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Trabalho Escrito Seminário Interdicisplinar

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNICHRISTUS 
CURSO DE ODONTOLOGIA 
 
Ana Thamires de Paulo Loiola 
Antônia Nicole Tavares de Oliveira 
Bárbara Albuquerque Azevedo 
Ivina Sena de França 
Keylon Ferreira Diniz 
Lara Carvalho Meireles 
Maria Eduarda Feitosa 
Maria Victória Alves Lopes 
Sabrina de Araújo Barbosa 
Samuel Ítalo de Almeida Silva 
 
 
 
 
 
TRABALHO ESCRITO DO SEMINÁRIO INTERDISCIPLINAR NP3 
PE MANHÃ / 3º SEMESTRE 
 
 
 
 
 
 
 
Fortaleza - CE 
2021 
2 
 
SUMÁRIO 
 
1. FARMACOLOGIA.........................................................................................3 
2. PATOLOGIA GERAL.....................................................................................4 
3. PRÉ-CLÍNICA I...............................................................................................7 
4. ODONTOGENÉTICA......................................................................................9 
5. SAÚDE COLETIVA II......................................................................................12 
6. PLANO DE CUIDADO.....................................................................................17 
3 
 
1. FARMACOLOGIA 
O Mecanismo de ação do AAS consiste em inibição irreversível da 
ciclooxigenase (COX-1). Esse efeito inibitório é especialmente acentuado nas 
plaquetas, porque estas não são capazes de sintetizar novamente essa enzima. 
Considerando isso, o paciente em questão faz o uso desse medicamento para a 
prevenção de doença tromboembólica. O uso desse medicamento pode fazer com 
que o paciente apresente alterações no exame tempo de sangramento (TS) 
responsável pela análise do tempo necessário para a hemostasia de um ferimento e 
pela avaliação de alterações vasculares e principalmente as alterações quantitativas 
e qualitativas das plaquetas. Dessa forma, aumenta o risco de hemorragia dos seus 
usuários. 
O mecanismo de ação do captopril consiste em inibir a enzima conversora da 
angiotensina, consequentemente diminuindo a conversão angiotensina I em 
angiotensina II (potente vasoconstritor), e a liberação da aldosterona. 
Consequentemente, no caso do paciente, ocorre a redução da hipertrofia vascular e 
miocárdica. Se o paciente tomar o medicamento corretamente, o volume plasmático 
e débito cardíaco voltam ao normal e a resistência periférica se mantém baixa 
(vasodilatação), devido ao efeito dos diuréticos, que diminuem o edema da parede do 
vaso. 
No caso clínico, o paciente relatou fazer o uso dos medicamentos captopril em 
associação com a hidrocloratiazida. Os dois medicamentos atuam sobre o principal 
mecanismo gerador da hipertensão arterial, que é o sistema renina-angiotensina-
aldosterona. Enquanto o captopril impede a conversão da angiotensina I em 
 angiotensina II, que tem ações vasoconstritoras, a hidroclorotiazida é um poderoso 
diurético que reduz o volume plasmático, aumenta a atividade da renina plasmática e 
aumenta a secreção de aldosterona. 
Logo, o captopril atua na angiotensina e a hidroclorotiazida atua na renina e na 
aldosterona, então, associando as duas medicações, tem-se uma atuação no sistema-
renina-angiotensina-aldosterona como um todo, tendo melhores resultados de 
eficácia no controle da hipertensão leve a moderada. 
Além disso, a perda de potássio pela hidroclorotiazida só acontece devido a um 
mecanismo compensatório do sistema renina-angiotensinaaldosterona, que é 
bloqueado pelo uso do captopril (inibidor de ECA), diminuindo esse efeito colateral. 
 
4 
 
2. PATOLOGIA GERAL 
Características das Neoplasias Benignas e Malignas 
A classificação de um tumor como benigno ou maligno depende, em última 
instância, de seu comportamento clínico; contudo, a avaliação morfológica (e, cada 
vez mais, o perfil molecular) permite a categorização dessas neoplasias com base no 
grau de diferenciação, da capacidade de invasão local e de metástase. 
 
