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Módulo B – Fase I – Ano 2021 
Cursos de Licenciatura em Pedagogia
Estudo de caso
Tema: Religião/ religiosidade 
 
Roseli Ferreira Pimentel
Ru:3344486
Na América Latina, a religiosidade tem sido construída a partir da totalidade europeia sobre a ‘alteridade’ ameríndia e negra, como reflete Dussel (1980), Zea (2005), e também é percebido no resgate das críticas de Frei Bartolomeu de Las Casas (2011) e de Francisco de Vitória, um expoente de Salamanca (Espanha) ao abordar o período colonial dentro da Escolástica Barroca (PICH, 2012). A religião, como uma instituição social, também atribui sentido ao uso do corpo". 
 No Brasil, é comum vermos algumas manifestações da influência religiosa no esporte, independente da modalidade praticada. Ela é representada por exemplo, em gestuais, como o sinal da cruz feito por um atleta antes de entrar em jogo ou outra disputa esportiva. Também é demonstrada na oralidade, por exemplo, quando um atleta agradece "primeiramente a Deus" pela sua conquista, ou seja, as religiões existentes no Brasil exercem forte influência nas práticas corporais.
Temos no Brasil diversos movimentos religiosos que procuram usar o esporte como um meio para promover seus ensinamentos e dogmas. O movimento Atleta de Cristo,por exemplo, surgiu na década de 1980 com o objetivo de "levar o atleta a Jesus .A formação do ser humano está ligada à construção do lugar onde ele habita que envolve desde o ambiente natural,até as influências que ele recebeu na vida pretérita.
 Sanches (2004, p. 38) estabelece que “é necessário reconhecer que os conceitos religiosos se formam a partir da cultura e que a comunhão de fé é determinada pelo que envolve o todo de uma sociedade”.
O fato de a religião ser a relação com o transcendente é compreendido na diversidade das relações humanas, envolvendo pessoas, famílias, grupos, locais e, dessa maneira, as culturas. Sanches (2010) estabelece que, na percepção da diversidade religiosa, é preciso ter um bom conhecimento de cultura para se entender a religiosidade deste ou daquele grupo.
Em se fazendo uma pequena digressão histórica na América Latina e no Brasil, percebe-se que o religioso, desde as tomadas de posse do Novo Mundo, foi uma imposição da totalidade europeia que precisavam se impor sobre as totalidades ameríndias para garantir sua preponderância cultural. Isso trouxe a destruição das totalidades ameríndias e de suas identidades locais e culturais.
A religião é a manifestação do sagrado que são atenuadores do “[...] terror diante da finitude da vida e impõe obediência a valores morais vitais para a sobrevivência humana” (CASTILHO, 2006, p. 148). 
Considerando que a escola não é espaço para ensinar a religião ou convicções de uma determinada confessionalidade, mas lugar de construção de conhecimentos sobre a diversidade cultural religiosa brasileira e mundial, cabe aos educadores e aos educandos refletir sobre as diversas experiências religiosas que os cercam; analisar o papel dos movimentos e tradições religiosas na estruturação e manutenção das diferentes culturas; compreender que cada sujeito ou grupo social possui seus próprios referenciais para lidar com os desafios da vida cotidiana e, acima de tudo, execrar toda e qualquer forma de discriminação e preconceito.
Oportunizar tempos, espaços e lugares ao estudo científico e respeitoso da diversidade cultural religiosa, entendida como patrimônio da humanidade (UNESCO, 2001), significa romper com relações de poder que encobrem e naturalizam estereótipos, discriminações e preconceitos. Reconhecer o religioso em sua diversidade, em vez de excluí-lo da escola, ou aprisioná-lo sob os imperativos de uma perspectiva proselitista, implica mudar não apenas as intenções do que se quer transmitir, mas os processos internos que são desenvolvidos. Essa mudança necessária perpassa a utilização de outra base epistemológica, de perspectiva intercultural, bem como a adoção de outros métodos pedagógicos que abarquem a complexidade das culturas e das relações humanas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRÉ, M. G.; LOPES, R. P. A construção do humano. In: MARTINI, A. et al. O humano, lugar do sagrado. 2. ed. São Paulo: Olho d’Água, 1995. p. 5-14.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: pluralidade cultura, orientação sexual. Brasília: MEC/SEF, 1997.
 Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade.

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