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QUESTÕES METÁLICAS 
1) Cite três fatos que motivaram a inserção do aço como matéria prima da 
construção civil. 
 
2) Explique e diferencie, resumidamente, as etapas de produção do aço ao se 
utilizar o minério de ferro ou as sucatas como matéria-prima. 
 
3) Explique o porquê de ser extremamente viável a instalação de indústrias 
cimentíceas em regiões próximas às siderúrgicas. 
 
4) Sobre o projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto, 
classifique como V ou F: 
( ) os aços utilizados em perfis, barras e chapas devem possuir resistência ao 
escoamento máximo de 500 MPa e relação entre resistências à ruptura e ao 
escoamento não inferior a 1,4. 
( ) o aço a ser utilizado em estruturas metálicas e no concreto armado deve 
possuir propriedades como módulo de elasticidade igual a 200 MPa e coeficiente 
de Poisson igual a 0,5. 
( ) um dos tipos de aço carbono mais utilizado em estruturas é o MR 250, cuja 
resistência ao escoamento do aço é de 250 MPa. 
( ) Como forma de se tornar mais dinâmica, a construção civil emprega, com 
frequência, estruturas metálicas que consistem na associação de peças ligadas 
entre si por conectores ou solda. 
( ) As chapas de ferro fundido lisas e laminadas a frio são largamente 
utilizadas na fabricação de estruturas metálicas, principalmente na confecção 
de perfis soldados para funcionarem como vigas e estacas, como determinado 
na NBR8800. 
 
5) Cite e explique 4 principais características que tornam vantajoso o uso de 
estruturas metálicas. 
 
6) Cite e explique 3 desvantagens que inviabilizam em alguns casos o uso de 
estruturas metálicas. 
 
7) Relacione o uso da estrutura metálica com a redução dos custos de 
fundações. Além disso, explique porque utilizar contraventamento em V pode 
minimizar essa vantagem de redução de custo. 
 
8) Com relação ao tipo de sistema estrutural com elementos mistos, marque V 
ou F: 
( ) A construção em sistema misto é competitiva para estruturas de vãos 
médios a elevados, grandes balanços, locais de difícil acesso e solos de baixa 
capacidade resistente, caracterizando-se pela rapidez de execução e pela 
significativa redução do peso total da estrutura quando comparado aos 
sistemas convencionais de concreto armado. 
( ) Denomina-se estrutura mista aço-concreto os sistemas estruturais 
formados por elementos de diferentes matérias, por exemplo, vigas de 
concreto pré-moldado, pilares de aço e lajes em concreto moldado in loco. 
Esses sistemas são normalmente empregados na construção de pontes e 
edificações. 
( ) O sistema de lajes mistas consiste na utilização de uma forma 
permanente, nervurada, de aço estrutural, como suporte para o concreto antes 
da cura e da atuação das ações de utilização. Após a cura do concreto, os dois 
materiais solidarizam-se estruturalmente, formando o sistema misto. A forma 
de aço substitui então a armadura positiva da laje. Assim, o comportamento 
misto é alcançado após a cura do concreto da laje, quando a forma de aço 
transmite as tensões cisalhantes horizontais na interface com o concreto 
através de ligações mecânicas fornecidas por saliências e reentrâncias 
existentes na forma (mossas). 
( ) Os pilares mistos, de maneira geral, são constituídos por um ou mais 
perfis de aço, preenchidos ou revestidos de concreto. A combinação dos dois 
materiais em pilares mistos propicia, além da proteção ao fogo e à corrosão, o 
aumento da resistência do pilar. Essa combinação contribui para o aumento 
na rigidez da estrutura aos carregamentos horizontais. A maior ductilidade é 
outro ponto que diferencia os pilares mistos quando comparados aos pilares 
de concreto armado. 
 
9) De acordo com a NBR 8800:2008 (Projeto de estruturas de aço e estruturas 
mistas de aço e concreto de edifícios), para a determinação dos valores de 
cálculo, é necessário utilizar os coeficientes de ponderação das ações. Essa 
norma estabelece que o coeficiente de ponderação é composto por três 
parcelas, que consideram a: 
a) variabilidade, a simultaneidade da atuação e os possíveis erros de avaliação 
dos efeitos das ações 
b) variabilidade, as combinações últimas e as combinações de serviço das ações 
c) intensidade, a variabilidade e a simultaneidade da atuação das ações 
d) intensidade, o sentido e os possíveis erros de avaliação dos efeitos das ações 
e) simultaneidade da atuação, as combinações de serviço e os possíveis erros de 
avaliação dos efeitos das ações 
 
10) Cite duas ações horizontais que podem constar no projeto de um galpão em 
estrutura metálica. 
 
