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Instituto-Fratelli---A-RELEVANCIA-DO-ATENDIMENTO-DO-PSICOLOGO-HOSPITALAR-NA--PEDIATRIA

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CURSO DE PSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ROSELI DE ARAÚJO CAMPOS 
 
 
 
 
 
 
 
A RELEVÂNCIA DO ATENDIMENTO DO PSICÓLOGO HOSPITALAR NA 
PEDIATRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VILHENA 
2018 
ROSELI DE ARAÚJO CAMPOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A RELEVÂNCIA DO ATENDIMENTO DO PSICÓLOGO HOSPITALAR NA 
PEDIATRIA 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de Curso apresentado ao 
curso de Graduação em Psicologia da Faculdade 
da Amazônia (FAMA), como requisito final para 
obtenção do Título de Bacharel em Psicologia. 
 
Orientador: Prof. Me Celestino Galvão Neto 
 
 
 
 
 
 
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VILHENA 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a minha querida 
mãe que me ensinou a ser forte e nunca 
desistir dos meus sonhos... 
A minha filha amada Ana Lívia e ao meu 
esposo Bruno que são meus alicerces 
para seguir em frente. 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado força e segurança para 
chegar até aqui. 
 A minha querida família, pela compreensão nos momentos de ausência, pelo 
incentivo e amor incondicional. 
 Aos colegas de sala, pelo companheirismo durante oscinco anos de 
graduação. 
 A Faculdade da Amazônia (FAMA) e todos seus colaboradores, em especial 
a Professora M.ª Patrícia Clara Cipriano e a Dra. Rosangela Cipriano, que 
contribuíram para a realização de um grande sonho. 
 A todos os professores, que compartilharam comigo suas experiências e 
saberes, contribuindo para a minha formação intelectual, profissional e pessoal. 
 E de forma muito especial ao meu orientador, Celestino Galvão Neto pela 
dedicação, paciência e competência durante o período de orientação. 
 Não posso me esquecer da Bibliotecária Cristiane Garcia Buresque me 
auxiliou carinhosamente com dicas fundamentais na elaboração das normas deste 
trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sem sonhos, a vida não têm brilho. Sem 
metas, os sonhos não têm alicerces. Sem 
prioridades, os sonhos não se tornam reais. 
 
Augusto Cury 
RESUMO 
 
O objetivo deste trabalho foi abordar a relevância do atendimento do psicólogo na 
pediatria, enfatizando sobre a importância de um ambiente mais humanizado, 
citando também a equipe multiprofissional. Através do brincar, as crianças 
experimentam sensações prazerosas, adquirem conhecimento que contribui para 
seu desenvolvimento físico e emocional.Dentre asatribuições do psicólogo 
hospitalar, uma delas é fornecer ao paciente e seus familiares suporte psicológico, 
amparo, orientações e manejo de como lidar com a difícil realidade do ser 
adoentado. O profissional de psicologia, pode trabalhar novas perspectivas e 
alternativas de conviver com a doença. Para tanto, realizou-se uma pesquisa de 
revisão bibliográfica, utilizando os repositórios scielo e pepsic. Diante disso verificou-
se que a atuação do psicólogo na pediatria minimiza o sofrimento da criança 
hospitalizada, melhora o quadro emocional e colabora com estratégia de 
enfrentamento de diferentes formas.Contudo, espera-se enriquecer a compreensão 
da prática do psicólogo especialmente na hospitalização infantil, afim de prevenir os 
problemas psicológicos relacionados ao processo de hospitalização. 
 
Palavras-chave: Crianças hospitalizadas. Psicólogo na pediatria.Ambiente 
humanizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The objective of this work was to approach the relevance of the psychologist's 
attention in pediatrics, emphasizing the importance of a more humanized 
environment, also citing the multiprofessional team. Through play, children 
experience pleasurable sensations, acquire knowledge that contributes to their 
physical and emotional development. Among the attributions of the hospital 
psychologist, one of them is to provide the patient and his family with psychological 
support, guidance and handling of how to deal with the difficult reality of being sick. 
The psychology professional can work out new perspectives and alternatives to live 
with the disease. For this, a bibliographic review research was carried out, using the 
Scielo and Pepsic repositories. It was verified that the psychologist's performance in 
pediatrics minimizes the suffering of the hospitalized child, improves the emotional 
picture and contributes to coping strategies in different ways. However, it is hoped to 
enrich understanding of the psychologist's practice, especially in child hospitalization, 
in order to prevent the psychological problems related to the hospitalization process. 
 
