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TÉCNICAS CIRURGICAS EM ANIMAIS DE CRANDE PORTE A. SIMON TURNER C. WAYNE MelLWRAITH ROCA CONTEUDO 1. Consideraçöes Pré-Cirúrgicas 2. Anestesia e Fluidoterapia no Animal de Grande Porte-Paciente Cirúrgico 9 41 3. Instrumentos Cirúrgicos Instrumentos Cirúrgicos Gerais 48 Instrumentos Utilizados Especialmente na Cirurgia de Animal de Grande Porte 57 4. Materiais de Sutura e Agulhas 67 5. Nós e Ligaduras 79 6. Modelos de Sutura 85 7. Principio de Tratamento de Ferimentos e o Uso de Drenos 103 8. Reconstrução Cirúrgica dos Ferimentos 115 9. Cirurgia Ortopédica no Eqüino 123 Desmotomia Patelar Medial 123 Tenectomia Cinea 126 Tenotomia do Extensor Digital Lateral 129 Desmotomia do Ligamento Frenador Inferior 133 Tenotomia do Flexor Digital Superficial 136 Secção do Ligamento Anular Palmar (ou Plantar) do Boleto 138 Neurectomia Digital Palmar 141 Amputaçào dos Pequenos Ossos Metacárpicos e Metatársicos (Perónio) 145 Artrotomia da Articulação Intercarpal 149 Artrotomia da Articulação do Boleto e Remoçao de uma Fratura (Fragmento ou Lasca) do Sesamóide Apical 153 ix Conteudo IS7 10. Cirurgia Urogenital no Eqüino Criptorquidectomia por Abordagem Nao Invasiva Inguinal Castração 157 163 Operação de Caslick para a Pneumovagina nas Eguas 169 Uretroplastia pela Recolocação Caudal da Dobra Transversa 173 Cesariana nas Eguas 177 Circuncisao do Pénis (Encurtamento) 180 Amputação do Pénis 183 O Método Aanes de Reparo da Laceração Perino de Terceiro Grau 187 ineal 11. Cirurgia no Trato Respiratório Alto do Eqüino 195 Traqueostomia 195 Laringotomia e Veniriculectomia Laringea 198 Ressecção Parcial do Palato Mole 203 Abordagem Cirúrgica e Drenagem das Bolsas Guturais 206 12. Cirurgia Dentária e Gastrintestinal do Eqüino 211 Repulsáo de Dentes Molares 211 Laparotomia Mediana Ventral e Exploração Abdominal 216 Laparotomia do Flanco, em Pé 223 Herniorrafia Umbilical no Potro 229 13. Cirurgia Gastrintestinal do Bovino 235 Laparotomia 235 Laparotomia do Flancoe Exploração Abdominal 237 Rumenotomia 242 Rumenostomia (Fistulização do Rúmen) 246 Omentopexia pelo Flanco Direito 248 Abomasopexia Paramediana Ventral 252 Abomasopexia pelo Flanco Esquerdo 256 Abomasopexia pelo Flanco Direito 260 14. Cirurgia Urogenital do Bovino Castração de Bezerros 263 263 Uretrostomia 266 Evacuação de Hematoma do Pênis Bovino 271 x Conteúdo Amputação Prepucial (Circuncisào) no Touro 276 Preparação do Touro Excitador pela Translocação Peniana 279 Epididimectomia para a Preparação do Touro Excitador 282 Herniorrafia Inguinal no Touro Adulto 284 Cesariana na Vaca 289 Sutura de Retençâo da Vulva Bovina (Método e Buhner) 296 15. Técnicas Cirúrgicas Diversas no Bovino 301 Amputaçao de Dedo 301 Enucleaçáo do Olho 305 Descorna Cosmética 309 Ressecçáo de Costela e Pericardiotomia 313 Reparo de Laceraçoes de Teta 318 16. Técnicas Cirúrgicas no Suíno 323 Castração de Bacorinhos 323 Herniorrafia Inguinal nos Bacorinhos 326 Cesariana 328 17. Técnicas Cirúrgicas no Caprino 331 Descorna do Caprino Adulto 31 15. Indice Remissivo 335 1 CONSIDERAÇÕES PRÉ-CIRURGICAS Avaliação Pré-operatória do Paciente Antes de um procedimento cirúrgico, um exame físico é normalmente indicado. Isto se aplica tanto nas cirurgias de emergência como nas eletivas. O volume total celular (hematócrito) e o total de protefnas são medidos ro- tineiramente. E habitual a realização de hemograma no cavalo. A reposição de líquidos deve ser efetuada quando necessário. No caso da cirurgia pro gramada, esta deve ser adiada se as condições físicas do animal ou os para metros laboratoriais forem anormais. Para que isto seja alcançado, em al- guns animais o parasitismo interno e externo precisa ser corrigido. A decisão a respeito dos limites dos testes laboratoriais nos quais se pode operar é um julgamento que cabe apenas ao cirurgião. Evidentemente se a cirurgia consiste em uma castração de porcos recém-nascidos, os testes labo ratoriais pré-operatórios são inexistentes por razões exclusivamente de or- dem econômica. Para as cirurgias eletivas de cavalos, os testes laboratoriais devem incluir o hematócrito e também a dosagem total de proteína ou um hemograma. Nas doenças abomasais do lado direito doo gado leiteiro, indi ca-se a dosagem de eletrólitos para verificar o que será necessário restituir no pré e no p[s-operatório. O exame de urina é utilizado principalmente no gado leiteiro para averiguar se há presença de cetose, mas este é um procedi- mento raramente utilizado nas cirurgias de outros animais de grande porte. A dosagem pré-operatória da uréia e creatinina sangüíneas não é freqüente- mente efetuada nos animais de grande porte, a não ser que o cirurgião sus- peite fortemente de problemas no aparelho urinário. No cavalo com cólica, algumas vezes terá valor uma análise do líquido peritoneal para decidir se a laparotomia é indicada para o caso em questão. Esta análise não é geral- mente indicada em outras circunstâncias. A ocorrência de anormalidades dentro de qualquer dos parâmetros labo toriais deve ser prontamente investigada, buscando corrigir as suas causas. Isto é poss ível nas cirurgias programadas mas pode não o ser em situação de emergência. O proprietário do animal deve estar ciente da existência de qualquer problema antes de levar o animal para a cirurgia, devendo também estar a par de qualquer problema antes do animal ser submetido a uma cirurgia. Na cirurgia eletiva normal há sempre a presença de riscos e estes, quando existentes, precisam ser explicados ao proprietário. Os registros médicos devem ser guardados, especialmente os de animais hospitalizados. Esta pol/tica deve ser adotada pelo cirurgião devido Consideraçoes Pré-cirúrgicas |3 ameaça constante de litígio. Obviamente este procedimento não ser do nos casos como a castração de porcos recém-nascidos, mas o aro registros médicos deve ser parte essencial do procedimento de Ospitaliz: será a o arquivo de ção de caalos e bovinos. Finalizando, se o animal for segurado. a nhia de seguro deve ser notificada de qualquer operação cirúrgica nar não se corra o risco de que o mesmo seja anulado. a que Decisão pela Cirurgia Não é uma tarefa fácil julgar a necessidade ou não de uma ciru rgia.nem algo que se aprende do dia para a noite ou meramente através das leiture de manuais cirúrgicos. Mesmo assim, o poder de decisäo em relação à irur-gia não é necessariamente adquirido no decurso de anos de experiência cirurgião que continuamente comete o mesmo erro provavelmente nunca obterá um bom julgamento cirúrgico. O cirurgião precisa aprender muito a. través dos erros cometidos mas também não deve se esquecer de tomar co nhecimento dos erros dos outros, incluindo aqueles documentados na lite. ratura ciúrgica. Como parte do julgamento é essencial indagar se a cinu rgia é realmente necessária. O que aconteceria se a cirurgia não fosse realizada? Obviamente estas questöes não podem ser feitas em casos de castração ou de retirada de chifres do animal, mas podem muito bem ser aplicadas quando o problema envolve a remoção de fragmentos de fratura do carpo de um cavalo de cor. rida ou a validade de amputação de um perôrnio fratu rado do cavalo. Se a realização da cirurgia está além das capacidades do cinurgião, de sua facilidade ou de seu auxfio técnico,ele deve considerar e encaminharo caso para alguém que tenha melhor possibilidade de realizá-la. Alguns veteriná rios temem que esta atitude signifique uma perda de futuros clientes, mas nós descobrimos que isto raramente acontece nestes casos. Quando o cirur. gião explica a razão pela qual o caso deve ser