11) O encruamento do aço pode ser definido como sendo o seu endurecimento por 
deformação plástica a frio. Na ocorrência desse processo, pode-se afirmar que o 
aço: 
a) diminui a resistência e aumenta a tensão de escoamento 
b) aumenta a resistência e diminui o alongamento 
c) diminui a dureza e aumenta a resistência à corrosão 
d) aumenta a ductilidade e diminui a dureza. 
12) Defina os termos a seguir: 
a) Tenacidade 
b) Ductibilidade 
c) Fragilidade 
d) Plasticidade 
e) Elasticidade 
 
13) Como consequência das composições químicas distintas, explique a diferença 
entre o aço carbono e o aço baixa liga. Explique, também, como as adições 
favorecem o aço baixa liga. 
 
14) Comente sobre a corrosão eletroquímica evidente nas vigas do PVB. 
 
15) Comente sobre o processo de corrosão galvânica e cite um ponto crítico onde 
essa corrosão pode surgir no caso de lajes mistas. 
 
16) Defina o que é um aço patinável e como ele atua na prevenção/combate à 
corrosão. Além disso, explique porque não é viável a instalação de perfis em aço 
patinável em ambientes pouco agressivos, como a cidade de Viçosa. 
 
17) Explique, tecnicamente, o sistema construtivo Steel Deck. Comente, também, 
sobre a importância das armaduras negativas sobre as vigas mesmo no caso 
desse sistema. 
 
18) Com relação às principais siderúrgicas brasileiras, correlacione a indústria com 
o produto final: 
 
a) Gerdau 
b) Usiminas 
c) Vallourec & Mannesman 
d) Aperan 
 
( ) Tubos sem costura 
( ) Aço inoxidável 
( ) Chapas metálicas 
( ) Perfis metálicos 
 
19) Diferencie quanto à geometria e à inércia os perfis metálicos americanos e os 
perfis metálicos europeus. 
 
20) Cite e comente os três estágios de um incêndio e um ponto crítico da curva. 
Além disso, explique o equívoco da curva de incêndio proposta pela ISO 834. 
 
21) Tratando-se de medidas de proteção a incêndios, diferencie medidas passivas de 
medidas ativas e cite 3 de cada uma. 
 
22) Comente a respeito das frases a seguir: 
a) Toda e qualquer estrutura obriga a utilização da proteção passiva contra 
incêndios. 
b) Após o flashover do incêndio, apenas a proteção passiva se mostrará 
realmente útil. 
 
23) Explique o que são tensões residuais e como elas podem afetar o 
comportamento de estruturas metálicas como pilares. Defina, ainda, o que é a 
tensão limite de proporcionalidade (p) 
 
24) Diferencie quanto o caráter estatístico o Método das Tensões Admissíveis 
(MTA) do Método dos Estados Limites (MEL). 
 
25) Marque V ou F: 
( ) Para fazer a análise estrutural de uma indústria em estrutura metálica que 
apresenta grandes deteriorações físicas e alguns deslocamentos significativos 
nos apoios, é recomendável que se faça uma análise linear de 2ª ordem. 
( ) Por definição, atinge-se o ELU quando qualquer um dos fatos a seguir 
ocorrer: ruptura da estrutura, instabilidade global, instabilidade parcial, 
deformações plásticas excessivas e perda de equilíbrio. 
( ) Pela distribuição estatística das solicitações e das resistências, o 
dimensionamento das estruturas possui uma faixa de segurança de 10%. 
( ) Enquanto 1 e 3 são utilizados para o cálculo de g e q, o coeficiente 2 é 
inserido no fator de combinação 0. 
( ) Quanto maior a insegurança/imprecisão na determinação de um esforço ou 
resistência, menorserá o coeficiente de ponderação. 
( ) O número de combinações a serem calculadas é igual ao número de ações 
variáveis determinadas para a estrutura em questão. 
 
26) Explique a razão de inserir o coeficiente 0 no cálculo das combinações de 
ações. 
 
