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AÇÃO-ORDINÁRIA-DE-REFORMA-MILITAR-E-ANULAÇÃO-DE-ATO-ADMINISTRATIVO-CONTRA-A-UNIÃO-FEDERAL-COMANDO-DO-EXÉRCITO-LESÃO-COTOVELO - Final

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Prévia do material em texto

Professora Alessandra Minaré 
www.alessandraminare.com.br 
 
Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) Federal da Vara Cível da 
Seção Judiciária de Rio Grande/RS 
 
 
 
FULANO DE TAL, brasileiro, solteiro, carteira de 
identidade nº XXXXXXXXXXXX, CPF nº 
XXXXXXXXXXXXXXX, residente e domiciliado na 
Rua XXXXXXXXXX, nº XXXXX, Bairro XXXXXXXX, 
CEP XXXXXXXXX, na cidade de XXXXXXXXXX, 
vem a presença de V. Exa., por intermédio de 
seus procuradores firmatários e constituídos 
propor AÇÃO ORDINÁRIA DE REFORMA 
MILITAR E ANULAÇÃO DE ATO 
ADMINISTRATIVO CONTRA A UNIÃO 
FEDERAL (COMANDO DO EXÉRCITO), pelos 
fatos, fundamentos e pedidos a seguir expostos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Professora Alessandra Minaré 
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PREÂMBULO FÁTICO: O autor era Sargento do Exército Brasileiro, servindo no 6º Grupo de Artilharia na 
cidade de Rio Grande/RS. Incorporou no ano de 2012, apto para serviço após passar por diversas inspeções 
de saúde pela junta médica castrense de seleção de conscritos para o serviço militar. Possui histórico de trauma 
no úmero do membro superior direito aos 03 (três) anos de idade. Na oportunidade em que foi incorporado ao 
Exército não possuía deformidade no membro. No decorrer do serviço militar, devido à grande intensidade das 
atividades físicas militares, mais precisamente os exercícios de barra fixa e flexão de braço, exercícios esses 
previstos no Teste de Aptidão Física – TAF e executados diariamente durante o Treinamento Físico Militar - 
TFM, constatou que seu membro superior direito começou a sofrer grande deformação (“entortar”), conforme 
fotografias em anexo. Não bastasse tal situação, no dia 18 de agosto de 2016 o autor sofreu acidente em 
serviço durante a realização do exercício flexão de braço no Teste de Aptidão Física- TAF, oportunidade que foi 
encaminhado à FURG para atendimento médico, conforme registros da Ficha Médica em anexo. O autor foi 
ilegalmente licenciado no dia 28 de fevereiro de 2018 portando incapacidade definitiva para o serviço militar 
oriunda de acidente em serviço e lesão com relação de causa e efeito com as atividades militares, conforme 
prevê o artigo 108, III e IV do Estatuto dos Militares. 
ANEXO DO EXAME: 
 
Em flagrante afronta ao Estatuto dos Militares, bem como a 
legislação castrense que disciplina a matéria, a administração militar licenciou 
ilegalmente o autor no dia 28 de fevereiro de 2018. 
ANEXO DOS REGISTROS FOTOGRÁFICOS ABAIXO: 
 
Atualmente, caso o autor se apresentasse na Junta de Serviço 
Militar com essa deformação, certamente seria impedido de ingressar nas 
fileiras do Exército. Se não pode incorporar, muito menos não deveria ser 
licenciado. 
 
 DAS DIVERSAS INSPEÇÕES DE SAÚDE REALIZADAS PELO 
EXÉRCITO BRASILEIRO NOS CONSCRITOS ANTES DA 
INCORPORAÇÃO NA FORÇA TERRESTRE – O AUTOR, COM A 
DEFORMIDADE PORTADA ATUALMENTE, CERTAMENTE NÃO 
SERIA INCORPORADO – NÃO PORTAVA DEFORMAÇÃO NA 
DATA DA INCORPORAÇÃO 
 
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Quando da seleção para ingresso nas forças armadas, os 
conscritos ou voluntários para o serviço militar, passam pelas seguintes 
inspeções, conforme reza o DECRETO Nº 60.822, DE 7 DE JUNHO DE 1967: 
(...) 
Oportunidades das Inspeções de Saúde: 
As oportunidades das inspeções de saúde de conscritos são nas 
Seleções de 
“Triagem”, “Geral”, “Suplementar” e “Complementar”. 
 3.1. “Seleção de Triagem” que deverá ser realizada, 
obrigatoriamente, pela Força, na ocasião do alistamento; tem por 
objetivo principal o afastamento imediato dos portadores de lesão, 
defeito físico ou doença incurável, da seleção geral, do conscrito 
notoriamente incapaz para o Serviço Militar. 
3.2. “Seleção Geral” da classe, realizada pelas três Forças, no 2º 
semestre do ano que precede ao da incorporação ou matrícula, com o 
objetivo de indicar os conscritos que melhor atendam aos 
“Contingentes-tipo” solicitados pelas Organizações Militares. A 
“Seleção Geral” encara com maior rigor a inspeção de saúde, 
abordando, todavia, os aspectos cultural, psicológico e moral, no que 
for necessário, para determinação do “Contingente-tipo” desejado 
pelas Organizações; 
3.3. “Seleção Suplementar” da classe, realizada na mesma época 
da apresentação para incorporação ou matrícula, é considerada uma 
Segunda chamada da “Seleção Geral” pelo que funciona em apenas 
alguns dos PR (Pontos de Reunião de Convocados) da anterior “Seleção 
Geral”. Tem o objetivo de atender os faltosos da “Seleção Geral”, os 
“B-1” recuperados e os “em débito com o Serviço Militar”, assim como, 
no Exército os excedentes da Marinha e Aeronáutica, que não tiverem 
sido apresentados na época prevista, para receber “destino”. 
 
