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Encéfalo Ganglios Substância cinzenta Patologias sistema nervoso PeriféricoCentral Sistema nervoso Medula espinhal *Envolto por meninges Nervos S. N. Simpático/ parasimpático Substância branca Sistema nervoso Ainda é dividido em: Corpo do neurônio (citoplasma, núcleo) Tem apenas o prolongamento do neurônio *Mais clara, maior quantidade de gordura *Mais escura, maior quantidade de células Neurônio Oligodendrócito Astrócitos Micróglia Células do plexo coróide Células do epêndima *Emissão dos impulsos nervosos *Mielinização do axônio *Controla barreira hematoencefálico *Fagocitose em processos inflamatórios intensos *Movimentação e reabsorção do líquor *Produz líquor VULNERABILIDADE E CÉLULAS DA INJÚRIA Os neurônios são as células mais sensíveis do SNC, não pode sofrer hipoglicemia, isquemia, falta de O2... é fatal Em sequência tem os oligodendrócitos >> astrócitos >> micróglia >> vasos sanguíneos Alterações pós mortais "Cérebro em queijo suíço" é uma alteração pós morte quando bactérias produtoras de gás invadem o tecido nervoso e causa vacuolizações Não lesões Melanose: pigmentação ectópica de melanina que não causa malefícios ao animal. Comum em animais bem pigmentados COMPONENTES DO SNC E SUAS REAÇÕES AOS INSULTOS NEURÔNIOS: Se sofrer alguma lesão, vai ocorrer uma necrose neuronal. Isso pode ser consequência de uma isquemia (falta de O2), toxinas bacterianas, trauma, hipoglicemia... Na histologia observa-se o neurônio vermelho, pois o citoplasma fica mais pigmentado, e presença de micróglia que faz fagocitose do neurônio (neuroniofagia) Corpúsculo de inclusão: alguns vírus que atingem o SNC ao se multiplicarem vão deixando resquícios de proteínas que formam aglomerados. Por exemplo, corpúsculos de inclusão intracitoplasmático e intra neuronal é característico da raiva ASTRÓCITOS: Os astrócitos podem responder a agressão aumentando o seu volume (astrocitose) ou aumentando o seu número (astrogliose) MICRÓGLIA: são células que fazem fagocitose. Quando tem uma lesão no SNC, aumentam seu tamanho e se tornam as "gitter cels". Se aumentam em número é gliose, se aumentam em volume é as gitter. Comum infecções virais OLIGODENDRÓCITO: uma lesão tem por consequência desmielinização, interfere nas sinapses, como se tivesse dando choques AXÔNIOS: Quando a lesão é no SN periférico tem uma regeneração mais rápida devido as Células de Schwann, já no SNC é mais lento ou não ocorre Degeneração Waleriana: degeneração após lesão. Não lesiona o corpo do neurônio, pode regenerar Degeneração anterógrada: do corpo para a periferia. Tem lesão no corpo do neurônio, então se perde todo o neurônio Cor ASPECTOS MACROSCÓPICOS PARA SEREM AVALIADOS NO SNC Palidez: Sinal de anemia A coloração normal é um amarelado claro Hiperemia: sinal de inflamação, pois aumenta a permeabilidade vascular. Cérebro de cereja/embebição hemolítica: é uma alteração pós mortal, porém se for logo após a morte em bovinos é um sinal patognomônico de Babesia bovis Amarelamento mais intenso: sinal de necrose - malácea subaguda ou crônica Consistência Hipomielinogenese: chamado também de ataxia enzoótica ou Swayback, ocorre em ovinos com deficiência de de cobre. Atinge os oligodendrócitos, causando desmielinização e reduzindo o encéfalo Pode estar diminuída, quando tem perda tecidual ou edema, ou aumentada no caso de neoplasia ou granulomas Pela Taenia Multiceps multiceps, que na forma larval forma cístos nos encéfalo podendo causar alterações neurológicas. Atinge ovinos e caprinos Astrocitoma: neoplasia de astrócitos, ocorre principalmente em animais velhos, aumenta a consistência Simetria Enterotoxemia: afeta principalmente ovinos, decorrente de desbalanço nutricional, que prolifera a C. perfringes a multiplicar produzindo muito gás, causando toxinas que atingem o SNC >> toxemia epsilon, que leva a malácea bilateral simetrica dos núcleos da base do cerebro, é uma lesão patognomônica O hemisfério cerebral