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Aspectos Neuropsicológicos e a Psicopedagogia

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Aspectos Neuropsicológicos e a 
Psicopedagogia
Transtornos e 
Distúrbios da 
Aprendizagem
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico
TIAGO DA ROCHA
Autoria
FRANCIANE HEIDEN RIOS
AUTORIA
Franciane Heiden Rios
Olá. Meu nome é Franciane Heiden Rios. Sou formada em 
Pedagogia, Mestre em Educação, Especialista em Educação Especial e 
Inclusiva e Tecnologias Educacionais. Estou na Educação desde o início da 
minha vida profissional, cursei Magistério, ingressei como estagiária e da 
escola nunca mais sai. Esse espaço rico de aprendizagens humanas me 
oportunizou pensar sobre diferentes questões e perceber as pessoas em 
suas diferentes necessidades. Durante dez anos fui servidora concursada, 
professora, do Município de São José dos Pinhais. Também atuei como 
Educadora pela Prefeitura Municipal de Curitiba e, atualmente, sou 
supervisora do curso de Pedagogia da UNIVESP – Universidade Virtual do 
Estado de São Paulo e diretora pedagógica da CuriosaIdade, instituição 
que atua em parceria com redes de ensino para desenvolvimento de 
boas práticas educativas tendo como subsídio a perspectiva do Desenho 
Universal para a Aprendizagem. Acredito no princípio básico da Inclusão 
e no respeito pela diversidade, portanto, escrever, palestrar, capacitar 
ou qualquer outra ação ou prática profissional relacionada a este tema 
são hoje meu foco de atuação. Desejo que tenhamos juntos um caminho 
rico de aprendizagens significativas, que o material aqui proposto em 
suas ideias, reflexões e discussões permitam a você um olhar sensível à 
diversidade no que tange aos distúrbios e transtornos de aprendizagens, 
contribuindo para espaços escolares inclusivos e respeitosos.
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR:
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS:
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE:
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES:
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Fundamentos da Neuropsicologia ...................................................... 10
O Cérebro Humano ........................................................................................................................ 10
Comportamento Humano ......................................................................................................... 15
Aspectos Neuropsicológicos e Aprendizagem ............................. 19
Funções Neurais e Processamento de Informações ............................................ 19
Funções Cognitivas da Aprendizagem ...........................................................................22
Funções Conativas da Aprendizagem .............................................................................23
Funções Executivas da Aprendizagem ...........................................................................25
Os Aspectos Neuropsicológicos e as Dificuldades de 
Aprendizagem .............................................................................................28
Transtornos e Distúrbios.............................................................................................................28
Evidências Neuropsicológicas...............................................................................................29
Evidências Neurológicas na Intervenção Psicopedagógica .....36
Saberes da Neuropsicologia .................................................................................................. 36
Intervenção Psicopedagógica .............................................................................................. 38
7
UNIDADE
03
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
8
INTRODUÇÃO
Você sabia que na área da Educação é cada vez mais necessário ter 
conhecimento de outras áreas para qualificar processos e práticas educativas? 
Dentre esses conhecimentos estão aqueles relacionados aos aspectos 
neurológicos, do desenvolvimento e das funções cerebrais. Isso mesmo! Os 
conhecimentos relacionados ao cérebro são fundamentais para compreender 
os aspectos biológicos da aprendizagem, a começar pela visão neurológica e 
sua conexão com os aspectos psicológicos. 
Figura 1 - Cérebro e conhecimento 
Fonte: ©Pixabay.
Aprender é um processo complexo e implica modificações 
comportamentais dos estudantes, inclusive no que se refere aos aspectos 
biológicos. 
Na escolarização, a postura, a prontidão e a maturação são pré-
requisitos do desenvolvimento infantil para que conteúdos sejam aprendidos. 
Além desses, outros requisitos importantes para que avancem rumo a novos 
saberes são: a funcionalidade sensorial, perceptiva, atencional e de memória. 
Ocorrendo qualquer alteração da “normalidade”, surgirá uma lacuna 
que pode comprometer a aprendizagem, portanto, conhecer os fatores 
neuropsicológicos pode ser a diferença entre “sucesso” ou “fracasso” no ensino-
aprendizagem, sendo uma questão indispensável para os profissionais da área. 
Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo!
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
9
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 3 – Aspectos Neuropsicológicos 
e a Psicopedagogia. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento dos 
seguintes objetivos de aprendizagem até o término desta etapa de estudos:
1. Identificar e compreender a fundamentação conceitual e as 
estruturas iniciais relacionadas à Neuropsicologia. 
2. Relacionar a Neuropsicologia com a aprendizagem.
3. Discernir sobre as contribuições da Neuropsicologia para o 
tratamento dos transtornos/distúrbios de aprendizagem.
4. Identificar as evidências da Neuropsicologia para a intervenção 
psicopedagógica.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? 
Ao trabalho!
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
10
Fundamentos da Neuropsicologia
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender 
como funciona o cérebro e o comportamento humano e 
isso será fundamental para que você possa, posteriormente, 
fazer a relação entre o “funcionamento normal” e as 
anomalias que resultam em déficits em decorrência 
dos transtornos/distúrbios. As pessoas que tentarem 
compreender esses eventos sem o conhecimento 
mínimo sobre as estruturas primeiras poderão atuar de 
maneira equivocada em processos de intervenção junto 
aos estudantes. E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então vamos lá. Avante!.
O Cérebro Humano
A Neuropsicologia é a ciência que estuda a relação entre o cérebro 
e o comportamento humano. Entretanto, antes de avançarmos nesse 
estudo, é necessário conhecermos melhor as definições dos termos 
“cérebro” e “comportamento” de maneira isolada. E o nosso primeiro 
objeto de investigação será o cérebro humano. 
DEFINIÇÃO:
O cérebro é um dos centros nervosos que constituem 
o encéfalo. Encontra-se na parte superior e anterior da 
cavidade craniana, sendo compreendido como o núcleo 
da inteligência e da aprendizagem. Ele é o responsável 
pelas emoções, raciocínio, aprendizagem, é a sede das 
sensaçõese movimentos voluntários e possui áreas 
responsáveis por funções específicas e globais. 
