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Mecânica Quântica e a Estrutura Atômica Uma teoria da estrutura atômica e molecular foi desenvolvida de maneira independente e quase simultânea por três homens em 1926: Erwin Schrödinger, Werner Heinsenberg e Paul Dirac. Essa teoria chamada de mecânica ondulatória por Schrödinger e de mecânica quântica por Heinsenberg, tornou-se a base a partir da qual deriva nossa compreensão moderna das ligações das moléculas. Na essência da mecânica quântica se encontram as equações das chamafas funções de onda (simbolizadas pela letra grega psi, ). ⟶ Cada função de onda () corresponde a um diferente estado de energia de um elétron. ⟶ Cada estado de energia é um subnível no qual um ou dois elétrons podem existir. ⟶ A energia associada ao estado de um elétron pode ser calculada a partir da função de onda. ⟶ A probabilidade relativa de se encontrar um elétron em certa região do espaço ´pode ser calculada a partir da função de onda. ⟶ A solução para uma função de onda pode ser positiva, negativa ou zero. ⟶ O sinal da fase de uma equação de onda indica se a solução é positiva ou negativa quando calculada para dado ponto no espaço em relação ao núcleo. As funções de onda, tanto para ondas sonoras, ondas em um lago ou a energia de um elétron, têm a possibilidade de interferência construtiva e de interferência destrutiva. ⟶ A interferência construtiva ocorre quando funções de onda com mesmo sinal interagem. Há um efeito aditivo, e a amplitude da função de onda aumenta. ⟶ A interferência destrutiva ocorre quando funções de onda com sinais da fase opostos interagem. Há um efeito substrativo, e a amplitude da função de onda vai à zero ou muda de sinal. Orbitais Atômicos Uma interpretação física relacionada com a função de onda do elétron foi apresentada por Max Born em 1926: ↳ O quadrado da função de onda () em uma localização x, y, z específica expressa a probabilidade de se encontrar um elétron naquela localização do espaço. ⟶ Se o valor de for grande para uma unidade de volume no espaço, a probabilidade de se encontrar um elétron naquele volume será alta – dizemos que a densidade de probabilidade eletrônica será grande. ⟶ Se o valor de for pequeno para alguma outra unidade de volume do espaço, a probabilidade de se encontrar um elétron nessa unidade será baixa. ↳ Um orbital é a região do espaço na qual a probabilidade de se encontrar um elétron é alta. ↳ Os orbitais atômicos são representações gráficas de em três dimensões que produzem os formatos familiares dos orbitais s, p e d. Todos os orbitais s são esferas. O orbital s é uma esfera simples. O 2s é uma esfera com superfície nodal interna ( = ). A parte interna dos orbitais 2s, 2s, tem o sinal da fase negativo. A forma de um orbital p é a de duas esferas, ou lóbulos, que quase se tocam. O sinal da fase da função de onda 2p, 2p, é positivo em um dos lóbulos e negativo no outro. Um plano nodal separa os dois lóbulos de um orbital p, e os três orbitais p de um determinado nível de energia são distribuídos no espaço ao longo dos eixos x, y e z no sistema de coordenadas cartesianas. Os diferentes orbitais d em determinado nível, tem diferentes formatos e orientações no espaço. Quatro das superfícies limite dos orbitais d têm formato de “trevo de quatro folhas” e cada uma se encontra principalmente em um plano. As formas dos orbitais f são ainda mais complicadas do que as dos orbitais d. Existem 7 orbitais do tipo f. Configuração Eletrônica As energias relativas dos orbitais atômicos no primeiro e no segundo níveis principais são: ↳ Os elétrons nos orbitais s possuem a menor energia, pois estão mais próximos do núcleo positivo; ↳ Os elétrons nos orbitais 2s vêm a seguir na ordem de energia crescente; ↳ Os elétrons nos três orbitais 2p têm energias iguais, mas maiores que a do orbital 2s; ↳ Os orbitais com mesma energia (como os três orbitais 2p) são chamados de orbitais degenerados. Podemos utilizar essas energias relativas para chegar à configuração eletrônica de qualquer átomo dos dois primeiros períodos da tabela periódica. Precisamos apenas seguir algumas regras simples: ⟶ (princípio da construção): Os orbitais são preenchidos de forma que os de mais baixa energia sejam preenchidos primeiro. ⟶ No máximo dois elétrons podem ser colocados em cada orbital, mas somente quando os spins dos elétrons estiverem emparelhados. Um elétron gira ao redor do próprio eixo, movimento denominado spin. Somente é permitido a um elétron ter uma ou outra de duas orientações de spin possíveis, geralmente indicados por setas, ↿ ou ⇂. Desse modo, dois elétrons de spins emparelhados seriam representados por ↿⇂. Os elétrons desemparelhados, não permitidos em um mesmo orbital, são simbolizados por ↿↿ (ou ⇂⇂). ⟶ Quando obtemos orbitais de mesma energia (orbitais degenerados), como os três orbitais p, adicionamos um elétron em cada orbital até que cada um dos orbitais degenerados contenha um elétron (isso permite que os elétrons, que se repelem mutuamente, fiquem bem afastados). Então adicionamos um segundo elétron a cada orbital degenerado para que os spins fiquem emparelhados. Se aplicarmos essas regras a alguns dos elementos do segundo período da tabela periódica, chegaremos aos seguintes resultados: Orbitais Moleculares Os orbitais atômicos fornecem meios para o entendimento de como os átomos formam ligações covalentes. Vamos considerar um caso muito simples: a formação da ligação entre dois átomos