 
 
 
 
 
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3.4. “Seleção Complementar” para a incorporação ou matrícula é 
realizada normalmente na semana que antecede a incorporação ou 
matrícula, e consta de uma revisão e complementação da inspeção de 
saúde dos conscritos, de provas físicas e de uma revisão e 
complementação da inspeção de saúde dos conscritos, de provas 
físicas e de uma verificação mais rigorosa dos aspectos cultural, 
psicológico e moral, a critério do Comandante, Chefe ou Diretor de 
Organização que vai incorporar ou matricular, mas regulada pelo 
Comandante de RM, da “Seleção Complementar”, resultará a formação 
de “grupos homogêneos de indivíduos” para o emprego na 
Organização Militar. O médico de educação física com especialidade de 
medicina desportiva concorrerá para a formação desses grupos sob o 
“aspecto físico-sanitário” do indivíduo (perfil físico). 
(...) 
Antes de ingressar no Exército Brasileiro o autor nunca tinha 
realizado atividades físicas em nível tão elevado como as 
desenvolvidas na caserna. 
 
Em resumo, o autor nunca tinha passado por exercícios físicos 
dessa magnitude conforme cabalmente documentado. 
Portanto, não pode o Exército recrutar um jovem 
saudável para a prestação do serviço militar e simplesmente após 
usufruir da força de trabalho licenciar o cidadão carente de 
tratamento médico após eclosão de lesão em decorrência das 
atividades militares. 
É de clareza solar a incapacidade física portada pelo autor, 
devidamente diagnosticada através de exames de imagem em anexo e registros 
fotográficos. 
Portanto, necessita ser inspecionado por médico perito indicado 
por esse juízo, tudo com a finalidade de comprovar a incapacidade 
definitivamente para as atividades militares. 
DOS FATOS – BREVE HISTÓRICO MILITAR 
O autor incorporou no dia 1º de março de 2012 ao Exército 
Brasileiro junto ao quartel do 6º Grupo de Artilharia de Campanha na cidade 
 
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de Rio Grande/RS, ocasião em que foi submetido a várias 
inspeções de saúde, sendo considerado como “APTO DE SAÚDE PARA O 
SERVIÇO MILITAR”. 
Importantíssimo destacar que mesmo antes da incorporação, no 
período de seleção de conscritos para as forças armadas, o autor passou por 04 
(quatro) inspeções de saúde, quais sejam: 1º SELEÇÃO DE TRIAGEM; 2º 
SELEÇÃO GERAL; 3º SELEÇÃO SUPLEMENTAR E 4º SELEÇÃO 
COMPLEMENTAR, tudo isso em conformidade com o Decreto nº 60.822, 
de 7 de junho de 1967. 
No decorrer de sua atividade militar o autor desempenhou 
diversas funções operacionais de combatente do Exército Nacional, entre eles 
destacam-se: marchas de 8 Km, 12 Km, tiro com fuzil e pistola, acampamentos, 
treinamento físico de alto desempenho, de segundas a quintas-feiras durante 
todo o período do serviço militar. 
 
Participou da OPERAÇÃO ÁGATA, Chuí/RS, conforme 
publicação no Boletim Interno nº 149, de 08 dejulho de 2012. 
Participou das OPERAÇÕES JACUÍ VI E FARROUPILHA, em 
Rosário do Sul/RS, conforme publicação no Boletim Interno nº 187, de 03 de 
outubro de 2012. 
Participou da OPERAÇÃO FRONTEIRA SUL II, em Santa 
Vitória do Palmar/RS e Chuí/RS, conforme publicação no Boletim Interno nº 199, 
de 22 de julho de 2012. 
 
Realizou o TIRO TÉCNICO, em General Câmara/RS, conforme 
publicação no Boletim Interno nº 211, de 08 de novembro de 2012. 
 
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Realizou INSPEÇÃO DE SAÚDE, SENDO CONSIDERADO 
APTO “A”, conforme publicação no Boletim Interno nº 224, de 29 de novembro 
de 2012. 
Participou da OPERAÇÃO ÁGATA 2013, Chuí/RS, conforme 
publicação no Boletim Interno nº 176, de 17 de setembro de 2013. 
Participou da OPERAÇÃO JACUÍ VII, em Rosário do Sul/RS, 
conforme publicação no Boletim Interno nº 198, de 21 de outubro de 2013. 
Realizou INSPEÇÃO DE SAÚDE, SENDO CONSIDERADO 
APTO “A”, conforme publicação no Boletim Interno nº 199, de 22 de outubro de 
2013. 
Participou da OPERAÇÃO FRONTEIRA SUL II, em Rio 
Grande/RS, conforme publicação no Boletim Interno nº 213, de 11 de novembro 
de 2013. 
Foi PROMOVIDO À GRADUAÇÃO DE CABO, conforme 
publicação no Boletim Interno nº 038, de 24 de fevereiro de 2014. 
Participou da OPERAÇÃO ÁGATA VIII, Chuí/RS, conforme 
publicação no Boletim Interno nº 095, de 27 de maio de 2014. 
 