encaminhado a outro, a maio- ria dos clientes ficam gratos pela sua franqueza e honestidade. E uma atitu- de indesculpável operar um paciente que poderia facilmente serencaminha do para um hospital mais bem equipado e com pessoal especificamente qualificado, quando desta atitude poderiam advir complicações originadas de um treino e instalação inadequados. Existem algumas exceçðes a esta re- gra, a principal sendo o paciente em urgencia que poderá se comportar me Ihor sendo submetido a uma cirurgia imediata do que ser sujeito a uma lon- ga viagem até outro local. O cirurgião de animais de grande porte deve sempre levar em considera ção a importante questão do fator econômico. Isto se aplica especialmente para cirurgia de animais para abate. Não ficaria o proprietário financeira mente melhor se o animal fosse transportado para um matadouro ao invés de ser submetido a uma cirurgia custosa, que pode até acarretar uma longa e dispendiosa convalescença? Por outro lado, a cirurgia poderá ser de vital importância para que o animal possa ser abatido. O cirurgião não pode ser precipitado no sentido de tratar o animal com drogas, se a duração do efeito impedir a possibilidade do abate imediato e uso para consumo. A maioria dos procedimentos descritos neste livro podem ser executados na propria fazenda. Alguns, como a artrotomia para a remoção de fratura é ituras 4/Consideraçoes Pre-virurgICas exposta do osso carpal e sesamóide de cavalos, devem ser realizados em local apropriado isento de poeira. Se os clientes desejarem que estes procedimen- tos sejam executados em campo aberto, eles precisam ser alertados das pro vaveis conseqü¿ncias desastrosas de infecção pós-operatória. O poder final de decisão quanto à adequação das facilidades encontradas cabe ao cirur gião. Princ/pios de Assepsia e Antissepsia Nossos colegas veterinários procu ram sempre lembrar-nos que é preciso ensinar nossos alunos graduandos, adequando-os à realidade do mundo, isto e, as condições precárias em que geralmente uma cirurgia é desenvolvida. Com isto eles intencionam que seja ignorado o uso de roupas e luvas assépti- cas reduzindo o padrão para um nível prático. Em nossa opinião este argu- mento é enganoso. Mesmo que reconheçamos que este ideal possa ser ina- tingível, na prática devemos sempre nos esforçar para trabalhar no padrão mais elevado possível; de outro modo o padrão final do trabalho poderá ser tão baixo que coloque em perigo o bem-estar do próprio paciente, para não mencionarmos a reputação do veterinário como cirurgião. Por este motivo acreditamos ser nossa função como instrutores de alunos graduandos, ensi- nar os melhores métodos poss íveis em relação à assepsia, assim com a sua técnica. A extensão na qual a prática da assepsia e antissepsia devem ser execu ta- das depende da classificação do tipo de cirurgia, como segue. Esta classi fica- ção pode auxiliar o veterinário a decidir quando os antibióticos são indica dos ou antecipar as probabilidades de infecção pós-operatória. 1.Cirurgia Limpa é aquela onde os aparelhos gastrintestinal, urinário ou respiratório não estão envolvidos. Um exemplo deste tipo de cirurgia seria a artrotomia para remoção da fratura exposta do osso carpal do cavalo. 2. Cirurgia Contaminada Limpa é aquela que envolve o trato gastrintes tinal, respiratório ou urinário, mas não há derrame significativo de conteú- do contaminado, tal como pode ocorrer com a abomasopexia para um abo- maso deslocado do gado leiteiro. 3. Cirurgia Contaminada é aquela onde ocorre um derrame gross eiro de conteúdo contaminado ou existe uma inflamação aguda. Ferimentos trau máticos recentes entram nesta categoria. 4. Cirurgia Suja é aquela onde encontramos a presença de pus ou então perfu ração de alguma víscera. Nesta categoria encontramos a toracotomia com pericardiectomia para drenagem de uma pericardite traumática. Uma vez que o cinurgião tenha categorizado o procedimento cirúrgico, então a decisão pode ser feita com mais exati dão sobre quais as precauções a serem tomadas para evitar uma infecção pós-operatória. De qualquer mo- do, em todos os casos, deve-se preparar o local cirúrgico convenien temente. O cirurgião sempre deverá trajar roupas asseadas em qualquer cinurgia que execu tar. Vestir luvas cirúrgicas é uma boa orientação mesmo que seja simplesmente para proteger o próprio cirurgião de organismos infecciosos que possam estar presentes na região cirúrgica. Vestimentas, luvas e gorroo cinúrgico são recomendados para as cinurgias limpas, embora tal vestuário tenha limitações práticas patentes para o cirurgião de animais de grande Consideracocs Pré-eirurgicas i5 porte que esteja operando em campo aberto. O propásito apresentar diretrizes e não simplesmente expor regras estabelecids plificamos que a decisão de vestir gorros, roupas cirúrgicas e l EXem. tão apenas vestir luvas, cabe somente ao Ciru rgião. Há necessidaOu en. gamento cinúrgico. livro é jul. O Papel dos Antibióticos téc- Os antibióticos nunca devem ser adotados para acobertar falhas dac s pressi onado pelo próprio cliente) a utilizar antibióticos de forma Drof tica. Novamente exige-se apreciação cirúrgica, mas é suficiente declarar os "antibióticos nunca devem substituir uma conscienCia cirúrgica". A con ciência cirúrgica consiste no seguinte: dissecar ao longo dos planos dos teci. dos, manipulação cuidadosa dos tecidos, hemos tasia adequada, discerni. lá- nicas cirúrgicas. O jovem cirurgião frequentemente é tentado (muitas e vezes que qual a melhor conduta cirúrgica, escolha adequada do material de sutir ra, fechamento dos espaços mortos eum curto tempo de operaçâo. Se o cirurgião decidir que os antibi óticos estão indicados, então eles pre. cisam ser administrados ao paciente na dosagem correta e no período de tempo adequado. Há uma ampla literatura científica para evidenciar que os antibióticos profiláticos (antibi óticos administrados na esperança de previ nir complicações in fecciosas) devem ser administrados antes da operação ou em última instância durante a mesma, para ser de máximo benefício. A ad. ministração profilática de antibióticos depois da quarta hora no pós-opera tório terá um efeito m ínimo ou ausente na incidëncia da infecção pós-ope ratória. Se antibióticos de uso tópico forem empregados durante a cirurgia, é necessário que os mesmos não irritem os tecidos; caso contrário, os efeitos van tajos os do antibiótico serão superados pela necrose tecidual decorrente da lesão celular. Todos os eqüinos deverão ter profilaxia para tétano. Se o programa de imunização foi duvidoso ou incerto, o cavalo deverá receber de 1.500 a 3.000 unidades de antitoxina tetânica. Se os cavalos estiverem em programa de imunização permanente, mas não tomaram a vacina nos últimos seis me ses, deverão receber uma dose de reforço. Geralmente não se realiza uma profilaxia de combate ao tétano nos ani- mais para abate, mas um programa de imunização precisa ser considerado, especialmente quando achamos que existe predisposição específica paia tétano. Planejamento Pré-Operatório OCirurg ião deve estar completamente familiarizado com a anatomia re as estruturas anatömi rúrgica. Se houver neces sidade de maiores detalhes, deve-se consultar um texto de anatomid nal. Neste livro ilustramos aquilo que consideramos as cas mais importantes que envolvem cada técnica cirúr do. Antes de iniciar uma cirurgia, seu procedimento mente planejado; o ciru rgião também deve visitar a sala ver a anatomia local em cadáveres antes de tentar a adequa já deve estar nental la de dissecação e re do cirurgia no anima 6/Consideracoes Pré-cirureir g