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TCC NEUROPSICOPEDAGOGIA

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FACULDADE ÚNICA 
CÍNTIA APARECIDA LOPES SILVEIRA
BENEFÍCIOS DA NEUROPSICOPEDAGOGIA PARA INDIVÍDUO COM TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH)
RIO ESPERA-MG
2021
FACULDADE ÚNICA
CÍNTIA APARECIDA LOPES SILVEIRA
BENEFÍCIOS DA NEUROPSICOPEDAGOGIA PARA O INDIVÍDUO COM TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH)
Artigo Científico apresentado à Faculdade Única, como parte das exigências para a obtenção do título de pós-graduação em Neuropsicopedagogia.
RIO ESPERA-MG
2021
BENEFÍCIOS DA NEUROPSICOPEDAGOGIA PARA O INDIVÍDUO COM TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH)
Cíntia Aparecida Lopes Silveira
RESUMO
O presente artigo apresenta uma discussão sobre os benefícios da neuropsicopedagogia com o indivíduo com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) com a finalidade de entender a sua importância para com o desenvolvimento e aprendizado no ambiente escolar. Por essa razão, traz um breve relato da Neuropsicopedagogia e TDAH, baseados em autores, pois neste contexto, o artigo é de caráter bibliográfico. Depois deste estudo, se conclui que a aprendizagem e o desenvolvimento devem ser completo, consecutivo e que abranja fatores psicológicos, biológicos, culturais e vivências. Afinal a aprendizagem como um tudo deve ser contínua para qualquer indivíduo que tenha ou não TDAH, e com isso, é fundamental compreender o cérebro humano e seu funcionamento em relação a aprendizagem.
PALAVRA-CHAVE: Neuropsicopedagogia. TDAH. Indivíduo. Neurociência.
Introdução
O presente artigo tem como finalidade trazer uma pesquisa bibliográfica objetivando buscar a retratar os benefícios da neuropsicopedagogia para com o indivíduo com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). A metodologia utilizada partiu-se de um estudo de referencial bibliográfico tendo como pressupostos teóricos os mencionados autores: Peterli (2017), Kandel, Schwartz e Jessell (1997), Rodrigues (2010), Scander (2009), Topczewski (2009), Vygotsky (1079), Luria e Leontiev.
A neuropsicologia tem como finalidade de estudar a relação entre o cérebro e o comportamento, pois assim é possível compreender através do cérebro como o ser humano aprende e age. Deste modo, este estudo busca entender neuropsicopedagogia, para compreender como ela pode ajudar o indivíduo com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), assim como também, ajudar pais e professores a entender melhor este transtorno. Lembrando que o indivíduo com TDAH precisa de um acompanhamento multidisciplinar para garantir seus benefícios para ter uma melhor qualidade de vida, especialmente, quando se fala em aprendizagem.
Afinal, o indivíduo com TDAH possui dificuldades como desatenção, memória reduzida, irritabilidade, agitação, falta de concentração, dentre outros aspectos. Segundo Dr. Dinizar (2003), este transtorno é considerado uma doença relacionada à produção de neurotransmissores que são substâncias produzidas em maior ou menor quantidade no sistema nervoso central. Por conseguinte, a neuropsicopedagogia pode beneficiar o indivíduo com este tipo de transtorno.
Desenvolvimento
A neuropsicopedagogia é transdisciplinar e é baseada na neurociência, com a finalidade de estudar a relação entre a aprendizagem e o cérebro. Ela é um novo campo que está ajudando a compreender os processos de ensino-aprendizagem, principalmente, vem contribuindo para compreensão do sistema nervoso e sua relação com as dificuldades de aprendizagem. Portanto, ajuda os educadores a entender como o cérebro do indivíduo trabalha no momento de filtrar suas informações. 
Segundo Vygotsky (1979), a aprendizagem facilita o desenvolvimento das funções mentais, que caracteriza a Zona de Desenvolvimento Proximal, está, portanto, é a longitude do desenvolvimento atual e o nível elevado possível de se alcançar a aprendizagem. Para ele, a linguagem é fundamental para os educadores compreender o percurso interno do desenvolvimento, assim possibilita que o educador encontre um melhor meio para que o indivíduo aprenda.
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), por sua vez, é um transtorno genético neurobiológico, normalmente, é possível que o indivíduo possa ser diagnosticado ainda na infância. Este transtorno o acompanha ao longo da vida. Entretanto, alguns requisitos podem levar o indivíduo a tê-lo, como por exemplo, bebida alcoólica e cigarro na gestação. Entre os sintomas estão à impulsividade, hiperatividade e a desatenção. Segundo Topczewski (1999), a hiperatividade é acompanhada por “agressividade, impulsividade, espírito destrutivo, dificuldade de relacionamento interpessoal e social, autoimagem negativa, entre várias outras alterações.”
