Buscar

Escorpionismo | Acidentes por Animais Peçonhentos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Nathalia de Tarso 
Acidentes por Animais Peçonhentos 
Animais Peçonhentos 
↣ São aqueles que produzem peçonha (veneno) e têm 
condições naturais para injetá-la em presas ou 
predadores. 
↣ Essa condição é dada naturalmente por meio de dentes 
modificados, aguilhão, ferrão, quelíceras, cerdas 
urticantes, nematocistos entre outros. 
↣ Os animais peçonhentos que mais causam acidentes 
no Brasil são algumas espécies de: 
 serpentes (OFIDISMO); 
 escorpiões; 
 aranhas; 
 lepidópteros (mariposas e suas larvas); 
 himenópteros (abelhas, formigas e vespas); 
 coleópteros (besouros); 
 quilópodes (lacraias); 
 peixes; 
 cnidários (águas-vivas e caravelas). 
↣ Esses animais possuem presas, ferrões, cerdas, 
espinhos entre outros, capazes de envenenar as vítimas. 
Acidentes por animais peçonhentos 
↣ Foram incluídos pela Organização Mundial da Saúde 
(OMS) na lista das doenças tropicais negligenciadas que 
acometem, por vezes, populações pobres que vivem em 
áreas rurais. 
↣ Esse agravo foi incluído na Lista de Notificação 
Compulsória do Brasil, ou seja, todos os casos devem ser 
notificados ao Governo Federal imediatamente após a 
confirmação. 
↣ A medida ajuda a traçar estratégias e ações para 
prevenir esse tipo de acidente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escorpionismo 
↣ Os escorpiões são representantes da classe dos 
aracnídeos, predominantes nas zonas tropicais e 
subtropicais do mundo, com maior incidência nos meses 
em que ocorre aumento de temperatura e umidade. 
↣ O envenenamento ocorre pela inoculação de veneno 
pelo ferrão ou aguilhão (télson), localizado na cauda de 
escorpiões. 
↣ A estimulação de terminações nervosas sensitivas 
determina o aparecimento do quadro local, de instalação 
imediata e caracterizada por: 
 dor intensa, 
 edema e eritema discretos, 
 sudorese localizada em torno do ponto de picada 
e piloereção, 
 pode haver mioclonias e fasciculações. 
 
↣ A atividade sobre o sistema nervoso autônomo é 
responsável pelo quadro sistêmico, observado em 
crianças após intervalo de minutos até poucas horas 
como: 
 sudorese profusa, 
 agitação psicomotora, 
 tremores, 
 náuseas e vômitos, 
 sialorreia, 
 hipertensão ou hipotensão arterial, 
 arritmia cardíaca, 
 insuficiência cardíaca congestiva, 
 edema pulmonar agudo e 
 choque. 
↣ A presença dessas manifestações impõe a suspeita do 
diagnóstico de escorpionismo, mesmo na ausência de 
história de picada ou identificação do animal. 
 
No Brasil, os escorpiões de importância em saúde pública 
são as seguintes espécies do gênero Tityus: 
 Escorpião-amarelo (T. serrulatus): com ampla 
distribuição em todas as macrorregiões do país, 
representa a espécie de maior preocupação em 
função do maior potencial de gravidade do 
envenenamento e pela expansão em sua distribuição 
Importante: 
Animais peçonhentos gostam de ambientes quentes e 
úmidos e são encontrados em matas fechadas, trilhas 
e próximo a residências com lixo acumulado. Manter a 
higiene do local é evitar acúmulo de coisas é a melhor 
forma de prevenir acidentes. 
 
Nathalia de Tarso 
geográfica no país, facilitada por sua reprodução 
partenogenética e fácil adaptação ao meio urbano. 
 
 
 Escorpião-marrom (T. bahiensis): encontrado na 
Bahia e regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do 
Brasil. 
 