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
11
Figura 2 - Funções do cérebro humano
Fonte: Adaptado de Freepik. 
Na anatomia regular, o cérebro é formado por dois hemisférios 
cerebrais, o esquerdo e o direito, conectados pelo corpo caloso, que se 
trata de uma estrutura espessa de feixes de fibras nervosas composto por 
aproximadamente 86 bilhões de neurônios, que em conexão formam as 
redes neurais, que são responsáveis pelas funções intelectuais.
SAIBA MAIS:
Quer saber mais sobre as células nervosas, suas 
características e funções? Acesse e leia a reportagem “GPS 
Cerebral” do site Ciência Hoje que conta um pouco das 
descobertas de John O’Keefe, May-Britt Moser e Edvard 
Moser, ganhadores do Nobel de Medicina no ano de 2014, 
clicando aqui.
As conexões que as células nervosas estabelecem são chamadas 
de sinapses, que se tornam mais “fortes” e complexas à medida que as 
interações com o meio interno e externo acontecem e são reguladas 
pelos neurotransmissores, que são substâncias químicas que modulam 
a atividade celular.
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
http://cienciahoje.org.br/acervo/gps-cerebral-3/
12
Figura 3: Neurônio
Fonte: @Pixabay.
Além dos neurônios, temos outra célula nervosa essencial para a 
compreensão da aprendizagem, denominada por gliócito, referente à 
célula glial. Em relação aos gliócito, afirma-se que são:
10 a 15 vezes mais numerosas do que os neurônios, que 
podem modificarse com a chegada de novas informações 
ao sistema nervoso central e que de certo modo, portanto, 
também participam dos mecanismos celulares do 
aprendizado. (RIESGO, 2006, p. 22)
Baseado nisso, desenvolve-se a seguinte questão: Qual a relação 
direta do cérebro, dos neurônios e dos gliócitos com o campo da 
aprendizagem? Essa relação pode ocorrer devido às sinapses, que só são 
possíveis utilizando toda a composição estrutural e conectiva das células 
nervosas. 
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
13
O corpo celular é responsável pelo estímulo elétrico ou impulso 
nervoso, que ocorre quando a membrana citoplasmática recebe estímulo 
externo. Nestes casos, os dendritos são os “coletores” das informações 
resultantes em estímulos e, quanto maior a quantidade, maior a coleta. Já 
o axônio é o canal de resposta, é a expressão da célula nervosa, sendo o 
“fio condutor para que o estímulo elétrico criado no corpo celular como 
resposta aos estímulos recebidos chegue ao destino ou órgão efetor”. 
Esse é o processo de neurotransmissão elétrica e está mais 
relacionado ao desenvolvimento motor. Na relação com a aprendizagem, 
a neurotransmissão química se destaca da seguinte maneira: 
A teoria molecular da aprendizagem se relaciona com 
modificações produzidas nos ácidos nucléicos do neurônio, 
que levam à formação de novas proteínas. Quando elas 
são transportadas para lugares específicos da membrana 
plasmática e incorporadas às suas estruturas lipídicas, a 
memória de curto prazo [reverberação] se transforma 
em memória de longo prazo [modificações estruturais]. 
(OHLWEILER, 2006, p. 52)
Figura 4: Sinapses
Fonte: @Pixabay.
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
14
Portanto, na aprendizagem a questão está não somente na 
quantidade de células nervosas, mas nas sinapses que elas estabelecem. 
De forma que as células nervosas se relacionam por meio das várias 
conexões e redes neuronais que se formam desde a concepção 
embrionária.
Nesse sentido, entendemos que a gestação é um período 
delicado para a formação cerebral, uma vez que é o momento do 
estabelecimento fisiológico do cérebro com o seu crescimento global e 
com a individualização de suas áreas e redes funcionais. 
Após o nascimento, os anos iniciais são de máxima importância, pois é 
justamente nessa etapa do desenvolvimento humano que se estabelecem 
a arquitetura básica e as funções do cérebro. Além disso, as experiências 
intrauterinas entre os seis e oito anos interferem significativamente nas 
etapas posteriores do desenvolvimento, repercutindo nos aspectos físico, 
mental, comportamental e cognitivo. 
 É verdadeiro que crianças pouco ou não estimuladas 
durante a infância podem apresentar dificuldade de 
aprendizagem. Nesses casos ao encéfalo delas não foi 
dada a oportunidade de se desenvolver plenamente, 
alcançando toda a sua potencialidade. Essas crianças, para 
alcançar os objetivos de desenvolvimento e competência, 
precisarão de estímulos bem direcionados e de estratégias 
alternativas de aprendizagem para poderem ter chances 
de desenvolver as habilidades não desenvolvidas. 
(GUERRA, 2011)
Outra questão fundamental a ser discutida é a plasticidade cerebral, 
diretamente relacionada às células glial. Comentando de maneira breve, a 
plasticidade cerebral se trata da capacidade regenerativa que o cérebro 
possui. 
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
15
DEFINIÇÃO:
A plasticidade cerebral pode ser definida como uma 
mudança adaptativa na estrutura e função do sistema 
nervoso, que ocorre em qualquer fase da ontogenia, como 
função de interações com o meio ambiente interno e 
externo, ou ainda como resultantes de lesões que afetam o 
ambiente neural (MUSZKAT, 2005, p. 29).
Dessa forma, a plasticidade cerebral é fundamental no processo 
de aprendizagem, pois além da funcionalidade do cérebro em suas 
complexidades, a aprendizagem consiste em modular, adaptar e conectar, 
ou seja, operar as ações de maneira “plástica” diante dos desafios do 
mundo: 
O cérebro não só é capaz de produzir novos neurônios, mas 
também de responder à estimulação do meio ambiente, 
com um aprendizado que tem a ver com modificações 
ligadas à experiência, ou seja, modificações que são a 
expressão da plasticidade. (ROTTA, 2006, p. 466467) 
Após compreendermos um pouco melhor a respeito da estrutura 
cerebral, podemos então avançar nos estudos que se referem ao 
comportamento humano. 
