CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SERGIPE DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DA SAÚDE BIANCA CAROLINE DE JESUS LIMA ARACAJU 2021 BIANCA CAROLINE DE JESUS LIMA RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE Relatório apresentado ao Departamento de Psicologia do Centro Universitário Estácio de Sergipe como requisito para aprovação na disciplina Estágio diagnóstico e avaliação clínica III ênfase Hospitalar. Supervisor: Uquênia Gloria Santos Lemos Brito. ARACAJU 2021 RESUMO O presente relatório é fruto da experiência obtida durante o estágio supervisionado intitulado diagnóstico e avaliação clínica III, no âmbito hospitalar, o qual trará um relato dessa experiência, o estágio proporcionou atendimentos voltado a avaliação do estado mental, acolhimento e acompanhamento de pacientes que por algum problema de saúde, viesse a ser internado no hospital, os atendimentos poderiam ser a nível de observação do estado de internação do paciente ou por solicitação médica, além dos atendimentos também havia supervisões em grupo estabelecida uma vez na semana, onde havia discussões do caso e delineamento de estratégias terapêuticas com ajuda da professora/supervisora. Os casos a serem desenvolvidos preservam a identidade dos pacientes, seguindo todos os parâmetros éticos. Palavras chaves: Psicologia hospitalar-Avaliação de estado mental– acompanhamento. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 3 2 REFERENCIAL TEÓRICO 5 Contexto histórico e prática profissional 5 3 ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL DO ESTÁGIO 11 3.1 Caracterização da instituição 12 3.2 Caracterização do público-alvo 13 3.3 Caracterização das intervenções 13 3.3.1 Entrevista inicial e Avaliação do estado mental 13 Entrevista inicial 13 Avaliação do estado mental 14 3.3.2 Acompanhamento ao paciente e familiares 14 Operacionalização dos processos realizados 15 4 DISCUSSÃO 15 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 21 REFERÊNCIAS 1 INTRODUÇÃO Os estágios supervisionados dentro dos cursos de graduação são atividades muito importantes na trajetória acadêmica, sendo estes obrigatórios, conduzindo assim o discente à vivenciar na experiência prática de sua futura profissão, aquilo que aprendeu nas aulas teóricas. A práxis da psicologia hospitalar ocorreu numa enfermaria clínica do HUSE, hospital de urgência de Sergipe governador João Alves Filho, o qual presta atendimentos de urgência e emergência de média e alta complexidade, nas clínicas médica, cirúrgica e traumatológica, realizando a estabilização dos pacientes críticos e articulado com a rede de assistência. As áreas de atuação voltadas à promoção de saúde dentro do curso de psicologia têm a cada dia ganhado mais espaço, a psicologia hospitalar por sua vez tem ganhado mais prestígio devido ao seu olhar do homem e seus respectivos tratamentos, esta área possui um caráter preventivo e considera aspectos emocionais, sociais e físicos em sua totalidade, enxergando assim o homem como ser biopsicossocial. O psicólogo hospitalar trabalha diretamente com critérios importantes para o âmbito hospitalar, como saúde física, o estresse, controle da dor, reabilitação de pacientes com doenças crônicas, e no desenvolvimento de intervenções a níveis de psicoterapia breve, além de permear suas práticas mediante a equipe de atuação multidisciplinar. (ALMEIDA, MALAGRIS, 2015). A psicologia inserida no âmbito hospitalar busca ajudar o paciente e os familiares a lidarem com os processos que permeiam o processo de adoecimento e internação. O psicólogo hospitalar possui uma visão ampla mediante aos processos que permeiam a hospitalização do paciente, tem como principal função possibilitar ao paciente mecanismos que o coloque como ser ativo dentro do seu processo de hospitalização e adoecimento, sempre com um olhar profissional conduzindo seus atendimentos por meio de avaliações do estado mental, analisando assim os processos de orientação, consciência, memória entre outros. Cabe também ao psicólogo