27) Uma viga de edifício comercial está sujeita a momentos fletores oriundos de 
diferentes cargas: 
 - peso próprio de estrutura metálica Mg1 = 10 kNm 
 - peso de outros componentes não-metálicos permanentes Mg2 = 50 kNm 
 - ocupação da estrutura Mq = 30 kNm 
 - vento Mv = 20 kNm 
 Calcular o momento fletor solicitante de projeto Md 
R: 144,8 KN.m 
 
28) Um montante tracionado de uma treliça em tesoura utilizada na cobertura de um 
galpão industrial está sujeito à solicitação axial, oriunda as seguintes cargas, 
com seus respectivos valores: 
 - peso próprio da treliça Ng1 = 5 kN 
- peso das telhas e elementos de fixação Ng2 = 10 kN 
- sobrecarga de manutenção do telhado Nq = 15 kN 
- vento (sucção) Nv = 12 kN 
Calcular a solicitação axial de projeto Nd. 
R: 53,1 KN 
 
 
 
ACHEI ESSE TEXTÃO BEM MASSA E EXPLICA BASTANTE GRANDE PARTE 
DA MATÉRIA, AI COPIEI ELE AQUI PRA FACILITAR 
 
1. Introdução 
Desde o século XVIII, quando se iniciou a utilização de estruturas metálicas na 
construção civil até os dias atuais, o aço tem possibilitado aos arquitetos, engenheiros e 
construtores, soluções arrojadas, eficientes e de alta qualidade.Das primeiras obras - 
como a Ponte Ironbridge na Inglaterra, de 1779 - aos ultramodernos edifícios que se 
multiplicaram pelas grandes cidades, a arquitetura em aço sempre esteve associada à 
idéia de modernidade, inovação e vanguarda, traduzida em obras de grande expressão 
arquitetônica e que invariavelmente traziam o aço aparente.No entanto, as vantagens na 
utilização de sistemas construtivos em aço vão muito além da linguagem estética de 
expressão marcante; redução do tempo de construção, racionalização no uso de 
materiais e mão de obra e aumento da produtividade, passaram a ser fatores chave para 
o sucesso de qualquer empreendimento. 
Essas características que transformaram a construção civil no maior mercado para os 
produtores de aço no exterior, começam agora a serem percebidas por aqui. Buscando 
incentivar este mercado e colocar o Brasil no mesmo patamar de desenvolvimento 
tecnológico de outros países, a COSIPA vem oferecer uma vasta gama de aços para 
aplicação específica na construção civil. 
Produzidos com os mais avançados processos de fabricação, os aços COSIPA têm 
qualidade garantida através das certificações ISO 9001 e ISO 14001.A competitividade 
da construção metálica tem possibilitado a utilização do aço em obras como: edifícios 
de escritórios e apartamentos, residências, habitações populares, pontes, passarelas, 
viadutos, galpões, supermercados, shopping centers, lojas, postos de gasolina, 
aeroportos e terminais rodo-ferroviários, ginásios esportivos, torres de transmissão, etc. 
2. Vantagens no uso do Aço 
O sistema construtivo em aço apresenta vantagens significativas sobre o sistema 
construtivo convencional: 
 Liberdade no projeto de arquitetura - A tecnologia do aço confere aos arquitetos total 
liberdade criadora, permitindo a elaboração de projetos arrojados e de expressão 
arquitetônica marcante. 
 Maior área útil - As seções dos pilares e vigas de aço são substancialmente mais 
esbeltas do que as equivalentes em concreto, resultando em melhor aproveitamento do 
espaço interno e aumento da área útil, fator muito importante principalmente em 
garagens. 
 Flexibilidade - A estrutura metálica mostra-se especialmente indicada nos casos onde 
há necessidade de adaptações, ampliações, reformas e mudança de ocupação de 
edifícios. Além disso, torna mais fácil a passagem de utilidades como água, ar 
condicionado, eletricidade, esgoto, telefonia, informática, etc. 
 Compatibilidade com outros materiais - O sistema construtivo em aço é perfeitamente 
compatível com qualquer tipo de material de fechamento, tanto vertical como 
horizontal, admitindo desde os mais convencionais (tijolos e blocos, lajes moldadas in 
loco) até componentes pré-fabricados (lajes e painéis de concreto, painéis "drywall", 
etc). 
 Menor prazo de execução- A fabricação da estrutura em paralelo com a execução das 
fundações, a possibilidade de se trabalhar em diversas frentes de serviços 
simultaneamente, a diminuição de formas e escoramentos e o fato da montagem da 
estrutura não ser afetada pela ocorrência de chuvas, pode levar a uma redução de até 
40% no tempo de execução quando comparado com os processos convencionais. 
 Racionalização de materiais e mão-de-obra- Numa obra, através de processos 
convencionais, o desperdício de materiais pode chegar a 25% em peso. A estrutura 
metálica possibilita a adoção de sistemas industrializados, fazendo com que o 
desperdício seja sensivelmente reduzido. 
 Alívio de carga nas fundações - Por serem mais leves, as estruturas metálicas podem 
reduzir em até 30% o custo das fundações. 
 Garantia de qualidade - A fabricação de uma estrutura metálica ocorre dentro de uma 
indústria e conta com mão-de-obra altamente qualificada, o que dá ao cliente a garantia 
de uma obra com qualidade superior devido ao rígido controle existente durante todo o 
processo industrial. 
 Antecipação do ganho - Em função da maior velocidade de execução da obra, haverá 
um ganho adicional pela ocupação antecipada do imóvel e pela rapidez no retorno do 
capital investido. 
 Organização do canteiro de obras - Como a estrutura metálica é totalmente pré-
fabricada, há uma melhor organização do canteiro devido entre outros à ausência de 
grandes depósitos de areia, brita, cimento, madeiras e ferragens, reduzindo também o 
inevitável desperdício desses materiais. O ambiente limpo com menor geração de 
entulho, oferece ainda melhores condições de segurança ao trabalhador contribuindo 
para a redução dos acidentes na obra. 
 
