espacial Memória Atenção/cálculo/função/executiva Memória Linguagem Função executiva e praxia Construção visuo espacial Interpretação → Pontos de corte 24-30 pontos: normal – escolaridade 8 anos ou mais 18 pontos: normal – escolaridade baixa e analfabetos Efeito teto: alta escolaridade, mesmo que em síndrome demencial, pode ter resultado normal no mini teste Efeito chão: escolaridade baixa pode ter resultado baixo, mesmo não tendo demência Não funciona para demência frontotemporal, é limitado para outras formas SINAIS DE IRRITAÇÃO MENÍNGEA Meninges Dura-máter Aracnoide Pia-máter → Proteger o SNC → Situações normais: maleáveis, elásticas, não doem ao “se mexerem” → Meninges inflamadas ficam mais rígidas, tentar estender causa dor → Espaços Espaço extradural: traumatismos Espalho subdural: entra a dura e aracnoide Espalho subaracnóide: entre aracnoide e pia mater – preenchido por líquor e alguns vasos Sinais de meningite → Cefaleia → Náuseas → Vômitos → Febre → Pode ou não ter baixa de consciência Sinais parecidos com virose comum Diagnóstico de meningite → Punção lombar – recolhe líquor do espaço subaracnóide na região lombar Invasivo, utilizar apenas para confirmação Realizar o exame se tiver sinal positivo das manobras AVC hemorrágico → Quando “cai” sangue de algum vaso no espaço subaracnóide → Ex.: aneurisma Hemorrágico intraparenquimatosos Hemorragia subaracnóide Manobras Sinal de brudzinski → Decúbito dorsal → Posicionar a mão atras da cabeça do paciente e fazer flexão passiva do pescoço – médico faz a força Se o paciente encostar o queixo no tórax, o sinal é negativo Se o paciente faz resistência, tem sinal de rigidez da nuca, é sinal positivo a) Pode ainda fazer flexão dos MI para diminuir tensão Sinal de kerning → Membros inferiores, um de cada vez → Iniciar na posição neutra → Colocar a mão no joelho e flexioná-lo em um ângulo de 90 graus e a outra mão no calcanhar e começa a estender a perna Se o paciente mostrar rigidez o sinal é positivo Não vai deixar levantar a perna Em casos de meningite/hemorragia subaracnóide apresentam sinal bilateralmente Sinal de Lasegue → Variação do kerning → Paciente em decúbito dorsal → Uma mão no joelho do paciente e outra na perna → Eleva a perna esticada: 0-30°: ninguém sente dor 30-70°: resistência significa sinal positivo >70°: pessoas normais também sentem dor Caso extra Lombalgia → Dor lombar que irradia para o glúteo, face lateroposterior da coxa, face lateral da perna e parte dorsolateral do pé → Dor em choque/queimação → Não melhora em repouso nem com analgésico Sugestivo: compressão da raiz a) Hérnia de disco b) Dor no nervo ciático (L4, L5, S1) Sinal de lasegue e kerning positivos unilateralmente EXAME DA SENSIBILIDADE Geral → Descendente: via motora 2 neurônios → Ascendente: sensibilidade 3 neurônios a) 1°: receptor até a medula – periférico b) 2°: medula ao tálamo/bulbo – central c) 3°: tálamo/bulbo até córtex sensitivo – central Sintomas → Positivos: paciente não deveria estar sentindo Dor cutânea Dor neuropática Parestesias → Negativos: perda de sensibilidade tátil, dolorosa ou térmica Dor → Neuropática Lesão do nervo Dor em queimação/choque intenso Dura quase o dia todo e piora a noite Respeita o território do nervo afetado → Somática Lesão de um órgão – neurônio é estimulado, mas permanece íntegro Receptores → Sensibilidade se inicia no receptor, que quando estimulado faz uma transdução do sinal para o neurônio → Lesão no receptor não apresenta clínica exuberante, pois se regeneram Dificilmente se vê alteração sensitiva apenas por lesão do receptor O giro pós central do lobo parietal recebe e interpreta as informações da sensibilidade Dermátomos → T4: altura dos mamilos → T10: altura da cicatriz umbilical → T12: altura da crista ilíaca → C4: altura dos ombros → T1: altura da fúrcula esternal Lesão radicular – clínica unilateral – lesão periférica (não entrou na medula ainda) Raiz – padrão em faixa – pode ser por compressão do disco intervertebral Lesão SNC – traumatismo raquimedular – bilateral – perde toda a sensibilidade daquele nível para baixo Causas lesão radicular periférica – compressão de discos + metástase Nível sensitivo = ponto a partir do qual o paciente com lesão medular consegue ter discriminação boa da sensibilidade Nervos importantes da mão Mediano → 1°. 