Keywords: Children hospitalized. Psychologist in pediatrics. Humanized 
environment. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 8 
2 MATERIAS E MÉTODOS ................................................................................. 10 
3 PSICÓLOGO HOSPITALAR: UM BREVE HISTÓRICO .................................. 11 
 3.1 PSICÓLOGO NA PEDIATRIA: TÉCNICAS E INTERVENÇÕES ................ 13 
 3.2 LUDOTERAPIA NO PROCESSO DE HOSPITALIZAÇÃO.......................15 
4 AMBIENTE HUMANIZADO: BENEFÍCIOS DURANTE A INTERNAÇÃO ....... 17 
 4.1 EQUIPE MULTIPROFISSIONAL ................................................................ 18 
 4.2 IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA DURANTE A INTERNAÇÃO ........................ 20 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................. 22 
 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
“Psicologia Hospitalar é o campo de entendimento e tratamento dos 
aspectos psicológicos em torno do adoecimento” (SIMONETTI, 2004, p. 15). O autor 
ressalta que diante da doença, o ser humano manifesta sentimentos, tais como: 
desejos, pensamentos, comportamentos, fantasias, lembranças, crenças, sonhos, 
conflitos e o estilo de adoecer. 
A psicologia hospitalar surge não para curar a doença do indivíduo 
hospitalizado, pois disso já cuida a medicina, mas ouvir e acolher a pessoa que está 
inserida no meio dessa doença, escutar a sua subjetividade, porque no final a cura 
em si não elimina a subjetividade do sujeito, ou melhor, a subjetividade não tem cura 
(SIMONETTI, 2004). 
Angerami-Camon(2013) discorre, que a psicologia hospitalar tem como 
objetivo principal a minimização do sofrimento provocado pela hospitalização e que 
o internamento é uma experiência na vida do indivíduo que muitas vezes pode tornar 
dolorosa. 
A hospitalização infantil pode afetar a criança tanto fisicamente 
quantoemocionalmente. Ao ser internada, a criança tem sua rotina completamente 
alterada podendo apresentar como consequência, tristeza, irritabilidade, ansiedade, 
desespero, apresentando uma grande aversão e insegurança em relação ao 
ambiente hospitalar. Dessa forma, entendendo que existem repercussões do 
internamento na subjetividade de crianças e sabendo da existência de um 
profissional da psicologia inserido no ambiente hospitalar nos surge a seguinte 
pergunta de pesquisa; “quais as implicações da atuação do psicólogo no ambiente 
hospitalar no processo de hospitalização de crianças?” 
Portanto, à partir dessas ideias, estabelecem-se os objetivos deste estudo. 
Pretende-se abordar sobre a importância de um ambiente mais humanizado, citando 
também a equipe multiprofissional. Contudo, destaca-se a importância da família 
durante o período de hospitalização. 
Uma das motivações da escolha deste tema é devido a realização do 
estágio obrigatório no Hospital Regional Adamastor Teixeira de Oliveira, situado na 
cidade de Vilhena/RO.Aonde pode ser elaborado o projeto
“Brinquedoteca 
Itinerante”, juntamente com outra acadêmica do curso de psicologia, na qual foi 
possível conhecer e aprofundar a pesquisa sobre a temática. 
9 
 
O referido projeto tinha como objetivo principal, acolher e levar interação e 
descontração, utilizando brinquedos e ferramentas lúdicas até ala pediátrica. O 
acolhimento estendia-se também para seus acompanhantes, que na maioria das 
vezes eram as mãe. 
Além disso, será importante discorrer sobre uma temática que envolve, não 
somente a hospitalização do ser adoentado, mas também suas subjetividades, 
crenças, sonhos, um olhar mais humanizado realizado por toda a equipe. 
Espera-se que com a produção deste texto, possamos contribuir para a 
construção de um referencial teórico, que possa de alguma forma auxiliar no 
entendimento de profissionais psicólogos a respeito das implicações da sua atuação 
na subjetividade de crianças que vivenciam o impactos da internação. 
Para tanto, adotou-se método de revisão bibliográfica, realizou-se 
levantamento de dados, em sites da scielo, pepsic, para assim, pesquisar sobre a 
atuação do psicólogo na pediatria. Os materiais que foram pesquisados foram de 
artigos, teses, revistas, livros e dissertações. 
Para a estruturação e desenvolvimento, o trabalho dividiu-se em três 
capítulos. No segundo capítulo aborda a atuação do psicólogo hospitalar seu 
suporte, técnicas e intervenções com paciente, equipe, e familiar. 
Noterceiro capítulo, fala sobre a importância de um ambiente mais 
humanizadoe faz-se um discurso sobre as ferramentas utilizadas para facilitar o 
atendimento da criança internada, no intuito de conhecer os recursos utilizados para 
facilitar a estadia dela no hospital, minimizando assim os efeitos causados pela 
hospitalização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
2 MATERIAS E MÉTODOS 
 
Para o desenvolvimento deste trabalho, utilizou-se método de revisão 
bibliográfica, realizou-se busca nos repositórios: scielo epepsic, utilizando as 
palavras-chave:crianças hospitalizadas, psicólogo na pediatria e ambiente 
humanizado. 
Para tanto,adotou-se osseguintes critérios de inclusão: 
a) Artigos do período 2004 à 2018; 
b) Artigos, teses, revistas e dissertações; 
c) Artigos em língua vernácula. 
 
