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Introdução à Biogeografia

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BIOGEOGRAFIA
2019
Prof.a Ângela da Veiga Beltrame
Prof. Ricardo Wagner Ad-Víncula Veado
Prof.a Regina Luiza Gouvea
GABARITO DAS 
AUTOATIVIDADES
2
BIOGEOGRAFIA
UNIDADE 1
TÓPICO 1 
1	 O	que	estuda	a	Biogeografia	e	quais	são	os	dois	principais	ramos	
em	que	ela	é	dividida?
R.: A Biogeografia não estuda apenas a distribuição das espécies, mas 
também as interações dos seres vivos entre si e com o meio em que vivem, 
tal como se faz na Ecologia. Contudo, com a diferença de que o espaço 
organizado tem que ser levado em conta, o que representa o estudo da 
organização do espaço, em que interagem elementos bióticos e abióticos, 
incluindo o homem.
2	 Acerca	do	objeto,	objetivo	e	conceito	da	Biogeografia,	julgue	V	para	
as	sentenças	verdadeiras	e	F	para	as	falsas:
( ) As primeiras abordagens biogeográficas, desde o século XIX até meados 
do século XX, apoiavam-se na Biologia e na Ecologia.
( ) A Biogeografia considera o espaço geográfico organizado para explicar 
as causas e as consequências da distribuição das espécies. Para isso, 
tem que considerar o passado e, com ele, explicar o presente.
( ) A Biogeografia pesquisa as razões da distribuição dos organismos, das 
comunidades vivas (biocenoses) e dos ecossistemas nas paisagens, 
países e continentes do mundo. A estrutura, a função, a história e os fatos 
indicadores sobre espaços são o objetivo dos estudos biogeográficos.
( ) A Biogeografia não estuda apenas a distribuição das espécies, mas, 
também, as interações dos seres vivos entre si e com o meio em que 
vivem, tal como se faz na Ecologia.
( ) A Biogeografia é dividida em dois ramos: a Fitogeografia, que estuda a 
distribuição espacial e as formas de dispersão das plantas na biosfera; 
e a Zoogeografia, que analisa as formas de distribuição e dispersão dos 
animais.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a)	 (X)	 V	–	V	–	V	–	V	–	V.
b) ( ) F – V – F – V – V.
c) ( ) V – F – V – V – F.
d) ( ) V – V – V – F – V.
3
BIOGEOGRAFIA
TÓPICO 2
1	 Caracterize	três	grandes	desafios	em	estudos	geográficos	da	abor-
dagem	geossistêmica.
R.: Os três grandes desafios da abordagem geossistêmica dentro do estudo 
geográfico são: 
1. Incorporação das ações antropogênicas, sugerindo o levantamento de 
medidas de precaução e a apresentação de medidas preventivas das 
aptidões do geossistema em estudo.
2. Prática da interdisciplinaridade, “isto é, quando várias disciplinas intera-
gem de modo convergente para um propósito superior a todas elas” (p. 
90).
3. A comunicação visual dos resultados obtidos, que, em geral, requer mais 
do que a representação. 
2	 A	unidade	funcional	da	biosfera,	na	visão	da	Ecologia,	é	o	ecossis-
tema.	Na	visão	geográfica,	o	espaço	acha-se	integrado	à	biosfera	e	
é	constituído	por	geossistemas	formados	por	um	mosaico	de	ecos-
sistemas.	Diante	do	exposto,	analise	as	sentenças	a	seguir:
I- O termo geobiocenose foi proposto pelo pedólogo russo Soukatchev, em 
1947, e é semelhante ao conceito de ecossistema.
II- A Ecologia estuda a transferência de matéria e energia no âmbito dos 
ecossistemas e esse movimento cria uma complexa rede de inter-rela-
ções.
III- A Geografia estuda, por sua vez, a distribuição espacial dos ecossiste-
mas no sistema geográfico ou geossistema.
IV- Um ecossistema não ocupa lugar no espaço, porque é uma rede de 
inter-relações e não um elemento concreto.
V- O homem é um componente da cadeia alimentar do ecossistema. Logo, 
é visto pela Ecologia como um produtor e consumidor de energia.
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Estão corretas apenas as sentenças I, II, III e IV.
b) ( ) Estão corretas apenas as sentenças I, III e V.
c) ( ) Estão corretas apenas as sentenças III e IV.
d) (X) Todas	as	sentenças	estão	corretas.
4
BIOGEOGRAFIA
TÓPICO 3
1	 Por	que	a	capacidade	de	reequilíbrio	dos	sistemas	naturais	depende	
da	sua	complexidade?	Exemplifique.
R.: O reequilíbrio dos sistemas naturais depende muito da sua complexidade. 
Quanto mais complexo um sistema, maior a sua capacidade de homeostasia. 
A complexidade do sistema está intimamente ligada a dois fatores: o número 
de elementos e o grau de resistência desses elementos às mudanças.
O intemperismo das rochas e a fertilização artificial são dois exemplos de 
reequilíbrio das perdas do solo e fazem com que ele readquira o estado 
anterior. O homem é um agente de introdução de energia nos ecossistemas 
e nos geossistemas, tanto quanto é também um agente de desequilíbrio. 
Neste caso, o homem sempre introduziu atividades que ultrapassam o grau 
de homeostase da natureza, o que leva muita gente a tecer prognósticos 
sombrios quanto ao futuro da humanidade.
2	 Sobre	a	biosfera	é	correto	afirmar	que:
I- A biosfera é a camada do planeta capaz de ser habitada por organismos.
II- O termo biosfera foi introduzido na ciência em 1875, pelo geólogo 
austríaco Eduard Suess.
III- As leis da Termodinâmica dirigem o papel da energia na biosfera.
IV- As formas da matéria na biosfera são pouco variadas: gasosa, sólida ou 
líquida.
V- Todas as interações da biosfera se dão no interior dos geossistemas e 
dos ecossistemas.
VI- Apenas 2% da energia solar são absorvidos pela biosfera — 98% se 
perdem. O total absorvido, nada mais que 0,1%, é usado na fotossíntese.
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Estão corretas apenas as afirmativas II, III, IV e V.
b) ( ) Estão corretas apenas as afirmativas I, II e V.
c) ( ) Estão corretas apenas as afirmativas IV e V.
d)	 (X)	 Todas	as	afirmativas	estão	corretas.
3	 Acerca	 dos	 ciclos	 biogeoquímicos,	 coloque	 V	 para	 as	 sentenças	
verdadeiras	e	F	para	as	falsas:
( ) Na fotossíntese, a energia solar ou energia dispersa é transformada em 
matéria ou energia concentrada.