2°, 3° e metade do 4° dedo na parte palmar → Lesão: mão em garra ou mão siamesa → Síndrome do túnel do carpo Compressão do nervo por movimentos repetitivos Paciente relata dormência, dor principalmente a noite e alivio ao balançar a mão Ulnar → Metade do 4° dedo e 5° dedo, parte palmar e dorsal → Lesão: mão em garra ou mão em benção do papa Radial → 1°, 2°, 3° e metade do 4° dedo na parte dorsal → Lesão: mão caída Lobo parietal esquerdo + giro pós central esquerdo = sensibilidade do braço e perna direita Separação clínica da sensibilidade Sensibilidade superficial → Via lenta – mielina fina ou ausente → Não são precisos → Dor, tato grosseiro (protopático) e temperatura → Trato espinotalâmico – lateral/anterior Sensibilidade profunda → Via rápida – bastante mielina → Sensações precisas → Vibração, tato fino (epicrítico), propriocepção (noção da posição segmentada) e pressão → Trato lemniscal – cordão posterior Observações 1. Neurônios com mielina fina ou ausente são afetados primeiro 2. Polineuropatia diabética → bilateralmente, sintomas primeiro da sensibilidade superficial → parestesia e dormência (vai subindo se não tratar) 3. Quanto mais próximo do neuro eixo mais células de defesa, ou seja, mais protegido → por isso a polineuropatia diabética começa distalmente 4. Tudo que a gente faz, faz na frente 5. Tudo que a gente sente, sente atrás Vias sensitivas Trato espinotalâmico lateral/anterior → Sofre mais em patologias neurodegenerativas → Estimulo ao receptor periférico → nervo mediano → plexo braquial → primeiro neurônio segue pela raiz e entra na coluna → primeiro neurônio se divide ao entrar na coluna → ocorre sinapse → segundo neurônio cruza a medula e vai para o trato lateral → segundo neurônio sobre toda a medula e entra no tronco cerebral → vai para o tálamo → no tálamo acaba o 2° e começa o 3° neurônio sensitivo → 3° neurônio vai do tálamo ao giro pós central Sistema lemniscal – coluna dorsal (fascículo grácil e cuneiforme) → Receptor (geralmente cápsula articular ou músculo) → estímulo sobe pelo 1° neurônio e entra por trás da medula → sensibilidade profunda não cruza na medula → neurônio sobe pelo mesmo lado pelo feixe posterior → neurônio cruza a nível do bulbo → primeira sinapse ocorre no bulbo (perto das pirâmides bulbares) → segundo neurônio cruza e sobre contralateralmente até o tálamo → começa 3° neurônios que leva o estímulo até o giro pós central Sempre o 2° neurônio sensitivo que faz a decussação Exame físico neurológico da sensibilidade (de olhos fechados sempre) Exame da sensibilidade superficial Vai seguindo o membro mesmo se o exame estiver normal → Sensibilidade tátil Algodão, pincel, dedo Encostar na ponta dos pés, palma das mãos e ir correndo pelos membros, sempre perguntando onde e o que o paciente sente ao mudar de área → Sensibilidade dolorosa Alfinete ou outro objeto pontiagudo e ir espetando o paciente da extremidade do membro apendicular, seguindo medialmente → Sensibilidade térmica Usar dois tubos fechado: um com 5° graus e outro com 40-45 Sempre comparar um membro ao outro Exame da sensibilidade profunda Se o exame estivernormal não precisa realizá-lo proximalmente → Exame da barestesia (pressão) Segurar os dois membros e apertar um membro com mais força que o outro Pedir para o paciente informar qual membro