precisa ser um igual ao outro. No entanto tem algumas enfermidades que causam lesões simétricas Abscesso cerebral: LOCAIS X SINAIS CLÍNICOS É possível "mapear" a lesão através dos achados clínicos do animal. Lesões no cérebro tem como sinal clínico mudanças de atitude como andar compulsivo, torneio e convulsões. Já lesão no cerebelo tem sinais clínicos como ataxia (andar de bêbado), dismetria (andar discompensado e tremores. No tronco encefálico observa-se depressão, paralisia e sinais de nervos cranianos. Na medula, causa paresia e paralisia Alterações congênitas ANENCEFALIA / Hipoplasia prosencéfala: Quase nunca é completa, pois se não tem nada de encéfalo ele seria abortado. Tem como causa o desenvolvimento anormal do tubo neuronal. O correto é Hipoplasia prosencéfala pois tem um pouco de SNC. Cranium bifidum: é quando tem uma comunicação do cérebro com uma estrutura adjacente. É um defeito na linha dorsal média que pode ser hereditária ou pelo uso de antifúngico griseofulvina. Pode ser espinha bífida também, quando é na região das vertebras Meningocele: é o acúmulo de líquor que fica nesse estrutura, forma tipo uma bolsa Lisensefalia: cérebro liso, sem os giros cerebrais, é uma falha na migração das células do tubo neural. Ligado a raça lhasa apso, desenvolve comportamento compulsivo, automutilação, demência... Pode ser normal em aves. Paquigiria é ao contrário, quando tem mais circulações que o comum INFECÇÕES VIRAIS: Se a fêmea gestante se infecta com um desses vírus abaixo, o animal desenvolve hipoplasia cerebelar Diarréia viral bovina (BVD): Causada pelo pestivirus BOV, os fetos contaminados vão apresentar Atrofia/hipoplasia cerebelar como lesões primárias podendo apresentar também porencefaliahidranencefalia. Peste suína clássica: doença emergente, quando as fêmeas gestantes se infectam pelo vírus pode causar Hipomielinogênese, hipoplasia cerebelar Panleucopenia felina: causada pelo parvovirus felino, diminui todos os leucócitos, os fetos desenvolvem hipoplasia cerebelar Diarréia viral bovina (BVD): pestivirus BOV 1o terço da gestação 2o terço da gestação 3o terço da gestação ANOMALIAS CEREBRAIS GERAIS HIDROCEFALIA: acúmulo de líquor dentro dos ventrículos, dilatando-os, geralmente associada a obstrução do fluxo O plexo coróide é o responsável pela produção de líquor, localizada na região do quarto ventrículo. Esse líquor produzido no plexo coróide circula nos ventrículos laterais, então vai em direção da medula espinhal, passando no meio do H medular Hidrocefalia não comunicante É quando ocorre uma obstrução, então não comunica o alguma região onde se passa o líquor, geralmente nos locais mais estreitos Hidrocefalia congênita: cursa de uma estenose no aqueduto, decorrente de uma anormalidade cromossômica. Cães braquiocefálicos estão mais dispostos Hidrocefalia adquirida: é quando por algum motivo o líquor não está conseguindo passar, está obstruído. Pode ser por neoplasias, cinomose (devido inflamação do epêndima), reovirus, parainfluenza I e II Hidrocefalia comunicante É quando ocorre um acúmulo de líquor no espaço aracnoide devido à reabsorção inadequada do liquor, ou seja, está tendo uma deficiência na reabsorção do líquor As causas são hemorragias ou exsudato nos espaços aracnóides que interferem na reabsorção. É mais raro CONSEQUÊNCIAS: Animais jovens tem separação suturas ósseas (aumento do crânio), com atrofia do neuropilo por compressão menos intensa Animais mais velhos não tem como desenvolver uma cabeça grande, só vai comprimir mais intensamente o neuropilo e perda de material encefálico DISTÚRBIOS HIDRODINÂMICOS NO SNC EDEMA: É o excesso de liquido intersticial (extracelular) ou intracelular. No SNC não se tem capilares linfáticos, então esse líquido é proveniente de parênquima ou do espaço intracelular, ou da própria célula Edema Edema Citotóxico: é intracelular, devido a uma degeneração hidrópica, como por exemplo em uma isquemia Edema Vasogênico: ocorre por uma lesão capilar