 Para critérios de exclusão,não foram considerados artigos que não estavam 
relacionados a psicologia. 
 A seleção dos artigos foram divididos em três etapas, sendo a primeira etapa 
a leitura dos títulos, segunda etapa a leitura dos resumos e terceira foi a leitura 
integral do artigo. 
 Pesquisa realizada no repositório da scielo resultou no total 96 artigos, após 
aplicada a primeira etapa (leitura de títulos) restaram 10 artigos, aplicando a 
segunda etapa (leitura de resumos) restaram 06 artigos, a terceira e última etapa 
(leitura na íntegra) foram eliminados mais dois artigos permaneceram 05 artigos para 
a leitura na íntegra que embasou esta pesquisa. 
 Já no repositório pepsicforam encontrados 111 artigos, realizada a primeira 
etapa foram excluídos 91 artigos, restando 20 artigos para a segunda etapa, desses 
20 artigos 11 foram selecionados para a terceira etapa, restando no total 08 artigos 
para a leitura na íntegra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
3 PSICÓLOGO HOSPITALAR: UM BREVE HISTÓRICO 
 
A inserção do psicólogo em hospitais gerais começa à partir da década de 
50, Matilde Neder é a uma das precursoras instalando um Serviço de Psicologia 
Hospitalar no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade 
de São Paulo), acompanhando crianças psicologicamente submetidas a cirurgias de 
coluna e seus familiares. O evento marcou o início da psicologia hospitalar no Brasil 
(ANGERAMI-CAMON, 2010). 
Em 1957, Matilde passou a atuar no Instituto Nacional de Reabilitação na 
USP (atual Divisão de Medicina de Reabilitação). Pioneira no desenvolvimento da 
psicoterapia breve no Brasil aprofundou, nesse período, suas atividades na 
psicologia hospitalar (ANGERAMI-CAMON, 2010). 
 
[...] não há como falar de pesquisa sem mencionar a história da psicologia 
no Brasil e sua entrada no hospital, pois os primeiros psicólogos que 
adentraram esse espaço, por volta da década de 50, tinham o modelo 
clínico como forma de atuação e um compromisso primordial, do qual não 
se afastam, de preservar a singularidade do sujeito. Todavia, as 
singularidades e a complexidade da demanda com a qual esses 
profissionais se depararam exigiu novos fazeres, buscando uma atuação 
mais efetiva e especializada [...]. (MADER, 2016, p. 47). 
 
Contudo, compreende-se por psicologia hospitalar uma sequência da 
psicologia clínica na instituição hospitalar. O psicólogo hospitalar está inserido na 
área da saúde como um especialista, como facilitador da comunicação e da 
expressão humana através da linguagem, visando a representação e a elaboração 
das vivências dos pacientes, do seu relacionamento com as pessoas, e de sua 
capacidade de resiliência (LAZZARETTI, 2007). 
Somente no ano de 2001, que a psicologia hospitalar foi reconhecida 
enquanto especialidade e atualmente regulamentada pela Resolução do Conselho 
Federal de Psicologia nº 13/2007. De acordo com a definição do órgão que rege o 
exercício profissional do psicólogo no Brasil, o Conselho Federal de Psicologia,CFP 
(2010), o psicólogo hospitalar auxilia e desenvolve atividades em diferentes níveis 
do tratamento, tendo por objetivo principal a avaliação e acompanhamento de 
intercorrências psíquicas dos pacientes que estão ou serão submetidos a 
atendimentos médicos, buscando basicamente a promoção e a recuperação da 
saúde física e mental (BRASIL, 2007). 
12 
 
