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LEI 9.455 - LEI DE TORTURA

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LEI DE TORTURA 
LEI n° 9.455/97 
 
OBSERVAÇÕES 
 Constituição Federal de 1988 foi a primeira constituição brasileira a fazer menção 
expressa ao crime de tortura. 
 Dispositivo constitucionais a respeito da tortura: 
a) Art. 5°, inciso III – “ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano 
ou degradante”. 
b) Art. 5°, inciso XLIII – determina que a lei deverá considerar inafiançável e insuscetível 
de graça e anistia a prática de tortura. 
 Norma de eficácia limitada, mandado de criminalização constitucional. 
 Crime equiparado a hediondo, conforme o art. 5°, XLIII, da CRFB/88. 
Atenção! Tortura omissão não é equiparado a hediondo! 
 O primeiro dispositivo a tratar da tortura foi o revogado art. 233 da Lei 8.069/1990 - 
ECA, que estabelecia que submeter criança ou adolescente sob autoridade, guarda ou 
vigilância a tortura. 
 A elaboração do diploma normativo específico quanto à tortura decorreu dos fatos que 
se deram entre policiais militares na Favela Naval, em Diadema/SP, em que se noticiou 
diversas arbitrariedades. 
 Além da Lei 9.455/97 o BR também se tornou signatário de tratados envolvendo o 
combate a tortura. 
 Convenção contra a tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanas e 
degradantes, 1984. 
 Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto São José da Costa Rica). 
 
COMPETÊNCIA – em regra, competência da Justiça Estadual 
Exceções: 
a) Justiça Militar - no caso de Policial Militar, no exercício da função ou em razão dela, 
conforme o CPM. 
b) Justiça Federal – art. 109, inciso IV, da CF. 
c) Foro por prerrogativa de função – competência originária dos Tribunais 
 
CONSEQUÊNCIA DA TORTURA - insuscetibildiade de GRAÇA e ANISTIA. 
Atenção! O crime de tortura é PRESCRITÍVEL! 
Atenção! A ação de reparação civil decorrentes do período militar é IMPRESCRITÍVEL! 
Súmula 647/STJ – São imprescritíveis as ações indenizatórias por danos morais e materiais 
decorrentes de atos de perseguição política com violação de direitos fundamentais ocorridos 
durante o regime militar. STJ. 1ª Seção. Aprovada em 10/03/2021. 
Obs.: Apesar do Estatuto de Roma, o qual o Brasil é signatário, prevê que o crime de tortura 
é imprescritível, no ordenamento pátrio vigora a regra da prescritibilidade. 
 
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ESPÉCIES DE TORTURA 
a) Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe 
sofrimento físico ou mental. 
 Núcleo do tipo (verbo) – CONSTRANGER, significa retirar de alguém a liberdade 
de autodeterminação. 
 Constranger – submeter, subjugar, obrigar, compelir, forçar alguém a fazer ou 
deixar de fazer alguma coisa. 
 Deve ser praticado com violência ou grave ameaça. 
Obs.: Portanto, todos os crimes de tortura exigem DOLO (direto ou 
eventual), não há a titulo de culpa. 
 Contra pessoa. 
Obs.: Se for contra animal de estimação com o objetivo de atingir a pessoa 
poderá ser enquadrado. 
 Causar sofrimento físico (dor, tormento) ou mental (angustia, temor, violação 
moral, psicológica). 
 Sujeito ativo – qualquer pessoa, crime comum. 
Obs.: Não exige a necessidade de ser um agente público ou policial. 
Obs.: crime de jaboticaba – a modalidade de crime de tortura no brasil é única, 
criação brasileira. 
 Consumação – crime formal, se consuma com o constrangimento. 
 Tentativa – crime plurissubsistente, admite tentativa. 
Atenção! Na alínea “c” que fala do crime de tortura de constranger alguém 
em razão de discriminação racial ou religiosa, teremos um crime 
material, assim o resultado é a causação de sofrimento físico ou mental com 
o emprego de violência ou grave ameaça. 
 Em regra, crime instantâneo. 
Obs.: Exceção – circunstancias da necessidade de que para torturar 
necessidade deixar vários dias para dormir, por ex., será permanente. 
 Pena – reclusão, de 2 a 8 anos. 
 Espécies/classificação: 
1) TORTURA-CONFISSÃO ou INQUISITORIAL (inciso I, a). 
 Com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima 
ou de terceiros. 
 Abrange fatos penais, comerciais e até mesmo pessoais. 
2) TORTURA-CRIME (inciso I, b). 
 Provocar ação ou omissão de natureza criminosa. 
Atenção! Não alcança contravenções penais. 
Atenção! Ato infracional pode caracterizar tortura-crime, desde que 
seja análogo a crime. 
3) TORTURA-PRECONCEITO (inciso I, c). 
 Apenas discriminação RACIAL ou RELIGIOSA. 
Atenção! Não inclui etnia. 
Atenção! Recentemente o STF (HC 154.248) decidiu pela 
equiparação do crime de injuria racial ao crime de racismo, previsto 
na Lei n. 7.716/89, de modo que, passou a ser inafiançável e 
imprescritível. Atualmente essa decisão não se aplica ao crime de 
tortura preconceito, mas sinaliza uma postura da Corte a respeito 
dessa espécie de crime (que envolva caráter racial). Sendo provável 
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que no futuro a Corte Constitucional se manifeste pela 
imprescritibilidade dessa espécie de crime de tortura. 
 
