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FACULDADE FARESE PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL, CLÍNICA E EDUCAÇÃO ESPECIAL CAMILA SABINO DA SILVA LUDICIDADE COMO FERRAMENTA FACILITADORA NO APRENDIZADO ARACRUZ 2021 LUDICIDADE COMO FERRAMENTA FACILITADORA NO APRENDIZADO Camila Sabino da Silva1 Declaro que sou autor Camila Sabino da Silva¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). RESUMO- A finalidade deste trabalho é observar alguns tópicos que orientam a escolha do tema e do obstáculo principal: as crianças brincam por quê? E de que maneira? Qual é a relação de ludicidade no processo de ensino e aprendizado? Como a ludicidade, por intermédio da formação do pedagogo intervém neste processo. Isto requer um amplo estudo teórico a respeito dos procedimentos voltados para a definição histórica de criança, do ponto de vista sobre o cuidar, noções sobre as instituições escolares e disserta o tema primordial a respeito da ludicidade e especialistas que preservam esta alegria do lúdico como uma diversidade instrumental que pode ser contextualizada e também influencia na evolução cognitiva, social e aprendizagem dos discentes, agindo de maneira criativa, na relação entre discentes e docentes no decorrer do ensino e aprendizagem. Portanto o lúdico auxilia no aperfeiçoamento da educação, podendo ser dinâmica e crítica, em conformidade com a necessidade e realidade da sala de aula e, ao lado do professor, expande probabilidades que possa permitir aos alunos vivenciar situações para interceder no ensino, como a relevância de um professor fazendo a mediação desta relação de ensino aprendizado com o lúdico. PALAVRAS-CHAVE: Ludicidade. Aprendizagem. Psicopedagogia. 1 camilhinha_sabino@hotmail.com 1 INTRODUÇÃO O tema “Ludicidade Como Ferramenta Facilitadora no Aprendizado” apresentado neste trabalho tem como objetivo oportunizar por intermédio dos jogos e brincadeiras que é possível colaborar para que tenha um método de aprendizado que pode facilitar no crescimento psicomotor do aluno. Pesquisas e estudos mostram que as tarefas incluindo a ludicidade como alicerce encaminhador da educação, vem modificando o desenvolvimento no campo de educação como realidade psicopedagógica organizacional. Referente ao tema proposto é de extrema relevância possuir as rotinas lúdicas como instrumentos permanentes de estudo e execução, pois além de resgatar valores culturais amplia o conhecimento, e cria vínculo com uma proposição para valorizar a educação em todos os sentidos. Porém, que tenha os objetivos que transpassam as habilidades da ludicidade, é necessária responsabilidade em grupo de toda a equipe que faz parte da organização como docentes, psicopedagogos, diretores, entre outros, em empenhar-se com austeridade, explorando novas oportunidades para poder produzir um ensino de qualidade e eficiência para vivência dos seus discentes. Entretanto, a finalidade é pesquisar a eficiência do aproveitamento da brinquedoteca no encorajamento do aprendizado na educação, averiguar as fundamentais adversidades descobertas pelos docentes na junção com o brincar e educar, averiguar a aplicação das brincadeiras no desenvolvimento da aprendizagem, avaliar as eventuais dificuldades de maneira eficaz e coerente o resultado da execução das brincadeiras e jogos na construção do discente. As brincadeiras e jogos são ótimas estratégias pedagógicas nas salas de aula, visto que possibilitam uma relação de parcerias e grupos, e isso é fator de progresso cognitivo, pois no decorrer dos mesmos o aluno estipula decisões, há o conflito com seus adversários e reconsidera teus conceitos. O lúdico viabiliza a estruturação do desenvolvimento de maneira agradável e cativante, assegurando aos alunos o interesse primordial para um aprendizado de qualidade, com bastante imaginação e autoconfiança, mesmo para aqueles que manifestam deficiência em sua aprendizagem, ou mesmo na obtenção do conhecimento. De certa maneira a ludicidade está presente e acrescenta um item fundamental na convivência entre os indivíduos, proporcionando que a inventividade surja. 