Vias de disseminação 
A disseminação do câncer ocorre por três vias: 
• Implante em cavidades e superfícies corpóreas, que ocorre pela dispersão nos 
espaços peritoneal, pleural, pericárdico, subaracnoide ou articulares. 
• A disseminação linfática transporta as células tumorais para os linfonodos 
regionais e, em última instância, para todo o corpo. 
• A disseminação hematogênica é típica de sarcomas, mas também é a rota 
favorita de certos carcinomas (como o renal). 
Fatores Ambientais 
Influências ambientais parecem ser fatores de risco dominantes para a maior 
parte das neoplasias malignas; isso se reflete pela ampla variação geográfica na 
incidência de formas específicas de câncer. Fatores de risco ambientais estabelecidos 
incluem os seguintes: 
5 
 
• Agentes infecciosos: são fatores causais diretos ou indiretos em 15% dos 
cânceres em todo o mundo. 
• Tabagismo: envolvido nos cânceres de orofaringe, laringe, esôfago, pâncreas 
e bexiga, além de estar implicado em quase 90% das mortes por câncer de 
pulmão. 
• Álcool: aumenta o risco de doenças malignas na boca e na faringe e, por causar 
cirrose alcóolica, contribui para o desenvolvimento do carcinoma hepatocelular. 
• Fatores dietéticos: estão associados aos cânceres colorretais, de próstata e de 
mama. 
• Obesidade: associada a 14% das mortes por câncer em homens e 20% delas 
em mulheres. 
• Carcinógenos: podem estar presentes no local de trabalho, nos alimentos ou 
na água ou podem ser parte do ambiente local (como os raios ultravioletas [UV] 
ou radônio). 
Idade 
A maioria dos tipos de câncer ocorre em indivíduos com idade superior a 55 
anos; esta é a principal causa de morte em mulheres com idade entre 40 e 79 anos e 
em homens com idade entre 60 e 79 anos. 
Caso clínico 
O paciente FSH é do sexo masculino e tem 68 anos. Relatou que é fumante há 
aproximadamente 50 anos, fumando duas carteiras de cigarro por dia. Dentre os 
fatores ambientais predisponentes ao câncer bucal, o tabagismo constitui o fator 
primordial (90%), sendo que os tabagistas apresentam uma probabilidade de 4 a 15 
vezes maior de desenvolver a doença do que os indivíduos não tabagistas. 
O tabaco é extremamente agressivo, como também as substâncias 
cancerígenas que o compõem, aliadas à alta temperatura alcançada pelo cigarro 
aceso. O ato de fumar ou mascar tabaco pode causar reações oxidativas nos tecidos, 
que implicam na iniciação de reações que produzem radicais livres nos eventos 
celulares. Assim, a presença de oxigênio reativo pode causar danos às proteínas, 
carboidratos, lipídios e DNA. 
6 
 
O menor dano ao DNA pode resultar em mutagênese e em alteração do ciclo 
celular. Vários produtos da combustão do ato de fumar tabaco são carcinogênicos, 
dentre os quais os hidrocarbonetos aromáticos polinucleares são predominantes. Um 
aumento da permeabilidade da mucosa bucal facilita a passagem da 
nitrosonorcicotina, uma das nitrosaminas carcinogênicas do cigarro. 
Além disso, outro fator importante para o câncer é a idade, visto que o risco da 
maioria dos cânceres aumenta com a idade e, por esse motivo, eles ocorrem mais 
frequentemente no grupo de pessoas com idade avançada, como pode ser visto no 
caso clínico, em que o paciente em questão tem 68 anos. 
 
7 
 
3. PRÉ-CLÍNICA I 
Ao exame intraoral do paciente FSH, foi observado índice de sangramento 
gengival (ISG) de 45% e PSR códigos 3, 1, 4, 3, 3 e 3 nos sextantes de I a VI, além 
de mobilidade grau 2 e lesão de furca grau II no dente 36. 
O ISG avalia a condição de higiene oral de forma indireta e é usado como 
parâmetro clínico para avaliar inflamação gengival e para acompanhar a evolução do 
tratamento proposto. É constituído por sondagem do sulco gengival em seis pontos 
por dente através de uma sonda OMS, obtendo-se a profundidade do sulco. 
Caracteriza-se como uma gengiva clinicamente saudável aquela que apresente um 
índice de sangramento até os 10%. É realizada uma anotação da hemorragia pós-
sondagem em seis pontos por dente, sendo no final contabilizadae transformada em 
uma percentagem. É avaliado também o nível de placa bacteriana presente na 
superfície do dente sendo esta medida em quatro faces. 
O PSR é um sistema que tem como objetivo avaliar as estruturas periodontais 
de uma forma simples, rápida e eficiente. É necessária uma ficha clínica dividida em 
seis espaços, cada qual correspondendo a um sextante da boca, e uma sonda 
específica (OMS). Esse índice analisa e registra as informações obtidas dos achados 
clínicos que indicarão alterações periodontais como sangramento à sondagem, 
presença de fatores retentivos de placa, aumento da profundidade de sulco, 
envolvimento de furca, mobilidade dentária e problemas mucogengivais. 
8 
 
