Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Professora Alessandra Minaré www.alessandraminare.com.br Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) Federal da Vara Cível da Seção Judiciária de Rio Grande/RS FULANO DE TAL, brasileiro, solteiro, carteira de identidade nº XXXXXXXXXXXX, CPF nº XXXXXXXXXXXXXXX, residente e domiciliado na Rua XXXXXXXXXX, nº XXXXX, Bairro XXXXXXXX, CEP XXXXXXXXX, na cidade de XXXXXXXXXX, vem a presença de V. Exa., por intermédio de seus procuradores firmatários e constituídos propor AÇÃO ORDINÁRIA DE REFORMA MILITAR E ANULAÇÃO DE ATO ADMINISTRATIVO CONTRA A UNIÃO FEDERAL (COMANDO DO EXÉRCITO), pelos fatos, fundamentos e pedidos a seguir expostos: Professora Alessandra Minaré www.alessandraminare.com.br PREÂMBULO FÁTICO: O autor era Sargento do Exército Brasileiro, servindo no 6º Grupo de Artilharia na cidade de Rio Grande/RS. Incorporou no ano de 2012, apto para serviço após passar por diversas inspeções de saúde pela junta médica castrense de seleção de conscritos para o serviço militar. Possui histórico de trauma no úmero do membro superior direito aos 03 (três) anos de idade. Na oportunidade em que foi incorporado ao Exército não possuía deformidade no membro. No decorrer do serviço militar, devido à grande intensidade das atividades físicas militares, mais precisamente os exercícios de barra fixa e flexão de braço, exercícios esses previstos no Teste de Aptidão Física – TAF e executados diariamente durante o Treinamento Físico Militar - TFM, constatou que seu membro superior direito começou a sofrer grande deformação (“entortar”), conforme fotografias em anexo. Não bastasse tal situação, no dia 18 de agosto de 2016 o autor sofreu acidente em serviço durante a realização do exercício flexão de braço no Teste de Aptidão Física- TAF, oportunidade que foi encaminhado à FURG para atendimento médico, conforme registros da Ficha Médica em anexo. O autor foi ilegalmente licenciado no dia 28 de fevereiro de 2018 portando incapacidade definitiva para o serviço militar oriunda de acidente em serviço e lesão com relação de causa e efeito com as atividades militares, conforme prevê o artigo 108, III e IV do Estatuto dos Militares. ANEXO DO EXAME: Em flagrante afronta ao Estatuto dos Militares, bem como a legislação castrense que disciplina a matéria, a administração militar licenciou ilegalmente o autor no dia 28 de fevereiro de 2018. ANEXO DOS REGISTROS FOTOGRÁFICOS ABAIXO: Atualmente, caso o autor se apresentasse na Junta de Serviço Militar com essa deformação, certamente seria impedido de ingressar nas fileiras do Exército. Se não pode incorporar, muito menos não deveria ser licenciado. DAS DIVERSAS INSPEÇÕES DE SAÚDE REALIZADAS PELO EXÉRCITO BRASILEIRO NOS CONSCRITOS ANTES DA INCORPORAÇÃO NA FORÇA TERRESTRE – O AUTOR, COM A DEFORMIDADE PORTADA ATUALMENTE, CERTAMENTE NÃO SERIA INCORPORADO – NÃO PORTAVA DEFORMAÇÃO NA DATA DA INCORPORAÇÃO Professora Alessandra Minaré www.alessandraminare.com.br Quando da seleção para ingresso nas forças armadas, os conscritos ou voluntários para o serviço militar, passam pelas seguintes inspeções, conforme reza o DECRETO Nº 60.822, DE 7 DE JUNHO DE 1967: (...) Oportunidades das Inspeções de Saúde: As oportunidades das inspeções de saúde de conscritos são nas Seleções de “Triagem”, “Geral”, “Suplementar” e “Complementar”. 3.1. “Seleção de Triagem” que deverá ser realizada, obrigatoriamente, pela Força, na ocasião do alistamento; tem por objetivo principal o afastamento imediato dos portadores de lesão, defeito físico ou doença incurável, da seleção geral, do conscrito notoriamente incapaz para o Serviço Militar. 3.2. “Seleção Geral” da classe, realizada pelas três Forças, no 2º semestre do ano que precede ao da incorporação ou matrícula, com o objetivo de indicar os conscritos que melhor atendam aos “Contingentes-tipo” solicitados pelas Organizações Militares. A “Seleção Geral” encara com maior rigor a inspeção de saúde, abordando, todavia, os aspectos cultural, psicológico e moral, no que for necessário, para determinação do “Contingente-tipo” desejado pelas Organizações; 3.3. “Seleção Suplementar” da classe, realizada na mesma época da apresentação para incorporação ou matrícula, é considerada uma Segunda chamada da “Seleção Geral” pelo que funciona em apenas alguns dos PR (Pontos de Reunião de Convocados) da anterior “Seleção Geral”. Tem o objetivo de atender os faltosos da “Seleção Geral”, os “B-1” recuperados e os “em