2 DESENVOLVIMENTO O presente trabalho foi desenvolvido com fundamento em uma pesquisa bibliográfica, foram escolhidos livros, artigos e trabalhos acadêmicos para estabelecer e entender melhor a pesquisa. 2.1 Pequeno relato sobre os primeiros tópicos de ludicidade na antiguidade A ludicidade faz parte do cotidiano da sociedade desde a pré-história, de acordo com estudos o costume de brincar era muito usual na sociedade desde os tempos primórdios. Os mais novos aprendiam com os mais velhos as atividades do dia a dia que eram consideradas de suma importância para a sustentação e sobrevivência. A ludicidade estava relacionada com várias destas tarefas elaboradas por eles tendo como exemplo, as lutas, pescarias, caças, danças, etc. As pinturas rupestres e esculturas apresentando a sua rotina são alguns exemplos de que a ludicidade já fazia parte dos seus modos viventes, produzindo aprendizagens e diversões. Nota-se, então que os hábitos e tradições das gerações anteriores eram propagados de acordo com a prática do brincar e o seu desenvolvimento de forma espontânea, pois os indivíduos nas suas atitudes do cotidiano se divertiam muito. Conforme AGUIAR, (2006, p. 23): As ações realizadas pelas crianças no desenvolvimento do brincar proporcionam o primeiro contato com o meio, e as sensações que produzem constituem o ponto de partida de noções fundamentais e dos comportamentos necessários à compreensão da realidade. Dentre as várias formas de apropriação a luta pela sobrevivência ganha destaque especial. (AGUIAR, 2006, p. 23) A história nos revela que as tarefas voltadas para a subsistência humana eram elaboradas pelas crianças também como uma maneira de aprender. Porque as preocupações da época eram bastante diferenciadas da contemporânea, visto que, era desigual no tamanho e na produção, porém as responsabilidades com o coletivo eram da mesma forma que um adulto fazia. Os primórdios passavam por várias barreiras na procura por sobreviver, viviam parados, e foi construindo sua história ligada às brincadeiras e jogos, de acordo com análises históricas. Segundo HUIZINGA, (1971, p. 07) “nas sociedades primitivas as atividades que buscavam satisfazer as necessidades vitais, as atividades de sobrevivência, como a caça, assumiam muitas vezes a forma lúdica”. Como supracitado, desde a antiguidade a criança encontra-se em contato com as brincadeiras, que é, portanto, uma atitude da idade. Diante disso com a ludicidade a mesma expande sua criatividade, e por meio das experimentações vivenciadas no seu cotidiano, aperfeiçoa habilidades fundamentais para o seu desenvolvimento completo. No entanto não se deve pensar em jogos e brincadeiras somente como divertimento, uma vez que, além de ser prazerosa e divertida, traz excelentes vantagens e benefícios para a criança. Em concordância com Luckesi (2005, p.2) o lúdico é caracterizado pela integridade de experimentações vividas pelo indivíduo, em suas palavras:Tomando por base os escritos, as falas e os debates, que tem se desenvolvido em torno do que é lúdico, tenho tido a tendência em definir a atividade lúdica como aquela que propicia a plenitude da experiência. Comumente se pensa que uma atividade lúdica é uma atividade divertida. Poderá sê-la ou não. O que mais caracteriza a ludicidade é a experiência de plenitude que ela possibilita a quem a vivencia em seus atos. (LUCKESI, 2005, p. 2) O convívio dos indivíduos com as brincadeiras e jogos é fundamental para o seu crescimento, e para que se torne lúdica é importante que incite tua vontade no instante da realização. 