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Controle do Volume, da Osmolaridade e do pH dos Líquidos Corporais 1 📑 Controle do Volume, da Osmolaridade e do pH dos Líquidos Corporais Regulação do Volume, Eletrólitos e pH do Líquido Extracelular EQUILÍBRIO HIDRÍCO Ganho de água/dia = Perda de água/dia Ganhamos água por meio da ingestão de comidas e bebidas e um poquindo por metabolismo. Perda → por meio da pele e dos pulmões (perda insensível), fezes e a grande parte perdida é atraves da urina. Os rins que mantêm o equilibrio hídrico Manutenção do teor de água no organismo e concentração de eletrólitos. Reabsorção de água pelos rins previvindo a desidratação. 99% da água contida no ultrafiltrado é reabsorvida. Os rins tem a capacidade de variar as proporções relativas de soluto e água na urina em diferentes situações. Figura do livro Dee U. Silverthorn, Fisiologia Humana, 2017. Controle do Volume, da Osmolaridade e do pH dos Líquidos Corporais 2 Mais água e menor osmolaridade → osmolaridade da urina pode chegar a até 50mOsm/L (urina diluída). Menos água e maior osmolaridade → osmolaridade da urina pode chegar a 1200-1400mOsm/L (urina concentrada) O hormônio anti-diurético (ADH) controla a concentração urinária. → Vasopresina. Fatores que permitem a formação de urina diluida ou concentrada: Diluição do fluido tubular pelo ramo ascendente espesso e peolo túbulo distal (excreção de urina diluída). Geração de um interstício medular hipertônico (urina concentrada). Permeabilidade à água variável no ducto coleto dependendo dos níveis de ADH. Quando o ADH está alto haverá maior permeablidade do ducto coletor e haverá maior reabsorção de água. Sinais envolvidos no controle da função renal. ADH (vasopressina) Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona Aldosterona Peptídios natriuréticos. Regulação da Reabsorção de Água no Ducto Coletor pelo ADH Controle do Volume, da Osmolaridade e do pH dos Líquidos Corporais 3 Há um gradiente de concentração do interstício medular → quanto mais profundo na medula, maior a concentração Osm. A urina chega o ducto coletor com uma concentração menor do que o gradiente medular. Assim, a medida que a urina desce pelo ducto, por osmose, a água vai sendo reabsorvida e a urina se torna cada vez mais concentrada. Mas essa reabsorção só acontece na presença do ADH, pois é ele que confere à parede do ducto permeabilidade à água. Caso não tenha ADH, mesmo com o gradiente de concentração Osm na medula e mesmo com a urina menos concentrada passando pelo ducto, a reabsorção não irá acontecer, uma vez que o ducto não se encontra permeável à água. COMO O ADH TORNA A PAREDE DO DUCTO PERMEÁVEL À ÁGUA? O ADH chega nas células da parede do ducto coletor por meio da circulação nos vasos retos. Ao passar para o líquido intersticial medular o ADH chega na superfície basolateral das células e ativa os receptores de vasopressina que irão produzir AMPc. Lembrete: AMPc é um sinalizador intracelular. Figura do livro Dee U. Silverthorn, Fisiologia Humana, 2017. Controle do Volume, da Osmolaridade e do pH dos Líquidos Corporais 4 O AMPc por sua vez ativa vesículas de armazenamento presentes no interior da célula que contêm poros de água de aquaporina. Essas células se inserem na superfície da célula voltada para o lúmen do ducto coletor e essas aquaporinas são responsáveis por permitir a passagem de água para dentro da célula. No entanto, essa passagem só ocorre devido à presença do gradiente de concentração gerado pela medula. A água não consegue passar entre uma célula e outra devido às junções oclusivas presente entre elas. CONTROLE DA SECREÇÃO DE ADH Quando a concentração plasmática atinge valores maiores do que aprox. 280 mOsm, receptores osmolares presentes no SNC induzem a liberação de ADH pela neurohipófise. Aumento da osmolaridade significa aumento de déficit hídrico, por isso a neurohipófise libera o ADH, a fim de aumentar a reabsorção de água e diminuir a perda hídrica. Então o ADH liberado pela neurohipófise entra na corrente sanguínea, chega nos ductos coletores, aumenta a permeabilidade desses ductos, aumentando a Figura do livro Dee U. Silverthorn, Fisiologia Humana, 2017. Controle do Volume, da Osmolaridade e do pH dos Líquidos Corporais 5 reabsorção de água. Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona Figura do livro Dee U. Silverthorn, Fisiologia Humana, 2017. Controle do Volume, da Osmolaridade e do pH dos Líquidos Corporais 6 RENINA-ANGIOTENSINA (SRA) Ativado principalmente com a queda da pressão arterial → estimula a produção de renina pelas células justaglomerulares. Aumento da atividade simpática ou quando as células da mácula densa percebem um menor fluxo de cloreto de sódio liberam susbtâncias parácrinas que atuarão nas células para produção de renina. A renia é uma enzima que irá clivar o Angiotensinogênio presente no plasma que foi produzido pelo fígado. Figura do livro Dee U. Silverthorn, Fisiologia Humana, 2017. Controle do Volume, da Osmolaridade e do pH dos Líquidos Corporais 7 Ao ser clivado pela renina, o angiotensinogênio dá origem à Angiotensina I