Lesão de furca refere-se à destruição dos tecidos de suporte de dentes 
multirradiculares, caracterizado pela reabsorção óssea e perda de inserção no espaço 
inter-radicular. O diagnóstico da lesão de furca pode ser realizado de duas maneiras: 
clínico (através do uso da sonda de Nabers, que é utilizada em exames clínicos para 
identificar lesões periodontais e perdas ósseas entre as raízes) ou radiográfico 
(através do registro de radiografias da região que aparenta estar lesionada). 
As lesões de furca podem ser classificadas em grau 1,2 e 3. 
Classe 1: é caracterizada pela perda horizontal do tecido de suporte menor que 
3 mm podendo ser tratada através de terapia conservadora, onde o dentista não usará 
procedimentos invasivos e vai tentar conter o avanço da lesão com métodos clínicos. 
Ex.: raspagem e alisamento radicular e a plastia de furca. 
Classe 2: caracterizada pela perda horizontal do tecido de suporte maior ou 
igual a 3 mm o tratamento se dar através do uso de técnicas de odontoplastia e 
osteoplastia, fazendo pequenas intervenções na perda identificada. 
Classe 3 que é caracterizada pela perda horizontal dos tecidos de um lado a 
outro da furca sendo tratada através do uso de técnicas mais invasivas, tentando 
regenerar as massas perdidas ou remover o dente lesionado. Ex.: a hemissecção 
radicular e a tunelização. 
A existência de mobilidade nos dentes é outro dos fatores a serem avaliados, 
sendo esta dividida em três graus: mobilidade grau I, onde o dente apresenta 
deslocamento horizontal menor que 1mm; mobilidade grau II, onde o dente apresenta 
movimento horizontal superior a 1mm e mobilidade grau III, onde o dente apresenta 
movimento horizontal. 
O AAS é um medicamento que tem como mecanismo de ação inibir de forma 
irreversível a enzima cicloxigenase 1 (COX-1), bloqueando dessa maneira formação 
do tromboxano A2, um potente mediador da agregação plaquetária e da 
vasoconstrição. Porém esse medicamento não pode alterar o resultado do exame 
(ISG), ele apenas faz o fluxo de sangramento local aumentar, pois ele interfere na 
agregação plaquetária, diminuindo a probabilidade de formação de coágulos, 
deixando a coagulação mais lenta. Como o ISG apenas avalia se houve sangramento 
ou não, os resultados não serão alterados. 
9 
 
4. ODONTOGENÉTICA 
Genética da Periodontite 
No caso clínico o paciente analisado apresentou sinais e sintomas da doença 
periodontite crônica, que se trata de uma doença multifatorial, envolvendo fatores 
genéticos (resposta do hospedeiro à infecção) e ambientais. 
As doenças periodontais podem ser divididas em duas formas principais: 
periodontite crônica e periodontite agressiva. 
A periodontite crônica é considerada uma doença complexa de etiologia 
multifatorial, quando analisada sob ótica da genética, e apresenta um quadro clínico 
característico: forma branda quando comparada à periodontite agressiva, progressão 
lenta, natureza crônica e tem início relativamente tardio (o que pode ser observado no 
caso clínico, onde o paciente em questão tem 68 anos). Nessa doença os fatores de 
risco genético (elementos hereditários de susceptibilidade e resposta do hospedeiro à 
infecção), as interações entre gene e ambiente e os fatores comportamentais, como 
estilo de vida, higiene oral, tabagismo (presente no caso clínico), estresse e dieta 
estão presentes simultaneamente. 
Já a periodontite agressiva é caracterizada por sua natureza mais violenta. 
Geralmente tem início mais precoce e progressão mais rápida e não tem relação direta 
com a quantidade de biofilme e cálculo dental, o que aponta que a periodontite 
agressiva tem uma maior participação genética do que a crônica. Essa doença tem 
característica monogênica e pode estar presente em algumas síndromes. 
Os principais fatores genéticos que influenciam na periodontite crônica são os 
polimorfismos. O tipo mais comum é o de base única (substituição) e o de repetição, 
esses polimorfismos afetam um gene que codifica a IL-4, que é uma citocina anti-
inflamatória. 
Genética do Câncer 
No caso clínico em questão, o paciente apresenta uma lesão ulcerada, com 
bordas irregulares, endurecida à palpação acometendo extensa área de palato duro e 
mole. Todas essas características levam a uma possível conclusão de que a lesão se 
trata de uma neoplasia maligna. 
10 
 