Comportamento Humano
O comportamento na perspectiva da Teoria Comportamental é 
compreendido como a relação entre classes de estímulos e classes de 
respostas do indivíduo, que muda ao longo do tempo e que podem ser 
similares em forma e função em alguns momentos, mas nunca iguais. Na 
perspectiva teórica adotada, dois tipos de relações comportamentais são 
destaques: respondentes e operantes, sendo a segunda mais direta com 
os comportamentos complexos que desenvolvemos cotidianamente.
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
16
O comportamento é entendido como evento natural e 
multideterminado em três níveis de variação e seleção: (a) 
filogenético, (b) ontogenético e (c) cultural. Desse ponto 
de vista, o comportamento não é tomado como produto 
de um agente iniciador e/ou de uma mente não física. 
(SKINNER, 1998 [1953]; 1999 [1974])
Figura 5 - Comportamento humano 
Fonte: Skinner (1998 [1953]; 1999 [1974]).
Nessa relação, o comportamento é aprendido, ampliando o 
repertório de possibilidades e permitindo ao indivíduo alterar o seu 
entorno e suas relações. Essas alterações são tidas como potenciais de 
aprendizagem, podendo resultar em transformações sociais, culturais e 
tecnológicas. 
O comportamento operante é basicamente o que opera no meio 
e, por consequência, pode transformá-lo. É controlado principalmente 
pela consequência da resposta do organismo ao estímulo, no meio. Sua 
composição abarca três elementos significativos: 1) estímulo antecedente; 
2) resposta e 3) consequência. 
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
17
Figura 6 - Comportamento operante 
Fonte: Elaborado pela autora (2019).
IMPORTANTE:
Uma nova consequência resulta em uma mudança de 
resposta. Assim como pode ocorrer a retirada de uma 
consequência, também ocorre a extinção de determinada 
resposta. 
Ao relacionar aprendizagem e comportamento, chegamos a um 
ponto fundamental no qual a perspectiva comportamental, estímulo, 
resposta e consequênciafazem parte da aprendizagem, caso sejam 
intencionais, como ocorre na escolarização. Assim, há necessidade de 
modelagem desse fluxo.
DEFINIÇÃO:
Modelagem do comportamento – atividade que consiste 
em manipular o ambiente por meio da apresentação de 
estímulos consequentes contingenciais às ocorrências de 
respostas com o objetivo de reforçar classes de respostas 
que sucessivamente se aproximam topograficamente da 
classe de respostas desejada (ZILIO, 2010, p. 31)..
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
18
Esse processo pode ser longo, trabalhoso e variável de sujeito 
para sujeito, podendo ou não resultar em um novo comportamento 
operante. Portanto, ao conhecer essas estruturas iniciais do cérebro e do 
comportamento humano, podemos avançar para as relações entre elas. 
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que 
você realmente entendeu o tema de estudo deste item, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que o cérebro é um dos centros nervosos que constituem 
o encéfalo, sendo compreendido como o núcleo da 
inteligência e da aprendizagem. Além disso, ele é o 
responsável pelas emoções, raciocínio, aprendizagem, é a 
sede das sensações e movimentos voluntários, e tudo isso 
possível graças às suas áreas responsáveis por funções 
específicas e globais. Vimos também que as conexões 
que as células nervosas estabelecem são chamadas de 
sinapses, e se tornam mais “fortes” e complexas à medida 
que as interações com o meio interno e externo acontecem, 
reguladas pelos neurotransmissores. 
Na aprendizagem, a questão está não na quantidade de células 
nervosas, mas nas sinapses que elas estabelecem. Falamos também 
sobre o conceito de plasticidade cerebral, definido como uma mudança 
adaptativa na estrutura e função do sistema nervoso. Essa possibilidade 
de mudança é fundamental no processo de aprendizagem, pois além 
da funcionalidade do cérebro em suas complexidades, aprender é 
modular, adaptar e conectar, ou seja, operar de maneira “plástica” diante 
dos desafios do mundo. Por fim, vimos que o comportamento pode 
ser compreendido como a relação entre classes de estímulos e de 
respostas dos indivíduos que mudam ao longo do tempo e que podem 
ser similares em forma e função em alguns momentos, mas nunca iguais. 
Em suma, o comportamento segue a seguinte lógica: estímulo, resposta 
e consequência, que são basilares na aprendizagem. 
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
19
Aspectos Neuropsicológicos e 
Aprendizagem 
OBJETIVO:
Ao término deste item, você será capaz de entender como 
funcionam as funções neurais e o processamento de 
informações. Falaremos sobre os sistemas cognitivo, conativo 
e executivo para compreender as ações relacionadas à 
aprendizagem, sejam elas isoladas ou articuladas. Isto 
será fundamental para transpor os conhecimentos teóricos 
do que vimos sobre as funcionalidades do cérebro e 
comportamento. E então? Motivado para desenvolver essa 
competência? Então vamos lá. Avante!
Funções Neurais e Processamento de 
Informações
Quando falamos da relação função neural e processamento de 
informação, efetivamente contemplamos a relação entre o cérebro e o 
comportamento. Na perspectiva de compreender essa relação complexa 
e multidisciplinar, vimos que conhecimentos básicos da Biologia, da 
Psicologia, da neurociência e de outras áreas são essenciais, afinal cada 
uma tem sua contribuição e relevância para as análises. 
VOCÊ SABIA?
Há pouco mais de um século, estudos possibilitaram 
demonstrar que os hemisférios cerebrais não possuem 
a mesma função e que a organização do cérebro é 
semelhante em todos os indivíduos.
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
20
Figura 7 - Hemisférios cerebrais 
Fonte: @Pixabay.
No processo de aprender, as áreas do cérebro são interdependentes 
e inter-relacionadas: cada parte especializada contribui para o resultado 
final, ou seja, uma só parte não é funcional, pois a desordem também 
altera o resultado. Dessa forma, a essa característica denominamos de 
‘sistema funcional’. 
