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FISIOLOGIA-DO-EXERCÍCIO-2

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1 
 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 3 
 ORIGEM HISTÓRICA FISIOLOGIA HUMANA E FISIOLOGIA DO 
EXERCÍCIO .................................................................................................................. 4 
 FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO .................................................................... 10 
 SISTEMA MUSCULAR ............................................................................... 13 
4.1 Massa .................................................................................................. 15 
4.2 Capacidade física ................................................................................ 16 
4.3 Classificação das capacidades físicas condicionais ............................ 16 
4.4 Classificação das capacidades físicas coordenativas ...................... 17 
4.5 Capacidade e habilidade ..................................................................... 18 
 EXERCÍCIOS FÍSICOS .............................................................................. 18 
5.1 Torque ................................................................................................. 21 
5.2 Exercícios aeróbios e anaeróbicos ...................................................... 22 
5.3 Fadiga muscular .................................................................................. 25 
 METABOLISMO ENERGÉTICO ................................................................. 27 
6.1 Fonte de energia .................................................................................. 34 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 35 
 
 
3 
 
 INTRODUÇÃO 
Prezado (a) aluno (a)! 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao 
da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno 
se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, 
para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse 
aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No 
espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser 
direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora 
que lhe convier para isso. 
 A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
BONS ESTUDOS! 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 ORIGEM HISTÓRICA FISIOLOGIA HUMANA E FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO 
 
Fonte: clinicadoesportemt.com.br 
A fisiologia estuda as diferentes funções biológicas, físicas e químicas para 
explicar as relações vitais do organismo e suas adaptações ao ambiente, é 
caracterizada como um dos ramos da biologia, e sua origem do grego physis significa 
natureza e/ou funcionamento (FORJAZ & TRICOLI, 2011). 
A fisiologia teve sua base na filosofia, orientada por dois princípios filosóficos: 
escola teleológica ou finalista e escola determinista ou mecanicista. A 
teleológica é baseada em princípios de Aristóteles em que o organismo 
funciona como um todo para uma finalidade, segundo esse princípio, de acordo 
com a finalidade de um determinado órgão ocorrerá sua função fisiológica. O 
segundo princípio estabelece que o corpo funciona como uma máquina, com 
princípios cartesianos definidos por Descartes (DOUGLAS, 1994 apud 
LEMKE; SCHEID, 2020). 
Segundo Lemke e Scheid, (2020) a fisiologia de Aristóteles baseava-se na 
nutrição e na refrigeração do corpo, em que discordando de outros pensadores, não 
considerava o cérebro como núcleo responsável pelo pensamento e a sensibilidade e, 
sim o coração, no qual a alma estava localizada. Para Aristóteles o pulmão ainda 
possuía uma função de moderação e nutrição do coração. Apesar, de hoje, esses 
aspectos da filosofia de Aristóteles sobre o corpo humano e seu funcionamento não 
constituírem sentido na fisiologia humana, eles foram importantes nas primeiras teorias 
científicas de circulação de sangue de William Harvey, que discutiremos a frente. 
 
5 
 
Hipócrates também é responsável por converter os estudos de Medicina em 
Ciências, e libertá-la do misticismo religioso, e anos mais tarde constituir o que os 
gregos chamaram de núcleo do saber que incluíam ideias de anatomia, fisiologia e 
patologia (TEIXEIRA, 2015). 
Depois de Hipócrates, o nome de Cláudio Galeno aparece frequentemente 
relacionado a fisiologia, por ser considerado a maior influência histórica da fisiologia na 
antiguidade e o pai da fisiologia experimental devido aos experimentos com animais. 
Para além das ideias de seu mentor Hipócrates, no CH, cerca de 600 anos depois, 
considerou o fígado, o coração e o cérebro como os três principais órgãos do corpo 
humano (BRASIL, 2013). Os estudos de Galeno, no campo cardiorrespiratório 
resultaram em “teoria miogênica do batimento cardíaco”, movimento de fluxo e refluxo 
do sangue, e, ideia inicial de sangue arterial e venoso, no qual o arterial transportaria 
do coração o espírito vital e o sangue venoso encaminhavam para o fígado o chamado 
espírito natural (TEIXEIRA, 2015). 
 
Fonte: upload.wikimedia.org 
Nos anos de 1500, especificamente, a partir de 1534, o médico Jean Fernel é 
quem começou a utilizar o termo “fisiologia” quando se dedicou a reviver antigos 
estudos gregos (BRASIL, 2013). Fernel foi responsável por uma das ideias que, em 
2001, foi comprovada pela Purdue University sobre a gordura das papilas gustativas, 
contribuindo para que nos cursos de medicina da época alguns assuntos da fisiologia 
fossem adotados (LEMKE; SCHEID, 2020). 
 
6 
 
No ano de 1543, Andreas Versalius publica “A estrutura do corpo humano” 
(título traduzido) com a introdução da anatomia e fisiologia modernas, 
baseadas em estudos e dissecações de cadáveres humanos de Leonardo da 
Vinci e Michelangelo que estabeleceram a escola da anatomia e fisiologia em 
Pádua na Itália. Por essa obra, Versalius é considerado até os dias atuais 
como “pai da anatomia moderna” (BRASIL, 2013). Por seus estudos com as 
dissecações em humanos, diferentemente de Galeno, conectou a anatomia 
com as produções artísticas e trouxe contribuições para que a anatomia se 
desenvolvesse solidamente nos séculos seguintes (GOMES, 2015). 
O século XVIII dividiu a fisiologia em duas linhas: eletro-fisiologia e pesquisas 
sobre metabolismo, no qual a primeira é marcada por estudos dos italianos Luigi 
Galvani, com a publicação de De Viribus Electricitatis in Motu Musculari Commentarius 
com pesquisas sobre a contração muscular em rãs. Posteriormente, Alessandro Volta 
aprimorou as ideias de Galvani. Essas pesquisas da fisiologia sobre o metabolismo 
humano, mais à frente, com ideias de Bernard e adaptações de Walter Cannon em 
estudos sobre a homeostasia desencadearam a atual fisiologia do exercício (BRASIL, 
2013). 
Aproximando-nos dos tempos atuais, recordamos que, no século XX, Walter 
Cannon recuperou ideias de Bernard com relação ao termo de homeostasia, um dos 
conceitos da fisiologia moderna (BRASIL, 2013). Cannon é considerado um dos 
maiores fisiologistas norte-americanos, em dentre suas contribuições está o livro The 
wisdom of the body (Tradução: A sabedoria do corpo), publicado em 1932, e que 
difunde o conceito de homeostase (RODRIGUES, 2013). 
Em continuidade com a origem histórica, temos a fisiologia do exercício, que é 
uma área ou campo de saber derivado da fisiologia humana, e que estuda os efeitos 
agudos e crônicos do exercício físico sobre estruturas e funções do corpo humano 
(WILMORE & COSTILL, 2010). Da mesma maneiraque situamos os fatos históricos 
da fisiologia humana em uma linha do tempo, realizamos essa proposta com a fisiologia 
do exercício. 
A fisiologia do exercício aponta em seus dados históricos o seu surgimento na 
Grécia com a preocupação dos gregos com relação a jogos e saúde, porém há registros 
que civilizações primitivas se preocupavam com os temas pertinentes a área 
(MCARDLE, KATCH & KATCH, 2003). Para Wilmore & Costill (2010) suas origens 
confundem-se com o surgimento da medicina e as atividades físicas como tratamentos 
terapêuticos para doenças e manutenção de saúde. 
 