O foco da psicologia hospitalar é o aspecto psicológico em torno do 
adoecimento, isso inclui o paciente e suas subjetividades, os familiares que muitas 
vezes não conseguem lidar com a enfermidade do ser adoentado, a equipe que 
precisa estar em sintonia com o psicólogo para que ocorra o trabalho de extremo 
comprometimento (SIMONETTI, 2004). 
Simonetti (2004) ressalta, que a psicologia hospitalar não trata somente dos 
aspectos psicológicos do indivíduo, mas sim dos aspectos reais em relação a 
doença. Todos os seus sentimentos, culpas, crenças, sonhos, conflitos, aspectos 
físicos e emocionais que o paciente poderá apresentar no decorrer de sua 
enfermidade, o psicólogo pode intervir através de suas ferramentas e técnicas de 
trabalho. 
É fundamental que o trabalho do psicólogo hospitalar, frente a pessoa 
internada, seja com foco no sofrimento que está vivenciando no momento. O autor 
indaga que o grau de instrução que o paciente tem sobre sua enfermidade é de total 
importância, pois possibilita uma melhor aceitação, como também uma melhor 
compreensão sobre a doença (ANGERAMI-CAMON, 2013). 
O psicólogo ao inserir-se no âmbito hospitalar, não ocupa-se somente com o 
sofrimento do paciente, mas também com seus familiares, e toda a equipe que está 
envolvida para promover a melhora e o enfrentamento da doença.O trabalho do 
psicólogo hospitalar na hora da avaliação psicológica difere de um psicodiagnóstico 
tradicional realizado na clínica. A avaliação do paciente internado é momentânea, é 
realizado de acordo com o sofrimento psíquico que o paciente evidencia no 
momento do atendimento (ANGERAMI-CAMON, 2013). 
Faz-se necessário que o profissional de psicologia, fique em alerta, nas 
intervenções tanto com o paciente, quanto com o familiar. Ressaltando que as 
implicações emocionais podem ocorrer durante o período de hospitalização, 
causando uma busca de alívio e bem estar emocional. Contudo, o psicólogo pode 
oferecer suporte psicológico não somente ao sujeito adoentado, mas também para 
os membros de sua família, uma vez que frente ao adoecimento e internação a 
família tende ficar insegura e pode ser preciso a intervenção e auxilio do profissional 
de psicologia (MADER, 2016; MOREIRA, 2014). 
 
[...] a instalação da doença e o internamento, é
um evento estressante para 
o grupo familiar, em um contexto hospitalar, espera-se que a família seja 
afetada, uma vez que, quando um de seus membros passa por mudanças, 
13 
 
é necessário uma reorganização de todos que compõe. Assim o psicólogo 
pode oferecer suporte psicológico familiar, já que frente, ao adoecimento e 
hospitalização de um integrante desse grupo, a família pode manifestar as 
mais variadas reações, desde se opor ao tratamento até uma importante 
rede de apoio e auxiliar nas estratégias de enfrentamento desenvolvidas 
pelo paciente [...] (MADER, 2016, p.19). 
 
Quando o sujeito fica adoentado compromete-se todos seus mecanismos de 
defesa. O paciente fica fragilizado, inseguro devido a doença e a partir daí sua 
autonomia fica totalmente rompida.O trabalho do psicólogo hospitalar é oferecer a 
escuta diferenciada ao sujeito a ser atendido, durante o processo de hospitalização. 
A solicitação, para o atendimento pode partir da equipe de saúde, família ou 
paciente, o psicólogo só irá conseguir fazer uma diferenciação da solicitação da real 
demanda, ao ouvi-lo (SIMONETTI, 2004; MADER, 2016). 
É importante conhecer a demanda da instituição, para realizar um trabalho 
com eficácia, é preciso também ter um olhar mais atento frente ao sujeito 
adoentado. A população a ser atendida é bem diversificada, exigindo ainda mais 
uma conduta de empenho e disposição dos profissionais de psicologia, (MADER, 
2016). 
Mader (2016) destaca ainda, que um dos grandes desafios que o psicólogo 
hospitalar enfrenta é o manejo das solicitações, pois é necessário a formação teórica 
e técnica, como também a formação para ouvir e ser ouvido, sendo necessário 
habilidade para realizar as duas técnicas. 
Contudo a avaliação do psicólogo no ambiente hospitalar pode ser 
considerada uma ferramenta adequada para o manejo do profissional, a constatação 
precoce de algum comportamento ou distúrbio psicológico pode significar um grande 
diferencial na diminuição ou melhora do sofrimento causado pelo adoecimento 
(BAPTISTA; DIAS, 2010). 
 
3.1 PSICÓLOGO NA PEDIATRIA: TÉCNICAS E INTERVENÇÕES 
 
A hospitalização representa uma ruptura na rotina e vida de qualquer 
indivíduo, em especial a criança e familiar. Para assisti-los, faz-se necessário uma 
atuação que busque diminuir os impactos da doença e do seu tratamento, pois, na 
maioria das vezes, a hospitalização é vista como algo dramático e 
doloroso(CALVETTI; SILVA; GAUER, 2008). 
14 
 