A aprendizagem emerge de múltiplas funções, capacidades, 
faculdades e habilidades cognitivas interligadas, sejam de recepção, 
de integração, de planificação ou, por fim, de execução ou expressão. 
Essas funções compõem a Tríade Funcional da Aprendizagem Humana, 
representada na Figura 8:
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
21
Figura 8 - Tríade funcional da aprendizagem humana
Fonte: Elaborada pela autora (2019).
Essa tríade representa a interatividade e a indissociabilidade da 
cognição, da conação e da execução, essenciais para que o processo de 
aprendizagem ocorra e se sustente. A este conceito, relacionam-se as 
seguintes evidências:
Além de processar informação que espelha a sua 
consciência cognitiva, o ser humano sente-a, registra-a, 
internaliza-a e tem tendências preferenciais, emocionais, 
motivacionais e motoras por ela. É, portanto, possuidor 
de uma consciência conativa [...] e de uma consciência 
executiva, pois somos a única espécie que tem consciência 
que tem consciência. (FONSECA, 2014, online)
Com base no exposto, podemos entender que é a relação que 
humaniza o processo de aprendizagem, uma vez que na relação entre 
as três funções emerge a discussão de que não é possível esgotar as 
teorias da aprendizagem no processamento de informação, pois, além 
disso, também há nesse processo a autopreservação. Em suma, a 
autopreservação está relacionada com o que impede, por exemplo, 
um sujeito de se jogar ao mar mesmo tendo processado a informação 
de aprender a nadar. Neste caso também se executa as habilidades em 
relação à sensibilidade, personalidade e sociabilidade, que são preceitos 
da conação. 
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
22
Funções Cognitivas da Aprendizagem
A cognição, conforme vimos anteriormente, demanda a ativação 
integrada e coerente das ferramentas mentais como a atenção, memória, 
raciocínio, etc. Sendo assim, não podemos confundir a cognição com 
a aprendizagem ou com o conhecimento em si, uma vez que ela é o 
processo que permite conhecer e aprender. Essas funções mentais para a 
cognição operam segundo determinadas propriedades fundamentais de 
maneira colaborativa, interacionista e coesa, resultando em um sistema 
coeso: a cognição.
Figura 9 - Propriedades fundamentais das funções mentais
Fonte: Elaborado pela autora, com base em Fonseca (2014).
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
23
De maneira simplificada, podemos dizer que a aprendizagem é 
uma mudança de comportamento decorrente da experiência prolongada, 
que sequencia operações e estágios mentais em outra tríade funcional 
de cognição. Para que o processo se efetive, é necessária a integração 
dinâmica, coerente e sistêmica das funções de input, integração, retenção, 
planificação e de output, como vimos anteriormente. 
Figura 10 - Tríade funcional da Cognição
Fonte: Elaborada pela autora (2019).
Funções Conativas da Aprendizagem
As funções conativas estão relacionadas a aspectos de motivação, 
emoções, temperamento e personalidade e, em termos neurológicos, 
as funções estão relacionadas ao sistema límbico. Devido à importância 
do sistema límbico neste processo, convém conhecermos melhor a sua 
definição:
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
24
DEFINIÇÃO:
O Sistema Límbico é o córtex afetivo localizado na região 
subcortical, uma das mais profundas áreas cerebrais. 
Esse sistema está diretamente envolvido nas relações 
do organismo com a noção de tempo, seja imediato, de 
curto ou longo prazo. Nessa área também há estruturas 
importantes para a memória e a aprendizagem, como a 
amígdala e o hipocampo.
A conação é o estado de preparação para determinadas tarefas, 
principalmente para aquelas relacionadas aos elementos de sobrevivência, 
como as ameaças, perigos, ansiedade etc. Nesse sentido, assume-se a 
função de autopreservação, de bem-estare de interação social. 
Na aprendizagem, os processos conativos são importantes, pois 
impactam diretamente as funções cognitivas e executivas. Como exemplo, 
podemos citar a situação em que um estudante com baixo desempenho 
é colocado em avaliação, caracterizando assim uma situação de estresse. 
A situação em questão pode ter como resultado novos esquemas 
mentais, que possivelmente prejudicariam ainda mais as possibilidades 
de aprendizagem, repercutindo no pouco empenho de modificação 
adaptativa. Ou seja, o seu pensamento seria: “Já sei que não consigo, não 
tenho porque me esforçar”. 
Evidentemente que as manifestações comportamentais podem ser 
diversas e, quase sempre, não óbvias. Isto é, existe a possibilidade de que 
o estudante não venha a falar claramente a afirmação do exemplo, porém, 
seus sinais serão traduzidos em comportamentos como: atrapalhar a aula, 
tornar-se agressivo, entre outras respostas ao processo de internalização 
do estímulo recebido. 
IMPORTANTE:
A aprendizagem humana dificilmente decorre numa 
atmosfera de sofrimento emocional, de incompreensão 
penalizante ou debaixo de uma autor representação ou 
autoestima negativas, exatamente porque ela tem, e 
assume sempre, uma  significação afetiva, isto é, conativa 
(FONSECA, 2014, online). 
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
25
A explicação da conação pode ser resumida no esquema a seguir, 
que, além de caracterizá-la, destaca a inseparabilidade e irredutibilidade 
das funções cognitivas, conativas e executivas. 
Figura 11 - Funções conativas da aprendizagem 
Fonte: Elaborada pela autora com base em Fonseca (2014).
As funções conativas assumem, por essa natureza, um papel 
crucial no processo de aprendizagem, uma vez que abarcam elementos 
de afetividade, que são pontos cruciais para esse processo. No entanto, 
em uma interação constante entre afetivo, cognitivo e executivo, a 
aprendizagem se torna possível. 
Funções Executivas da Aprendizagem
As funções executivas coordenam e integram a tríade neurofuncional 
da aprendizagem e seu centro de atividade está no córtex pré-frontal 
conectado com o córtex associativo posterior, no qual a “recepção” 
dos estímulos é possível em decorrência da estrutura perceptiva e 
do reconhecimento multissensorial de caráter visual, auditivo, tátil e 
cinestésico. Estes sensores, conectados ao córtex pré-psicomotor, 
resultam na planificação, no controle e na execução da motricidade.