( ) A ciclagem dos nutrientes é mais conhecida como ciclos biogeoquímicos, 
porque deles fazem parte tanto componentes bióticos quanto abióticos.
5
BIOGEOGRAFIA
( ) Os ciclos Biogeoquímicos começam com a absorção da energia solar 
pelas plantas clorofiladas.
( ) Os macronutrientes existem em maior quantidade porque as plantas 
os usam em grande quantidade. Os micronutrientes são elementos de 
que as plantas têm menor necessidade e, por isso, ocorrem em menor 
quantidade na natureza.
( ) Na crosta terrestre ocorrem 90 elementos químicos. Desse total, 30 são 
fundamentais para os organismos — são os macronutrientes.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – V – V – F – V.
b)	 (X)	 V	–	V	–	V	–	V	–	V.
c) ( ) F – V – F – V – V.
d) ( ) V – F – V – V – F.
TÓPICO 4
1	 O	 clima	 é	 o	 mais	 ativo	 fator	 da	 natureza.	 Ele	 influencia	 o	 bem-
estar	do	homem	desde	efeitos	diretos	do	tempo	meteorológico	às	
mudanças	climáticas.	Todos	os	seres	vivos	dependem	diretamente	
do	clima.	Diante	do	exposto,	e	com	base	no	estudo	realizado	sobre	
a	atmosfera,	analise	as	sentenças	a	seguir:
I- A Climatologia, a ciência que estuda o clima, é um ramo da Geografia 
Física.
II- O clima determina as espécies de plantas e de animais e as formas de 
vida que podem viver numa área. A forma da Terra intervém no clima e o 
altera segundo as latitudes.
III- Os biomas terrestres resultam da interação do clima com o relevo, o 
solo, a vegetação e a fauna.
IV- As zonas climáticas da Terra mantêm condições de temperatura e 
de chuvas diferenciadas, que regulam a distribuição dos seres vivos, 
incluindo o homem.
V- O clima determina a chamada forma biológica ou forma de vida das 
plantas.
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Estão corretas apenas as sentenças II, IV e V.
b) ( ) Estão corretas apenas as sentenças I, III e V.
c) ( ) Estão corretas apenas as sentenças III, IV e V.
d)	 (X)	 Todas	as	sentenças	estão	corretas.
6
BIOGEOGRAFIA
2	 Qual	 é	 a	 relação	 entre	 a	 altura	 do	 broto	 vegetativo	 e	 o	 clima?	
Comente	esse	aspecto	para	plantas	de	clima	tropical	e	plantas	de	
clima	desértico.
R.: Raunkier (1934, In: DAJOZ, 2006) classificou as plantas segundo a altura 
dos brotos vegetativos em relaçãoao solo – acima ou abaixo. Nos trópicos, 
onde as plantas crescem sem pressão do clima, os brotos estão nos pontos 
mais altos da planta. Nos casos de estiagem ou no inverno brando das 
regiões subtropicais, as espécies caducifólias se defendem perdendo as 
folhas para manter a água no seu interior. A planta, então, entra numa fase 
de dormência.
Nas regiões de clima severo – polos e desertos – os brotos encontram-
se mais próximos do solo. Nas regiões áridas, os brotos, em geral, são 
subterrâneos. A posição dos brotos está na dependência da quantidade de 
calor que a planta recebe. Nos trópicos, o calor é constante, por isso os 
brotos afastam-se do solo. Nos climas polares, o broto fica próximo ao solo, 
porque o calor liberado por ele é importante para a planta e, ademais, as 
folhas ficam protegidas do efeito abrasivo de partículas de gelo ou de areia 
empurradas pelo vento. 
Nos climas desérticos e semidesérticos os brotos são subterrâneos, porque, 
em geral, as plantas são anuais e perdem a parte exposta nas estações 
desfavoráveis. Permanecem vivas, porque possuem rizomas subterrâneos, 
que armazenam água e nutrientes usados nessas estações. Na época 
favorável, os brotos subterrâneos germinam. Muitas espécies liberam 
sementes, que ficam em estado de dormência nas estações desfavoráveis 
– inverno, estiagem sazonal.
3	 Por	que	razão	os	físicos	têm	proposto	que	os	termos	“efeito	estufa”	
e	“gases	do	efeito	estufa”	sejam	trocados	por	efeito	da	atmosfera?
R.: As radiações letais provindas do Sol, como as ultravioletas, X, gama, 
que atingem a Terra constantemente, são filtradas pela capa protetora da 
atmosfera. Então, elas chegam aqui em quantidades não prejudiciais aos 
seres vivos. A capa de gases tem outro papel importante – impede a perda 
de calor pela superfície e mantém a temperatura média em cerca de 16º 
C em todo o planeta. É óbvio que a temperatura média de 16º C não é 
verdadeira em toda a extensão do planeta, mas considera-se que seja esta 
a média de temperatura que mantém os seres vivos.
Esse mecanismo é denominado de efeito estufa. Deve-se a ele a manutenção 
da vida na Terra. Entretanto, desde o final do século passado, os físicos 
começaram a duvidar da real eficiência e, sobretudo, da existência do 
efeito estufa. De acordo com eles, a atmosfera não segura na superfície a 
7
BIOGEOGRAFIA
radiação emitida pela Terra. O que mantém o calor na superfície da Terra 
é a pressão atmosférica exercida pela massa de gases. Cerca de 97% dos 
gases concentram-se nos primeiros 30 km de altura da atmosfera. 
O peso da atmosfera sobre a superfície facilita o atrito entre as moléculas, os 
átomos dos gases e todos os corpos que existem na atmosfera, os aerossóis. 
O atrito gera calor e, como a maior massa da atmosfera se encontra sobre 
a superfície, esta se mantém aquecida. A radiação infravermelha emitida 
pela superfície do planeta – ou a maior parte dela – atravessa a camada de 
gases e se perde no espaço.
Por esta razão, os físicos propõem que os termos efeito estufa e gases 
do efeito estufa sejam trocados para efeito da atmosfera. Além disso, 
consideram injustificado supor que o homem pode proteger o clima 
controlando quantidades-traço de dióxido de carbono e outros gases na 
atmosfera. Essa teoria moderna ainda não está incluída nos anais da ciência 
atual, porque a contestam flagrantemente. Mas é vista com atenção pelos 
cientistas.