 Reciclabilidade - O aço é 100% reciclável e as estruturas podem ser desmontadas e 
reaproveitadas. 
 
 Preservação do meio ambiente - A estrutura metálica é menos agressiva ao meio 
ambiente pois além de reduzir o consumo de madeira na obra, diminui a emissão de 
material particulado e poluição sonora geradas pelas serras e outros equipamentos 
destinados a trabalhar a madeira. 
 Precisão construtiva - Enquanto nas estruturas de concreto a precisão é medida em 
centímetros, numa estrutura metálica a unidade empregada é o milímetro. Isso garante 
uma estrutura perfeitamente aprumada e nivelada, facilitando atividades como o 
assentamento de esquadrias, instalação de elevadores, bem como redução no custo dos 
materiais de revestimento. 
 
(clique nas imagens para ampliá-las) 
3. Aspectos de Projeto 
 
3.1. Definição do Partido Arquitetônico 
Estrutura metálica aparente ou revestida? Essa é a primeira decisão que o arquiteto deve 
tomar ao trabalhar com estrutura de aço. Ao contrário do que muitos possam pensar, a 
maior parte das obras em aço existentes no exterior são realizadas com o aço revestido. 
Essa solução, que pode significar redução nos custos de pintura e proteção contra 
incêndios, deve ser adotada quando o que importa são as inúmeras vantagens do aço 
como material estrutural e não a "estética do aço". Cabe ao arquiteto definir qual a 
solução mais adequada para cada obra. Nessa etapa do projeto é interessante uma 
consulta a um calculista que poderá orientar sobre as melhores alternativas. 
3.2. Detalhamento 
É necessário um bom detalhamento do projeto estrutural que leve em conta possíveis 
interferências com os projetos de instalações elétricas, hidráulicas, ar condicionado, etc. 
e evitar improvisações no canteiro de obras. Independentemente do tipo de aço e do 
esquema de pintura empregados, alguns cuidados básicos nas etapas de projeto, 
fabricação e montagem da estrutura podem contribuir significativamente para melhorara resistência à corrosão: 
 Evitar regiões de empoçamento de água e deposição de resíduos; 
 Prever furos de drenagem em quantidade e tamanho suficiente; 
 Permitir a circulação de ar por todas as faces dos perfis para facilitar a secagem; 
 Garantir espaço suficiente e acesso para realização de manutenção (pintura, etc.); 
 Impedir o contato direto de outros metais com o aço para evitar o fenômeno de corrosão 
galvânica; 
 Evitar peças semi-enterradas ou semi-submersas. 
 
