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Nampula 2021 Autor: Benildo André Waissone Índice Prefácio ............................................................................................................................ i 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 1 2. Ofício ............................................................................................................................. 2 2.2.Características ............................................................................................................. 2 3. Convocatória ............................................................................................................... 4 3.3.Características da linguagem ................................................................................... 4 4. Circular .......................................................................................................................... 6 4.1. Conceito ....................................................................................................................... 6 5. Acta ............................................................................................................................... 8 6. Edital ............................................................................................................................ 10 7. Estatuto ....................................................................................................................... 11 8. Informação proposta ............................................................................................... 15 9. Memorando ............................................................................................................... 16 10. Mensagem ................................................................................................................. 18 11. Moção......................................................................................................................... 20 12. Ordem de Serviço ..................................................................................................... 21 13. Comunicado .............................................................................................................. 23 14. Parecer ........................................................................................................................ 24 15. Requerimento ............................................................................................................ 25 15.5. Tipos de Requerimento ................................................................................. 26 16. Relatório ...................................................................................................................... 27 17. Nota ............................................................................................................................. 29 18. Alvará .......................................................................................................................... 31 19. Contracto ................................................................................................................... 32 20. Apostila ....................................................................................................................... 36 21. Atestado ..................................................................................................................... 37 22. Auto ............................................................................................................................. 38 23. Certidão ...................................................................................................................... 40 24. Convénio .................................................................................................................... 41 25. Despacho ................................................................................................................... 44 26. Guia ............................................................................................................................. 45 27. Procuração ................................................................................................................ 46 28. Substabelecimento ................................................................................................... 48 29. Concordância com os pronomes de tratamento ............................................... 50 30. Referências Bibliográficas ........................................................................................ 55 BENILDO ANDRÉ WAISSONE Formado pelo Instituto de Formação de Professores de Inhaminga-Sofala e Marrere- Nampula, respectivamente nos niveis (Básico e Médio), Licenciado em ensino de Língua Portuguesa, pela Universidade Católica de Moçambique, professor de português do Ensino Secundário, tendo trabalhado na Escola Secundária de Chalaua, onde desempenhou funções de técnico do SEGI, actualmente Técnico na Repartição de Planificação e Desenvolvimento Local do Distrito de Moma. Autor Nome: Benildo André Waissone Naturalidade: Mecanhelas- Niassa Residente: Moma- Nampula Formação Profissional Licenciatura em Ensino de língua Portuguesa pela Univesidade Católica de Moçambique- Nampula. Ensino Médio Profissional– IFAP- MARRERE. Ensino Básico Profissional– IFP- Inhaminga. Endereço de Contacto Benildo Cell: 863573111 E-mail: benildoandreandre@gmail.com Benildo André Waissone 1 mailto:benildoandreandre@gmail.com POR QUE ESTE LIVRO? A interrogação que encabeça este livro não tem uma resposta simples. Existem muitos motivos para se escrever e, às vezes, aqueles que o autor tem e os que os leitores lhe atribuem não são coincidentes. Assim, é necessário deixar claro o que me levou a empreender esta aventura e, principalmente, é importante mencionar o que de modo algum pretendi, embora às vezes o tom categórico, ou no mínimo apaixonado, possa induzir a pensar o contrário. Embora o título do livro seja a linguagem Administrativa, minha intenção não é, naturalmente, dizer a última palavra sobre o tema. Por outro lado, não acredito que nenhuma obra com tais características possa pretender isso. O campo da intervenção pedagógica é tão rico, tão complexo e tão dinâmico, que provoca a discussão e o debate entre posturas às vezes coincidentes, às vezes discrepantes. O livro pretende propor alguns critérios que contribuam para articular uma prática tão reflexiva e coerente como o permitam as condições presentes num determinado momento. Também quer oferecer elementos que possibilitem a análise dessas condições e, em caso de necessidade, que ajudem a modificá-las num sentido determinado. Este não é um livro sobre técnicas de ensinar, tampouco quer se limitar ao enunciado de princípios gerais. Ambos os aspectos são importantes, mas o livro que você tem em mãos não pretende ser nem uma coisa nem outra. De facto, quer mostrar que a resolução dos problemas que a prática, o bom redigir,coloca e exige o uso de algumas referenciais que permitam interrogá-la, ao mesmo tempo proporciona os parâmetros para as decisões que devem ser tomadas. Quanto ao enfoque, de certa forma o livro poderia ser considerado um resumo “ Colectania” porque aparecem idéias gerais sobre alguns modelos textuais, usuais. Também devo dizer que escrever um livro como este supôs, ao menos em parte, uma lição de humildade. No processo, a gente tem a sensação de que tudo já foi dito, de que não restam idéias novas, de que no máximo pode se aspirar a pô-las juntas de maneira coerente, analisá-las desde referenciais explícitos e de potencialidade reconhecida e atribuir-lhes,então, um significado peculiar. Para algum isso talvez seja pouco – porque sempre esperam coisas novas e revolucionárias. Para outros, talvez seja demasiado – porque considerarão que minha interpretação talvez seja excessivamente original. De qualquer forma, você tem o resultado em suas mãos. A sensação a que acabo de aludir teve algumas repercussões que afectam o livro. Você não encontrará nele muitas citações de autores; muitas das idéias que aparecem deveriam ser acompanhadas de um parêntese com uma longa lista de nomes e datas, que evitei na maioria dos casos. Não se trata de um texto acadêmico e não me parece útil nem necessário proceder neste sentido. No entanto, espero ter sido suficientemente respeitoso e que este prólogo ajude a esclarecer minha postura. A bibliografia que aparece no final não deve ser considerada de nenhum modo exaustiva; registra, entre os documentos que consultei aqueles que por algum motivo me parecem mais interessantes, provocadores ou vantajosos em relação ao tema tratado. Entretanto, há ainda um conjunto de questões que afeta o livro e que, contrariamente ao que poderia parecer, não é em absoluto formal. Devo manifestar que não fui capaz de encontrar uma forma cômoda de utilização do gênero gramatical; quer dizer, que reflita minha maneira de pensar sobre este tema e ao mesmo tempo seja cômoda para o leitor, isto é, que não contribua para uma leitura pesada devido à utilização constante dos dois gêneros. Tenho consciência de que não foi possível conciliar ambos os aspectos. Por outro lado, utilizei textos e artigos próprios, em alguns casos de forma quase literal. Sempre considerei um artifício querer dizer com outras palavras o que já havia sido escrito e parecia razoavelmente