que é clivada pela enzima ECA produzindo Angiotensina II. A ANG II tem origem na proteína presursora inativa angiotensinogênio, produzida pelo fígado. É um peptídeo e 8 aminoácidos. Fica dissolvida no plasma para ser transportada na circulação. Atuam em receptores AT. A ANG II possui várias funções e efeitos no organismo, algumas são: Atua nas arteríolas aumentando a vasoconstrição. Atua no centro de controle cardiovascular no bulbo, aumentando a resposta do SNA simpático e diminuindo o parassimpático, fazendo que que aumente a resposta cardiovascular e consequentemente a pressão arterial. Atua no hipotálamo aumentando a secreção do ADH que agirá dos ductos coletores aumentando a reabsorção de água. Ao ser estimulado pela ANG II o hipotálamo também atuará aumentando a sede do indivíduo, para aumentar o volume de água no sangue. Atua diretamente do túbulo proximal aumentando a reabsorção de Na+. A reabsorção de Na+ faz com que a reabsorção de água aumente. Atua no córtex da glândula suprarrenal que aumentará a secreção de aldosterona que por sua vez irá agir nos néfrons aumentando também a reabsorção de Na+. ALDOSTERONA A queda da pressão arterial ativa o SRA que atuará no córtex da glândula suprarrenal liberando aldosterona na circulação. A aldosterona atuará nas células principais do ducto coletor aumentando a reabsorção de Na+ e quando necessário, aumentando a secreção de K+. Controle do Volume, da Osmolaridade e do pH dos Líquidos Corporais 8 Tem origem no córtex da glândula suprarrenal. É um esteroide que é sintetizado conforme a demanda. De 50-70% do seu transporte na circulação está ligado a proteínas plasmáticas. Possui meia vida de aprox. 15min. Sua liberação é regulada pela queda da pressão arterial via renina, pelo aumento da concntração de K+ (hipercalemia) e é inibida por peptídeo natriuréticos. Atua em receptores citosólicos para mineralocordicoides (MR). Aldosterona chega nas células do ducto coletor via circulação e por ser um esteroide é capaz de transpassar a membrana plasmática da célula. Quando está dentro da célula ela se liga aos receptores citosólicos de aldosterona e são encaminhados para o núcleo celular induzindo a transcrição de RNAm para a produção de canais iônicos que irão permitir a reabsorção de Na+ e secreção de K+ e estarão localizadas na membrana luminal. Além disso, também há a produção de novas bombas de sódio-potássio ATPase que estarão localizadas na membrana basolateral. Figura do livro Dee U. Silverthorn, Fisiologia Humana, 2017. Controle do Volume, da Osmolaridade e do pH dos Líquidos Corporais 9 Peptídeo Natriurético Atrial (PNA) Quando há um aumento no volume sanguíneo, os átrios do coração tendem a sofrer um estiramento maior e as células miocárdicas atriais são sensíveis a esse estiramento e liberam no sangue peptídeos natriuréticos. Esses peptídeospossuem, então, origem no miocárdio. Têm biossíntese típica de peptídeos e são armazenados em células secretoras. O transporte é por meio de dissolução no plasma e agem por meio de receptores NPR. Possuem ação sistêmica de aumentar a excreção de sal e água. Quando são secretados eles possuem vários efeitos: Atuam no hipotálamo que induz menor secreção de ADH, o que aumenta a excreção de NaCl e água. Atuam em dois pontos dos rins: no túbulos, diminuindo a reabsorção de Na+ e nas arteríolas eferentes, diminuindo a produção de renina e aumentando a taxa de filtragem glomerular, por meio da dilatação desses vasos. Ambas situações proporcionam maior excreção de NaCl e H2O. Atuam também no córtex da glândula suprarrenal, diminuindo a produção de aldosterona. E atuam no bulbo diminuindo a sinalização simpática. Figura do livro Dee U. Silverthorn, Fisiologia Humana, 2017. Controle do Volume, da Osmolaridade e do pH dos Líquidos Corporais 10 Todos esses fatores culminam na diminuição do volume sanguíneo e consequentemente na diminuição da pressão arterial. Equilíbrio Eletrolítico e de pH TRANSPORTE DE K+ AO LONGO DO NÉFRON Figura do livro Dee U. Silverthorn, Fisiologia Humana, 2017. Controle do Volume, da Osmolaridade e do pH dos Líquidos Corporais 11 A concentração certa de K+ é muito importante para o sistema nervoso, pois proporciona a geração dos implsos nervosos por meio dos potenciais de ação. Por isso, os rins regulam muito bem a concentração desse íons no sangue. Caso o indivíduo esteja com baixa de K+, a regulação dos néfrons será para reabsorver íons K+ Caso a ingestão de K+ esteja normal ou aumentada, o néfron irá secretar na proporção necessária esse íon, para manter a concentração ideal no plasma sanguíneo. SECREÇÃO E REABSORÇÃO DE H+ e HCO3- Em uma situação de acidose do sangue, células intercaladas do tipo A irão secretar íons H+ para serem excretados na urina e irão reabsorver íon HCO3- . No caso de alcalose, células intercaladas do tipo B irão secretar HCO3- e reabsorver H+. Figura do livro Dee U. Silverthorn, Fisiologia Humana, 2017. Figura do livro Dee U. Silverthorn, Fisiologia Humana, 2017. Controle do Volume, da Osmolaridade e do pH dos Líquidos Corporais 12
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