http://wwwo.metalica.com.br/images/stories/artigos-tecnicos/CONSTRUCOES-METALICAS/Id74-maiores/construcoes-metalicas-2.jpg
http://wwwo.metalica.com.br/images/stories/artigos-tecnicos/CONSTRUCOES-METALICAS/Id74-maiores/construcoes-metalicas-3.jpg
3.3. Ligações 
 
Outro ponto importante na etapa de projeto, é a definição do sistema de ligação a ser 
adotado entre os elementos que compõem a estrutura metálica como: vigas, pilares e 
contraventamentos. 
É fundamental que os elementos de ligação (chapas, parafusos, soldas, etc.) apresentem 
resistência mecânica compatível com o aço utilizado na estrutura. A escolha criteriosa 
entre um sistema de ligação soldado e/ou parafusado, pode significar uma obra mais 
econômica e tornar a montagem mais rápida e funcional. Alguns aspectos são 
importantes para essa escolha: 
 Condições de montagem no local da obra 
 Grau de dificuldade para fabricação da peça 
 Padronização das ligações 
Se a intenção do projeto for deixar as estruturas aparentes, o desenho das ligações 
assume uma importância maior. O formato, posição e quantidade de parafusos, chapas 
de ligação e nervuras de enrijecimento, são alguns dos itens que podem ter um forte 
apelo estético se convenientemente trabalhados pelo arquiteto em conjunto com o 
engenheiro calculista. 
Ligações Soldadas 
Para que se tenha um maior controle de qualidade, as ligações soldadas devem ser 
executadas sempre que possível na fábrica. É o tipo de ligação ideal para união de peças 
com geometria complicada. 
Os processos de soldagem mais utilizados são a solda a arco elétrico, que pode ser 
manual ou com eletrodo revestido e automática, com arco submerso. Quando a obra 
empregar aços resistentes à corrosão atmosférica (família COS AR COR) deve-se 
empregar eletrodos apropriados. 
Ligações Parafusadas 
 
As ligações parafusadas podem utilizar dois tipos de parafusos: 
 comuns: apresentam baixa resistência mecânica, sendo portanto utilizados em ligações 
de peças secundárias como guarda-corpos, corrimãos, terças e outras peças pouco 
solicitadas 
 alta resistência: são especificados para ligações de maior responsabilidade. Devido à 
característica de alta resistência, as ligações geralmente tem um número mais reduzido 
de parafusos, além de chapas de ligação menores. 
É importante destacar que, quando a obra empregar aços resistentes à corrosão 
atmosférica (família COS AR COR) deve-se empregar parafusos de aço com as mesmas 
características. 
Não é recomendada a utilização de parafusos e porcas galvanizados sem pintura em 
estruturas de aço carbono comum ou resistentes à corrosão atmosférica. A diferença de 
potencial eletroquímico entre o revestimento de zinco e o aço da estrutura pode 
ocasionar uma corrosão acelerada da camada de zinco. 
 
 
4. Peso da Estrutura 
Para a elaboração de estimativas de custo, é necessário se conhecer o peso da estrutura 
metálica. Apresentamos a seguir, para efeito ilustrativo, uma tabela com o peso 
estimado da estrutura metálica em função dos diversos tipos de construção. 
 
5. Fechamentos 
As estruturas metálicas permitem grande flexibilidade quando o assunto é a escolha dos 
sistemas de fechamento horizontal (lajes) e vertical (paredes). De maneira geral, 
podemos dizer que é possível utilizar todas as alternativas de fechamento existentes no 
mercado, desde as mais convencionais até as mais inovadoras. 
A especificação dependerá do tipo de projeto e de suas características específicas: 
exigências econômicas, estéticas, necessidade de rapidez de execução, etc. Dessa forma, 
o arquiteto tem total liberdade para optar pelo uso da solução mais adequada. 
5.1. Fechamentos Horizontais 
 
Dentre os diversos tipos de lajes usualmente empregadas, podemos destacar as 
seguintes: • laje de concreto moldada "in loco"; • laje de painel armado de concreto 
celular; • laje pré-fabricada protendida; • pré-laje de concreto; • laje mista; • laje 
de painel de madeira e fibrocimento; • laje com forma metálica incorporada - "steel 
deck". 
 