devido a uma lesão direta,como por exemplo na enterotoxemia ou leucoencefalomalacea Edema Osmótico: intracelular e extracelular, decorrente de uma intoxicação por sal, ocorre uma desiquilíbrio osmótico Normalmente a consequência do edema é mais sério do que a lesão inicial. Por exemplo a conificação cerebelar, que como não tem espaço pro encefalo, a tendência é que o cerebelo passe para o forame magno pra tentar descomprimir o encefalo, formando como se fosse um cone STATUS SPONGIOSUS: ocorre um edema citotóxico e vasogênico em decorrência de uma lesão hepática grave. Chamada também de Encefalopatia Hepática. Quando o fígado está gravemente lesionado, cerca de mais de 70%, ele não consegue mais eliminar composto tóxicos como a amônia, e com isso esses compostos passam pela barreira hematoencefálica e atingem o encéfalo (amônia) Distúrbios circulatórios/físicos HEMORRAGIAS PARENQUIMATOSAS: ocorre por objetos penetrantes (ex pistola pneumática), quadros de sepse, neoplasias (hemangiossarcoma), distúrbios de coagulação como diáteses hemorrágicas (ex erliquiose), e também por parasitose de strongilideos que afetam os equinos e sua migração ocorre no SNC causando microhemorragias HEMORRAGIAS SUBMENINGEAIS: Geralmente traumática. Pode ser subdural (relacionada a dura mater) ou leptomeningeana (pia máter). Comum em cães e gatos atropelados, mas também ocorre em quedas de bovinos e em quadros de cólica em equinos (devido a alta dor, podem bater a cabeça) TRAUMA CEREBRAL/traumatismo craniano/trauma cranioencefálico: geralmente associado a hemorragia + edema, sendo ainda mais grave. Quando o trauma é muito grave, devido a uma queda por exemplo, e desenvolve uma lesão focal chama-se CONTUSÃO, é uma lesão de golpe e contra golpe (por exemplo, se bate a região cranial do cérebro, quando a cabeça volta pra trás vai ocorrer também uma lesão na parte caudal (no lado contrário da lesão ocorre o contragolpe) TRAUMA DE MEDULA ESPINHAL: Pode ter lesões de laceração (esmaga) e transecção (corta totalmente). Pode ser decorrente de fraturas, abcessos ou tumores. Transecção de lombar: paralisia de membros posteriores. Transecção: tetraparalisia Degeneração Walleriana: do local da lesão pra baixo se tem uma perda dos axônios e o animal para de movimentar a região posterior à lesão DEGENERAÇÃO E COLAGENIZAÇÃO DO DISCO INTERVERTEBRAL Prolapso disco intervertebral: Chamada também de hérnia de disco. Espondilose: desgastes na coluna. COMPRESSÃO DA MEDULA ESPINHAL: pode ocorrer em abcessos de vertebras, muito comum em onfaloflebite em bezerros (o umbigo tem vasos calibrosos ligados ao fígado que fica bem próximo da coluna vertebral). Também é comum nos suínos, devido ao canibalismo - morder as caudas, a saliva é muito contaminada e as bac ascendem em direção a região sacral e medula espinhal... Nos ovinos, pode ocorrer no corte de cauda mal feito, que pode ser uma porta de entrada para bactéricas que atingem a medula espinhal (mielite ascendente) Leucose enzoótica bovina: vírus que induz formação de linfossarcomas, que pode atingir qualquer local do corpo, pode ocorrer compressão da medula quando atinge a medula, comum de atingir a cauda equina. Doenças Neurodegenerativas ENCEFALOPATIA ESPONGIFORME BOVINA - BSE: doença da vaca louca, afetam pessoas e animais. Causada por um agente desprovido de ácido nucleico - um príon >> é uma proteína infectante. 1936 – Scrapie: identificaram que era um agente biológico não convencional, causava doença em ovinos e caprinos. 