cliente. Nós na cirurgia veterinária somos mais afortunados pois temos um maior acesso a cadáveres que os nossos colegas cirurgiöes-médicos. Preparação do Campo Cirúrgico Para os ciru rgiões de animais de grande porte a preparação do ambiente cirurgico pode apresentar problemas significativos, especialmente no inver no e na primavera, quandoas condições na fazenda podem estar barrentas. A preparação para a cirurgia pode ser iniciada pela remoção da sujeira e es terco. Talvez seja necessário lavar com esgu icho alguns animais que por uma razão ou Outra estavam deitados na lama ou na sujeira. Os pélos devem ser retirados não somente no local a ser operado, mas também de uma área ade quada que envolve a região cirúrgica. A tosquia deve ser feita na forma quadriangular ou retangulare possuir bordas retas e nítidas. Surpreendentemente isto juntamente com o feitio fi nal da sutura na pele do animal são os padrões pelos quais o cliente julga o talento do cinrgião. A tosquia pode ser feita primeiramente com uma là mina ne 10, posteriormente com uma mais fina, a n9 40. Nos cavalos e no gado pode ser feita uma raspagem no local de incisão com uma lämina reta, mas existem muitas controvérsias a respeito dos benefícios desse procedi- mento. Nas ovelhas e cabras, onde a pele é bastante maleável e flexível, fica dificil raspar as bordas. A preparação do local cirúrgico tal como a linha mediana ventral de um cavalo que irá ser submetido a uma laparotomia ex ploradora deve ser realizada quando o animal se encontrar anestesiado. Se a cirurgia for feita com o animal em pé, o procedi mento padrão será uma es- covada cirúrgica inicial seguida por uma técnica de anestesia local apropria da para em seguida aplicar a escovada final. Para o gado e suinos a pele do local cirúrgico pode ser preparada para a operação com o auxílio de uma escova dura, enquanto que para o cavalo recomenda-se esponjas de gaze. As ovelhas podem requerer que a pele seja desengordu rada com éter mesmo antes de se utilizar a escova de limpeza. A solução antisséptica da esponja a ser utilizada é uma questão de preferên cia pessoal. Nós usamos esponjas com povidona-iodada (esponja Betadine) al ternando com lavagem de álcool 70%. O ferimento é seco após cada aplica ção de álcool, finalmente a pele é aspergida com solução de povidona-ioda da (soluç�o Betadine) e deixada para secar. A escovação do local a ser submetido a uma cirurgia deve ser realizada imediatamente antes da operação. A escovação deve começar no local de in- cisão cirúrgica e progredir em di reção à periferia, com muita atenção, para que não se volte a escovar uma parte previamente já escovada. Alguns cinur giões de cavalos cortam e raspam o local cirúrgico na noite de véspera co- brindo o membro com uma bandagem estéril e encharcada de álcool até o dia seguinte. E preciso reconhecer que um corte pela tricotomia feito na véspera pode tornar-se uma pústula no dia da cirurgia. Quando a cirurgia a ser efetivada for asséptica, em n ossa opinião, um sis- tema de cobrir com campos é obrigatório. Geralmente o tempo que se gas ta cobrindo o animal apropriadamente é muito bem empregado. Pode ser trabalhoso cobrir o gado se o mesmo se encontra em pé, especialmente se o animal decidir se mover ou ficar agitado. Poderá ser tarefa árdua segu rar os Consideracoes Pre-irurgicus 7 campos com grampos no animal consciente porque apenas o local da gia foi anestesiado. Se o animal não for coberto, o cirurgião precisa min: zar o contato com as partes do animal que nao foram escovadas e li O rabo deve ser amarrado prevenindo que o mesmo não rebata sok campo de ação cirúrgica. Campos de borracha são de grande ajuda quando se defronta com ran- des quanti dades de líquidos (como o peritoneal ou o amniótico) durante procedimento cirúrgico. Nós rotineiramente utilizamos um lençol estéril borracha com uma enorme fenda no meio para executar ciru rgias de cava los. Lençóis de borracha também são muito úteis para isolar o intestino Ou qualquer outro órgão que possa estar potencialmente contaminado, evitan. do a contaminação dos campos. da cirur- obre o Infeccão Pós-Operatória Prevenir uma in fecção pós-operatória deve ser a meta de todo ciru rgião. mas mesmo assim a in fecção pode ocorrer apesar de terem sido tomadas to das as medidas para evitá-la. Se houver in fecção pós-operatória o cirurgiäo precisa decidir qual o tratamento antibi ótico a ser indicado ou se o animal forte o bastante para lutar contra a infecção com os seus próprios mecanis. mos de de fesa. Alguns ferimentos cirúrgicos precisam ser drenados na sua parte ventral, enquan to outros necessitam de um tratamento mais agres sivo. Se pelo julgamento do ciru rgião a infecção aparenta ser séria, indica se uma cu ltura pelo método de Gram além de um teste de suscetibilidade dos microrganismos agressores. O método de Gram pode dar ao cirurgião uma boa idéia quanto ao tipo de organismo envolvido podendo ass im res tringir melhor o antibiótico a ser selecionado. Algumas vezes a sensibilidade in vitro'' deve ser ignorada pois o preço do antibi ótico escolhido pode ser proibitivo. Isto é particularmente verdadeiro no caso do gado ou cavalos. Um antibiótico de amplo espectro deve ser administrado, se p possível, o quanto antes, e da forma mais prática. Referências 1. BURKE, J.F.: Prevernting bacterial infection by coordinating antibiotic and host activity. In Simposium on prophylactic use of antibiotics. South Med. J. 70:24, 1977 2 ANESTESIA E FLUIDOTERAPIA NO ANIMAL DE GRANDE PORTE - PACIENTE CIRURGICO Anestesia O objetivo deste capítulo nãoé o de apresentar uma discussão aprofunda da sobre anestesia. Detalhes dos princípios de anestesia, reconhecimento dos estágios anestésicos, controle, e a farmacologia e fisiologia associada à anestesia estão bem documentados em outros textos.2,20,25 Neste capítu- lo apresentamos técnicas anestésicas por nós utilizadas habitualmente. Exis tem muitas alternativas dispon íveis e as preferéncias pessoais di ferem, mas consideramos os segu intes métodos os mais convenientes para as técnicas cirúrgicas individuais apresentadas neste livro. Anestesia Local e Regional (Analgesia) A anestesia local ou de infiltração compreende a injeção aplicada direta- mente no sítio cirúrgico com o agente analgésico. A anestesia regional com preende a dessensibilização, bloqueando os principais nervos de uma dada região. Ambos os métodos permitem uma dessensibilização do sítio cirúrgico (Prefere-se o termo analgesia ao invés de anestesia porque ambas as técnicas são puramente analgésicas). Os agentes analgésicos de uso habitual são o cloridrato de lidocaína a 2% (injeção de cloridrato de lidocaína a 2%) e o clo- ridrato de mepivacaína a 2% (Carbocaine). A lidocaína substancialmente substitui o cloridrato de procaína como o agente analgésico de uso local padrão. Cresce o uso da mepivacaína devido a suas propriedades de um efeito inicial mais rápido, uma duração um pouco maior, e uma reação tecidual menor. Particularmente no boi os procedimentos cirúrgicos são comumente efe- tivados com o uso da analgesia local ou regional. Em muitas instâncias exe- cuta-se a cirurgia com o animal em pé; sendo assim nenhum método sedati vo é aplicado. Em outras ocasiões uma combinação de sedativos e o ato de Anestesia e Fluidoterapia no Animal de Grande Porte-Paciente Cirureico | 9 manter o animal preso por cordas são utilizados coniun: técnicas analgésica esia regional as de analgesia loca erentes espécies. ente com um re ais seguras e nesta espécie tem regional que diminuído. A seguir apresentamos técnicas ainda são praticadas