O câncer é uma doença multifatorial que depende tanto da genética quanto de 
fatores ambientais. Na grande maioria dos casos de câncer, trata-se de uma alteração 
genética adquirida ao longo da vida. Apenas entre 5 e 10% dos casos são 
consequência de alterações genéticas hereditárias, ou seja, transmissíveis de pais 
para filhos. 
No entanto, é importante salientar que nem todo indivíduo que herda uma 
predisposição genética irá desenvolver o câncer, pois também depende de fatores 
ambientais como: tabagismo, radiação, idade, contato com substâncias cancerígenas, 
imunossupressores, dentre outros fatores. 
As células se tornam células cancerosas em grande parte devido às mutações 
em seus genes. Muitas vezes, várias delas são necessárias antes que uma célula se 
torne cancerosa, ou seja, é necessário um acúmulo de mutações, que podem afetar 
diferentes genes que controlam o crescimento e a divisão celular. Alguns destes 
genes são chamados de genes supressores de tumor, que estão inativados em casos 
de neoplasias malignas. As mutações podem também tornar alguns genes normais 
(proto-oncogenes) em genes cancerígenos conhecidos como oncogenes, que se 
tornam ativados quando a doença se desenvolve. 
É importante entender que mutações genéticas acontecem nas nossas células 
o tempo todo. Geralmente, a célula detecta a alteração e a repara devido aos 
checkpoints que existem no processo de divisão celular. Se isso não acontecer, ela 
sinalizará que irá morrer em um processo denominado apoptose. Se a célula não 
morrer e a mutação não for reparada, pode levar ao desenvolvimento de um câncer. 
É mais provável que isso ocorra se a mutação afetar um gene envolvido com a divisão 
celular ou um gene que normalmente faz com que uma célula defeituosa morra. Um 
dos genes mais conhecidos que estão envolvidos no processo de câncer é o TP53, 
que codifica a enzima P53. Essa enzima é responsável pelo controle do ciclo celular 
e da diferenciação celular, reparo no DNA, manutenção da estabilidade genômica e 
apoptose. 
Bases Moleculares do Câncer: o Papel das Alterações Genéticas e Epigenéticas 
A carcinogênese é um processo em múltiplas etapas. Os atributos de uma 
neoplasia maligna (marcas registradas do câncer) – por exemplo, invasividade, 
crescimento excessivo, propriedade de escapar do sistema imunológico – são 
11 
 
adquiridas de forma incremental, um processo denominado progressão tumoral. No 
nível genético, a progressão resulta do acúmulo de sucessivas mutações. Os tumores 
também se “desenvolvem” geneticamente sob uma forma Darwiniana de 
sobrevivência do mais adaptado, pois as células malignas competem pelos limitados 
recursos metabólicos e as células deficientes morrem por apoptose. 
Assim, os tumores se tornam progressivamente mais agressivos; a 
quimioterapia e a radioterapia também selecionam os clones resistentes. Mutações 
com perdade função em genes responsáveis pela manutenção da integridade 
genômica são passos iniciais comuns; eles levam à instabilidade genômica e 
aumentam a probabilidade de desenvolver novas mutações condutoras. 
Além das mutações no DNA, alterações epigenéticas (ex.: metilação do DNA e 
modificação nas histonas) também contribuem para a malignização por alterar a 
transcrição gênica (ex.: por silenciar os supressores de tumor). 
 