está sendo mais pressionado Alternar a força entre os membros → Exame da vibração (palestesia) Utilizar diapasão Encostar sua pontinha inferior em uma superfície óssea Testar o mais distal possível: região rígida abaixo do leito ungueal Paciente dizer quando começa e quando terminar de sentir – 10 seg. → Exame da batiestesia (propriocepção) Sinal de Romberg a) Coloca o paciente em pé, com as pernas juntas e mãos ao longo do corpo b) Se o paciente cair é sinal positivo e repete-se o exame I. Se cair sempre para o mesmo lado e tem um período de latência é alteração vestibular II. Se cair para lados diferentes é proprioceptiva Sensibilidade posicional a) Segurando a ponta dos dedos do paciente, lateralmente, faz-se vários movimentos para cima e para baixo e então pede para que o paciente diga para qual direção o seu dedo está voltado Nomenclatura Sintoma positivo → Alodinia = hiperalgesia Sintoma negativo → Analgesia / hipoalgesia → Anestesia / hipoestesia – sensibilidade → Abatiestesia / hipobatiestesia – propriocepção → Apalestesia / hipopaliestesia – sensibilidade vibratória → Disestesia – formigamento ao toque → Parestesia – formigamento espontâneo Sensações especiais → Avaliação das agnosias Capacidade de reconhecer o estímulo em 2 pontos diferentes ao mesmo tempo no mesmo segmento do corpo Capacidade de reconhecer objetos ao apalpá-los com olhos fechados Grafestesia: reconhecer números/letras/figuras que são desenhadas nas peles Interpretação e localização da lesão A. Lesão talâmica ou cortical → acomete rosto e corpo do mesmo lado, contralateral a lesão Talâmica – dor neuropática no mesmo lado que houve a perda de sensibilidade Cortical – não apresenta dor e sim perda total da sensibilidade B. Lesão do tronco cerebral → sintomatologia de um lado do rosto e do outro lado do corpo (síndrome cruzada) C. Lesão medular → acometimento bilateral e parte do tórax e abdome (provável que a nível torácico) D. Lesão medular cervical → siringomielia – padrão em chale E. Polineuropatia → padrão bota e luva – neurônios distais pouco mielinizados F. Lesão medular parcial → um lado acometeu sensibilidade profunda e o outro sensibilidade superficial G. Lesão de raiz → perda da sensibilidade em faixas H. Mononeuropatia → lesão de um único nervo – dermátomo (provavelmente n. fibular) PARES CRANIANOS 1. Atividade autônoma parassimpática 2. Os núcleos da maioria dos nervos cranianos ficam no tronco cerebral, em paralisação desses nervos deve-se pensar em lesão do tronco 3. Função motora dos nervos – córtex cerebral – trato corticonuclear (conecta córtex e tronco cerebral) 4. Quando o nervo sai do tronco em direção a alguma parte do rosto/pescoço ele já começa a fazer parte do SNP 5. AVC é a principal causa de paralisia dos nervos cranianos Diferença lesão no tronco e lesão no nervo → O tronco cerebral é sitio de mais de um par craniano Se for lesão no tronco cerebral, afeta mais de um nervo Se for lesão no nervo em si, afetará apenas ele e os sintomas serão mais específicos e direcionados Nervos cranianos (dispostos em pares) Origem no córtex I. Olfatório II. Óptico Origem no mesencéfalo III. Oculomotor IV. Troclear Origem na ponte V. Trigêmeo VI. Abducente VII. Facial VIII. Vestibulococlear (sulco bulbo pontino) Origem no bulbo IX. Glossofaríngeo X. Vago XI. Acessório XII. Hipoglosso O nervo trigêmeo tem origem na ponte, mas tem um pequeno ramo que vai em direção ao mesencéfalo e uma raiz grande que vai em direção ao bulbo, então, uma lesão mais profunda e lateral no bulbo pode acabar afetando o trigêmeo I. Nervo olfatório Características → Percepção e interpretação dos odores → Origem no lobo temporal → O direito inerva o lado direito, e o esquerdo inerva o lado esquerdo Avaliação → Pacientes tem mais dificuldade de perceber a falta do olfato → Hiposmia/Anosmia: principais causas são as infecções de vias aéreas superiores Hiposmia quando neurológica geralmente é lesão unilateral Anosmia geralmente é bilateral Lesão → Traumatismo cranioencefálico – laceração → Tumores na base do lobo frontal – compressão → Doenças neurodegenerativas – Parkinson II. Nervo óptico Características → Prolongamento do córtex → Origem no lobo occipital Avaliação → Acuidade visual (snellen) Usa o cartão de snellen para avaliar a visão do paciente Saber se é um problema do olho ou do nervo → Fundo de olho (oftalmoscópio) Olhar diretamente o nervo óptico Fundo de olho é um vermelho mais alaranjado e a pupila é um circulo mais amarelado de onde saem vários vasos mais proeminentes → Campo visual Topografia da lesão Certa angulação que uma pessoa consegue enxergar com nitidez ao olhar para frente a) Em torno de 165 graus para a pessoa normal Os dois olhos recebem inervação dos dois lobos occipitais (D-D e E-E) a) Já a retina, olha cruzado, o lobo occipital que interpreta uma parte da imagem é contralateral a essa imagem → lobo direito interpreta o lado esquerdo da visão A. Lesão do nervo óptico acima do quiasma óptico – amaurose Cegueira no olho do lado lesado, mas o outro olho continua funcionando (mas com campo visual um pouco diminuído) B. Lesão no quiasma óptico (onde os nervos se cruzam) Paciente enxerga em túnel – hemianopsia heterônima Perde visão do lado esquerdo no olho esquerdo e lado direito no olho direito Compressão por tumor na hipófise C. Lesão abaixo do quiasma (parte posterior da cabeça) AVC do lobo occipital – lesou nervo óptico antes do quiasma Paciente perde todo o campo de visão contralateral ao lobo afetado Hemianopsia homônima → Reflexo fotomotor Usando a lanterna clínica III. Oculomotor IV. Troclear VI. Abducente Características → Movimentação voluntária dos olhos – musculatura extraocular O III par nasce no mesencéfalo, pedúnculo cerebral O IV par é o único que nasce posteriormente, no mesencéfalo O VI par nasce no mesencéfalo, mas é muito longo e fino → Fascículo longitudinal medial exerce um comando para que, quando um olho se move o outro deve se mover da mesma maneira Movimentação dos olhos → Cada olho tem 6 músculos: 4 retos e 2 oblíquos Quando um musculo reto contrai este vai em direção ao musculo contraído Quando o musculo obliquo superior contrai, o olho vira para dentro e para baixo Quando o musculo obliquo inferior contrai, o olho vira para dentro e para cima Avaliação → Teste do H Colocar a mão no queixo do paciente Distância média de 1 braço Peça para o paciente acompanhar sua mão enquanto desenha um H Lesão → Lesão unilateral em algum desses nervos causa desalinhamento da visão Estrabismo, quando há lesão o musculo fica enfraquecido e a tendencia do olho é virar para o lado contrário do que há enfraquecimento Diplopia → Visão dupla, causada por lesão nos nervos → Paciente relata melhora ao fechar um dos olhos 1. Paciente tem ptose, quando levanta o olho do paciente vê-se que está desviado para fora a) Fraqueza do reto medial b) Lesão do III par c) AVC de mesencéfalo e DM tipo II 2. Paciente com cabeça inclinada para o lado, coloca cabeça em posição neutra e faz teste do H. O paciente, ao olho para baixo e para o lado contrário ao lado do olho lesado, não consegue olhar para baixo e para dentro a) Paciente chega com a cabeça pendendo para o lado contrário ao patológico e assim consegue enxergar sem diplopia b) TCE c) Lesão do IV par 3. Paciente tem olho normal e outro olho comdesvio para dentro a) Paralisia do reto lateral b) Lesão do VI par c) Comum em hidrocefalia e hipertensão intracraniana Inervação → Oculomotor: M. reto superior, M. reto medial , M. reto inferior, M. oblíquo inferior → Troclear: M. obliquo superior → Abducente: M. reto lateral Oculomotor Inerva o músculo