b) TORTURA-CASTIGO, VINDICATIVA OU INTIMIDATÓRIA (II) - SUBMETER alguém, 
sob sua GUARDA, PODER OU AUTORIDADE, com emprego de violência ou grave 
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal 
ou medida de caráter preventivo. 
 Sujeito ativo – crime próprio, reclama vinculação do sujeito ativo com o 
sujeito passivo. 
Obs.: Crime bipróprio. 
 Sujeito passivo – crime próprio, vínculo com o sujeito ativo. 
Obs.: Crime bipróprio. 
 Finalidade especifica – aplicar castigo ou medida de caráter preventivo. 
 Pena – reclusão, de 2 a 8 anos 
 Diferença de tortura-castigo e maus-tratos (art. 136 do CP): 
 TORTURA MAUS-TRATOS 
Estrutura típica 
Submeter alguém, sob 
sua guarda, poder ou 
autoridade, com 
emprego de violência ou 
grave ameaça, a intenso 
sofrimento físico ou 
mental, como forma de 
aplicar castigo pessoal 
ou medida de caráter 
preventivo. 
Expor a perigo a vida ou 
a saúde de pessoa sob 
sua autoridade, guarda 
ou vigilância, para fim de 
educação, ensino, 
tratamento ou custódia, 
quer privando-a de 
alimentação ou cuidados 
indispensáveis, quer 
sujeitando-a a trabalho 
excessivo ou 
inadequado, quer 
abusando de meios de 
correção ou disciplina. 
Resultado 
INTENSO SOFRIMENTO 
FÍSICO OU MENTAL. 
EXPOSIÇÃO A PERIGO. 
Finalidade 
Como forma de aplicar 
castigo pessoal ou 
medida de caráter 
preventivo. 
Com o fim de educação, 
ensino, tratamento ou 
custódia. 
(animus corrigendi e 
disciplinandi) 
Pontos comuns 
Há relação de dependência entre agente e vítima, 
assim como a imposição de sofrimento físico e 
mental. 
 
a) TORTURA-IMPRÓPRIA ou EQUIPARADA (TORTURA PELA TORTURA) (§1°) - 
quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico 
ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de 
medida legal. 
 Pena – reclusão, de 2 a 8 anos 
 Sujeito ativo – crime próprio, quem tenha preso ou alguém submetido a medida 
de segurança sob sua custódia. 
Obs.: Crime bipróprio. 
 
Página 4 de 7 
 
Pergunta: A aplicação de RDD a preso ou pessoa submetida a medida 
de segurança é uma forma de tortura pela tortura? Não, isso porque o 
RDD trata-se de medida legalmente prevista. 
 