12 
 
5. SAÚDE COLETIVA II 
Dr. Jackson contratou uma nova técnica e auxiliar em sua clínica e 
levou a equipe para conhecer a área de esterilização de material, 
assim como o local destinado ao rx, localizado dentro do consultório. 
Durante a pré-lavagem do material contaminado, os auxiliares 
deveriam colocar luvas de procedimento usadas e deixar o material 
por cinco minutos em água sanitária. Depois deste momento, o 
material deveria ser colocado em caixas perfuradas, na autoclave, por 
duas horas. Ao finalizar este procedimento, o material deveria ser 
deixado secar ao ar livre antes da utilização. 
Quanto a ordem e protocolo de esterilização, o correto seria: 
ETAPA 1: DESINFECÇÃO 
Os instrumentais contaminados devem passar pelo processo de 
descontaminação e lavagem antes de serem esterilizados. A desinfecção prévia à 
lavagem do material (instrumental) deve ser feita com agente químico adequado, 
observando-se o tempo de imersão e a diluição da solução preconizada pelo 
fabricante (consultar instruções do rótulo). Observar a data de validade do produto. 
ETAPA 2: LIMPEZA 
A limpeza dos instrumentais e materiais é a remoção de sujidades, a fim de 
reduzir a carga microbiana, a matéria orgânica e outros contaminantes; garantindo, 
assim, a manutenção da vida útil do instrumento. O procedimento de limpeza 
é realizado manualmente por meio de ação física aplicada sobre a superfície do 
instrumento. Para isso podem ser utilizados: escova de cerdas macias e cabo longo, 
escova de aço para brocas, escova para limpeza de lúmen, pia com cuba profunda, 
torneira com jato direcionável, detergente e água corrente. 
 ETAPA 3: ENXÁGUE 
Após completa a limpeza dos instrumentais, eles devem ser cuidadosamente 
enxaguados em água potável e corrente. 
 ETAPA 4: SECAGEM 
A secagem dos artigos tem por objetivo evitar a interferência da umidade no 
processo e aumentar a sua eficácia, deve ser feita após a lavagem. 
13 
 
 ETAPA 5: INSPEÇÃO VISUAL 
Nessa etapa, é verificada a eficácia do processo de limpeza e as condições de 
integridade do artigo. Se necessário, proceder novamente à limpeza ou substituição 
do artigo. 
 ETAPA 6: EMBALAGEM PARA ESTERILIZAÇÃO 
Para ser esterilizado em autoclave, o material rigorosamente limpo e seco deve 
ser acondicionado em pacotes, os quais devem ser feitos com materiais que permitam 
a passagem do vapor, o mais recomendado é o papel grau cirúrgico. Antes de ser 
esterilizado, o material deverá ser embalado e identificado. Nessa etapa, é importante 
a utilização de indicadores químicos, que irão avaliar a presença dos parâmetros 
críticos da esterilização a vapor: tempo, temperatura e presença de vapor. Esses 
indicadores químicos (fitas) são colocados no interior de cada pacote antes da 
esterilização e após esterilizados, alteram sua cor. 
ETAPA 7: ESTERILIZAÇÃO 
A esterilização é o processo que visa destruir ou eliminar todas as formas de 
vida microbiana presentes. Na Odontologia, o processo de esterilização indicado é 
por meio da autoclave. Atente-se sempre para as recomendações de uso do manual 
do equipamento fornecido pelo fabricante. 
No consultório, o procedimento de tomada radiográfica era feito pelos 
auxiliares, que seguravam o cabeçote do equipamento. A tomada 
sempre era feita em todo paciente que iniciava tratamento, mesmo 
em gestantes. 
Não é correto os auxiliares e nem qualquer outro profissional segurarem o 
cabeçote do equipamento na tomada radiográfica, que no caso sempre era feita em 
todo paciente que iniciava tratamento, pois a equipe de saúde para sua segurança 
deve manter-se à distância de, pelo menos, 2 m do cabeçote e do paciente devido a 
radiação. 
Para se obter tomadas radiográficas seguras os consultórios odontológicos 
precisam possuir equipamentos de raio-x que atendam a Portaria SVS/MS n° 453, de 
1998, que aprova o regulamento técnico estabelecendo as diretrizes de proteção 
radiológica em radiodiagnósticos em território nacional. Logo, o consultório precisa 
14 
 
