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CARBOXITERAPIA, ENDERMOLOGIA, MICROAGULHAMENTO E CRIOLIPÓLISE 1 1 Sumário NOSSA HISTÓRIA ................................................................................. 3 INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA INFUSÃO CONTROLADA DE CO2 .... 4 DIÓXIDO DE CARBONO........................................................................ 6 EFEITOS FISIOLÓGICOS - ESTIMULO CIRCULATÓRIO SANGUÍNEO 7 EFEITO BOHR ....................................................................................... 8 AÇÃO BIOQUÍMICA ............................................................................... 9 CARBOLIPÓLISE ................................................................................... 9 AÇÃO NO TECIDO CONJUNTIVO ....................................................... 10 APLICAÇÕES CLÍNICAS ..................................................................... 11 AUXILIAR PARA EXAMES COMPLEMENTARES ............................... 12 ARTERIOPATIAS ................................................................................. 12 PÓS-CIRURGIA PLÁSTICA ................................................................. 14 GORDURA LOCALIZADA .................................................................... 14 ESTRIAS E FLACIDEZ CUTÂNEA ....................................................... 16 OUTRAS APLICAÇÕES ....................................................................... 17 CARBOXITERAPIA .............................................................................. 19 Como funciona a carboxiterapia ................................................ 20 Regiões mais procuradas para fazer a carboxiterapia ............. 21 Porque fazer a carboxiterapia ..................................................... 22 Benefícios da carboxiterapia ...................................................... 22 Antes e depois da carboxiterapia ............................................... 22 Celulites ....................................................................................... 22 Gordura localizada ...................................................................... 22 Perda de cabelo ........................................................................... 23 2 2 Flacidez ........................................................................................ 23 Olheiras ........................................................................................ 23 Estrias .......................................................................................... 23 A carboxiterapia é um tratamento que requer cuidados .......... 23 Riscos da carboxiterapia ............................................................ 23 ENDERMOTERAPIA ............................................................................ 25 MICROAGULHAMENTO ...................................................................... 28 CRIOLIPÓLISE ..................................................................................... 39 BIOMEDICINA NA ESTÉTICA .............................................................. 45 ENFERMAGEM NA ESTÉTICA ............................................................ 48 ESTETICISTA NA ESTÉTICA .............................................................. 50 FARMÁCIA NA ESTÉTICA ................................................................... 52 FISIOTERAPIA NA ESTÉTICA ............................................................. 55 ODONTOLOGIA NA ESTÉTICA ........................................................... 57 AS PROFISSÕES NA ESTÉTICA: ESTATÍSTICAS DO SETOR .......... 58 REFERÊNCIAS .................................................................................... 60 3 3 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 4 4 INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA INFUSÃO CONTROLADA DE CO2 Segundo alguns autores a Carboxiterapia constitui-se de uma técnica onde se utiliza o gás carbônico medicinal (Dióxido de Carbono ou CO2) injetado no tecido subcutâneo, estimulando assim efeitos fisiológicos como melhora da circulação e oxigenação tecidual. O CO2 é um gás inodoro, incolor e atóxico. É o produto endógeno natural do metabolismo das reações oxidativas celulares, produzido no organismo diariamente em grandes quantidades e eliminado pelos pulmões durante a respiração. A história do uso terapêutico do gás carbônico teve início em 1932, na Estação Termal do Spy de Royat, na França, em pacientes que sofriam de arteriopatias periféricas. Seu uso era feito de forma transcutânea através de banhos secos ou submersão em água carbonada. O dióxido de carbono foi descoberto em 1648. Porém a partir da década de 30 surgiram os primeiros trabalhos sobre o tema, como o do cardiologista Jean Baptiste Romuef que teve sua publicação em 1953, após 20 anos de experiência utilizando em seus tratamentos injeções subcutâneas de CO2. Outro trabalho importante foi publicado em 1956, em que 2400 casos de arteriopatia crônica obstrutiva e gangrena foram tratados com CO2 injetável com bons resultados. Ainda atuando sobre patologias vasculares, em 2002, Toryama mostrou uma excelente melhora da circulação periférica em pacientes com isquemia crítica, com redução de 83% dos casos de amputação. O gás carbônico é o gás mais utilizado nas cirurgias de videolaparoscopia, para a insuflação da cavidade abdominal (pneumoperitôneo), histeroscopias e como contraste em arteriografias e ventriculopatias. Devido ao seu alto poder de difusão, este gás é rapidamente absorvido e eliminado4, ficando apenas o efeito vasodilatador o que reduz o risco de embolia gasosa fatal. Com o desenvolvimento de um equipamento capaz de controlar o fluxo injetado por minuto, e o volume total injetado possibilitou a aplicação da 5 5 carboxiterapia e seu reconhecimento terapêutico nos países da Europa, principalmente Itália e França, onde é reconhecida para uso em Saúde Pública. Controlar o fluxo injetado por minuto, é possível usar esse procedimento em vários tipos de tratamentos terapêuticos e até mesmo estéticos, como, por exemplo, no tratamento de estrias, cicatrizes, celulite, gordura localizada, flacidez cutânea, rugas, olheiras, feridas, calvície, psoríase, dentre vários outros (MARSILI, 2006). Tudo isso fez com que seu conhecimento terapêutico fosse disseminado não só na França, mas também na Itália e vários outros países da Europa e de outros continentes, como o Brasil. Na Itália já se trabalha com a técnica há dez nos tratamentos de FEG e adiposidade localizada (FRASCA, 2002; MARSILI, 2006). A infusão controlada de CO 2 , conhecida popularmentecomo carboxiterapia, é uma técnica que trabalha com injeção do dióxido de carbono – CO 2 no tecido subcutâneo. É uma prática que tem proporcionado melhora fisiológica, com melhor irrigação sanguínea do local e, consequentemente, melhor oxigenação do tecido (ABRAMO, 2010). O gás carbônico é o mais utilizado em cirurgias de videolaparoscopia para ainsuflação da cavidade abdominal, histeroscopia e como contraste em arteriografia e ventriculopatia (ABRAMO, 2010). O CO 2 tem um poder de difusão muito forte, por esse motivo não oferece riscos ao paciente. Ele é atóxico e é eliminado facilmente do tecido, sendo assim, os riscos de embolia gasosa fatal nesse tratamento são mínimos (BRANDI, 2001). Um dos principais produtos do metabolismo celular é o ácido carbônico (H 2 CO 3 ), excretado pelos pulmões sob a forma de gás carbônico (CO 2 ). Portanto é totalmente inócuo para nosso organismo (GUIRRO; GUIRRO, 2002). O CO 2 é 20 vezes mais difundido que o O 2 , portanto, o aumento de volume que ocorre após a aplicação é rapidamente absorvido e eliminado, 6 6 ficando somente o efeito vasodilatador que irá promover os benefícios locais (BRANDI, 2004). DIÓXIDO DE CARBONO Um dos principais produtos do metabolismo celular é o ácido carbônico (H2CO3) excretado através dos pulmões sob a forma de gás carbônico (CO2). A quantidade de gás carbônico transportada no sangue venoso até os pulmões é cerca de 200 ml/min no adulto em repouso, mas pode aumentar em 10 vezes durante o exercício físico. No interior do eritrócito, o CO2 passa por um processo de hidratação formando o ácido carbônico (H2CO3) com a ajuda de uma enzima catalisadora denominada anidrase carbônica. Em seguida a dissociação iônica do ácido carbônico é rápida e espontânea, sem a necessidade de enzima, formando íons de hidrogênio (H+) e o bicarbonato (HCO3). Quando a concentração desses íons se eleva dentro do eritrócito, o bicarbonato e uma pequena quantidade de hidrogênio difundem-se para fora. O hidrogênio liberado liga-se a hemoglobina (Hb), formando hemoglobina reduzida (HHb+) e oxigênio (O2). Logo, aumenta-se a acessibilidade da molécula de O2 para as reações químicas como o carreamento de gás carbônico nos capilares periféricos e seu descarreamento nos capilares pulmonares. A presença de hemoglobina (Hb) reduzida no sangue periférico ajuda no carreamento de CO2, enquanto a oxigenação que ocorre no capilar pulmonar ajuda no descarreamento. O fato de a desoxigenação do sangue aumentar a sua capacidade de transportar CO2 é conhecido como Efeito Haldane. Os compostos carbamino (gás carbônico e proteínas) são formados pela combinação de CO2 com grupamentos amina terminais nas proteínas no sangue, formando carbamino- hemoglobina. 