correto, simplesmente por se tratar de um texto novo. Devo acrescentar que para mim o livro não tem muitos traços característicos de um trabalho inédito. De fato, registra um conjunto de preocupações, idéias, conflitos e também soluções que fui reunindo ao longo de muitos anos de trabalho educativo em diversos âmbitos. Naturalmente, nem as idéias, nem as preocupações são um produto individual. No entanto, também seria impossível para mim não manifestar meu agradecimento genérico aos centros educativos onde tive a oportunidade de trabalhar e discutir, onde pude ter contato com suas preocupações, interesses e dificuldades. Devo ainda lembrar aqui o Professor Doutor Machona Dias; Mestre: Sergio Omar, Carlos Marcelino, Carolina Bange; dr. Abudo João Samuel, Carlos Chadreque e Ussene Sualê Ossufo que, entre muitas outras coisas, ensinaram-me a considerar aspectos difíceis. Suas perguntas, suas queixas e seus comentários muitas vezes me levaram a questionar a viabilidade e a pertinência dos conteúdos, das propostas e das decisões que configura como uma parte integrante do Bom escrever. Ao longo destes anos, o contato, às vezes esporádico, às vezes mais contínuo, com determinadas pessoas representou para mim um estímulo intelectual fundamental. Sempre foi um estímulo o trabalho cotidiano compartilhado com meus companheiros: Lucinda Arnaldo e Ligório. Foi importante a estreita colaboração com Celestino Victor da Universidade de Estudos de Roma (Tor vergata) durante uma longa temporada. Por meio deste contacto pude compreender e fundamentar muitas das idéias que defendia de uma maneira talvez mais intuitiva, o que reafirmou minha beligerância. O leitor tem este livro em suas mãos especialmente porque ainda acredito que é preciso ser beligerante. Prefácio É fundamental e de extrema importância, termos o domínio da redação correcta dos documentos administrativos, daí que Benildo traz nesta obra excelentes recomendações. Esta é uma daquelas obras que pode ser usada nas escolas, universidades e em outros locais devido a sua pertinência. Benildo reabre uma nova página ao trazer um assunto de interesse universal. A sua coragem, a sua criatividade, a sua precisão, o seu foco, a sua garra chamam-nos à atenção do seu futuro nesta empreitada. A obra que acaba de ser colocada no mercado literário Moçambicano retrata um tema de suma importância sobre os textos normativos que tem sido quebra- cabeça no nosso meio, onde em muitos casos não se verifica um padrão e que dificulta o seguimento de uma linha única. Portanto, o autor movido de grande paixão e vontade de ajudar os funcionários das instituições públicas e privadas e afins, traz vislumbre ao público com esta maravilhosa e exuberante obra. O autor inspirado em sua suas experiências, explica as vantagens de seguir as normas instituídas e convida a todos para consultar esta obra a fim de redigir melhor os documentos administrativos. Em aditamento, chama o leitor a ter uma amizade com esta magnifica proeza do Benildo André waissone com o seu trabalho fastidioso, porém compensativo e imparável devido à vitalidade que carrega este livro. É uma obra excelente, de um jovem dotado de conhecimentos e impulsionado em ajudar o outrem com seus pensamentos e experiências. Benildo dá os seus primeiros passos no mundo da literatura e me ouso a recomendar ao caro leitor a mergulhar neste mar para melhor contemplar a escrita correcta dos documentos administrativos. Por WAISSONE, Benildo André. 1. INTRODUÇÃO Ao longo do perfil profissional deparei-me com situacoes em que, os Funcionários e Agentes do Estado redigiam vários documentos na mesma Função Pública, nalgumas vezes sem observar as regras básicas. O Objectivo deste livro é contribuir para melhoria dos serviços públicos prestados a população por meio de orientações seguras, porém não imutáveis, na redacção de documentos gerados pelos Funcionários e Agentes do Estado dentro da Função Publica e Privados. Este livro deverá servir de fonte de consulta permanente dos Funcionários e Agentes do Estado à semelhança de outros instrumentos legais, serão encontradas aqui regras gerais e técnicas de elaboração e redacção de documentos oficiais, para além de conceitos, objectivos, estrutura, tipos de linguagem e exemplos de cada documento. Na verdade, trata-se de um instrumento complementar ao conjunto de vários instrumentos usados na Administração Pública a sua utilização ou consulta é importante na medida em que vai disciplinar os moldes de produção de um leque de documentos aqui abordados, o seu arquivamento e a consulta. Com a literacia abordada, espero que ajude caro leitor o em CHA ( Conhecimentos, Habilidades e Atitudes). 2. Ofício 2.1. Conceito Ofício é uma participação em forma de carta, que as autoridades e as secretarias endereçam aos seus subordinados iguais ou superiores, em objecto de serviço público. Exemplo: Dirigentes dos organismos do Estado (Ministro, Vice Ministros, Directores Nacionais, Governadores Provinciais, Reitores de Universidades, Governador do Banco, Organismos estranhos aos serviços públicos como Embaixadores acreditados no país e com figuras com tratamento de Excelência). Ofício é uma comunicação oficial de caracter administrativo e tem habitualmente a estrutura de uma carta comercial. Esta pode ser redigidapara pedir informações, enviar elementos informativos circulares, etc. enquadra-se no grupo dos textos funcionais. Ofício pode-se definir também como sendo uma correspondência geral estabelecida entre órgãos oficiais, ou de um orago oficial para uma pessoa. 2.2. Características Tem um impresso próprio timbrado com a designação das entidades remetentes; A data da emissão vem na parte final antes da assinatura da entidade remetente; Nome e endereço da entidade destinatária devem estar escrito no cantoinferior esquerdo; Escreve-se a palavra excelência antes do corpo do texto; 2.3. Estrutura a) Cabeçalho – É composto por timbre do organismode tutela, nome da instituição de tutela, nº do ofício, referência, classificação do assunto, assunto e o vocativo (no canto superior esquerdo); b) Corpo – Formado por fórmula inicial, exposição do assunto e fórmula final (Cordiais saudações); c) Fecho – Local e a data da emissão do ofício; Assinatura e cargo da entidade remetente, no canto inferior direito; Endereço do destinatário e seu cargo no canto inferior esquerdo, daúltima página no caso de ter mais que uma página; d) Também pode ser escrito o endereço da entidade destinatária no cantosuperior direito, do local do próprio impresso timbrado e demarcado; e) Deve conter em forma de rodapé, o endereço postal, correio electrónico, telefone e telefax da instituição. 2.4. Formas de elaboração Este tipo de documento (Oficio) deve ser dactilografado no modelo timbrado do formato A4; Em cada ofício trata-se de um assunto; Deve ser três cópias, das quais uma envia-se para o destinatário eas restantes para o arquivo da entidade remetente; Deve constar a data do numerado dos serviços emissores; Deve conter as iniciais do minutante, dactilografo, nº do anexo senecessário para responsabilização; Assinatura da entidade que subscreve autenticado com selo branco oucarimbo a tinta de óleo da instituição que emite o ofício. 2.5. Linguagem utilizada Deve se utilizar linguagem correcta, clara, concisa e cerimoniosa; Usa-se o presente do indicativo da primeira pessoa do singular; O nível de língua – cuidado; Predomina as funções informativas e apelativas. 2.6. Exemplo REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE PROVÍNCIA DE………………….. GOVERNO DO DISTRITO……………… Oficio nº /Agencia Moma/NP/20 ASSUNTO: Excelência A agência Moma de Nampula Cordiais saudações Moma aos / /20 A Directora geral Junilde Waissone (Docente de N1) Sua Excelência, Governador da Província de Cidade/Vila E/M/N Rodapé: Sede Distrital de Moma – Nampula. Cell: Email: Telefax: 3. Convocatória 3.1. Conceito É um texto formal que intima as pessoas de uma dada organização a participarem numa reunião. É também um texto teórico em que o sujeito enviador revestido de competências e poder, convocam pessoas de uma dada organização para participar de uma reunião, especificando o local, a data, a hora e a ordem de trabalho (Agenda). A convocatória é um texto legislativo à semelhança do aviso a da circular, no qual o presidente da massa associativa, investido de uma autoridade de poder, convida e ordena aos seus subordinados a comparecerem na efectuação de uma actividade futura-reunião, debate, assembleia, etc… A convocatória é um documento que chama os sócios para reunir; é elaborado por quem detém poderes institucionais para fazê-lo. 3.2. Objectivo Visa reunir sócios, dirigentes, membros ou funcionários de uma instituição ou empresa para participarem de uma assembleia, debate, reunião, com vista a obter soluções sobre o ponto invocado; 3.3. Características da linguagem A convocatória caracteriza-se por ser um documento obrigatório, isto é, o seu conteúdo é de cumprimento obrigatório por parte dos convocados, diferenciando- se assim do convite que também se destina a chamar sem obrigatoriedade. A entidade que convoca pode apresentar-se de forma explicita, usando o termo convoca-se ou de forma implícita usando os termos “Convoca” ou “são convocados” respectivamente. Possui marcas de espaço e tempo; Apresenta verbos no presente do indicativo; Apresenta acções futuras; Ocorrem verbos na passiva de “se” e de “ser” com objectivo de tornar implícito o sujeito que convoca; Ocorrem as funções de linguagem apelativa e informativa. A função informativa associa-se ao fazer saber e a função apelativa ao caracter de obrigatoriedade da convocatória associar-se ao “Chamar” e “Intimar” A linguagem devera ser simples, concisa e clara. 