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Meniingioma de tenda cerebelar

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Avaliação – A2 – Anatomia Para a Prática Clínica 
 
 
MENINGIOMA DE TENDA CEREBELAR 
 O meningioma é uma neoplasia benigna que se localiza na membrana 
meníngea ou nas vilosidades da aracnoidea. As células aracnóideas têm 
facilidade de desenvolver neoplasias; metaplasias, pelo aumento de células 
neoplásicas que repercutem em disfunções metabólicas e perda funcional do 
órgão; ou sofrerem metástase por conta do contato com o seio venoso. A 
proliferação anormal tem origem nas mutações das células meningoteliais da 
aracnoide e que, geralmente, é histologicamente benigna, mas com um 
prognóstico dependente da acessibilidade e da ressecabilidade do tumor. O 
aglomerado neoplásico e o acúmulo do líquor pode exercer efeito de massa 
e comprimir o tronco encefálico (ponte), pedúnculo cerebelar e porções da 
periferia do parênquima cerebral, além de poder comprometer um ou mais 
ventrículos, envolvendo colabamentos e dilatações, resultando em sintomas 
como falta de coordenação motora, náuseas, vertigem, engasgos, lapsos de 
memória e perda de resposta motora dos membros inferiores. 
 O procedimento cirúrgico consiste na abertura circular da dura-máter 
para a visualização da herniação do hemisfério cerebelar, seguida por 
drenagem de líquor da cisterna magna para descomprimir a região. A 
dissecção tumoral objetiva o descolamento do tumor do tronco cerebral e dos 
nervos cranianos abaixo para a ressecção tumoral completa localizada na 
fossa posterior do cérebro. 
 
Figura 1 - A.Corte axial de TC; B. Corte axial de TC – FLAIR; C. Corte axial de TC - T1 
pós contraste (gadolíneo) 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: MAZAIA et al., 2017. 
 Figura 2 - A. Corte sagital de TC - T1 pós gadolíneo; B. Corte coronal de TC - T1 pós 
gadolíneo 
 
 
 
 
 
 Fonte: MAZAIA et al., 2017. 
 
MAZAIA, C. R. et al. Meningioma na tenda cerebelar: diagnóstico e 
tratamento. Archives of Health Investigation, 2017. Disponível em: 
https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/2071. Acesso em: 2 
dez. 2021. 
 
DOENÇA CORONARIANA 
 As artérias coronarianas se originam da aorta, imediatamente superior à 
valva aórtica, dos seus seios direito e esquerdo, sendo responsáveis pela 
irrigação do miocárdio e do epicárdio, suprindo átrios e ventrículos. A artéria 
direita segue entre a via de saída do ventrículo direito e a aurícula direita, 
acompanhando o sulco atrioventricular direito, irrigando toda a parede livre do 
ventrículo direito, terço posterior do septo interventricular, parede inferior do 
ventrículo esquerdo e todo o átrio direito. A artéria esquerda é formada pelo 
tronco coronariano esquerdo (TCE), que se bifurca em artéria descendente 
anterior (DA) e artéria circunflexa irriga, irrigando todo o átrio esquerdo, os dois 
terços anteriores do septo, a margem esquerda da parede livre do ventrículo 
direito e a parede anterior e lateral do ventrículo esquerdo. Em alguns casos, 
pode ocorrer a obstrução parcial ou total dessas artérias por conta de acúmulo 
de lipídios e colesterol, que são as placas de ateroma, o que dificulta a irrigação 
e infartar o miocárdio. 
 A doença arterial coronariana possui diferentes manifestações clínicas que 
dependem do grau de obstrução e da artéria envolvida. A cirurgia de 
revascularização do miocárdio (cirúrgica ou percutânea) em pacientes com 
doença coronariana estável, precisam levar em consideração o prognóstico e os 
sintomas do paciente, sendo indicada como tratamento primário na em casos de 
https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/2071
¹http://www.hcfmb.unesp.br/wp-content/uploads/2018/04/cirurgiacardiacaadulto-1.pdf 
²https://www.cardiopulmonar.com.br/especialidades/medicinacardiovascular/revascularizaca
o-do-miocardio/ 
choque cardiogênico após um infarto agudo do miocárdio (IAM), quando a 
anatomia coronariana é desfavorável para a realização de angioplastia 
percutânea. A escolha da artéria de outra região que será usada como enxerto 
para criar um fluxo alternativo depende das comorbidades do paciente, as 
condições da artéria e a possibilidade de competição de fluxo. Os enxertos mais 
favoráveis e usados são: a artéria torácica interna esquerda (ATIE ou mamária 
esquerda), artéria torácica interna direita (ATID), artéria radial (AR), artéria 
gastroepiplóica (AG), artéria epigástrica inferior (AEI) e veia safena magna (VS). 
Essas veias e artérias são conhecidas como pontes, pois redirecionam o sangue 
para depois do segmento obstruído. 
 Figura 3 – Obstrução em artéria coronária direita 
 