obter uso de avental de chumbo e protetor de tireoide, proteção para os profissionais 
como avental, distanciou e biombo, uso de dosímetro e condições adequadas para a 
revelação das radiográfica. 
Em questão, vale ressaltar as atribuições expostas do ASB e TSB segundo a 
Lei NU°11. 889, 24 /12/2008: 
Competências do ASB: 
• Organizar e executar atividades de higiene bucal; 
• Processo filme radiográficos; 
• Acolher e preparar o paciente para atendimento; 
• Auxiliar e instrumentar os profissionais nas interseções clínicas; 
• Manipular materiais de uso odontológico; 
• Selecionar moldeiras; 
• Preparar modelos em gesso; 
• Registar dados e participar de análise de informações relacionadas ao controle 
administrativo em saúde bucal; 
• Esterilização do material de trabalho; 
• Aplicar medidas de biossegurança e controle de infecções. 
Competências do TSB: 
• Remoção de suturas; 
• Limpeza e assepsia no pós-operatório; 
• Aplicação de medidas de biossegurança durante o uso e o descarte de 
resíduos odontológicos; 
• Instrumentar o dentista; 
• Fotografar a arcada dentária do paciente e outros pequenos procedimentos. 
Uma vez por mês uma faxineira fazia uma limpeza geral do 
consultório, apenas com água e um pano úmido. A água da cuspideira 
ficava, permanentemente acionada, mas as lâmpadas utilizadas nos 
banheiros funcionavam com sensor de presença. Os copos 
descartáveis da recepção eram usados sem controle. Todos os 
resíduos oriundos do atendimento eram colocados em sacos branco 
15 
 
leitosos e incinerados em área atrás do consultório. Havia uma 
empresa que fazia a manutenção dos equipamentos do consultório, 
mas não tinha visita regular. 
A água da cuspideira não deve ficar acionada, para menor desperdício seria 
necessário um sensor. 
Os procedimentos de limpeza consistem na remoção da sujidade mediante o 
uso de água e sabão. Paredes, janelas, portas, tetos e pisos não constituem risco de 
infecção, desde que mantidos limpos. Deve-se estabelecer uma rotina de limpeza 
periódica, de acordo com a área ou quando houver sujidade visível. Os pisos devem 
ser limpos diariamente e as demais superfícies, gavetas, mobiliários etc. no mínimo 
semanalmente ou quando necessário. 
O responsável da limpeza deve ser orientado quanto aos seguintes aspectos: 
a) Riscos de infecção. 
b) Uso de EPIs (luvas de borracha, avental impermeável e sapatos fecha- 
dos). 
c) Técnicas de limpeza. 
d) Higienização dos materiais de limpeza. 
Sobre os resíduos gerados no consultório, respeitando as diretrizes do PGRSS 
e devem incluir as seguintes etapas: 
1) Segregação do RSS: Separação dos resíduos no momento e local de sua 
geração, respeitando as características físicas, químicas e biológicas bem 
como o estado físico desse material e os riscos oferecidos. 
2) ACONDICIONAMENTO: Embalar os resíduos em sacos ou recipientes com a 
geração diária de cada tipo de resíduo evitando vazamentos e sejam 
resistentes a punctura e ruptura. 
3) IDENTIFICAÇÃO: Reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e 
recipientes dando a eles as informações corretas do manejo. 
O Grupo A de resíduos é identificado pelo símbolo internacional de risco 
biológico, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos. 
O Grupo B é identificado através do símbolo de risco associado, de acordo com 
a NBR 7500 da ABNT e com discriminação de substância química e frases de risco. 
16 
 
O Grupo C é representado pelo símbolo internacional de presençade radiação 
ionizante (trifólio de cor magenta) em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, 
acrescido da expressão "Rejeito Radioativo". 
O Grupo D é representado pelos resíduos comuns, como resíduos de 
escritórios, sobras de alimentos, papeis de uso sanitários, garrafas pets etc. 
O Grupo E possui a inscrição de RESIDUO PERFUROCORTANTE, indicando 
o risco que apresenta o resíduo. 
4) TRANSPORTE INTERNO: Translado dos resíduos dos pontos de geração até 
o local de armazenamento temporário, ou externo com finalidade de 
apresentação de coleta. 
5) ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO: Guarda temporária dos recipientes 
contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de 
geração. 
OBSERVAÇÃO: Os resíduos de fácil putrefação que venham a ser coletados 
por período superior a 24 horas de seu armazenamento, devem ser conservados sob 
refrigeração e assim, quando não for possível, serem submetidos a outro método de 
conservação. 
6) TRATAMENTO: Consiste na descontaminação dos resíduos (desinfecção ou 
esterilização) por meios físicos ou químicos, realizado em condições de 
segurança e eficácia comprovada. 
7) ARMAZENAMENTO EXTERNA: guarda dos recipientes de resíduos até a 
realização da etapa de coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso 
facilitado para os veículos coletores. 
8) COLETA E TRANSPORTE EXTERNO: Remoção dos RSS do abrigo de 
resíduos (armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou disposição 
final. 
9) DISPOSIÇÃO FINAL DO RSS: disposição de resíduos no solo, previamente 
preparado para recebê-los, obedecendo a critérios técnicos de construção e 
operação, e com licenciamento ambiental de acordo com a Resolução 
CONAMA n°. 237/1997. 
 