7 
 
A Fisiologia do Exercício começou a surgir como interesse acadêmico e 
científico no final do século 19, no qual, em 1889, ocorreu a primeira publicação da 
área e, consequentemente, sua consolidação mundial com o livro Physiology of Bodily 
Exercise por Fernand LaGrange que apresenta questões sobre fadiga muscular e papel 
do cérebro frente ao exercício (FORJAZ & TRICOLI, 2011; KENNEY, WILMORE & 
COSTILL, 2013). A evolução da área da Fisiologia do Exercício teve uma importante 
contribuição europeia com o recebimento do Prêmio Nobel dos pesquisadores August 
Krogh (1920), Archibald V. Hill (1922) e Otto Meyerhof (1922) por suas pesquisas no 
metabolismo energético e a fisiologia da musculatura esquelética (FORJAZ & TRICOLI, 
2011). 
 
Fonte: images-na.ssl-images-amazon.com 
No ano de 1927, no porão da Universidade de Harvard, foi construído o 
laboratório de Fadiga de Harvard, que era responsável em pesquisar os impactos 
fisiológicos da fadiga em atividades diárias nos trabalhadores da indústria (WILMORE 
& COSTILL, 2010). Esse laboratório atuou durante 20 anos – 1927 a 1947 –, e foi 
considerado um marco importante na história da Fisiologia do Exercício. Nele foram 
realizadas pesquisas com o metabolismo energético, meio ambiente (efeitos do frio e 
da altitude), envelhecimento, nutrição e aptidão física e saúde, por meio de seu 
coordenador, o Professor Doutor Dill (LEMKE; SCHEID, 2020). 
Em 1947, após a II Guerra Mundial, o laboratório foi fechado, mas sua 
contribuição é inegável, visto que nos seus 20 anos de funcionamento, ocorreram mis 
de 300 estudos que contribuem até os dias atuais com relação ao exercício físico e as 
 
8 
 
respostas metabólicas (LEMKE; SCHEID, 2020). A história da fisiologia do exercício 
segue até os anos 60, com estudos focados nas respostas do corpo com relação ao 
consumo de oxigênio, frequência cardíaca e temperatura corporal. Bengt Saltin e Jonas 
Bergstrom, ao final dessa década, disparam a aplicação das biópsias para estudos com 
a bioquímica e a estrutura muscular. A partir disso, se permitiu futuramente que os 
fisiologistas compreendessem o metabolismo energético e o efeito do tipo de fibra 
muscular (MOOREN & VÖLKER, 2012). 
A partir dos anos 60, cientificamente e mundialmente, a Fisiologia do Exercício 
se estabeleceu com pesquisas de McArdle, Latch, Costill e Wilmore. Porém, no Brasil, 
os registros surgem nos anos 70, com o Professor Doutor Maurício Leal Rocha, através 
da Universidade do Brasil (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ) com 
o Laboratório de Fisiologia do Exercício (LABOFISE). Esse laboratório foi crucial para 
que anos depois surgisse um projeto com buscas de perfil de aptidões físicas dos 
homens brasileiros, denominado Projeto Brasil (FORJAZ & TRICOLI, 2011). 
Entre os períodos de 1981 e 1985, no Brasil, a fisiologia do exercício teve 
enfoque na promoção da saúde e em programas de tratamento de reabilitação 
cardíaca, o que proporcionou a alguns professores de educação física participarem de 
programas de mestrado e doutorado nos Estados Unidos, surgindo algumas 
proposições, teses e rotinas de avaliação implantadas em programas nacionais 
(LEMKE; SCHEID, 2020). 
A partir desses fatos, as áreas da Fisiologia Humana e Fisiologia do Exercício 
dividiram-se em duas áreas: a da promoção da saúde e prescrição do exercício físico 
e a área escolar, inserida no contexto inicialmente da graduação, pós-graduação e aos 
poucos com indícios na educação básica. Na área de prescrição do exercício físico e 
promoção da saúde, nos anos 2000 em diante, ocorreu um grande passo, com as 
empresas de informática produzindo softwares de avaliação e acompanhamento da 
Fisiologia do Exercício e os pesquisadores brasileiros ganhando prestigio e 
reconhecimento com cerca de 12 milhões de artigos científicos publicados na Biblioteca 
Nacional de Medicina do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (LEMKE; 
SCHEID, 2020). 
A fisiologia humana estuda as diferentes funções físicas e químicas vitais do 
organismo (FORJAZ; TRICOLI, 2011) já a fisiologia do exercício concentra-se no 
“estudo de como as estruturas e funções do corpo são alteradas quando os indivíduos 
 
9 
 
ficam expostos ao exercício” (KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013, p.2). Ambos os 
conteúdos, conforme Pelissaro e Hermel (2016), estão relacionados com o corpo 
humano e são tradicionalmente trabalhados no 8º ano do ensino fundamental, 
baseados em sistemas, funções e órgãos, favorecendo o corpo como um ensino 
fragmentado. 
Conforme Kenney, Wilmore & Costill (2013) destacam em seu livro, Fisiologia 
do Esporte e do Exercício, uma das primeiras tentativas em explicar a anatomia e 
fisiologia humana foi o texto do grego Cláudio Galeno, De fascius publicado no século 
I d.C. As ideias de Galeno influenciaram os primeiros fisiologistas, anatomistas e 
professores de higiene e saúde. Cláudio Galeno ensinou e praticou “as leis da saúde”: 
respirar ar puro (fresco), comer alimentos apropriados, beber as bebidas certas, 
exercitar-se, dormir por um período suficiente, evacuar diariamente e controlar as 
emoções. 
Somente no século XVI que vieram as contribuições significativas para a 
compreensão da estrutura e funcionamento do corpo humano, com destaque para 
publicação do livro de Andreas Vesalius, sobre o funcionamento do corpo humano. 
Mais tarde, em 1793, Séguin e Lavosier descreveram sobre o consumo de oxigênio em 
repouso e na condição de levantamento de peso várias vezes em 15min (McARDLE, 
KATCH, 2013). 
No texto livro Physiology of Bodily Exercise oferecia basicamente sugestões 
fisiológicas, mas já com preocupações sobre fadiga, trabalho muscular e o papel do 
cérebro frente ao exercício. As primeiras tentativas em explicar os processos de 
funcionamento do organismo ainda eram erradas e vagas, e com a ajuda de 
equipamentos de pesquisa, pouco a pouco as perguntas que intrigavam foram, e ainda 
estão sendo elucidadas. Muitos dos grandes cientistas do século XX, voltados ao 
exercício físico tiveram relação com o laboratório de Fadiga de Harvard, estabelecido 
por Lawrence J. Henderson, MD (1878-1942), e dirigido por Bruce Dill (1891-1986) 
(KENNEY, WILMORE, COSTILL, 2013). 
Até o final dos anos de 1960, quase todos os estudos da fisiologia do exercício 
se concentravam na resposta do corpo como um todo à atividade. A maioria 
das investigações envolvia medidas de variáveis como consumo de oxigênio, 
frequência cardíaca, temperatura corporal e intensidade de suor. Pouca 
atenção era dada às respostas celulares ao exercício. Essa perspectiva foi 
ampliada quando a bioquímica enzimática se tornou disponível e os processos 
metabólicos e sua adaptação ao exercício foram mais bem compreendidos 
(MOOREN, VÖLKER, 2012. Apud KENNEY, WILMORE, COSTILL, 2013). 
 