 Escorpião-amarelo-do-nordeste (T. stigmurus): 
espécie mais comum do Nordeste, apresentando 
alguns registros nos estados de São Paulo, Paraná 
e Santa Catarina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como prevenir acidentes 
 Manter jardins e quintais limpos. 
 Evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo 
doméstico e materiais de construção nas 
proximidades das casas. 
 Evitar folhagens densas (plantas ornamentais, 
trepadeiras, arbusto, bananeiras e outras) junto a 
paredes e muros das casas. 
 Manter a grama aparada. 
 Limpar periodicamente os terrenos baldios 
vizinhos, pelo menos, numa faixa de um a dois 
metros junto às casas. 
 Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los, pois as 
aranhas e escorpiões podem se esconder neles e 
picam ao serem comprimidos contra o corpo. 
 Não pôr as mãos em buracos, sob pedras e 
troncos podres. É comum a presença de 
escorpiões sob dormentes da linha férrea. 
 Usar calçados e luvas de raspas de couro. 
 Como muitos destes animais apresentam hábitos 
noturnos, a entrada nas casas pode ser evitada 
vedando-se as soleiras das portas e janelas 
quando começar a escurecer. 
 Usar telas em ralos do chão, pias ou tanques. 
 Combater a proliferação de insetos, para evitar o 
aparecimento dos escorpiões que deles se 
alimentam. 
 Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e 
vãos entre o forro e paredes, consertar rodapés 
despregados, colocar saquinhos de areia nas 
portas, colocar telas nas janelas. 
 Afastar as camas e berços das paredes. 
 Evitar que roupas de cama e mosquiteiros 
encostem no chão. Não pendurar roupas nas 
paredes; examinar roupas, principalmente camisas, 
blusas e calças antes de vestir. 
 Acondicionar lixo domiciliar em sacos plásticos ou 
outros recipientes que possam ser mantidos 
fechados, para evitar baratas, moscas ou outros 
insetos de que se alimentam os escorpiões. 
 Preservar os inimigos naturais de escorpiões e 
aranhas: aves de hábitos noturnos (coruja, joão-
bobo), lagartos e sapos 
 
 
Os grupos mais vulneráveis são: 
 trabalhadores da construção civil, 
 crianças e 
 pessoas que permanecem maiores períodos 
dentro de casa ou nos arredores, como 
quintais (intra ou peridomicílio). 
 
Ainda nas áreas urbanas, por manusear objetos e 
alimentos onde os escorpiões podem estar alojados, 
estão sujeitos os trabalhadores de: 
 madeireiras, 
 transportadoras e 
 distribuidoras de hortifrutigranjeiros. 
 
 
 
Nathalia de Tarso 
O que fazer em caso de acidente 
 Limpar o local com água e sabão. 
 Aplicar compressa morna no local. 
 Procurar orientação imediata e mais próxima do 
local da ocorrência do acidente (UBS, posto de 
saúde, hospital de referência). 
 Atualizar-se regularmente junto à secretaria 
estadual de saúde para saber quais os pontos de 
tratamento com o soro específico em sua região. 
 Se for possível, capturar o animal e levá-lo ao 
serviço de saúde. 
 
O que não fazer em caso de acidente 
 Não amarrar ou fazer torniquete. 
 Não aplicar qualquer tipo de substância sobre o 
local da picada (fezes, álcool, querosene, fumo, 
ervas, urina), nem fazer curativos que fechem o 
local, pois isso pode favorecer a ocorrência de 
infecções. 
 Não cortar, perfurar ou queimar o local da 
picada. 
 Não dar bebidas alcoólicas ao acidentado, ou 
outros líquidos como álcool, gasolina ou 
querosene, pois não têm efeito contra o veneno 
e podem agravar o quadro. 
 
Encerramento do caso 
↣ A alta definitiva pode ser dada após a remissão do 
quadro local ou sistêmico. 
 
Referências Bibliográficas 
Biologia para entender e respeitar. Disponível em: 
https://biologiaentenderrespeitar.wordpress.com/201
8/03/29/diferencas-de-denticao-de-serpentes/. 
 
PARANÁ. Governo do Estado. Secretaria de saúde. 
Acidentes por animais peçonhentos. Disponível 
em: https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Acidentes-
por-animais-peconhentos 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em 
Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. 
Doenças infecciosas e parasitárias : guia de bolso / 8. 
ed. rev. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010. 444 p. : 
Il. – (Série B. Textos Básicos de Saúde). Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas
_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdf. 
 
https://biologiaentenderrespeitar.wordpress.com/
https://biologiaentenderrespeitar.wordpress.com/2018/03/29/diferencas-de-denticao-de-serpentes/
https://biologiaentenderrespeitar.wordpress.com/2018/03/29/diferencas-de-denticao-de-serpentes/
https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Acidentes-por-animais-peconhentos
https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Acidentes-por-animais-peconhentos
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdfhttps://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdf

Continue navegando