No entanto, a internação de crianças habitualmente está atrelada ao 
surgimento de patologias e não incomum acarretando, limitações das atividades 
diárias, e por vezes até privado da individualidade, ocasionando repercussões 
psicológicas. O hospital é um ambiente hostil para a criança, gerando vários 
sentimentos que podem aflorar durante este período. As ocorrências das 
internações são variáveis que podem contribuir para uma mudança no repertório 
comportamental durante o processo de hospitalização (SAMPAIO; OSÓRIO, 2008; 
BAPTISTA; DIAS, 2010). 
A criança quando hospitalizada encontra-se frágil, porém não se pode 
esquecer que é seu todo que é atingido. Dessa forma, faz-se necessário uma 
postura de cuidado especial, pois a mesma possui desejos, sentimentos a serem 
ouvidos ante ao processo de hospitalização. Diante do exposto, uma das 
ferramentas principais do psicólogo hospitalaré o acolhimento em suas diversas 
complexidades(CALVETTI; SILVA; GAUER, 2008). 
A atividade lúdica também contribui, no atendimento de crianças 
hospitalizadas, pois assim, proporcionam situações de tomadas de decisão e 
autonomia, transformam o ambiente hospitalar em um lugar mais agradável para a 
criança. Além de favorecer o enfrentamento das dificuldades como também 
aproxima-se o ambiente da realidade cotidiana (DUARTE, et al. 2009). 
Winnicott (2013)destaca, que criança adquire conhecimento brincando, é 
através do brincar que a criança expõe suas frustrações, medos e fantasias. O 
brincar é de suma importância no processo de desenvolvimento, seja ele físico, 
cognitivo ou emocional.Para Ferreira (2014), a atividade lúdica possibilita aliviar o 
estado emocional da criança hospitalizada, demonstrando a importância da mesma, 
no ambiente que ela se encontra, favorecendo também uma possível mudança no 
comportamento. 
Cada criança desenvolve estratégia de enfrentamento de diferentes formas, 
cada qual lida com situações adversas no período de hospitalização. Sendo 
necessário o profissional qualificado para intervir e auxiliar em situações de forma a 
controlar os níveis de ansiedade e de estresse que podem surgir durante a 
internação (MORAES, 2008). 
 
[...] as estratégias e as técnicas não podem ser entendidas como 
ferramentas, como instrumentos aplicados de fora sobre um objeto. Elas 
brotam no interior da relação entre operador, que é o psicólogo, e o objeto, 
15 
 
que é o paciente. Devem ser entendidas como recomendações técnicas, e 
não como receitas rígidas, e devem ser adequadas a casa situação clínica 
[...] (SIMONETTI, 2004, p. 115). 
 
A área da pediatria atrelada a psicologia são tão importantesquanto a área 
médica que lida com os efeitos das doenças físicas sobre o corpo. Na prática, a 
criança é atingida pelas manifestações orgânicas que podem evoluir para um quadro 
psicossomático, que se não for detectadas podem evoluir para um quadro mais 
agravado durante a internação (WINNICOTT, 2013 p. 141-145). 
O papel do psicólogo na pediatria, depende especialmente das 
possibilidades e estrutura da instituição. Contudo seu objetivo principal, é de 
promover a saúde numa perspectiva mais comportamental e contribuir na 
implementação de planejamentos que visem à promoção da saúde. Todavia, 
compreende-se que o psicólogo hospitalar disponha de formação e olhar clínico 
voltados para o doente. Isto implica que não é somente sua linha teórica que o 
diferenciará, mais quem dela se beneficia (SAMPAIO; OSÓRIO, 2008). 
 
3.2 LUDOTERAPIA NO PROCESSO DE HOSPITALIZAÇÃO 
 
A ludoterapia consiste em uma ferramenta terapêutica que utiliza-se 
recursos lúdicos como mediadores do processo de atendimento de crianças. A 
técnica pode ser compreendida como um momento privilegiado, que através dos 
brinquedos e brincadeiras, a criança consegue transmitir ao psicólogo como vivencia 
situações que a amedrontam e a fazem sofrer. A escuta e a fala mediadas pelo 
brincar possibilita a criança lidar com o sofrimento (MORAIS, 2011). 
O processo de hospitalização para a criança, em muitos casos representa a 
perda de sua vida social, de seus brinquedos e de suas fantasias. A utilização da 
técnica daludoterapia dentro do contexto hospitalar, tem por objetivo resgatar a 
sociabilidade e a fantasia perdida durante este processo (BARROS; LUSTOSA, 
2009). 
O brincar no hospital pode contribuir no processo de internação. Entretanto, 
não somente a criança que beneficia-se, mas também quem a acompanha. Podendo 
auxiliar positivamente no percurso da recuperação, para assimreceber alta 
hospitalar(BARROS; LUSTOSA, 2009). 
16 
 
