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Anestesia Local - Farmacologia

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Medicina Veterinária 
Anestesia Local 
Farmacologia
A anestesia local (AL) é definida como 
qualquer substância que, quando em 
concentração adequada, possui a capacidade de 
bloquear de forma reversível a excitação e 
condução nervosa, sem produzir inconsciência. 
São usados em procedimentos cirúrgicos, para 
controle da dor. 
O histórico da AL foi iniciado com a cocaína 
foi o primeiro principio a ser usado na anestesia 
inalatória. Seu efeito anestésico foi percebido pela 
dormência que seu uso causava na língua. Tanto 
que, em medicações com a terminação ‘-caína’, 
fazem referência a anestesia local. 
Essas técnicas costumam ser muito 
empregadas na rotina de animais de grande 
porte. Isso porque fazer anestesia geral nesses 
animais é mais complicado e dessa forma se 
garante maior conforto ao animal. 
 
FARMACOCINÉTICA 
A absorção do anestésico depende muito da 
irrigação do tecido em que foi aplicado, visto que 
quanto menor o fluxo sanguíneo mais demora a 
obter o efeito e vice versa. Irá influenciar também 
no nível sérico obtido, devendo tomar cuidado 
com o local de aplicação. Ainda, quanto maior a 
dose maior o efeito. 
Possuem ação vasodilatadora e fator de 
lipossolubilidade (é individual para cada fármaco). A 
forma ionizada é a responsável pelo efeito 
anestésico, mas para isso a célula deve estar na 
fórmula não ionizada. Quanto as concentrações, é 
importante saber que em mucosas as 
concentrações devem ser maiores. O pH das 
soluções vendidas devem ser de 3,5 a 5,5, as 
extracelulares são de 7,4. 
Ou seja, para que o medicamento cumpra 
com seu papel é preciso determinar e conhecer o 
tecido em questão que sofre tamponamento. 
Ocorre sua entrada na célula lá dentro se ioniza. 
Desse modo há produção de efeitos no canal de 
Na+. 
 
A ação do anestésico está relacionada ao 
potencial de ação, no qual ele age bloqueando o 
canal de sódio. Assim não ocorre a condução do 
estímulo nervoso. 
 
MECANISMO DE AÇÃO 
O bloqueio na condução do impulso 
nervoso é diferente conforme as bainhas de 
mielina se diferenciam. De modo que sua 
sensibilidade depende de fatores como a 
espessura, sendo que fibras menores mais 
sensíveis e a presença ou não de bainha de 
mielina, sendo que a ausência de bainha de 
mielina faz com que o bloqueio seja mais rápido. 
Para que a fibra seja bloqueada é necessário que 
A consciência é mantida. 
Forma ionizada: Causa efeito anestésico 
Forma não ionizada: Entrada na célula 
 
 
Medicina Veterinária 
a ação ocorra em ao menos 3 nódulos de Ranvier 
consecutivos.
 
 
 
ASSOCIAÇÕES 
É comum ser associado a vasoconstritores 
como adrenalina e epinefrina. Isso acontece, pois 
esses aditivos reduzem a absorção sistêmica do 
AL, permitindo que a dose dos AL seja reduzida e 
seu efeito prolongado. Entretanto tem a 
desvantagem do risco de retardar cicatrizações, 
causar necrose e edema, pois como chega menos 
sangue haverá menos nutrientes disponíveis. 
Devem ser evitados em extremidades e 
podem provocar agitação e taquicardia. Não é 
recomendado também, seu uso em áreas com 
menor suprimento sanguíneo. 
Atenção, pois a adrenalina nunca deve ser 
usada pela epidural. 
 
ANESTÉSICO LOCAL IDEAL 
Embora não exista um medicamento ideal, 
visto que sempre haverá desvantagens, temos 
como AL ideal aquele que: 
 Não irrita os tecidos; 
 Não causa lesões permanentes às 
estruturas nervosas; 
 Possui baixa toxicidade sistêmica; 
 Rápido início de ação; 
 Ação deve ser duradoura, para que o 
procedimento seja realizado, porém não 
deve ser longa ao ponto de prejudicar a 
recuperação. 
 
 
REFERÊNCIA 
KLAUMANN, Paulo; OTERO, Pablo. Anestesia Locorregional 
em Pequenos Animais. São Paulo/SP: Editora Roca Ltda, 2013. 
LUNA, Stelio; NETO, Francisco; AGUIAR, Antônio. 
Anestesiologia em Pequenos Animais. Botucatu/SP: FMVZ-
UNESP, 2016. 
MASSONI, Flavio. Anestesiologia Veterinária - Farmacologia e 
Técnicas, 6ª edição. Rio de Janeiro/RJ: Grupo GEN, 2011. 
TRANQUILLI, William; GRIMM, Kurt; et al. Anestesiologia e 
Analgesia em Veterinária, 5° edição. Rio de Janeiro/RJ: Editora 
Guanabara Koogan LTDA, 2017.

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