10 
 
 FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO 
 
Fonte: Encrypted-tbn0.gstatic.com 
A Fisiologia do Exercício, área de conhecimento derivada da Fisiologia, é 
caracterizada pelo estudo dos efeitos agudos e crônicos do exercício físico sobre as 
estruturas e as funções dos sistemas do corpo humano. Ela pode ser considerada uma 
das disciplinas mais tradicionais relacionadas à prática acadêmica e profissional da 
Educação Física e do Esporte em função da grande herança biológica destas áreas. 
Neste artigo, serão abordadas às linhas de pesquisanessa área, a integração do 
conhecimento científico com a prática profissional e as perspectivas futuras da 
Fisiologia do Exercício (FORJAZ; TRICOLI, 2011). 
Para Botelho (2018) quando as fronteiras entre as disciplinas tradicionalmente 
separadas desaparecem e são substituídas por uma abordagem integrada, abre-se 
uma nova visão sobre a função e regulação do organismo frente à prática de exercícios 
físicos. Nesse sentido, os recentes avanços das técnicas moleculares ampliaram o 
campo da Fisiologia do Exercício e permitiram aos pesquisadores o estudo dos 
mecanismos envolvidos em níveis moleculares. Além disso, o melhor entendimento 
destes processos metabólicos deve colaborar no desenvolvimento de programas de 
exercícios físicos, com o aprimoramento em programas de treinamento, e sobretudo, 
com a otimização nos processos capazes de realçar os efeitos do exercício físico no 
organismo humano. 
 
11 
 
As atividades físicas que realizamos em diferentes situações da vida (cotidiana, 
laboral, recreativa), assim como os exercícios físicos (programas de exercício) com 
objetivo de saúde e sobretudo o esporte competitivo em diferentes idades e níveis de 
competição, demandam liberação energética leve, moderada ou intensa, dependendo 
da duração e da intensidade do exercício e da relação carga do exercício/descanso, 
estado de saúde, frequência da atividade idade e condição física atuais do praticante. 
Caso não se consiga um ritmo estável entre a fosforilação oxidativa e as necessidades 
energéticas da atividade, desenvolve-se um desequilíbrio anaeróbio-aeróbio, acumula-
se ácido láctico, a acidez nos tecidos aumenta e sobrevém rapidamente a fadiga. A 
capacidade de manter um alto nível de atividade física sem fadiga demasiada depende 
de dois fatores (SANDOVAL, 2014): 
 Da capacidade de integração de diferentes sistemas fisiológicos 
(respiratório, circulatório, muscular, endócrino) para realizar o exercício. 
 Da capacidade das células musculares específicas de gerar ATP de 
modo aeróbio. 
Regulação e integração do corpo durante o exercício 
Os ajustes químicos, hormonais e neurais que ocorrem antes e durante a prática 
de exercícios. No início e até antes de começar o exercício, começam as alterações 
cardiovasculares a partir dos centros nervosos que estão acima da região medular. 
Tais ajustes adequam um aumento significativo na frequência e na força de 
bombeamento do coração, bem como promovem alterações previsíveis no fluxo 
sanguíneo regional, que são ajustados à intensidade do exercício (SANDOVAL, 2014). 
Segundo Sandoval (2014) com a continuidade da atividade física, a saída de 
informação simpática colinérgica, junto com fatores metabólicos locais que atuam 
sobre os nervos quimiossensíveis, além de atuar abertamente sobre os vasos 
sanguíneos, causando a dilatação dos vasos de resistência dentro dos músculos 
ativos. Essa resistência periférica diminuída permite que as áreas ativas recebam maior 
irrigação sanguínea. Quando o exercício se prolonga, há ajustes constritores adicionais 
nos tecidos menos ativos, que, assim, mantêm uma pressão de perfusão adequada, 
mesmo com uma grande vasodilatação muscular. Essa ação constritora permite a 
correta redistribuição do sangue para satisfazer às necessidades dos músculos ativos. 
 
12 
 
Os fatores que afetam o retorno venoso são tão importantes quanto os que 
regulam o fluxo sanguíneo arterial. A ação das bombas musculares e ventilatórias e a 
crescente rigidez das próprias veias aumentam imediatamente o retorno sanguíneo ao 
ventrículo direito. Ao acrescer o débito cardíaco, os tônus venosos também aumentam 
proporcionalmente, tanto nos músculos que trabalham como nos que não trabalham. 
Com tais adaptações, mantém-se o equilíbrio entre o débito cardíaco e o retorno 
venoso. Os fatores que afetam o fluxo sanguíneo no sistema venoso são 
especialmente importantes em exercícios realizados de pé, nos quais a força da 
gravidade tende a se contrapor à pressão venosa nas extremidades (SANDOVAL, 
2014). 
Para o autor Sandoval, o sistema cardiovascular proporciona uma regulação 
rápida da frequência cardíaca, além de uma distribuição eficaz do sangue no circuito 
vascular, como resposta às necessidades metabólicas e fisiológicas do corpo. As 
catecolaminas simpáticas (adrenalina ou epinefrina e noradrenalina ou norepinefrina) 
atuam para acelerar a frequência cardíaca e aumentar a contratilidade do miocárdio. O 
neurotransmissor parassimpático acetilcolina, por meio do nervo vago, diminui a 
frequência cardíaca. 
Os fatores extrínsecos (neurais e hormonais) modificam o ritmo inerente do 
coração, permitindo-lhe acelerar rapidamente em antecipação ao exercício e aumentar 
até duzentos batimentos por minuto ou mais durante o exercício máximo. Uma grande 
parte da conformação da frequência cardíaca deve-se, provavelmente, à influência 
cortical exercida antes e durante as etapas iniciais da atividade. Os nervos, os 
hormônios e os fatores metabólicos atuam sobre as bandas de músculo liso nos vasos 
sanguíneos. Isso causa uma alteração de seu diâmetro interno regulando o fluxo 
sanguíneo: as fibras simpáticas adrenérgicas liberam noradrenalina, que causa 
vasoconstrição, e os neurônios simpáticos colinérgicos secretam acetilcolina, que 
produz vasodilatação. O exercício físico produz dois tipos de reação do ponto de vista 
fisiológico, segundo o tempo de duração em que se desenvolve: um tem ação aguda, 
como a resposta imediata ao estímulo do exercício, e o outro tem ação cumulativa, 
progressiva e sistemática no organismo, que age de forma crônica quando a atividade 
física é realizada por 24 semanas ou mais (SANDOVAL, 2014). 
 
Reação aguda ao exercício 
 
13 
 
Sandoval relata que a reação aguda é a resposta biológica às cargas do 
treinamento. É quando estudamos o modo como o corpo responde a um treinamento 
individual, como trotar em uma pista, nadar, caminhar, correr sobre uma esteira 
ergométrica ou realizar uma repetição de força máxima com peso, como no 
halterofilismo. 
 
Adaptações crônicas durante o exercício 
Ocorrem modificações importantes no organismo quando se realizam seis 
meses ou mais de treinamento de forma individualizada, sistemática e progressiva 
como as que ocorrem nos sistemas cardiorrespiratório, endócrino-metabólico, 
imunológico e musculoesquelético. Tais modificações estão relacionadas aos 
princípios (SANDOVAL, 2014): 
-Individualidade (incluindo herança genética); 
-Especificidade do treinamento (com predomínio aeróbio, anaeróbio ou misto); 
-Relação entre volume e intensidade; 
-Progressão da carga; 
-Manutenção (a perda é reversível). 
 SISTEMA MUSCULAR 
 