A ludicidade possibilita também, uma leveza maior ao tratamento de 
crianças acometidas por várias enfermidades. É possível desmistificar a imagem do 
hospital como um ambiente solitário para um espaço mais humanizado e de 
integração. Portanto, a ludoterapiana situação hospitalar é uma ferramenta de 
intervenção utilizada para a criança estabelecer estratégias de enfrentamento em 
relação à doença. É possível perceber que a técnicadesempenha influência positiva, 
por dar suporte na aderência ao tratamento e aceitação da sua hospitalização, tendo 
o papel fundamental para facilitar a comunicação da criança com a equipe 
médica(CONCEIÇÃO, 2015). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 AMBIENTE HUMANIZADO: BENEFÍCIOS DURANTE A INTERNAÇÃO 
 
A psicologia hospitalar não pode adentrar o hospital como trabalho
individualizado, sem contar com outros determinantes para atingir seus objetivos 
básicos. A humanização do hospital constantemente passa por transformações 
durante o processo de institucionalização. Contudo o psicólogo, não pode ser um 
profissional isolado que despreze tais variáveis, precisa trabalhar em equipe para 
assim promover um trabalho humanizado de acordo com a necessidade do indivíduo 
(ANGERAMI-CAMON, 2010). 
A equipe de saúde, então em busca de humanizar as condições do indivíduo 
no seu período de hospitalização. O vínculo entre paciente e a equipe 
multidisciplinar precisa ser explorado pelo profissional de psicologia. Uma vez que é 
indispensável que o psicólogo conheça minuciosamente as atividades oferecidas 
pelos demais profissionais, bem como os limites de cada um, possibilitando também 
uma atuação integrada (FOSSI; GUARESCHI, 2004). 
O usuário, ao entrar no hospital, coloca em risco sua autonomia, e 
consequentemente suas referências. O ser humano frente ao adoecimento deixa de 
ocupar sua posição no meio aonde vive, para dar lugar a doença, impedindo-o 
muitas vezes de realizar suas funções básicas do dia a dia (BAPTISTA; DIAS, 
2010). 
As unidades de internação ou enfermarias são parte fundamentais de um 
hospital, pois é nesse ambiente que o paciente ficará internado. Durante a 
hospitalização, o indivíduo perde sua individualidade, vivencia uma brusca ruptura 
no seu cotidiano, sente-se agredido pela rotina hospitalar e seu horário inflexível, o 
que acaba gerando um processo de despersonalização, caracterizado pela 
sensação de perda de identidade e autonomia (ALMEIDA, 2011). 
A assistência do psicólogo na equipe de saúde, que atenderá a recuperação 
do paciente é de grande relevância, pois todas as fantasias, elaborações, 
frustrações, angústias, podem ser detectadas e trabalhadas de forma a não se 
tornarem obstáculospara sua reintegração à vida(SEBASTIANI; MAIA, 2005). 
O psicólogo, então, por meio de uma escuta contextualizada, consegue 
intervir na mediaçãodas relações interpessoais que envolvem o processo de 
acolhimento. E esse investimento acontece à partir da construção de um 
19 
 
planejamento terapêutico, baseado na escuta, na fala estabelecida nos vínculos e 
afetos, realizados no discurso do paciente com profissional (MOREIRA, 2014). 
Para tanto, à partir dos aspectos de internação infantil, a humanização 
hospitalar melhora a qualidade do atendimento dos usuários. Contudo, é primordial 
que os profissionais tenham contato com a criança, saibam que não se deve ocupar-
se somente com a doença, mas também compreender eauxilia-las nas suas 
necessidades específicas (FOSSI; GUARESCHI, 2004). 
 
4.1 EQUIPE MULTIPROFISSIONAL 
 
Na instituição hospitalar, os membros das equipes como: médicos, 
enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas, residentes, dentre outros 
profissionais, também vivenciam no seu dia a dia sentimentos ambivalentes de 
onipotência e impotência, a cobrança excessiva de todos os envolvidos, pode gerar 
conflitos, insegurança, medo, vários outros sentimentos que podem vir à tona 
durante o período de atuação. O psicólogo deve atuar como facilitador da corrente 
dessas emoções e reflexões, detectar os focos de exaustãoe sinalizar as defesas 
exacerbadas (ANGERAMI-CAMON, 2010; CAMPOS 1995). 
A falta de compreensão junto às atribuições dos diferentes profissionais, 
particularmente em profissões emergentes, é um dos motivos que atrapalha o 
trabalho em equipe. O processo de hospitalização precisa ser compreendido não 
apenas como um vago processo de institucionalização, para tanto é necessário que 
o psicólogo conheça a realidade do local a ser atendido como também seus limites 
de atuação (ANGERAMI-CAMON, 2010; TONETTO; GOMES, 2007). 
 
[...] a equipe multiprofissional, de modo especial o médico, tem o dever com 
o paciente de informá-lo sobre sua situação, e ao psicólogo cabe a tarefa de 
trabalhar os conteúdos emocionais que emergem, as fantasias, os medos, 
as dúvidas, assim como dar assistência aos familiares do paciente [...] 
(CAMPOS, 1995, p.40). 
 