3.4. Estrutura a) Cabeçalho – É composto por timbre do organismo de tutela, nome da instituição de tutela; o título do documento que deve apresentar-se em caracter bem destacado, para chamar atenção “CONVOCATÓRIA”; b) Corpo – É a parte constituída pela entidade que convoca os sujeitos convocados, objecto da convocatória, data, hora, local de encontro e Ordem do trabalho (Agenda), onde os pontos agendados são introduzidos pelos conectores numerativos ou traveções. Se agenda tiver um único ponto escreve- se “Único” a seguir escreve-se o que é a agenda. c) Fecho – É a parte final da convocatória que compreende o local, da emissão, o cargo de quem convoca ou que emite a convocatória (onde neste caso deverá aparecer a expressão “Incumbe-me o chefe X”...) e a respectiva assinatura. d) Deve conter as iniciais do minutante, dactilografo, nº do anexo se necessário para responsabilização; e) Deve conter em forma de rodapé, o endereço postal, correio electrónico, telefone e telefax da instituição. 3.5. Exemplo REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE PROVÍNCIA DE………………….. GOVERNO DO DISTRITO……………… CONVOCACTORIA Convoca-se a todos os funcionários para participarem num encontro que terá lugar no (Local) no dia (Data) pelas (Horas), o encontro terá a seguinte agenda: 1. Apresentação de novo técnica; 2. Diversos Moma aos / /20 A Directora geral Junilde Waissone (Docente de N1) Rodapé: Sede Distrital de Moma – Nampula. Cell: Email: Telefax: 4. Circular 4.1. Conceito É o acto de correspondência oficial dirigido a diversos destinatários tratando de assunto de interesse amplo. É mensagem endereçada simultaneamente a diversos destinatários para transmitir avisos, ordens, instruções, inicio ou suspensão de actividades, alterações de procedimentos, encerramento para férias, balanços, informação de resultados do ano, convite para feiras e exposições; lançamento de produtos, serviço de televendas, mudança de endereço, comunicação de férias, alteração de preços, retirada ou ingresso de sócios, aumento de capital social, fundação de estabelecimentos, chegadade artigos para nova estacão, etc. 4.2. Objectivo A circular tem como objectivo informar ou comunicar sobre um dado facto. 4.3. Linguagem Linguagem clara, simples e objectiva e a função da linguagem é informativa. 4.4. Tipos de circulares Interna–Quando se destina a um grupo de funcionários ou todo o pessoal de uma instituição e pode ostentar a forma de Memorando, Nota de Serviço, Ordem de Serviço, Comunicado, etc. Externa–Quando se destina a um ou vários grupos de interlocutores da instituição e ou público geral e pode tomar a forma de Carta, Cartão Postal, Cartão Convite ou Anúncio, etc. 4.5. Características É digitada e fotocopiada de acordo com o número de entidades a enviar-se; É inumerada e, todos exemplares ostentam um número comum, independente do número de exemplares a enviar-se; Na sua redacção encontra-se a dificuldade de dirigir-se a muitos como se fosse um; a presença de parágrafos curtos, expressões ordenadas, conclusão e assinatura manuscrita contribuem para cativar ou atrair o leitor; Tem um caracter formal. 4.6. Elaboração O artigo 71, do Decreto 30/2001, de 15 de Outubro, prevê que uma correspondência deve ser redigida de forma correcta, clara, concisa e cortês, tratando apenas de um assunto e obedecendo aos seguintes requisitos: Conter a indicação do destinatário; Ser datada, referenciada com o correspondente número de ordem do sector que a elaborou; Ser elaborada com cópias necessárias para o copiador, arquivo e expedição aos destinatários; Conter indicação da(s) entidade(s) a quem o assunto deve ser levado a conhecimento. 4.7. Estrutura a) Cabeçalho – Deve conter o timbre da Republica, identificaçãoda instituição, Vocativo (Facultativo), Local (Facultativo), Titulo do documento (CIRCULAR) em caracteres maiúsculos, Referência em uso na instituição e Assunto (Resumo do conteúdo da circular); b) Corpo – Explanação do assunto (Com parágrafos inumerados se necessário); c) Fecho – Escreve-se a fórmula final (Facultativo), Local, Data e Assinatura; d) Deve conter as iniciais do minutante, dactilografo, nº do anexo se necessário para responsabilização; e) Deve conter em forma de rodapé, o endereço postal, correio electrónico, telefone e telefax da instituição. 4.8. Exemplo REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE PROVÍNCIA DE………………….. GOVERNO DO DISTRITO……………… Exmo Senhor __________ Circular – Nota nº /DPO/DPPF/2021 Nampula, de de 2021 Assunto: Balanço do PESOD 2021 Havendo necessidade de___________________________________________ Cordialmente Moma aos / /20 A Directora geral Junilde Waissone (Docente de N1) Rodapé: Sede Distrital de Moma – Nampula. Cell Email: Telefax: 5. Acta 5.1. Conceitos Acta é o documento em que se registram, de forma exacta e metódica, as ocorrências, resoluções e decisões das assembleias, reuniões ou sessões realizadas por comissões, conselhos, congregações, corporações ou outras entidades semelhantes. 5.2. Estrutura da Acta a) Cabeçalho – Comporta o timbre da instituição, numeração e título(Acta de reunião nº); b) Corpo – Constituído por vários parágrafos onde se destacam osseguintes elementos: Todos os espaços devem ser borrados; Os números devem aparecer por extenso; No corpo da acta, não deve figurar siglas nem abreviaturas; Não devem figurar rasuras ou borrões; Os erros devem ser ressalvados. 5.3. Organização do texto da Acta a) Introdução – Corresponde a parte inicial do texto e obedece a uma formula fixa que comporta invariavelmente a Data, Hora, Local, Nome do Presidente, nomes dos participantes, presentes/ausentes, indicando os motivos da ausência se forem conhecidos ou, simplesmente, informar-se também a agenda da reunião; b) Desenvolvimento – Corresponde a indicação dos diferentes momentos dos trabalhos, sendo muito importante o destaque das explicações dos pontos discutidos, propostas e soluções aprovadas e ainda factos ocorridos acidentalmente; c) Conclusão – Refere-se ao encerramento que obedece, sempre, uma fórmula fixa, nela destacam-se a indicação da hora e declaração do encerramento da sessão pelo presidente e ainda assinaturas do Presidente e do Secretário apos a aprovação da acta pelos participantes. 5.4. Tipo de Linguagem da Acta a) Clara, simples, objectiva e informativa; b) O discurso é narrativo, o tempo predominante é pretérito perfeito do indicativo, eventualmente imperfeito, também do indicativo. 5.5. Cuidados na elaboração Limitar-se a uma visão fiel e muito clara do que foi tratado na reunião. Deve-se observar ausência de marcas do narrador, isto é, não é admissível o registo de apreciações pessoais por parte de quem elabora a acta; Registar, no texto da acta, o número de ordem da acta; Deve-se indicar sempre a aprovação da acta na própria sessão ou sessão seguinte; ((Ressalvar erros, por meio de chamadas a) ou um) ou outros sinais, ou ainda a expressão rectificadora (digo). 5.6. Tipos de Acta a) Acta simples (Sintética) – É aquela em que o escrivão faz um apanhado daquilo que foi discutido na reunião, em formulários ou minutas previamente elaborados para o efeito (Acta de reunião deconselho de notas); b) Acta Circunstanciada (Descritiva) – É uma acta que requer um maior desenvolvimento em função de vários pontos discutidos e o registo do desenvolvimento das discussões e as decisões tomadas; c) Acta declaratória – É aquela que resulta de uma sessão que, por motivos de vária ordem é comunicada a não realização da reunião. 5.7. Exemplo REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE PROVÍNCIA DE………………….. GOVERNO DO DISTRITO……………… - - - - - - - - - - - ACTA NÚMERO UM - - - - - - - - - - - Aos dezanove dias do Mes de Janeiro de dois mil e vinte e um, nesta Vila-Sede de Moma, na sala de reuniões do Governo do Distrito, sob presidência da Exmo Senhor Administrador do Distrito e com a presença dos senhores , procedeu a sessão para hoje designada, a qual tinha como agenda - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - De seguida - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Concluída a discussão e não havendo mais nada a tratar - - - - - - - - - - - - - - - O Presidente O Secretário Benildo André Waissone 11 6. Edital 6.1. Conceito Edital é Instrumento que comunica matéria de interesse administrativo geral. Edital é o acto escrito oficial, contendo aviso, determinação, ou citação, mandado publicar, por autoridade competente, no órgão oficial ou outros órgãos de imprensa, ou, ainda, afixado em lugares públicos, onde seja facilmente lido por todos. São objecto de editais concorrências administrativas para aquisição, alienação ou recuperação de material, aberturas de concursos para provimento de cargos públicos, intimações, notificações, convocações e demais avisos que, por sua natureza, devam ter ampla divulgação, conforme a legislação vigente. 