7 7 Assim novamente, o descarreamento de O2 nos capilares periféricos facilita o carreamento de CO2 20. O gás carbônico comumente utilizado na carboxiterapia no Brasil possui cerca de 99,9% de pureza, portanto, próprio para uso terapêutico, e além de seu uso nesta técnica, também é empregado em videolaparoscopia para insulflação a fim de facilitar manipulações de estruturas intra-abdominais, para controle de pH em incubadoras, para formação de atmosfera controlada em estufa, nas técnicas ginecológicas de criocauterização do colo uterino, etc. EFEITOS FISIOLÓGICOS - ESTIMULO CIRCULATÓRIO SANGUÍNEO A resposta inflamatória diante uma “agressão” física é imediata e atua no sentido de destruir, diluir ou bloquear o agente agressor, mas, por sua vez, desencadeia uma série de eventos no tecido conjuntivo vascularizado, inclusive no plasma, nas células circulantes, nos vasos sanguíneos e nos componentes extravasculares do tecido conjuntivo, com o objetivo de cicatrizar e reconstituir o tecido lesado. Aspectos histológicos no processo de reparação mostraram a proliferação de pequenos vasos sanguíneos neoformados e de fibroblastos, contudo segundo Robbins et al há também alterações no calibre vascular, que conduzem ao aumento do fluxo sanguíneo, alterações estruturais na microcirculação e emigração dos leucócitos da microcirculação e seu acúmulo nos focos de agressão. O CO2 atua, sobretudo na microcirculação vascular do tecido conjuntivo, promovendo uma vasodilatação e um aumento da drenagem veno-linfática. A carboxiterapia, através da infusão de CO2, permite uma vasodilatação persistente identificada por videolaparoscopia e um aumento significativo da concentração de oxigênio (O2) local. 8 8 Estudos demonstraram a ação da carboxiterapia na melhora do fluxo sanguíneo, verificado através da dopllerfluxometria. Toryama et al relataram que o efeito da carboxiterapia sobre a vasodilatação arterial pôde ser observado em dados experimentais, onde pacientes com arteriopatia periférica com isquemia crítica foram submetidos à terapia com gás carbônico em que foi possível evitar a amputação em 83% dos casos. Segundo os pesquisadores isto pode ser reflexo do aumento da atividade parassimpática e a diminuição da atividade simpática nesses tecidos. Além disso, a persistência da melhora clínica ou “cura temporal” de afecções vasculares pode ser explicada pela neoangiogênese devido à formação de fatores angiogênicos, de crescimento vascular e endotelial e de crescimento de fibroblastos desencadeados pela hipercapnia tecidual. EFEITO BOHR A afinidade da hemoglobina pelo oxigênio depende do pH do meio, a acidez estimula a liberação de oxigênio diminuindo assim esta afinidade. Além disso, o aumento da concentração de dióxido de carbono (CO2) no meio também abaixa a afinidade por oxigênio. A presença de níveis mais altos de CO2 e prótons (H+) nos capilares de tecidos em metabolismo ativo promove a liberação de O2 da hemoglobina, o efeito recíproco ocorre nos capilares dos alvéolos do pulmão, a alta concentração de O2 libera CO2 e H+ da hemoglobina. Essas relações são conhecidas como efeito Bohr. Há um consenso entre autores de que há um aumento significativo da concentração de oxigênio (O2) local após a infusão subcutânea de CO2, consequentemente há um aumento da pressão parcial de O2. Os autores relataram ainda que há diminuição da afinidade da hemoglobina pelo O2 na presença de gás carbônico disponibilizando mais 9 9 oxigênio às células, o que favoreceria o metabolismo dos tecidos da região tratada (potencialização do efeito Bohr). AÇÃO BIOQUÍMICA O CO2 é um potente vasodilatador, ocasionando aumento do fluxo sanguíneo no local de sua aplicação. Com a infusão do gás, ocorre uma distensão tecidual, com um importante aumento da concentração de oxigênio local. Além disso, provoca ativação de barorreceptores, corpúsculos de Golgi e Paccini devido a esta distensão tecidual e consequente liberação de substâncias “alógenas” quais sejam a bradicinina, catecolamina, histamina e serotonina. De acordo com alguns relatos, essas substâncias atuam em receptores beta- adrenérgicos ativando a Adenilciclase, promovendo assim aumento do AMPc tissular e consequente quebra dos triglicérides. CARBOLIPÓLISE A gordura localizada vem sendo tratada de várias formas, e a carboxiterapia vem se constituindo num recurso de valor para a redução de medidas ocasionadas por acumulo de adiposidades. Lembramos que o tecido adiposo é constituído basicamente por lipídeos e que contém ou são derivados de ácidos graxos sob a forma de triglicerídeos, onde cada triglicerídeo é constituído por moléculas de ácidos graxos esterificados em glicerol. O adipócito recebe os ácidos graxos que foram acondicionados em quilomícrons. Estes quilomícrons entram na circulação venosa e sãoeliminados na periferia pela hidrólise do triacilglicerol catalisado pela enzima lipoproteína lípase (LPL). A hidrólise do triacilglicerol armazenado é ativada pelos hormônios lipolíticos (Adrenalina e Noradrenalina) que por sua vez ativam a Adenil-ciclase, para formar AMP cíclico (AMPc) que irá ativar a lípase-hormônio-sensível na 1 0 10 hidrólise do triacilglicerol para então liberar ácidos graxos livres e glicerol do adipócito e caírem na circulação capilar. Baseando-se nesta fisiologia, Legrand et al relataram que o aumento do AMPc por meio da ação do CO2, ativando a Adenilciclase, resulta numa ação lítica sobre o tecido adiposo. Através de dados obtidos experimentalmente em um amplo estudo, Brandi et al demonstraram aumento da perfusão tecidual, aumento da pressão parcial de oxigênio e redução da circunferência das áreas tratadas. Além disso, os autores demonstraram também, através de estudo histológico, cortes com rupturas de membranas de adipócitos pela passagem do gás, reforçando o efeito lipolítico da carboxiterapia. A prática de carboxiterapia no tratamento de gordura localizada também envolve a injeção de soro fisiológico no local a ser tratado antes da injeção do gás. O soro fisiológico em contato com o gás carbônico forma uma reação química (CO2 + H2O ↔ H2CO3 ↔ H+ + HCO3), com liberação de íons H+, proporcionando um meio ácido no local da aplicação. Essa acidez tecidual confere um aumento da oxidação lipídica através da ativação das lipoproteínas lípases (LPL), potencializando o poder de queima da gordura. AÇÃO NO TECIDO CONJUNTIVO Após a ação mecânica ocorrida na carboxiterapia, provocada pelo “trauma” da agulha e pela introdução do gás, há a produção de um processo inflamatório e consequente migração de fibroblastos para a região da agressão e sua posterior proliferação estimulando a síntese de colágeno e de outras moléculas do tecido conjuntivo, como a fibronectina, glicoproteína encontrada no sangue, associada a vários processos biológicos como adesão e diferenciação celular, reparação de tecidos, servindo como substrato para enzimas fibrinolíticas e da coagulação . Estudo histológico com a Carboxiterapia comprovou um aumento da espessura da derme, evidenciando estímulo à neocolagenase, bem como 1 1 11 preservação total do tecido conjuntivo, incluindo estruturas vasculares e nervosas, ou seja, um evidente rearranjo das fibras colágenas. Em estudo piloto com ratos jovens (3 meses) e ratos mais velhos (14 meses), realizou-se biópsia da pele antes e após a injeção subcutânea e intradérmica de gás carbônico. Verificou-se que de fato, após a injeção do gás carbônico, o arranjo das fibras de colágeno dos ratos mais velhos era similar ao dos ratos mais jovens. Além disso, houve um aumento da quantidade de fibras de colágeno na área tratada, sendo mais pronunciadas com as injeções intradérmicas. APLICAÇÕES CLÍNICAS Na carboxiterapia, o fluxo e o volume total de gás infiltrado são controlados com equipamentos apropriados. O aparelho Italiano chamado Carbomed® foi elaborado para administração subcutânea do CO2, com total controle sob a velocidade e volume de gás infiltrado. Tem aprovação nas normativas da Comunidade Europeia desde 2002 (CE 0051). É descrito como dispositivo médico, classe IIb, apresenta padrões de qualidade e segurança e tem aprovação de comercialização e uso pelo FDA americano como equipamento de uso médico ambulatorial. No Brasil, atualmente, existem diversas marcas e modelos de aparelhos, registrados pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e sua aplicação oferece conforto e segurança. O aparelho liga-se a um cilindro de ferro por meio de um regulador de pressão de gás carbônico e é injetado por via de um equipo (sonda) com uma agulha pequena (agulha insulina- 30 G1/2) diretamente através da pele do paciente. Autores relataram que o fluxo de CO2 normalmente infundido durante tratamentos com carboxiterapia encontra-se entre parâmetros de 20 e 80 ml/min. Porém há equipamentos que disponibilizam fluxos até 150 ml/min. Com relação ao volume total administrado, este gira em torno de 600 ml a 1000 ml, podendo atingir 3000 ml nos casos de grandes depósitos de gordura. 