débito com o Serviço Militar”, assim como, no Exército os excedentes da Marinha e Aeronáutica, que não tiverem sido apresentados na época prevista, para receber “destino”. Professora Alessandra Minaré www.alessandraminare.com.br Professora Alessandra Minaré www.alessandraminare.com.br 3.4. “Seleção Complementar” para a incorporação ou matrícula é realizada normalmente na semana que antecede a incorporação ou matrícula, e consta de uma revisão e complementação da inspeção de saúde dos conscritos, de provas físicas e de uma revisão e complementação da inspeção de saúde dos conscritos, de provas físicas e de uma verificação mais rigorosa dos aspectos cultural, psicológico e moral, a critério do Comandante, Chefe ou Diretor de Organização que vai incorporar ou matricular, mas regulada pelo Comandante de RM, da “Seleção Complementar”, resultará a formação de “grupos homogêneos de indivíduos” para o emprego na Organização Militar. O médico de educação física com especialidade de medicina desportiva concorrerá para a formação desses grupos sob o “aspecto físico-sanitário” do indivíduo (perfil físico). (...) Antes de ingressar no Exército Brasileiro o autor nunca tinha realizado atividades físicas em nível tão elevado como as desenvolvidas na caserna. Em resumo, o autor nunca tinha passado por exercícios físicos dessa magnitude conforme cabalmente documentado. Portanto, não pode o Exército recrutar um jovem saudável para a prestação do serviço militar e simplesmente após usufruir da força de trabalho licenciar o cidadão carente de tratamento médico após eclosão de lesão em decorrência das atividades militares. É de clareza solar a incapacidade física portada pelo autor, devidamente diagnosticada através de exames de imagem em anexo e registros fotográficos. Portanto, necessita ser inspecionado por médico perito indicado por esse juízo, tudo com a finalidade de comprovar a incapacidade definitivamente para as atividades militares. DOS FATOS – BREVE HISTÓRICO MILITAR O autor incorporou no dia 1º de março de 2012 ao Exército Brasileiro junto ao quartel do 6º Grupo de Artilharia de Campanha na cidade Professora Alessandra Minaré www.alessandraminare.com.br de Rio Grande/RS, ocasião em que foi submetido a várias inspeções de saúde, sendo considerado como “APTO DE SAÚDE PARA O SERVIÇO MILITAR”. Importantíssimo destacar que mesmo antes da incorporação, no período de seleção de conscritos para as forças armadas, o autor passou por 04 (quatro) inspeções de saúde, quais sejam: 1º SELEÇÃO DE TRIAGEM; 2º SELEÇÃO GERAL; 3º SELEÇÃO SUPLEMENTAR E 4º SELEÇÃO COMPLEMENTAR, tudo isso em conformidade com o Decreto nº 60.822, de 7 de junho de 1967. No decorrer de sua atividade militar o autor desempenhou diversas funções operacionais de combatente do Exército Nacional, entre eles destacam-se: marchas de 8 Km, 12 Km, tiro com fuzil e pistola, acampamentos, treinamento físico de alto desempenho, de segundas a quintas-feiras durante todo o período do serviço militar. Participou da OPERAÇÃO ÁGATA, Chuí/RS, conforme publicação no Boletim Interno nº 149, de 08 dejulho de 2012. Participou das OPERAÇÕES JACUÍ VI E FARROUPILHA, em Rosário do Sul/RS, conforme publicação no Boletim Interno nº 187, de 03 de outubro de 2012. Participou da OPERAÇÃO FRONTEIRA SUL II, em Santa Vitória do Palmar/RS e Chuí/RS, conforme publicação no Boletim Interno nº 199, de 22 de julho de 2012. Realizou o TIRO TÉCNICO, em General Câmara/RS, conforme publicação no Boletim Interno nº 211, de 08 de novembro de 2012. Professora Alessandra Minaré www.alessandraminare.com.br Realizou INSPEÇÃO DE SAÚDE, SENDO CONSIDERADO APTO “A”, conforme publicação no Boletim Interno nº 224, de 29 de novembro de 2012. Participou da OPERAÇÃO ÁGATA 2013, Chuí/RS, conforme publicação no Boletim Interno nº 176, de 17 de setembro de 2013. Participou da OPERAÇÃO JACUÍ VII, em Rosário do Sul/RS, conforme publicação no Boletim Interno nº 198, de 21 de outubro de 2013. Realizou INSPEÇÃO DE SAÚDE, SENDO CONSIDERADO APTO “A”, conforme publicação no Boletim Interno nº 199, de 22 de outubro de 2013. Participou da OPERAÇÃO FRONTEIRA SUL II, em Rio Grande/RS, conforme publicação no Boletim Interno nº 213, de 11 de novembro de 2013. Foi PROMOVIDO À GRADUAÇÃO DE CABO, conforme publicação no Boletim Interno nº 038, de 24 de fevereiro de 2014. Participou da OPERAÇÃO ÁGATA VIII, Chuí/RS, conforme publicação no Boletim Interno nº 095, de 27 de maio de 2014. Participou da OPERAÇÃO COXILHA/IBICUÍ, em