1982 - descobriram a proteína fibrilar com placas amilóide 1985 - descobriram a proteína resistente a proteaes (PrP), chamada de príon. Esse príon não se degrada com nenhum agente, nem cozinhando, nada... Histórico: Normal - PrP c: proteína associada superfície célula – sinapse celular. Em alguns animais essa proteína muda sua estrutura e se torna a PrP sc Anormal: PrP sc (proteína príon do tipo scrapie. Essa é a proteína infectante, que causa a doença. Etiologia >>> Diferenciar uma da outra pela digestão da proteína pela proteinase K (o príon não se digere) São resistentes ao calor e procedimentos convencionais de esterilização Não induz resposta imune ou inflamatória pois não é agente com ácido nucleico Período de incubação longo (2 a 8 anos) e curso fatal Manifestação SNC (idênticas) - lesão neuro-histo é a mesma Proteínas específicas modificadas PrP sc Características comuns das encefalopatias transmissíveis: Scrapie: ovinos e caprinos - coceira psicogênica Encefalopatia espongiforme bovina (BSE, Doença vaca louca) - animal agressivo, hipersensível a estímulos Encefalopatia espongiforme felina Encefalopatia transmissível dos cervos Encefalopatias transmissíveis: Surgiu na década de 70-80 na Inglaterra, e ficou bem restrito a esse país. Uma das teorias é que por querer cortar gastos, e interromperam a utilização de solventes hidrocarbonetos e do calor úmido na indústria de ração. A outra teoria é a mutação de um animal que desenvolveu essa proteína, e ao ser usado pra ração foi disseminando a doença. Em 1992, ocorreu um surto da doença devido ao uso de farinha de carne e ossos pra alimentação dos bovinos. A infecção ocorre via oral, e pra ocorrer precisa da ingestão de altos níveis dessa proteína prionica, que se encontram principalmente no cérebro e medula Epidemiologia A via de infecção é alimentar, o príon PrP sc é captado no intestino e se replica no baço e linfonodos, e então é transportado ao longo do axônio até o neurônio. O príon afeta esses neurônios, mudando a configuração de suas proteínas e por se tratar de um príon não são digeridas pela proteases, vão infectando esse neurônio, matando-o e então vão para outros neurônios. Atinge primeiramente neurônios do cérebro e medula, depois tem distribuição periférica. Patogenia Os achados de necropsia são negativos, não causa alterações macroscópicas MACRO/ necropsia A lesão fica normalmente na região final do quarto ventrículo, no óbex Observa-se vacuolização no citoplasma do neurônio- Lesão patognomônica, aspecto de esponja MICRO/ histopatológica Para prevenir, não se pode fornecer alimentos de origem animal como a farinha de carne e ossos para ruminantes. Para humanos não pode ser ingerido alimentos que sejam materiais de risco específico (MRE) como cérebro, medula espinhal, olhos, tonsila e porção distal do íleo Doenças SN causadas por distúrbios nutricionais POLIENCEFALOMALÁCEA: Necrose da substância cinzenta do encéfalo. Comum em bovinos. Ocorre por várias causas Deficiência de tiamina (por tiaminases bacterianas, em dietas ricas em concentrado, a utilização de antiparasitários como amprolio e tiabendazole, e por plantas que contem tiaminase - a tiamina atua na bomba de sódio e potássio auxiliando no metabolismo da glicose do SNC. Intoxicação por enxofre Intoxicação por sal Intoxicação por chumbo Infecção por BHV -5 Etiologia Depressão, agressividade, salivação, cegueira, pressão da cabeça contra objetos e nistagmo (o olho fica girando), opistótono (olhar pras estrelas), convulsão, decúbito, tremores musculares e ranger dentes Sinais clínicos Quando é agudo ou subagudo, o animal morre rapidamente, geralmente lesões são discretas, com edema cerebral e conificação cerebelar. Observa-se um amarelamento da susbtância cinzenta Quando é crônico, encontra-se a substância cinzenta destruída MACRO Quando é agudo, encontra-se o neurônio vermelho, citoplasma bem eosinofílico e núcleo pequeno. Quando é crônico, ocorre a fagocitose desse material necrótico, observa-se as células de gitter MICRO INTOXICAÇÃO POR SAL: Mais comum nos suínos, relacionada com a privação hídrica prolongada (quando voltam a beber agua, bebem muito e desenvolvem edema cerebral) e alimentação com soro de leite, tem como característica a polioencefalomalacia e meningoencefalite eosinofílica (recrutamento de eosinófilos pra subst cinzenta). Na meingoencefalite eosinofílica, obs em suínos e presença de eosinófilos Inflamação do SNC