1 2 12 Outros autores mencionaram infusão de um volume total de 2000 ml em aplicação para gordura localizada. Como consequência da evolução dos estudos a respeito da técnica, a medicina estética, e também a medicina convencional, assim como a Fisioterapia Dermato-funcional, têm procurado investir na comprovação científica dos métodos para o tratamento de diversas afecções. AUXILIAR PARA EXAMES COMPLEMENTARES Há relatos de que o CO2 foi utilizado em Medicina, em cirurgias videolaparoscópicas (para criar um pneumoperitôneo), nas histeroscopias e em contraste em angiografias. Segundo pesquisadores esses dados justificam a segurança para o uso deste tipo de gás neste procedimento terapêutico, demonstrando que o mesmo não e passível de promover embolia. Segundo Vilos & Vilos o CO2 pode ser usado para promover pneumoperitoneo em cirurgias endoscópicas. Os autores relataram ainda que fluxos de até 1000 ml/min podem ser utilizados com segurança e que volumes totais podem até ultrapassar 10 litros, sem que haja efeitos sistêmicos significativos. Relatos ainda dão conta de que são usados nestes procedimentos injeções intravasculares em "bolo" de até 100 ml e fluxos contínuos entre 20 e 30 ml/segundo, sem reações adversas. ARTERIOPATIAS Sabe-se que a carboxiterapia, tornou-se terapêutica frequente na Europa, principalmente na Itália e na França, inicialmente para arteriopatias periféricas. Observando que o distúrbio fisiológico fundamental nas várias afecções circulatórias é a limitação obstrutiva do fluxo sanguíneo, com consequente 1 3 13 isquemia dos tecidos irrigados pela inadequada oxigenação, algumas das principais indicações da carboxiterapia em afecções vasculares são: arteriopatia periférica, síndrome acrocianotica, e outras patologias que apresentam alterações do microcírculo vascular, como insuficiências venosas e ulceras dos membros inferiores. Fabry et al relataram que cerca de 20.000 (vinte mil) pacientes acometidos de arteriopatias periferias foram atendidos utilizando terapia com dióxido de carbono, confirmando assim a eficiência terapêutica desta técnica. Atualmente, encontramos vários profissionais que, em sua prática clínica, utilizam a carboxiterapia em telangiectasia em membros inferiores com bons resultados estéticos. Segundo Weimann, no tecido celulítico há um mau funcionamento dos adipócitos, que retém um maior teor de lipídios, diferentes e alternados e que estimulam a retenção de líquidos, levando assim ao aumento de volume da célula, gerando compressão dos vasos e comprometendo a circulação sanguínea. Sabe-se que o gás carbônico no tecido subcutâneo atua na microcirculação, na curva de dissociação da hemoglobina e está ligado a ação lipolítica oxidativa, o que nos faz pensar na histologia do tecido celulítico que apresenta uma alteração bioquímica do interstício (aumento da viscosidade), estase vênulo-capilar, com hipo-oxigenação, até um estágio de fibrose cicatricial, atrófica, irreversível. Por sua virtude de melhorar a microcirculação arterial da pele e subcutâneo, por aumentar a perfusão tecidual e a pressão parcial de oxigênio (PO2), a carboxiterapia é indicada para o tratamento da lipodistrofia ginóide, tratando principalmente o tecido celular subcutâneo que se encontra congestionado por retenção de líquido e toxinas não eliminadas por comprometimento da microcirculação periférica. Pesquisadores investigaramo uso da terapia com gás carbônico no tratamento da paniculopatia edemato fibroesclerótica, observando uma vasodilatação importante e aumento significativo do fluxo vascular, demonstrando importante resultado da técnica da carboxiterapia neste tipo de afecção. Corroborando com estes autores, Corrêa et al mostraram que a técnica é indicada para este tipo de afecção, em estudo feito em mulheres acometidas 1 4 14 de graus variados de celulite na região glútea, pois após 10 sessões de carboxiterapia, houve uma redução de 40,47% no grau da celulite e 33,78% no quadro álgico. PÓS-CIRURGIA PLÁSTICA No ramo da cirurgia-plástica, a carboxiterapia tem sido empregada para correção de irregularidades pós lipoaspiração, ou mesmo, no pré-operatório para melhorar a vascularização de retalhos cirúrgicos. No estudo de Brandi et al, foi verificado uma melhora estatisticamente significativa no que diz respeito à elasticidade da pele e as irregularidades cutâneas pós lipoaspiração. Com isso, podemos esperar efeitos positivos da terapia com CO2 sobre a adiposidade localizada e elasticidade cutânea da pele em pacientes que realizaram lipoaspiração. A cicatriz caracteriza-se por uma lesão na camada dérmica. Após uma incisão da pele, dá-se início ao processo de reparo, o que se faz à custa da proliferação do tecido conjuntivo. Segundo Carvalho et al, o descolamento da pele provocado pelo gás, leva a perda da integridade tecidual e a exposição do colágeno, com consequente ativação do processo de cicatrização. Os autores relataram ainda que a Carboxiterapia também pode ser indicada para o tratamento de cicatrizes aderentes após o transcurso do processo cicatricial. Isto se justifica pela ação mecânica do gás ao promover um “descolamento” das estruturas aderidas durante o processo de reparo tecidual, proporcionando efeitos benéficos à aderência cicatricial. GORDURA LOCALIZADA A Carboxiterapia tem larga utilização em algumas das principais queixas da estética, trata-se da gordura localizada e da celulite. O tecido adiposo é uma 1 5 15 forma especializada do tecido conjuntivo, formado por células chamadas de adipócitos. O excedente das reservas nutricionais resultante de uma ausência de equilíbrio entre a ingestão de nutrientes e a necessidade diária de nutrientes fica contido no interior dos adipócitos sob a forma de triglicerídeos. Sabe-se que o tecido adiposo não é apenas um depósito de gordura, também funciona como órgão secretor, já que foi demonstrado que o tecido sintetiza e libera lipoproteína lípase (LPL). Pode não parecer, mas o tecido adiposo é altamente vascularizado59, com isso a troca gasosa entre as células adiposas e a corrente sanguínea é intensa, contribuindo para isso a rica vascularização do tecido conjuntivo. Além disso, há trabalhos demonstrando que a quantidade de sangue que circula na hipoderme é inversamente proporcional ao índice de massa corpórea. Este dado é importante já que dentre os mecanismos de mobilização dos ácidos graxos, o aumento do fluxo sanguíneo é o mais importante. Contudo, a infusão de gás carbônico leva ao aumento da concentração de oxigênio tecidual promovendo uma vasodilatação e consequente melhora da circulação sanguínea da pele e com isso ocorre à ativação do metabolismo local. Baseado no fato de que o metabolismo ativado favorece a lipólise, a Carboxiterapia se mostra um recurso terapêutico importante para o tratamento das adiposidades localizadas, a Carbolipólise. Resultados semelhantes foram demonstrados por Brandi et al através de injeção de gás carbônico, pois mostrou-se um aumento da perfusão tecidual, aumento da pressão parcial de oxigênio (PO2) e a redução da circunferência das áreas tratadas. Além disso, relataram aumento da espessura da pele, fratura da membrana do adipócito e preservação total do tecido conjuntivo, incluindo estruturas vasculares e nervosas. Como foi dito, o soro fisiológico pode potencializar o efeito lipolítico da carboxiterapia, por proporcionar um meio mais ácido pela formação de íons de hidrogênio (H+). Em contato com o gás carbônico, o soro forma uma reação química com a liberação de íons hidrogênio, responsável pela acidez do meio, aumentando o poder de queima na região. Segundo Carvalho após a demarcação da área a ser tratada, e com o auxílio de uma seringa, injeta-se em torno de 1 ml de soro fisiológico 1 6 16 por ponto, distribuídos por toda a área aleatoriamente e em seguida aplica-se o gás carbônico. ESTRIAS E FLACIDEZ CUTÂNEA As estrias caracterizam-se por afecções dermatológicas que no início apresentam um processo inflamatório, com elastólise e desgranulação de mastócitos, seguidos de afluxo de macrófagos em torno das fibras elásticas. A estimulação fibroblástica tem importante papel no processo regenerativo da atrofia tecidual na estria. O eletrolifting, terapia utilizada no tratamento das estrias, através de estímulo elétrico de baixa intensidade, provoca uma inflamação aguda na estria com um leve edema e hiperemia a fim de aumentar a capacidade de replicação dos fibroblastos e produção de fibras colágenas na pele estriada. Além disso, o peeling químico é um procedimento bastante utilizado no tratamento das estrias, tendo como princípio provocar um processo inflamatório, e a partir daí iniciar o processo de reparo do tecido lesado. Processo semelhante ocorre com a Dermotonia, onde sua aplicabilidade visa a reconstrução das fibras de colágeno e elásticas. Baseado no fato de que a flacidez cutânea é caracterizada por uma atrofia da pele e perda da elasticidade, devido à diminuição da capacidade de produção de colágeno que dá sustentação a pele, a terapia com gás carbônico torna-se um recurso viável para seu “tratamento” tendo em vista estimular a produção de novas fibras de colágeno e com isso prover maior sustentabilidade à pele flácida. Isto é justificado por Brandi et al, pois através de estudos histológicos com a Carboxiterapia comprovaram um aumento da espessura da derme, evidenciando estímulo a neocolagenase, bem com um evidente rearranjo das fibras colágenas. Portanto, a carboxiterapia ao estimular a formação de colágeno, se torna um recurso valioso para o tratamento de estrias e da flacidez cutânea. A pele sofre modificações facilmente reconhecidas com o avançar da idade. As rugas são sinais evidentes caracterizado por sulcos