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
26
DEFINIÇÃO:
As funções executivas compreendem a central de 
expressão do comportamento, operando funções de 
sobrevivência, adaptação e aprendizagem. 
O estudante é assumido como um ser executivo, ou seja, ao 
colocar em prática as possíveis funções executivas, ele aprende e seu 
sucesso ou fracasso escolar estão diretamente relacionadas com as 
condições de evocação dessas diversas competências, pois o processo 
de escolarização demanda operacionalização, supervisão, coordenação 
e controle dos processos cognitivos e conativos. 
De forma geral, é possível afirmar que as funções executivas 
“administram e regem” os mecanismos de aprendizagem, que podem 
ser compreendidos como funções transversais e atuam no controle e 
regulação do funcionamento mental. 
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? 
Agora só para termos certeza de que você realmente entendeu 
o tema de estudo deste item, vamos resumir tudo o que vimos. 
Você deve ter compreendido a importância da relação cérebro e 
comportamento para a aprendizagem, identificando os elementos 
complexos e multidisciplinares envolvidos nessa ação. Avançamos 
em direção à compreensão de que o aprender só é possível devido 
ao fato de que as áreas do cérebro são interdependentes e inter-
relacionadas e que, apesar de cada parte ser especializada, sua ação 
contribui para o resultado final. Essa relação conjunta é denominada 
“sistema funcional” e reafirma que a aprendizagem emerge de 
múltiplas funções, capacidades, faculdades e habilidades cognitivas 
interligadas, sejam elas de recepção, de integração, de planificação 
ou de execução ou expressão. 
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
27
Além de processar informação que espelha a sua consciência 
cognitiva, o ser humano sente, registra, internaliza e tem tendências 
preferenciais, emocionais, motivacionais e motoras por ela. “Portanto, 
como possuidor de uma consciência conativa [...] e de uma consciência 
executiva, somos a única espécie que tem consciência que tem 
consciência” (FONSECA, 2014, online). Esses sistemas operam as funções 
mentais como propriedades fundamentais que se estabelecem de 
maneira colaborativa, interacionista e coesa, resultando em um sistema 
coeso chamado de cognição ou sistema cognitivo. É esse sistema que 
permite a integração coerente e sistêmica do input, integração, retenção, 
planificação e do output como constituição da aprendizagem. Vimos que 
as funções conativas estão relacionadas à motivação, às emoções, ao 
temperamento e à personalidade e que, em termos neurológicos, estão 
relacionadas ao sistema límbico, sendo assim relacionada ao estado de 
preparação no qual o estudante é assumido como um ser executivo e, ao 
colocar em prática as possíveis funções executivas, ele aprende. O seu 
sucesso ou fracasso escolar está diretamente relacionado às condições 
de evocar essas diversas competências. Por fim, cabe destaque para o 
fato de que o processo de escolarização demanda operacionalização, 
supervisão, coordenação e controle dos processos cognitivos e conativos. 
De forma geral, é possível dizer que as funções executivas “administram 
e regem” a aprendizagem, compreendidas como funções transversais 
e que atuam no controle e regulação do funcionamento mental. Sendo 
assim, trata-se de sistemas mobilizados nos processos de adaptação 
às novas situações e às situações de rotina, cujo déficit ou disfunção se 
repercute em graus diversos nas outras funções mentais.
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
28
Os Aspectos Neuropsicológicos e as 
Dificuldades de Aprendizagem 
OBJETIVO:
Ao término deste item, você será capaz de entender os 
aspectos neuropsicológicos dos transtornos/distúrbios 
relacionados à aprendizagem. Isto será fundamental para o 
exercício de sua profissão, pois o processo de investigação 
necessário para a intervenção requer o conhecimento 
pleno desses conceitos e saberes. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Avante!.
Transtornos e Distúrbios
O modelo neuropsicológico se estabelece na relação entre as 
funções neurológicas com as funções sociais e comportamentais. Ao 
transpor a discussão para os transtornos e distúrbios, podemos afirmar 
que esses são decorrentes de uma disfunção cerebral específica, que 
pode ser causada por fatores genéticos ou ambientais, ocorridas em 
determinado momento do desenvolvimento do indivíduo e que acabaram 
por alterar o processo regular do neurodesenvolvimento, podendo 
resultar, consequentemente, em déficits nas funções executivas. 
ACESSE:
Sabe quando você tenta entender aquilo que o professor 
está explicando e não consegue? Seus amigos estão 
entendendo, mas não faz sentido para você? Bom, se isso 
acontece com frequência quando você tenta ler, escrever, 
calcular ou organizar suas ideias, você pode ter um 
transtorno de aprendizagem. Saiba mais no vídeo “Todos 
aprendem”, de autoria do Instituto ABC, disponível aqui. 
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
https://www.youtube.com/watch?time_continue=144&v=8wO101Jk05g
29
A Neuropsicologia explora funções pontuais da mente, que são 
identificadas em áreas e circuitos do cérebro. No entanto, seu centro 
de análise está no reconhecimento de como as estruturas anátomo-
funcionais do cérebro, e, em caso de distúrbio, repercutem em quadros 
clínicos. 
Dessa maneira, em termos efetivos, a Neuropsicologia permite 
responder à seguinte questão: quais as evidênciasdessas disfunções 
para a aprendizagem especificamente em cada um dos transtornos que 
vimos? Seguiremos em busca de elementos para essa resposta. 
Evidências Neuropsicológicas
Em relação ao Transtorno do Espectro Autista – TEA, em nível 
cerebral, as pesquisas atuais apontam que as pessoas que se encontram 
no espectro apresentam falhas de comunicação entre os neurônios, 
o que dificulta o processamento de informações. Essa anomalia está 
principalmente relacionada ao corpo caloso, a estrutura que conecta um 
hemisfério cerebral ao outro, à amígdala e o cerebelo. 