de hidrogênio para produzir uma molécula de hidrogênio. Quando dois átomos de hidrogênio estão relativamente distantes, a energia total é simplesmente a dos dois átomos de hidrogênio isolados ( I ). Entretanto, a formação de uma ligação covalente reduz a energia total do sistema. À medida que os dois átomos de hidrogênio se aproximam ( II ), de tal forma que a distância internuclear é o balanço ideal que permite que os dois elétrons sejam compartilhados por ambos os átomos, enquanto, ao mesmo tempo, evita interações repulsivas entre seus núcleos. A distância internuclear ideal entre os átomos de hidrogênio é de 0,74Å e a chamamos de comprimento de ligação da molécula de hidrogênio. Se os núcleos se aproximam (IV), a repulsão entre os dois núcleos carregados positivamente predomina, e a energia do sistema aumenta. Observe que cada H· possui uma área sombreada em torno de si, indicando que sua posição exata é incerta. Os elétrons estão em constante movimento. ↳ De acordo com o princípio da incerteza de Heinsenberg, não podemos saber simultaneamente a posição e o momento de um elétron. Essas áreas sombreadas em nosso diagrama representam orbitais e resultam da aplicação dos princípios da mecânica quântica. A representação gráfica do quadrado da função de onda () fornece uma região tridimensional chamada orbital, na qual é altamente provável encontrar um elétron. ↳ Um orbital atômico representa a região do espaço na qual é altamente provável encontrar um ou dois elétrons de um átomo isolado. No caso do modelo anterior para o hidrogênio, as esferas sombreadas representam os orbitais s de cada átomo de hidrogênio. À medida que os átomos de hidrogênio se aproximam, seus orbitais s começam a se sobrepor, até que seus orbitais atômicos se combinam para formar orbitais moleculares. ↳ Um orbital molecular (OM) representa a região do espaço na qual é provável encontrar um ou dois elétrons de uma molécula. ↳ Um orbital (atômico ou molecular) pode conter no máximo dois elétrons emparelhados (princípio da exclusão de Pauli). ↳ Quando orbitais atômicos se combinam para formar orbitais moleculares, o número de orbitais moleculares resultantes é sempre igual ao número de orbitais atômicosque se combinam. Portanto, na formação da molécula de hidrogênio, os dois orbitais atômicos s se combinam para produzir dois orbitais moleculares. Resultam dois orbitais porque as propriedades matemáticas das funções de onda permitem que elas sejam combinadas tanto por adição quanto por subtração. Isto é, elas podem se combinar em fase ou fora de fase. ↳ Um orbital molecular ligante (molecular) é o resultado da sobreposição de dois orbitais com a mesma fase. ↳ Um orbital molecular antiligante (molecular) é o resultado da sobreposição de dois orbitais com fases opostas. O orbital molecular ligante da molécula de hidrogênio, em seu estado de mais baixa energia (fundamental), contém ambos os elétrons dos átomos de hidrogênio individuais. O valor de (e, portanto ) é grande entre os núcleos, exatamente como esperado, uma vez que os elétrons são compartilhados por ambos os núcleos para formar a ligação covalente. O orbital molecular antiligante da molécula de hidrogênio no estado fundamental, não contém elétrons. Além disso, o valor de (e portanto, de ) vai a zero entre os núcleos, criando um nó ( = 0). O orbital antiligante não contribui para a densidade eletrônica entre os átomos e, portanto, não está envolvido na ligação. O que acabamos de descrever tem sua contrapartida em um tratamento matemático chamado CLOA (Combinação Linear de Orbitais Atômicos). No tratamento CLOA, as funções de onda dos orbitais atômicos são combinadas de maneira linear (pela adição ou subtração), de modo a se obterem novas funções de onda para os orbitais moleculares. Os orbitais moleculares, tais como os orbitais atômicos, correspondem a estados de energia específicos para um elétron no orbital molecular ligante da molécula de hidrogênio é substancialmente menor que sua energia em um orbital atômico s. A imagem a seguir mostra um diagrama de energia para os orbitais moleculares da molécula de hidrogênio. Observe que os elétrons são colocados nos orbitais moleculares da mesma forma que o foram nos orbitais atômicos. Dois elétrons (com spin opostos) ocupam o orbital molecular ligante, no qual sua energia total é menor que nos orbitais atômicos separados. Trata- se, conforme foi dito, do estado eletrônico mais baixo ou do estado fundamental da molécula, que se forma quando a molécula no estado fundamental da molécula, que se forma quando a molécula no estado fundamental absorve um fóton de luz de energia apropriada (E). Cccccccccccccccccccccccccccccccccccc ccccccccc ccccccccccccccAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAA A AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA A A AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAA A AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAA A AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA A AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AA A A AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAA A A A AA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAA AAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA A A A A AAAAAAAAAA A AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA A A A A A A A A AAAAAAAAAA A AAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAA
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