2.2 Brincadeiras, brinquedos e jogos A história nos revela que as brincadeiras e jogos já faziam parte do dia a dia do ser humano desde os povos ancestrais, na qual sua prática era pela subsistência, naquela época os brinquedos eram feitos usando itens retirados da natureza. Em todos os instantes, desde a infância as brincadeiras, os brinquedos e os jogos encontram-se presentes na vida de todos; a ação de jogar, brincar ou manipular um brinquedo aguça a curiosidade dos indivíduos em qualquer idade, não só entusiasmo e felicidade, porém por estar presente na sua história. Várias brincadeiras, jogos e brinquedos nos levam a lembranças de uma infância com muita energia e emoções, porque todo ser humano já possuiu seu brinquedo predileto. Nossos ancestrais fabricavam teus próprios brinquedos com objetos bem humildes que tinham em suas residências, como a peteca, papagaio, pião, as bonecas de pano, dentre outros, não existiam tecnologias como hoje em dia, era tudo fabricado a mão, com bastante imaginação e com o decorrer dos anos os brinquedos foram se transformando e ficando cada dia mais aprimorado e com várias diversidades, dessa forma aconteceu com os jogos e as brincadeiras. Em conformidade com MIRANDA (2001, p. 30): O jogo pressupõe uma regra, o brinquedo é um objeto manipulável e a brincadeira, nada mais que o ato de brincar com o brinquedo ou mesmo com o jogo... [...]. Percebe-se, pois que o jogo, brinquedo e a brincadeira têm conceitos distintos, todavia estão imbricados ao passo que o lúdico abarca todos eles. (MIRANDA 2001, p. 30) As brincadeiras, os jogos e brinquedos são fundamentais para a evolução do desenvolvimento em todos os tempos. No contexto escolar é bastante benevolente para o aprendizado, tornando-se essencial para orientar os acolhimentos e interferências psicopedagógica. 2.3 O lúdico como facilitador do aprendizado No processo de ensino-aprendizagem a psicopedagogia é uma grande defensora dentro do contexto escolar, pois age de maneira preservativa, portanto é natural que alunos especialmente na educação básica manifestem obstáculos no aprendizado e precise de assistência especializada para ter sustentação e buscar corrigir este obstáculo. E a ludicidade é uma enorme facilitadora na aproximação psicopedagógica, porque por meio dela a criança que possui dificuldade no aprendizado, bem como outras carências, compreenda com mais clareza os conhecimentos novos. O brincar é de suma importância, pois brincando as crianças se interagem e sociabiliza de maneira prazerosa, a ludicidade propicia um aprendizado eficiente e significativo para as que manifestam dificuldades em aprender, bem como as que estão reaprendendo o que foi desaprendido por causa de alguma condição mórbida. Por intervenção das brincadeiras, elas conseguem manifestar tuas emoções mais profundas, insatisfações ou felicidade ficam em evidências, seja por fala ou expressões. A ludicidade as prepara para as mais variadas funções sociais, deixando- as mais seguras e confiantes. Kishimoto, Santos (1997, p.24), destaca que: Brincando, a criança experimenta, descobre, inventa, aprende e confere habilidades. Além de estimular a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração e atenção. (KISHIMOTO, 1997, p. 24) Logo, vê-se que quando a ludicidade é utilizada corretamente como recurso psicopedagógico no ambiente escolar, os benefícios são evidentes e progressivos. O trabalho psicopedagógico pode der institucional ou clínico, somente o que os difere é o local, mas ambos buscam compreender todo o processo da aprendizagem para solucionar possíveis dificuldades. Assim diz o Código de Ética da Psicopedagogia (Capítulo I – Dos Princípios – Artigo 2º): “A Psicopedagogia é de natureza inter e transdisciplinar, utiliza métodos, instrumentos e recursos próprios para compreensão do processo de aprendizagem, cabíveis na intervenção’’. Este trabalho é enriquecedor e necessário, porém deve estar sempre em conjunto com a família e a escola, por estarem todos envolvidos nesse processo de aprendizagem da criança. No entanto, o psicopedagogo deve viabilizar “um espaço de confiança e criatividade, onde possa dar sentido criativo e lúdico ao trabalho” (FERNÁNDEZ, 2001, p.163). Ao considerar essa afirmação, o psicopedagogo assim que compreender as dificuldades na aprendizagem da criança, o