ACESSE:
Funcionamento do Cérebro – Minutos psíquicos. Saiba 
mais sobre sinapses e como elas funcionam, assista ao 
vídeo Funcionamento do Cérebro, produzido pelo canal 
‘Momentos Psíquicos’ aqui. 
Essa informação é relevante, pois, sabendo que a amígdala é 
responsável pelo comportamento social e emocional e o cerebelo está 
envolvido diretamente nas atividades motoras, a criança com TEA, em 
diferentes níveis, terá prejuízos nessas habilidades e competências. Em 
relação aos neurotransmissores, evidências apontam para prejuízos 
na serotonina e no glutamato. Moraes (2014) aponta um mapeamento 
consistente dessa estrutura cerebral no TEA:
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
https://www.youtube.com/watch?v=bQvYZ0TkHjk
30
Quadro 1: Estruturas cerebrais e TEA 
ESTRUTURA ANOMALIA CONSEQUÊNCIA
Hipocampo Maior volume do hipocampo 
direito
Questões relacionadas à 
memória, armazenamento e 
formação em longo prazo, 
bem como, à localização 
espacial.
Corpo 
Mamilar Hipoativação do hipotálamo
Prejuízo de aprendizagem 
espacial.
Córtex 
Entorrinal
Alterações no volume e no 
desenvolvimento
Prejuízo no processamento 
da informação advinda dos 
aspectos sensoriais e motores.
Amígdala
Tende a ser inicialmente 
maior, entretanto, não 
continua a crescer com o 
desenvolvimento da idade, 
como é com os não autistas. 
Foi encontrado também 
correlação entre o volume 
da amídala e a gravidade do 
quadro clínico.
Questões relacionadas ao 
processamento de emoções e 
do medo.
Giro do 
Cíngulo Hipoativação
Por essa área estar ligada ao 
ativamento de memórias e à 
aprendizagem, repercute-se 
significativamente na conduta 
emocional e interação social.
Células de 
Purkinje
Menor concentração de 
células de Purkinje.
Prejuízo ou déficits em funções 
ligadas à estabilização dos 
reflexos e dos movimentos.
Córtex Pré-
Frontal
Padrão de maturação 
do córtex pré-frontal em 
crianças autistas é mais 
lento
Prejuízos na capacidade 
de planejar, raciocinar e 
julgar. Interfere, também, 
no desenvolvimento da 
personalidade, nas emoções 
e na capacidade de avaliar e 
controlar as interações sociais. 
Fonte: Elaborado pela autora adaptado de Moraes (2014).
Em relação aos neurotransmissores, as evidências indicam 
a excessiva liberação de serotonina, oxitocina e vasopressina, que 
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
31
são fundamentais no reconhecimento social e também apresentam 
alterações de funcionamento. Transportando essas características para as 
funções executivas, o déficit está centrado na inibição de resposta, no 
planejamento, na flexibilidade cognitiva e na memória (GOLDEBERG et 
al., 2005). 
Já na relação ao Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade - 
TDA/H, estudos apontam uma hipoatividade frontal que incide em várias 
regiões do córtex e nas áreas relacionadas, indicando que as anomalias 
funcionais e estruturais estão espalhadas por toda a área, abarcando 
múltiplas estruturas neurais. 
Essas evidências apontam que as disfunções interferem nas redes 
neurais distribuídas que sustentam as funções executivas. Como 
consequência, observamos que crianças com TDA/H apresentam baixo 
desempenho na inibição de resposta, em planejamento de tarefas e 
atenção seletiva. 
ACESSE:
TDA/H e o cérebro - Vídeo educativo que mostra de uma 
forma simples o que acontece no cérebro de uma criança 
com o transtorno de hiperatividade do déficit de atenção 
(TDAH). Muito conveniente para compreender a base da 
doença e os sintomas que estão associados a ela. O vídeo 
está disponível aqui.
No Transtorno Desafiador de Oposição – TDO as evidências apontam 
que em um grupo de controle, crianças com TDO: “tiveram o dobro de 
probabilidade de gerar soluções agressivas aos problemas comparadas 
a controles” (COY et al., 2005, online). Ou seja, assim como no TDA/H, 
essas crianças apresentam dificuldades na regulação comportamental 
e nas condições inibidoras de motivação, porém, sendo uma condição 
específica do TOD, a menor sensibilidade às possibilidades de punição. 
Os déficits nas funções executivas no TDO ainda não estão 
totalmente esclarecidos, entretanto, já se afirma que: “os níveis de 
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
https://www.youtube.com/watch?v=do2btp6tYTQ
32
andrógenos adrenais dos pacientes com TDO são mais altos que os dos 
controles normais ou de crianças com outros diagnósticos [...] e os índices 
medianos de cortisol também foram mais baixos [...]” (MATTOS et al., 2004, 
p. 274) nos hormônios que incidem nas neurotransmissões sinápticas. 
SAIBA MAIS:
 Saiba mais sobre o TDO, transtorno infantil caracterizado 
por comportamento desafiador e desobediente a figuras 
de autoridade. Os sintomas podem aparecer em qualquer 
momento da vida, porém é mais comum entre os 6 e 12 
anos. A associação com TDAH é frequente (50% dos casos) 
e deve ser observada e investigada em todas estas crianças 
para que sejam tomadas as medidas necessárias, a fim de 
prevenir problemas de aprendizagem e baixo rendimento 
escolar. Para saber mais sobre o assunto, assista a um vídeo 
sobre o tema aqui. 
Atualmente, no que se refere aos Transtornos de Aprendizagem, as 
discussões também se centram nos distúrbios, nas neurotransmissões 
sinápticas, que impactam na forma como o estudante irá adquirir, 
armazenar e evocar as informações necessárias para aprender. 
Considerando as bases neurofuncionais e os processos psicológicos 
diretamente ligados à aprendizagem, as disfunções podem incidir nos 
seguintes processos: processamento perceptivo, processamento motor, 
atenção, memória, pensamento e linguagem. 