http://wwwo.metalica.com.br/images/stories/artigos-tecnicos/CONSTRUCOES-METALICAS/Id74-maiores/construcoes-metalicas-4.jpg
http://wwwo.metalica.com.br/images/stories/artigos-tecnicos/CONSTRUCOES-METALICAS/Id74-maiores/construcoes-metalicas-5.jpg
http://wwwo.metalica.com.br/images/stories/artigos-tecnicos/CONSTRUCOES-METALICAS/construcao-metalica-tabela-edificacao.jpg
5.2. Fechamentos Verticais 
 
Igualmente como acontece com as lajes, as estruturas metálicas possuem 
compatibilidade com uma grande diversidade de materiais de vedação. Destacamos 
abaixo algumas dessas soluções: 
 alvenarias: de tijolos de barro, blocos cerâmicos, blocos de concreto ou de concreto 
celular; 
 painéis: de concreto celular, concreto colorido, solo-cimento, aço, gesso acartonado 
("dry-wall"). 
É importante deixar claro que não existem fatores de ordem técnica que impeçam o uso 
de estruturas metálicas em conjunto com alvenarias. 
Para tanto é necessário apenas que o projetista detalhe as uniões entre os diferentes 
materiais o que evitará o aparecimento de patologias como trincas ou fissuras. Entre os 
detalhes mais comumente empregados podemos destacar: 
 junta pilar/alvenaria: utilização de barras de aço de espera (também conhecida como 
"ferro cabelo"), com 5 mm de diâmetro e 30 a 40 cm de comprimento, soldadas ao perfil 
aproximadamente a cada 40 cm e solidarizadas à alvenaria durante o seu assentamento; 
 junta viga/alvenaria: aplicar entre a face inferior da viga e a alvenaria, material 
deformável (cortiça, isopor ou poliestireno) arrematados por mata-juntas ou selantes 
flexíveis. 
Com relação aos demais materiais utilizados como fechamento, é necessário consultar 
os catálogos técnicos de seus respectivos fabricantes, onde poderão ser encontradas 
informações úteis com relação às melhores soluções de detalhamento entre a estrutura e 
o conjunto de vedação. 
 
6. Aços para a Construção Civil 
 
Existem diversos tipos de aços adequados para utilização em estruturas metálicas. 
Alguns dos mais empregados conforme tabela são: 
 
 
7. Estruturas Revestidas 
Excetuando-se os aços COS AR COR, que sob determinadas condições podem ser 
utilizados sem pintura, todos os demais aços estruturais para a construção requerem 
algum tipo de revestimento para proteção contra os efeitos da corrosão atmosférica. 
Nos países desenvolvidos, a grande maioria das edificações em aço tem a estrutura 
revestida. Esta técnica permite uma redução nos custos dos itens pintura e proteção 
contra incêndio. 
Existem várias formas de revestimento sendo as mais usuais: utilização de diversos 
tipos de painéis industrializados, projeção de argamassas, encapsulamento com 
alvenarias ou concreto. 
8 Estruturas Aparentes 
Em estruturas metálicas aparentes, recomenda-se a utilização dos aços resistentes à 
corrosão da família COS AR COR. A estrutura aparente poderá eventualmente ficar 
sem nenhum tipo de pintura quando empregada em atmosfera urbana, rural ou industrial 
não muito severa. 
Para que seja possível o uso da estrutura de aço aparente sem pintura, deve-se efetuar 
uma análise prévia do local e das condições de utilização sendo imprescindível que 
ocorram ciclos alternados de molhamento (chuva e umidade) e secagem (sol e vento), e 
que o aço esteja exposto a atmosferas que contenham substâncias químicas que 
favoreçam sua formação, como SO2 para que haja a formaçãoda camada de pátina 
inibidora do processo corrosivo. 
Óxidos provenientes de laminação (carepa), resíduos de óleo , graxa e respingos de 
solda devem ser totalmente removidos de modo a permitir a perfeita formação da pátina, 
processo que pode levar de um a três anos para se completar. 
http://wwwo.metalica.com.br/images/stories/artigos-tecnicos/CONSTRUCOES-METALICAS/construcao-metalica-tabela-aco.jpg
O projeto estrutural deve evitar regiões de estagnação de água e resíduos, pois isso 
propicia a dissolução da pátina. Se não puderem ser eliminadas do projeto, essas regiões 
assim como partes da estrutura não expostas à ação do intemperismo, regiões de juntas 
móveis e frestas, devem ser convenientemente protegidas. 
9. Pintura 
 