TÓPICO 5 
1	Quais	são	e	como	agem	os	cinco	fatores	de	formação	do	solo?
R.: Os cinco fatores agem de forma simultânea, gerando combinações 
diferentes e, consequentemente, uma grande diversidade de tipos diferentes 
de solos: 
Clima: promove o intemperismo das rochas e age na dinâmica interna do 
perfil de solo, transformando e distribuindo materiais através da precipitação, 
da temperatura, da umidade e do vento.
Geologia: fornece a matéria-prima para a pedogênese, conferindo ao solo 
muitas de suas qualidades e limitações, tanto químicas como físicas.
Relevo: ao influenciar a dinâmica da água nos processos erosivos, no 
microclima, no clima regional e na distribuição dos tipos de vegetação, afeta 
diretamente a formação dos tipos de solo.
Tempo	 (idade): a intensidade na formação do solo se dá em função do 
dinamismo da ação dos demais fatores. Um solo será tanto mais antigo ou 
maduro quanto mais espessos e diferenciados estiverem os horizontes. 
Organismos	 e	 matéria	 orgânica: influenciam na síntese, movimento 
ou mudança de materiais e gases, na mineralização de substâncias, na 
estruturação física e na proteção do solo dos processos erosivos. 
8
BIOGEOGRAFIA
2	 Os	 argissolos,	 latossolos,	 cambissolos	 e	 gleissolos	 são	 tipos	 de	
solo	comuns	no	Brasil.	Como	se	caracteriza	o	horizonte-diagnóstico	
de	cada	um	deles?
R.: Argissolos: (argi/Bt.Tb): apresentam horizonte B textural e argilas de 
atividade baixa. Encontram-se abaixo do A ou de E. Correspondem aos 
anteriormente chamados: Podzólicos vermelho-amarelos Tb; Podzólicos 
vermelho-escuros Tb; Podzólicos amarelos; parte de Terra Roxa Estruturada, 
de Terra Roxa Estruturada Similar, de Terra Bruna Estruturada e de Terra 
Bruna Estruturada Similar.
Cambissolos: (cambi/cambiar, trocar): possuem horizonte B incipiente 
subjacente a qualquer tipo de horizonte superficial. Correspondem aos 
anteriormente chamados: Cambissolos eutróficos, distróficos e álicos Ta e 
Tb, exceto os com horizonte A chernozêmico e B incipiente eutróficos Ta.
Latossolos: (lato/com horizonte B latossólico): apresentam horizonte B 
latossólico subjacente a qualquer tipo de horizonte A, dentro de 200 cm 
da superfície ou 300 cm se o horizonte A for mais espesso que 150 cm. 
Correspondem aos anteriormente chamados: Latossolos em geral com 
algumas exceções.
Gleissolos: (glei/com horizonte glei): com horizonte glei subjacente ao horizonte 
A ou hístico, com menos de 40 cm de espessura. Não há outro horizonte 
diagnóstico acima do glei. Correspondem aos anteriormente chamados: Glei 
pouco húmico, Glei húmico, parte do Hidromórfico cinzento (sem mudança 
textural abrupta), Glei tiomórfico e Solonchak com horizonte glei.
3	 O	solo	é	o	substrato	que	sustenta	grande	parte	da	vida	na	Terra.	
Corresponde	 à	 parte	 superficial	 não	 consolidada	 do	 manto	 de	
intemperismo.	Diante	do	exposto	e	com	base	no	estudo	realizado	
sobre	o	solo,	analise	as	afirmativas	a	seguir:
I- O estudo da origem e formação dos solos teve início na escola russa, 
onde se destacou o geólogo V. V. Dokuchaiev (1846-1903), com estudos 
realizados entre 1882 e 1900 sobre os cinco fatores de formação do solo.
II- O estudo do solo se faz pela Pedologia, ciência que enfoca os materiais 
existentes a partir da superfície até a rocha intemperizada, a alterita.
III- A formação do solo se dá em função de cinco fatores: relevo, clima, 
geologia, organismos, tempo.
IV- À medida que os fatores de formação do solo interagem e a pedogênese 
se desenvolve, o material de origem vai sofrendo diferenciações, mais 
ou menos paralelas à superfície. 
V- A partir dos mecanismos de formação (adições; transformações; 
transportes para o interior; movimentos mecânicos e perdas) desenvolvem-
se fenômenos específicos de formação do solo, denominados processos 
pedogenéticos.
9
BIOGEOGRAFIA
Agora, assinale a alternativa que apresenta as afirmativas CORRETAS:
a) ( ) Estão corretas apenas as afirmativas I, III, IV e V.
b) ( ) Estão corretas apenas as afirmativas I, II e V.
c) ( ) Estão corretas apenas as afirmativas III e V.
d)	 (X)	 Todas	as	afirmativas	estão	corretas.
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1	 O	 final	 do	 Permiano	 foi	 marcado	 pela	maior	 extinção	 já	 ocorrida	
na	Terra.	Cerca	de	95%	dos	vertebrados	extinguiram-se.	Dentre	as	
inúmeras	hipóteses	que	tentam	explicar	a	extinção,	quatro	são	as	
mais	aceitas.	Quais	são	estas	hipóteses	e	o	que	defendiam?
R.: A primeira sustenta que a grande glaciação em Gondwana seria uma 
causa, ao provocar resfriamento em todo o mundo e rebaixamento do nível 
do mar. 
A segunda teoria afirma que a colisão de Laurásiae Gondwana fez com que 
as terras excedessem os oceanos em área. Isso teria forçado uma intensa 
competição pelo espaço entre as espécies marinhas, o que resultaria no 
extermínio.
A terceira teoria apela para flutuações climáticas nas zonas temperadas, 
causadas por glaciações nos polos Norte e Sul. Essas flutuações são 
comprovadas por sequências de dunas e evaporitos, encontradas nas 
camadas sedimentares das regiões temperadas atuais. Nos polos há 
evidências de grandes glaciações permianas.
A quarta teoria apoia-se em violentos eventos de vulcanismos basálticos 
ocorridos na Sibéria. As erupções foram explosivas e lançaram enormes 
quantidades de sulfatos na atmosfera. Nuvens de cinzas e de sulfatos 
provenientes dos vulcões envolveram todo o planeta, o que o privou da luz 
solar e o resfriou. As idades das lavas siberianas coincidem com a época 
das extinções do Permiano.
2	 De	que	elementos	da	natureza	e	de	que	técnicas	o	biogeógrafo	se	
utiliza	como	subsídio	para	interpretação	de	épocas	passadas?
R.:
• Paleossolos e sedimentos.