ou pregas na pele. A causa do 1 7 17 enrrugamento, da atrofia, do aparecimento de sulcos, ptose e frouxidão são as alterações progressivas nas fibras de colágeno e elastina. Oria et al já haviam demonstrado em estudo realizado com cadáveres que o envelhecimento causa desorganização e rompimento das fibras de colágeno e elastina quando comparadas à pele jovem. Dessa forma, a carboxiterapia no tratamento facial, proporcionando maior velocidade de troca (aumento fluxo sanguíneo) e melhora da oxigenação tecidual, é indicada na diminuição das rugas e melhora parcial das bolsas de gordura. Segundo Ferreira et al. houve acentuado aumento do colágeno após infusão de gás carbônico na pele de ratos. Relataram também que as injeções intradérmicas são mais eficientes que as subcutâneas na redução de rugas e sulcos. Analisando o fato de que as rugas apresentam dano nas propriedades mecânicas do colágeno e um dos efeitos fisiológicos da carboxiterapia é a produção e reorganização das fibras colágenas, pode-se considerar, baseado na literatura e em nossa prática clínica como sendo um método eficaz para suavizar e promover firmeza nos locais onde havia rugas. OUTRAS APLICAÇÕES De acordo com Carvalho, outras indicações da carboxiterapia que apresentam bonsresultados são: queimados, ulcerações em membros inferiores, psoríase e calvície, ou seja, patologias que se beneficiam com o incremento da circulação. Outro estudo recente avaliou a reação de pacientes portadores do fenômeno de Raynauld com uso de dopplerfluxometria após aplicação percutânea de gás carbônico. Foram 18 dias de tratamento e no final observou- se que os pacientes adaptaram mais fácil à exposição ao frio. Além disso, Wollina et al durante um período de 4 anos, trataram de 86 pacientes com feridas crônicas (úlcera venosa crônica, úlceras neuropáticas, escaras, úlceras reumáticas) com aplicação transdérmica de CO2. Os achados apontam para uma mudança positiva na microcirculação e subsequente melhoria no tecido de 1 8 18 granulação (quer cicatrização completa ou significativa diminuição da inflamação, dor e odor). Bons resultados também apareceram nas áreas de reumatologia (artrite autoimune, osteoartrite degenerativa, atrite aguda: epicondilite, periartrite), urologia (disfunção erétil associada à microangiopatias) e dermatologia (psoríase, úlceras associadas à microangiopatias). Efeitos positivos foram apresentados por 109 pacientes com artrite psoriática submetidos a banhos acrescidos de gás carbônico. Os pacientes apresentaram melhora do comprometimento articular, no aspecto da pele e na circulação sanguínea. Com base na literatura, a carboxiterapia pode ser considerada um tratamento seguro, sem efeitos adversos ou complicações importantes, tanto locais, como sistêmicas. Como mencionado anteriormente, o gás carbônico é um metabólico presente na circulação sanguínea, e a quantidade de gás injetado durante o tratamento está abaixo do volume produzido pelo organismo. Além disso, pacientes submetidos a injeções subcutâneas de CO2 não mostraram nenhum dano em seu tecido conectivo, vascular e estrutura nervosa. Contudo, a utilização de injeções intravasculares em “bolo” de até 100 ml e fluxos contínuos entre 20 e 30 ml/segundo foram realizados como contraste em angiografia, assegurando de que o dióxido de carbono não provoca embolia, nem reações adversas. Portanto, pode-se dizer que os efeitos secundários apresentados pela carboxiterapia se limitam em dor no local da aplicação, pequenos hematomas ou equimoses devido às várias punturas e sensação de crepitação devido à formação de um enfisema local que desaparece em no máximo 30 minutos. Verificamos na pratica clínica, relatos de aumento da temperatura no local da aplicação do gás, hiperemia, dor localizada no momento e após a aplicação do gás de curta duração. Há também sensação de ardor e peso/fadiga no membro onde foi infundido o gás carbônico logo após sua aplicação. Segundo Goldman et al este efeito está relacionado com a velocidade do fluxo e limiar do paciente. Com o intuito de minimizar a dor do paciente durante a aplicação da carboxiterapia, aparelhos mais novos utilizam dispositivos eletroeletrônicos localizados durante o transcurso 1 9 19 do gás para aquecerem-no antes que ele seja injetado no segmento corpóreo. O objetivo é de aliviar o desconforto do paciente, permitindo assim infundir o gás numa velocidade maior, tornando a terapia mais rápida. Porém não se sabe se o aquecimento do gás altera sua eficácia e resultados, pois faltam estudos conclusivos sobre este aspecto. Além disso, na prática clínica, verificamos que há pacientes que não relatam maior conforto durante a terapia com o uso do aquecedor do gás. Contraindicações Como foi dito, a carboxiterapia é considerada uma técnica segura, mas devemos atentar para algumas contraindicações citadas por alguns autores: infarto agudo do miocárdio, angina instável, insuficiência cardíaca, hipertensão arterial, tromboflebite aguda, gangrena, infecções localizadas, epilepsia, insuficiência respiratória, insuficiência renal, gravidez, distúrbios psiquiátricos. CARBOXITERAPIA Hoje em dia muitas pessoas desejam acabar com a gordura localizada, as celulites, a pele flácida e outras imperfeições, o procedimento de carboxiterapia pode ser a solução para esses problemas. Esse processo consiste resumidamente na injeção de gás carbônico sobre a pele com o objetivo de ajudar na circulação e na oxigenação dos tecidos, desta forma, faz com que a pele forme o colágeno e também as fibras elásticas. Ao buscar o que as pessoas acreditam ser o corpo perfeito, muitos procuram por algum procedimento estético que prometa algum milagre ou até mesmo mudanças radicais. Existem diversos outros tratamentos que transformam a aparência de um dia para o outro. Atualmente um dos produtos mais vendidos e comercializados dentro do mundo da beleza é a carboxiterapia. 2 0 20 Carboxiterapia é o processo de aplicar gás carbônico medicinal utilizando agulhas finas é conhecido como carboxiterapia e isso é o suficiente para reduzir estrias, gorduras localizadas, celulites e cicatrizes na pele. A carboxiterapia é um tratamento derivado de uma técnica cuja origem é de 1932, onde o tecido subcutâneo recebia a aplicação de gás carbônico para os tratamentos médicos. Já nos dias atuais, esse procedimento recebeu destaque pela sua variedade de uso, principalmente pelos baixos riscos e efeitos colaterais, mas principalmente por proporcionar um bom resultado. Se trata de um procedimento que deve ser feito por um profissional especializado e dentro de uma clínica ou consultório, pois, a carboxiterapia é realizada com algumas injeções em pequena quantidade de gás carbônico nas diversas camadas do corpo. A profundidade da injeção depende do propósito do tratamento, já que: Para reduzir medidas o tratamento é entre a camada de gordura e camada da pele; Já se for para conseguir se livrar de estrias, esse procedimento é precisamente na cicatriz. O uso do gás é para promover a circulação do sangue na região, para estimular a produção do colágeno e para ajudar a eliminação das células com gordura. Pode ser que seja necessário de 10 a 15 sessões, porém, o paciente consegue sentir os resultados após a primeira sessão. Como funciona a carboxiterapia O CO2 é aplicado sob a pele com o uso de uma agulha esterilizada, se trata de uma agulha similar à agulha da insulina. Através do aparelho que está conectado à agulha é possível regularizar a velocidade do fluxo do gás, assim como também a dose e o tempo de aplicação. Essa introdução sob a pele é completada com uma massagem manual, cujo objetivo é auxiliar a dispersão do gás e fazer com ele possa circular. É necessário entender que terá um aparelho acoplado no cilindro de gás carbônico medicinal. 2 1 21 Será esse equipamento responsável por regular a vazão do gás, que não pode atingir mais de 80ml de gás a cada minuto, para uma seringa cuja agulha seja de calibre mínimo. Como já mencionado, a profundidade da agulha para cada aplicação varia. Os profissionais especializados nesse procedimento garantem que não há efeito secundário, apenas uma dor muito forte e passageira na área em que o gás é aplicado. No entanto, alguns pacientes podem relatar algum efeito colateral. É indicado que sejam feitas apenas duas ou três sessões por semana, o total de sessões deve ser de 10 a 15 para concluir o tratamento, cada sessão dura cerca de 30 minutos. Regiões mais procuradas para fazer a carboxiterapia Existem diversas regiões do nosso corpo que podem passar pelo procedimento de carboxiterapia, mas algumas são mais procuradas do que outras. Sendo assim, são vários tipos de carboxiterapia, as mais buscadas são: Carboxiterapia para estrias; Carboxiterapia para celulite; Carboxiterapia para flacidez; Carboxiterapia para fibrose pós-lipo; Carboxiterapiapara olheiras; Carboxiterapia para gordura localizada; Carboxiterapia para o bigode chinês; Carboxiterapia para papada; Carboxiterapia para o abdômen. Cada tipo de carboxiterapia é mais profunda do que a outra e pode haver modificação nesse processo, portanto, é possível combinar a carboxiterapia com ultrassom, carboxiterapia com gás aquecido e a carboxiterapia com Eletrolipólise. https://clinicasesteticas.com.br/procedimento/eletrolipolise/ 2 2 22 Porque fazer a carboxiterapia Ainda não entende