6.2. Estrutura a) Cabeçalho – Comporta o timbre da instituição, Título: denominação do acto, muitas vezes seguido do seu número de ordem e data de expedição. Outras vezes, o título é completado com a espécie de edital de que se trata: de citação, de anulação, etc. Não sendo colocada junto ao título, a data aparece após o texto; b) Ementa: Resumo do assunto do edital - Não é parte obrigatória e aparece, principalmente, em editais de concorrência pública e tomada de preço. Oferece a vantagem de propiciar o conhecimento prévio e sucinto do que é exposto em seguida; c) Texto – Desenvolvimento do assunto. Havendo vários parágrafos, convém numerá-los com algarismos arábicos, de preferência, e, se necessário, desdobrá- los em itens e alíneas. Não se numera o primeiro parágrafo; d) Assinatura – Nome da autoridade competente, indicando-se seu cargo ou função. 6.3. Exemplo REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE PROVÍNCIA DE………………….. GOVERNO DO DISTRITO……………… EDITAL DE INSCRIÇÃO Nº [nº] CONCURSO PÚBLICO DE TÍTULOS E PROVAS PARA PROVIMENTO DE [recursos] O DIRETOR-GERAL DA [seção] torna público que, pelo prazo de 60 (sessenta) dias corridos contados da publicação deste Edital no Diário Oficial do Estado, serão recebidas as inscrições ao CONCURSO PÚBLICO DE [cargo pretendido], nos Departamentos e Áreas discriminadosno anexo deste Edital, com as vagas respectivas. A Directora geral Junilde Waissone (Docente de N1) Benildo André Waissone 12 7. Estatuto 7.1. Conceito É o texto em que se determinam princípios institucionais nas entidades públicas ou privadas. É a lei orgânica que estabelece as regras nessas entidades. Quando empregado no plural, englobam todos os actos e actividades da sociedade ou organização e estabelecem normas reguladoras nas relações entre os elementos que a compõem, inclusive sanções e penalidades. Embora se pareça com o contracto, o estatuto não apresenta carácter contratual, mas um pacto colectivo. No campo do Direito Civil, o estatuto representa um conjunto de princípios que disciplina as relações jurídicas e incidem sobre o estado das pessoas ou das coisas. No Direito Administrativo, refere-se às regras que regulam as actividades dos funcionários públicos civis ou militares. 7.2. Exemplo MODELO DE ESTATUTO Capítulo I: Denominação, Sede e Fins Artigo – A Associação X de (nome da associação), também denominada simplesmente (sigla), é uma entidade civil de direito privado, deduração indeterminada, de carácter beneficente e de assistência social, de fins não económicos, com sede e foro no município de . Artigo – A Associação X de (sigla) tem as seguintes finalidades: Promover e articular acções de assistência social, especialmente relacionados com mulheres, crianças, adolescentes, idosos, pessoas com deficiência; I. Investigar, estudar, analisar e desenvolver estratégias de combate à miséria e àpobreza; II. Participar da acção conjunta das obras e movimentos que visem à assistência eà promoção humana; III. Formar e capacitar agentes para a acção social e o exercício da cidadania. Parágrafo único: A Associação X de (...) realiza a assistência social gratuitamente, mediante convénios e campanhas junto às comunidades locais, contractos e convénios públicos e privados, com organizações nacionais e internacionais, alocando recursos materiais e humanos para seus programas normais ou para atendimento das vítimas emergenciais. Artigo – No desenvolvimento de suas actividades, a Associação X não fará discriminação de raça, género, cor, credo religioso, ou qualquer natureza. Artigo – A Associação X (...) aplicará integralmente suas receitas, recursos e eventual resultado operacional na manutenção e desenvolvimento dos objectivos institucionais, no território nacional. Artigo – A Associação X (...) terá um Regimento Interno, aprovado em Assembleia, que ordenará e disciplinará o seu funcionamento. Artigo – Para o desenvolvimento de suas metas e finalidades, a Associação X (...) poderá criar departamentos e organizar unidades de acção social descentralizada, que se regerão por este Estatuto. Capítulo II: Dos Membros Associados Artigo – A Associação X (...) é constituída de um número ilimitado de membros associados, irmanados no propósito de trabalhar, solidariamente, para o desenvolvimento e a eficácia da acção social. Artigo – São membros da Associação X (...): a) O Fulano; b) O Beltrano; c) Outros... Artigo – São direitos dos membros associados: I. Participar das actividades organizadas ou desenvolvidas pela Associação X(...); II. Participar das assembleias gerais assim como dos demais órgãos constituídosda Associação X (...); III. Votar e ser votado em Assembleia, para os cargos electivos; IV. Utilizar-se dos serviços e dos benefícios concedidos pela Associação X; V. Outros – a discutir. Artigo – São deveres dos membros associados: I. Contribuir para a consecução das finalidades da Associação X (...); II. Colaborar estreitamente no cumprimento deste Estatuto e do Regimento da entidade e na realização dos objectivos e programas aprovados anualmente; III. Pagar as contribuições que lhes couberem. IV. Outros – a discutir. Artigo – Os membros da Associação X não respondem, individualmente, pelos encargos que a instituição, nessa qualidade, contrair com terceiros. Artigo – Nas instâncias de deliberação, os membros associados serão representados por seuslegítimos representantes, devidamente credenciados. Artigo – Os membros associados, que em suas actividades não mais corresponderem à natureza da Cáritas, poderão ser excluídos por deliberação da Assembleia Geral. Capítulo III: Dos Órgãos Constitutivos e da Administração Artigo – São órgãos constitutivos da Cáritas (...): a) A Assembleia Geral; b) O Conselho Director; c) O Conselho Fiscal. Artigo – Assembleia é a instância máxima de deliberação da Associação X (...).Artigo – São membros natos da Assembleia Geral: I. O Conselho Director; II. O Conselho Fiscal; III. Os Directores e Coordenadores dos membros associados.Artigo – Compete à Assembleia Geral, como órgão soberano: a) Eleger, darposseedestituir o Conselho Director; b) Eleger, dar posse e destituir o Conselho Fiscal; c) Aprovar emendas e reformas ao presente Estatuto; d) Decidir pela extinção dos membros, associados de acordo com o Estatuto e o Regimento; e) Aprovar o Regimento Interno; f) Examinar, discutir e aprovar as contas, o relatório e o balanço anual daentidade; g) Aprovar a filiação ou a desfiliação dos membros associados de acordo com oEstatuto e o Regimento. Artigo – A Assembleia Geral reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por ano, e extraordinariamente tantas vezes quantas se fizerem necessárias, por convocação doConselho Director ou de pelo menos 1/5 dos membros associados. Artigo – O edital de convocação da Assembleia será divulgado através de circulares e outros meios convenientes, e com antecedência mínima de 15 (quinze) dias. Parágrafo único – A Assembleia será instalada, em primeira convocação com a presença da maioria absoluta dos seus membros, e, em segunda convocação, uma hora depois, com qualquer número. Artigo – O Conselho Director é integrado dos seguintes membros: I. Director-Presidente e Director Vice-Presidente; II. Tesoureiro e Vice-Tesoureiro; III. O Secretário e o Subsecretário. Artigo – Compete ao Conselho Director: a) Elaborar e executar o plano anual de trabalho aprovado em Assembleia; b) Apresentar relatório e balancete anuais de sua gestão; c) Zelar pela fidelidade da Cáritas (...) a este Estatuto; d) Convocar a Assembleia Geral. Artigo – O mandato dos membros do Conselho Director é de 2 (dois) anos, permitida areeleição para um biénio imediato. § 1º – Em caso de ausência ou impedimento do titular de cargo do Conselho Director, o seu substituto completará o mandato até a realização da primeiraassembleia seguinte; § 2º – O titular do cargo poderá delegar atribuição a outro membro do conselho, compatível com a sua competência. Artigo – Compete ao Director-Presidente: a) Representar a Associação X (...) em juízo ou fora dele, junto aos poderes públicos, entidades paraestatais ou privadas do País e em todas as suas relações com terceiros; b) Emitir, assinar e endossar cheques bancários junto com o Tesoureiro; c) Receber subvenções públicas e privadas, assinar contractos, convénios e outros documentos que envolvam responsabilidade jurídica da Associação X (...); d) Nomear e destituir procuradores; e) Presidir as reuniões do Conselho Director e das Assembleia Gerais; f) Admitir e demitir funcionários ou servidores, ouvido o Conselho Director; g) Convocar e presidir a Assembleia Geral. Artigo – Compete ao Secretário: a) Secretariar as reuniões da Diretoria e da Assembleia Geral, lavrando arespectiva ata e registando-a quando necessário; b) Receber, expedir e manter em dia a correspondência; c) Divulgar as notícias das actividades da Associação X; d) Manter em dia e em ordem os livros e arquivos. Parágrafo único – Ao Subsecretário compete colaborar com oSecretário no exercício de suas atribuições. Artigo – Compete ao Tesoureiro: a) Receber e contabilizar a receita de qualquer origem; b) Pagar as contas autorizadas pelo Director-Presidente; c) Movimentar contas bancárias em conjunto com o Presidente; d) Apresentar relatórios da receita e despesa sempre que for solicitado; e) Conservar sob sua guarda os documentos e livros da tesouraria; f) Preparar o balancete a ser apresentado anualmente ao Conselho Fiscal. Parágrafo único – Compete ao Vice-Tesoureiro colaborar com oTesoureiro no exercício de suas atribuições. Artigo – Compete ao Conselho Fiscal: a) Examinar os livros de escrituração; b) Examinar o balancete anual apresentado pelo Tesoureiro, emitindo