habitualmente nas di fere gime analgesico local. Com o advento de téc eficientes para o cavalo, o emprego da analgesia ANALGESIA DE INFILTRAÇÃO Os principios de analgesia de infiltração: as espécies. Os limites da região a ser infiltrada do-se um vergão subcu täneo. Uma pequena quantida co é injetada num local inicial com uma pequena grande região de analgesia for exigida, uma agulha rida através da região inicialmentedessensibilizada pre ser introduzidas novamente na região que já foi subcutaneo0 precisam ser infiltrados primeiran camadas mais profundas, como os músculos com quantidades significativas de solução analge poderá ocorrer uma absorção rápida havendo a possibi l ão são simples e similare para todas podem ser tidade de age finidos fazen te analgési. na agulha, e depo se uma Iha mais longa deves ser inse ada. As agu lhas devem sem infiltrada. A pele e o ramente para depois e atingr los e o peritônio. Evite injeç ões Igésica na cavidade eritoneal; bilidade de toxi As injeções de infiltração devem ser tfeitas sobre linhas retas e o i Ihäo" orecisa ser evitado ao máximo devido ao trau ma tecidual que pode ocasionar incisão área de infiltração infitração de anestésico local Fig.2.1 Bloqueio em Lirvertido. 10 Anestrsia e Fluidote rupiu no A analgesia de infiltração é normalmente utilizada para suturar ferimen tos e remover lesðes cutâneas em todas as espécies animais de gande porte. Pode também ser empregada na forma de "bloqueio em linha'" para a lapa rotomia, e neste caso, o agente analgésico é infiltrado ao longo da linha de incisão. Embora seja conveniente, a infiltração de agentes analgésicos para dentro de linha de incisão ocasionam edema nos tecidos podendo afetar a cicatrização do ferimento. Nestas circunstáncias, consideram-se geralmente prefer iveis as técnicas analgésicas regionais. ANALGESIA REGIONAL NO GADo A utilização de analgesia regional é muito desenvolvida nas espécies bovi nas, e as segu intes técnicas são comumente praticadas. PLO CUEIO EM L INVERTI DO: E o método mais simples de analgesia regio nal para a laparotomia do boi. Pode ser empregado tanto para laparotomia do flanco ou paramedi ana. Os fundamentos desta técnica estão ilustrados na fig. 2-1. E uma técnica inespecífica onde o agente analgésico local é in- jetado na forma de um L invertido criando uma parede de analgesia que cerca o campo cirúrgico. Todos os nervos que passam pela região operatória são bloqueados. Este método é facilitado utilizando-se uma agu lha de 8 a 10 cm com espessura 16 até 18. Pode ser aplicado até 100 ml de agente método de Farquarson de Cambridge L2 L3 Ll L4 T13 ramo dorsal stio ventral do primeiro nervo para deposição sftio dorsal lombar método do anestésico processo de Magda para depósito de anestésico (130 nervo torácico) ramo ventral do transverso da primeiro nervo lombar terceira vértebra lombar Fig. 2-2. Bloqueio paravertebral. Anestesia e Fluidoterapia no Animal de Grande Porte-P'aciente Cirurgico | 11 ão caudal analgésico local. A linha vertical do L percorre na direção ca ma costela e a linha horizontal encontra-se num posicionamentoa últim. ntral en relação ao processo transverso da vértebra lombar. Devem ser concedidos de 10 a 15 minutos para que o agente analgésico omece a oduzir efeito. BLOQUEIO PARAVERTEBRAL: A 133 vértebra torácica (T131 ros e segundos nervos lombares (L1 e L2) e a rami terceiro nervo lombar (L3) suprem a inervação sensitiva e motor le, a fáscia, os múscu los e o peritônio do flanco. A analgesia region nervos é a base do bloqueio paravertebral. Devidoa intenções prátestes a laparotomia do flanco que bloqueia o ramo do L3, a analgesia. os primei. ateral do mificação dorso pe- com não é consi derada necessária. Est�o descritas abaixo duas técnicas de analge- sia paravertebral, e ambas encontram -se ilustradas na figura 2.2. 0 método de Cambridge", como é relatado por Hall, 1 2 dá consiste bons resultados. Nesta técnica, para bloquear L1, L2 e L3, säo efet botões anestésicos distantes aproximadamente 5 cm do meio, no mec plano transverso, assim como as partes mais eviden tes dos process os tran versos da segunda, terceira e quarta vértebras lombares. Este proced imenta é realizado após a tosa da região apropriada e preparo da pele. Como a la. lização do processo transverso da primeira vértebra lombar é geralmente d. fícil, o sítio de injeção de T13 é encontrado medindo-se a distância entre região injetável de L1 e L2 e efetuando um botão na mesma distância e na frente da região de L1. Inserindo uma agulha de espessura 14 através da re: gião vesicular facilita a passagem de agu lihas mais longas que farão o blo queio efetivo. Ainda, a injeção de 2 ou 3 ml de agente analgésico local no interior do músculo longo dorsal é apropriada para reduzir os espasms muscu lares du rante a inserção de agulha longa. Então uma agu lha de espes sura 18 com 7 a 10 cm de comprimento, é introduzida através destas re gioes até atingir a borda cranial de cada processo transverso, como está ilus trado na figura 2-2. As agulhas são redirecionadas acima da borda cranial do processo transverso, os ligamentos intertransversos são penetrados, e 15 ml de agente analgésico são injetados abaixo do ligamento para bloquear o ramo ventral de cada nervo. A agu lha é então recolhida superiormente ao ligamento e outros 5 ml s�o injetados para bloquear o ramo dorsal. Outra técnica preferida por alguns cirurgiões é aquela desenvolvida por Magda e modificada por Cakala. Ela emprega uma aproximação lateral do nervos.7 Os ramos de T13, L1 e L2 são bloqueados próximos do primer segundo, e quarto processos transversos respectivamente, como ilustrado na figura 2.2. A pele é tosada e preparada no final do primeiro, segunao quarto processos transversos lombares. Uma aqulha de espessura 18 e inse da abaix o de cada processo transverso em direção à linha do meio e sao tados 10 ml de solução. Então a agu lha é afastada uma pequena cia e Deste modo, a região ventral difusa do process o transverso é infiltrada bus- encaminhada na di reção cranial e caudal, enquanto mais solução e . da retoma livremente a di- dors cando bloquear o ramo ventral do nervo. A agulha reção dorsal e cau dal do processo transverso para bloquear os ra aterais dos nervos. Emprega-se próximo de 25 ml de solução pa região. Um desvio lateral temporário da espinha (devido à paralisia dos " los) é observado em associação com a analgesia paravertebral. mo cada úscu a Eluidoterapia no Animal de Grande Porte-Pacienie Cirúrgico ANALGESIA EPIDURAL: Este método consiste na injeção de solução anal gésica local entre a dura-máter e o periósteo do canal espinhal (espaço epi- dural), que por seu lado dessensibiliza as raízes do nervo caudal após elas emergirem da dura-máter. A analgesia epidu ral pode classificar-se como cra- nial (superior) ou caudal (inferior) de acordo com a distäncia que a solução analgésica se dispersa e a extensão da área onde a paralisia sensitiva e mno- tora se desenvolve. Isto, por seu lado, depende principalmente do volume da solução injetada e da concentração e dispersão do agente analgésico. A proporção de absorçâo do agente analgésico local no espaço epidural poderá contribuir para o efeito analgésico. A anestesia epidural caudal implica que o controle motor das pernas tra- seiras não foi afetado. A inervação sensitiva será perdida desde o ânus, vulva, per ineo, e dos aspectos caudais da coxa. 0 esfincter anal ralaxará, e a parte posterior do reto inchará. O tenesmo será aliviado ea tensão obstétrica fica- rá impedida. No boi, a injeção de agente analgésico poderá ser feita entre a