• Análise polínica ou palinologia.
10
BIOGEOGRAFIA
• Datação radiométrica.
• Paleontologia.
• Dendrocronologia.
• Varves em varvitos.
• Refúgios florestais.
• Paleomagnetismo.
• Fósseis vivos.
3	 Sobre	o	estudo	da	Paleobiogeografia,	assinale	V	para	as	afirmativas	
verdadeiras	e	F	para	as	falsas:
( ) O deslocamento dos continentes teve reflexos em todo o planeta e 
mudou a sua face ao originar oceanos e mares, alterar o clima mundial 
e levar a uma incomensurável mudança nas formas de vida em todo o 
mundo.
( ) Não podemos estudar a Biogeografia de hoje sem compreender o 
passado geológico da Terra.
( ) Nas espécies tropicais e subtropicais não há separação muito nítida 
entre as estações do ano, de modo que o câmbio funciona durante todo 
o ano. Logo, não há produção de anéis de crescimento na árvore, o que 
torna difícil calcular a sua idade.
( ) Estudar os climas do passado depende diretamente da obtenção de 
dados, que são inferidos de indicadores climáticos naturais.
( ) As causas da presente distribuição dos seres vivos não estão apenas 
nos fatores atuais, mas também são encontradas na evolução das eras 
geológicas.
Agora, assinale a alternativa que abarca a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – V – V – F.
b) ( ) F – V – F – V – V.
c) ( ) V – V – V – F – V.
d)	 (X)	 V	–	V	–	V	–	V	–	V.
TÓPICO 2
1	 Qual	é	a	relação	entre	seleção	natural,	mutação	genética,	isolamento	
genético	na	evolução	e	adaptação	de	seres	vivos?
R.: A relação entre seleção natural, mutação genética, isolamento genético 
na evolução e adaptação de seres vivos está na adaptação das espécies em 
relação às condições ambientais em que vivem. Um ambiente em constante 
11
BIOGEOGRAFIA
transformação, em que os fatores limitantes sejam constantes, como numa 
restinga ou num deserto, por exemplo, obriga à espécie adaptar-se. A seleção 
natural presenteia a espécie com meios de ajustar-se ao ambiente e ela 
transmite essas características aos descendentes. A espécie, certamente, 
se extinguirá se não ocorrer adaptação ou se a seleção natural não atuar a 
contento. É importante destacar que as mudanças ambientais podem influir 
nas variações e nas alterações na carga genética de uma espécie, o que 
pode levar a uma mutação. Assim, esta espécie irá adaptar-se ao meio em 
que vive.
2	 Explique	 com	 suas	 palavras	 como	 ocorreu	 a	 experiência	 em	 que	
o	 bacteriologista	 francês,	 Louis	 Pasteur	 (1802-1895),	 provou	 que	
definitivamente	 a	 geração	 espontânea	 não	 existia,	 mas	 que	 o	 ar	
estava	 carregado	de	 impurezas	que	provocavam	a	decomposição	
da	matéria	orgânica.
R.: Pasteur provou o que dizia. Preparou um caldo orgânico e, com ele, 
encheu vários frascos e não os vedou. Ao contrário, com uma chama, 
entortou os gargalos em forma de um alongado S. Outros frascos foram 
deixados com o gargalo normal. Os frascos foram postos em repouso por 
alguns dias. Em seguida, observou os frascos e notou que nos frascos de 
gargalos curvos depositaram-se, no colo do gargalo, as impurezas contidas 
no ar. Nesses frascos o líquido não se deteriorou. Mas nos frascos normais, 
houve deterioração.
Pasteur, então, pôde comprovar dois fatos: a geração espontânea, 
definitivamente, não existia e, mais importante, o ar era carregado de 
impurezas, que provocavam a decomposição da matéria orgânica, com 
o aparecimento de bactérias, fungos, vermes e outros organismos, onde, 
antes, não existiam.
Os frascos com gargalo entortado são mantidos intactos no Instituto Pasteur, 
em Paris. Foram apenas tapados para evitar a evaporação. 
3	 A	 origem	 da	 vida	 sempre	 foi	 objeto	 de	 preocupação	 do	 homem,	
desde	os	filósofos	da	Antiguidade	até	os	pesquisadores	modernos,	
passando	 pelos	 religiosos	 das	 diversas	 seitas	 do	 mundo.	 Neste	
contexto	e	com	base	no	estudo	realizado	sobre	as	primeiras	ideias	no	
que	tange	ao	aparecimento	da	vida,	analise	as	afirmativas	a	seguir.
I- Quatro linhas de pensamento buscam explicar como a vida surgiu na 
Terra: a criação especial; hipótese da panspermia; geração espontânea; 
e hipótese da quimiossíntese.
II- No início do século XX, poucos cientistas deram prosseguimento às 
pesquisas sobre a origem da vida.
12
BIOGEOGRAFIA
III- Geração espontânea, uma ideia que durou por quase dois mil anos, 
garantia que a vida podia surgir da matéria inanimada. Essa ideia 
apoiava-se apenas na observação e tirava conclusões apressadas, 
conjugadas com uma fertilíssima imaginação, movida, sobretudo, pela 
superstição e pela pressão da Inquisição.
IV- No século XX, surgiram hipóteses modernas baseadas em fatos 
puramente científicos comprovados. A principal delas é a hipótese 
da quimiossíntese e traz à tona os primeiros estudos sérios sobre o 
surgimento da vida.
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Estão corretas apenas as afirmativas I, III e IV.
b) ( ) Estão corretas apenas as afirmativas II e III.
c) ( ) Está correta apenas a afirmativa IV.
d)	 (X)	 Todas	as	afirmativas	estão	corretas.
TÓPICO 3
1	 A	distribuição	atual	de	animais	e	plantas	é	fruto	de	processos	físicos	
e	biológicos	passados	e	atuais.	Que	fatores	intervêm	na	especiação	
e	na	repartição	atual	das	espécies?
R.: Fatores	físicos: altitude, longitude, latitude, temperatura, umidade do ar, 
luz, pressão atmosférica, radiação solar.
Fatores	geográficos: relevo (cadeias montanhosas, vales), corpos hídricos 
(mares, rios e lagos).
Fatores	químicos: acidez, alcalinidade, salinidade, concentração de gases 
no ar ou em solução, presença ou ausência de minerais importantes como 
o cálcio e fosfatos.
Fatores	 biológicos: relações biocenóticas inter e intraespecíficas, 
mobilidade, recursos alimentares, presença de água etc.