hospitalar a atenção a fatores que possam influenciar emocionalmente seus pacientes, gerando assim possíveis instabilidades em seu processo de hospitalização. (AGUIAR et all, 2018). O estágio além de propiciar o contato com a prática disponibilizou uma vez na semana supervisões, onde eram trabalhados artigos os quais eram relacionados aos atendimentos, avaliações e acompanhamento além promover debates os quais enriqueceram todo o processo. A supervisão no processo de aprendizagem prática além de fornecer maior segurança ao acadêmico, proporciona um segundo olhar mediante as narrativas dos casos, permitindo ao estagiário explorar o máximo da experiência. Segundo Lima (2017) o acompanhamento do processo é muito importante e a supervisão de estágio durante a formação é desenvolvida e desempenhada não só pelo supervisor, todo processo de aprendizagem se dar por troca, seja na escuta ou vivências dos relatos de casos, o enriquecimento do processo é em conjunto conduzindo o académico a um desenvolvimento maior. O hospital é um local de grande fluxo de pessoas, seja no sentido da equipe multidisciplinar ou pacientes que necessitam de atendimento. O psicólogo como componente desta equipe vivencia o processo de hospitalização junto ao paciente e familiares, ao contrário da clínica, o hospital necessita de dinamismo, e proatividade, por parte do profissional de psicologia, o qual tende a adaptar-se aos mais diferentes settings e lidando diretamente com situações inesperadas que envolve o sujeito e seu processo de adoecimento, neste aspecto podemos experienciar como é trabalhado questões importantes para a profissão, bem como o sigilo ético e a exposição das ( CREPALDI, 2016) 2 REFERENCIAL TEÓRICO Contexto histórico e prática profissional A atuação do psicólogo no contexto hospitalar ocorreu após o término da segunda guerra mundial, quando foi assim identificado a necessidade de assistência psicológica aos militares que apresentavam uma série de reações psicológicas advinda da experiência traumática e do processo de hospitalização, tais como distúrbios de sensopercepção, agitação psicomotora, alterações de humor entre outros. As atividades de cunho psicológico nos ambientes de saúde tiveram início com uma espécie de investigação que buscava identificar as reações psicológicas advindas do processo de adoecimento e internação, na busca por minimizar essas alterações e compreender como o indivíduo experiencia o processo de saúde e doença. ( AZEVEDO, CREPALDI, 2016) A inserção da psicologia no meio hospitalar também veio a colaborar no acompanhamento de pacientes que passavam por procedimentos cirúrgicos, e exames frequentes, o que ocasionava a estes pacientes o surgimento de episódios depressivos, durante seu processo de hospitalização. Por meio desta experiência verificou-se que o processo de hospitalização gerava um fenômeno de adoecimento no indivíduo o qual não era de ordem patológica, mas sim resultado da experiência de hospitalização o que por sua vez só reafirmou a necessidade do psicólogo junto a equipe de saúde. (Angerami-Camon, 2002). Em 1970 o programa federal dos EUA- The Civilian Health and Medical Program of the Uniformed Services reconhece as atividades do profissional de psicologia nas áreas voltadas à saúde, porém apenas em 1977 a aprovação da ata que oficializou a prática em todo país. As práticas da psicologia no contexto hospitalar desde então tiveram grande repercussão surgindo assim propostas de implantação dos serviços de psicologia nos hospitais gerais, visando promover a integração entre a teoria e prática, promovendo assim pesquisas que avaliavam os modelos de atuação deste profissional inserido nos contextos de saúde. ( AZEVEDO, CREPALDI, 2016) [...] os documentos da American Psychological Association contribuíram para a legitimação das práticas psicológicas no ambiente hospitalar, assim como para a publicação de pesquisas, com o surgimento do periódico Journal Health Psychology, em 1982, que, com reconhecimento internacional, publica pesquisas