Participou da OPERAÇÃO COXILHA/IBICUÍ, em Rosário do 
Sul/RS, conforme publicação no Boletim Interno nº 187, de 14 de outubro de 
2014. 
Foi PROMOVIDO À GRADUAÇÃO DE 3º SARGENTO, 
conforme publicação no Boletim Interno nº 204, de 06 de novembro de 2014. 
 
 
 
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Participou da OPERAÇÃO FRONTEIRA, em Chuí/RS, conforme 
publicação no Boletim Interno nº 218, de 27 de novembro de 2014. 
Participou da OPERAÇÃO COXILHA, em Rosário do Sul/RS, 
conforme publicação no Boletim Interno nº 176, de 28 de setembro de 2015. 
Participou da OPERAÇÃO FRONTEIRA, em Chuí/RS, conforme 
publicação no Boletim Interno nº 199, de 04 de novembro de 2015. 
Participou da OPERAÇÃO CADEADO, em Rosário do Sul/RS, 
conforme publicação no Boletim Interno nº 202, de 09 de novembro de 2015. 
Realizou INSPEÇÃO DE SAÚDE, SENDO CONSIDERADO APTO 
“A”, conforme publicação no Boletim Interno nº 203, de 10 de novembro de 
2015. 
Realizou TESTE DE APTIDÃO DE TIRO COM FUZIL - TAT, em 
10 de novembro de 2015. 
No dia 18 de agosto de 2016, durante a realização do Teste de 
Aptidão Física (TAF), na oportunidade em que realizava o exercício de flexão de 
braço o autor sofreu acidente em serviço. Foi encaminhado para a 
traumatologia da FURG para tratamento, conforme registros na FICHA MÉDICA 
DA OM. 
Apesar da existência do registro do acidente na Ficha Médica 
junto à enfermaria da Organização Militar, o comando foi negligente ao não 
instaurar sindicância administrativa para apurar as circunstâncias do acidente 
sofrido. 
 
 
 
 
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 Mesmo com a eclosão da deformação do membro superior 
direito do autor durante a prestação do serviço militar, 
inacreditavelmente a administração militar, em Inspeção de Saúde, 
considerou o autor APTO “A”, conforme publicação no Boletim Interno nº 
238, de 29 de dezembro de 2017. 
Foi ilegalmente licenciado das fileiras do Exército a contar de 28 
de fevereiro de 2018, quando deveria ficar adido aguardando o processo 
administrativo de reforma militar. 
 
No dia 18 de agosto de 2016, durante a realização do Teste de 
Aptidão Física (TAF), na oportunidade em que realizava o exercício de flexão de 
braço o autor sofreu acidente em serviço. Foi encaminhado para a 
traumatologia da FURG para tratamento. 
A administração militar NÃO CONFECCIONOU A 
SINDICÂNCIA PARA APURAR O ACIDENTE SOFRIDO DURANTE 
EXPEDIENTE NO TESTE DE APTIDÃO FÍSICA. Vejamos abaixo o registro 
contido na Ficha Médica do autor junto à Organização Militar: Portanto, 
requer o autor a realização de prova testemunhal para oitiva das testemunhas 
que serão arroladas no momento oportuno, tudo com a Finalidade de 
comprovar o acidente em serviço sofrido, conforme anotações contidas na Ficha 
Médica do requerente junto à Organização Militar. 
 
DA NÃO INSTAURAÇÃO DE SINDICÂNCIA ADMINISTRATIVA 
PARA APURAR O ACIDENTE EM SERVIÇO SOFRIDO DURANTE A 
REALIZAÇÃO DO TESTE DE APTIDÃO FÍSICA (TAF) CONFORME 
REGISTROS CONSTANTES NA FICHA MÉDICA – NECESSIDADE 
DE PRODUÇÃO DE PROVA TESTEMUNHAL 
 
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O Estatuto dos Militares, Lei nº 6.880, de 09 de dezembro de 1980, 
estatui que: 
"Lei nº 6.880, de 09 de dezembro de 1980. 
.......................................... 
 
Art. 106 - A reforma, ex-officio, será aplicada ao militar que: 
.......................................... 
 
II - for julgado incapaz, definitivamente, para o serviço ativo das Forças 
Armadas; 
.......................................... 
 
Art. 108 - A incapacidade definitiva pode sobrevir em 
consequência de: 
.......................................... 
III – ACIDENTE EM SERVIÇO; 
IV – DOENÇA, MOLÉSTIA OU ENFERMIDADE ADQUIRIDA 
EM TEMPO DE PAZ, COM RELAÇÃO DE CAUSA E EFEITO 
A CONDIÇÕES INERENTES AO SERVIÇO; 
 
 
 
INCAPACIDADE DEFINITIVA PARA O SERVIÇO MILITAR - 
ACIDENTE EM SERVIÇO E LESÃO COM RELAÇÃO DE CAUSA COM 
O SERVIÇO MILITAR - ARTIGO 108, III E IV LEI Nº 
6.880/80/ESTATUTO DOS MILITARES 
 