Na elaboração de um sistema de pintura devem ser considerados dados como: o meio 
ambiente e sua agressividade, o tipo de tinta, a preparação da superfície, a seqüência de 
aplicação, o número de demãos, as espessuras, o tipo de aplicação e as condições de 
trabalho a que estará submetida a superfície. 
É importante destacar que não basta ter o melhor esquema de pintura definido - o 
preparo da superfície a ser pintada é um fator determinante para o bom desempenho do 
sistema. 
Durante sua aplicação a superfície deverá estar isenta de pó, ferrugens, carepas, óleos ou 
graxas e a umidade relativa do ar não deverá estar superior a 85%. 
9.1. Preparo da Superfície 
As técnicas de preparo de superfície mais comumente utilizadas são: 
 Limpeza Manual: remoção de materiais soltos (carepas, restos de pintura e ferrugem) 
com uso de ferramentas manuais (martelos, picadores, espátulas, escovas, etc.); 
 Limpeza Mecânica: remoção de materiais soltos (carepas, restos de pinturas e 
ferrugem) com uso de ferramentas mecânicas (escovas rotativas, pistola de agulhas, 
lixadeiras rotativas). Apresenta maior rendimento que a limpeza manual. Ideal para 
áreas pequenas ou de difícil acesso, devido ao seu maior custo; 
 Jateamento: remoção de óleos, graxas, carepas de laminação, restos de pintura, 
ferrugem, com uso de jatos abrasivos (areia ou granalha de aço) impelidos por ar 
comprimido. A remoção dos resíduos varia com os diversos graus de limpeza, a 
saber: Jato Abrasivo Ligeiro 
- Jato Abrasivo Comercial 
- Jato Abrasivo ao Metal Quase Branco 
- Jato Abrasivo ao Metal Branco 
 
10. Resistência ao Fogo 
Todo material perde resistência mecânica quando exposto a ação de altas temperaturas, 
como as que ocorrem em situações de incêndio. Desta forma, o projeto estrutural deve 
antecipar esta possibilidade, evitando um possível colapso da estrutura e garantindo a 
segurança dos ocupantes desta e de edificações próximas, além de minimizar perdas 
econômicas. 
10.1. Isenção 
No Estado de São Paulo algumas edificações estruturadas em aço são isentas de 
proteção contra incêndio: 
 Edificações com área total menor ou igual a 750 m2; 
 Edificações com até dois pavimentos cuja área total seja menor ou igual a 1500 m2 e 
carga de incêndio específica inferior ou igual a 700 MJ/m2 excluindo-se museus, 
teatros, cinemas, auditórios, boates, restaurantes e clubes sociais. 
 Centros esportivos, estações de terminais de passageiros e construções provisórias 
(circos e assemelhados) com altura inferior a 23m, exceto as regiões de ocupação 
distinta; 
 Depósitos de baixo risco de incêndio (tijolos, pedras, areias, cimentos, metais e 
materiais incombustíveis) com altura inferior a 23m; 
 Garagens com ou sem acesso de público, e sem abastecimento, com altura até 23m, 
abertas lateralmente. Ressaltamos porém que é necessário consulta às Normas 
Brasileiras de Proteção ao Fogo, em especial a NBR 14323 (Dimensionamento de 
estruturas de aço de edifícios em situação de incêndio) bem como aos regulamentos do 
Corpo de Bombeiros de cada estado para certificar-se da isenção ou não de uma obra 
quanto a proteção ao incêndio. 
10.2. Proteção 
Existem dois tipos básicos de proteção: ativa (uso de sprinklers, alarmes, etc.) e passiva. 
A proteção passiva abrange aspectos de projeto da edificação (uso de portas corta-fogo, 
compartimentação dos ambientes, etc.) e a proteção dos elementos estruturais contra o 
fogo. A definição do tipo de proteção é feita na etapa de projeto, assegurando-se assim a 
especificação do material mais indicado para cada caso. Dentre os materiais mais 
comumente utilizados, podemos citar: 
 Argamassa de Asbesto: constituída de fibras de amianto com cimento. Aplicação por 
spray; 
 Argamassa de Vermiculita: argamassa de agregado leve, à base de vermiculita. 
Aplicação por spray ou com o uso de espátulas; 
 Mantas de fibras cerâmicas: utilizada como revestimento tipo contorno ou como 
revestimento tipo caixão; 
 Mantas de lã de rocha: utilizada como revestimento tipo contorno ou como revestimento 
tipo caixão; 
 Argamassa composta de gesso e fibras: aplicação por spray; 
 Concreto/Alvenaria: revestimento ou encapsulamento da estrutura metálica com 
concreto ou alvenaria; 
 Tinta intumescente: revestimento fogo-retardante, que submetido ao incêndio 
transforma-se em volumosa camada, parecida com uma esponja. É a solução ideal 
quando há intenção de se deixar a estrutura aparente. Aplicação por pintura. 
 