2	 Caracterize	 e	 explique	 espécies	 endêmicas,	 cosmopolitas	 e	 os	
diversos	tipos	de	espécies	estrangeiras	no	enfoque	biogeográfico.
R.: a) Uma espécie dotada dessa habilidade poderá ocupar vastas áreas, 
porque seu genótipo lhe permite. É chamada de cosmopolita. 
São poucos os casos de cosmopolitismo ao nível de espécie. Existem 
apenas 25 espécies de plantas superiores que se distribuem por mais 
de 50% da superfície terrestre, sendo a maioria de plantas aquáticas. Os 
13
BIOGEOGRAFIA
exemplos tornam-se mais abundantes, quanto mais abrangente for o nível 
taxonômico (táxon) considerado (LACOSTE & SALANON, 1973, p. 19). 
Uma área cosmopolita é ocupada por um táxon que apareça em todos os 
continentes – exceto a Antártica – e que não seja menor que um 1/3 da 
superfície terrestre (VALDÉS, 1985, p. 123). Eis alguns exemplos – a coruja-
da-igreja (Tyto alba), Musca doméstica (mosca), Canis familiaris (cachorro), 
Rattus novegicus (ratazana) e o Homo sapiens, a espécie mais cosmopolita 
de todas (id. p. 125). No reino vegetal, temos Pteridium caudatum 
(samambaia invasora de terrenos depois de derrubada a vegetação), Urtiga 
dioica (urtiga), Taraxacum officinale (chicória) etc.
Entretanto, as espécies cosmopolitas exigem certas condições favoráveis 
paraa sua sobrevivência. A barata (Periplaneta americana), por exemplo, 
precisa de ambientes propícios, como o lixo acumulado em locais tranquilos 
e escuros. 
b) As espécies endêmicas resumem-se a poucas áreas ou mesmo em 
apenas uma área. São espécies com um baixo nível de tolerância. Por isto, 
sua área é determinada pelas condições ambientais.
O endemismo está estreitamente ligado a barreiras biogeográficas, que 
isolam grupos de organismos. Esses grupos são aqueles que poderão 
originar especiações.
Alguns exemplos de espécies endêmicas: a ordem dos monotremos 
(équidna e ornitorrinco) é endêmica da Austrália e Nova Guiné; o gênero 
Sequoia, que já ocupou amplas áreas do globo, atualmente está restrito às 
montanhas da Califórnia; 80% da flora da Nova Zelândia são endêmicos. 
(LACOSTE e SALANON, 1973, p. 22). Segundo Szymhiewcz (1938, citado 
por Dansereau, 1957, p. 29), a ilha de Córsega (França) possui 58% de 
espécies endêmicas, a ilha de Madagascar, 66%; Nova Zelândia 79%; 
Havaí (EUA) 82% e a ilha Santa Helena (Reino Unido), 85%.
c) Tipos de espécies estrangeiras:
Espécies	 estrangeiras	 esporádicas – ou estrangeiras, que nunca se 
estabelecem, porque não conseguem se adaptar a outro hábitat.
Espécies	 estrangeiras	 conservadas (não naturalizadas) – exigem a 
intervenção do homem. É o caso do Eucalyptus sp., introduzido no Brasil em 
meados do século XX, se dispersa graças ao homem, mas sua dispersão 
natural é um fato consumado. O café (Coffea arabica) e as frutas cítricas – 
laranjas, limas, limões, tangerinas – originárias da Ásia, também vieram na 
bagagem do homem.
Espécies	estrangeiras	naturalizadas – instalam-se com a ajuda do homem 
e se dispersam sem a sua ajuda, o que causa desequilíbrios. No Brasil, 
os portugueses introduziram o pardal (Passer domesticus), o bico-de-lacre 
(Estrilda cinerea), o capim-gordura (Melinis minutiflora), o capim-colonião 
(Panicum maximum). 
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BIOGEOGRAFIA
Espécies	 estrangeiras	 aclimatadas	 a	 habitações	 e	 cidades – são 
aqueles insetos que infernizam a vida do homem e com quem competem – 
a mosca doméstica (Musca domestica), o rato (Rattus rattus, R. norvegicus) 
e a resistente barata.
Espécies	 estrangeiras	 de	 áreas	 abandonadas	 – o cactus figo-da-
Índia (Opuntia ficus-indica), natural da América Central, foi introduzido no 
Mediterrâneo. O ágave (Agave spp) também foi levado das Américas para 
outros países. 
Espécies	 estrangeiras	 de	 áreas	 cultivadas – são plantas de jardins, 
agricultura e pastos.
3	 Competição,	amensalismo,	comensalismo,	epifitismo,	saprofitismo	
e	 efeito	 de	 massa	 são	 relações	 biocenóticas	 importantes	 em	
populações	 e	 comunidades.	Caracterize	 e	 exemplifique	 cada	uma	
delas.
R.: Competição (-/-): pode ser tanto intraespecífica como interespecífica, 
em que, num sentido mais amplo, “[...] dois organismos procuram a mesma 
coisa”.
- Um exemplo de competição intraespecífica ocorre nas florestas de araucária 
(Araucaria angustifolia), onde os pinheiros guardam certa distância entre si, 
pois as folhas que caem contêm hormônios que inibem a germinação das 
sementes onde se depositam.
Amensalismo (0/-): relação interespecífica onde uma espécie, chamada 
inibidora, dificulta o crescimento da outra, chamada amensal.
- O fitoplâncton marinho do gênero Gonyaulase, por exemplo, provoca a 
conhecida maré vermelha ao lançar substâncias tóxicas, provocando a 
morte de outras espécies.
Comensalismo (+/0): relação interespecífica em que uma espécie, chamada 
comensal, aproveita-se dos restos alimentares da outra. Um exemplo 
tradicional é o da rêmora e do tubarão.
Inquilinismo (animais) ou epifitismo (vegetais)(+/0): relação interespecífica 
em que um indivíduo procura, no outro, abrigo ou melhores condições de 
vida. Por exemplo, o peixe-agulha (gênero Fierasfer) penetra no corpo do 
pepino-do-mar.
Saprofitismo (+/0): ocorre entre animais e vegetais que se alimentam da 
matéria orgânica em decomposição. Ex. fungos, certos anelídeos e certas 
pteridófitas usam a matéria orgânica em decomposição como fonte de 
energia.
Efeito de massa (-/-): há consequências negativas devido à superpopulação, 
como o canibalismo e perturbações na reprodução e fecundidade. Por 
exemplo, no gorgulho-do-trigo (Sitophilus oryzae), a postura diminui quando 
todos os grãos estão ocupados por ovos ou larvas.