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Assim, é obrigação da administração militar reformar e direito 
do servidor ser reformado, pois existe a previsão legal da reforma do militar 
por ter ele contraído INCAPACIDADE DEFINITIVA PARA O SERVIÇO MILITAR EM 
DECORRÊNCIA DE ACIDENTE EM SERVIÇO E LESÃO COM RELAÇÃO DE CAUSA 
E EFEITO COM AS ATIVIDADES CASTRENSES. 
Esta demanda ordinária visa reconhecer que o autor é portador 
de lesão incapacitante em seu membro superior direito, pretendendo por fim 
seja determinado pelo Juízo que seja reformado no serviço militar federal, a 
contar da data de sua exclusão (28/02/2018), na graduação de Terceiro 
Sargento, com proventos calculados sobre o soldo desta mesma graduação, 
condenando a Ré a pagar-lhe as remunerações impagas no período em que 
estiver ilegalmente licenciado, com os acréscimos e reflexos decorrentes. 
 
A posição jurisprudencial do e. TRF 4ª Região é uniforme no sentido de 
conceder o benefício ora pleiteado, como exemplo citamos: 
EMENTA: ADMINISTRATIVO. SERVIDOR MILITAR NÃO ESTÁVEL. ACIDENTE EM 
SERVIÇO. TRATAMENTO. INCAPACIDADE LABORAL PARCIAL E PERMANENTE. 
COMPROVAÇÃO. PROVA PERICIAL. REINTEGRAÇÃO E REFORMA. ACOLHIMENTO. 
SOLDO. MARCO INICIAL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. NÃO CABIMENTO. 1. Em 
razão da incapacidade definitiva para o exercício da atividade castrense, manifestada após sua 
integração às fileiras do Exército, decorrente de acidente em serviço, conforme constatado através 
de perícia médica, o autor possui direito à reforma, nos termos do art. 108, III, da Lei 6.880/80. 2. 
Considerando-se à existência um prognóstico laboral positivo, ao menos na vida civil, devido o soldo 
do mesmo posto ocupado na ativa. O militar tem direito de retornar à vida civil, senão nas mesmas 
condições de saúde que gozava ao ingressar no 
 
 
JURISPRUDÊNCIA – REFORMA POR ACIDENTE EM SERVIÇO E 
LESÃO COM RELAÇÃO DE CAUSA E EFEITO COM O SERVIÇO 
MILITAR – INCAPACIDADE DEFINITIVA PARA O SERVIÇO 
MILITAR - ARTIGO 108, III E IV LEI Nº 6.880/80/ESTATUTO 
DOS MILITARES 
 
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Exército, ao menos próximo a elas, descabendo, neste caso, análise discricionária da 
Administração. 3. Quanto ao marco inicial, é curial pela Turma que deva se assentar na data do 
indevido licenciamento, quando há, eis que daídecorrem os efeitos da anulação do ato 
administrativo. Execução do julgado deve observar os descontos legais obrigatórios, como 
reconhece a jurisprudência. 4. Quanto à indenização por danos morais, são de fato incontroversos 
os danos à saúde do militar, advindos do serviço. Inobstante, a Corporação Militar agiu de acordo 
com os padrões esperados, fornecendo tratamento à condição do autor, e não licenciando o militar 
sem os meios de prover seu próprio sustento, e dos seus. Logo, ausente o ilícito ensejador da 
indenização requerida. (TRF4 5000359- 19.2015.404.7103, TERCEIRA TURMA, Relator 
MARCUS HOLZ, juntado aos autos em 27/07/2016) 
EMENTA: ADMINISTRATIVO. MILITAR. MOLÉSTIA ACOMETIDA EM SERVIÇO. 
HÉRNIA DISCAL. INCAPACIDADE DEFINITIVA SOMENTE PARA ATIVIDADE 
MILITAR. REINTEGRAÇÃO. REFORMA. POSSIBILIDADE. SOLDO DO MESMO GRAU 
HIERÁRQUICO DA ATIVA. MARCO INICIAL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E 
ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA. NÃO CABIMENTO. 1. Em razão da incapacidade 
definitiva para o exercício da atividade castrense, manifestada após sua integração às fileiras do 
Exército, decorrente de moléstia acometida em serviço, conforme constatado através de perícia 
médica, o autor possui direito à reforma, nos termos do art. 108, IV, da Lei 6.880/80. 2. 
Considerando-se à existência um prognóstico laboral positivo, ao menos na vida civil, devido o 
soldo do mesmo posto ocupado na ativa. 3. Quanto ao marco inicial, deve ser assentado na data 
da perícia que comprovou a incapacidade e o direito, não havendo licenciamento do serviço ativo. 
Ficam autorizados os descontos legais cabíveis. 4. No caso, são incontroversos os danos à saúde 
do autor, advindos do Serviço. Porém, ausente comprovação de situação que excepcione o curial, 
impossível o reconhecimento da responsabilidade objetiva da Administração, nos termos da 
Constituição de 1988, por não haver configurada a hipótese de ilícito ensejador da compensação 
por dano extra-patrimonial. 5. Deve ser indeferido o pleito pela isenção do Imposto de Renda, posto 
que ausente a condição de invalidez do militar, pressuposto do amparo. (TRF4, AC 5000371-
41.2012.404.7102, TERCEIRA TURMA, Relator FERNANDO QUADROS DA SILVA, juntado aos 
autos em 11/09/2014) 
EMENTA: REJULGAMENTO. STJ. AFASTADA PRESCRIÇÃO DO FUNDO DE DIREITO. 
ADMINISTRATIVO. MILITAR TEMPORÁRIO. MOLÉSTIA ACOMETIDA DURANTE A 
CASERNA. HÉRNIA DE DISCO. INCAPACIDADE DEFINITIVA À ÉPOCA DO 
LICENCIAMENTO E SUPERVENIENTE, SOMENTE PARA ATIVIDADE MILITAR. 
REINTEGRAÇÃO. REFORMA. POSSIBILIDADE. SOLDO DO 
MESMO POSTO OCUPADO NA ATIVA. 1. Considerando o teor da decisão proferida no âmbito 
do Superior Tribunal de Justiça, afastando a prescrição do fundo de direito, cabe à Turma rejulgar 
a apelação interposta pela parte-autora, como determinado. 2. Em razão da incapacidade 
definitiva para o exercício da atividade castrense, manifestada após sua integração às fileiras do 
Exército, e reiterada de forma supervenientemente, decorrente de moléstia incapacitante, 
 