Fonte: Image.slidesharecdn.com 
 
 
14 
 
Os músculos são constituídos por tecido muscular e caracterizam-se pela sua 
contratibilidade, funcionando pela contração e extensão das suas fibras. A contração 
muscular ocorre com a saída de um impulso elétrico do sistema nervoso central que é 
conduzido ao músculo através de um nervo. Esse estímulo elétrico desencadeia o 
potencial de ação, que resulta na entrada de sódio (necessário à contração) dentro da 
célula, e a saída de potássio da mesma, assim estimulando a liberação do cálcio que 
está armazenado no Retículos Sarcoplasmáticos ou RS presentes no sarcoplasma 
(citoplasma da célula muscular) (APARÍCIO, 2018). 
Os músculos voluntários são os órgãos ativos do movimento, transmitindo 
movimento aos ossos sobre os quais se inserem. Têm uma variedade grande de 
tamanho e formato, de acordo com a sua disposição, local de origem e inserção e 
controlam a postura do corpo do animal. O ser humano possui aproximadamente 512 
músculos. Cada músculo possui o seu nervo motor, o qual divide-se em várias fibras 
para poder controlar todas as células do músculo, através da placa motora. Ao 
estudarmos Fisiologia aprendemos que existem dois tipos de contrações musculares: 
contração isotônica econtração isométrica (APARÍCIO, 2018). 
 A contração isotônica refere-se a uma contração em que um músculo 
encurta enquanto exerce uma força constante que corresponde à carga 
que está sendo erguida pelo músculo. Divide-se em concêntrica e 
excêntrica. Na concêntrica a contração vence a resistência e há o 
encurtamento muscular e na excêntrica a resistência vence a contração 
havendo o alongamento muscular. Ex: A corrida é concêntrica pois o 
velocista vence a barreira do ar Ex: Queda de braço é excêntrica pois a 
resistência está em seu oponente. 
 A contração isométrica refere-se a uma contração em que o comprimento 
externo do músculo não se altera, pois, a força gerada pelo músculo é 
insuficiente para mover a carga à qual está fixado. No corpo, a maioria 
das contrações é uma combinação de ambas contrações. 
Ações musculares: movimentos isométricos (estrutura do sarcômero): 
 
15 
 
 
Fonte: Ide; Lopes; Sarraipa, 2010. 
4.1 Massa 
Segundo Aparício (2018) a massa é frequentemente associada ao peso dos 
objetos. Esta associação não se mostra na maioria das vezes, entretanto, correta, ou 
quando correta, não se mostra completamente elucidativa. Em acordo com o 
paradigma científico moderno, o peso de um objeto resulta da interação gravitacional 
entre sua massa e um campo gravitacional: ao passo que a massa é parte integrante 
da explicação para o peso, ela sozinha não constitui a explicação completa. Os trajes 
espaciais dos astronautas, quando usados aqui na Terra, parecem consideravelmente 
mais pesados do que quando usados na superfície da Lua, contudo suas massas 
permanecem exatamente as mesmas. 
É comum também a associação de massa ao tamanho e forma de um objeto. 
Massa realmente toma parte na explicação para o tamanho dos objetos (densidade), 
mas não constitui a explicação correta ou completa. O corpo humano é equipado com 
vários sentidos com os quais estabelecemos a compreensão do mundo que nos cerca. 
 
16 
 
Em primeira instância é às sensações que eles nos fornecem que naturalmente 
associamos certos conceitos e definições, a citar os conceitos intuitivos de 
temperatura, tamanho, resistência, peso, massa e outros. Mas, o sentido da massa que 
falaremos aqui é da massa muscular, e compreender as razões que no processo de 
envelhecimento o ser humano perde massa muscular. O treinamento sistemático da 
força pode desacelerar a perda da massa muscular e assim manter seus níveis 
(FLECK; KRAEMER, 2002 apud OKUMA, 2012). 
4.2 Capacidade física 
Capacidades Físicas são definidas como todo atributo físico treinável num 
organismo humano. Em outras palavras, são todas as qualidades físicas motoras 
passíveis de treinamento comum (APARÍCIO, 2018). 
Características: 
- São elementos essenciais para o rendimento motor; 
- São determinadas geneticamente; 
- Desenvolvem-se através do treino. 
Classificação: 
1. Condicionais: são as capacidades determinadas pelos processos energéticos 
e metabólicos, obtenção e transformação da energia. Por isso, são condicionadas pela 
energia disponível nos músculos e pelos mecanismos que lhe regulam a distribuição – 
carácter quantitativo (APARÍCIO, 2018). 
2. Coordenativas: são essencialmente determinadas pelos processos de 
organização, controle e regulação do movimento. Estas são condicionadas pela 
capacidade de elaboração das informações por parte dos analisadores implicados na 
formação e realização do movimento – carácter qualitativo (APARÍCIO, 2018). 
4.3 Classificação das capacidades físicas condicionais 
Segundo Aparício (2018), 
 FORÇA: Habilidade que permite um músculo ou grupo de músculos produzir 
uma tensão e vencer ou igualar-se a uma resistência na ação de empurrar, 
tracionar ou elevar. 
 
17 
 
a. Força Isotônica (Dinâmica) – É o tipo de força que envolve os músculos dos 
membros em movimento ou suportando o peso do próprio corpo em 
movimentos repetidos. 
b. Força Isométrica (Estática) – É o tipo de força que explica o fato de haver 
força produzindo calor e não havendo produção de trabalho em forma de 
movimento. 
c. Força Explosiva (Potência) – Habilidade de exercer o máximo de energia em 
um ato explosivo. O Desenvolvimento da força pode ser: GERAL – quando 
visamos o desenvolvimento de todos os grupos musculares; consiste na 
amplitude normal de oscilação das articulações, especialmente nas principais 
articulações: ombros, anca e coluna vertebral. 
ESPECÍFICA – quando visamos o desenvolvimento de um ou vários grupos 
musculares característicos dos gestos de cada modalidade. Consiste na 
amplitude necessária para a realização de movimentos específicos de cada 
modalidade. 
FLEXIBILIDADE: Pode ser evidenciada pela amplitude dos movimentos das 
diferentes partes do corpo. É dependente da elasticidade muscular e da 
mobilidade articular. 
RESISTÊNCIA: Qualidade física que permite um continuado esforço durante 
um determinado tempo. 
a. Resistência Aeróbica: Permite manter por um determinado período de 
tempo, um esforço em que o consumo de O2 equilibra-se com a sua absorção, 
sendo os esforços de fraca ou média intensidade. 
b. Resistência Anaeróbica: Permite manter por um determinado período de 
tempo, um esforço em que o consumo de O2 é superior à sua absorção, 
acarretando um débito de O2 e que somente será recompensado em repouso, 
sendo os esforços de grande intensidade. 
c. Resistência Muscular Localizada (RML): Capacidade individual de realizar 
num maior tempo possível a repetição de um determinado movimento, em um 
mesmo ritmo e com a mesma eficiência. É a capacidade de repetir várias vezes 
uma mesma tarefa utilizando-se baixos níveis de força. É a capacidade do 
músculo em trabalhar contra uma resistência moderada durante longos 
períodos de tempo. 
VELOCIDADE: Qualidade física particular do músculo e das coordenações 
neuromusculares, que permite a execução de uma sucessão rápida de gestos, 
que em seu encadeamento constitui uma só e mesma ação, de intensidade 
máxima e duração breve ou muito breve. 
a. Velocidade de Reação: Rapidez com a qual uma pessoa é capaz de 
responder a um estímulo (visual, auditivo ou tátil). Tempo requerido para ser 
iniciada a resposta a um estímulo recebido. 
b. Velocidade de Membros: Capacidade de mover membros superiores e ou 
inferiores tão rápido quanto possível. 
c. Velocidade de deslocamento: Capacidade máxima de uma pessoa deslocar-
se de um ponto a outro. 
4.4 Classificação das capacidades físicas coordenativas 
COORDENAÇÃO: Capacidade de executar difíceis movimentos de modo 
adequada, para que possam ser realizados com o mínimo de comprometimento. 
Constitui-se uma atividade psicomotora indispensável em todas as habilidades 
desportivas, devendo ser trabalhada em todos os programas de Educação Física 
 