elevador da pálpebra Inerva o músculo da íris: miose frente a estimulo luminoso Paralisia completa → Ptose palpebral No olho normal, a pálpebra não deve encostar ou deve encostar levemente na íris Na ptose, a pálpebra sobrepõe parte da íris, chegando a encostar na pupila → Anisocoria Pupilas isocóricas – tamanho igual Pupilas anisocóricas – uma contrai mais que a outra → Midríase paralítica Paciente faz midríase, pois o simpático continua funcionando Exame → Reflexo fotomotor direto Incide luz sobre o olho e observa reação da pupila no mesmo olho → Reflexo fotomotor indireto ou consensual Incide luz sobre um olho, coloca a mão entre um olho e outro, e analisa o outro olho Óptico e oculomotor → Fisiologia do arco reflexo II – nervo óptico: leva a informação III – oculomotor: recebe a informação e produz resposta motora (fazer alternativas de lesões e como se apresentariam no exame de reflexo) Importante → Lesão no tronco cerebral: paralisia facial ipsilateral e membros contralateral → Lesão acima do tronco cerebral (tálamo, cápsula interna): paralisia facial e membros contralateral V. Nervo trigêmeo Características → Nervo misto Sensitiva: sensibilidade de rosto, língua, teste e ápice do crânio Motora: musculo da mastigação a) Masseter e temporal: oclusão da mandíbula b) Pterigoideos: lateralização → Ramo oftálmico → Ramo maxilar → Ramo mandibular Dor e temperatura na língua Avaliação → Sensibilidade Pedir para o paciente fechar os olhos e espetar partes do rosto com agulha, sempre comparando os dois lados → Motor Pedir para o paciente fechar bem a boca e apalpar seus masseteres Para avaliar os músculos pterigoideos, pedir para o paciente lateralizar o queixo Lesão Acometimento periférico → Herpes zoster – V2 principalmente Acometimento central → AVC – síndrome de wellenberg Neuralgia do trigêmeo → Compressão mecânica, causando dor do tipo neuropática → Dura segundos, mas o paciente refere que dura muito tempo → V2 ou V3 → Na maioria das vezes, não cursa com alteração da sensibilidade → Melhora com antiepiléticos → Picos de incidência Mulher jovem: até 40-45 anos Paciente idoso: existe uma artéria acima do nervo trigêmeo, com o tempo ela vai afrouxando e pode repousar em cima do nervo causando dor VII. Nervo facial Características Sai quase do final da ponte → entra no meato acústico interno → sai pelo forame espinhoso em direção aos músculos faciais e ao músculo platisma → Função motora e sensitiva Mímica facial + paladar (2/3 distal) → Núcleos se dividem em 2 subnúcleos: Superior: inervação contralateral e ipsilateral Inferior: inervação apenas contralateral Avaliação Pedir para o paciente: 1) Enrugar a testa 2) Fechar os olhos com força 3) Sorrir 4) Encher as bochechas de ar 5) Fazer bico Reflexo córneo → Encostar algodão na bordinha da íris, fazendo com que o paciente feche os olhos Parte aferente → sensitiva → N. trigêmeo Parte eferente → motora → N. facial a) Se há estímulo e o paciente só fecha o olho estimulado há paralisia facial no lado que não houve o reflexo b) Se há estimulo e nenhum dos dois olhos fecham então o problema está no trigêmeo Sinal de Bell e sinal dos cílios de Barré → Apenas na paralisia facial periférica → Bell: Um olho fecha e o outro não fecha pela fraqueza do M. orbicular O olho que não fecha vê -se apenas a parte branca e não a íris → Barré: pedir para o paciente fechar os olhos com força e observar o desaparecimento dos cílios Lesão Paralisia facial central → Andar inferior → Boca desvia para o lado sadio → Fecha normalmente os olhos Paralisia facial periférica → Lesão do núcleo ou do nervo → Metade do rosto → Não fecha um olho → Boca desvia para o lado sadio VIII. Vestibulococlear Características → Sensibilidade proprioceptiva da cabeça + audição → Otorrino ou neuro? Avaliação Testar audição → Friccionar os