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conforme constatado através de perícia médica, o autor possui direito à reforma militar, nos 
termos do art. 108, III e IV, da Lei 6.880/80. 2. Considerando-se, porém, à existência um 
prognóstico laboral positivo, ao menos na vida civil, devido o soldo do posto ocupado na ativa. 3. 
O militar possui direito de retornar à vida civil, senão nas mesmas condições de saúde que gozava 
ao ingressar no Exército, ao menos próximo a elas, descabendo, neste caso, análise discricionária 
da Administração. (TRF4 5013387-39.2010.404.7100, TERCEIRA TURMA, Relator FERNANDO 
QUADROS DA SILVA, juntado aos autos em 02/05/2014) 
 
EMENTA: ADMINISTRATIVO. SERVIDOR MILITAR NÃO ESTÁVEL. ACIDENTE EM SERVIÇO. 
TRATAMENTO. INCAPACIDADE LABORAL PARCIAL E PERMANENTE. COMPROVAÇÃO. 
PROVA PERICIAL. REINTEGRAÇÃO E REFORMA. ACOLHIMENTO. SOLDO. MARCO 
INICIAL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. NÃO CABIMENTO. 1. Em razão da 
incapacidade definitiva para o exercício da atividade castrense, manifestada após sua integração às 
fileiras do Exército, decorrente de acidente em serviço, conforme constatado através de perícia 
médica, o autor possui direito à reforma, nos termos do art. 108, III, da Lei 6.880/80. 2. 
Considerando-se à existência um prognóstico laboral positivo, ao menos na vida civil, devido o soldo 
do mesmo posto ocupado na ativa. O militar tem direito de retornar à vida civil, senão nas mesmas 
condições de saúde que gozava ao ingressar no Exército, ao menos próximo a elas, descabendo, 
neste caso, análise discricionária da Administração. 3. Quanto ao marco inicial, é curial pela Turma 
que deva se assentar na data do indevido licenciamento, quando há, eis que daí decorrem os efeitos 
da anulação do ato administrativo. Execução do julgado deve observar os descontos legais 
obrigatórios, como reconhece a jurisprudência. 4. Quanto à indenização por danos morais, são de 
fato incontroversos os danos à saúde do militar, advindos do serviço. Inobstante, a Corporação 
Militar agiu de acordo com os padrões esperados, fornecendo tratamento à condição do autor, e 
não licenciando o militar sem os meios de prover seu próprio sustento, e dos seus. Logo, ausente 
o ilícito ensejador da indenização requerida. (TRF4 5003157- 75.2014.404.7009, TERCEIRA 
TURMA, Relator FERNANDO QUADROS DA SILVA, juntado aos autos em 15/06/2016) 
 
EMENTA: ADMINISTRATIVO. MILITAR. REFORMA. INCAPACIDADE DEFINITIVA PARA AS 
ATIVIDADES MILITARES. ACIDENTE EM SERVIÇO. ART. 106, II, C/C 108, III, TODOS DA LEI 
6.880/80. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E ESTÉTICOS. INCABÍVEL. AJUDA DE 
CUSTO. TRANSFERÊNCIA PARA A INATIVIDADE. VERBA DEVIDA 1. A prova dos autos se 
mostra suficiente para a verificação de que o autor, em decorrência de acidente em serviço, restou 
definitivamente incapaz para as atividades militares, de modo que faz jus à reforma, nos termos do 
disposto nos artigos 106, II, c/c 108, III, e 109, todos da Lei nº 6.880/80. 2. Os militares são regidos 
por legislação específica (Lei nº 6.880/80) que não prevê indenização por danos morais em 
decorrência de enfermidade adquirida pelo exercício do serviço militar, mas somente reforma 
remunerada. 3. Os danos estéticos não são cabíveis quando a lesão não acarretar deformidade 
aparente capaz de provocar repulsa a 
 
 
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terceiros. 4. A Medida Provisória nº 2.215/2001, em seu art. 3º, inciso XI, dispõe que a ajuda de 
custo é devida por ocasião de transferência para a inatividade remunerada, não impondo condição 
para o seu recebimento pelo militar. 5. Sentença parcialmente reformada. Recursos parcialmente 
providos. (TRF4, APELREEX 5083622-89.2014.404.7100, Terceira Turma, Relatora p/ Acórdão 
Marga Inge Barth Tessler, juntado aos autos em 07/04/2016) 
 