Os transtornos de aprendizagem são desafiadores para o neuropsicopedagogo, pois para adaptação social, construção do pensamento e relação pessoal e ambiental, são requisitos da aprendizagem, mesmo que envolva herança genética. A maioria do comportamento humano aprendido é de origem da convivência cultural que cada indivíduo pertence, portanto, pode se concluir que os aspectos ambientais estimulam a diversidades dos comportamentos dos alunos dentro da escola.
Segundo Rodrigues (2010), apesar da neurociência seja recente, já existia na época da pré-história a compreensão do encéfalo e sua importância para a vida do ser humano. Os neurocientistas envolvidos no estudo do cérebro têm que interagir com as demais áreas de conhecimento, para avaliar o funcionamento cerebral sobre vários ângulos e pontos de vista, assim permitirá uma visão dos processos neurais, ou seja, uma visão sobre a mente e alma do homem em relação à emoção e a cognição.
Dos séculos XVII ao XVIII, os cientistas começaram a estudar mais ao cérebro e observaram que o tecido era dividido em substância branca e cinzenta, e que essa substância branca dava continuidade com os nervos do corpo e, por meio de fibras, levavam e traziam informações para a substância cinzenta. No entanto, com o tempo essa teoria já tinha sido dissecada. Segundo Rodrigues (2010), foi identificado que toda a superfície cerebral do indivíduo tinha um mesmo padrão de saliência (giros) e sulcos, e que o encéfalo era dividido em lobos, assim começou uma discussão da localização das funções cerebrais. 
Rodrigues (2010), diz que os estudos farmacológicos sobre o cérebro demostraram que a natureza química entre as células neurais. Outra compreensão importante a ser destacado foi a de Karl Spencer Lashley (1890-1958), que estudou a aprendizagem de animais e chegou à conclusão de que quando uma parte do cérebro é lesada, outra trabalha para compensar essa perda lesionada e que está pautada com o tamanho da lesão, e não sua localização.
Para a neurociência a aprendizagem acontece na relação do ser vivo com meio, já a memória, acontece pela retenção ou armazenamento do conhecimento. Portanto, para acontecer aprendizado é indispensável o armazenamento da informação. Ou seja, para a memória e aprendizagem existem alguns fatores para acontecer, que são a aquisição, o armazenamento ou retenção e a evocação de informações. 
Existem dois tipos, a memória explicita que codifica a informação sobre eventos autobiográficos, bem como o conhecimento de fatos. Sua formação depende de processos cognitivos do tipo de avaliação, comparação e inferência. As memórias explícitas podem ser recuperadas por ato deliberado de recordação. Por vezes, são estabelecidas por teste ou experiência única e, com frequência, podem ser expressas concisamente em frases declarativas, como “No último verão, visitei minha avó em sua casa no campo” (evento autobiográfico) ou “O ouro é mais pesado que a água” (conhecimento de um fato). (Kandel, 1997, p. 522)
Um fato muito importante na história na neurociência é o projeto neuropsicológico de Luria, pois mostrou que as funções superiores estabelecem em sistemas funcionais complexos e que o cérebro é constituído por três funções fundamentais, sendo que a primeira é o desencadeamento do fluxo da corrente elétrica que passaatravés das conexões neuronais, que vai até o córtex cerebral, a qaual fica responsável por processar a informação e enviar resposta. O segundo é responsável pela recepção, análise e pelo armazenamento das informações (neurônios isolados), ou seja, recebe impulsos individualizados e transmitem informações por meio de sinais, ficam localizadas nas regiões occipital, temporal e parietal. O terceiro fica encarregado pela programação, regulação e verificação da atividade consciente, ela fica localizada nas regiões anteriores dos hemisférios.
Leontiev, também, contribuiu seus estudos para neurociência, pois concluiu que os processos mentais se compõem desde a infância porque é onde ela conhece o mundo em que faz parte, assim, ele acredita que esse processo desenvolve o cognitivo. Ou seja, o indivíduo tem consciência de suas relações sociais, e a conscientização, por sua vez, leva a uma mudança na motivação de sua atividade e surgem novos motivos, etc.
Portanto, a aprendizagem segundo o processo neuropsicológico ocorre à memorização, onde acontece de duas formas, primeiro de forma declarativa ou explicita, e depois, a não declarativa ou implícita. No ambiente escolar, a memória que importa são a de curto prazo e a de longo prazo. 