primeira ea segunda vértebras coccígeas ou no espaço sacrococcígeo, embora a região precedente seja preferida por ser um espaço mais largo e mais facil- mente perceptível, particularmente nos animais obesos. Para localizar o espa ço o rabo é agarrado e lançado para cima e para baixo; a primeira articula- ção caudal evidente para o sacro corresponde ao primeiro espaço intercoccí geo. Acompanhando-se a tosquia e a preparação da pele, uma agulha 18 de 3 até 5 cm é introduzida diretamente no centro do espaço na linha do meio com ângulo de 450 até que sua ponta atinja o pavimento do canal espi- nhal(Figura 2.3). Então a agu lha é levemente retrafda para assegu rar que o seu final não está embutido no disco intervertebral. Se a agulha for posicio nada corretamente no espaço epidural, não deverá haver resistência para a injeção. A dose de solução analgésica é de 0,5 até 1 ml/100 Ib (45 kg) de li docaína a 2% ou mepivaca ína. Inicialmente uma dose pequena de agente Espaço epidural 45 c3 . C Sacro Fig. 2-3. Anestesia epidural no bovino, Anestesia e Fluidoerapia na Animal de Grande Porte-Paciente Cirurgico 13 analgésico deve ser injetada. Apos um in tervalo de 10 a 15. cessário, injeta-se mais solução. Deve ser efetua injeção para garantir que a agu lha não se encontra seios venosos vertebrais. 0 a 15 minu utos, se ne uada uma aspiraçã« antes da localizada em um dos A analgesia epidural cranial ou epidural alta pode ser usada Dar mia, cirurgia do membro pélvico, ou amputação do de 2 até 4 horas de analgesia. A tecnica de injeção é a mesma que ndo gesia epidu ral caudal, exceto que se administra uma quantidada agente analgésico (1 ml/10lb (4,5 kg) de peso corpóreo). O animal deitado e mantido em decúbito esternal durante 10a 15 minutos gurar uma distribu ição eqüitativa de solução analgésica. Quando a an epidural cranial é induzida no gado, a possibilidade uma hipotensão deve ser considerada. Nenhum indício de hipotensão fo rificado usando volumes de 100 até 150 ml de lidocaína a 2%, mas for registrados sinais quando aplicados volumes entre 150 e 200 ml,12 ANALGESIA REGIONAL DO OLHO: A pincipal indicação para a analoesia do olho no gado é para a enucleação do olho. Para este propósito a técnica de infiltração local usando o bloqueio retrobul bar (quatro-pontos) é satisfa. tória e conveniente. Esta técnica está relatada e ilustrada no subítem sobre enucleação do olho do Capítulo 15. Um método alternativo para se obter a analgesia regional do olho é o blo- queio de Peterson. Este método requer uma agulha espessura 8 de 11 cm dobrada numa curvatura de um círculo de 25,4 cm. Um botão anestésico é colocado no ponto onde o processo supra-orbitário encontra-se como o arco zigomático, e um pequeno furo é feito neste botão com uma agulha curta de calibre 14. A agulha de 11 cm é ent�o direcionada medialmente com a sua concav idade dirigida na direção caudal. Deste modo a parte da agu lha passará por volta da borda cranial do processo coron óide da mand ibula e a agu lha estará apontada em direção ao aspecto ventral até que atinja a crista pterigóide. Então a agu lha é transportada levemente na direção do rostro e para baixo da fossa pterigopalatina do foramen orbito-rotundum, sendoin jetados de 15 a 20 ml de solução analgésica local. A agu lha é então retirada na direção caudal logo abaixo da pele para infiltrar os tecidos subcutâneos ao longo do arco zigomático. Uma pequena região localizada dorsalmente, em relação ao canto medial, também deve ser infiltrada. laparoto úbere, provide anal Quando a analge ade do desenvolviment ram Embora o bloqueio de Peterson para a analgesia do olho seja considerado o preferido por alguns, nós constatamas ser este método bastante imprevi vel. O bloqueio retrobu lbar (quatro-pontos) tem sido conveniente e sau tório. ANALGESIA REGIONAL DO CHIFRE: O bloqueio córneo é uma simples que fornece analgesia para descornar. traçada desde o canto lateral do olho até a base do chifre ao 1ong dorsal até a fossa temporal; na mesma linha uma agulha de 4,,chifre calibre 18 é introduzida incompletamente, des de o canto latera a e a injeção é realizada abaixo da pele através do músculo frona lateral da crista. Geralmente 5 ml de lidoca ina a 2% são suficiente 10 mi podem ser usados num animal maior. écnica Uma linha imaginár erista com borda até mas ANESTESIA INTRAVENOSA DO MEMBRO: Para a analg bro distal, a técnica de analgesia intravernosa local é considerau lgesia local do nem uperior 14Anevtesii t 'idrna o Aiul de (rande Part -Puciente Crutvre técnicas previamente empregadas para o bloqueio espec fico do nervo ou bloqueio anu lar. O metodo pede uma injeção intravenosa de solução analgésica local distal a um torniquete aplicado anteriormente, 30 0 animal é deitado e dominado; a segu ir o torniquete de tubos de borracha é aplicado distalmente ao carpo ou tornozelo do animal (Fig. 2-4 AB). Um acolchoado protetor poderá ser colocado por baixo do tormiquete. Aí detecta-se uma veia superficial (tanto pode ser apropriada a veia metacárpica dorsal ou a Torniquete OC Acolchoado protetor Veias metacárpicas (metatársicas) palmares (plantares) Veias metacárpicas (metatársicas) dorsais B Fig. 24. Anestesia intravenosa no membro. A, aspecto dorsal; B, aspecto palmar (plantar) Anestesia e Fluidoterapia no Animal de Grande Porte-Paciente Cirurgico | 15 veia metacárpica plantar). Após tosar e preparar a região intraven osa com 10 a 20 ml de lidocaina a 2% ou agu Iha é recolhida e o local da injeção é massageado brevemens formação de hematoma. A anestesia do membro distal minutos e persistirá por uma ou duas horasS se o torni ugar. No final da ciru rgia o torniquete é liberado Vaga um período de 10 segundos normal e sua função motora dentro de aproximadamente dade Problemas de toxicidade relacionados com a ineção do anestésico O circulação não têm sido observados." ou mepivacaína ente uma injeçCão aplicada. A para evitar é complet etada em 5 orniquete permanec no agarosamente durante o membro recuperará a. sua sensibili injeção do anestésico local na A indicação para a execução da analgesia regional é consideravelm. são ANESTESIA REGIONAL NO CAVALO menor na espécie eqüina do que na bovina. Laparotomias do flane Kecuta nimal das no boi. Quando é executada uma laparotomia do flanco com o ani- se realizadas no animal em pé, mas numa frequencia menor do que as exen. em pé, utiliza-se um bloqueio em L invertido ou bloqueio em linha. Na jonal faz anestesia paravertebral nos cavalos. ma tecnica analgésica reaion bloqueio nervoso e anular são técnicas comumente efetivas nos membros da cavalo. São primordialmente empregadas no diagn óstico dos animais mancos, mas também são aplicadas em circuns tancias onde a ciruroia é efetuada na parte distal do membro de um animal em pé. Como já foi mencionado anteriormente, a maioria dos procedimentos cirúrgicos nos comumente realizada no cavalo é o bloqueio epidural caudal. Além dissa ,0 eqüinos são realizados sob anestesia geral. ANALGESIA EPIDURA L: A injeção epidural cranial (alta) é contra-indicada para o cavalo. Entretanto, deve-se ter muito cuidado ao executar uma injeção epidural caudal (baixa); a dose de solução analgésica local deve ser Espaço epidural 600 Sacrum 300 C13 C2 0 . C3 Fig. 2-5. Anestesia epidural do eq üino. 16 AnesMesia r Flundoterapa n Antmal de Graunde Porte-Pariente Cirurgico mínima, pois se houver qualquer conseqüéncia no controle motor dos membros traseiros, o animal tornar-se-á agitado podendo até cair e machu- car-se. A técnica da injeção epidural caudal no cavalo assemelha-se ao método aplicado no boi. A injeção