EMENTA: DIREITO ADMINISTRATIVO. MILITAR. ACIDENTE EM SERVIÇO. INCAPACIDADE 
PARA AS ATIVIDADES MILITARES. DIREITO À REFORMA. Sendo o militar incapaz definitivamente 
para as atividades do Exército em decorrência de acidente de serviço que o impossibilita de realizar 
grandes esforços físicos, faz ele jus à reforma remunerada com proventos calculados com base no 
soldo correspondente ao grau hierárquico ocupado na ativa. (TRF4, APELREEX 5009592-
77.2014.404.7102, Terceira Turma, Relator p/ Acórdão Ricardo Teixeira do Valle Pereira, juntado 
aos autos em 10/03/2016) 
 
A jurisprudência sobre o tema encontra-se pacificada no Superior 
Tribunal de Justiça: 
 
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. MILITAR. REFORMA. NEXO DE 
CAUSALIDADE ENTRE A ECLOSÃO DA DOENÇA INCAPACITANTE E O SERVIÇO 
MILITAR. DESNECESSIDADE. COMPROVAÇÃO DA INCAPACIDADE DEFINITIVA 
PARA AS ATIVIDADES MILITARES. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE PROVA. 
SÚMULA 7/STJ. 
1. A jurisprudência desta Corte é pacífica ao reconhecer que o militar, temporário ou de carreira, 
faz jus à reforma quando acometido de doençaincapacitante durante o período de prestação de 
serviço militar, sem necessidade de comprovação da existência de nexo causal entre a doença e a 
atividade desenvolvida. 
2. Ressalta-se que tal entendimento aplica-se também ao militar temporário, pois o instituto da 
estabilidade não possui nenhuma correspondência com instituto da reforma ex officio por 
incapacidade para o serviço. 
3. No caso dos autos, o tribunal de origem expressamente consignou que, consoante exposto no 
laudo pericial, a "perícia médica realizada no caso atestou que o autor apresenta Hérnia de disco 
cervical CID M50, doença que teria se iniciado durante o período em que prestava o serviço militar, 
sem possibilidade de cura" (fl. 209, e-STJ). 
4. Ao contrário do que alega a agravante, a Corte de origem decidiu que houve relação de causa e 
efeito entre a doença e o serviço prestado e também a impossibilidade de cura. Neste sentido, os 
argumentos contidos no agravo regimental não podem ser examinados, ante o óbice contido no 
enunciado da Súmula 7/STJ, verbis: "A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso 
especial." Agravo regimental improvido. 
(AgRg no AREsp 510.553/RS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado 
em 19/08/2014, DJe 18/09/2014) 
 
 
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O autor é portador de severa lesão incapacitante em seu membro 
superior direito, incapacidade essa eclodida em decorrência de acidente em 
serviço e lesão com relação de causa e efeito com as atividades 
militares. 
A legislação é clara no sentido de garantir ao autor a reforma 
militar. 
 
A perícia médica terá fator preponderante na situação de direito 
do autor. 
É de clareza solar o direito pleiteado, tudo decorrente das 
informações médicas percebidas, que efetivamente o autor está INCAPAZ 
DEFINITIVAMENTE PARA AS ATIVIDADES MILITARES, tendo em vista que é 
portador de severa lesão que a incapacita para o desempenho do serviço militar. 
Não possui as mínimas condições de exercer qualquer atividade 
tipicamente militar que exija esforço com o membro superior direito, tais como 
rapel, escaladas, flexão de barra, flexão de braço, dentre outras que 
exijam esforços físicos. 
Todavia, em caso de constatação de incapacidade temporária, o 
que parece um tanto quanto improvável, vez que a lesão portada é severa e 
limita funcionalmente o autor, resta como PEDIDO ALTERNATIVO, nas formas 
do art. 326, § único do novo CPC, o pedido de anulação do ato 
administrativo de licenciamento e a manutenção do autor na situação 
de ADIDO JUNTO A ADMINISTRAÇÃO MILITAR, ATÉ QUE ESTEJA 
 
PEDIDO ALTERNATIVO (art. 326, § único do novo CPC) – 
ANULAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO EM CASO DE 
INCAPACIDADE TEMPORÁRIA 
 
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PLENAMENTE RECUPERADO, GARANTINDO-LHE A 
REMUNERAÇÃO DEVIDA, TRATAMENTO MÉDICO E ALTERAÇÕES. 
Tal pedido alternativo fundamenta-se nas previsões legais do 
RISG – Regulamento Interno dos Serviços Gerais. 
 
Havendo situação de incapacidade, mesmo que temporária, 
cumpre à administração militar deixar de licenciar em decorrência da 
incapacidade, providenciando o tratamento médico até melhora e, 
posteriormente, estando apto de saúde, finalizar o processo com o 
licenciamento, entretanto, somente quando o administrado se encontrar apto 
de saúde. 
Em legislação administrativa da Instituição há a previsão legal 
acerca dos procedimentos administrativos ao caso de incapacidade física 
temporária, senão vejamos: 
Portaria 816 Cmt Ex de 19 de Dezembro de 2003 (RISG – 
Regulamento Interno dos Serviços Gerais): 
Seção III 
Da Incapacidade para o Serviço do Exército 
(...) 
Art. 430. O militar não estabilizado que, ao término do tempo 
de serviço militar a que se obrigou ou na data do licenciamento 
da última turma de sua classe, for considerado “incapaz 
temporariamente para o serviço do 
 Exército”, em inspeção de saúde, passará à situação de adido à 
sua unidade, para fins de alimentação, alterações e vencimentos, 
até que seja emitido um parecer definitivo, quando será 
licenciado, desincorporado ou reformado, conforme o caso. 
 