18 
 
desde os primeiros níveis. A melhora gradual da coordenação, depende da repetição 
contínua de movimentos combinados. 
AGILIDADE: Capacidade que se tem para movimentar o corpo no espaço. 
Habilidade de um segmento ou do corpo inteiro, em conseguir um movimento, 
mudando a direção, de forma rápida e precisa. Requer uma combinação de várias 
qualidades físicas e embora pendente da carga hereditária, pode ser muito melhorada 
com o treino. 
RITMO: É a arrumação dos movimentos, sequência de movimentos repetidos 
várias vezes de forma equilibrada e harmonizada. 
4.5 Capacidade e habilidade 
Capacidade refere-se às qualidades físicas de uma pessoa, um potencial, 
definido geneticamente, que pode ser atingido ou não. Enquanto que habilidade se 
refere a uma tarefa com uma finalidade específica a ser atingida. 
Estimativas da prevalência da incapacidade funcional decorrente das 
limitações físicas apontam para o fato de que uma grande porcentagem de 
pessoas tem dificuldade ou incapacidade para realizar as atividades 
cotidianas, como carregar um peso ou caminhar alguns quarteirões, sendo que 
tal dificuldade aumenta com a idade. (OKUMA, 2012, p.54) 
 EXERCÍCIOS FÍSICOSFonte: educacaofisica.com.br 
 
19 
 
Segundo Wilmore et al., (2013) a demanda energética durante o exercício 
sofre influências individuais conectadas à alguns fatores como: compleição física, 
idade, etc., além do grau de intensidade e volume das práticas motoras. Pereira e 
Souza JR, (2010) relatam que o metabolismo é a soma de reações catabólicas e 
anabólicas ocorridas no organismo, sendo fatores influenciáveis do exercício físico, 
pois, se refere ao conjunto de reações celulares durante a prática de algum exercício 
ou atividade física. 
No transcorrer do exercício são observadas alterações agudas e condições 
controladas que poderão representar fatores de estímulo às adaptações crônicas e 
desejáveis acrescidas dos exercícios sistematizados. Para se calcular o gasto 
energético de uma pessoa, é necessário compreender a taxa metabólica basal (TMB) 
ou metabolismo de repouso. TMB é o gasto energético relacionado à massa corporal 
magra e ao estado de repouso dos indivíduos (OLIVEIRA, et al., 2017). 
A TMB é correspondente aos processos metabólicos realizados apenas para 
absorção de nutrientes e para os processos fisiológicos necessários durante o dia. 
Desta forma, a TMB figura como uma variável altamente relacionada às 
características fisiológicas individuais e a compleição física, uma vez que, altos 
índices de massa muscular poderão apresentar níveis significativamente 
superiores de consumo calórico mesmo em condição de repouso (MCARDLE et al., 
2016). 
Para Mcardle et al., (2016) quanto maior a massa corporal, maior será o 
índice de taxa metabólica, assim, a taxa metabólica de um homem é geralmente 
maior do que a de uma mulher a taxa metabólica é comparada com a idade 
do indivíduo, além de também relacionar a taxa metabólica e a massa 
corporal sem gordura, sendo observado o declínio da taxa metabólica com o passar 
dos anos, ou seja, quanto maior a idade, menor a taxa metabólica e menor o gasto 
energético. Apresentada uma relação entre a sarcopenia (perda de massa muscular) e 
o envelhecimento, pelo desbalanço hormonal e tal fato pode-se associar ao 
decaimento da taxa metabólica. 
Aponta-se que os efeitos do treinamento se dividem em dois, sendo eles 
agudos e crônicos, antes da explicação dos processos fisiológicos que o corpo 
sofre com o treinamento. O primeiro é correspondente às alterações 
fisiológicas ocorridas no período do treino e o segundo diz respeito às alterações 
 
20 
 
feitas pelo organismo com a somatória dos treinamentos (WILMORE et al., 
2013). 
A capacidade que o indivíduo tem de transportar o Oxigênio (O2), mais 
popular como Volume de Oxigênio (VO2), tende a aumentar com o 
treinamento, já que a demanda de O2 no tecido muscular esquelético aumenta no 
treino. O VO2 max é a capacidade de segurar, transportar e utilizar O2 
durante a contração muscular para processos aeróbios. Está diretamente 
ligada ao efeito crônico do treinamento, o Volume Máximo de O2 (VO2 max), 
partindo do princípio que o corpo arriscará se adaptar ao aumento do VO2 no 
momento do treino, fazendo com que aumente gradativamente sua capacidade 
de suprir, de forma mais rápida, a demanda de O2 nos tecidos (WILMORE et al., 
2013). 
Basicamente a Frequência Cardíaca (FC) corresponde à quantidade de vezes 
que o coração realiza contração e relaxamento, respectivamente sístole e diástole. 
(WILMORE et al., 2013; MCARDLE et al., 2016). 
 
 
Fonte: contrarelogio.com.br 
Esta variável tende a aumentar no momento do treinamento, pois, a demanda 
de O2 e outros nutrientes utilizados pelo corpo na hora da prática, aumentam. O 
aumento da FC, dessa forma, intensificará o fluxo sanguíneo, suprindo as 
necessidades corporais por nutrientes e oxigênio. Já a Pressão Arterial (PA), obtida 
pela multiplicação do Débito Cardíaco pela Resistência Periférica Total, refere-se 
 
21 
 
a força atingida pelo ventrículo esquerdo para impulsionar o sangue arterial pelo 
ramo aórtico (MCARDLE et al., 2016). 
Para que ocorrer o aumento da PA, o corpo terá que ao longo dos treinamentos 
de passar por processos de adaptações. Como a FC, no momento do treinamento, 
aumentará, o coração se revestirá, com o tempo, de mais camadas de tecido 
muscular estriado cardíaco, fortalecendo para que, volume sanguíneo bombeado 
em cada pulsação seja maior no momento da sístole (OLIVEIRA, et al., 2017). Quanto 
às adaptações do corpo ao treinamento, a FC tende a diminuir quando o 
indivíduo está em repouso cronicamente, pois a PA estará suprindo a demanda do 
fluxo sanguíneo tecidual (OLIVEIRA, et al., 2017). 
Wilmore et al., (2013) e Mcardle et al., (2016) afirmam que diferentes exercícios 
carecem de diferentes fontes energéticas, para isso, os sistemas energéticos são 
divididos em aeróbio (sistema oxidativo) e anaeróbio (sistema Adenosina Trifosfato –
Fosfocreatina e sistema glicolítico, dividido em lático e alático). Assim, os exercícios 
demandam distintas formas orgânicas de trabalho. 
5.1 Torque 
É conceitualmente definida a força do ponto de vista físico, como a capacidade 
de mudar o estado de repouso ou movimento de uma matéria. No corpo humano, ao 
longo do seu eixo longitudinal e produz força, o sistema músculo esquelético quando 
estimulado se encurta. Essa força geralmente resultada em movimento rotacional. É 
conhecida como torque, que a tendência de uma força produzir rotação de um objetivo 
sobre o eixo (BLAZEVICH, 2017), de acordo com a tradição denominamos a força 
produzida durante um movimento como torque (KNUTTGEN; KRAEMER, 1987 apud 
VIEIRA, 2020). 
Considerando a relação entre o torque e a força produzida pelo sistema músculo 
esquelético gerado durante o movimento. Conexo ao fato de que a força gerada pelo 
sistema músculo esquelético é dependente de estímulos motores a nível cortical, 
espinhal, e características periféricas dos músculos e tendões (KIRK et al., 2019; 
OPPLERT, 2019; TRAJANO et al., 2013). Modificações periféricas e centrais que 
afetam o sistema músculo esquelético influenciariam a produção de torque durante um 
movimento (BUDINI; TILP, 2016; TRAJANO; NOSAKA; BLAZEVICH, 2017). 
 