mesmo não deve se limitar, o lúdico cria uma interação superior, quebra algumas barreiras que possam existir, propiciando também um local acolhedor, aconchegante, onde o aluno terá satisfação em aprender. Na utilização de jogos e brinquedos, o profissional irá propiciar a interação entre aluno e aprendizagem, devido a concentração, afetividade, autoconfiança, socialização, inclusão, raciocínio, oralidade, coordenação motora, autoconhecimento, dentre vários outros desenvolvimentos. Aprendizes que apresentam dificuldades para aprender, frequentemente, não reconhecem o não saber como um requisito para saber. O jogo pode auxiliar no enfrentamento de situações desconhecidas que provoquem tensões, na medida em que jogar pode aliviá-las, minimizar os erros e as dificuldades. (BARBOSA, 2012, p.198) É dever do psicopedagogo ser sempre diligente, devido às necessidades de cada cliente, observando sempre suas particularidades, sendo internas e/ou externas, bem como, suas capacidades sociais, físicas e emocionais. Reforçando, o lúdico é fundamental e necessário para o atendimento e intervenção psicopedagógica por apresentar ótimos resultados, assim como a cooperação da família e escola para chegar a uma solução para as dificuldades de aprendizagem. 2.3.1 A família e a escola à frente das dificuldades de aprendizagem Muitas dúvidas surgem a respeito das adversidades de aprendizados, várias pessoas pensam que está alusivo exclusivamente à deficiência, o que na verdade é uma enorme ilusão, podendo estar relacionada a vários fatores. Quando se nota que a criança mostra obstáculos para poder compreender certos conteúdos, as escolas e especialmente as famílias ficam muito apreensivas, porque pode manifestar um bloqueio que poderá abalar a vida acadêmica dessa criança por vários anos, portanto a dedicação de ambas as partes e também a contribuição de pessoas capacitadas é de suma importância e eficácia perante esta situação. O cuidado e orientação da família são extremamente essenciais em qualquer instante de vida do aluno, referente à escola é importante que mantenham um encadeamento de companheirismo que pode favorecer consideravelmente o aprendizado do indivíduo. Havendo alguma dúvida ou dificuldade com relação a aprendizagem é necessário o cuidado de todos os envolvidos nesse processo, pois pode ser algo instantâneo, ou não, mas para saber se o aluno contém algum transtorno no aprendizado é interessante uma avaliação por parte dos colaboradores com especialização em neurologia, psicologia, psicopedagogia, fonoaudiólogos, entre outros. Os problemas de aprendizagens podem surgir num aluno a qualquer instante em uma área distintiva ou mais. Os relevantes são: dislexia, disortografia, discalculia,hiperatividade e transtorno de déficit de atenção. Garcia (1998 p. 31-32) disserta sobre os obstáculos de aprendizado e o que vem a estar relacionado a ele: Dificuldade de aprendizagem (D.A) é um problema que está relacionado a uma serie de fatores e podem se manifestar de diversas formas como: transtornos, dificuldades significativas na compreensão e uso de escuta, na forma de falar, ler, escrever, raciocinar e desenvolver habilidades matemáticas. Esses transtornos são inerentes ao indivíduo, podendo ser resultantes da disfunção do sistema nervoso central, e podem acontecer ao longo do período vital. Podem estar também associados a essas dificuldades de aprendizagem, problemas relacionados às condutas do individuo, percepção social e integração social, mas não estabelecem por si próprias, um problema de aprendizagem (GARCIA 1998, p. 31-32) É essencial que a fundação escolar conte com o auxílio de um profissional da psicopedagogia para direcionar e orientar o indivíduo com problema de aprendizagem, e ajudar os docentes em sua organização metodológica para proporcionar bons rendimentos com esses indivíduos. Através de trabalhos com dinâmicas e ludicidade a interferência psicopedagógica é fundamental para que ele possa se sentir seguro e estimulado para