Rosário do Sul/RS, conforme publicação no Boletim Interno nº 187, de 14 de outubro de 2014. Foi PROMOVIDO À GRADUAÇÃO DE 3º SARGENTO, conforme publicação no Boletim Interno nº 204, de 06 de novembro de 2014. Professora Alessandra Minaré www.alessandraminare.com.br Participou da OPERAÇÃO FRONTEIRA, em Chuí/RS, conforme publicação no Boletim Interno nº 218, de 27 de novembro de 2014. Participou da OPERAÇÃO COXILHA, em Rosário do Sul/RS, conforme publicação no Boletim Interno nº 176, de 28 de setembro de 2015. Participou da OPERAÇÃO FRONTEIRA, em Chuí/RS, conforme publicação no Boletim Interno nº 199, de 04 de novembro de 2015. Participou da OPERAÇÃO CADEADO, em Rosário do Sul/RS, conforme publicação no Boletim Interno nº 202, de 09 de novembro de 2015. Realizou INSPEÇÃO DE SAÚDE, SENDO CONSIDERADO APTO “A”, conforme publicação no Boletim Interno nº 203, de 10 de novembro de 2015. Realizou TESTE DE APTIDÃO DE TIRO COM FUZIL - TAT, em 10 de novembro de 2015. No dia 18 de agosto de 2016, durante a realização do Teste de Aptidão Física (TAF), na oportunidade em que realizava o exercício de flexão de braço o autor sofreu acidente em serviço. Foi encaminhado para a traumatologia da FURG para tratamento, conforme registros na FICHA MÉDICA DA OM. Apesar da existência do registro do acidente na Ficha Médica junto à enfermaria da Organização Militar, o comando foi negligente ao não instaurar sindicância administrativa para apurar as circunstâncias do acidente sofrido. Professora Alessandra Minaré www.alessandraminare.com.br Mesmo com a eclosão da deformação do membro superior direito do autor durante a prestação do serviço militar, inacreditavelmente a administração militar, em Inspeção de Saúde, considerou o autor APTO “A”, conforme publicação no Boletim Interno nº 238, de 29 de dezembro de 2017. Foi ilegalmente licenciado das fileiras do Exército a contar de 28 de fevereiro de 2018, quando deveria ficar adido aguardando o processo administrativo de reforma militar. No dia 18 de agosto de 2016, durante a realização do Teste de Aptidão Física (TAF), na oportunidade em que realizava o exercício de flexão de braço o autor sofreu acidente em serviço. Foi encaminhado para a traumatologia da FURG para tratamento. A administração militar NÃO CONFECCIONOU A SINDICÂNCIA PARA APURAR O ACIDENTE SOFRIDO DURANTE EXPEDIENTE NO TESTE DE APTIDÃO FÍSICA. Vejamos abaixo o registro contido na Ficha Médica do autor junto à Organização Militar: Portanto, requer o autor a realização de prova testemunhal para oitiva das testemunhas que serão arroladas no momento oportuno, tudo com a Finalidade de comprovar o acidente em serviço sofrido, conforme anotações contidas na Ficha Médica do requerente junto à Organização Militar. DA NÃO INSTAURAÇÃO DE SINDICÂNCIA ADMINISTRATIVA PARA APURAR O ACIDENTE EM SERVIÇO SOFRIDO DURANTE A REALIZAÇÃO DO TESTE DE APTIDÃO FÍSICA (TAF) CONFORME REGISTROS CONSTANTES NA FICHA MÉDICA – NECESSIDADE DE PRODUÇÃO DE PROVA TESTEMUNHAL Professora Alessandra Minaré www.alessandraminare.com.br O Estatuto dos Militares, Lei nº 6.880, de 09 de dezembro de 1980, estatui que: "Lei nº 6.880, de 09 de dezembro de 1980. .......................................... Art. 106 - A reforma, ex-officio, será aplicada ao militar que: .......................................... II - for julgado incapaz, definitivamente, para o serviço ativo das Forças Armadas; .......................................... Art. 108 - A incapacidade definitiva pode sobrevir em consequência de: .......................................... III – ACIDENTE EM SERVIÇO; IV – DOENÇA, MOLÉSTIA OU ENFERMIDADE ADQUIRIDA EM TEMPO DE PAZ, COM RELAÇÃO DE CAUSA E EFEITO A CONDIÇÕES INERENTES AO SERVIÇO; INCAPACIDADE DEFINITIVA PARA O SERVIÇO MILITAR - ACIDENTE EM SERVIÇO E LESÃO COM RELAÇÃO DE CAUSA COM O SERVIÇO MILITAR - ARTIGO 108, III E IV LEI Nº 6.880/80/ESTATUTO DOS MILITARES Professora Alessandra Minaré www.alessandraminare.com.br Professora Alessandra Minaré www.alessandraminare.com.br Assim, é obrigação da administração militar reformar e direito do servidor ser reformado, pois existe a previsão legal da reforma do militar por ter ele contraído INCAPACIDADE DEFINITIVA PARA O SERVIÇO MILITAR EM DECORRÊNCIA DE ACIDENTE EM SERVIÇO E LESÃO COM RELAÇÃO DE CAUSA E EFEITO COM AS ATIVIDADES CASTRENSES. Esta demanda ordinária visa reconhecer que o autor é portador de lesão incapacitante em seu membro superior direito, pretendendo por fim seja determinado pelo