22 
 
Estudos prévios têm sugerido que intervenções que promovem mudanças nas 
alterações na rigidez músculo-tendão ou drive central para o músculo também tem 
apresentado redução de torque em testes máximos (KIRK et al., 2019; OPPLERT; 
GENTY; BABAULT, 2016; TRAJANO et al., 2013; TRAJANO et al., 2019). Além dos 
fatores fisiológicos citados, o torque também pode ser influenciado por fatores 
mecânicos, tais como, a velocidade de deslocamento do membro. A relação entre 
torque/força e velocidade é inversa, ou seja, a medida que há um aumento 
progressivamente da velocidade em um movimento haverá a redução do torque do 
mesmo e vice e versa (CROSS et al., 2017; JARIC, 2015; MORIN; SAMOZINO, 2016; 
SAMOZINO et al., 2016). 
Uma maneira bem tradicional utilizada em laboratórios de pesquisa para se 
mensurar o torque produzido durante um movimento dinâmico é por meio da avaliação 
em um dinamômetro isocinético. Um aparelho isocinético é um dinamômetro 
eletromecânico onde a resistência imposta pelo aparelho irá se adaptar ao torque 
realizado pela contração muscular do indivíduo para manter a velocidade do 
movimento constante. A força do indivíduo uma vez, que apresenta variações durante 
o arco do movimento, devido ao braço de momento/alavanca, a resistência oferecida 
pelo aparelho também apresentará variações para manter a velocidade angularconstante (VIEIRA et al., 2020). Assim, durante toda a amplitude de movimento 
articular o dinamômetro isocinético permite a produção de força máxima pelo indivíduo 
(BOTTARO et al., 2010). 
5.2 Exercícios aeróbios e anaeróbicos 
Os exercícios aeróbicos são os exercícios que consomem oxigênio para 
produção de adenosina trifosfato (ATP), são geralmente atividades como o ciclismo e 
as corridas média ou longa distâncias. Durante o exercício físico aeróbio o fluxo do 
sangue aumenta cerca de 5 vezes mais que no repouso. Evidentemente, quanto maior 
for a intensidade/velocidade e duração dos movimentos corporais contínuos, maior 
será a metabolização dos substratos energéticos. Consequentemente, maior será a 
energia térmica gerada a partir das reações bioquímicas de geração de trifosfato de 
adenosina. E essa é a principal “moeda” de energia orgânica corrente em nossas 
 
23 
 
células, cuja dissipação térmica é realizada na forma de calor e resfriada pela 
evaporação para a atmosfera através do suor (BOTELHO, 2018). 
Para Botelho, (2018), progressivamente, as adaptações crônicas da prática 
regular aumentam a eficiência dos sistemas energéticos e também o gasto tanto 
durante a atividade quanto após a atividade, pois as células do corpo continuam 
“respirando” após o exercício. Assim, o aumento do gasto energético oriundo da 
otimização da oxidação dos substratos energéticos de reserva promove, entre outras 
variáveis referentes à composição corporal, redução do tecido adiposo. E isso, por si 
só, auxilia no emagrecimento. É importante ressaltar que a prática de exercícios físicos 
é apenas um dos componentes que atuam sobre o balanço energético diário. Ele deve 
ser sempre energeticamente balanceado levando em consideração as calorias 
advindas da alimentação. Portanto, o ideal é que as áreas de Educação Física e 
Nutrição trabalhem juntas. Embora as adaptações da prática de exercícios 
potencializem a queima de gordura e outros substratos, o balanço energético (relação 
matemática entre consumo e gasto de energia diária) deve ser sempre modulado ou 
dependente da energia consumida pela alimentação. É por isso que pensar em gasto 
energético e emagrecimento deve levar em consideração a alimentação e exercício 
(BOTELHO, 2018). 
O sistema aeróbio corresponde ao uso de O2 para a degradação de 
carboidratos, gorduras e em alguns casos pode-se chegar também à degradação de 
proteínas. Utilizam o sistema oxidativo para geração de energia, sendo este o 
último grau de produção de energia. Sabe-se que exercícios considerados aeróbios 
têm a característica de ser contínuos, ou seja, sem pausa para descanso, por 
este motivo, seu volume tende a ser mais alto do que sua intensidade (WILMORE 
et al., 2013). 
Como resíduos dessa reação têm duas moléculas de água e outras duas de 
ácido lático. Esse mecanismo é usado para exercícios de alta intensidade e que duram 
de 15 segundos até cerca de 2 minutos. Quando a produção de ácido láctico atinge um 
limite conhecido como o limiar de lactato, que provoca dores musculares, sensação de 
queimação no músculo e fadiga, tornando difícil manter tal intensidade. Sistema de 
produção de energia anaeróbio lático, utiliza o glicogênio muscular para a produção de 
energia, gerando como subproduto o ácido lático. Como essa forma de metabolismo é 
limitada o indivíduo deve dar tempo ao seu corpo para se recuperar entre os períodos 
 
24 
 
de treino ou reduzir sua intensidade. Assim, o sistema aeróbio assuma o fornecimento 
de energia (BOTELHO, 2018). 
Exercícios aeróbicos: 
 
Fonte: diabeticool.com 
 
Utilizam principalmente duas vias para obtenção de energia, os exercícios 
anaeróbicos na forma de adenosina trifosfato: a via fosfagênio ATP-PC, que utiliza a 
fosfocreatina presente nos músculos e é dispendida principalmente em atividades de 
força e explosão de curta duração; e a via glicolítica que utiliza o glicogênio presente 
nos músculos e fígado como fonte energética, e é a principal fornecedora de energia 
nos exercícios em que se utilizam o suporte com peso. O tipo de metabolismo que é 
utilizado em cada exercício é dependente da sua duração e intensidade. Enquanto o 
sistema aeróbico tem como fator limitante a disponibilidade calórica, as vias 
anaeróbicas somente têm capacidade para fornecer energia para o músculo durante 
poucos segundos (8 a 10 segundos pela via do fosfagênio e 1,3 a 1,6 minutos pela via 
glicolítica) (SILVA, 2017). 
Envolve um esforço intenso realizado por um número limitado de músculos e há 
produção de ácido lático. São exemplos de exercícios anaeróbios os exercícios de 
velocidade com ou sem carga, de curta duração e alta intensidade, como a corrida de 
cem metros rasos, os saltos, o arremesso de peso. Exercícios de força ou exercícios 
resistidos, com peso como a musculação também é considerada um exercício 
anaeróbio. Os movimentos que realizamos no nosso dia-a-dia são um misto de 
atividades físicas aeróbicas e anaeróbicas (BOTELHO, 2018). 
 