realizar suas tarefas cotidianas. Portanto (Cordeiro, 2013, p. 15) declara que: Um dos objetivos do psicopedagogo é o de conduzir, seja a criança, o adolescente, o adulto ou a instituição a reinserir-se, reinventar-se a seu favor e em prol de uma aprendizagem saudável de acordo com as possibilidades de cada um. (CORDEIRO, 2013 p.15) A instituição tem que ser inclusiva e considerar a individualidade de cada aluno, entretanto nesse sentido a atitude do docente necessita ser perspicaz perante qualquer problema que a criança possivelmente apresente, visto que as adversidades na aprendizagem são bastante normais, conforme o que já foi dito, tanto em quem possui déficit ou não, portanto a instituição não deve ser imparcial com relação às dificuldades do discente, bem como os pais que é a base do mesmo. Souza (1996, p. 43) declara “que as dificuldades de aprendizagem aparecem quando a prática pedagógica diverge das necessidades dos alunos”. Diante desta perspectiva para que o aprendizado possa ser eficiente e significativo para o aluno, a instituição tem que ser maleável e ver o que precisa para o seu desenvolvimento emocional, intelectual e sociável. Pois, todo indivíduo é um ser ímpar que necessita ter tratamento com delicadeza, atenção e acima de tudo respeito, em todo e qualquer ambiente social, independente dos teus limites, valorizando dessa forma a sua singularidade. 2.3.2 A ludicidade como ferramenta inclusiva na escola A ludicidade é essencial em qualquer época da vida, e no ambiente escolar é uma ferramenta integradora e inclusiva. No momento em que se fala em incluir está se referindo na adaptação de todos os alunos no ensino regular, sejam eles portadores de qualquer incapacidade, que tenham distúrbios no aprendizado ou no emocional, porque esse espaço viabiliza experimentações novas que possibilita o desenvolvimento do aprendizado. O psicopedagogo nos estabelecimentos escolares auxilia tanto os alunos quanto a equipe pedagógica a superar as desigualdades para que nenhuma criança se sinta excluída, visto que, todos os indivíduos, independente de suas limitações são absolutamente capazes de entender. O profissional poderá direcionar os docentes a introduzirem a ludicidade em suas metodologias, portanto, dessa forma haverá um método de inserção espontâneo, que agregará valores superimportantes para uma convivência proveitosa e socializada. A ludicidade necessita ser introduzida no espaço escolar, não ficando restrita apenas na educação infantil, uma vez que sua aplicabilidade e relevância para a educação já está verdadeiramente comprovada por vários especialistas. Portanto cabe ao psicopedagogo elaborar um projeto detalhado nas escolas oportunizando a todos os envolvidos uma visão mais ampla e concentrada da individualidade de cada um, unindo um ensinamento lúdico, dinâmico e de inserção, pois irá propiciar a todos as mesmas possibilidades. O lúdico transforma-se em uma ferramenta de suma importância na inclusão dos educandos que são portadores de necessidades especiais, visto que por intermédio das brincadeiras ou jogos os alunos interagem uns com os outros, respeitando as diferenças. E com certeza, elimina seja qual for o tipo de discriminação que estimula o insucesso de exclusão escolar, permitindo que essas crianças estejam realmente autoconfiantes para encarar os obstáculos que possa encontrar no dia a dia. A inserção dessas crianças é de extrema necessidade, e ligado com a ludicidade amplia o conhecimento das que manifestam grandes problemas. O ambiente escolar é um meio socializado, capaz de modificar o indivíduo, fazendo com que o mesmo evolui como ser humano consciente e responsável por suas atitudes. Dessa maneira a escola deve se preocupar em realçar que estamos inseridos numa sociedade diversificada, na qual cada ser humano tem sua característica individual, e deve ser reconhecido e respeitado como cidadão. Temos que anular a distinção em todos os locais sociáveis, entretanto a educação é a parte imprescindível para a inclusão de todos os indivíduos, seja por intervenção da ludicidade ou de outras metodologias que proporcione o aprimoramento da aprendizagem e do desenvolvimento individual do ser humano. 