Juízo que seja reformado no serviço militar federal, a contar da data de sua exclusão (28/02/2018), na graduação de Terceiro Sargento, com proventos calculados sobre o soldo desta mesma graduação, condenando a Ré a pagar-lhe as remunerações impagas no período em que estiver ilegalmente licenciado, com os acréscimos e reflexos decorrentes. A posição jurisprudencial do e. TRF 4ª Região é uniforme no sentido de conceder o benefício ora pleiteado, como exemplo citamos: EMENTA: ADMINISTRATIVO. SERVIDOR MILITAR NÃO ESTÁVEL. ACIDENTE EM SERVIÇO. TRATAMENTO. INCAPACIDADE LABORAL PARCIAL E PERMANENTE. COMPROVAÇÃO. PROVA PERICIAL. REINTEGRAÇÃO E REFORMA. ACOLHIMENTO. SOLDO. MARCO INICIAL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. NÃO CABIMENTO. 1. Em razão da incapacidade definitiva para o exercício da atividade castrense, manifestada após sua integração às fileiras do Exército, decorrente de acidente em serviço, conforme constatado através de perícia médica, o autor possui direito à reforma, nos termos do art. 108, III, da Lei 6.880/80. 2. Considerando-se à existência um prognóstico laboral positivo, ao menos na vida civil, devido o soldo do mesmo posto ocupado na ativa. O militar tem direito de retornar à vida civil, senão nas mesmas condições de saúde que gozava ao ingressar no JURISPRUDÊNCIA – REFORMA POR ACIDENTE EM SERVIÇO E LESÃO COM RELAÇÃO DE CAUSA E EFEITO COM O SERVIÇO MILITAR – INCAPACIDADE DEFINITIVA PARA O SERVIÇO MILITAR - ARTIGO 108, III E IV LEI Nº 6.880/80/ESTATUTO DOS MILITARES Professora Alessandra Minaré www.alessandraminare.com.br Exército, ao menos próximo a elas, descabendo, neste caso, análise discricionária da Administração. 3. Quanto ao marco inicial, é curial pela Turma que deva se assentar na data do indevido licenciamento, quando há, eis que daídecorrem os efeitos da anulação do ato administrativo. Execução do julgado deve observar os descontos legais obrigatórios, como reconhece a jurisprudência. 4. Quanto à indenização por danos morais, são de fato incontroversos os danos à saúde do militar, advindos do serviço. Inobstante, a Corporação Militar agiu de acordo com os padrões esperados, fornecendo tratamento à condição do autor, e não licenciando o militar sem os meios de prover seu próprio sustento, e dos seus. Logo, ausente o ilícito ensejador da indenização requerida. (TRF4 5000359- 19.2015.404.7103, TERCEIRA TURMA, Relator MARCUS HOLZ, juntado aos autos em 27/07/2016) EMENTA: ADMINISTRATIVO. MILITAR. MOLÉSTIA ACOMETIDA EM SERVIÇO. HÉRNIA DISCAL. INCAPACIDADE DEFINITIVA SOMENTE PARA ATIVIDADE MILITAR. REINTEGRAÇÃO. REFORMA. POSSIBILIDADE. SOLDO DO MESMO GRAU HIERÁRQUICO DA ATIVA. MARCO INICIAL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA. NÃO CABIMENTO. 1. Em razão da incapacidade definitiva para o exercício da atividade castrense, manifestada após sua integração às fileiras do Exército, decorrente de moléstia acometida em serviço, conforme constatado através de perícia médica, o autor possui direito à reforma, nos termos do art. 108, IV, da Lei 6.880/80. 2. Considerando-se à existência um prognóstico laboral positivo, ao menos na vida civil, devido o soldo do mesmo posto ocupado na ativa. 3. Quanto ao marco inicial, deve ser assentado na data da perícia que comprovou a incapacidade e o direito, não havendo licenciamento do serviço ativo. Ficam autorizados os descontos legais cabíveis. 4. No caso, são incontroversos os danos à saúde do autor, advindos do Serviço. Porém, ausente comprovação de situação que excepcione o curial, impossível o reconhecimento da responsabilidade objetiva da Administração, nos termos da Constituição de 1988, por não haver configurada a hipótese de ilícito ensejador da compensação por dano extra-patrimonial. 5. Deve ser indeferido o pleito pela isenção do Imposto de Renda, posto que ausente a condição de invalidez do militar, pressuposto do amparo. (TRF4, AC 5000371- 41.2012.404.7102, TERCEIRA TURMA, Relator FERNANDO QUADROS DA SILVA, juntado aos autos em 11/09/2014) EMENTA: REJULGAMENTO. STJ. AFASTADA PRESCRIÇÃO DO FUNDO DE DIREITO. ADMINISTRATIVO. MILITAR TEMPORÁRIO. MOLÉSTIA ACOMETIDA DURANTE A CASERNA. HÉRNIA DE DISCO. INCAPACIDADE DEFINITIVA À ÉPOCA DO LICENCIAMENTO E SUPERVENIENTE, SOMENTE PARA ATIVIDADE MILITAR. REINTEGRAÇÃO. REFORMA. POSSIBILIDADE. SOLDO DO MESMO POSTO OCUPADO NA ATIVA. 1. Considerando o teor da decisão proferida no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, afastando a prescrição do fundo de direito, cabe à Turma rejulgar a apelação interposta pela parte-autora, como determinado. 