porque esse procedimento pode ser benéfico para você? Confira no tópico a seguir. Benefícios da carboxiterapia Quem faz esse procedimento com finalidade estética tem determinada região que passou pelo procedimento com a aparência melhorada, certo? Sendo assim, o principal benefício é a melhoria estética. Quando a estética é renovada, a auto estima da paciente melhora e certamente reflete em outros aspectos da vida. Antes e depois da carboxiterapia Para entender um pouco melhor sobre os benefícios proporcionados pela carboxiterapia, saiba como é o processo em algumas regiões e como será o antes e depois. Celulites A carboxiterapia na celulite elimina a gordura localizada da região, pois, lesiona os adipócitos e isso favorece a sua queima, além é claro de aumentar a circulação do sangue e a drenagem linfática feita no local. Gordura localizada Ao realizar esse procedimento nas gorduras localizadas ocorre uma lesão nas células de gordura, isso promove a sua retirada e também a melhoria da circulação sanguínea onde a injeção foi feita. https://clinicasesteticas.com.br/procedimento/drenagem-linfatica/ 2 3 23 Perda de cabelo Sim, a carboxiterapia também pode ser um tratamento capilar, já que favorece no crescimento de novos fios de cabelo e também aumenta o fluxo sanguíneo na região do couro cabeludo. Flacidez Quando a carboxiterapia é feita para flacidez, o paciente passa a produzir mais fibras de colágeno que são responsáveis pela sustentação da pele. Olheiras A carboxiterapia nas olheiras é responsável pela redução de inchaço, pelo fortalecimento de vasos sanguíneos e pelo clareamento da pele. Estrias O processo de carboxiterapia em estrias vai alongar os tecidos desse local e preencher a região com o gás carbônico medicinal, estimulando o corpo a produzir o colágeno. A carboxiterapia é um tratamento que requer cuidados As principais recomendações antes de uma sessão é que o paciente não use creme, óleos ou algum produto que seja possível penetrar a pele. É importante também estar vestindo uma roupa confortável e que não comprima o local onde a aplicação será feita. Quando o procedimento for realizado, é essencial usar o protetor solar de alto fator e evitar a exposição ao sol. Mantenha a atenção no local que foi feito a aplicação, portanto, não coce ou arranhe a região tratada. Se o paciente desejar é possível e até mesmo indicado que a rotina de exercícios físicos seja mantida, ou até mesmo sessões de drenagem linfática, de acordo com o que o profissional responsável oriente. Riscos da carboxiterapia 2 4 24 Os profissionais especializados sempre apontam alguns riscos e efeitos possíveis, como: Dormência; Ruptura de vasos sanguíneos pequenos; Sangramento; Dor; Ardência durante o tratamento. Alguns sintomas são raros, porém possíveis. De forma geral, os hematomas, que são roxos, sumirem em poucos dias, porém, em alguns cenários, existem as chances da região tratada ficar um pouco mais escura e machada. Vale ressaltar que de acordo com uma nota do Conselho Federal de Medicina, a carboxiterapia ainda é um método experimental, mesmo que seja uma técnica usada a muitos anos. Terapias com propósito estético que usam o gás carbônico não tem aval científico por isso ainda são colocadas nessa categoria. Ademais, como esse processo consiste na perfuração da pele, mesmo que seja superficial, existem riscos de infecções quando não há a higienização correta. Desta maneira, mesmo que existam poucos riscos que já foram associados e descritos, o conhecimento da eficácia dessa técnica e as consequências do tratamento ainda não tem um estabelecimento científico. O mercado na área de estética tem se mostrado muito promissor. Com o setor aquecido, várias profissões na estética foram se ligando, e seus tratamentos inseridos em nichos similares. Como é o caso da odontolgia, fisio dermatocunfional, entre outras. 2 5 25 Para atender toda essa demanda, não é qualquer formação que permite a realização de tratamentos e a indicação de produtos. Cursos de graduação, tecnólogos e especializações e/ou capacitações são fortemente recomendados para esse setor. Pesquisas mostram que algumas carreiras são promissoras para quem quer trabalhar com Saúde estética. Alguns fatores estão associados à isso, como: potencial de mercado, aumento da expectativa de vida da população, novas técnicas na área da saúde, inclusive da beleza e falta de mão de obra especializada. Nesse artigo, vamos esclarecer sobre as profissões da área da saúde que estão aptas para atuar no mercado de estética. Vale a pena frisar que além do curso de pós-graduação é necessário solicitar a habilitação ao conselho profissional da área, caso seja necessário. ENDERMOTERAPIA O excesso de peso alcança valores relevantes e atinge todas as classes sócioeconômicas, estando diretamente relacionado com o índice de morbidade, incluindo hipertensão, diabetes mellitus tipo II e moléstias cardiovasculares. O aumento do percentual de gordura é consequência da elevação da ingestão 2 6 26 calórica em detrimento da demanda energética (GRAVENNA, 2005; MARCANT, 2007; BELONI, 2010). A gordura localizada, apresenta-se como um desenvolvimento irregular do tecido conjuntivo subcutâneo. Neste caso, os adipócitos apresentam-se aumentados em regiões específicas com irregularidade do tecido e aparência ondulada, conforme afirma Cardoso (2002 apud PRAVATTO, 2007). Sua distribuição é classificada de acordo com a localização anatômica, sendo três tipos: andróide ou central, quando é predominante em abdome, mais comum nos homens; ginóide ou periférica, quando esse acúmulo predomina em coxas e quadris, mais comum em mulheres; e mista, quando ocorre uma associação dos dois tipos [...] [...] Pode existir mesmo em indivíduos sem sobrepeso, justificando sua presença em pessoas aparentemente magras, principalmente em mulheres após a adolescência. Essas, muitas vezes apresentam problemas psicológicos e sociais por estarem fora do padrão de beleza imposto pela sociedade (PALMA et al., 2012). Existem inúmeros recursos fisioterapêuticos utilizados na área de dermato funcional, destacando‐se a endermologia, que se trata de uma técnica que engloba equipamentos específicos, atuando nos planos cutâneos e subcutâneos, especificamente no tecido conjuntivo, tecido adiposo e estruturas vasculares e linfáticas [...] [...] Promove aumento na circulação local, rompe nódulos fibrosos, estimula e transforma a gordura em glicerol (substância absorvida pela circulação e eliminada pelo organismo), aumenta a extensibilidade do colágeno, melhorando o trofismo tissular e restaura a qualidade do tecido cutâneo, proporcionando um desfibrosamento profundo e um aplanamento da epiderme. Por meio desta técnica, normaliza‐se a vascularização cutânea eliminando as toxinas estagnadas, melhorando o aporte de substâncias e os elementos nutritivos que agem sobre o tecido conjuntivo (PALMA et al., 2012). A endermoterapia foi desenvolvida primeiramente pelo engenheiro francêsLouis Paul Guitay, em 1970, quando este buscava desenvolver uma técnica que diminuísse cicatrizes oriundas de acidentes de carro [...] 2 7 27 Ele criou um mecanismo que pudesse auxiliar os terapeutas, um aparelho portátil com um cabeçote massageador, que, aplicado sobre a área a ser tratada, fazia sucções e rolamentos sobre o tecido subjacente. Inicialmente o aparelho foi utilizado na recuperação de queimados, mas, descobriu-se ser também eficaz para o tratamento de celulite (MATTIA, 2011). Fonte: http://www.patricinhaesperta.com.br/cirurgia-plastica-2/abdominoplastia Figura 9: Aparelho de endermoterapia A endermoterapia é um recurso da área de Dermato-Funcional, de origem francesa, onde se realiza uma sucção sobre a pele através de ventosas que tem formas e diâmetros diferentes podendo ser utilizadas em diversos tipos de tratamentos estéticos, porém ainda é considerada uma novidade nesta área, pois é um procedimento seguro que não utiliza nem agulhas e nem injeções (MATTIA, 2011). 