parecer Sobre os documentos: c) Apreciar os balanços e inventários que acompanharem o relatório anual do Conselho Director; d) Opinar sobre aquisição e alienação de bens da entidade; e) Emitir pareceres sobre o exercício da fiscalização que lhe compete. Artigo – O Conselho Fiscal terá três titulares e três suplentes eleitos pela Assembleia Geral com o mandato de 2 (dois) anos, permitida a reconduçãopara um mandato subsequente. Artigo – A Associação X não remunera seus Directores pelo exercício do cargo, nem concede vantagens ou benefícios por qualquer forma ou título a seus membros, conselheiros, sócios, instituidores, benfeitores ou equivalentes. Capítulo IV: Do património e dissolução Artigo – O património da Associação X constituir-se-á de: I. Bens móveis, imóveis, veículos, máquinas, acções, títulos e apólices e outrosbens que venham a integrar seu acervo; II. Contribuições de seus membros; III. Doações, legados, subvenções e outros que devam deixar a salvo a autonomiada Associação X (...); IV. Bens adquiridos e outros valores obtidos pela administração. § 1º – Anualmente será publicado o balancete com a demonstração dareceita e das despesas realizadas no ano anterior. § 2º – Haverá total desvinculação dos bens patrimoniais da entidade, dos de seus Directores ou Membros, sendo aqueles responsáveis pela má aplicação dos recursos financeiros. Artigo – No caso de extinção da entidade, o património remanescente será destinado a instituições congéneres, dotadas de personalidade jurídica e registradas no Conselho Nacional de Assistência Social, ou a entidade pública com fins idênticos ou semelhantes. Artigo – A Associação X (...) aplicará integralmente suas rendas, recursos e eventual resultado operacional na manutenção e desenvolvimento dos objectivos institucionais, no território nacional. Capítulo V: Disposições Gerais Artigo – A Associação X (...) somente poderá ser extinta por aprovação de pelo menos 2/3 de seus membros, em Assembleia Geral, especialmente convocada para esse fim. Artigo – O presente Estatuto entrará em vigor na data de seu registro no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas e poderá ser reformado, no todo ou parte, a qualquer tempo, por decisão da maioria de, no mínimo, 2/3 dos membros presentes em Assembleia especialmente convocada para esse fim. Artigo – Os casos omissos neste Estatuto serão resolvidos pelo Conselho Director, ad referendum da Assembleia Geral. Local e data. 8. nformação proposta 8.1. Conceito Instrumento que proporciona os factos, dados e fundamentos necessáriospara emitir parecer ou despacho referente a determinado assunto; 8.2. Estrutura a) Cabeçalho – Constituído pelo timbre e identificação do organismo de tutela. b) Corpo – Nesta parte da informação proposta vem o nome “informação proposta” referência do sector, classificação, numerador e o ano. Seguido de dois rectângulos onde o primeiro aparecerá com as escritas“parecer” e o outro “despacho”; por baixo dos rectângulos do parecer escreve-se a data e do despacho, o destinatário, de seguida o assunto, os parágrafos devem ser enumerados; c) Fecho – distingue-se por apresentar as saudações, a categoria de quem assina a proposta e o carimbo da instituição responsável pela emissão do documento. d) Deve conter as iniciais do minutante, dactilografo, nº do anexo se necessário para responsabilização; e) Deve conter em forma de rodapé, o endereço postal,correio electrónico, telefone e telefax da instituição. 8.3. Exemplo REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE PROVÍNCIA DE………………….. GOVERNO DO DISTRITO……………… Informação proposta nº /RPDL/GDM/052.47/20 PARECER DESPACHO DATA: / / EXMO SENHORA SECRETARIA PERMANENTE MOMA ASSUNTO: 1. Havendo necessidade de se fazer a supervisão dos trabalhos do FDD nos 2 Postos Administrativos onde decorrerao os trabalhos de auscultacao dos mutuarios face ao disposto, nomeadamente: Chalau e Moma- Sede, temos a honra de propôr a V.Excia a deslocação dos Tecnicos da RPDL, num período de 3dias. 2. A consideração e orientação superior. A chefe de Planificacao e Desenvolvimento Local Junilde Waissone (Docente de N1) Rodapé: Sede Distrital de Moma–Cell: Email: Telefax: 9. Memorando 9.1. Conceito Instrumento de comunicação escrita simples sem formalismo pode ser utilizada de um nível hierárquico inferior para o nível superior ou entre níveis hierárquicos idênticos; O memorando é uma modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente. Trata-se, portanto, de uma forma decomunicação eminentemente interna”. Pode ter carácter meramenteadministrativo ou ser empregado para a exposição de projectos, idéias, directrizes, etc., a serem adoptados por determinado sector do serviço público. Sua característica principal é a agilidade, concisão e clareza. A tramitação do memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela rapidez, pela simplicidade de procedimentos burocráticos. Para evitar desnecessário aumento do número de comunicações, os despachos devem ser dados no próprio memorando e, no caso de falta de espaço, em folha de continuação. Esse procedimento permite formar uma espécie de processo simplificado, assegurando maior transparência à tomada de decisões e o histórico do andamento da matéria tratada no memorando. 9.2. Forma e Estrutura Quanto à sua forma, o memorando segue o modelo do Padrão Ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa. Exemplos: • Ao Senhor Chefe do Departamento de Administração: • Ao Senhor Chefe de Repartição de Planificação: Benildo André Waissone 18 9.3. Exemplo REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE PROVÍNCIA DE………………….. GOVERNO DO DISTRITO……………… MEMORANDO Memorando Nº [nº do memorando] - [SIGLA] Em, [dia] de [mês] de [ano] Ao Senhor Chefe do Departamento de Administração: Assunto: Administração e instalação de microcomputadores. 1. Nos termos do Plano-Geral de Informatização, solicitamos a Vossa Senhoria a instalação de três microcomputadores neste Departamento. 2. Sem descer a detalhes técnicos, acrescento, apenas, que o ideal seria que o equipamento fosse dotado de disco rígido e de monitor padrão Quanto a programas, haveria necessidade de dois tipos: um processador de textos e outro gerenciador de banco de dados. 3. O treinamento de pessoal para operação dos micros poderia ficar a cargo da Seção de Treinamento do [ ], cuja chefia já manifestou seu acordo a respeito. 4. Devo mencionar, por fim, que a informatização dos trabalhos deste Departamento ensejará racional distribuição de tarefas entre os servidores e, sobretudo, uma melhoria na qualidade dos serviços prestados. A Directora geral Junilde Waissone (Docente de N1) 10. Mensagem 10.1. Definição e Finalidade É o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes enviada pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar sobre actos da Administração Pública. Através desse instrumento, o Poder Executivo propõe medidas sobre a Administração, expõe os planos degoverno na abertura da sessão legislativa, submete à Assembleia matérias que dependem da deliberação de suas bancadas, apresenta vetos, faz e agradece as comunicações de tudo quanto seja de interesse dos poderes públicos. A mensagem e a minuta da lei devem ser encaminhadas pelo Órgão responsável à Assessoria Técnica Legislativa, a quem caberá a redacção final. 10.2. Forma e Estrutura As mensagens contêm: Identificação - tipo e número do expediente, no alto da folha, junto à margem esquerda. Na mesma linha da indicação do expediente, coloca-se o local e data. Exemplo: Mensagem nº Moma, ....... de ....... de ...... . Vocativo - com o pronome de tratamento e o cargo da autoridade destinatária, centralizado, seguido de dois-pontos. Exemplo: Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara dos Deputados: Texto - exposição da matéria, comtantos parágrafos quantos forem necessários, seguidamente numerados, com excepção do primeiro, os quais poderão dividir-se em alíneas, se necessário. Assinatura - apenas a assinatura do Chefe do Poder Executivo, sem a digitação de seu nome e cargo. Nota: Se a mensagem constar de mais folhas, a partir da segunda folha eladeverá trazer, no alto, a seguinte indicação: Mensagem nº ... Benildo André Waissone 20 10.3. Exemplo REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE PROVÍNCIA DE………………….. GOVERNO DO DISTRITO……………… Para: Deputados da Assembleia da República Mensagem nº 118 Moma, ....... de ......... de .............. Nos termos do art. 59, parágrafo único, inciso IV, da Constituição da Republica, resolvi vetar, parcialmente, o Projecto de Lei nº /04, que regula os direitos autorais e dá outras providências. O veto incide sobre o art. 21, por considerá-lo contrário aos interessespúblicos, pelas razões que passo a expor. Ainda que se interprete o dispositivo no sentido de tornar ................................. O interesse daqueles está acobertado a partir do acto ........................................ Esses são os motivos que me levaram a vetar, parcialmente, o Projecto em causa, os quais submeto à apreciação dos Senhores Membros da Assembleiada Republica. (Assinatura) Benildo André Waissone 21 11. Moção É a proposta referente a uma questão levantada durante uma reunião ou em decorrência de algum incidente ocorrido nela, que se apresenta em umaassembleia deliberativa por um dos seus membros. São moções de ordem: questão prévia, o adiantamento, a invocação do regimento, a apresentação de propostas para eliminação, as emendas, as substituições às propostas para se passar à ordem do dia. A moção pode ser de aplauso, simpatia, desagrado, apelo, repúdio. 