3 CONCLUSÃO Deduz-se que a interferência psicopedagógica é extremamente importante para a intervenção entre o discente e seus instrumentos de conhecimento. Ás vezes fica difícil para o docente entender o que está ocasionando o impedimento de aprendizagem na criança, e o psicopedagogo está habilitado para direcioná-lo propiciando um apoio de acordo com a sua necessidade, da mesma maneira ajuda também o discente que manifesta algum bloqueio no aprendizado. Assim sendo o profissional com um olhar integral e coletivo compreende que o indivíduo precisa de um espaço que seja acolhedor, bem como metodologias e procedimentos que enriqueçam a sua assimilação. Portanto, observa-se que a ludicidade é essencial para o desenvolvimento do ser humano desde a antiguidade e continua sendo na contemporaneidade. No contexto escolar é uma excelente ferramenta, no trabalho do psicopedagogo é fundamental, do mesmo modo como outras metodologias por proporcionar ótimos rendimentos. Porque com o lúdico o indivíduo tem prazer em estudar e esse bem- estar se estende para seus relacionamentos, tanto com o docente, quanto com os colegas. As brincadeiras, brinquedos e jogos facilitam o aprendizado de forma eficiente, significativa e fascinante. E estão presentes em nosso dia a dia desde o princípio dos tempos, ocasionando diversos privilégios que vão bem mais adiante do que um divertimento. É imprescindível destacar que a família não deve permanecer distante quanto à relação com a educação dos teus filhos, é importante estar conectada com a escola. Portanto, perante uma eventual dificuldade de aprendizagem, irão compreender da melhor maneira e sair em busca de auxílio dos responsáveis capacitados para ser orientados, podendo assim ajudar o aluno a enfrentar seus medos, suas frustrações e desafios com relação ao aprendizado. O psicopedagogo com um trabalho preservativo e moderado também está habilitado a orientar toda a equipe pedagógica no acareamento das dificuldades referentes a não aprendizagem. Aplicando meios que possivelmente venha favorecer o desenvolvimento de fato como, tendo como exemplo, a ludicidade que propicia a inclusão de todas as crianças, independentes de suas restrições. 4 REFERÊNCIAS AGUIAR, Olivevette Rufino Borges Prado Aguiar. Reelaborando conceitose ressignificando a prática na educação infantil. 2006. Tese (Doutorado em Educação).Disponívelem:https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/14116/1/ OlivetteRBPA.pdf data de acesso 21/01/2021. BARBOSA, Laura Monte Serrat (org.). Intervenção Psicopedagógica no espaço da clínica. Curitiba: Intersaberes, 2012 CORDEIRO, L. O. Teoria e Prática de Psicopedagogia Clínica. Rio de Janeiro. Walk Editora, 2013. FERNÁNDEZ, Alicia. A mulher escondida na professora. 2 ed. Porto Alegre: Artme,2001disponívelhttp://www.abpppara.com.br/wpcontent/uploads/2012/03/C%C3% B3digo-de-%C3%89tica-%C3%BAltima-revis%C3%A3oSimp%C3%B3sio.pdf <acesso>21/01/2021. GARCIA, J.N Manual de dificuldades de aprendizagem, leitura, escrita e matemática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. HUIZINGA, Jhnan. Homoludeus: O jogo como elemento de cultura. 5° edição. Perspectiva, S.P, 2001. KISHIMOTO Morchida. Brinquedo e brincadeira. Usos e significações dentro de contextos culturais. In SANTOS, Santa Marli Pires dos (org.) 4 ed. Brinquedoteca: o lúdico em diferentes contextos. Petrópolis: vozes, 1997. LUCKESI, Cipriano Carlos. Ludicidade e Atividades Lúdicas: uma abordagem a partir de experiências internas. Disponível em: <www.luckesi.com.br>. Acesso em: 14/07/2020. MIRANDA, Simão De. Do fascínio do jogo à alegria do aprender. Campinas, SP: Papiros, 2001. SOUZA, E. M. Problemas de aprendizagem – Crianças de 8 a 11 anos. Bauru: EDUSC, 1996. 1 INTRODUÇÃO
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