15
BIOGEOGRAFIA
4	 Em	 síntese,	 no	 que	 constitui	 a	 Teoria	 dos	 Refúgios	 e	 qual	 a	
importância	 biogeográfica	 da	 preservação	 de	 áreas	 consideradas	
refúgios	da	vida	silvestre?
R.: Podemos agora definir o refúgio, segundo Müller (1977 apud TROPPMAIR, 
2002, p. 138), como: "[...] áreas florestais ou não, onde espécies da flora e 
fauna permanecem isoladas em espaços relativamente restritos, enquanto 
em grandes áreas circunvizinhas ocorrem condições ambientais adversas 
à sua expansão. Esses refúgios somente podem ser considerados como 
tais se as condições ambientais neles reinantes permitirem a preservação 
integral dos ecossistemas que encerram".
Um refúgio é uma ilha, não no sentido usual de ilha, mas do ponto de vista 
biogeográfico – uma ilha biogeográfica, porque, neles, as espécies estão 
isoladas, ilhadas, sujeitas a condições ambientais específicas.
Os animais e as plantas exigem um espaço mínimo para se estabelecer e 
esse espaço tem que lhes oferecer recursos compatíveis com o número de 
indivíduos que as populações possuem num dado momento. Se o espaço da 
vegetação diminuir, a consequência será clara – a fauna também mostrará 
uma retração. Por outro lado, animais que vivem em grupos precisam de 
um número mínimo de indivíduos nos grupos, aquém do qual a tendência é 
a extinção da população – é o que se chama de efeito	de	grupo. (DAJOZ, 
1973, p. 183). Conclui-se, facilmente, que a extinção da cobertura vegetal 
poderá levar também a uma drástica redução da fauna. 
5	 Sobre	a	Teoria	dos	Refúgios	é	correto	afirmar	que:
I- A Teoria dos Refúgios foi desenvolvida por Ab’Sáber, em 1846, e é 
considerada um dos principais temas na Biogeografia atual.
II- Na Geografia, Ab'Sáber deu impulso à Teoria dos Refúgios com trabalhos 
sobre a evolução geomorfológica e paleoclimática da América do Sul e 
do Brasil.
III- Como toda teoria, a Teoria dos Refúgios também recebeu críticas pela 
não aceitação de indicadores de interpretações de dados e modelos por 
parte de alguns autores.
IV- O estudo dos refúgios envolve uma grande quantidade de temas ligados 
à Biogeografia, à Ecologia, à Geomorfologia e à Paleoclimatologia.
V- A teoria dos refúgios florestais no Brasil foi esboçada por Ab'Sáber a 
partir de observações iniciadas em 1957, junto ao geomorfólogo francês, 
Jean Tricart.
VI- A ideia do refúgio surgiu da observação de paisagens que diferem da 
paisagem geral da qual fazem parte, como os enclaves de cerrado na 
Floresta Amazônica, de araucária na floresta Atlântica etc.
16
BIOGEOGRAFIA
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Estão corretas apenas as afirmativas I, II, III e VI.
b) ( ) Estão corretas apenas as afirmativas I, IV, V e VI.
c)	 (X)	 Estão	corretas	apenas	as	afirmativas	II,	III,	IV,	V	e	VI.
d) ( ) Todas as afirmativas estão corretas. 
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1	 Qual	 a	 relação	 entre	 o	 nível	 de	 endemicidade	 e	 os	 territórios	
biogeográficos?
R.: Os seres vivos se movimentam e se distribuem na biosfera. Os padrões 
de distribuição não são aleatórios, mas dependem de vários fatores abióticos 
e bióticos, que interagem atualmente ou que interagiram no passado 
para constituir conjuntos de hábitats. Por causa dessas interações, esses 
conjuntos podem apresentar certas correspondências nos limites territoriais 
de distribuição dos seres vivos. Em outras palavras, podemos dizer que 
pode existir coincidência no limite de distribuição dos hábitats, o que é 
indicado pelo nível de endemicidade dos seres vivos, que se dá em diversas 
categorias ou níveis taxonômicos: ordem, família, gênero e espécie. 
Isso permite a identificação de territórios de distribuição exclusiva 
de determinadosgrupos da flora e da fauna, denominados territórios 
biogeográficos ou biorreinos. Eles se distribuem hierarquicamente, conforme 
o nível de endemicidade que está relacionado ao nível taxonômico. 
Os territórios biogeográficos possuem extensões continentais e se 
distinguem pelo número elevado de endemismos, geralmente em nível de 
ordens e famílias. Os reinos subdividem-se em Regiões Biogeográficas, com 
endemismos ao nível de subfamílias e de gêneros. Por sua vez, as regiões 
biogeográficas subdividem-se em Domínios ou Províncias Biogeográficas, 
compreendendo áreas com elevado número de endemismo ao nível de 
gêneros e espécies. Os domínios subdividem-se em Setores ou Distritos 
Biogeográficos, que correspondem a territórios restritos com elevado 
número de endemismos ao de espécies ou de gêneros, se estes últimos 
possuírem poucas espécies (LACOSTE; SALANON, 1973; VALDÉS, 1985).
17
BIOGEOGRAFIA
2	 Qual	 a	 localização	 dos	 cinco	 reinos	 biogeográficos,	 conforme	 a	
classificação	de	Müller	(1979)?
R.: Na sua classificação, Müller (1979, p. 54) estabeleceu os reinos 
biogeográficos resumidos no quadro a seguir: biogeográficos resumidos no 
quadro a seguir: 
QUADRO – REINOS BIOGEOGRÁFICOS
Reino Região Localização
Holártico Neártica América do Norte, Ártico e Groenlândia.
Paleártica Eurásia (incluídas Islândia, Canárias, Coreia e Japão) e norte da África.
Paleotropical Etiópica África, ao sul do Saara.
Malgache Madagascar e ilhas oceânicas.
Oriental Índia, Indochina, até a linha de Wallace.
Australiano
Australiana
Oceânica
Neozelandesa
Havaiana
Austrália, Nova Guiné e ilhas vizinhas, Oceania,
parte da Nova Zelândia, Havaí e demais ilhas do 
Pacífico.
Neotropical - Américas do Sul e Central e Antilhas.
Arquinótico - Antártida, sudoeste da América do Sul e sudoeste da Nova Zelândia.