2. Em razão da incapacidade definitiva para o exercício da atividade castrense, manifestada após sua integração às fileiras do Exército, e reiterada de forma supervenientemente, decorrente de moléstia incapacitante, Professora Alessandra Minaré www.alessandraminare.com.br conforme constatado através de perícia médica, o autor possui direito à reforma militar, nos termos do art. 108, III e IV, da Lei 6.880/80. 2. Considerando-se, porém, à existência um prognóstico laboral positivo, ao menos na vida civil, devido o soldo do posto ocupado na ativa. 3. O militar possui direito de retornar à vida civil, senão nas mesmas condições de saúde que gozava ao ingressar no Exército, ao menos próximo a elas, descabendo, neste caso, análise discricionária da Administração. (TRF4 5013387-39.2010.404.7100, TERCEIRA TURMA, Relator FERNANDO QUADROS DA SILVA, juntado aos autos em 02/05/2014) EMENTA: ADMINISTRATIVO. SERVIDOR MILITAR NÃO ESTÁVEL. ACIDENTE EM SERVIÇO. TRATAMENTO. INCAPACIDADE LABORAL PARCIAL E PERMANENTE. COMPROVAÇÃO. PROVA PERICIAL. REINTEGRAÇÃO E REFORMA. ACOLHIMENTO. SOLDO. MARCO INICIAL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. NÃO CABIMENTO. 1. Em razão da incapacidade definitiva para o exercício da atividade castrense, manifestada após sua integração às fileiras do Exército, decorrente de acidente em serviço, conforme constatado através de perícia médica, o autor possui direito à reforma, nos termos do art. 108, III, da Lei 6.880/80. 2. Considerando-se à existência um prognóstico laboral positivo, ao menos na vida civil, devido o soldo do mesmo posto ocupado na ativa. O militar tem direito de retornar à vida civil, senão nas mesmas condições de saúde que gozava ao ingressar no Exército, ao menos próximo a elas, descabendo, neste caso, análise discricionária da Administração. 3. Quanto ao marco inicial, é curial pela Turma que deva se assentar na data do indevido licenciamento, quando há, eis que daí decorrem os efeitos da anulação do ato administrativo. Execução do julgado deve observar os descontos legais obrigatórios, como reconhece a jurisprudência. 4. Quanto à indenização por danos morais, são de fato incontroversos os danos à saúde do militar, advindos do serviço. Inobstante, a Corporação Militar agiu de acordo com os padrões esperados, fornecendo tratamento à condição do autor, e não licenciando o militar sem os meios de prover seu próprio sustento, e dos seus. Logo, ausente o ilícito ensejador da indenização requerida. (TRF4 5003157- 75.2014.404.7009, TERCEIRA TURMA, Relator FERNANDO QUADROS DA SILVA, juntado aos autos em 15/06/2016) EMENTA: ADMINISTRATIVO. MILITAR. REFORMA. INCAPACIDADE DEFINITIVA PARA AS ATIVIDADES MILITARES. ACIDENTE EM SERVIÇO. ART. 106, II, C/C 108, III, TODOS DA LEI 6.880/80. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E ESTÉTICOS. INCABÍVEL. AJUDA DE CUSTO. TRANSFERÊNCIA PARA A INATIVIDADE. VERBA DEVIDA 1. A prova dos autos se mostra suficiente para a verificação de que o autor, em decorrência de acidente em serviço, restou definitivamente incapaz para as atividades militares, de modo que faz jus à reforma, nos termos do disposto nos artigos 106, II, c/c 108, III, e 109, todos da Lei nº 6.880/80. 2. Os militares são regidos por legislação específica (Lei nº 6.880/80) que não prevê indenização por danos morais em decorrência de enfermidade adquirida pelo exercício do serviço militar, mas somente reforma remunerada. 3. Os danos estéticos não são cabíveis quando a lesão não acarretar deformidade aparente capaz de provocar repulsa a Professora Alessandra Minaré www.alessandraminare.com.br terceiros. 4. A Medida Provisória nº 2.215/2001, em seu art. 3º, inciso XI, dispõe que a ajuda de custo é devida por ocasião de transferência para a inatividade remunerada, não impondo condição para o seu recebimento pelo militar. 