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REDE DE ATENÇÃO BÁSICA E A SAÚDE BUCAL

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COORDENAÇÃO DO CUIDADO DO USUÁRIO COM CÂNCER DE BOCA NA ATENÇÃO BÁSICA
A atenção à saúde como visto anteriormente é dividida em várias redes, uma delas é a rede de saúde bucal que é o foco da nossa área. Apesar da Constituição de 1988 já garantir o direito à saúde, mas somente em 2004 a odontologia começou a ser integrada efetivamente ao SUS com o programa “Brasil Sorridente”. Isso mudou a atenção odontológica no SUS, pois o número de profissionais aumentou, os profissionais passaram a atuar na atenção primária, secundária e terciária, completamente diferente do que ocorria antigamente. 
Artigo de 2015 falando sobre desafios e inovações no SUS e sua inclusão nele (muitos países não incluem a saúde bucal na saúde pública). Funcionamento com articulação entre: atenção primária e domiciliar, atenção secundária com ampliação incluindo laboratórios de prótese e serviços de diagnóstico e atenção terciária ofertando assistência hospitalar. Antigamente era muito comum no diagnóstico de câncer bucal o paciente chegar com a biópsia num potinho precisando fazer a análise laboratorial, com isso muitas vezes a biópsia se perdia, não era armazenada corretamente, não era entregue ao laboratório... E hoje não, após a biópsia o material coletado é enviado para análise laboratorial e o paciente depois recebe o diagnóstico, sem precisar ficar levando o material, isso tudo devido à integração do SUS dentro da rede de saúde bucal. Além disso, o Gradua-CEO foi incluindo na atenção básica do SUS, deixando de ser apenas um apoio para ser um local de atendimento efetivo, possibilizando um serviço gratuito de qualidade à população e ao mesmo garantindo o ensino nas universidades do país, como um eixo ensino ↔ serviço.
Antigamente existia um mercado completamente voltado para a odontologia privada, os profissionais formados visavam somente a clínica privada enquanto hoje os profissionais são formados voltados para uma odontologia no SUS, uma odontologia humanizada e integrada às demais áreas da saúde, tratando o indivíduo com um ser biopsicossocial. 
A política de fluoretação das águas acontece desde antes do SUS e da integração da odontologia no atendimento público, porém depois da integração da odontologia no SUS essa fluoretação aumentou muito mais no país. Além disso as ações de prevenção à saúde bucal e à saúde coletiva foram mais fortalecidas e passaram a ocorrer muito mais, pois as pessoas começaram a ver a odontologia como realmente uma área da saúde que visa muito mais do que somente a boca.
Atenção Secundária – Média Complexidade
A criação dos CEOs permitiu ofertar à população uma melhoria também no atendimento, a organização em rede fez com que o fluxo de pacientes pudesse ser muito maior e mais eficiente, pois há uma organização coordenada dos pacientes e dos procedimentos a serem realizados. Embora haja um grande fluxo de atendimentos, eles ainda são poucos para a demanda de pacientes, pois infelizmente a quantidade de profissionais para atender à população é insuficiente.
Os serviços mínimos que devem ser ofertados nos CEOs são: Diagnóstico bucal, com ênfase o diagnóstico e detecção do câncer de boca; periodontia especializada; cirurgia oral menor dos tecidos moles e duros; endodontia; atendimento a portadores de necessidades especiais. 
O grande desafio das gestões: qualificar a rede de serviços e garantir acesso aos usuários. Por conta disso o Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ) AB e CEO foram criados para dar uma ideia aos gestores se havia uma gestão do cuidado dos pacientes. Foi o maior programa de avaliação institucional da sua história e ajudou na melhoria dos serviços oferecidos pois serviu pra monitorar os serviços, observar onde precisava de melhoria e onde direcionar maior atenção, maiores investimentos.
Atenção terciária – Alta Complexidade
Muitas vezes o acesso do paciente à atenção terciária é difícil e o suporte é dificultado, pois nem sempre o paciente consegue chegar lá, a atenção primária é um suporte para conseguir encaminhar esse paciente até lá, receber o tratamento e o mais importante: retornar à atenção básica após a cura pois a chance de recidiva é maior e esse paciente vai precisar de um acompanhamento mais de perto. 
A construção e fortalecimento da rede depende da construção em loco/regional, valorização das potencialidades de cada membro da equipe e uma escuta qualificada da comunidade, pois não existe uma receita de bolo para uma rede de atenção.
Por esse motivo é necessário a consolidação das RAS, pois ela vai melhorar os níveis de saúde desde a base até os casos mais complexos, melhorando os resultados sanitários das doenças crônicas, produção de serviços mais custo-efetivos e aumentam a satisfação da população e dos profissionais.
PARA REFLETIR:
Perante suas vivências no SUS, quais os problemas para consolidação da RAS?
Quais são suas hipóteses/causas para esses problemas?
Quais suas propostas para mudança?

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