dois dedos ao lado de cada ouvido do paciente e verificar se ele ouve igualmente dos dois lados Teste de Weber: testa condução óssea do som a) Vibrar o diapasão e encostar sua base no ápice craniano, ideal paciente de olhos fechados ⎯ Resposta normal: sem lateralização ⎯ Resposta alterada: lesão neuronal (vibração vai para o lado oposto ao que ocorre baixa de audição) ou (vibração vai para o lado em que há baixa audição, encaminhar para otorrino) Teste de Rinne: testa condução do som a) 1°: vibrar o diapasão e encostar no processo mastoide, pedir para o paciente avisar quando parar de escutar (pelo menos 10s) b) 2°: tirar o diapasão do processo sem vibrá-lo de novo e colocá-lo ao lado do ouvido do paciente e ver se ele escuta a vibração ⎯ 1° positivo e 2° positivo: boa audição ⎯ 1° positivo e 2° negativo: otorrino ⎯ 1° negativo e 2° negativo: neurológico Testar o equilíbrio → Teste de Romberg Teste positivo para patologia vestibular: paciente tem latência, não cai imediatamente, e ao repetir o exame sempre cai para o mesmo lado, lado da lesão Lesão → Transtornos que causam lesão do VIII par Schwannoma do acústico – tumor do VIII AVC no bulbo ou na ponte – causa central Neurite vestibular – herpes simples tipo 1 Nistagmo → Horizontal Fase lenta: primeiro movimento lento do olho para o lado lesionado Fase rápida: ocorre depois da correção movimento rápido para o lado sadio → Ocorre na lesão cerebelar e vestibular Não ocorre em pacientes inconscientes IX. Nervo Glossofaríngeo X. Nervo Vago Características → Sensitiva: inerva parte posterior da língua (paladar e sensibilidade) e parte posterior da laringe e faringe → Motora: movimentação do palato mole, cordas vocais, glote e epiglote Avaliação 1. Encostar o palito na parte posterior da língua e verificar se há reflexo nauseoso, de tosse 2. Pedir ao paciente que abra a boca e analisar o palato mole e úvula Verificar se a úvula esta reta em repouso 3. Pedir ao paciente que fale AAA ainda analisando palato mole e úvula Resposta normal: ambos os lados do palato contraem e a úvula sobe Em paralisia há contração do palato apenas no lado sadio com desvio da úvula para o lado sadio (sinal da cortina) Lesão → Lesão bilateral do nervo vago é fatal, pois este é o responsável pelas funções parassimpáticas → Lesão unilateral não causa muita alteração do tônus pois o outro compensa Sinais e sintomas → Sinal da cortina, disfagia, disfonia, disartria e anestesia da laringe XI. Nervo Acessório Características → Exclusivamente motor → Força contrária ao movimento → Inerva: ECOM e M. trapézio Avaliação Ombros → Fazer força contra resistência e pedir para o paciente levantar os ombros ECOM → Pedir para o paciente virar a cabeça para um lado e fazer força contra a resistência Lesão → Geralmente a causa é periférica Traumatismo cranioencefálico AVC central é raro X. Nervo Hipoglosso Características → Nervo exclusivamente motor e inerva a língua Avaliação → Pede para o paciente abrir a boca e observar se a língua desvia para algum lado, se tem atrofia e Fasciculações → Pedir também para que coloque a língua para fora e movimente-a de um lado para outro Língua dentro da cavidade oral: alteração do XII par, puxada para o lado sadio Língua empurrada para fora da cavidade: alteração do XII par, a língua é puxada para o lado lesionado (sinal invertido de babinski) → Pedir para que o pacientecom a boca semiaberta empurre a bochecha com a língua enquanto o examinador posiciona o dedo na parte de fora da bochecha do paciente, fazendo força contra a resistência Paralisia bilateral do hipoglosso: língua não desvia e paciente não consegue mexer Lesão → Disartria, disfagia e disfonia Transtornos → ELA costuma causar paralisia do hipoglosso e outros nervos bulbares → AVC
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