11.1. Exemplo COMITÉ DISTRITAL DE MOMA MOÇÃO DE SAUDAÇÃO AO CAMARADA FILIPE JACINTO NYUSI PRESIDENTE DA FRELIMO E DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE A II Sessão Ordinária do Comité Distrital de Moma, reunida na sala de Sessões, no dia vinte oito de Janeiro de 2021, saúda ao camarada Filipe Jacinto Nyusi, Presidente da FRELIMO e da República de Moçambique, pela clarividência com que vem conduzindo os destinos da nação moçambicana, na promoção do ambiente de diálogo, na consolidação da Paz, do Estado de Direito Democrático, tolerância, unidade nacional, solidariedade e inclusão. A II Sessão Ordinária do Comité Distrital de Moma, reconhece que o seu desempenho e entrega pela causa do povo, a sua capacidade negocial e de diálogo inclusivo para a busca da Paz e da concórdia final, faz afirmar com convicção de que o camarada Presidente é líder admirado no seio dos moçambicanos e como exemplo foi a sua recente ida a Cabo Delgado para incentivar os militares a lutarem contra os insurgente. Saudamos igualmente o seu envolvimento directo nos debates dos temas agendados no XII Congresso, que resultou na qualidade das decisões nele tomadas. A população de Moma, está alinhada com os seus ideais e engajada na promoção do crescimento da Economia Nacional, através da produção da riqueza para o consumo interno e para a exportação; exemplo disso, na campanha agrícola 2020/2021, houve uma realização de 83% da área semeada e um crescimento de 58.5% o que resultou na produção de 343.960 toneladas de produtos diversos. Reitera a sua disposição de cultivar os valores do diálogo social no seio das comunidades. A II Sessão Ordinária do Comité Distrital de Moma, deseja ao camarada Filipe Jacinto Nyusi, Presidente da FRELIMO e da República de Moçambique, votos de um bom trabalho. Unidade, Paz e Desenvolvimento FRELIMO a Força da Mudança Moma, 28 de Janeiro de 2021 Benildo André Waissone 22 MOÇÃO Nº Senhora Presidente da Assembleia da República, Os Deputados que abaixo subscrevem, solicitam que após ouvido o Soberano Plenário desta Casa, se envie Moção de Repúdio ao Ministério da Educação, em razão da criação do exame nacional de cursos, o denominado povão, pelos motivos a seguir declinados: Refém também dos empresários da educação, o Governo procura se mostrar diligente com esse importante sector da vida nacional, inventando o exame nacional de cursos, popularmente chamado de “povão”, que sob o pretexto de avaliar as escolas de ensino superior, acabará submetendo os universitários formados a uma exposição absolutamente desnecessária e ineficaz, tendo em vista a existência de meios mais efectivos de avaliar a qualidade do ensino superior no País. Por isso apresentamos a presente Moção de Repúdio ao denominado exame nacional de cursos, mero teatro que se tenta representar diante da opinião pública e que apenas repete outros capítulos de um dos maiores problemas Moçambicanos: a educação. Assembleia da República, ... de . de 2021. Nomes e assinaturas dos Deputados Ordem de Serviço 11.2. Conceito Instrumento que contenha determinações concretas para o serviço emitidas pelo dirigente respectivo com efeitos meramente internos. É instrução dada a um servidor ou a um órgão administrativo. Encerra orientações a serem tomadas pela chefia para a execução de serviços ou o desempenho de encargos. É o documento, o acto pelo qual se determinam providências a serem cumpridas por órgãos subordinados. Instrução de serviço: é o acto pelo qual se fixam normas para a execução de outros actos ou se disciplina a execução de serviços. Orientação de serviço: é o acto pelo qual se estabelecem normas administrativas no âmbito de sectores subordinados. 11.3. Estrutura a) Cabeçalho – É composto por timbre e Identificação do organismo a que se dirige, título: identificação, número e data de expedição do acto. Às vezes, a data é colocada após o texto, antes da assinatura daautoridade; Benildo André Waissone 23 b) Texto – Desenvolvimento do assunto. Pode conter vários parágrafos, numerados por algarismos cardinais e desdobráveis, se necessário, em alíneas. Não se numera o primeiro parágrafo; c) Fecho – Composto por Assinatura: nome da autoridade e indicação do cargo que ocupa ou função que exerce. 11.4. Exemplo REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE PROVÍNCIA DE………………….. GOVERNO DO DISTRITO……………… ORDEM DE SERVIÇO Nº [nº] - [SIGLA DO ÓRGÃO] Tornando necessário imprimir nova dinâmica no sector, no uso das competências que me são atribuídas pelo nº do Artigo do EGFAE, ……………………………………………………………………….. Determino: 1. A Cessação de Funções do Senhor Chefe de e para o seu lugar fica nomeado o Senhor ________________ 2. Transferência do Senhor _______________________ Cumpra-se Moma, aos _/_/2021A Directora geral Junilde Waissone (Docente de N1) Para o conhecimento de: Nota: As ordens de serviços são elaboradas em livro próprio de que se extraíram cópias necessárias para conhecimento e execução. 24 12. Comunicado 12.1. Conceito Comunicado é um texto cativante, inédito, verdadeiro, objectivo e denotativo. Um comunicado representa um antónimo de comunicação jáque este não espera obter uma resposta por parte do receptor, enquanto que para haver comunicação têm que pelo menos existir um emissor e um receptor. Os comunicados são escritos para anunciar alguma ideia ou lei. 12.2. Estrutura d) Cabeçalho – Composto por timbre e identificação do organismo a que se dirige, título com o nome com caracteres destacados “COMUNICADO” e centralizado, seguido de assunto (facultativo); e) Texto – Desenvolvimento do assunto. Pode conter vários parágrafos, numerados por algarismos cardinais e desdobráveis, se necessário, em alíneas; f) Fecho – Assinatura, nome da autoridadee indicação do cargo que ocupa ou função que exerce. 12.3. Tipo de Linguagem da Acta Clara, simples, objectiva e informativa; Exemplo REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE PROVÍNCIA DE………………….. GOVERNO DO DISTRITO……………… COMUNICADO Assunto: Tolerância de ponto 1. A Ministra de Trabalho, Emprego e Segurança Social, Victoria Dias Diogo, concede Tolerância de ponto no dia 19 de Abril, a todos funcionários públicos que professam a religião crista a nível nacional, por ocasião da Sexta-feira Santa, ao abrigo do nº 2 do artigo 5 do Regulamento das Tolerâncias de Ponto, aprovado pelo Decreto 7/2015, de 3 de Junho. 2. A tolerância de ponto não abrange os trabalhadores e funcionários públicos cuja natureza da sua actividade não permite interrupção no interesse público. Maputo, 17 de ABRIL DE 2021 O Chefe do Departamento Phd. MACHONA DIAS 25 13. Parecer 13.1. Conceito Na Administração Pública o parecer, geralmente, é parte integrante de um processo, para o qual aponta solução favorável ou desfavorável, precedida da necessária justificativa, com base em dispositivos legais, jurisprudênciae informações. É um acto de procedimento administrativo que indica e fundamenta a solução que deve ser aplicada ao caso. O parecer pode ser: a) Administrativo: refere-se a caso burocrático; b) Científico ou técnico: relaciona-se com matéria específica. Ex.: o parecer dos auditores. 13.2. Estrutura c) Número do processo respectivo, ao alto, no centro do papel; d) Título: parecer, seguido do número de ordem, dia, mês e ano; e) Ementa: resumo do assunto do parecer. A ementa deve ser sintética. Édigitada em espaço simples, a dois espaços do título; f) Texto: introdução (histórico); esclarecimentos (análise do facto); e conclusão clara e objectiva do assunto; g) Fecho: o local e/ou a denominação do órgão (este, geralmente, emforma de sigla); a data; e a assinatura: h) Nome e cargo ou função de quem emite o parecer. 13.3. Exemplo REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE PROVÍNCIA DE………………….. GOVERNO DO DISTRITO……………… PROCESSO Nº [Nº do processo] PARECER Nº [Nº do parecer] Prezado, O Conselho Consultivo do Distrito de …..................................., reunido no dia de de 20 submeteu à análise a proposta da Associação …..................................., intitulada …..........................................que visa a obtenção de apoio financeiro à Iniciativa de Negócio Sustentável no Programa de Desenvolvimento Económico e Territorial – PRÓ- RURAL. Após a análise, que considerou as recomendações do Manual Operativo do Programa, o Parecer Técnico datado de de _ de 20 e as ponderações realizadas pelos seus membros reunidos em plenário, este Conselho decidiu por: ( ) RECOMENDAR A PROPOSTA PARA RECEBER APOIO DO PRÓ-RURAL ( ) NÃO RECOMENDAR A PROPOSTA PARA RECEBER APOIO DO PRÓ-RURAL É o parecer do Conselho. Namuno, [dia] de [mês] de [ano] Assinatura do Responsável pelo Conselho 26 14. Requerimento 14.1. Conceito O requerimento é um documento simples ou complexo feito por uma pessoa física ou jurídica com o objectivo de solicitar algo a uma autoridade. É um documento formal com apoio legal, dirigido à pessoa com o poder de atender a solicitação nele contida. 14.2. Características Um requerimento tem como características o uso do vocativo, a identificação do requerente, um texto claro e conciso (no qual éapresentada a justificativa para tal pedido), a presença dos termos “requerer” ou solicitar”, o fechamento do documento, local e data, e assinatura do requerente. Quando o documento é emitido por uma empresa ou órgão público, é necessária a utilização de papel timbrado. Ao entregá-lo ao sector ou pessoa responsável pelo seu recebimento, o requerente deve exigir um protocolo que sirva como prova de que a entrega foi realizada. 