Hematógena, axoplasmática, mucosa olfativa, infecções diretas/ por trauma,e de extensão (otites, sinusite...) Vias de infecção Meningite - inflamação meninges Paquimeningite - infl duramater Leptomeningite: infl pia mater Encefalite: infl encéfalo Mielite: inf medula espinhal Encefalomielite: encefalo e medula Terminologia Polioencefalite: subs cinzenta Leucoencefalite: subs branca Leuco e polioencefalomielite: ambas subst e medula Ganglioneurite: inflamação do ganglio/nervo Quando é VIRAL, normalmente é não supurativa, e quando é BACTERIANA é supurativa/purulenta/granulomatosa Encefalites virais CINOMOSE: Vírus RNA da família Paramyxoviridae, e gênero Morbillivirus As espécies susceptíveis são: cães domésticos e selvagens, raposas, furões, leopardos, guepardos e tigres. O vírus tem tropismo epitélios, tecidos linfóide e nervoso, ou seja, vírus pansistemico. Porta de entrada pela faringe/laringe > se multiplica nas tonsilas e linfonodos bronquiais, nos linfócitos e macrófagos > atinge circulação linfática > causa viremia > replicação em baçon, medula óssea... > disseminação do vírus para vários epitélios inclusive SNC Os sinais dependem virulência da cepa, da idade e do estado imunológico Patogenia Encefalomielite dos cães jovens (até 2 a) - Manifestações neurológicas e sistêmicas ou extra-neurais Encefalomielite multifocal dos cães adultos Encefalite dos cães idosos Encefalite pós-vacinal (pois a vacina é feito com vírus atenuado, podendo causar manifestação 1- 2sem após, com malácia e corpúsculos de inclusão. Quatro formas neurológicas: É necessária uma lesão/mordida ? contato com animais doentes - saliva > penetração nos miócitos (musc) > replicação > o vírus vai via fluxo axoplasmático > chega no ganglio espinhal > atinge medula > chega no encéfalo > replicação nos neurônios > atinge vários tecidos, inclusive na glândula salivar onde será eliminado PI longo, 2-12 sem Patogenia: Os animais com cinomose apresentam conjuntivite purulenta pois o vírus tem afinidade por epitélios, como o da conjuntiva, vai se multiplicando nas epitélio, a membrana basal vai respondendo produzindo mais células epiteliais, e essas células ficam susceptíveis a contaminação bacteriana secundária Também podem apresentar hiperqueratose dos coxins, já que possui afinidade por epitélios, causando lesões e o organismo responde com a queratinização. OBS também hipopalsia do esmalte dental Não encontra-se lesões no SNC, apenas em outros órgãos Enterite catarral Broncopneumonia MACRO Observa--se desmielinização da substância branca e cerebrlo (status spongiosis). Atinge principalmente astrócitos e oligodendrócitos (prod bainha de mielina) Necrose glial e neuronal acúmulo de células "gitter” CORPÚSCULO DE LENTZ: inclusão viral no núcleo dos astrócitos, lesão patognomônica da cinomose, isso no SNC, no resto no corpo é no citoplasma das células!! MICRO conjuntivite purulenta, diarreia, vomito, hiperqueratose dos coxins e focinho, sinais neurológicos, pneumonia Sinais clínicos O morcego hematófago é considerado reservatório da raiva, ele morde os animais inoculando o vírus. Os cães se infectam e mordem os animais transmitindo o vírus, os bovinos transmitem pelo contato com a saliva Epizootiologiaa: Bovinos: separação do lote, anorexia - para de se alimentar, docilidade ou agressividade (depende da cepa, + docilidade), queda de produção, tenesmo com diarréia, micção frequente e emagrecimento rápido. Apresentam midríase com olhar fixo, hipotonia do esfincter anal (nao tem reflexo), ranger de dentes, salivação excessiva, alotriofagia (comer objetos estranhos). Ficam com paralisia progressiva, em decúbito, tem convulsões e morte (agônica) Se animais de diferentes espécies morrem com sinal neurológico, isso é um indicativo de raiva Cães: mudança de comportamento, quase sempre agressividade, sialorreia, paralisia da face (maxilar) e paralisia progresiva Sinais clínicos RAIVA: vírus RNA Rhabdiviridae, gênero Lyssavirus. Zoonose que acomete várias espécies, é