5. Sentença parcialmente reformada. Recursos parcialmente providos. (TRF4, APELREEX 5083622-89.2014.404.7100, Terceira Turma, Relatora p/ Acórdão Marga Inge Barth Tessler, juntado aos autos em 07/04/2016) EMENTA: DIREITO ADMINISTRATIVO. MILITAR. ACIDENTE EM SERVIÇO. INCAPACIDADE PARA AS ATIVIDADES MILITARES. DIREITO À REFORMA. Sendo o militar incapaz definitivamente para as atividades do Exército em decorrência de acidente de serviço que o impossibilita de realizar grandes esforços físicos, faz ele jus à reforma remunerada com proventos calculados com base no soldo correspondente ao grau hierárquico ocupado na ativa. (TRF4, APELREEX 5009592- 77.2014.404.7102, Terceira Turma, Relator p/ Acórdão Ricardo Teixeira do Valle Pereira, juntado aos autos em 10/03/2016) A jurisprudência sobre o tema encontra-se pacificada no Superior Tribunal de Justiça: ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. MILITAR. REFORMA. NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE A ECLOSÃO DA DOENÇA INCAPACITANTE E O SERVIÇO MILITAR. DESNECESSIDADE. COMPROVAÇÃO DA INCAPACIDADE DEFINITIVA PARA AS ATIVIDADES MILITARES. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE PROVA. SÚMULA 7/STJ. 1. A jurisprudência desta Corte é pacífica ao reconhecer que o militar, temporário ou de carreira, faz jus à reforma quando acometido de doençaincapacitante durante o período de prestação de serviço militar, sem necessidade de comprovação da existência de nexo causal entre a doença e a atividade desenvolvida. 2. Ressalta-se que tal entendimento aplica-se também ao militar temporário, pois o instituto da estabilidade não possui nenhuma correspondência com instituto da reforma ex officio por incapacidade para o serviço. 3. No caso dos autos, o tribunal de origem expressamente consignou que, consoante exposto no laudo pericial, a "perícia médica realizada no caso atestou que o autor apresenta Hérnia de disco cervical CID M50, doença que teria se iniciado durante o período em que prestava o serviço militar, sem possibilidade de cura" (fl. 209, e-STJ). 4. Ao contrário do que alega a agravante, a Corte de origem decidiu que houve relação de causa e efeito entre a doença e o serviço prestado e também a impossibilidade de cura. Neste sentido, os argumentos contidos no agravo regimental não podem ser examinados, ante o óbice contido no enunciado da Súmula 7/STJ, verbis: "A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial." Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 510.553/RS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/08/2014, DJe 18/09/2014) Professora Alessandra Minaré www.alessandraminare.com.br O autor é portador de severa lesão incapacitante em seu membro superior direito, incapacidade essa eclodida em decorrência de acidente em serviço e lesão com relação de causa e efeito com as atividades militares. A legislação é clara no sentido de garantir ao autor a reforma militar. A perícia médica terá fator preponderante na situação de direito do autor. É de clareza solar o direito pleiteado, tudo decorrente das informações médicas percebidas, que efetivamente o autor está INCAPAZ DEFINITIVAMENTE PARA AS ATIVIDADES MILITARES, tendo em vista que é portador de severa lesão que a incapacita para o desempenho do serviço militar. Não possui as mínimas condições de exercer qualquer atividade tipicamente militar que exija esforço com o membro superior direito, tais como rapel, escaladas, flexão de barra, flexão de braço, dentre outras que exijam esforços físicos. Todavia, em caso de constatação de incapacidade temporária, o que parece um tanto quanto improvável, vez que a lesão portada é severa e limita funcionalmente o autor, resta como PEDIDO ALTERNATIVO, nas formas do art. 326, § único do novo CPC, o pedido de anulação do ato administrativo de licenciamento e a manutenção do autor na situação de ADIDO JUNTO A ADMINISTRAÇÃO MILITAR, ATÉ QUE ESTEJA PEDIDO ALTERNATIVO (art. 326, § único do novo CPC) – ANULAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO EM CASO DE INCAPACIDADE TEMPORÁRIA Professora Alessandra Minaré www.alessandraminare.com.br PLENAMENTE RECUPERADO, GARANTINDO-LHE A REMUNERAÇÃO DEVIDA, TRATAMENTO MÉDICO E ALTERAÇÕES. Tal pedido alternativo fundamenta-se nas previsões legais do RISG – Regulamento Interno dos Serviços Gerais. Havendo situação de incapacidade, mesmo que temporária, cumpre à administração militar deixar de licenciar em decorrência da incapacidade, providenciando o tratamento médico até melhora e, posteriormente, estando apto de saúde, finalizar o processo com o licenciamento, entretanto, somente quando o administrado se encontrar apto de saúde. Em legislação administrativa da Instituição há a previsão legal acerca dos procedimentos administrativos ao caso de incapacidade física temporária, senão vejamos: Portaria 816 Cmt Ex de 19 de Dezembro de 2003 (RISG – Regulamento Interno dos Serviços Gerais): Seção III Da Incapacidade para o Serviço do Exército (...) Art. 430. O militar não estabilizado que, ao término do