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Estruturas de Concreto IV Prof. Ma. Tayla Castilho Criado Objetivos ✓ Estudo de estruturas de concreto protendido com enfoque em suas características tecnológicas e projetais de acordo com as especificações normativas. ✓ Adquirir conhecimento prático e teórico relativo ao processo de dimensionamento de elementos de concreto armado submetidos aos efeitos da protensão. 2 Conteúdo Programático ✓ Plano de ensino. ✓Introdução ao Concreto Protendido: Introdução aos elementos de concreto protendido, suas utilizações, armaduras e processo construtivo. ✓ Materiais: Apresentação dos materiais utilizados em estruturas de concreto protendido e suas características físicas para o correto dimensionamento. ✓ Valores limites de tensões: Verificação dos valores limites de protensão por ocasião da operação de protensão na armadura. 3 Conteúdo Programático ✓ Forças de protensão: Estudo das forças de protensão na armadura e no concreto. ✓ Perdas de protensão: Verificação dos tipos de perdas que acontecem nos elementos protendidos. 4 Bibliografia ▪ BASTOS, P.S.S. Concreto Protendido - Notas de aula. Bauru: UNESP 2015 ▪ CARVALHO, R.C. Estruturas em concreto protendido: pré- tração, pós-tração, cálculo e detalhamento. São Paulo: PINI, 2012. ▪ FUSCO, P.B. Técnicas de armar estruturas de concreto. 2 ed. São Paulo: PINI 2013. 5 “ ▪ Definição ▪ Definições básicas ▪ Protensão axial e excêntrica ▪ Vantagens e desvantagens 6 “ POR QUE USAR CONCRETO PROTENDIDO? 7 8 9 10 11 12 13 14 Definição de Concreto Protendido Conceito de protensão ▪ A protensão é um processo pelo qual se introduz um estado prévio de tensões em uma estrutura, com a finalidade de melhorar sua resistência ou seu comportamento sob diversas condições de carga. 16 Barril de madeira ▪ Seus “gomos” são ligados por aros metálicos. ▪ A compressão produzida pelos aros se opõe às tensões causadas pela pressão interna, garantindo a estanqueidade da estrutura. 17 Conceito de protensão ▪ Constituída de diversas peças de madeira encaixadas entre si, solidarizadas e protegidas por um aro metálico. ▪ O aro é esquentado no momento da colocação, introduzindo uma protensão ao se resfriar. 18 “ COMO FUNCIONA A PROTENSÃO? 19 Conjunto de livros ▪ Para transportar uma fila de livros aplicam-se forças horizontais, entendidas com uma forma de protensão. ▪ Comprimindo os livros uns contra os outros, criam-se tensões prévias contrárias àquelas que podem vir a prejudicar a operação desejada. 20 21 Conjunto de blocos de concreto ▪ A força horizontal é introduzida através do estiramento de uma barra de aço que atravessa os blocos e que é fixada nas extremidades, criando uma pré-compressão no conjunto. 22 “ COMO A PROTENSÃO PODE MELHORAR A UTILIZAÇÃO? 23 24 Aduelas pré-moldadas de concreto ▪ A protensão pode ser aplicada como meio de solidarização de partes menores de concreto armado para compor componentes e sistemas estruturais. ▪ Como em construção de grandes estruturas, como a de pontes de grandes vãos executadas por balanços sucessivos. 25 26 27 Reservatório com parede protendida ▪ O processo consiste em fazer com que os fios enrolados em torno da parede assumam diâmetros maiores, assim aplicando as forças de protensão. ▪ Outro processo empregado consiste no cintamento das paredes com fios tensionados por meio de um sistema de freios. 28 Definições básicas 30 PROTENSÃO Processo pelo qual se introduz um estado prévio de tensões em uma estrutura. “ Sistema de forças especiais e permanentemente aplicadas, chamadas forças de protensão, tais que, em condições de utilização, quando agirem simultaneamente com as demais ações, impeçam ou limitem a fissuração. NBR 7197, 1989 31 “ Concreto protendido é aquele no qual foram introduzidas tensões internas de tal magnitude e distribuição, que as tensões resultantes de uma dada carga externa aplicada seja contrabalançada a um nível desejado. Comitê do ACI 32 33 ARMADURA DE PROTENSÃO/ATIVA OU CABO DE PROTENSÃO É o elemento que será tracionado e, quando devidamente ancorado, transmitirá a força de protensão ao concreto. Pode ser constituída por fios, cordoalhas ou feixes de fios ou de cordoalhas. 34 Fios de protensão Cordoalha engraxada e plastificada Cordoalha de 7 fios Feixe de cordoalha 35 ARMADURA PASSIVA É qualquer armadura que não seja utilizada para produzir forças de protensão, e são normalmente constituídas por barras ou fios de aço para concreto armado. 36 MACACO DE PROTENSÃO/HIDRÁULICO Equipamento usado para tracionamento da armadura ativa. Eles também podem ser utilizados aplicando uma compressão diretamente ao concreto. 