 
 
 
 
 Fonte: E-book “Cirurgia cardíaca do adulto” ¹. 
 
 
 Figura 4 – Antes e depois da revascularização do miocárdio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Site “Hospital Cardio Pulmonar” ².
 
GARZESII, A. M.; GARCIA, L. R.; FELICIO, M. L. Cirurgia cardíaca do adultos. 
Botucatu: Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”, 2018. 
Disponível em: http://www.hcfmb.unesp.br/wp 
content/uploads/2018/04/cirurgiacardiacaadulto-1.pdf. Acesso em: 2 dez. 2021. 
 
CUIDADOS DA ENFERMAGEM 
- Manutenção do jejum, checagem de sinais vitais e da diurese, observando 
sinais e sintomas; 
- Verificação de dados da cirurgia, checagem de pedidos; 
- Realização de limpeza do paciente e do preparo da pele para a cirurgia; 
- Acompanha a alimentação, planeja a lavagem intestinal ou gástrica, orienta o 
paciente; 
- Garante que os medicamentos sejam dados no horário certo aos pacientes do 
pós-operatório; 
 
DIAS, E. Enfermagem na clínica cirúrgia (ebbok). Ifcursos, 2014. Disponível 
em: http://www.ifcursos.com.br/sistema/admin/arquivos/14-18-16-apostila-
cirurgica.pdf. Acesso em: 02 dez. 2021. 
 
 
PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM 
 
• SONDAGEM OU CATETER VESICAL 
 Consiste na passagem de um cateter ou sonda pela bexiga via meato uretral. 
- Etapas iniciais: 
1. Higienizar as mãos; 
2. Verificar a prescrição médica; 
3. Informar ao paciente o passo a passo da realização do procedimento; 
4. Garantir boa iluminação, preparar o ambiente e fechar portas e janelas; 
http://www.hcfmb.unesp.br/wp%20content/uploads/2018/04/cirurgiacardiacaadulto-1.pdf
http://www.hcfmb.unesp.br/wp%20content/uploads/2018/04/cirurgiacardiacaadulto-1.pdf
http://www.ifcursos.com.br/sistema/admin/arquivos/14-18-16-apostila-cirurgica.pdf
http://www.ifcursos.com.br/sistema/admin/arquivos/14-18-16-apostila-cirurgica.pdf
 
5. Higienizar a genitália com clorexidina degermante a 2%; 
6. Organizar o material que será usado e deixá-lo próximo para fácil acesso; 
7. Deixar o saco de resíduo próximo; 
8. Colocar a mulher em posição ginecológica, com um lençol que a cubra ou 
colocar o homem em decúbito dorsal; 
9. Abrir os materiais sobre a cama ou sobre suporte auxiliar; 
10. Colocar o antisséptico na cuba e o cateter sobre campo estéril; 
11. Colocar uma luva estéril; 
 
- Procedimento: 
1. Deixar o material pronto e próximo antes da assepsia, pois ao colocar a mão 
não dominante na genitália do paciente só poderá removê-la ao finalizar o 
procedimento; 
2. Lubrificar a sonda com lidocaína em gel e mantê-la sobre uma gaze; 
3. Realizar a antissepsia do monte de vênus e da vulva com movimento 
unidirecional, usando pinça, gaze e solução antisséptica; 
4. Na mulher, separar os lábios do pudendo com a mão não dominante, expondo 
o vestíbulo, e realizar a assepsia da uretra em movimentos circulares; no 
homem, retrair o prepúcio da glande para a base do pênis, trocando a gaze a 
cada etapa da higienização; 
5. Pegar a sonda com a mão dominante, prendendo a ponta entre indicador e 
médio, e segurar o restante com os outros dedos, deixando a extremidade distal 
solta; 
6. Na mulher, afastaros lábios maiores do pudendo com a mão não dominante, 
no homem, posicionar o pênis do paciente perpendicularmente; 
7. Introduzir a sonda pelo meato uretral de 5-8 cm; 
8. Verificar a saída da urina para o coletor de urina e retirar a sonda lentamente; 
9. Garantir que o paciente fique confortável; 
 