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§ 2º Emitido o parecer definitivo, o licenciamento ou a 
desincorporação ocorrerá até oito dias a contar da data da inspeção de saúde 
ou, no caso de baixado a hospital, a partir da efetivação da alta. 
 
Ademais, a Jurisprudência é uníssona acerca do tema, que assim 
define: 
 
EMENTA: ADMINISTRATIVO. SERVIDOR MILITAR. ACIDENTE EM SERVIÇO. 
INCAPACIDADE PARCIAL E TEMPORÁRIA. RELAÇÃO DE CAUSA E EFEITO. PERÍCIA 
MÉDICA. COMPROVAÇÃO. REINTEGRAÇÃO. TRATAMENTO DE SAÚDE. POSSIBILIDADE. 
SOLDO DO MESMO POSTO DA ATIVA. Na espécie, a lesão sofrida pelo autor é bem comprovada 
e de conhecimento da própria Administração, assim que, com relação à pretendida reintegração, 
impõe-se a anulação do ato administrativo que licenciou o requerente do serviço militar, com o 
reconhecimento do seu direito à sua reincorporação, na condição de agregado/adido, a fim de que 
haja o devido tratamento de saúde, até eventual recuperação, com a percepção do soldo afeto a sua 
patente, obedecidos os descontos legais cabíveis. Na hipótese, não se pode afastar o nexo de 
causalidade com as atividades militares, reputando-se o acidente como sendo em Serviço, para 
todos os fins. (TRF4, AC 5043214-22.2015.404.7100, TERCEIRA TURMA, Relator FERNANDO 
QUADROS DA SILVA, juntado aos autos em 05/04/2017) 
EMENTA: ADMINISTRATIVO. SERVIDOR MILITAR. MOLÉSTIA ECLODIDA DURANTE O 
SERVIÇO DA CASERNA. HÉRNIA DE DISCO ENTRE L4-L5. INCAPACIDADE PARCIAL E 
TEMPORÁRIA. ANULAÇÃO DO ATO DE LICENCIAMENTO. REINTEGRAÇÃO. 
CONDIÇÃO DE ADIDO. TRATAMENTO DE SAÚDE. SOLDO DO MESMO POSTO 
OCUPADO NA ATIVA. POSSIBILIDADE. 1. Na espécie, a lesão sofrida pelo autor é bem 
comprovada e de conhecimento da própria Administração, assim que, com relação à pretendida 
reintegração, impõe-se a anulação do ato administrativo que licenciou o requerente do serviço 
militar, com o reconhecimento do seu direito à sua reincorporação, na condição de adido, a fim 
de que haja o devido tratamento de saúde, inclusive cirúrgico, até eventual recuperação. 2. Não 
sendo atestado que a incapacidade é definitiva, tem-se que o militar tem o direito de ser 
inicialmente submetido a tratamento de saúde, por até um ano, conforme teor dos art. 82, I; e 
art. 50, IV, "e", da Lei 6.880/80. 3. Devido, igualmente, o restabelecimento do soldo que auferia 
no posto que ocupava na ativa, desde o provimento da medida, observados os descontos legais 
sobre os proventos. 4. Quanto ao marco inicial, é usual pela Turma que deva ser assentado na 
data do indevido licenciamento, eis que daí decorrem os efeitos da anulação do ato 
administrativo, posto que sua desincorporação fora levada a efeito de modo equivocado. 
(TRF4, APELREEX 5002130- 37.2012.404.7103, TERCEIRA TURMA, Relator FERNANDO 
QUADROS DA SILVA, juntado aos autos em 18/09/2014) 
 