FONTE: Müller (1979, p. 54)
3	 Os	territórios	biogeográficos	possuem	extensões	continentais	e	se	
distinguem	 pelo	 número	 elevado	 de	 endemismos,	 geralmente	 em	
nível	de	ordens	e	de	famílias.	Acerca	do	estudo	realizado	sobre	os	
territórios	biogeográficos,	analise	as	afirmativas	a	seguir:
I- As regiões biogeográficas subdividem-se em Domínios ou Províncias 
Biogeográficas, compreendendo áreas com elevado número de ende-
mismo ao nível de gêneros e espécies.
II- Os domínios subdividem-se em Setores ou Distritos Biogeográficos, que 
correspondem a territórios restritos com elevado número de endemis-
mos ao de espécies ou de gêneros, se estes últimos possuírem poucas 
espécies.
18
BIOGEOGRAFIA
III- Os limites dos reinos biogeográficos, muitas vezes, se confundem e se 
interpenetram, principalmente quando as barreiras biogeográficas não 
são bem definidas. Essas divisões variam muito, principalmente quando 
o nível taxonômico é mais restrito.
IV- A divisão entre os reinos Neotropical e Paleotropical e o reino Holártico 
tem suscitado discussões. Alguns pesquisadores consideram a América 
Central não uma zona de transição entre os reinos Holártico e Neotro-
pical, mas uma região do reino Neotropical, porque nela predomina a 
fauna sul-americana e o clima é tropical.
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Estão corretas as afirmativas I, III e IV.
b) ( ) Estão corretas as afirmativas II e IV.
c) ( ) Apenas a afirmativa III está correta.
d)	 (X)	 Todas	as	afirmativas	estão	corretas.
4	 Relacione	cada	 reino	biogeográfico	com	seus	 respectivos	grupos	
da	flora	e	da	fauna.
1- Reino Holártico
2- Reino Paleotropical
3- Reino Australiano
4- Reino Neotropical
5- Reino Arquinótico
( ) Pinguim-imperador; pinguim-de-adélia; Deschampsia Antactica; Colo-
banthus crassifolius.
( ) Macacos; saguis; tamanduás; lhama; vicuña; guanaco; beija-flores; per-
dizes; tucanos; cactos; bromélias; seringueira.
( ) Ornitorrinco; canguru; coala; casuar; Gênero Eucalyptus.
( ) Girafa; hipopótamos; hiena; gorila; chimpanzé; leão; elefante; zebras; 
avestruz; gerânios; ébano; árvore produtora de alcaloide; galinhola.
( ) Ursos; cães; lobos; coiotes; cervos e alces; búfalo; bisão; castores; ou-
riço; gambás; quatis; saracura; urogalo; papagaio-do-mar; cegonha; 
cucos; rouxinóis; abutres; esturjão; perca; salmão e truta; arbustos e 
árvores como as avelanzeiras; choupo; álamo; ranúnculos; amoreiras.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: 
a) ( ) 1 – 2 – 3 – 4 – 5.
b)	 (X)	 5	–	4	–	3	–	2	–	1.
c) ( ) 3 – 4 – 5 – 2 – 1.
d) ( ) 4 – 5 – 3 – 2 – 1. 
19
BIOGEOGRAFIA
TÓPICO 2
1	 Quais	 são	 os	 Domínios	 Morfoclimáticos	 Brasileiros,	 conforme	
Ab’Sáber	(1967)?
R.: Apoiado no princípio de que tanto fatores locais quanto externos 
influenciam na evolução da paisagem, Ab'sáber (1967) delimitou os domínios 
morfoclimáticos e as províncias fitogeográficas brasileiros:
• Domínio dos chapadões tropicais a duas estações, recobertos por 
cerrados e com florestas-galeria.
• Domínio das regiões serranas tropicais úmidas ou dos "mares de morros", 
recobertos por florestas pluviais.
• Domínio das depressões intermontanhas semiáridas, com inselbergs e 
drenagem intermitente e recoberta por caatingas.
• Domínio de planaltos subtropicais com florestas de araucárias e pradarias 
de altitude.
• Domínio das coxilhas subtropicais uruguaio-sul-rio-grandense, com 
pradarias mistas.
• Domínio das terras baixas equatoriais florestadas da Amazônia brasileira.
• Os domínios são separados por faixas contínuas de paisagens de 
transição, em que padrões inteiramente podem se destacar. 
2	 Recobrindo	uma	superfície	de	cerca	de	18	milhões	de	km2 no	Planalto	
Central	brasileiro,	o	Domínio	dos	chapadões	tropicais	tem	um	clima	
sazonal,	com	chuvas	de	verão	que	mantêm	uma	drenagem	perene.	
Acerca	deste	domínio	morfoclimático,	marque	V	para	as	afirmativas	
verdadeiras	e	F	para	as	falsas.
( ) A estiagem dura de 4 a 5 meses, predominantemente no inverno. As 
chuvas variam entre 1.100 e 1.600mm/ano.
( ) A paisagem do cerrado é formada por um tapete descontínuo e esparso 
de gramíneas, entremeado de ervas, arbustos e árvores.
( ) O cerrado exibe uma fisionomia xerófita muito acentuada, maior que a 
da caatinga. Mas como não falta água, a vegetação é mesófita e não 
xerófita.
( ) O cerrado brasileiro está caminhando em ritmo acelerado para a sua 
extinção. Em Minas Gerais, por exemplo, o cerrado foi praticamente todo 
cortado para alimentar os fornos siderúrgicos.
( ) Os solos são pobres e predominam os latossolos vermelho-escuros e 
vermelho-amarelos, com textura argilosa. Nos relevos acidentados 
aparecem lateritas, e nas veredas, solos orgânicos e gley húmicos.
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BIOGEOGRAFIA
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – V – F – F.
b)	 (X)	 V	–	V	–	V	–	V	–	V.
c) ( ) F – F – V – V – V.
d) ( ) F – F – V – F – V.
3	 Relacione	 os	 domínios	 morfoclimáticos	 brasileiros	 com	 suas	
respectivas	características: 
1- Domínio dos chapadões tropicais.
2- Domínio das regiões serranas tropicais úmidas.
3- Domínio das depressões intermontanhas semiáridas.
4- Domínio de planaltos subtropicais.
5- Domínio das coxilhas subtropicais uruguaio-sul-rio-grandense.
6- Domínio das terras baixas equatoriais.
( ) Tem clima sazonal, com chuvas de verão que mantêm uma drenagem 
perene. A estiagem dura de quatro a cinco meses, predominantemente 
no inverno. As chuvas variam entre 1.100 e 1.600mm/ano.