O processamento perceptivo condiz com a recepção e 
reconhecimento dos objetos e estímulos via sentidos. Alterações nas 
estruturas relacionadas aos processos sensórios-perceptivos implicariam, 
consequentemente, alterações ou déficits nessa “leitura” do mundo.
 • Percepção visual: relacionada à percepção de luz e ausência de 
luz pelo sistema visual. Está diretamente relacionada à percepção 
espacial. 
 • Percepção auditiva: percepção de sons pelos ouvidos está 
intensamente relacionada com a percepção temporal.
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
https://www.youtube.com/watch?v=a4P1IRGFTx4
33
 • Percepção olfativa: percepção de odores pelo nariz. 
 • Percepção gustativa: percepção de sabores pela língua.
 • Percepção tátil: percepção de objetos e sensações pela pele. É 
a percepção que permite reconhecer a presença ou ausência, 
forma, tamanho e temperatura. 
 • Percepção temporal: percepção da duração e passagem do 
tempo. Não é exclusivamente relacionada a um órgão, mas 
é resultado da articulação da percepção de outros órgãos do 
sentido às potencialidades neurais. 
 • Percepção espacial: percepção das distâncias entre os objetos. 
Assim, como a percepção temporal, é resultado da articulação 
da percepção de outros órgãos do sentido às potencialidades 
neurais. 
O processamento motor é considerado o produto dos processos 
de aprendizagem e se refere à execução de ações complexas aprendidas 
durante a vida. 
Figura 12 - Cinco sentidos 
Fonte: @Freepik.
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
34
A atenção é o pré-requisito básico para a aprendizagem, pois ela 
resulta na disposição neural para a percepção dos estímulos. Já a memória 
pode ser definida como “o processo cognitivo que inclui, consolida e 
recupera toda a informaçãoque aprendemos” (RUSSO, 2018, online). 
O pensamento é a capacidade de compreender, formar conceitos 
e hipóteses e organizá-los. E a linguagem é a capacidade de recepção, 
interpretação e emissão de informações, ou seja, trata-se do caráter de 
expressão e compreensão. 
O principal ponto que emerge dos conhecimentos e reflexões 
aqui propostos se refere à maneira como os transtornos e distúrbios 
afetam estruturas neurais, seja em forma, seja em processamento. Essas 
evidências são comprovadas e registradas, ou seja, os transtornos não são 
uma escolha ou um desinteresse por parte daqueles que são acometidos. 
Sabendo disso, abrimos o seguinte questionamento: qual o limite da ação 
pedagógica?
A resposta pode ser obtida ao se ter ciência de que qualquer 
intervenção pedagógica deve ser articulada e multidisciplinar, pois o 
déficit decorrente do processo de aprendizagem não implica, apenas, a 
condição ou proposição do ensino, mas também questões reguladas por 
outras áreas. 
Porém, essas evidências com base em laudos e diagnósticos não 
são fatais, e não devemos, enquanto mediadores, conceber a criança com 
transtorno ou distúrbio como incapaz em decorrência de sua condição. 
Cabe aos profissionais da área a ação pedagógica adequada para 
potencializar e ampliar as possibilidades de aprendizagem que a criança 
apresenta, em suas diferentes formas.
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
35
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que transtornos e distúrbios são decorrentes de uma 
disfunção cerebral específica, que pode ser causada por 
fatores genéticos ou ambientais, ocorridos em determinado 
momento do desenvolvimento e que alteraram o processo 
regular do neurodesenvolvimento, resultando em déficits 
nas funções executivas. Além disso, aprendemos que 
a Neuropsicologia explora funções pontuais da mente 
identificadas em áreas e circuitos do cérebro, permitindo 
analisar como as anomalias estruturas anátomo-funcionais 
do cérebro repercutem em quadros clínicos. Após isso, 
avançamos para as evidências neuropsicológicas no 
Transtorno do Espectro Autista – TEA, do Transtorno de 
Déficit de Atenção/Hiperatividade - TDA/H, do Transtorno 
Desafiador de Oposição – TOD e, por fim, dos Transtornos de 
Aprendizagem, em que vimos que as anomalias nas bases 
neurofuncionais e nos processos psicológicos diretamente 
ligados à aprendizagem podem incidir nos seguintes 
processos: processamento perceptivo, processamento 
motor, atenção, memória, pensamento e linguagem. Por 
fim, vimos que a questão fundamental da significância 
desses saberes é a de que transtornos e distúrbios afetam 
estruturas neurais, seja em forma ou em processamento. 
Essas evidências são comprovadas e registradas, uma vez 
que os transtornos não são uma “escolha ou desinteresse” 
por parte daqueles que são acometidos. 
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
36
Evidências Neurológicas na Intervenção 
Psicopedagógica
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de reconhecer 
os saberes na Neuropsicologia e a importância desses na 
intervenção psicopedagógica, percebendo as fronteiras 
de atuação no que se relaciona à aprendizagem e à 
intervenção. Isto será fundamental para o exercício de sua 
profissão. As pessoas que desconhecem essas relações e 
suas efetivas atribuições podem invadir campos específicos 
e prejudicar ao invés de potencializar a aprendizagem. 
E então? Motivado para desenvolver esta competência? 
Vamos lá. Avante!.
Saberes da Neuropsicologia
Os conhecimentos da Neuropsicologia, todos esses que vimos 
anteriormente, nos permitiram conhecer a estrutura interna dos processos 
psicológicos e seus processos conectivos, possibilitando estabelecer e 
compreender algumas relações entre as funções psicológicas superiores 
e a aprendizagem.
Figura 13 - Exemplo das funções psicológicas na relação com a aprendizagem 
Fonte: Elaborada pela autora (2019).
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
37
A Neuropsicologia tem como preocupação reunir amostras das 
funções mentais envolvidas na aprendizagem e sua intrínseca relação 
com a organização funcional do cérebro. A estrutura e o funcionamento 
diante de qualquer alteração podem resultar em uma disfunção ou em 
transtornos e distúrbios.