 
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EMENTA: ADMINISTRATIVO. MILITAR. INCAPACIDADE TEMPORÁRIA. DIREITO À 
REINTEGRAÇÃO. DANOS MATERIAIS. CABIMENTO. DANOS MORAIS. IMPOSSIBILIDADE. JUROS 
E CORREÇÃO MONETÁRIA DIFERIDOS. 1. A prova dos autos se mostra suficiente para a 
verificação de que o autor, em decorrência de lesão adquirida em atividade militar, restou 
temporariamente inválido para as atividades castrenses, de modo que faz jus à reintegração 
até a sua recuperação, nos termos do art. 106, II, c/c art. 108, IV, todos da Lei 6.880/80. 2. A 
responsabilidade civil do Estado é objetiva, na qual se encaixa o pedido do autor, dispõe o art. 
37, § 6º da CF/88, consagrando a teoria do risco administrativo. Comprovados os gastos com 
despesas médicas para tratamento de lesão ocorrida na Caserna, a condenação da União ao 
ressarcimento é medidade ordem. 3. Os militares são regidos por legislação específica (Lei nº 
6.880/80) que não prevê indenização por danos morais em decorrência de enfermidade 
adquirida pelo exercício do serviço militar, mas somente reforma remunerada. 4. O exame dos 
juros e da correção monetária sobre o valor da condenação deve ser diferido para a fase de 
execução da sentença, conforme esta 3ª Turma decidiu na Questão de Ordem nº 0019958-
57.2009.404.7000/PR, julgada em 10/12/2014. 5. Apesar de haver sucumbência por ambas as 
partes, a União sucumbiu em maior parte, devendo arcar com os honorários advocatícios. 
(TRF4, APELREEX 5000022-25.2014.404.7116, Terceira Turma, Relatora p/ Acórdão Marga Inge 
Barth Tessler, juntado aos autos em 05/05/2016) 
EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. ANTECIPAÇÃO 
DE TUTELA. MILITAR TEMPORÁRIO. TRATAMENTO MÉDICO. REINTEGRAÇÃO. CONDIÇÃO DE 
ADIDO. O militar temporário que teve moléstia/acidente durante a permanência na caserna 
faz jus à reintegração, na condição de adido, para receber tratamento médico adequado até 
sua cura ou estabilização do quadro de saúde, com o objetivo de recuperar sua plena 
capacidade laborativa, e tem direito aos soldos correspondentes ao último posto que ocupava 
ao ser excluído, devidos desde a data da indevida exclusão. (TRF4, AG 5005060-
55.2016.404.0000, Terceira Turma, Relatora p/ Acórdão Maria Isabel Pezzi Klein, juntado aos 
autos em 13/04/2016) 
EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR 
MILITAR TEMPORÁRIO. INCAPACIDADE PARCIAL E TEMPORÁRIA. REINTEGRAÇÃO PARA FINS 
DE TRATAMENTO DE SAÚDE. PRECEDENTES. - Caracterizada a eclosão da moléstia/acidente 
durante o período na caserna, ainda que sem relação com o serviço, faz jus o militar temporário 
à reintegração como agregado para receber tratamento médico adequado até sua cura ou 
estabilização da condição. Precedentes desta Corte. 
- A Administração Militar deve devolver o militar à vida civil nas mesmas condições de saúde 
que possuía quando fora incorporado, sendo ilegal o ato de licença de militar acometido por 
 
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incapacidade temporário. (TRF4, AG 5002075-16.2016.404.0000, Terceira Turma, Relator p/ 
Acórdão Ricardo Teixeira do Valle Pereira, juntado aos autos em 10/03/2016) 
Todavia, frise-se que o pedido acima é alternativo, vez que em 
verdade o autor encontra-se INCAPAZ DEFINITIVAMENTE PARA O SERVIÇO DO 
EXÉRCITO, COM DIFICULDADES em sua recolocação no mercado de trabalho, 
NECESSITANDO A CONTINUIDADE DE SEU TRATAMENTO MÉDICO, conforme 
amplamente documentado. 
 
 
1) Nos termos do parágrafo 5º do artigo 334 do novo Código de 
Processo Civil, informa o autor que NÃO POSSUI INTERESSE NA 
AUTOCOMPOSIÇÃO; 
 
2) A concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita, 
nos termos da Lei nº 1.060/50, uma vez que o autor não possui condições 
financeiras de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem 
prejuízo da subsistência própria ou familiar, nomeando o profissional que a esta 
subscreve como seu patrono; 
 
3) A citação da União para contestar, querendo, no prazo legal, 
bem como cumprir e fazer cumprir a antecipação da tutela; 
 
4) A produção de todo o gênero de provas em direito 
admitidas, notadamente pericial, testemunhal e documental; 
 
5) O julgamento de procedência da ação, determinando seja o 
autor reformado no serviço militar federal, a contar da data em que ocorreu a 
sua exclusão (28/02/2018), na graduação e remuneração de Terceiro Sargento, 
 
 DOS PEDIDOS 
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com direitos, deveres e prerrogativas desta, condenando, ainda, a ré a pagar-lhe 
as remunerações devidas no período em que esteve ilegalmente licenciado, com 
os acréscimos e reflexos decorrentes, sendo os juros legais a contar do evento 
danoso (licenciamento) no patamar de 6% aa.; 
 
6) Pedido alternativo, em caso de incapacidade temporária, 
a anulação do ato administrativo de licenciamento, reconhecendo a ilegalidade 
da atuação administrativa, determinando a reintegração do autor até que 
este reste completamente apto de saúde ou posterior reforma, 
anulando-se o ato administrativo a contar da data em que ocorreu o seu ilegal 
licenciamento das fileiras do Exército (28/02/2018), com proventos de Terceiro 
Sargento, com direitos, deveres e prerrogativas deste, condenando, ainda, a 
Ré a pagar-lhe as remunerações devidas no período em que esteve licenciado, 
atualizadas monetariamente e acrescida de juros legais, a contar do 
licenciamento; 
 
7) A condenação da Ré, também, às custas e honorários 
advocatícios, estes na proporção de 20% da condenação, conforme art. 85, 
§3º, inciso I do Novo Código de Processo Civil. 
 
Dá-se à causa o valor provisório de R$ 61.500,00*. 
*(Parcelas: 03 vencidas + 12 vincendas de 3º Sargento: 15 parcelas x R$ 4.100,00) 
 
Nestes termos, pede e espera deferimento. 
 
Rio Grande/RS, 15 de maio de 2018.

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