14.3. Estrutura Um requerimento bem estruturado ajuda a uma melhor compreensão daquilo que é pedido. Deve, por isso, constar das seguintes partes: • Identificação do organismo a que se dirige; • Introdução – Contém os dados pessoais que identificam o requerente: nome, naturalidade, idade, profissão, morada, número do B.I., número de contribuinte, etc.. • Mensagem - Contém o pedido e as razões que o justificam; Exposição: espaço onde se explica detalhadamente o motivo do pedido enumerando, de forma ordenada os argumentos e as causas (cada argumento pode ser precedido pela palavra QUE); • Petição: Espaço onde se expressa o que se solicita à pessoa ou entidade a que é dirigido o requerimento (pode ser, por exemplo, a fórmula: SOLICITO a V. Ex.ª que...); • Fecho – consta de três elementos que terminam o requerimento. • Expressão da conclusão: Pede deferimento • Data: por extenso, antecedida da indicação do lugar. • Assinatura do requerente. 14.4. Apresentação Na apresentação de um requerimento há que ter alguns cuidados. Assim, deve- se: • Usar uma folha branca ou uma folha própria para o efeito; • Deixar uma margem superior de 6 cm e uma margem esquerda de 7 cm; https://dicionariodireito.com.br/documentos • Separar os diferentes pontos do requerimento por uma linha em branco; • Adequar as formas de tratamento à entidade a que se destina (começa-se por: Excelentíssimo ou Exmo Senhor. ou senhor para depois aparecer a expressão Excelência para os altos dirigentes do Estado, seguida da localização (Cidade ou Vila) e no interior dotexto devemos escrever V. Ex.ª ou, por extenso Vossa Excelência). 14.5. Tipos de Requerimento Pertencente à chamada redacção técnica, o requerimento é dividido em duas categorias: requerimento simples e requerimento complexo. Ambos podem ser Judiciais ou Extrajudiciais. Vejamos agora os tipos de requerimento: Requerimento simples: é utilizado quando a questão não necessita de grande aprofundamento. Contém apenas um parágrafo com informações sucintas e linguagem formal. Requerimento complexo: é utilizado quando há necessidade de realizar uma solicitação mais articulada e detalhada, composta por maisde um ponto ou argumento. Contém mais de um parágrafo e pode apresentar outros documentos para comprovação dos factos. 14.6. Exemplo Excelentissimo Senhor Ministro ( ou Governador da Província) =Nampula= (Nome) (Estado Civil), nascido a / / /, filho de _ e de , natural de residente em , titular de BI nº emitido pelo Arquivo de Identificação Civil de , aos / / _/, vem requerer a V.Excia se digne autorizar (Objecto do requerimento), pelo que Pede deferimento Namuno, aos / / (Assinatura completa do requerente) Exmo Senhor Administrador do Distrito de Moma =Moma= (Nome) (Estado Civil), nascido a / / /, filho de e de , natural de residente em , titular de BI nº emitido pelo Arquivo de Identificação Civil de , aos / / _/, vem requerer a V.Excia se digne autorizar (Objecto do requerimento), pelo que Pede deferimento Moma, aos / / (Assinatura completa do requerente) 15. Relatório 15.1. Conceito Relatório é uma descrição de factos passados, analisados com o objectivo de orientar o servidor interessado ou o superior imediacto, para determinada acção. Relatório, do ponto de vista da administração pública, é um documento oficial no qual uma autoridade expõe a actividade de uma repartição, ou presta conta de seus actos a uma autoridade de nível superior. O relatório não é um ofício desenvolvido. Ele é exposição ou narração de actividades ou factos, com a discriminação de todos os seus aspectos ou elementos. Existem muitos tipos de relatórios, classificáveis sob vários pontos de vista. O exposto a seguir refere-seapenas àqueles relatórios menos complexos ou mais informais que um servidor produz com o objectivo de prestar contas de tarefas ou encargos de que foi incumbido. 15.2. Estrutura a) Título – Denominação do documento (relatório); b) Invocação – Tratamento e cargo ou função da autoridade a quem é dirigido, seguidos, preferencialmente, de dois-pontos; c) Texto – Exposição do assunto. O texto do relatório deve obedecer à seguinte sequência: Introdução – Referência à disposição legal ou à ordem superior que motivou ou determinou a apresentação do relatório e breve menção ao assunto ou objecto. A introdução serve para dizer porque o relatório foi feito e indicar os problemas ou factosexaminados; Análise – Apreciação do assunto, com informações e esclarecimentos que se façam necessários à sua perfeita compreensão. A análise deve ser honesta, objectiva e imparcial. O relator deve apenas registrar os factos de que tenha conhecimento directo, ou através de fontes seguras, abstendo- se de divagações ou apreciações de natureza subjectiva sobre factos desconhecidos ou pouco conhecidos. Quando se fizernecessário, o relatório poderá ser acompanhado de tabelas, gráficos, fotografias e outros elementos que possam contribuir para o perfeito esclarecimento dos factos e sua melhorcompreensão por parte da autoridade a quem se destina o documento. Esses elementos podem ser colocados no corpo do relatório ou, se muito extensos, reunidos a ele em forma de anexo; Conclusão - Determinados os factos e feita sua apreciação, chega o momento de se tirarem as conclusões, deduzidas logicamente da argumentação que as precede. Não podem ir além da análise feita, o que as tornaria insubsistentes e, por isso mesmo, despidas de qualquer valor; Sugestões ou recomendações – Muitas vezes, além de tirar conclusões, o relator também apresenta sugestões ou recomendações sobre medidas a serem tomadas, em decorrência do que constatou e concluiu. Essas sugestões ou recomendações devem ser precisas, práticas e concretas, devendo relacionar-se com a análise anteriormente feita. Os diversos parágrafos do texto, com excepção do primeiro, podem ser numerados (com algarismos arábicos) e, se necessário, divididos em alíneas. É recomendável a numeração dos parágrafos, principalmente em relatórios mais extensos, pois, além de dar maior destaque às diferentes partes do texto, facilita as eventuais referências que a elas se queiram fazer; d) Fecho – Fórmula de cortesia. Trata-se de parte dispensável; e) Local e data: Ex.: Namuno, ...... de .......... de . ; f) Assinatura: nome e cargo ou função da(s) autoridade(s) ou servidor(es)que apresenta(m) o relatório. 15.3. Exemplo Senhor Director: RELATÓRIO 1. Conforme determinação, relatamos a Vossa Excelência os acontecimentos ocorridos no dia [dia] de [mês] último, nesta repartição. Encontrávamo-nos em actividades funcionais, quando entrou na repartição o senhor [Nome], residente nesta cidade, o qual solicitou informações sobre [ ] . 2. Não estando esta repartição em condições de atender à consulta solicitada, comunicamos [ ] . 3. Não se conformando com a resposta, o referido senhor passou a nos agredir com palavras de baixo calão e [ ] . 4. Como continuasse a nos provocar, telefonamos para [ ] . 5. Ainda ouvimos quando o cidadão dizia que iria comunicar à Imprensa [ ] . 6. Procuramos, durante os acontecimentos, manter a atitude compatível com nosso cargo, porém [ ]. 7. Dessa forma, embora desconhecendo as acusações feitas contra nós, [ ] . Sendo esta a nossa informação. Moma, [dia] de [mês] de [ano]. Nome, [Cargo do signatário]. 17. Nota 17.1. Conceito Em sentido restrito, nota significa uma declaração escrita e oficial do Governo ou qualquer instituição pública ou privada, emitida com oobjectivo de dar o seu parecer sobre um determinado facto que lhes dizrespeito. Na linguagem comercial, trata-se de um documento escrito que o comerciante fornece ao cliente quando efectua algum pagamento que deve ser levado a crédito da sua conta. Qualquer apontamento, comentário, redacção ou sinal feito para que alguma coisa não seja esquecida. Pode ser uma lembrança, uma observação, sobre algum facto ou esboço. Pequena exposição sucinta noticia pequena destinada a dar informação rápida; Comentário, reflexão acessória escrita no fim do livro. Portanto, podemos deduzir que a Nota é um instrumento administrativo que é enviado entre determinadas instituições ou de uma instituição para um singular, sendo nestes casos considerado oficial. Pode assumir de Nota oficiosa se o particular não oficial não depender de ordem ou autoridade, ou seja, quando o particular “não oficial” é independente em termos autoritários. 17.2. Estrutura a) Cabeçalho – Constituído pelo timbre e identificação do organismo de tutela, no canto superior direito indica-se o endereço do destinatário englobando o vocativo, local e nome, ou seja, a entidade quem se remete a nota, incluindo o local onde esta poderá ser localizada. No cabeçalho, encontramos também as referencias (Sua/Ref. Onde coloca-se o número da nota recebida e Nossa/Ref. Coloca-se o númeroda instituição que envia a nota). b) Corpo – Nesta parte da nota é feita a exposição do assunto com iniciais: Tenho a honra de…., Junto se envia….., Incumbe-me… Deve- se proceder à enumeração dos parágrafos se forem mais do que um; c) Fecho – distingue-se por apresentar as saudações, a data, a categoria de quem assina a nota e o carimbo da instituição responsável pela emissão do documento. d) Deve conter as iniciais do minutante, dactilografo, nº do anexo se necessário para responsabilização; e) Deve conter em forma de rodapé, o endereço postal, correio electrónico, telefone e telefax da instituição. 