2 8 28 Fonte: http://www.patricinhaesperta.com.br/cirurgia-plastica-2/abdominoplastia Figura 10: Tratamento com endermoterapia A endermoterapia se trata de uma técnica que engloba equipamentos específicos, atuando nos planos cutâneos e subcutâneos, especificamente no tecido conjuntivo, tecido adiposo e estruturas vasculares e linfáticas [...] [...] Promove aumento na circulação local, rompe nódulos fibrosos, estimula e transforma a gordura em glicerol (substância absorvida pela circulação e eliminada pelo organismo), aumenta a extensibilidade do colágeno, melhorando o trofismo tissular e restaura a qualidade do tecido cutâneo, proporcionando um desfibrosamento profundo e um aplanamento da epiderme. Por meio desta técnica, normaliza‐se a vascularização cutânea eliminando as toxinas estagnadas, melhorando o aporte de substâncias e os elementos nutritivos que agem sobre o tecido conjuntivo (FILIPPO E SALOMÃO, 2012). MICROAGULHAMENTO A técnica teve início na década de 90, como nome de “subcisão”. Primeiramente apresentada por Orentreich, sua finalidade era induzir a produção de colágeno no tratamento de cicatrizes cutâneas e rugas. Devido a técnica envolver lesão, foi denominada como TIC – Terapia de Indução de Colágeno (CIT – Colagen Induction Therapy). Na mesma década, o Congresso de Cirurgia 2 9 29 Plástica e Reconstrutora em Madri, na Espanha e o Congresso Internacional de Cirurgia Plástica e Estética em Paris, na França, aceitaram e aderiram à técnica. Na ocasião, o cirurgião plástico Camirand (1997), descreveu resultados em punturações feitas com uma pistola de tatuagem em duas pacientes que apresentavam cicatrizes faciais hipercrômicas, causadas após um procedimento cirúrgico na face (facelifting). O objetivo foi de camuflar com tatuagem a cicatriz, com pigmentos da cor da pele. No entanto notou-se que a lesão causada pelas finas agulhas, desencadearam uma nova síntese de colágeno saudável. Mas somente em meados de 2000 que o cirurgião plástico sul-africano Dermond Fernands criou um aparelho apropriado para a indução de colágeno, constituído por um cilindro rolante cravejado de microagulhas. O novo designer permitia uma perfuração uniforme e rápida, além de permitir trabalhar em áreas maiores e com profundidades diferenciadas para cada região. Desta forma foi criado o Dermaroller, marca registrada e mais conhecida nos tratamentos de microagulhamento. A injúria provocada pelo microagulhamento, desencadeia através da perda da integridade do tecido, uma nova produção de fibras colágenas afim de reparar as fibras danificadas, a dissociação dos queratinócitos, a liberação de citocinas ativadas pelo sistema imune, geram uma vasodilatação no local da injúria, fazendo com que queratinócitos migrem para a região e reestabeleçam o tecido lesionado (Figura 2).Além da resposta fisiológica, as micropunturas facilitam a permeação de ativos no tecido (LIMA et al, 2013; DALBONE et al, 2014). Segundo Oliveira (2012) e Lima et al (2013), após a lesão, inicia-se a fase mais importante do tratamento, a cicatrização, que pode ser dividida em três fases: 1 – Fase inflamatória (1 a 3 dias): ocorre imediatamente após a lesão, formando coágulos para proteger de contaminação, liberando histamina e serotonina, promovendo a vasodilatação e fazendo a quimiotaxia de neutrófilos e monócitos, responsáveis pela liberação de queratinócitos. O novo tecido depende de fatores de crescimento (MDGF – Fatores de Crescimento Derivados de Macrófagos), que incluem os fatores derivados de plaquetas (PDGF), os fatores transformadores alfa, beta, os interleucina-1 e fator de necrose tumoral. Após 72 horas, os linfócitos T liberal a interleucina -1, reguladora da colagenase 3 0 30 e as linfocinas. Estas são responsáveis pela resposta imunológica (SETTERFIELD, 2010). 2 – Fase proliferativa (3 a 5 dias): a ferida é fechada pelos processos de epitelização, angiogênese, fibroplasia e depósito de colágeno. Nestas etapas, a membrana da camada basal restaura os tecidos, a angiogênese (formação de novos vasos sanguíneos) promove nutrição e oxigênio, a fibroplasia se inicia de 3 a 5 dias após a lesão e pode perdurar por 14 dias, ativando os fibroblastos e a produção de colágeno tipo I e formação de matriz extracelular (CAMPOS et al, 2007). Segundo Setterfield (2010), o aumento de queratinócitos na presença dos fatores de crescimento epidérmicos é 8 vezes maior. Daí a importância de se fazer associação de ativos durante o tratamento com microagulhamento. Até o 20º dia do procedimento, a inflamação tende a diminuir para permitir a formação de um novo tecido. 3 – Fase de remodelamento (28 dias a 2 anos): nesta fase há o aumento da resistência tecidual. Tazima et al, (2008), afirma que nesta fase de remodelamento o colágeno tipo I passa para o tipo III , aumentando a força tensora do tecido em até 80%. O colágeno é a principal proteína da matriz extracelular. Sua estrutura rígida e helicoidal tripla de cadeia longa se assemelha a uma corda. Durante o processo de maturação, ela pode crescer de maneira desordenada, criando a cicatriz. A perfuração ordenada do roller no entanto, faz a orientação cicatricial de forma saudável. Esse processo pode levar até 2 anos, mas a recuperação da força de tração original na área lesionada pode chegar a 80% (SETTERFIELD, 2010). 3 1 31 Figura 2: Representação esquemática do aumento na produção de colágeno decorrente do Microagulhamento no tecido cutâneo. Fonte: http://clinicalegerrj.com.br/images/dermaroller-cicatriz.jpg. O microagulhamento tem sido usado frequentemente no tratamento de cicatrizes de acnes, estrias, alopécias e para o rejuvenescimento facial. Trata-se de uma terapia indutora de colágeno, realizada através de um instrumento conhecido como roller. (GARCIA, 2013) Este utensílio de uso estético e dermatológico tem como ação induzir a produção de colágeno via percutânea, ou seja, através de microlesões provocadas na pele, gera-se um processo inflamatório local, aumentando a proliferação celular (principalmente dos fibroblastos), fazendo com que aumente o metabolismo celular deste tecido (derme e epiderme), aumentando assim, a síntese de colágeno, elastina e outras substâncias presentes no tecido, restituindo a integridade da pele. (KLAYN; LIMANA; MOARES, 2013) A indução percutânea de colágeno (IPC) ou microagulhamento, como foi denominada recentemente, inicia-se com a perda da integridade da barreira cutânea, tendo como alvo a dissociação dos queratinócitos, que resulta na liberação de citocinas como a interleucina -1α, predominantemente, além da interleucina-8,interleucina-6, TNF-α e GM-CSF, resultando em vasodilatação dérmica e migração de queratinócitos para restaurar o dano epidérmico. Três 3 2 32 fases do processo de cicatrização, seguindo o trauma com as agulhas, podem ser bem delineadas, didaticamente: na primeira, a de injúria, ocorre liberação de plaquetas e neutrófilos responsáveis pela liberação de fatores de crescimento com ação sobre os queratinócitos e os fibroblastos como os fatores de crescimento de transformação α e β (TGF-α e TGF-β), o fator de crescimento derivado das plaquetas (PDGF), a proteína III ativadora do tecido conjuntivo e o fator de crescimento do tecido conjuntivo. (LIMA; LIMA; TAKANO, 2013) As microagulhas podem variar de 0,5 a 3 mm de diâmetro e se dispõe ao redor de um cilindro, o roller também possui uma haste para manuseio. Dessa forma, ele é passado sobre a pele em várias direções e cria micro orifícios ou escoriações que cicatrizam em poucos dias. (GARCIA, 2013) A pressão vertical exercida sobre o roller, não deve ultrapassar 6N, pois força superior pode levar danos a estruturas anatômicas mais profundas e mais dor que o esperado ao paciente. Recomenda-se posicionar o aparelho entre os dedos indicador e polegar como se estivesse segurando um “háshi” e controlar a força exercida com o polegar. Os movimentos de vai e vem devem guiar-se por padrão uniforme de petéquias em toda a área tratada. Para isso, entre 10 a 15 passadas em uma mesma direção e pelo menos 4 cruzamentos na área de rolagem são suficientes. Teoricamente 15 passadas provocam dano de 250- 300 punturas/cm3 .(MOREN, 2010, ) (Figura 1) 3 3 33 Figura 1 – Desenho de tratamento com microagulhas. Fonte:LIMA; LIMA; TAKANO, 2013 VARIAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE PERFURAÇÃO Embora o roller seja o instrumento mais conhecido para realização do microagulhamento, existem outros modelos com a mesma finalidade. Mesmo entre os rollers conhecidos, hoje há uma grande quantidade de modelos e material utilizados na fabricação dos mesmos. O roller tradicional e é constituído por um cilindro repleto de agulhas em aço inoxidável, dispostas ordeiramente em quantidade (de 190 a 1.080 agulhas), distâncias, espessura e comprimento (de 0,20mm a 3,00mm) diferentes (Figura 3). Essa disposição está relacionada ao tipo de tratamento e área de aplicação do roller. Seu cabo é de polietileno, impedindo que o equipamento seja autoclavado. Após o uso , é necessário que se faça o descarte juntamente com o material perfuro cortante. Há também rollers totalmente feitos em materiais esterilizáveis como aço inox e ouro, permitindo a reutilização do equipamento, contudo após um período, é necessário a troca destes, visto que as agulhas perdem o corte podem se deformar. 3 4 34 Figura 3: Aparelho para realização do Microagulhamento: Dermorroler e suas diferentes profundidades de penetração na pele humana.. Fonte:https://www.ebay.com/itm/Titanium-540-0-25mm-2-5mm-Microneedle-Derma- Roller-Dermaroller-MicroNeedle-/281794295249. Além da variação de material, os rollers também podem vir associados à outras terapias como a cromoterapia, LED e com efeito vibratório. Todas tem como objetivo potencializar a técnica e efeitos desejados no tratamento.Outro equipamento bastante utilizado no procedimento de microagulhamento são as canetas ou dispositivo manual de microagulhamento, também conhecidas com Dermapen, que podem ser manuais ou elétricas (Figura 4). Estas funcionam com refis descartáveis, sua regulagem manual permite realizar microagulhamento de 0,25mm até 2,00mm. A quantidade de agulhas em cada refil pode se de 2, 3, 7, 12 ou 36 agulhas, bem inferior a quantidade de agulhas do roller convencional. A aplicação da caneta manual se diferencia do roller por exigir maior destreza do profissional que fará a aplicação. Mesmo em aparelhos elétricos, onde não será necessária a pressão manual, o controle e direcionamento do agulhamento é feito pelo profissional. Alguns modelos ainda possuem inclinação automática da ponteira. Todos estes ajustes são para evitar cortes irregulares na pele. A caneta permite uma aplicação pontual, sendo ideal para pequenas áreas, áreas de difícil acesso e região capilar (Figura 4) (ARORA, S.; GUPTA, B.P.,2012). 