10. Remover luvas e higienizar as mãos; 
11. Registrar o procedimento no prontuário, anotar o horário, o volume drenado, 
aspecto e cor da urina; 
 
 Figura 5 – Anatomia da vulva e colocação de cateter na uretra feminina 
 
 
 
 
 
 Fonte: Manual de Procedimentos Básicos de Enfermagem, 2017. 
 Figura 6 – Inserção de cateter na uretra masculina 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Manual de Procedimentos Básicos de Enfermagem, 2017. 
 
 
• TROCA DE BOLSA DE COLOSTOMIA 
 A bolsa de colostomia é um equipamento coletor que é aderido à pele do 
paciente ao redor da colostomia, uma abertura na parede abdominal próximo ao 
final do intestino, para a coleta de excreções. A troca deve ser de 3 a 7 dias, ou 
caso esteja vazando, para evitar infecção e garantir a higienização local. 
- Procedimento: 
1. Orientar o paciente sobre o passo a passo do procedimento; 
2. Organizar o material e deixa-lo próximo para fácil acesso e garantir um 
ambiente confortável e privativo para o paciente; 
 
3. Posicionar o paciente em pé ou em decúbito dorsal, de modo a deixar a região 
da estomia exposta; 
4. Higienizar as mãos; 
5. Colocar a toalha descartável sobre o paciente; 
6. Retirar lentamente a placa de adesão da bolsa com a ajuda de um pano úmido; 
7. Fazer a limpeza ao redor da estomia com água morna, sabão e panos limpos, 
secar a região e observar sinais de infecção; 
8. Medir o estoma para obter o tamanho do sistema coletor adequado; 
9. Selecionar e cortar a área da bolsa que será ajustada na placa de adesão, 
sendo o recomendado cortar até 3 milímetros maior que o estoma; 
10. Recortar a placa de adesão na pele na área demarcada; 
11. Remover a placa de adesão na pele demarcada e o papel do verso; 
12. Colocar a placa de adesão sobre a pele com movimentos circulares para 
melhor fixação; 
13. Colocar a parte inferior do aro da bolsa próximo à parte inferior da placa; 
14. Dobrar a abertura da bolsa ao redor da pinça de fechamento e fechá-la; 
15. Posicionar o paciente confortavelmente; 
16. Limpar o ambiente e higienizar as mãos; 
17. Registrar o procedimento no prontuário; 
 Figura 7 - Bolsa e local da estomia 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Manual de Procedimentos Básicos de Enfermagem, 2017. 
 
 Figura 8 – Bolsa de colostomia 
 
 
 
 
 
 Fonte: PAIM, 2019³. 
 
SOUZA, A. L. T; SOUSA, B.O. P. S. Manual de Procedimentos Básicos de 
Enfermagem. São Paulo: FVR – Faculdades Integradas do Vale do Ribeira, 
2017. Disponível em: https://portal.unisepe.com.br/fvr/wp-
content/uploads/sites/10003/2018/02/Manual-de-Procedimentos-
B%C3%A1sicos-de-Enfermagem.pdf. Acesso em: 3 dez. 2021. 
https://portal.unisepe.com.br/fvr/wp-content/uploads/sites/10003/2018/02/Manual-de-Procedimentos-B%C3%A1sicos-de-Enfermagem.pdf
https://portal.unisepe.com.br/fvr/wp-content/uploads/sites/10003/2018/02/Manual-de-Procedimentos-B%C3%A1sicos-de-Enfermagem.pdf
https://portal.unisepe.com.br/fvr/wp-content/uploads/sites/10003/2018/02/Manual-de-Procedimentos-B%C3%A1sicos-de-Enfermagem.pdf

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