tempo de serviço militar a que se obrigou ou na data do licenciamento da última turma de sua classe, for considerado “incapaz temporariamente para o serviço do Exército”, em inspeção de saúde, passará à situação de adido à sua unidade, para fins de alimentação, alterações e vencimentos, até que seja emitido um parecer definitivo, quando será licenciado, desincorporado ou reformado, conforme o caso. Professora Alessandra Minaré www.alessandraminare.com.br § 2º Emitido o parecer definitivo, o licenciamento ou a desincorporação ocorrerá até oito dias a contar da data da inspeção de saúde ou, no caso de baixado a hospital, a partir da efetivação da alta. Ademais, a Jurisprudência é uníssona acerca do tema, que assim define: EMENTA: ADMINISTRATIVO. SERVIDOR MILITAR. ACIDENTE EM SERVIÇO. INCAPACIDADE PARCIAL E TEMPORÁRIA. RELAÇÃO DE CAUSA E EFEITO. PERÍCIA MÉDICA. COMPROVAÇÃO. REINTEGRAÇÃO. TRATAMENTO DE SAÚDE. POSSIBILIDADE. SOLDO DO MESMO POSTO DA ATIVA. Na espécie, a lesão sofrida pelo autor é bem comprovada e de conhecimento da própria Administração, assim que, com relação à pretendida reintegração, impõe-se a anulação do ato administrativo que licenciou o requerente do serviço militar, com o reconhecimento do seu direito à sua reincorporação, na condição de agregado/adido, a fim de que haja o devido tratamento de saúde, até eventual recuperação, com a percepção do soldo afeto a sua patente, obedecidos os descontos legais cabíveis. Na hipótese, não se pode afastar o nexo de causalidade com as atividades militares, reputando-se o acidente como sendo em Serviço, para todos os fins. (TRF4, AC 5043214-22.2015.404.7100, TERCEIRA TURMA, Relator FERNANDO QUADROS DA SILVA, juntado aos autos em 05/04/2017) EMENTA: ADMINISTRATIVO. SERVIDOR MILITAR. MOLÉSTIA ECLODIDA DURANTE O SERVIÇO DA CASERNA. HÉRNIA DE DISCO ENTRE L4-L5. INCAPACIDADE PARCIAL E TEMPORÁRIA. ANULAÇÃO DO ATO DE LICENCIAMENTO. REINTEGRAÇÃO. CONDIÇÃO DE ADIDO. TRATAMENTO DE SAÚDE. SOLDO DO MESMO POSTO OCUPADO NA ATIVA. POSSIBILIDADE. 1. Na espécie, a lesão sofrida pelo autor é bem comprovada e de conhecimento da própria Administração, assim que, com relação à pretendida reintegração, impõe-se a anulação do ato administrativo que licenciou o requerente do serviço militar, com o reconhecimento do seu direito à sua reincorporação, na condição de adido, a fim de que haja o devido tratamento de saúde, inclusive cirúrgico, até eventual recuperação. 2. Não sendo atestado que a incapacidade é definitiva, tem-se que o militar tem o direito de ser inicialmente submetido a tratamento de saúde, por até um ano, conforme teor dos art. 82, I; e art. 50, IV, "e", da Lei 6.880/80. 3. Devido, igualmente, o restabelecimento do soldo que auferia no posto que ocupava na ativa, desde o provimento da medida, observados os descontos legais sobre os proventos. 4. Quanto ao marco inicial, é usual pela Turma que deva ser assentado na data do indevido licenciamento, eis que daí decorrem os efeitos da anulação do ato administrativo, posto que sua desincorporação fora levada a efeito de modo equivocado. (TRF4, APELREEX 5002130- 37.2012.404.7103, TERCEIRA TURMA, Relator FERNANDO QUADROS DA SILVA, juntado aos autos em 18/09/2014) Professora Alessandra Minaré www.alessandraminare.com.br EMENTA: ADMINISTRATIVO. MILITAR. INCAPACIDADE TEMPORÁRIA. DIREITO À REINTEGRAÇÃO. DANOS MATERIAIS. CABIMENTO. DANOS MORAIS. IMPOSSIBILIDADE. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA DIFERIDOS. 1. A prova dos autos se mostra suficiente para a verificação de que o autor, em decorrência de lesão adquirida em atividade militar, restou temporariamente inválido para as atividades castrenses, de modo que faz jus à reintegração até a sua recuperação, nos termos do art. 106, II, c/c art. 108, IV, todos da Lei 6.880/80. 2. A responsabilidade civil do Estado é objetiva, na qual se encaixa o pedido do autor, dispõe o art. 37, § 6º da CF/88, consagrando a teoria do risco administrativo. Comprovados os gastos com despesas médicas para tratamento de lesão ocorrida na Caserna, a condenação da União ao ressarcimento é medidade ordem. 3. Os militares são regidos por legislação específica (Lei nº 6.880/80) que não prevê indenização por danos morais em decorrência de enfermidade adquirida pelo exercício do serviço militar, mas somente reforma remunerada. 4. O exame dos juros e da correção monetária sobre o valor da condenação deve ser diferido para a fase de execução da sentença, conforme esta 3ª Turma decidiu na Questão de Ordem nº 0019958- 57.2009.404.7000/PR, julgada em 10/12/2014. 