 
COMO ELE FALOU BASTANTE DO JATEAMENTO SA 2 ½, ACHEI UM 
RESUMO SOBRE OS JATEAMENTOS: 
GRAUS DE INTEMPERÍSMO: 
- GRAU A : Superfície de aço inteiramente recoberta por carepa de laminação, intacta 
aderente e sem corrosão. 
- GRAU B : Superfície de aço com princípio de corrosão a da qual a carepa de 
laminação começa a destacar-se. 
- GRAU C: Superfície de aço onde a carepa de laminação foi eliminada pela ação da 
corrosão ou pode ser removida por raspagem, podendo apresentar pequenas cavidades. 
- GRAU D: Superfície de aço da qual a carepa de laminação tenha sido removida pela 
ação da corrosão, e que apresenta grande formação de cavidades visíveis. 
 
Pré-limpeza 
Antes de preparar a superfície por um dos métodos a seguir, é essencial a remoção de 
todo óleo, graxa e contaminantes em geral, através de limpeza com solventes, 
detergentes, emulsões, vapor, etc. Vale salientar que este processo não remove ferrugem 
nem escamas. Quanto à segurança, são necessárias precauções 
quando do uso de solventes, não só pela inflamabilidade, como também pela sua 
toxidez. 
- Limpeza manual- Padrão St 2 
Raspagem, lixamento ou escovamento manual de forma cuidadosa, para remoção de 
toda carepa de laminação solta, oxidação, respingos de solda e outras impurezas. 
Limpa-se a seguir com ar comprido ou escova limpa, deixando a superfície com leve 
brilho metálico, porém com riscos. 
- Limpeza Manual- Padrão St 3 
Raspagem, lixamento ou escovamento manual ou mecânico de forma cuidadosa. A 
limpeza deve-se proceder da mesma maneira que o padrão St 2, porém, de uma forma 
mais minuciosa.Após a limpeza e escovamento, a superfície apresentará intenso brilho 
metálico, porém com riscos. 
- Jateamento Ligeiro ( Brush-Off) – Padrão Sa 1 
O jato é aplicado rapidamente e remove a carepa de laminação solta e outras impurezas. 
Este tratamento não se aplica a superfícies que apresentam grau A de intemperísmo. 
- Jateamento Comercial – Padrão Sa 2 
Jateamento cuidadoso a fim de remover praticamente toda a laminação, óxidos e 
partículas estranhas. Caso a superfície possua cavidades (pites) apenas ligeiros resíduos 
poderão ser encontrados no fundo da cavidade, porém 2/3 de uma área de 1 polegada 
quadrada deverão estar livres de resíduos visíveis. Após o tratamento a superfície deve 
apresentar uma coloração acinzentada. Este padrão não se aplica a superfícies com grau 
A . 
- Jateamento ao metal quase branco –Padrão Sa 2 ½ 
Jateamento total ao metal branco. Elimina-se toda carepa de laminação, óxidos e outras 
partículas estranhas de modo que a superfície fique totalmente livre de resíduos visíveis. 
Após a limpeza, a superfície deverá apresentar cor cinza. Pelo menos95% da superfície 
deverá estar isenta de qualquer vestígio visível, e os demais 5% podem apresentar 
apenas ligeiras sombras ou descolorações. Lembrar que o jateamento abrasivo não 
remove por completo óleos, graxas e gorduras, esses resíduos devem ser removidos 
antes de qualquer jateamento. 
- Jateamento ao metal branco – Padrão Sa 3 
Jateamento total ao metal branco. Elimina-se toda carepa de laminação, óxidos e outras 
partículas estranhas de modo que a superfície fique totalmente livre de resíduos visíveis. 
Após a limpeza, a superfície deverá apresentar cor cinza clara e uniforme.

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