17.3. Classificação Quanto a natureza, pode ser Confidencial, Segredo do Estado, Secreto ou Restrito Quanto ao grau de brevidade, pode ser Normal, Urgente, Muito Urgente, Extraordinário e Ordinário. 17.4. Tipos de Nota Nota de entrega – Tem como objectivo de dar a conhecer sobre uma entrega ou resposta a uma guia de remessa; Nota de serviço – Esta relacionada com um desenvolvimento de trabalho. Emite-se sempre que há necessidade de prestar esclarecimentos pontuais; Nota fiscal - É enviada a alguém para evidenciar uma multa ou assunto de natureza jurídica do interesse da pessoa visada; Nota de Debito ou Credito – Emitida pelos bancos para dar a conhecer sobre a situação financeira dos clientes. 17.5. Tipo de linguagem A linguagem deve ser clara, directa, objectiva, precisa e cuidada; Os verbos devem ser empregues no pretérito perfeito do indicativo na primeira pessoa. 17.6. Exemplo REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE PROVÍNCIA DE………………….. GOVERNO DO DISTRITO……………… A: servicos Provinciais de Representacao do Estado de Nampula N/Ref.Nº78/GDM/031.12 Data: / /20 ASSUNTO: Envio do relatório de 9 meses 1. Junto desta, tenho a honra de enviar a V.Excia o relatório das actividades desenvolvidas pelo Governo Distrital referente aos meses de Janeiro a Julho de 2021. 2. Sem mais, aproveito o ensejo para endereçar a V.Excia os nossos respeitosos cumprimentos. A Directora geral Junilde Waissone (Docente de N1) E/M/N Rodapé: Governo do Distrito de Moma. Cell: Email: Telefax: 18. Alvará 18.1. Conceito Alvará é o instrumento pelo qual a administração pública confere licença ou autorização para a prática de exercício de actividade sujeito ao poder de policiamento do Estado. É a forma exterior do acto que dá origem à licença e autorização. 18.2. Tipos: a) Alvará de Licença: tem carácter definitivo e, por essa razão, só podeser revogado por motivo de interesse público, mediante completa indemnização; b) Alvará de Autorização: tem carácter precário, podendo ser cassado sumariamente e sem qualquer indemnização. 18.3. Estrutura a) Cabeçalho – Constituído pelo timbre e identificação do organismo de tutela, Título: denominação do documento, seguida de seu número de ordem e data de expedição; b) Texto: • Introdução: designação completa do cargo da autoridade que expede o alvará; • Fundamentação: citação da legislação básica em que se baseia a decisão da autoridade, seguida da palavra “resolve”; • Exposição do assunto: que pode ser dividida em parágrafos, eestes em alíneas, se necessário; • Assinatura: nome da autoridade competente, sem indicação do cargo, que já vem mencionado na introdução. No caso deassinatura por substituto, essa situação deverá ser declarada; • Local e data: dispensável nos casos em que a data deexpedição aparece após o título. 18.4. Exemplo REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE PROVÍNCIA DE………………….. GOVERNO DO DISTRITO……………… ALVARÁ Nº [nº], DE [dia] DE [mês] DE [ano] O Administrador Distrital [secretaria], usando da atribuição que lhe confere o artigo [artigo] do Decreto nº [nº Decreto], de [dia] de [mês] de [ano] (Código de[código]), alterado pelo Decreto nº [nº], de [dia] de [mês] de [ano], resolve: 1. Autorizar [nome], firma individual, constituída por acto e alterações arquivados na Junta Comercial de Namuno, sob nº [nº], com sede na cidade de [cidade], no referido Município, a funcionar como empresa de [tipo], ficando obrigada a cumprir integralmente o que dispõe o Código de [tipo] e seu Regulamento, baixado pelo Decreto nº [nº], de [dia] de [mês] de [ano], bem como as demais leis em vigor ou que venham a vigorar sobre o objecto da referida autorização; 34 2. O título desta autorização é uma via autêntica deste Alvará, que será transcrito nolivro D de Registro das Empresas de [tipo], e que deverá ser registrado, em originalou certidão, no órgão de Registro de Comércio da sede da Empresa. [Nome], [Cargo do Signatário]. 19. Contracto 19.1. Conceito Contracto é o acordo de vontades que tem por fim criar, modificar ou extinguir direitos e obrigações. Os contractos celebrados compreendem, quanto ao regime jurídico, duas modalidades: a) Os contractos de direito privado, como a compra e venda, a doação, o comodato, regidos pelo Código Civil, parcialmente derrogados por normas publicistas; b) os contractos administrativos, dentre os quais se incluem: • Os tipicamente administrativos, sem paralelo no direito privado e inteiramente regidos pelo direito público, como a concessão de serviços, de obras e de uso de bem público; • Os que têm paralelo no direito privado, mas também são regidos pelo direito público, como o mandato, o empréstimo, o depósito, a empreitada. Contracto administrativo é todo aquele que a Administração Pública firma com o particular, ou outra entidade administrativa, para a realização do serviço, execução de obra, ou obtenção de qualquer outra prestação de interesse público nas condições estabelecidas pela própria administração. A expressão “contracto administrativo” é utilizada para indicar vínculo jurídico entre a administração pública e um particular visando à realização de determinada prestação. Esse tipo de contracto é precedido de licitação, para a qual a administração pública deverá, formalmente, estabelecer as suas necessidades e os encargos que assumirá. Esses contractos devem estabelecer com clareza e precisão as condições para a sua execução expressas em cláusulas que definam os direitos, obrigações e responsabilidades das partes, em conformidade com os termos do instrumento convocatório (é o edital de licitação) e da proposta a que se vinculam. Os contractos para os quais a legislação permita dispensa ou inexigibilidade de licitação deve atender aos termos do acto que os autorizou e da respectiva proposta. A formalização é a materialização do contracto administrativo, o qual deve estar vinculado ao instrumento convocatório e às cláusulas necessárias estabelecidas na Lei de Licitações e Contractos. As cláusulas necessárias, em todo contracto, estabelecem: I. O objecto e seus elementos característicos; II. O regime de execução ou a forma de fornecimento; 35 III. O preço e as condições de pagamento, os critérios, a data-base e a periodicidade do ajustamento de preços, os critérios de actualização monetária entre a data do adimplemento (pagamento em dia) das obrigações e a do efectivo pagamento; IV. Os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o caso; V. O crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da categoria económica; VI. As garantias oferecidas para assegurar sua plena execução quando exigidas; VII. Os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas; VIII. Os casos de rescisão; IX. O reconhecimento dos direitos da Administração, em casos de rescisão administrativa; X. As condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso; XI. A vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu ao convite e à proposta do licitante vencedor; XII. A legislação aplicável à execução do contracto e especialmente aos casos omissos; XIII. A obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contracto, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas em umalicitação. 19.2. Da Formalização dos Contractos Os contractos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições interessadas, as quais manterão arquivo cronológico dos seus autógrafos e registro sistemático do seu extracto, salvo os relativos a direitos reais sobre imóveis, que se formalizam por instrumento lavrado em cartório de notas, de tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu origem. A duração desses contractos ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários. Toda prorrogação de prazos desses contractos administrativos deverá ser justificada por escrito e previamente autorizada pela autoridade competente para celebrar o referido contracto. O regime jurídico dos contractos administrativos confere à Administração a prerrogativa de: a) Modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitando o direito do contratado; b) Rescindi-los unilateralmente c) Fiscalizar-lhes a execução; d) Aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste. 19.3. Da Alteração dos Contractos Os contractos administrativos podem ser alterados com as devidas justificativas, unilateralmente pela Administração, quando houver 36 modificação do projecto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objectivos; quando da modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objecto, nos limites permitidos pela legislação afecta; por acordo entre as partes, quando conveniente a substituição da garantia de execução, a modificação doregime de execução da obra ou serviço; 19.4. Da Rescisão dos Contractos Constituem motivos para rescisão de contracto: a) O não-cumprimento e/ou cumprimento irregular das cláusulas contratuais, especificações, projectos e prazos; b) A lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados; c) O atraso injustificado do início da obra, do serviço ou do fornecimento; d) A paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e prévia comunicação à Administração; e) A
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