3 5 35 Figura 4: Aparelho de microagulhamento ou micropuntura, conhecido como Dermapen. Fonte:https://http2.mlstatic.com/dermapen-caneta-025-a-25-mm-3-cartuchos. INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES DA TÉCNICA O microagulhamento é uma técnica que trabalha com dois objetivos. O primeiro é o estímulo à produção de colágeno como nos casos de rejuvenescimento melhorando os aspectos de textura, cor e brilho da pele; nos tratamentos de flacidez tissular e amenização de rugas e linhas de expressão, aumentando o volume da área tratada; e nos tratamentos de estrias, cicatrizes de acne e cicatrizes hipertróficas pós queimaduras (DODDABALLAPUR, 2009; KALIL et al., 2015a; LIMA; LIMA; TAKANO, 2013; MOETAZ EL-DOMYATI et al., 2015; NEGRÃO, 2015). O segundo objetivo do microagulhamento é o aumento da permeação de ativos, também conhecido como “drug delivery”, veiculando ativos como a vitamina C e o retinol (LIMA; LIMA; TAKANO, 2013; NEGRÃO, 2015). 3 6 36 Outras indicações da técnica são pele desvitalizada e desnutrida, alopécias não cicatriciais, melasma e hidrolipodistrofia ginóide (HLDG). Essa última ainda não há comprovação através de pesquisas cientificas, mas há indicações de alguns autores (NEGRÃO, 2015). Como contraindicações têm-se: câncer de pele, ceratose solar, verrugas, infecções de pele, pacientes em uso de anticoagulantes, quimioterapia, radioterapia ou corticoterapia, diabetes mellitus não controlada, rosácea e acne nas fases ativas, uso de isotretinoína oral com pausa menor de seis meses e pele queimada de sol. O quelóide não é uma contraindicação absoluta, porém faltam ensaios clínicos nesse tipo de disfunção inestética. O que se sabe é que o fator de crescimento transformador TGF-β3 coordena a produção de TGF-β1 e TGF-β2 melhorando, assim, o colágeno que será depositado. Além disso, há aumento de liberação do fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF) atraindo os monócitos e liberação de interleucina-10 a qual é anti-inflamatória e melhora o aspecto do quelóide. (NEGRÃO, 2015). No que se diz respeito ao “drug delivery”, a definição do ativo bem como sua formulação é de extrema importância uma vez que suas características determinam a permeação, absorção e potencial de irritação da pele. O veículo ideal é aquele que não provoca ardência ou outro desconforto para o cliente, além de ser um fator decisivo para o alcance de bons resultados. O uso de cosmecêuticos associados com sistemas de liberação também é de grande valia, pois, estes últimos permitem maior disponibilidade do ativo e segurança além de redução de irritação cutânea devido à veiculação de menor quantidade do ativo (KALIL et al., 2015a). A administração transdérmica de drogas possui muitos benefícios, visto que reduz a possibilidade de a droga ter baixa absorção, ou que aconteça uma degradação enzimática no trato gastrointestinal, ou que ela sofra os primeiros efeitos pela administração oral, e até mesmo evita a dor de uma administração via intravenosa ou intramuscular (BADRAN; KUNTSCHE; FAHR, 2009; PRAUSNITZ, 2004). 3 7 37 A autora Hansen (2013) em seu trabalho diz que o microagulhamento tem potencial de ser uma tecnologia de transformação na entrega de vários ativos, fármacos e até mesmo vacinas, pois, o sistema de entrega de drogas da técnica permite um tratamento melhor com administraçãode níveis mais baixos das drogas para atingir os mesmos objetivos terapêuticos. Afirma ainda que muitos estudos com o intuito de determinar o potencial da entrega intradérmica a fim de melhorar a eficácia de determinados fármacos têm sido realizados desde o início da década de 30, e que desde então estes estudos revelaram que a entrega intradérmica permite uma absorção mais rápida, níveis sanguíneos de pico mais elevado e aumento de biodisponibilidade de algumas terapias quando comparados às vias de administração convencionais. Prausnitz (2004) relata que as microagulhas fornecem um meio minimamente invasivo para o transporte de moléculas na pele. As microagulhas rompem a estrutura do estrato córneo e criam orifícios para passagem de moléculas. Acredita-se que os tamanhos desses orifícios são de escala nanométrica o que evita danos com significância clínica, mas suficientes para o transporte de ativos pequenos e até mesmo macromoléculas. Além disso, expõe que estudos em seres humanos revelaram que as microagulhas são indolores mesmo atingindo a derme superficial em consequência do tamanho das agulhas que provavelmente não alcançam os nervos ou são incapazes de estimular uma sensação dolorosa. Visto isso, sugere que o uso das microagulhas representa uma tecnologia promissora para administração de compostos terapêuticos através da pele. Schoellhammer, Blankschtein, Langer (2014) confirma a afirmação de Prausnitz, ao mencionar que o comprimento das agulhas não penetra profundamente o suficiente para gerar estímulos dolorosos, tornando a técnica com microagulhas indolor. Além disso, a duração pela qual os ativos se difundem pela pele após o microagulhamento depende do tempo de vida da abertura dos poros criados que reduz significativamente em 15 minutos. Kalluri, Kolli e Banga (2011) estudaram a formação bem como o fechamento dos microcanais gerados pelas microagulhas. Os autores utilizaram 3 8 38 nos experimentos dois tamanhos de microagulhas (370 e 770 µm) de uma marca de roller e observaram através de experimentos, a formação de 16 microcanais/cm² após a ruptura do estrato córneo. O número de microcanais aumentou em função do número de passadas e as microagulhas penetraram além do estrato córneo. O diâmetro médio dos microcanais também foi avaliado e eles diminuíram à medida que aumentava a profundidade de penetração. A avaliação da TEWL revelou que o aumento dos valores se deu em função do aumento do número de passadas o que indica o aumento da ruptura do estrato córneo da pele. O tamanho das microagulhas não interferiu no tempo que a pele levou para reestabelecer sua função de barreira (após 4h do tratamento, o valor da TEWL retornou aos seus valores normais), contudo, o tempo de fechamento dos poros foi menor nas agulhas mais curtas (12h) comparado às agulhas maiores (18h). Este último dado é importante uma vez que afeta diretamente a entrega das drogas. Park et al. (2010) desenvolveram um rolo de microagulhas de polímero que foi capaz de perfurar a pele e aumentar a permeabilidade da mesma. A quantidade de droga administrada na pele foi determinada pelo número de orifícios criados pelas microagulhas bem como a concentração e formulação da droga, entre outros fatores. A distribuição uniforme da droga no interior da pele, devido à lenta taxa de difusão lateral, exige que as microagulhas tenham um espaçamento maior ou que se faça múltiplas passagens do rolo de microagulhas sobre a pele para aumentar a densidade do orifício. A pesquisa sugere que o rolo de microagulhas criado permite o aumento da permeabilidade da pele para aplicação médica e cosmética. Chawla (2014) realizou um estudo comparativo inicialmente com 30 pacientes onde realizava a técnica de microagulhamento com plasma rico em plaquetas (PRP) com concentração plaquetária de 8-9 lakhs/μl de um lado da face e com vitamina C a 15% do outro lado. Dos 30 pacientes, 23 tiveram redução das cicatrizes em 1 ou 2 graus na escala de classificação, porém os resultados com microagulhamento associado ao PRP foram mais satisfatórios em alguns tipos de cicatrizes que o microagulhamento associado a vitamina C. A vitamina C se mostrou mais eficaz no tratamento de hiperpigmentação pós 3 9 39 inflamatória secundária à acne, além de melhorar os aspectos de firmeza e suavidade da pele. Moetaz El-Domyati et al. (2015) avaliaram a eficácia do microagulhamento em diferentes tipos de cicatrizes atróficas pós acne através de fotografias e biópsias da pele, além de histometria para espessura da epiderme e avaliação quantitativa de elastina total, tropoelastina recém-sintetizada, colágeno tipo I, III e IV, e colágeno recém-sintetizado antes do tratamento e após um e três meses a partir do início do tratamento. Os resultados revelaram um aumento signiticativo na média dos colágenos tipos I, III e IV e colágeno e tropoelastina recém-sintetizados, contudo, a elastina total diminuiu de forma significativa no final do tratamento. O número de sessões e o intervalo entre as sessões são dois fatores muito questionáveis e até mesmo controversos. Na verdade, eles dependerão do que será feito, se existe um plano de tratamento pós-procedimento e quais recursos serão associados. O roller cosmético, por exemplo, pode ser utilizado todos os dias para a permeação de ativos. Para o tratamento de alopécias, as sessões podem ser quinzenais uma vez que é preciso lançar mão de recursos que reduzem o processo inflamatório para não prejudicar o folículo e agravar o quadro. O que se observa mais na literatura é um intervalo de no mínimo trinta dias para produção, depósito e remodelamento do colágeno (NEGRÃO, 2015). CRIOLIPÓLISE A criolipólise é uma técnica não-invasiva para o tratamento da redução de tecido gorduroso localizado, está técnica utiliza do resfriamento da pele e do tecido adiposo adjacente por temperatura variada entre -5 a -15ºC, o que causa paniculite fria e consequentemente na morte adipocitária causadas por apoptose (BERNARDES, 2015). 