25 
 
Exercícios anaeróbicos: 
 
Fonte: emagrecimentoemfoco.com.br 
Tanto o exercício aeróbio, quanto o anaeróbio acarretam o "after burning". Mas 
este processo tem maior amplitude após sessões anaeróbias. Os 
metabolismos aeróbios e anaeróbios não ocorrem separadamente, mas sim 
se sobrepõem e trabalham em conjunto para permitir que o indivíduo realize 
seus objetivos de exercício. O valor da contribuição de cada sistema de 
produção contribuição de energia depende principalmente da intensidade e, 
em segundo lugar, da duração do exercício (BOTELHO, 2018). 
5.3 Fadiga muscular 
 
Fonte: renataspallicci.com.br 
Segundo Vieira et al., (2020) a fadiga muscular pode ser definida como um 
declínio de desempenho que é resultado de uma série de adaptações agudas dos 
 
26 
 
sistemas fisiológicos. A fadiga também é definida conceitualmente como a queda de 
desempenho muscular alterada pelo exercício. Do ponto de vista evolucionário, a 
fadiga pode ser considerada um mecanismo protetivo, que ocorre com o objetivo de 
evitar uma falha fatal do organismo (BOULLOSA; NAKAMURA, 2013). 
Diversos modificações fisiológicas são apontadas como a causa da fadiga, ao 
qual pode levar a diferentes classificações da mesma. Por exemplo, quando a 
queda de desempenho pode estar relacionada a mecanismos fisiológicos que 
ocorrem em estruturas distais a junção neuromuscular, a fadiga é classificada 
como periférica (MÁRQUEZ et al., 2017). 
Ao passo que é denominada como central, a fadiga, quando a queda de 
desempenho foi originada por transformações fisiológicas em estruturas proximais a 
junção neuromuscular. A fadiga não é consequência de um único mecanismo 
fisiológico (BOULLOSA; NAKAMURA, 2013). 
É importante destacar que pode ser relacionado o tipo de atividade realizada 
durante o treinamento que promoveu a queda de desempenho pode influenciar no 
mecanismo relacionado a fadiga, ou seja, a tarefa executada (MÁRQUEZ et al., 2017). 
Trajano et al. (2013) sugerem que a diminuição na capacidade de produzir força 
acarretada pelo alongamento estático prolongado é conexa a modificações drive 
central para o músculo e não a mecanismos periféricos. 
Para Márquez et al. (2017) concerniram que o TF realizado em circuito reduz o 
drive central para o músculo e aumenta a produção de metabólitos danificando a 
relação entre excitação e contração da fibra muscular. Portanto, indica que uma sessão 
de TF com método de circuito pode levar a modificações centrais e periféricas que 
induzem a fadiga. Distintas avaliações podem ser utilizadas para mensurar os 
mecanismos relacionados a fadiga (VIEIRA et al., 2020). 
Trajano et al., (2013) relata que do ponto de vista de fadiga central, as técnicas 
frequentemente utilizadas para sua verificação são eletroestimulação neuromuscular 
para se verificar mudanças na onda H e V, interpolated twitch-technique (BEHRENS etal., 2017; REID et al., 2018), atividade eletromiográfica normalizada pela onda M 
(TRAJANO et al., 2014) e estimulação magnética transcraniana (KIRK et al., 2019). 
Ao passo que mudanças na concentração de metabólitos como o lactato 
(MÁRQUEZ et al., 2017; VENTURELLI et al., 2017) e também na relação entre 
excitação-contração acoplamento (TRAJANO et al., 2019) são estratégias 
rotineiramente utilizadas para se verificar modificações relacionadas a fadiga 
periférica. Embora não apresente o mecanismo relacionado, uma maneira 
 
27 
 
simples de mensurar a fadiga em uma sessão de TF e por meio do índice de 
fadiga (GENTIL et al., 2017; PADILHA et al., 2019). 
Segundo Gentil et al., (2017) esse pode ser calculado por meio do tamanho de 
queda entre a performance neuromuscular do primeiro set e do último set de cada 
exercício realizado na sessão de TF (ERNESTO et al., 2009). O índice de fadiga (IF) 
tem sido vastamente utilizado para se calcular a fadiga durante o TF em indivíduos 
sedentários, treinados (PADILHA et al., 2019; VIEIRA et al., 2020b), e populações 
específicas (VIEIRA et al., 2010). 
 METABOLISMO ENERGÉTICO 
 
Fonte: demo.document.onl 
Podemos dizer que a bioquímica “é a ciência da base da química da vida” (do 
grego bios, vida), dos constituintes químicos das células e das reações e processos 
que são submetidos e têm como principal objetivo a compreensão em nível molecular, 
de todos os processos químicos associados às células vivas. (MURRAY ET AL., 2014, 
P. 1). 
“E a bioenergética, ou termodinâmica bioquímica, estuda as alterações da 
energia que acompanham as reações bioquímicas, pois os sistemas biológicos 
são isotérmicos e utilizam a energia química para ativar os processos vivos”. 
(BOTHAM; MAYES, 2013, p. 109). 
 
28 
 
Segundo Vaisberg e Mello,(2010), a intensidade é um dos principais fatores que 
propiciam uma resposta metabólica ao exercício, no entanto, outros fatores como: 
condição física, duração do exercício, disponibilidade de substrato, estado nutricional, 
composição da dieta e suplementação durante o exercício, tipo de exercício, 
temperatura ambiental, hidratação e altitude podem influenciar essa resposta. 
No que diz respeito às adaptações metabólicas ao treinamento (programa de 
exercícios físicos), àqueles com características anaeróbicas, como exercícios de força, 
hipertrofia, dentre outros, gera poucas melhoras na capacidade aeróbica, mas os 
estudos demonstram um aumento na força muscular, na atividade enzimática glicolítica 
e nos estoques de ATP-PCr intramuscular. Pode ainda ocorrer até mesmo redução nas 
densidades capilar e mitocondrial. Entretanto, o programa de exercícios com 
características aeróbicas, como por exemplo, corridas de longa duração, induzem 
aumento na densidade capilar e mitocondrial, na quantidade de mioglobina muscular, 
de enzimas do ciclo de Krebs e cadeia transportadora de elétrons (SIMPLÍCIO; 
BERTOLA, 2020). 
Por meio de reações metabólicas as células do corpo procuram adequar-se às 
novas demandas energéticas, sejam em repouso ou durante atividades físicas. O 
exercício físico pode ser considerado um estímulo estressor ao meio celular, e com 
isso provocar a perturbação homeostática da célula, que por sua vez, ativará sensores 
metabólicos intracelulares, que são capazes de desencadear eventos e interações 
proteicas no sentido de sinalizar a necessidade de adequação e retorno à homeostase 
(SIMPLÍCIO; BERTOLA, 2020). 
A molécula de proteína denominada adenosina trifosfato (ATP) é a única fonte 
de energia utilizada pelo nosso corpo para a contração muscular. Para que isso ocorra, 
as fibras musculares devem se contrair, ativando a enzima ATPase que é responsável 
por separar um dos fosfatos (P) presentes na molécula liberando, assim, energia 
durante esse processo. Os estoques de ATP na célula muscular são limitados fazendo 
com que seja necessário que existem outras vias metabólicas para a produção dessa 
moeda de energia para que o exercício muscular continue ocorrendo sem interrupções 
(MAGLISCHO, 2010). 
 
29 
 
 
Fonte: todoestudo.com.br 
As vias metabólicas existentes na produção de ATP são: 
(a) através da degradação da fosfocreatina (CP), também conhecido como 
sistema anaeróbio aláctico de produção de energia; 
(b) através da degradação do glicogênio muscular ou da glicose presente no 
músculo e/ou no sangue, denominado sistema anaeróbio láctico e 
(c) formação a partir do uso de O2, ou sistema aeróbio de produção de energia. 
Os dois primeiros tipos de metabolismos citados são denominados de 
anaeróbios por não utilizaram oxigênio durante o processo de formação de ATP. Já o 
último necessita de um suprimento contínuo de oxigênio para que se torne operacional 
(MAGLISCHO, 2010). 
Todos os sistemas de produção de energia estarão funcionando durante o início 
do exercício, porém diferenças na quantidade total de energia disponível (capacidade) 
e na velocidade de produção (potência) dos metabolismos definem a contribuição de 
cada um deles dependendo do esforço realizado, ou seja, a duração e intensidade do 
mesmo. O metabolismo anaeróbio aláctico (ou sistema ATP-CP) é a forma mais 
simples e rápida de produção de ATP para atividade muscular por ter apenas uma 
reação química envolvida. A enzima CK (creatina quinase) cataboliza a reação de 
quebra de fosfocreatina (CP) para que o P se ligue ao ADP presente na célula muscular 
e forme a molécula de ATP. A participação mais efetiva dessa via metabólica ocorre 
no início da atividade ou em exercícios de curta duração e alta intensidade, porém 
devido a baixa quantidade de CP dentro da célula muscular só é capaz de sustentar 
 