Na equipe multiprofissional o compromisso do médico é inquestionável, 
sendo que seu papel de liderança, afirma a existência dos serviços de saúde. 
Entretanto a representação de autoridade torna-se fácil e natural quando se 
estabelece um convívio através dos contatos profissionais dentro da equipe 
(ROMANO 1999). 
20 
 
Contudo, a assistência de outros profissionais na equipe médica, 
especialmente o psicólogo, acrescenta importante colaboração a assistência ao 
paciente, pois a identificação das incertezas e expectativas do paciente, assim como 
o cumprimento de uma comunicação mais eficiente entre equipe de saúde, paciente 
e familiar fazem parte da formação técnica deste profissional de 
psicologia(SEBASTIANI; MAIA, 2005). 
Os procedimentos dos profissionais de saúde, podem gerar medo na criança 
hospitalizada. A necessidade da vinculação da equipe multiprofissional, juntamente 
associado ao local para expor seus sentimentos, é importante para expressar suas 
vivências, por meio das atividades lúdicas que permite ao profissional auxiliar a 
promoção da saúde como um todo (AZEVÊDO, 2011). 
É importante enfatizar, que o indivíduo, na sua condição de paciente, fica a 
domínio de uma organização hospitalar e ao poder de profissionais que atuam, 
muitas vezes, afligindo a autonomia e a tomada de decisões do próprio paciente. 
Isto acontece devido aos profissionais estarem seguindo regras e preocupando-se 
em resolver questões exclusivas da doença (CAMPOS, 1995). 
O paciente necessita de atenção e cuidados da equipe multiprofissional. E 
para que isso aconteça é necessário discutir sobre a doença, dar suporte técnico e 
emocional para que o indivíduo sinta-se acolhido por toda a equipe (ANGERAMI-
CAMON, 2010). 
O cumprimento a necessidade de expressão e comunicação para o 
atendimento a criança hospitaliza, precisam ser respeitadas principalmente quando 
internada, pois estão vivenciando um período de dificuldades, afastada do seu lar, 
do seu meio social, do convívio da família.Pode destacar-se que muitos profissionais 
de psicologia trabalham na intervenção e assistência com pais, familiares e equipe 
de saúde, auxiliando os mesmos na vinculação com a criança no período de 
hospitalização (BAPTISTA; DIAS, 2010;FERREIRA, 2014). 
A atuação do psicólogo no contexto hospitalar como motivador da 
interdisciplinaridade, constitui à atenção integral à saúde do paciente e dos 
familiares. Somente à partir de uma atuação abrangente é possível estabelecer 
visão mais ampla do paciente internado. Entretanto, é dentro desse enquadre da 
integralidade que a atuação do psicólogo se volta à saúde da equipe. Paciente, 
familiar e equipe passam a ser vistos como um conjunto, no qual o bem estar de um 
depende de todos (VIEIRA; WAISCHUNNG, 2018). 
21 
 
Romano (1999) ressalta, que o trabalho em equipe não significa que todos 
precisam ter conhecimento de tudo, ou que todos elaborem tudo, porém a ideia de 
equipe remete a um campo de acolhimento, de subjetividades, em que cada 
profissional tem suas ferramentas para explorar seu campo de trabalho. 
Portanto, é de grande relevância o trabalho realizado em equipe, levando em 
consideração os diversos profissionais que podem auxiliar para um atendimento 
humanizado e abranger ainda mais as dimensões biológica, psicológica e social de 
cada indivíduo (MUTARELLI, 2015). 
 
4.2 IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA DURANTE A INTERNAÇÃO 
 
A doença que leva a internação, conta com aspectos agravantes, sobretudo 
com elementos característicos do ambiente hospitalar. Quando a hospitalização 
ocorre, acontece no mesmo período, uma desestruturação do contexto familiar, além 
da desorganização e angústia que costumam aparecer nestes momentos 
(CAMPOS, 1995). 
Desta forma, o paciente e a família, se deparam com dificuldades no 
enfrentamento da situação do
adoecimento. Entretanto, a doença no geral é 
acompanhada de manifestações na esfera psíquica, resultando alterações na 
relação social. A enfermidade provoca desajustes psicológicos, tanto no paciente, 
quanto na família (LUSTOSA, 2007). 
A assistência do psicólogo hospitalar, se torna fundamental e pode contribuir 
como diferencial deste momento de desestruturação familiar. Este profissional traz, 
com seu entendimento teórico, habilidade técnica e a oportunidade de auxílio na 
reorganização da estrutura familiar. Facilitando também a elaboração de sentimento 
oriundos deste momento (LUSTOSA, 2007). 
Ahospitalização significa um momento de rompimentoque podeser agravado 
pelo distanciamento do ambiente social, em especial com o convívio familiar. Muitos 
são os meios que podem ser utilizados na estimulação para o seguimento saudável 
da criança no processo de hospitalização (VIEIRA; WAISCHUNNG, 2018). 
Acomunicação com a criança ocorre de diferentes maneiras, seja por meio 
da linguagem verbal ou não-verbal. Por isso é essencial o manejo do profissional de 
psicologia em relação à leitura da linguagem corporal da criança, para assim 
22 
 