um problema pra bovinos no BR. Importante cuidar com uso de luvas e vacina. Hiperemia das leptomeninges Pode se que encontre a mordida do morcego Corpos estranhos no estômago Raramente tem malácia hemorrágica Em bovinos pode ter pneumonia aspirativa devido ficar em decubito e aspirar ruminal Bexiga repleta pois perde inervação MACRO Pode ser encontrado manguitos perivasculares - infiltrados de células mononucleares ao redor dos vasos sanguíneos Gliose difusa ou focal: multplicação de celulas da glia Ganglioneurite/ ganglio de gasser Inclusões intracitoplasmáticas em neurônios chamados de corpúsculos de Negri MICRO Histopatologia é demorada e pouco sensível Imunofluorescêncial: manda o encéfalo para os órgãos responsáveis, obs se vai fluorescer. Tem boa sensibilidade e é rápida Pode fazer inoculação em camundongos no cérebro e ve se desenvolvem sinais de raiva. Diagnóstico A localização do antígeno na imunofluorescência devem sempre incluir o tronco encefálico, na região de tálamo e bulbo. Causada por um herpesvirus, DNA envelopado, Varicellovirus. Afeta bezerros de 14 dias a 3 meses, bezerros recém-desmamados (6-7m) e bovinos jovens (1-2,5a) ou seja, quando os animais passam por uma janela imunológica e ficam imunossuprimidos Baixa morbidade e ALTA mortalidade!! A disseminação ocorre por aerossóis e secreções O vírus permanece em latência nos gânglios trigeminais e ressurgem quando o animal fica imunossuprimido Epidemiologia O vírus entra via oronasal, se replica no epitélio da mucosa nasal, faringe e tonsilas pela via axoplasmática, atinge corrente sanguínea e causa viremia Curso clínico de 4 a 15d Patogenia Depressão, cegueira (é de origem encefálica e não por um problema oftalmico), corrimento nasal, incoordenação e tremores, andar em círculos, nistagmo, opistótono, desequilíbrio e quedas Sinais clínicos Observa-se malácia cortiço- cerebral Policoencefalomalacia = necrose da subst cinzenta do cérebro MACRO Malácia, neurofagia (fagocitose dos neurônios), neuronios vermelhos, gliose, Corpúsculo de inclusão intraneural (dentro do núcleo dos neurônio) > lesão patognomônica MICRO Doença viral infecciosa causada por herpesvirus também, pansistêmica, altamente fatal, responsável por causar lesões erosivas ulcerativas em mucosas e pele, com proliferação sistêmica de células mononucleares e VASCULITE Possui duas formas: a africana, causada pela cepa AHV 1, e a americana/europeia causada pelo herpesvirus tipo 2. Afeta ruminantes - ovinos são portadores MENINGOENCEFALITE POR HERPESVIRUS BHV 5 FEBRE CATARRAL MALIGNA Comum de ocorrer quando tem criação de gado com ovinos, pois os ovinos são portadores da doença mas não a desenvolvem, porém podem passar para os bovinos imunossuprimidos, que podem morrer com a doença. Em época de partos de ovinos, tem grande eliminação de vírus, e se os bovinos tiverem contato com os restos de placenta podem se infectar. Período de incubação 2 a 8 semanas Pode ser caso superagudo: 1 a 3d - morre rápido; agudo: 9 a 14 dias; pode ser crônico também. Baixa morbidade e alta mortalidade A doença cursa com vasculite, proliferando células reticuloendoteliais, lesionando epitelios. No SNC causa vasculite no ganglio de gasser ( ramo do nervo trigemio, dentro da hipífise. Os sinais dependem de onde o vírus está atuando causando vasculite, podem apresentar corrimento nasal, opacidade da cornea (característico), salivação intensa, atrofia das papilas bucais, corrimento ocular, conjuntivite, lesões ulcerativas em mucosas e hematúria. Depressão, febre alta! linfadenopatia, dispneia, diarreia, dermatite Lesões neurológicos devido vasculite: Os bovinos ficam agressivos, com letargia, ataxia, quedas e convulsões, movimentos de pedalagem e opistótono Sinais clínicos Encontra-se vasculite mononuclear, muito infiltrado inflamatório NÃO TEM CORPÚSCULO DE INCLUSÃO MICRO Lesões erosivo-ulcerativas em mucosas Infiltrado inflamatório em vários tecidos Linfadenopatia - aumento linfonodos MACRO