4 0 40 Segundo Oliveira (2011), para o sucesso do tratamento faz-se necessário que o profissional tenha grandes conhecimento da etiologia, sintomas, fisiopatologias e recursos adequados para a sua abordagem. Para Avram et al. (2009), as novidades existentes no mercado para a redução da adiposidade localizada estão se tornando cada vez menos invasivas, o que proporciona ao usuário do tratamento uma recuperação rápida, sem intervenções de medicamentos e pós-operatório. Segundo Bernardes (2015), há relatos de edema, hematoma, eritema e neuralgia transitória, que podem ser resolvidos em duas semanas. Amaral (2015) afirma que a busca em ter um corpo impecável tem-se tornado prioridade para a maior parte das pessoas, pois o modelo de bela aparência e saúde que a cultura mostra, são pessoas magras, com silhuetas bem definidas. Na busca incessante do corpo perfeito, as pessoas se sujeitam a procedimentos estéticos, dietas, cirurgias plástica, medicamentos, exercícios para se desfazerem das gorduras localizadas indesejadas. A gordura localizada é aquilo tudo que permanece ao emagrecimento ligado as particularidades familiares. As conservas de gordura são fragmentadas em duas, depósito geral (perde-se fácil) e depósito hereditário (resiste ao emagrecimento). O metabolismo é demorado nesses depósitos, mesmo se tiver perda de peso, a divisão da gordura é alterada a cada efeito sanfona (RIBEIRO, C. J, 2010). Os lugares do corpo onde se encontra mais gorduras localizadas são: quadril, abdômen, pré-axilar, coxas, e subescapular, conforme exemplificado na figura, podendo ser surgir em pessoas que têm uma vida de alimentação saudável seguindo uma dieta e exercícios físicos diariamente,sendo um desconforto para os que buscam sempre estar satisfeito com seu corpo. (AGNE, J. E, 2016). 4 1 41 Fonte: Google O desenvolvimento dos adipócitos começa desde a vida intrauterina e vai até a puberdade através do crescimento de partes de células adiposas. Quando chega à fase adulta, essas células não se multiplicam, mas aumenta de tamanho. A adiposidade é considerada uma abundância de tecido adiposo, podendo estar em maior ou em menor quantidade, sendo encontrada em diferentes partes do corpo, e sempre dependendo da genética do indivíduo (BARNES, D, 2017). Limonta et al. (2017) revelam em seu trabalho que os pesquisadores nos anos 70 investigaram crianças que nos seus primeiros anos de vidas tomaram muitos picolés e houve um decrescimento da gordura nas bochechas, uma coisa que foi estimulada pelo frio que receberam no local. Este é mais um jeito que os pesquisadores usaram para investigar o metabolismo das células de gorduras. Eles concluíram que os adipócitos podiam ser mais vulneráveis ao frio do que calor. Os estudos do Ferreira e Medrado (2017) falam das abordagens de protocolos e técnicas feitas para uma técnica mais segura e produtiva. No momento em que a criolipólise é efetuada, é feita uma sucção para amparar o tecido alvo em um aplicador que tem o formato de copo. Enquanto a pessoa está no procedimento, o resfriamento proporcionado pela máquina danifica somente 4 2 42 o tecido adiposo, não produzindo nenhuma destruição biológica aos tecidos aos redores. Tagliolatto et al (2017) falam da membrana anticongelante que deixa o procedimento seguro, essa membrana é uma combinação de líquido crioprotetor que é composta por um manto umedecido em gel que protege a pele nos tratamentos estéticos que envolvam a criolipólise, mantendo intacto o material biológico. O tecido adiposo, simultaneamente com seu conteúdo intracelular, será descartado por meio da resposta inflamatória ali fixada, não há dever de metabolização hepática da gordura, ou do deslocamento por intermédio da corrente sanguínea, garantindo assim os níveis séricos de triglicerídeos e colesterol encontra-se sem alterações, do mesmo jeito a desempenho do fígado. Borges e Scorza (2014) dizem que quando acontece a atenuação da temperatura corporal o organismo eleva a produção de calor, permitindo um acrescentamento na taxa metabólica que usará as conservas energéticas armazenadas nos adipócitos diminuindo as células de gordura. O tratamento de criolipólise, na primeira sessão do tratamento a camada de gordura pode reduzir de 25 a 30%, mas vale lembrar que tem que se levar em conta o metabolismo da pessoa, tipo e localização da gordura. A dificuldade em eliminar a gordura localizada se dá pela necessidade do organismo em gerar energia, o qual ele irá buscar na glicose existente na corrente sanguínea, sendo que após a utilização desta, ocorre a queima do glicogênio existente no fígado e em seguida utiliza-se das quebras de proteínas existentes nos músculos, para então assim, chegar nas células de gorduras existentes no tecido adiposo. Bueno (2012) expressa que a Criolipólise não é aconselhável para pessoas com sobrepeso ou obesas, sendo esta técnica apropriada apenas para eliminar gorduras localizadas nos indivíduos em que estejam no peso ideal e pretendem definir as linhas do corpo. Este procedimento também não é recomendada a pessoas que tenham hipersensibilidade ao frio, pessoas com feridas no local da aplicação e aquelas pessoas com diabetes descontroladas e até mesmo a gestantes. 4 3 43 Bueno (2012) complementa que a técnica terá efeito somente na região selecionada onde o resfriamento durante a sessão escolhida pode chegar por volta de -10ºC no período de 1 (uma) hora, em que a pele estará coberta por uma manta protetora com camadas de gel. O aparelho que realiza a Criolipólise é composto por ponteiras que se acoplam em diversas áreas do corpo, esta realiza um vácuo que propiciará a sucção da pele e do montante de gordura localizada no local, seguida pelo resfriamento intenso e o controle da porção sugada (FELICIANO, 2014). A figura 1é da marca Advice, chamado de Crio Top Body Redux. Figura 1: Aparelho Crio Top Body Redux. Fonte: SILVA e MERCADO (2015). A sessão da criolipólise observada na figura 2 é constituída por colocar o paciente em uma posição considerada confortável, em seguida aplica-se as ponteiras e a realização da sucção na porção selecionada, podendo durar até uma hora (ROCHA, 2013). 4 4 44 Figura 2: Procedimento de Criolipólise com aparelho Crio Top Body Redux. Fonte: SILVA e MERCADO (2015) A Criolipólise pode ser realizada em algumas regiões do corpo, em razão das ponteiras não se adaptarem a qualquer tipo de estrutura. Feliciano (2014) ainda completa que no início da sessão podem surgir pequenos desconfortos no momento que a ponteira realiza a sucção da pele, logo após esta ser seccionada inicia-se o congelamento da gordura o que leva a uma anestesia momentânea, aliviando assim o desconforto. INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES A criolipólise é um procedimento terapêutico que vem sendo divulgado e popularizado por vários profissionais de estética. Essa técnica corresponde a procedimentos de cirúrgicos e com resultados aceitável e eficaz na redução da adiposidade localizada (AMARAL, E. E, 32 2015). A criolipólise é apropriada para pessoas que tem gordura localizada, contudo tem que estar com o peso ideal, determinado pela altura e idade. Entende-se que o tratamento não é adequado para pessoas obesas. Além do mais, é de suma importância que tenha certa elasticidade no tecido cutâneo, o 4 5 45 que permite a produção da prega que será separada e tratada (LIMOTA et al, 2017; SILVEIRA, I; STAFFOQUER, S, 2016). Araujo e Mejia (2015) deixam claro que as importantes contraindicações para o procedimento de criolipólise são pessoas com doenças raras, como a crioglobulinemia paroxística ao frio, hemoglobinúria (doença autoimune), sensibilidade ao frio, urticária ao frio, dermatites ou pruridos, cicatriz, cirurgias recentes, feridas abertas ou hérnia nas regiões que serão tratadas. O procedimento de criolipólise é permitido a partir dos 18 anos e não é permitida em mulheres gestantes ou lactantes. As queimaduras são risco em relação à saúde, podendo danificar a pele total ou parcialmente, são assustadoramente graves e com consequências psicológicas significantes, conforme sua localização, área queimada e profundidade. Queimaduras são lesões na pele causadas quase sempre pelo calor, entretanto podendo ser causado pelo frio, por radiação, eletricidade, fricção e até por produtos químicos (CARNEVALLI, N. R, et al. 2018). Ribeiro (2010) traz que conforme sua localização da queimadura área e profundidade, ela pode atingir desde pelos, músculos e ossos. As queimaduras de 1° grau (lesa a epiderme) são caracterizadas pela vermelhidão e o ardor, as de 2° grau (lesa a epiderme e derme) deixam dor e bolhas que podem conter linfa ou podem ser secas e brancas podendo causar cicatrizes e as queimaduras de 3° grau (lesa todas as camadas da pele) indolor e pode causar 20 deformidades. Em relação as complicações após o procedimento, podem ocorrer: alterações provisórias na função sensorial sem leões a longo prazo, eritema imediatamente após a aplicação desaparecendo 30 minutos depois da sessão e alterações nos níveis lipídeos dentro dos parâmetros normais (ROCHA, 2013). BIOMEDICINA NA ESTÉTICA 4 6 46 Dentro das principais profissões na estética, destacamos a biomedicina, que têm se tornado uma das
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