estimular o fortalecimento do vínculo entre equipe, paciente e familiar(CALVETTI; 
SILVA; GAUER, 2008). 
A participação efetiva dos pais no cuidado com a criança hospitalizada, é 
fato determinante no processo de recuperação. Pois os mesmos,acompanham de 
perto e contribuem no tratamento, para promover a atenção, e o enfrentamento das 
dificuldades que podem surgir no período de internação(SAMPAIO; OSÓRIO, 2008). 
O psicólogo hospitalar é o profissional capacitado para promover e criar um 
ambienteonde a criança possa manifestar seus sentimentos, medos, aflições, 
ajudando-a no enfrentamento dessas dificuldades. Contudo, a família é parte 
importante nesse processo, pois sofre diretamente com a decorrência da 
enfermidade, e necessita de auxílio paralidar com a situação causada pela 
hospitalização(SAMPAIO; OSÓRIO, 2008). 
Os profissionais precisam estar atentos para a participação efetiva dos pais 
ou responsáveis quanto ao processo de hospitalização. A equipe de saúde, 
necessita da participação da família nos cuidados com a criança, o que atribui para 
uma melhor qualidade na atenção de cuidado e no processo de recuperação da 
mesma (CALVETTI; SILVA; GAUER, 2008). 
No entanto, compreende-se que a família é o primeiro grupo ao qual a 
criança pertence e onde estabelecem as primeiras relações vinculares. A família 
participa para o desenvolvimento saudável, sendo necessário após a internação que 
continue presente na sua rotina e atividades diárias. A saúde mental da criança está 
atrelada na maneira como ela vive, do contexto em que está inserida (LUSTOSA, 
2007). 
 
 
 
 
 
23 
 
5CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Ao inserir-se no contexto hospitalar, o psicólogo tem um papel determinante 
no atendimento de crianças hospitalizadas,as implicações psicológicas relacionadas 
à internação podem ser decorrentes por diversos motivos. As técnicas e 
intervenções que o psicólogo pode utilizar-se são variadas, de acordo com a 
demanda que o paciente apresenta. 
 O psicólogo na pediatria pode contribuir na assistência multiprofissional, 
junto à equipe de saúde, facilitando a comunicação da equipe com o paciente e 
familiar, fortalecendoo entendimento de que cada indivíduo tem sua própria 
referência e identidade. 
Considerando que a ludicidade contribui para o acolhimento da criança no 
hospital, com o objetivo de diminuir os impactos causados pela doença e internação. 
A atividade lúdica auxilia, para as mudanças significativas formadas pela criança em 
relação a hospitalização, ficando menos estressada, menos angustiada e mais 
compreensiva, sendo também uma forma de aproximação entre criança e 
profissional. 
Ficou evidente no percurso dessa pesquisa, a relevância da assistência do 
psicólogo na pediatria. Através das intervenções e técnicas adequadas, o psicólogo 
proporciona a criança a minimização do sofrimento causado pela hospitalização. 
Além disso, as intervenções psicológicas auxiliam a criança a superar o período tão 
delicado e particularmente traumático que podem estar vivenciando durante o 
processo de hospitalização. 
Portanto, seja qual for a situação que a criança esteja enfrentando, e as 
condições físicas e psíquicas que a mesma esteja vivenciando, o psicólogo só tende 
a colaborar durante este processo. Contudo,o desenvolvimento infantil não pode ser 
interrompido, devido a hospitalização, precisa acontecer naturalmente em diferentes 
contextos e situações, para assim ocorrer o equilíbrio necessário e natural do ser 
humano. 
Para a realização deste trabalho foi utilizado método de revisão bibliográfica, 
realizando busca nos repositórios: scielo e pepsic. A vantagem de utilizar as bases 
de dados torna a pesquisa mais eficiente. Possuindo a desvantagem a escassez de 
materiais atualizados,abordando esta temática. A priori, a pesquisa era para ser 
24 
 
utilizado materiais dos últimos dez anos, porém foi necessário expandir, pela 
dificuldade em encontrar trabalhos recentes. 
Diante disso, recomenda-se mais pesquisas com esta temática, 
considerando que este trabalho não esgotou o estudo a respeito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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