A neuropsicologia é fonte de um conhecimento multidisciplinar 
que tem utilidade servindo como subsídio à Medicina, à Psicologia e aos 
aspectos gerais da docência, além de funções especializadas como no 
caso da Psicopedagogia. 
DEFINIÇÃO:
Psicopedagogia é o campo de estudo que investiga a 
relação entre o desempenho e a aprendizagem formais, 
intencionais, sistematizadas e que, majoritariamente, 
condizem com o processo de escolarização. Através 
da psicopedagogia, há o avanço para as atitudes e 
comportamento dos estudantes diante do aprender.
Ao fornecer subsídios teóricos, a Neuropsicologia permite 
que a Psicopedagogia atue no processo de ensino-aprendizagem, 
instrumentalizando os profissionais para proceder com avaliações 
globais desse processo, considerando as funções psicológicas e todo o 
mecanismo neural. 
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
38
Intervenção Psicopedagógica
Podemos dividir a Psicopedagogia em três processos: prevenção, 
diagnóstico e intervenção. Apesar de serem processos específicos em 
determinadas ações, também se trata de um conjunto articulado de ações 
e percepções. De acordo com o Código de Ética da Psicopedagogia da 
Associação Brasileira de Psicopedagogia, reformulado pelo Conselho 
da ABPp, gestão 2011/2013 e aprovado em assembleia geral em 5/ 
de novembro de 2011, é papel do psicopedagogo trabalhar no âmbito 
educacional e clínico com foco no processo de aprendizagem e nas suas 
dificuldades, tendo como objetivos:
 • Promover a aprendizagem contribuindo para os processos de 
inclusão escolar e social.
 • Compreender e propor ações frente às dificuldades de 
aprendizagem.
 • Realizar pesquisas científicas no campo da Psicopedagogia.
 • Mediar conflitos relacionados aos processos de aprendizagem.
Figura 14 - Três processos da Psicopedagogia 
Fonte: Elaborado pela autora (2019), com base em imagens recuperadas em Wikimedia 
Commons, Rede Humaniza SUS e Usabilidoido.
Na área da aprendizagem, assim como afirma Weiss (1997), todo 
o diagnóstico é um processo de investigação e uma pesquisa dos 
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
39
motivos do porquê que o estudante não consegue avançar nos objetivos 
esperados. A área é, portanto, centrada no campo psicoeducativo (COLL, 
1989). 
Matteoda et al. (1993) e Perkins (1995) relatam que essas intervenções 
são de natureza diversificada e podem ser sistematizadas nas seguintes 
categorias: 
 • Problemática e objeto de intervenção: centradas na qualificação 
do processo de aprendizagem ou na intervenção do problema de 
aprendizagem evidenciado. 
 • Destinatários da intervenção: dirigirá aos sujeitos, individualmente 
ou em grupos, que pertençam ao local do contexto, escola, por 
exemplo. 
 • Âmbitos de intervenção: contemplam desde o sistema educativo 
como um todo à sala de aula e consultório. São múltiplas e 
diversas. 
 • Surgimento da demanda: a demanda de intervenção também 
é múltipla, podendo ser oriunda da família, da instituição ou de 
outros seguimentos relacionais. 
 • Estratégias de intervenção: consistem em amplo espectro de 
técnicas e estratégias: “[...] entrevistas, coordenação de trabalhos 
interdisciplinares, grupos terapêuticos, técnicas de coleta de 
dados diagnósticos, estratégias terapêuticas, assessoramento 
e coordenação de projetos educativos institucionais e projetos 
pedagógicos inovadores, entre várias estratégias mais específicas” 
(Andrade, 2004, online).
 • Marcos conceituais: suas intervenções são efetivadas perante 
conhecimentosprocedentes de diversas áreas e desenvolvimento 
teórico. 
Essas categorias permitem analisar a ação psicopedagógica e 
articulada com eixos conceituais básicos da intervenção psicoeducativa 
e resultam em um continuum de práticas de intervenção.
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
40
Quadro 2: Eixos conceituais básicos da intervenção psicoeducativa 
A NATUREZA DOS OBJETIVOS 
DE INTERVENÇÃO
ESTRITAMENTE 
EDUCATIVO
ESTRITAMENTE PSICOLÓGICO
Modalidade de 
intervenção
Intervenções 
enriquecedoras
Intervenções corretivas ou 
preventivas ou terapêuticas
Caráter das intervenções Direta e imediata Indireta ou mediatizada
Lugar das intervenções Escolar Extraescolar
Fonte: Elaborado pela autora, com base em Coll (1989).
Portanto, ao psicopedagogo as palavras de ordem são: diversidade 
e heterogeneidade disciplinar. Dessa forma, apenas com uma vasta 
compreensão da complexidade humana e de seus processos é que é 
possível interpretar e intervir nos déficits da aprendizagem.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo 
o que vimos. Você deve ter aprendido que os conhecimentos 
da Neuropsicologia permitem conhecer a estrutura interna 
dos processos psicológicos e seus processos conectivos, 
possibilitando estabelecer e compreender algumas relações 
entre as funções psicológicas superiores e a aprendizagem. 
Você deve ter aprendido que, por ter sua preocupação 
em reunir amostras das funções mentais envolvidas na 
aprendizagem, na intrínseca relação com a organização 
funcional do cérebro, a Neuropsicologia contribui para que a 
Psicopedagogia atue no processo de ensino-aprendizagem, 
instrumentalizando os profissionais para proceder com 
avaliações globais desse processo, considerando as funções 
psicológicas e todo o mecanismo neural. Ao longo da 
unidade, também evidenciamos que, por ser dotado desses 
saberes, o psicopedagogo pode atuar no âmbito educacional 
e clínico com foco no processo de aprendizagem e em suas 
dificuldades. Por fim, reconhecemos que as palavras de 
ordem no processo de intervenção psicopedagógica são 
diversidade e heterogeneidade disciplinar, pois apenas com 
uma vasta compreensão da complexidade humana e de seus 
processos é que é possível interpretar e intervir nos déficits da 
aprendizagem.
Transtornos e Distúrbios da Aprendizagem
41
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