atravessa o espaço entre a primeira ea segunda vértebras coccígeas. A localização é cranial,chegando até os cabelos longos do rabo e é determinada movimen tando-se o rabo para cima e para baixo. Após tosar e preparar a região, faz-se um botão na pele para facilitar a colocação da agu lha (dá-se preferência por uma agulha espinhal de calibre 18). A agu lha pode ser inserida num ângulo de 300 proveniente de uma linha perpendicular até o fim da vértebra, ou num ängulo de 600 como está ilustrado na Figura 2-5. Preferimos a angulagem de 600 porque permite que a agulha espinhal penetreo canal, permanecendo no local. Inicialmente são injetados de 5 a 10 ml de analgésico local a 2%, o estilete é reposto e a agu Iha é abandonada no local. Quando necessário, isto possibilita que mais analgésico local seja administrado, impedindo uma dosagem excessiva no primeiro estágio. As indicações a respeito da analgesia epidu ral caudal no cavalo assemelham-se às do boi. ANALGESIA LOCAL DOS MEMBROS: O bloqueio nervoso local dos mem- bros e as técnicas analgésicas intra-articulares têm importante papel no diag nóstico de manqueira, estando melhor relatados em outro local.1 Estas téc- nicas não são reproduzidas neste texto. ANALGESIA REGIONAL DO PORCO ANALGESIA EPIDURAL: Este método é útil tanto para o porco jovem como para o adulto sendo particularmente proveitoso na cesariana de porcas. Nesta situação a analgesia cranial (superior) é aplicada para influen ciar tanto a imobilização como a analgesia, destitu ída de depressão fetal. Comparando-se com as outras espécies, a técnica normalmente empregada é a analgesia epidural cranial ao invés da epidural cau dal. No porco, a injeção da analgesia epidural é feita no espaço lombo-sacral: o espaço está locali- zado na intersecção da espinha com a linha desenhada sobre as bordas craniais do íleo. Uma agulha de espessu ra 18 é inserida de 1 a 2 cm infe- riormente a essa linha nos porcos pequenos e de 2,5 a 5 cm inferiormente à mesma linha nos animais grandes. Dirige-se a agulha ventralmente e leve- mente na direção caudal até sentir que ela passou através do ligamento dorsal da vértebra e dentro do espaço epidural. 0 tamanho da agulha varia com o tamanho do porco: usa-se agulha de 8 cm para o porco que pese até 75 kg, e a de 15 cm nos porcos mais pesados. A dose é de aproximadamente 1 ml/5 kg até 1 ml/10 kg de lidocaína 2% para o bloqueio do membro pél vico. Uma dose proporcionalmente maior é aplicada nos porcos pequenos enquanto que uma proporção menor é administrada aos porcos maiores. A analgesia epidural também pode combinar-se com a anestesia geral, produzindo um bom relaxamento muscular nas partes inferiores permitin- do um nível mais fraco de anestesia geral. E extremamente útil para o paci- ente comprometido quando um nível profundo de anestesia geral for contra-indicado.24 Anestesia uidoterapia no Animal de Grande P'orie-Paciente Cirurgico| 17 Tranquilização e Sedação porte apre senta trés propósitos gerais: 1) tratamento veis pelo diagn óstico de rotina e pelos processOs terapêuticos: 21 sedativo para procedimentos cirúrgicos secundár tesia local; 3) e medicação pré-anestésica. O tratamento sedativoe tranquilizante dos sedativo animais para de os grando anima . intratá amento ários conjugados comaa anes TRANQUILIZAÇÃO E SEDAÇÃO NO CAVALO No cavalo, o tratamento sedativo e tranquilizante infere que o animal per maneça em pé. Os derivados de fenotiazina e o cloridrato de xilazinas agentes comumente usados no cavalo. Os dois tranqüilizantes de fenotiazina comumente aplicados no cavala são cloridrato de promaz ina (linjeção de cloridrato de promazina) numa dosagem de 0,44 até 1,1 mg/kg (02 até 0,5 mg/ Ib) EV ou IM,e maleato de acetilpromazina (maleato de acetilpromazina injetável) numa dosagem de 0,08 mg/kg (0,015 até 0,35 mg/lb) EV ou IM. A acetilpromazina começa a atuar de 15 até 20 minutos após a administração intravenosa e os efeitos perduram aproximadamente por 2 horas. Os efeitos da promazina duram um período de tempo semelhante. Enquanto que a acetilpromazina é o a gente mais empregado rotineiramente, a promazina oferece um prognósti co valioso para os procedimentos onde o animal permanece em pé, e doses maiores dão resultado sedativo crescente. Tranqüilizantes de fenotiazina são habitualmente usados sozinhos para a restrição química ou como um pré-medicamento de uma anestesia geral. Não devem ser empregados apos tratamento recente com fosfatos orgânicos anti-helmínticos. Uma outra propriedade importante é seu efeito bloqueador alfa-adrenérgico. Não podem ser aplicados no caso de choque hipovolêmico exceto quando houver repo sição adequada de volume e necessidade de vasodilatação periferica aumentar a perfusão. O cloridrato de xilazina (Rompun) é um sedativo que também apre características analgésicas. Este sedativo alcançou o uso popular com agente de restrição e calmante, como analgésico bem antes de uma vai de de procedi mentos cirúrgicos e como agente pré-anestésico. tudo em 223 cavalos, o efeito sedativo e a analgesia alcançara na do de bom até excelente em 80% dos cavalos, sem sagem unica ou repetida.16 Com a injeção intravenosa, o ere máimo ocorreu após 3 minutos durando de 30 a 40 a dosagem de 1,1 mg/kg (10,5 mg/lb) foi consid xa de dosagem intramuscular é de 2,2 mg/k9 dia e arritmias card íacas transitórias (habitualmente bioqu Cular parcial, quando se administra xilazina intravenosa estas alterações não são geralmente consideradas cativas, podendo ser evitadas, administrando-se atropina pie Embora a dosagem intravenosa ótima se diminuída para 0,44 e 0,66 mg/kg (02 Como medicação pré-anestésica ou para a de 1,1 mg/kg (0,5 mg/lb) intravenoso a mobilidade do anima pode complicar o procedimento quando ele estiver e ara ta um stésico. Feito um e efeitos desfavoráveis r dativo tos. Neste estudo A ta siderada o ponto ótim bradicar kg (1 mg/lb). Ocorrem No entanto, gnifi nte. amente.17 seja de 1.1 mg/kg 6, ela pode s a maioria dos rocediment pert e0,66 mg/kg (02 e 0,3 mg/lb) aproximadame ataxia em pé. Embora é 18 Anestesia e Fluidoterapia no Animal de Grande Parte-Paciente Cirúrt na tenha se tornado uma droga habitualmente empregada e su as propriedades são geralmente profícuas e desejáveis, ela tem um tempo de ação relativa mente curto e o comportamento do cavalo poderáser imprevis ível. Patadas violentas e inesperadas dos membros traseiros tém sido observadas nos ani- mais aparentemente intensamente drogados. A droga é excelente para pro- cedimentos curtos, mas não é a nossa opção de sedativo para longos perío dos de ciru rgia, onde o animal fica em pé. Uma combinação de acetilproma zina (0,05 mg/kg) e da xilazina (0,5 mg/kg) administradas intraven osamente Suprirá excelente tranqüilização de curto tempo de ação no cavalo. Diversas mistu ras analgésico-sedativas poderão com êxito providenciar e feito sedativo acompanhado de alguma analgesia durante o procedimento. Estas incluem (dosagem para um cavalo de 450 kg): 1. 30 mg de acetilpromazina e 150 mg de pentazocina (Talwin V) intra- venosamente; 2. 30 mg de acetilpromazina, 15 ml de solução hidrato de cloral/sul fato de magnésio/pentobarbital sódico (Chloropent) e 240 mg de pen taz o cina administrados numa única injeção intravenosa; 3. 30 mg de acepromazina e 250 mg de cloridrato de meperidina (Deme rol) intravenosamente; 4. 