Histopatológico e PCR DIAGNÓSTICO Causada pelo Herpesvirus suis, é uma doençaque acomete suínos, que não está presente no Brasil mas é de notificação obrigatória. Chamada também de peste do coçar, os suínos adultos são portadores assintomáticos, em fêmeas pode ocorrer aborto e morte embrionária Animais jovens vem a óbito. Ocorre pela inalação de aerossóis, > se replica no trato respiratório superior > atinge via linfática, tonsilas e linfonodos (via axoplasmatica ou hematógena) > PATOGENIA Os leitões apresentam movimentos de pedalagem, tremores, convulsões, nistagmo, paralisia da deglutição, com isso não conseguem beber água. Apresentam febre!! Animais jovens tem meningoencefalite não purulenta ou panencefalite e ganglioneurite nos animais jovens, cursa com tonsilite, hepatite e esplenite necrótica Porcas tem aborto e morte embrionária Sinais clínicos Pode afetar também os CARNÍVOROS, bovinos e roedores. Os carnívoros apresentam sinais neurológicos também, e tem intenso prurido Coleta do encéfalo, faz histopatológico Virologia DIAGNÓSTICO Inclusões intranucleares células da glia e neurônios MICRO PSEUDORAIVA - DOENÇA DE AUJESZKY Acomete pequenos ruminantes, causa inflamação de articulação e processo inflamatório de encéfalo, notificação obrigatória!! Causada pelo Lentivirus CAUSA Encefalites e Meningites Não Supurativas Forma enfusiva: forma-se líquido, mais comum em animais jovens Forma seca: não causa líquido, mais comum em animais mais velhos Causada pelo coronavírus entérico (CEF) e vírus da peritonite infecciosa felina VPIF, causa alta mortalidade Tem vacina! Afeta felinos domesticos e selvagens conforme a imunidade, tem duas formas: O animal se infecta pelo vírus > multiplica e atinge circulação > causa vasculite e pode atingir SNC > sinais nervosos e lesões piogranulomatosas PATOGENIA ARTRITE ENCEFALITE CAPRINA PERITONITE INFECCIOSA FELINA Encefalites bacterianas Causada pela Listeria monocytogenes, é gram positiva, está presente no solo, plantas, silagem mal acondicionada. Acomete caprinos, ovinos e bovinos Possui a forma neurológica, septicemica e reprodutiva (aborto) ZOONOSE LISTERIOSE Bac ambiental, ingestão ou inalação > vai através de lesões de boca/nasal/conjuntiva > chega nos nervos cranianos > disseminação centrípeta PATOGENIA Salivação, oftalmite, paralisia facial, depressão profunda Sinais clínicos A bac tem predisposição pelo tronco encefálico, causa malácia na região de tronco (bem carac) MACRO encefalite bulbar multifocal com microabcessos na ponte e bulbo associados aos nervos V e VII MICRO Causada pelo Streptococcus suis tipo 2, acomete leitões na fase da creche. É uma bactéria comensal que eventualmente causa doença - imunossupressão. MENINGITE ESTREPTOCÓCICA Movimentos de pedalagem, Sinais clínicos A bac atua no animal imunossuprimido > migra pro SNC > causa pús nas meninges > meningite - recrutamento de neutrófilos PATOGENIA Espessamento e pús nas meninges Quadros hiperagudo encontra-se hemorragia invés de pús MACRO Células inflamatórias recobrindo as meninges, com presença de neutrófilos MICRO Sinais neurológicos Histopatológico Bacteriológico DIAGNÓSTICO Infecções umbilicais, caudectomias, feridas contaminadas Comum em neonatos, casos de onfaloflebite, onde as bactérias podem ascender em direção ao SNC > E. coli Feridas contaminadas podem cursar com desenvolvimento de sepse e sinal nervoso Outras bac: Trueperella pyogenes, staphylococcus e streptococcus. Casos de otite, sinusite, infecções oculares rinite, descorna também podem levar a sinais neurológicos > atinge via hematógena > extensão O uso da tabuleta em bezerros pode causar lesões e abcessos na pituitária, contamina a lesão e chega ao encéfalo. OUTRAS INFECÇÕES BACTERIANAS NO SNC Neuropatologias Provocadas por Toxinas Bacterianas Causada pela toxina do Clostridium botulinum. Comum em bovinos pelo hábito de ingestão de ossos ou silagem contaminada, água contaminada... Causa paralisia FLÁCIDA Cães são mais resistentes