Contudo, os estudos das neurociências juntamente com a educação vêm procurando meios para sanar lacunas sobre TDAH. Desta forma, a neuropsicopedagogia se tornou um parceiro ao tratamento de TDAH, pois assim, é possível compreender o cérebro, por consequente, será fácil ajudar o indivíduo portador de TDAH a aprender e as conviver. Segundo Scandar (2009), o TDAH ocorre 3 (três) mais em meninos do que em meninas. 
O tratamento do TDAH necessita de uma equipe multidisciplinar de profissionais “podem garantir uma melhor qualidade de vida ao portador.” (Peterli, 2017), e em alguns casos, é necessária uma intervenção psicofarmacológica e psicossocial, como também, com neuropsicopedagogo e psicopedagogo. 
A ciência defende que no TDAH existe uma disfunção da neurotransmissão dopaminérgica na área frontal (pré-frontal, frontal motora e giro cíngulo); regiões subcorticais (estriado, tálamo médiodorsal) e a região límbica cerebral (núcleo, acumbens, amígdala e hipocampo). Pesquisadores indicam uma evidente alteração destas regiões cerebrais resultando na impulsividade do paciente. 
As insuficiências nos circuitos do córtex pré-frontal, a partir da neurotransmissão das catecolaminas, resultam nos sintomas de esquecimento, distratibilidade, impulsividade e desorganização. 
Através da ressonância magnética (MRI) percebeu-se diminuição de atividade neural na região fronta, córtex cingular anterior e nos gânglios da base de pacientes com TDAH. 
Quanto a genética a indicação que a maioria dos genes específicos implicados no TDAH codifica sistema de sinais de catecolaminas e incluem o transportador de dopamina, noradrenalina, receptores dopaminérgicos D4 e D5, dopamina b-hidroxilase e proteína-25 que facilitam a liberação dos neurotransmissores implicados no TDAH. (Peterli, 2017)
Portanto, o neuropsicopedagogo deve ter o domínio da neurociência para saber intervir na aprendizagem significativa do indivíduo, assim, facilitará a estimulação a sinapse e o conhecimento neuroaprendiz de forma significativa e emocional.
Conclusão
Este artigo fala sobre a contribuição da neurociência e neuropsicologia com os estudos sobre neuropsicopedagogia em relação ao processo de aprendizagem e seus benefícios com os indivíduos portadores de TDHA, logo possibilitou uma olhar sobre a importância em estudar como a aprendizagem funciona e o de como isto foi fundamental para entender a neuropsicopedagogia e o TDAH. 
Em se tratando de TDAH se observa que o tratamento profissional multidisciplinar tem proporcionado uma melhor qualidade de vida para estes indivíduos portadores deste transtorno, e principalmente, a neuropsicopedagogia vem os beneficiando com seus estudos e intervenções no tratamento. Assim, o conhecimento sobre este transtorno e neuropsicopedagogia é muito importante para esclarecer sobre o tema, pois assim, será possível obter ações que verdadeiramente sejam mais ativos para auxiliar portadores de TDAH, pais e professores. Neste contexto, são pontos positivos para o diagnóstico e tratamento.
Conclui-se que, a neuropsicopedagogia é um campo novo, mas que vem contribuindo muito para com o indivíduo com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) (é uma doença causada por uma disfunção na área cerebral), já que, é uma área que estuda a neurociência cognitiva e a neuropsicologia, sendo assim, compreende como o cérebro funciona. Entretanto, percebe-se que há pouco estudo em relação à TDAH e suas complexidades e tratamento.
REFERÊNCIAS
FILHO, Dinizar de Araújo. Entrevista: Hiperatividade. Petrópolis. 2003.
KANDEL, Eric R.; SCHWARTZ, James H.; JESSELL, Thomas M. . Fundamentos da Neuropsicologia e do Comportamento. Edit. Guanabara Koogan. 1ª edic. SP . Maio de 1997.
PETERLI, Penha. A neuropsicopedagogia e TDAH. Disponível em: https://penhapeterli.wordpress.com/2017/11/22/a-neuropsicopedagogia-e-tdah/Acessado no dia 09 de outubro de 2021.
RODRIGUES, Sônia das Dores e CIASCA, Sylvia Maria. Aspectos da Relação Cérebro-Comportamento: Histórico e Considerações Neuropsicológicas. Artigo da Revista Psicopedagogia. São Paulo-Campinas. 2010. Disponível em: http:// pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v27n82/v27n82a12.pdf. Acessado no dia 09 de outubro de 2021.
SCANDER, Rubén Oliveira. Inquietos, distraídos, diferentes? Coleção Educadores. Buenos Aires: Ediba, 2009.
TOPCZEWSKI, Abran. Hiperatividade: como lidar. São Paulo, Casa do Psicólogo. 1999.
VYGOTSKY, Levi Semenovich. El desarrollo de los procesos psicológicos superiores. Barcelona: Crítica, 1979.

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