30 mg de aceprom az ina e 30 ml de hidrato de cloral/su l fato de mag- nésio/pentobarbital sódico. O hidrato de cloral pode também ser ministrado para produzir efeito seda tivo no animal em pé. Deve ser en fatizado que os regimes qu ímicos de res trição acima são para animais normais e sadios. TRANQUILIZAÇÃO E SEDAÇÃO NO GADO Normalmente executa-se a cirurgia e outros procedimentos com o pa ciente bovino em pé sem qualquer acompanhamento de sedativos. Nesta si- tuação os animais são normalmente restringidos em um brete. O tratamento sedativo do bovino geralmente in fere que o animal esteja deitado e preso por cordas ou restrito sobre uma mesa inclinada. Tranqüilizantes de fenotia- zina são escassamente aplicados no gado. Em contraste com o cavalo, a apli cação de xilazina no gado ocasi ona repouso do animal na pequena dosagem intramuscular de 0, 11 até 0,22 mg/kg (0,05 até 0,1 mg/lb) sendo um agente de restrição satisfatóriopara procedimentos banais como aparar unhas. Po de também ser usado ass ociado com a analgesia local para certos procedi mentos cirúrgicos, quando a natu reza do animal ou a cirurgia em si impedi- rem que o animal permaneça em pé du rante a cirurgia apenas com a analge sia local. A dose padrão é de 0,055 até 0,11 mg/kg (0,025 ate 0,05 mg/lb) se aplicada intravenosamente. Efeitos colaterias gastrintestinais (manifestados como uma diarréia) t¿m sido notificados com o uso de xilazina.8 lsto é observado em tou ros grandes, relacionado provavelmente com a crescente quantidade de droga administrada a estes pesados animais. O hidrato de cloral pode ser administrado eficientemente para manter um paciente bovino deitado em repouso. Um bom exemplo de indicação para este método é a abomasopex ia paramediana. Administra-se hidrato de cloral (solução a 7%) até surtir efeito, cessando quando o animal encontrar se deitado em repouso. Ent�o prende-se o boi com cordas pela sua traseira para execu tar a in filtração de analgésico local na região cirúrgica. Com esta mm mui die Grande Porir-Parienie Cirurcico 19 analgesia o animal não necessi tara de nenhum outr logo após a conclu säo da cinu rgia. dativo e evantara itro Deve-se utilizar a anestesia geral sempre que for consi nica. Muitos procedimentos cirúrgicos for da a melhor té Anestesia Geral foram cancelados u åo relutância de se anestesiar a exed ciente. A anestesia geral oferece restrição asséptica. dos tecidose hemostasia. No entanto, a anestesia geral an tes de elege-la como técnica. casua de elege-ldtósica compi ente. A avaliaçao pre-anestésica asséptica, manuseio geral nunca deve tados sob circunstáncias arriscadas devido à relutância de enta riado ser teita execução da anestesia casualmente, e o cirurgião precisa ser experiente na exece er efetuada, se Uma avaliação pré-anestésica completa do pacien te deua . do paciente abrange o seu historico médico, o exame cl inico hematócrito/prote ína total).O paciente dev guida da preparação pré-operatória condizente. um hemogra ma (ou pelo menos um hematócrito/proteína to a cirurgia e durante toda a recuperação née trolado cuidadosamente du rante a cirurgia e du rante toda a recuin operatória. ANESTESIA GERAL NO0 CAVALO PRE-MEDICAÇÃO: A acetilpromazina e xilazina são os agentes nrá.an. -anesté sicos habitualmente usados. A acetilpromaz1na é menos dispendi osa tendo um tempo de ação mais longo. A Xilazina provoca um efeito rápido anis uma injeção intraven osa. Geralmente nao se administra tranqüilizantes n anestésicos aos potros, devido ao desenvolvimento enzimático microssomal do fígado e também ao consequente metabolismo lento destas drogas. Tam bém se pratica a induçâão anestésica sem pré-medicação no animal exposto a uma situação difícil, tal como um paciente com distúrbio abdominal aqudo. Se a dor do paciente com cólica tornar a indução imposs ível, é preferíivel administrar um agente analgésico no lugar de um tranqüilizante hipotensor de fenotiazina. INDUÇAO DA ANESTESIA: Diversos regimes alternativos são disponives a indução intravenosa de anestesia no cavalo. Os tres métodos que vamos dis cutir aqui são os mais aplicados habitualmente. Os tiobarbitúricos são vastamente utilizados na prática como agentes rotina para a indução," São de uso comum tantoo tiopental sódico iPer tothal) como o tiamilal sódico (Surital). Após a tranqüilização, tanto umd como a outra droga são administradas através de uma rápida injeçao nosa. Para ambas as drogas, utiliza-se uma blução de 5 a 10% numa d ave gem padrão de 6,6 até 7,7 mg/kg (3,0 até 4,0 mg/lb). Embora estas técnic de indução rápida sejam convenientes para cinu rgião que trabalha SOzinho esejam populares como técnicas vincentes de indução anest sica, as mesmas produzem efeitos fisiológicos profundos. As drog s, Ocasionando quedas caracter ísticas na pressa são depresso são e no débito cardíaco; também acarr Derfu resul tante alteração gasimétrica do sanque. Tais alteraçoes dem levar a arritmias cardíacas. Como arretam apnéia durante a indução ea siológicas po mo agentes anestésicos exclusivoS bar bitüricos são úteis somente nas cirurgias de curta autay CisO manter o anestésico, o halotano é administrdo atingir a profundidade necessária da anestesia. Isto p 2uando for pre é administrado vigorosamene para por seu lado 20 Anestesia e Fluidoterupia no Aninial de Grande Porte-Paciente (irurgu exarcebar a hipotensão já causada pelo barbiturato. A acidose potencializa a ação dos barbituratos, e doses reduzidas devem ser administradas no paciente acidótico. Preferentemente, os barbituratos nunca devem ser aplicados como agente indutor único em qualquer animal intoxicado. O guaifenesin (Glycodex) administrado sozinho ou em combinação com tiobarbitúricos, tem sido utilizado habitualmente como agente indutor.10,23 A droga é um relaxante muscular que atua a nível dos neurdnios internunci ais e produz um estado de tranqüilidade semelhante ao sono. Visto que age centralmente, o guaifenesin providencia alguma analgesia. Seus efeitos de- pressivos no aparelho respiratório e cardíaco são minimos, e a aplicação é fácil sem qua haja movimentos involuntários dos membros dianteiros (m0 vimento de pedalagem). A droga é administrada em solução a 5% de dextro- se 5%. E utilizada sozinha nos pacientes intoxicados ou de alto risco. Para induções de rotina 2 ou 4 g de tiamilal sódico são adicionados para um litro de solução de guaifenesin. O acréscimo de tiobarbitúricos produz maior anal- gesia e uma indução mais rápida.A solução é administrada para produzir efei- to através de uma rápida administração intravenosa (são precisos de 600 até 800 ml para induzirum cavalo de 450 kg).A maioria dos relatórios insatisfató rios estão relacionados a uma administração lenta da droga. A solução deve ser aplicada através de uma agu lha calibrosa com espessura 10 a 12 ou então bombeada através de um catéter. O paciente também precisa de amparo du- rante a administração da solução anestésica. Desde que a droga tenha atingi- do a sua eficácia, a profundidade necessária de anestesia para a entubação é conclu ída e a transição para um agente inalante é geralmente mais conve- niente que com outros barbituratos. A recuperação da anestesia é geralmente suave. Se o guaifenesin foi usado além da fase indutora para man ter a anestesia, um excesso de 3 vezes a dose terapéutica (110 my/kg ou 1 ml/tb de uma solução 5%) pode ser aplicada no cavalo sem toxicidade. Isto é praticável contanto que a droga seja admi- nistrada com o incremento necessário para manter a anestesia e não como se fosse uma dose bolo. Entretanto, poderá resultar em um longo tempo de recuperação. Um moderno regime anestésico de curta du ração no cavalo é a combina- ção de xilazina e cloridrato de ketamina (Ketalar).