30 
 
com predominância uma atividade por volta de 5 s. É importante ressaltar que a 
restauração dos estoques de CPsó ocorrerá após o exercício (PIRES, 2016). 
Metabolismo Anaeróbio Aláctico: 
 
Fonte: PIRES (2016) 
Após ocorrer a depleção das reservas de fosfocreatina existentes na célula, o 
glicogênio muscular passa a ser a principal fonte de energia durante a realização do 
exercício. Essa via metabólica é conhecida como anaeróbia láctica, ou seja, há o 
aparecimento do lactato ao final do processo metabólico de produção de ATP. O 
resultado final da glicólise dá um saldo de 2 a 3 moléculas de ATP, dependendo do 
substrato (glicose ou glicogênio, respectivamente), e 2 moléculas de ácido pirúvico. 
Durante o processo metabólico, os hidrogênios são removidos dos substratos 
nutricionais e são transportados pelas moléculas de NAD (nicotinamida adenina 
nucleotídeo) ou FAD (flavina adenina nucleotídeo), transformando-as em NADH e 
FAH2 (MAGLISCHO, 2010). 
Metabolismo Anaeróbio Láctico: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
 
Fonte: Pires (2016) 
A restauração de NADH em NAD pode ocorrer de duas maneiras distintas. A 
primeira delas ocorre caso haja disponibilidade de oxigênio dentro da célula, que é 
responsável por “lançar” os hidrogênios para o interior da mitocôndria, contribuindo na 
produção aeróbia de ATP. A segunda maneira acontece quando não há tal 
disponibilidade de O2 e o ácido pirúvico recebe os H+, formando o ácido lático. A 
glicólise pode ser separada em duas fases: (1) fase de investimento de energia e (2) 
fase de geração de energia (MAGLISCHO, 2010). 
Finalmente, o último metabolismo de produção de ATP existente é o aeróbio, 
também conhecido como fosforilação oxidativa. A disponibilidade de oxigênio irá 
determinar se os produtos finais da glicólise (piruvato e íons de hidrogênio) se 
encaminharão para dentro da mitocôndria (MAGLISCHO, 2010). Além disso, esse 
sistema refere-se a combustão completa dos carboidratos e gorduras. O sistema 
 
32 
 
aeróbio de produção de ATP envolve duas etapas metabólicas importantes, o ciclo de 
Krebs e a cadeia transportadora de elétrons (POWERS; HOWLEY, 2009 apud PIRES, 
2016). 
No ciclo de Krebs ocorre a completa oxidação dos carboidratos, gorduras eproteínas por meio do NAD e FAD. Além disso, é nesse momento que o piruvato é 
metabolizado até CO2. Powers e Howley (2009) explicam que a principal função dessa 
etapa é a remoção de hidrogênios e a energia associada a eles. É importante ressaltar 
que, para que o piruvato entre no ciclo de Krebs é necessário que perca um carbono 
(C), transformando-se e Acetil-CoA. O C que restou é eliminado na forma de CO2 
(POWERS; HOWLEY, 2009 apud PIRES, 2016). 
Ciclo de Krebs: 
 
 
Fonte: Powers e Howley (2009) 
Um dos processos energeticamente mais importantes para um organismo 
aeróbico é a fosforilação oxidativa, pois é a partir dele que a maior parte do ATP celular 
é obtido. Esse processo em eucariotos é decorrente da ação do transporte de elétrons 
que ocorre na CR mitocondrial. A CR é composta por cinco complexos proteicos 
integrais da membrana interna, quatro realizando o transporte de elétrons em 
sequentes reações de oxirredução, e o quinto realizando o processo de fosforilação do 
ADP em ATP (CAMARGO et al., 2018). 
 
33 
 
Fosforilação oxidativa: 
 
Fonte: upload.wikimedia.org 
Os elétrons provenientes da oxidação de carboidratos, lipídeos e proteínas 
entram nesse sistema e culminam na redução do pool de quinonas, seja por meio dos 
complexos I e II ou de outras várias vias de doação de elétrons como, por exemplo, a 
da glicerol-3-fosfato desidrogenase mitocondrial (SAZANOV, 2015). 
Após as quinonas serem reduzidas, os elétrons seguem um padrão de fluxo que 
passa pelo complexo III, até que cheguem ao complexo IV, o qual catalisa a redução 
de O2 a H2O. À medida que esse fluxo de elétrons acontece, prótons são bombeados 
da matriz mitocondrial para o espaço Intermembranas através dos complexos I, III e IV, 
formando assim um diferencial eletroquímico entre os dois lados da membrana interna. 
Este diferencial é utilizado pelo complexo V (ATP-sintase) o qual, à medida que os 
prótons retornam do espaço intermembranas para a matriz mitocondrial, adiciona 
fosfato inorgânico a uma molécula de ADP, formando então o ATP (CHIODA, 2019). 
 
 
34 
 
6.1 Fonte de energia 
Durante a atividade física, nossos músculos utilizam a energia química dos 
nutrientes para produzir energia mecânica ou trabalho. Este é um processo bioquímico 
de grande complexidade que é regulado por vários fatores de natureza enzimática e 
hormonal. Os nutrientes que se constituem nas principais fontes de energia durante o 
exercício físico são os carboidratos e as gorduras. Os músculos sempre se utilizam de 
uma mistura desses dois nutrientes na “queima” metabólica com oxigênio. Um dos 
aspectos que gera maiores controvérsias no entendimento deste processo é a relação 
entre o tipo, duração e intensidade dos exercícios e o quanto se “queima” de gordura 
ou carboidratos (BOTELHO, 2018). 
Botelho (2018) explica que a gordura predomina como combustível, nos 
exercícios de menor intensidade, quando a demanda de energia é menos significativa, 
ou seja, os músculos se utilizam de uma mistura mais rica em gordura como fonte de 
energia. Com o aumento da intensidade, por exemplo, no exercício moderado, a 
mistura se equilibra entre gordura e carboidratos. Nos exercícios intensos, o 
carboidrato predomina como fonte de energia e, caso a intensidade se torne muito 
elevada, o carboidrato pode se tornar o único combustível do exercício. 
 O que explica esta mudança de combustível utilizado pelos músculos são os 
mecanismos reguladores, que seguem certa lógica. Quando o exercício é leve, 
o prognóstico é que ele possa ter longa duração. Sendo assim, os músculos 
utilizam as fontes de energia que se acumulam em maior quantidade, ou seja, 
as gorduras. O metabolismo das gorduras é mais lento, entretanto, como a 
demanda de energia é menor, não existe necessidade de uma mobilização 
mais rápida. Na medida em que a intensidade de energia vai aumentando, na 
transição do exercício leve para o moderado e deste para o exercício intenso, 
os músculos vão desviando o combustível para o carboidrato, que tem um 
metabolismo mais rápido, porém apresentam reservas limitadas (BOTELHO, 
2018). 
 Este é um dos fatores que limita a duração do exercício intenso. Um dos efeitos 
do treinamento é a progressiva adaptação metabólica dos músculos, aumentando a 
utilização das gorduras e preservando os estoques de carboidratos. Esta adaptação 
possibilita aumentar a tolerância às corridas de longa duração e melhorar o 
desempenho. Ela proporciona também um grande benefício para os indivíduos que 
buscam redução de gordura corporal em programas de exercícios para perda de peso, 
assim, relata Botelho (2018). 
 
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