5. Apesar de haver sucumbência por ambas as partes, a União sucumbiu em maior parte, devendo arcar com os honorários advocatícios. (TRF4, APELREEX 5000022-25.2014.404.7116, Terceira Turma, Relatora p/ Acórdão Marga Inge Barth Tessler, juntado aos autos em 05/05/2016) EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. MILITAR TEMPORÁRIO. TRATAMENTO MÉDICO. REINTEGRAÇÃO. CONDIÇÃO DE ADIDO. O militar temporário que teve moléstia/acidente durante a permanência na caserna faz jus à reintegração, na condição de adido, para receber tratamento médico adequado até sua cura ou estabilização do quadro de saúde, com o objetivo de recuperar sua plena capacidade laborativa, e tem direito aos soldos correspondentes ao último posto que ocupava ao ser excluído, devidos desde a data da indevida exclusão. (TRF4, AG 5005060- 55.2016.404.0000, Terceira Turma, Relatora p/ Acórdão Maria Isabel Pezzi Klein, juntado aos autos em 13/04/2016) EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR MILITAR TEMPORÁRIO. INCAPACIDADE PARCIAL E TEMPORÁRIA. REINTEGRAÇÃO PARA FINS DE TRATAMENTO DE SAÚDE. PRECEDENTES. - Caracterizada a eclosão da moléstia/acidente durante o período na caserna, ainda que sem relação com o serviço, faz jus o militar temporário à reintegração como agregado para receber tratamento médico adequado até sua cura ou estabilização da condição. Precedentes desta Corte. - A Administração Militar deve devolver o militar à vida civil nas mesmas condições de saúde que possuía quando fora incorporado, sendo ilegal o ato de licença de militar acometido por Professora Alessandra Minaré www.alessandraminare.com.br incapacidade temporário. (TRF4, AG 5002075-16.2016.404.0000, Terceira Turma, Relator p/ Acórdão Ricardo Teixeira do Valle Pereira, juntado aos autos em 10/03/2016) Todavia, frise-se que o pedido acima é alternativo, vez que em verdade o autor encontra-se INCAPAZ DEFINITIVAMENTE PARA O SERVIÇO DO EXÉRCITO, COM DIFICULDADES em sua recolocação no mercado de trabalho, NECESSITANDO A CONTINUIDADE DE SEU TRATAMENTO MÉDICO, conforme amplamente documentado. 1) Nos termos do parágrafo 5º do artigo 334 do novo Código de Processo Civil, informa o autor que NÃO POSSUI INTERESSE NA AUTOCOMPOSIÇÃO; 2) A concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita, nos termos da Lei nº 1.060/50, uma vez que o autor não possui condições financeiras de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo da subsistência própria ou familiar, nomeando o profissional que a esta subscreve como seu patrono; 3) A citação da União para contestar, querendo, no prazo legal, bem como cumprir e fazer cumprir a antecipação da tutela; 4) A produção de todo o gênero de provas em direito admitidas, notadamente pericial, testemunhal e documental; 5) O julgamento de procedência da ação, determinando seja o autor reformado no serviço militar federal, a contar da data em que ocorreu a sua exclusão (28/02/2018), na graduação e remuneração de Terceiro Sargento, DOS PEDIDOS Professora Alessandra Minaré www.alessandraminare.com.br com direitos, deveres e prerrogativas desta, condenando, ainda, a ré a pagar-lhe as remunerações devidas no período em que esteve ilegalmente licenciado, com os acréscimos e reflexos decorrentes, sendo os juros legais a contar do evento danoso (licenciamento) no patamar de 6% aa.; 6) Pedido alternativo, em caso de incapacidade temporária, a anulação do ato administrativo de licenciamento, reconhecendo a ilegalidade da atuação administrativa, determinando a reintegração do autor até que este reste completamente apto de saúde ou posterior reforma, anulando-se o ato administrativo a contar da data em que ocorreu o seu ilegal licenciamento das fileiras do Exército (28/02/2018), com proventos de Terceiro Sargento, com direitos, deveres e prerrogativas deste, condenando, ainda, a Ré a pagar-lhe as remunerações devidas no período em que esteve licenciado, atualizadas monetariamente e acrescida de juros legais, a contar do licenciamento; 7) A condenação da Ré, também, às custas e honorários advocatícios, estes na proporção de 20% da condenação, conforme art. 85, §3º, inciso I do Novo Código de Processo Civil. Dá-se à causa o valor provisório de R$ 61.500,00*. *(Parcelas: 03 vencidas + 12 vincendas de 3º Sargento: 15 parcelas x R$ 4.100,00) Nestes termos, pede e espera deferimento. Rio Grande/RS, 15 de maio de 2018.
Compartilhar