° A xilazina é adminis trada intraven osamente numa dosagem de 1,1 mg/kg (0,5 mg/lb) sendo se guida após 3 até 5 minutos de uma dosagem de 2,2 mg/kg (1 mg/lb) de clo- ridrato de ketamina. Fica eliminada a desvantagem de administrar um gran de volume através de um catéter ou uma agulha (necessária para o Guaifene sin). A indução é geralmente suave se for permitido tempo suficiente para que a xilazina alcance o seu efeito sedativo máximo. A du ração da aneste Sia é curta (de 12 a 15 minutos) mas é satisfatória para os procedimentos Curtos ou indução anestésica. Existem evidências de que esta combinação de drogas é menos hipotensora que a associação guaifenesin-tiamilale pode ser o agente de indução de preferência para o paciente intoxicado.9 Não há nenhuma alteração fisiológica maior e a recuperação é rápida e sossegada. As desvantagens do regime xilazina-ketamina incluem o alto custo e a inabilidade de controle da duração de anestesia administrando repetidamen te o mesmo agente. Convulsões, tremores musculares e espasmos foram rela- Anesie rlito't tapt n Animai de Grande Porne-Paricnte Cirurgico 21 tados com doses repetidas de ketamina; conseqüentemer indicado.9 Convulsões ou tremores vistos ocasionalmente são normalmente ass ociados com a quantidade insuficiente rla administração de ketamina antes que a xilazina atinja a S azina Indução aperfeiçoada foi relatada usando pré-medicação Com lium) administrado na dosagem de 0,22 mg/kg (0,1 mg/1b) Pam ( antes da aplicação de xilazina.4 Observe que com a ass ociac ketamina os reflexos ativos da pálpebra, da córne. so é contra om a indu eficáo total, ou a te minutos de xilazinal engolir säo nea e do ato de mantidos; todavia é possível passar um tubo ndotraqueal e iniciar este sia de inalação. Emborao hidrato de cloral não seja mais considerado uma hns. técnica para indução e manu tenção da anestesia, ficou demonstrado que mai guro e eficaz quan do aplicado em ass ociação com tiobarbitúricos 11se hi- drato de cloral é aplicado intravenosamente ate que o cavalo comece -der a coordenação dos membros, e então bolo de 1 a 2 gramas de tia sódico é administrado. O uso de succinilcolina é um método perigoso de indução anestésica r dendo resultar em morte.14 A combinação dos agentes hidrato de clor sulfato de magnésio (solução relaxante Mag-Chloral) ou sulfato de man nésio/hidrato de cloral/pentobarbital sódico (Chloropent) não são mais apli cados habitualmente como regimes anestésicos A maneira mais segu ra e satisfatôria de se induzir anestesia nos potros é fazendo-se uso de máscara com halotano. A máscara é aplicada e inicial. mente o oxigênio (6 até 71/ min) é administrado sozinho. O vaporizador é então fixado em 0,5 até 1% para fazer com que o potro seja levado a chei rar o halotano, e a concentração é gradualmente aumentada até 4% até que a indução produza efeito. 0 potro é então entubado e colocado num plano de manutenção da anestesia. MANUTENÇAO DA ANESTESIA: Apesar da manu tenção da anestesia com agentes intravenosos não ser ideal, ela pode ser o úncio método disponível para o veterinário. As vantagens da anestesia mantida intravenosamente sa0 um mínimo de equipamento necessário e baixo custo econ ômico. Todavi3, uma manu tenção prolongada de qualquer dos regimes injetáveis vem aco panhada de uma prolongada recuperação, algumas vezes tormentosa. Ja qu a excreção do agente anestésico é mais lenta que a do agente inalante, vel da anestesia não pode ser variado abruptamente. Isto é particular aplicável nos animais debilitados ou muito jovens. De uma forma geral ,qual- mais quer período de anestesia mantida intravenosamente não poae do que uma hora. Se são utilizadas grandes doses de tiobarbitúricos para manter a dose a convalescença pode ser prolongada. Recomenda-se que se resttnão de total de tiamilal sódico em 5g para qualquer caval Para a manu ten nho.Mes anestesia prefere-se guaifenesin e tiamilal ao invés de tiamilal so mo assima recuperação poderá ser prolongada, mas torna-se gera qüila e sossegada. e tran- anestesia A anestesia de inalação é o método preferido para se manterneríodo geral no cavalo, especialmente quando o procedimer envolve un te usadas anestésico total superior a uma hora. As combinações habitua são halotano/oxigénio ou halotano/6xido nitros o/oxig¿nio. Para " a anestesia 22 Aestesia e Fuidoferupu n Anmul le Grande Porte-Pac n nte (utireeo geral de rotina, é mais satisfatória a associação de halotano e óxido nitroso. Com esta associação a regu lação do vaporizador com halotano é habitual- mente de 3/4 até 13/4%, sendo utilizadas taxas de fluxo de 51/min. de oxi- génio de 21/min. de óxido nitroso. Esta situação aproxima-se da concentra- ção sugerida com 60% de oxigênio e 40% de óxido nitroso. O cavalo médio de 450 kg terá uma pressão parcial de oxigênio arterial entre 240 até 380 mmHg. A mistura tradicional de 50/50 oxigênio-óxido nitroso nem sem- pre resulta em nível seguro de oxigênio para o cavalo; isto pode estar rela cionadoa diversos fatores físicos na ventilação-perfusão desigual que tem sido reconhecida com a anestesia geral nestas espécies.3 Não deve ser empregado óxido nitroso para procedimentos abdominais de vido ao acúmulo de gás no interior da víscera. Destitu fdo de óxido nitroso, o ajuste do vaporizador de halotano pode variar entre 1 3/4 até 2 1/4%, e o fluxo proporcional de oxigênio ao redor de 61/min no cavalo de 450 kg. O metoxiflurano é utilizado por alguns cirurgiões de cavalos. Ele possui boas propriedades analgésicas, mas é bem mais potente como sedativo res piratório, sendo a recuperação pós-operatória mais demorada. Mai ores detalhes a respeito de máqu inas de inalação anestésica, equipa- mentos, técnicas e controle encontram-se dispon íveis em outros tex tos.12,20,22,25 Para a execução de procedimentos de curta du ração "'no campo', o equipamento de controle será mínimo. Para procedimentos mais longos dentro de uma situação hospitalar, é prefer ível a medida de pressão arterial do sangue (fazendo uso da cateter ização arterial e do transdutor de pressão ou medida indireta com o sistema Doppler sobre a artéria coccígea) somando-se ao controle normal dos sinais vitais. Também é útil o controle eletrocardi ográfico. Quando o procedimento cirúrgico e fetuado em situações hospitalares superior a 30 minutos, o posicionamento do paciente é importante. O posi- cionamento errôneo dos membros traseiros pode levara uma paresia do ner vo peroneal ou femoral. Além disso, a falha no apoio do membro pélvico superior quando o cavalo encontra-se em decúbito lateral pode conduzir a uma oclusão venosa e subseqüentemente rabdomiólise. O membro torácico posicionado mais ventralmente deve ser puxado na direção cranial para libe- rar a pressão entre a caixa torácica do plexo braqu ial e dos vasos ao longo do úmero, caso contrário poderá resultar em rabdomiólise ou paresia do nervo. O uso rotineiro da cama de água ou colchão de ar é recomen dado pa- ra assentar animais anestesiados sobre uma mesa operatôria por períodos su- periores a 30 minutos. ANESTESIA GERAL NO GADbo A maioria dos procedimentos cirúrgicos podem ser efetuados no gado com restrição física (e uso de sedativos em algumas circunstâncias) e anes tesia local. Contudo, em algumas situações, estas condições não são ótimas e a aplicação da anestesia geral é definitivamen te indicada. O medo de reali- zar uma anestesia geral é n ormalmente maior quando tratamos de pacientes bovinos. Embora existam problemas específicos, a anestesia geral pode ser efetuada de forma segura no paciente bovino, usando as técnicas e experiên- cia adequadas. ATsfes:d Fluidoterapia no Animal de Grande Porte-Pac ienie Cirurgico | 23
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