BOTULISMO Toxina via oral > se liga aos receptores da acetilcolina, inativando-a > inibe contração muscular > paralisia flácida Incubação de 24h a 7d, geralmente é fatal Patogenia Hipotonia de musculatura esquelética, debilidade generalizada progressiva e ataxia Paralisia da língua, atonia vesical, paralisia respiratória Em carnívoros pode gerar megaesôfago secundário Sinais clínicos Não há MACRO Não há. Para diagnóstico deve isolar a toxina MICRO Causada pela toxina do Clostridium tetani Produz esporos terminais (formato de palito fósforo) Acomete equinos, suínos, ruminantes... Através de feridas, partos em bovinos e castração em suínos. Aves Não TÉTANO Introdução dos esporos por uma ferida > a contaminação leva a queda do oxigênio pela tetanolisina > germinação dos esporos > produz toxinas (tetanolisina e tetanospasmina) > inibe a glicina (induz relaxamento) > inibe o relaxamento > paralisia rígida Tetanolisina: diminui O2 e lise tecido Tetanospasmina: via nervos perífericos e sangue, atua nas sinapeses causam a paralisia RÍGIDA/ESPÁSTICA Patogenia Não há, atua a nível de sinapse MACRO Não há. Para diagnóstico deve isolar a toxina MICRO Incubação é variável - 2sem a 1 mês Postura de cavalete, orelhas em tesoura, protusão de terceira pálpebra, trismo mandibular, causa em bandeira, hipertermia, sudorese e acidose metabólica Sinais clínicos Doenças causadas por Micotoxinas Causada pela Fumonisina B1 (Fusarium verticilloides), através de alimentos (milho, ração de baixa qualidade) contaminada LEUCOENCEFALOMALACIA DOS EQUINOS ingestão da toxina > interfere nas estruturas da membrana das células endoteliais > atinge lipídios de substância branca de membrana > necrose da substância branca do encéfalo Patogenia Incoordenação, caminhar sem rumo, letargia, anorexia, pressão da cabeça contra superfície Sinais clínicos Infecções parasitárias Chamada também de sarcocistos em equinos ou bambeira causada pela Sarcocystis neurona. HD É o gambá - Didelphis albiventris Os equinos são considerados hospedeiros aberrantes e HI MIELOENCEFALITE EQUINA POR PROTOZOÁRIO (MEP) Ingestão dos esporocistos em água e alimentos contaminados> penetram no epitélio intestinal > equizontes com merozoítos vão pro SNC nos citoplasmas dos neurônios da medula espinhal Patogenia Dificuldade locomotora, atrofia muscular, os equinos ficam em posição de cão sentado Sinais clínicos Causada pela Babesia bovis, hemoparasita que causa hemólise chega no SNC pelos vasos sanguíneos Quando é feito a necropsia no bovino que acabou de morrer e encontra-se o cérebro hiperemico (vermelho cereja) é uma lesão patognomônica da babesiose ENCEFALITE PROTOZOÁRIA EM BOVINOS - BABESIOSE Na citologia encontra-se o protozoário nas células endoteliais MICRO TOXOPLASMOSE e NEOSPOROSE Pode atingir o SNC e causar sinais clínicos neurológicos Neosporose pode causar inflamação da substância cinzenta da raiz dos nervos - polirradiculoneurite (cães). Neoplasias do SNC Tumor das meninges, pode causar compressão do encéfalo com perda do material encefálico, podendo causar lesões irreparáveis Comum em felinos! MENINGEOMA Derivados dos astrócitos, tumor mais firme, em qualquer local do encéfalo. Cães braquicefálicos são pré disponentes É muito invasivo, tem alta taxa de mitose, mas não causa metástase ASTROCITOMA Tumor de oligodendrócitos (responsáveis por produzir a bainha de mielina), tumor mais gelatinoso/gorduroso Cães braquicefálicos são pré disponentes Atinge principalmente substância branca. OLIGODENDROGLIOMA: T U M O R P R I M Á R I O Acomete vasos do SNC HEMANGIOSSARCOMA Das mamas, atingem linfonodos, baço, fígado, pulmões e então vai para o encéfalo TUMORES DE MAMA Derivados das células de Schwann, ocorre em plexo braquial ou lombosacro, tem aumento de volume no local do plexo, mais comum em pequenos animais SHWANNOMA Derivados das células de Schwann, mais comum em bovinos NEUROFIBROMA T U M O R S E C U N D Á R I O
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