( ) Estende-se na região equatorial e subequatorial, ocupando uma 
superfície de mais de 2,5 milhões de km2. São planícies de inundação 
labirínticas e meândricas, tabuleiros de vertentes convexas e morros 
mamelonares baixos, que aparecem nos relevos cristalinos, junto a 
relevos residuais de pães-de-açúcar, inselbergs no Quaternário.
( ) São recobertos pela conífera Araucaria angustifolia, com altitudes entre 
500 e 1.300 metros, clima subtropical úmido, verões brandos e invernos 
suaves, com neve eventual e rara. A amplitude térmica anual é acentuada. 
As temperaturas são fortemente influenciadas pelas altitudes.
( ) A paisagem é aplainada, comencostas suaves e longas, tendo nos 
vales florestas-galerias subtropicais. Os solos são variados: paleossolos 
claros desenvolvidos em climas frios e paleossolos vermelhos evoluídos 
em climas quentes, o que gerou uma grande quantidade de tipos de 
solos, destacando-se as classes brunizem, grumossolo e planossolo.
( ) Este domínio corresponde à região dos mares de morros de origem 
ígnea e metamórfica, forma uma faixa que se estende ao longo do litoral 
oriental do reino Neotropical e ocupa uma área de mais de 1 milhão de 
quilômetros quadrados.
( ) É considerada uma região de contrastes. O Nordeste brasileiro começa 
a mostrar a sua complexidade no clima, que é "[...] o que mais se 
destaca, não só por conferir individualidade à região, como também, por 
ser o principal elemento do qual decorrem as demais características do 
relevo, da vegetação e da rede fluvial" (SILVA, 1972, p. 215). A tudo isso 
somam- se os aspectos humanos, estreitamente ligados e praticamente 
dependentes do clima semiárido.
21
BIOGEOGRAFIA
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: 
a)	 (X)	 1	–	2	–	3	–	4	–	5	–	6.
b) ( ) 1 – 6 – 4 – 5 – 2 – 3.
c) ( ) 2 – 3 – 4 – 1 – 5 – 6.
d) ( ) 6 – 1 – 5 – 3 – 4 – 2.
TÓPICO 3
1	 Caracterize	os	dois	tipos	de	sucessão	vegetal.
R.: Existem dois tipos de sucessão — a sucessão primária e a sucessão 
secundária. 
A sucessão primária dá-se em um lugar nunca colonizado por vegetação, 
como uma rocha, lava resfriada ou o leito seco de um rio ou lago. O exemplo 
mais notável são as ilhas Krakatoa, em Java, e Surtsey, na Islândia. Nessas 
ilhas, pouco tempo depois das erupções, formou-se um solo rico em 
nutrientes, provindos do magma e, num tempo relativamente curto, as ilhas 
foram recolonizadas por plantas e animais.
A sucessão secundária ocorre num lugar em que a cobertura anterior 
foi retirada, como um terreno cuja vegetação foi queimada ou uma área 
cultivada e, em seguida, abandonada. Na sucessão secundária, o hábitat não 
é totalmente estéril, porque alguns espécimes das comunidades anteriores 
permanecem nele. Mas, devido à exposição do solo às intempéries — 
erosão laminar, em sulcos — ventos, neve, chuvas, radiação solar etc. 
— ele, forçosamente, empobrecerá e a sucessão será menos rica que a 
primária. Com o tempo, contudo, as comunidades tenderão a se tornar mais 
complexas, com a introdução de novas espécies. A flora não será idêntica 
à primária.
2	 As	 plantas	 podem	 ser	 agrupadas	 segundo	 as	 formas	 de	 vida	
e	 segundo	 as	 espécies.	 Os	 dois	 conceitos	 são	 importantes	 na	
descrição	 e	 classificação	 das	 comunidades.	 Diante	 do	 exposto	 e	
com	base	no	estudo	realizado	sobre	a	estrutura	das	comunidades,	
analise	as	afirmativas	a	seguir.
I- O agrupamento de espécies obedece à fitossociologia vegetal. O estudo 
da fitossociologia vegetal implica em conhecer padrões qualitativos e 
quantitativos de todas as espécies numa área-teste da comunidade.
II- Simultaneamente, o hábitat é descrito, por exemplo, quanto aos tipos de 
solos, de relevo, à altitude etc.
22
BIOGEOGRAFIA
III- Constância compreende a porcentagem de ocorrência dos indivíduos de 
uma mesma espécie numa comunidade. Esse grupo de indivíduos, que 
é a população, indica a ocorrência da espécie naquela comunidade.
IV- Frequência é o número de vezes que uma espécie aparece numa única 
área. Fidelidade indica o grau com que uma espécie é restrita a um tipo 
particular de comunidade.
V- O grau de fidelidade varia de espécies exclusivas, limitadas a associações 
específicas, até espécies indiferentes, que não têm preferência por 
uma associação particular, isto é, podem aparecer em vários hábitats 
diferentes.
VI- Espécies de alta fidelidade são um indicador confiável de certas 
condições ambientais.
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Estão corretas as afirmativas III, IV e V.
b) ( ) Estão corretas as afirmativas I, III e IV.
c) ( ) Apenas a afirmativa II está correta.
d)	 (X)	 Todas	as	afirmativas	estão	corretas.
3	 A	 sucessão	 primária	 tem	 início	 com	 a	 chegada	 de	 plantas	
pioneiras	sobre	uma	rocha	nua,	etapa	esta	chamada	de	fase	de	
colonização.	Sobre	a	sucessão	primária	e	formação	dos	solos,	
analise	as	afirmativas.
I- Participam desta fase poucas espécies vegetais, sempre bem adaptadas 
às condições locais e resistentes aos fatores limitantes.
II- As espécies pioneiras são muito exigentes quanto, por exemplo, à 
oferta de água e de nutrientes, exposição à luz e ao vento e variação 
de temperaturas. 
III- As plantas pioneiras são algas microscópicas e líquens, que aderem 
firmemente à rocha e se encontram aptos para suportar condições 
extremas de calor, frio, vento. 
IV- O início da formação do solo (pedogênese) ocorre com a morte dos 
líquens que liberam ácidos orgânicos e que, ao serem decompostos 
por micro-organismos, dissolvem minerais do substrato. 
Assinale a alternativa CORRETA:
a)	 (X)	 Estão	corretas	as	afirmativas	I,	III	e	IV.
b) ( ) Estão corretas as afirmativas II e IV.
c) ( ) Apenas a afirmativa III está correta.
d) ( ) Todas as afirmativas estão corretas.

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