37 38 Análise dos efeitos da protensão 39 Concreto simples Concreto armado 40 Concreto protendido Análise dos efeitos da protensão ▪ Nas figura anteriores observamos o comportamento do gráfico Carga-Deformação de um tirante tracionado. ▪ A pré-compressão, decorrente do pré-alongamento da armadura ativa do tirante aumenta substancialmente a capacidade de resistir ao carregamento externo necessário para iniciar a fissuração. 41 Análise dos efeitos da protensão ▪ Na figura a seguir, mostra-se a diferença da curva carga-flecha em uma viga de CA e CP. ▪ Ambas tem a mesma capacidade última, mas a peça protendida tem um momento de fissuração muito maior. ▪ Devido a contra-flecha inicial da viga protendida, suas deformações iniciais são menores. 42 43 44 45 46 47 Protensão Axial e Excêntrica 49 PROTENSÃO AXIAL O centro de gravidade da armadura coincide com o da peça. 50 q g P P l bw h Características geométricas da seção transversal ▪ Ic = bwh³ 12 : momento de inércia baricêntrico ▪ Ac = bwh: área da seção transversal de concreto ▪ y′ = y′′ = h 2 : distâncias do centro de gravidade da seção em relação às bordas inferior e superior 51 Características geométricas da seção transversal ▪ Devido ao peso próprio (g) ▪ Mg = gl2 8 : momento fletor ▪ σg′ = Mg Ic y′: tensão na borda inferior ▪ σg′′ = − Mg Ic y′′: tensão na borda superior 52 σg ’’ σg ’ - + Características geométricas da seção transversal ▪ Devido à carga acidental (q) ▪ Mq = ql2 8 : momento fletor ▪ σq′ = Mq Ic y′: tensão na borda inferior ▪ σq′′ = − Mq Ic y′′: tensão na borda superior 53 σq ’’ σq ’ - + Características geométricas da seção transversal ▪ Devido à protensão (P) ▪ σP′ = − P Ac : tensão na borda inferior ▪ σP′′ = − P Ac : tensão na borda superior 54 σP ’’ σP ’ - Superposição dos efeitos 55 ▪ a:|σ’P| < | σ’g + σ’q| ▪ b:|σ’P| = | σ’g + σ’q| ▪ c:|σ’P| > | σ’g + σ’q| σg ’’ σg ’ - + σq ’’ σq ’ - + σP ’’ σP ’ - + - - - + + = a b c 56 PROTENSÃO EXCÊNTRICA O centro de gravidade da armadura não coincide com o da peça. Nesta situação são apenas modificadas as tensões causadas pelas protensão. 57 q g P P l bw h ep Esforços na protensão excêntrica 58 Superposição dos efeitos 59 ▪ a:|σ’P| < | σ’g + σ’q| ▪ b:|σ’P| = | σ’g + σ’q| ▪ c:|σ’P| > | σ’g + σ’q| σg ’’ σg ’ - + σq ’’ σq ’ - + + - - - + + = a b c + - Vantagem da protensão excêntrica: Menor força de protensão Exemplo 60 q g 6 m 20 cm 50 c m Vantagens e desvantagens do concreto protendido 62 VANTAGENS Emprego de aços de alta resistência Eliminação das tensões de tração Redução das dimensões da seção transversal Diminuição da flecha Empregos de aço de alta resistência ▪ Esses aços não são viáveis no concreto armado devido a presença de fissuras de abertura exagerada provocadaspelas grandes deformações necessárias para explorar a sua alta resistência. 63 Eliminação das tensões de tração ▪ Havendo necessidade, consegue-se eliminar as tensões de tração e, portanto, a fissuração do concreto. 64 Redução das dimensões da seção transversal ▪ O emprego obrigatório de aços de alta resistência, associado a concretos de maior resistência, permite a redução das dimensões da seção transversal, com redução substancial do peso próprio. 65 Diminuição da flecha ▪ A protensão praticamente elimina a presença de seções fissuradas. Tem-se, assim, redução da flecha por eliminar a queda da rigidez a flexão correspondente à seção fissurada. 66 67 DESVANTAGENS Corrosão do aço de protensão Perdas da força de protensão Qualidade da injeção de nata nas bainhas e da capa engraxada nas cordoalhas engraxadas Controle de execução mais rigoroso Corrosão do aço de protensão ▪ Assim como os aços do CA as armaduras de protensão também sofrem com a corrosão. Além disso apresentam outro tipo de corrosão, denominada de “corrosão sob tensão” fragilizando a seção da armadura, além de propiciar a ruptura frágil, motivo pelo qual a armadura protendida deve ser muito bem protegida. 68 Perdas da força de protensão ▪ São todas as perdas verificadas nos esforços aplicados aos cabos de protensão. 69 Conclusões Exercício ▪ Combinação de ações: É necessário que haja uma verificação cuidadosa de todas as fases de solicitação da peça, uma vez que a pior situação não é necessariamente aquela correspondente à atuação da totalidade das cargas externas. Deve-se, portanto, no projeto, conhecer pelo menos as principais fases da vida da estrutura, inclusive nas suas diversas etapas de construção. ▪ Efeitos da força de protensão: Os efeitos da força de protensão resultam da sua intensidade e da sua excentricidade. Variando- se a intensidade e a excentricidade da força de protensão, obtêm-se os efeitos desejados. 70 Conclusões Exercício ▪ Estados limites últimos e de utilização: Uma verificação como essa realizada nos exemplos numéricos é útil para a análise da estrutura nas condições de serviço, isto é, para a verificação de estados. 71
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