17 
 
6. PLANO DE CUIDADO 
O plano de cuidado tem como objetivo olhar as comorbidades e 
vulnerabilidades que influenciam na saúde do paciente, enxergando-o como um todo, 
podendo contar com o auxílio de outros profissionais, detectando as necessidades 
odontológicas e não odontológicas. 
A principal queixa do paciente no caso clínico, que também é sua situação de 
maior emergência, é a presença de uma lesão ulcerada com bordas irregulares, 
endurecida à palpação, acometendo extensa área do palato mole e duro, que estava 
dificultando sua alimentação. Como o paciente é fumante crônico e sua lesão tem 
características de uma neoplasia maligna, seu plano de cuidado deve começar por 
uma biopsia e, depois, ir encaminhando para o tratamento de seus outros problemas 
da cavidade oral. 
Antes de tudo, deve ser solicitado os exames complementares para avaliar a 
situação sistêmica do paciente, como o hemograma completo, plaquetograma e 
tempo de sangramento (já que o paciente era usuário de ácido acetilsalicílico). 
Acompanhamento do paciente oncológico 
Além disso, como o provável diagnóstico do paciente é neoplasia maligna ele 
deve ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar, com a presença do cirurgião-
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dentista para controlar e tratar os efeitos colaterais da cavidade oral causados pelo 
tratamento. 
O tratamento do câncer de boca pode envolver cirurgia, radioterapia e 
quimioterapia. O tamanho e o local do tumor são fatores que devem ser considerados 
para a definição do tratamento. Importante comentar que a definição do tratamento é 
realizada por médicos cirurgiões de cabeça e pescoço, radioterapeutas e oncologistas 
clínicos. 
Cerca de 90% dos pacientes apresentam algum problema odontológico. Os 
problemas mais frequentes são doenças da gengiva (gengivite e periodontite), cáries 
extensas, lesões periapicais (granulomas ou cistos radiculares) e próteses mal 
adaptadas causando algum tipo de irritação da mucosa bucal. A eliminação de focos 
de infecção na boca é de suma importância, visto que, estes podem causar a 
interrupção do tratamento oncológico ou complicações sérias tardiamente, como a 
osteorradionecrose. Logo, é muito importante que o paciente em questão trate sua 
doença periodontal antes de começar o seu tratamento. 
O controle e manutenção dos hábitos de higiene bucal devem ser intensificados 
durante a radioterapia e/ou quimioterapia, pois agentes microbianos podem colonizar 
sobre feridas bucais (mucosite) causando problemas sistêmicos. A qualidade da 
higiene oral do paciente é um fator bem estabelecido. Pacientes com boa condição 
bucal e que mantêm boa higiene durante o tratamento de câncer tendem a ter menos 
episódios de mucosite do que pacientes com higiene oral precária. Observa-se ainda 
que pacientes com mesma idade, tendo o mesmo protocolo de tratamento e 
características de saúde oral semelhantes não desenvolvem mucosite com a mesma 
frequência devido à capacidade individual de cada indivíduo absorver e excretar 
drogas. 
A diminuição do fluxo salivar é outro fator que devemos controlar nesta fase, a 
saliva age na lubrificação e proteção da mucosa e sua redução também pode tornar 
a boca um ambiente propício para o desenvolvimento de candidose. Saliva artificial 
deve ser prescrita quando o paciente queixar de boca seca. Conduto, alguns 
pacientes preferem ingerir constantemente água à saliva artificial.

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