 Sujeito passivo – crime próprio, pessoa presa ou sujeita a medida de 
segurança. 
Obs.: Crime bipróprio. 
 Alcança qualquer espécie de prisão – poder ser civil, administrativa, militar ou 
penal (pena, cautelar, temporária). 
Pergunta: Há conflito aparente de normas entre o art. 13, II, da Lei 
13.859/2019 (Lei de Abuso de Autoridade) e o §1°, o art. 1°, da Lei de 
Tortura? Não! Apesar de os verbos serem semelhantes, na lei de abuso de 
autoridade temos a situação vexatória, enquanto que na lei de tortura teremos o 
sofrimento físico ou mental. 
 
b) TORTURA-OMISSÃO ou DELITO PARASITÁRIO/ACESSÓRIO (§2°) – aquele que 
se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evita-las ou apura-las, 
incorre na penade detenção de um a quatro anos. 
 Pena – detenção, de 1 a 4 anos. 
 Pena mais branda que o do torturador - exceção a teoria monista ou 
unitária. 
 Duas condutas do agente: 
 Não evitar; 
 Não apurar; 
Pergunta: O crime de tortura somente pode ser praticado de forma 
comissiva. ERRADO! 
 
QUALIFICADORAS DOS CRIMES DE TORTURA 
a) Resultar em lesão corporal de natureza GRAVE ou GRAVÍSSIMA – pena de reclusão, 
de 4 a 10 anos. 
Obs.: doutrina majoritária, exclusivamente preterdoloso (antecedente dolo, culpa 
no consequente). 
Obs.: se houver dolo em causar lesão corporal haverá concurso material com art. 129 
do CP. 
Obs.: Em regra, a qualificadora abrangerá todas as modalidades de tortura, com 
exceção, a tortura por omissão no caso de não apuração (2ª figura). 
b) Resultar morte - pena de reclusão, de 8 a 16 anos. 
Obs.: doutrina majoritária, exclusivamente preterdoloso (antecedente dolo, culpa no 
consequente). 
Obs.: Em regra, a qualificadora abrangerá todas as modalidades de tortura, com 
exceção, a tortura por omissão no caso de não apuração (2ª figura). 
Obs.: se houver dolo em causar morte haverá concurso material com art. 121 do CP. 
 
Pergunta: Qual a diferença entre a tortura qualificada pela morte e a morte por 
tortura? Está no dolo do agente, isso porque no primeiro o agente responderá pela 
morte a título de culpa, enquanto que no homicídio qualificado por morte, há dolo direto 
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neste resultado. No entanto, se o agente inicialmente pretendia apenas tortura e no 
decorrer da conduta decidir matar, ele responderá em concurso material de crimes. 
 
CAUSAS DE AUMENTO DA PENA – 1/6 a 2/3 da pena - MAJORANTE 
a) Cometido por agente público; 
 
Atenção! Doutrina majoritária entende que não se aplica essa causa de aumento de 
pena no caso dos crimes próprios, aqueles que necessariamente serão praticados por 
agentes públicos previstos nos §1° e 2° do art. 1°, sob pena de bis in idem. 
 
b) Cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou +60 
anos; 
c) Cometido mediante sequestro; 
 
Atenção! No caso de extorsão mediante sequestro não é causa de aumento de pena. 
Nessa situação, haverá concurso de crimes. 
TORTURA 
Mediante sequestro Extorsão mediante sequestro 
 
Tortura + causa de aumento de pena 
(art. 1°, §4°, da Lei 9.455/97). 
 
 
Concurso material entre tortura e 
extorsão mediante sequestro (Lei 
9.455/97 + art. 159 do CP) 
 
 
EFEITO DA CONDENAÇÃO POR CRIME DE TORTURA 
Condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu 
exercício pelo DOBRO (2x) do prazo da pena aplicada. 
Atenção! Efeito automático da condenação! 
Ps.: Únicos crimes que possuem efeito automático da condenação a perda do cargo, função ou 
emprego público é a TORO e OROC – TORTURA E ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA. 
Obs.: Para ocorrer a perda do cargo, função ou emprego é necessário que haja relação 
com o exercício da função. 
 
VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS 
a) Inafiançável. 
b) Insuscetível de graça ou anistia + indulto*. 
Pergunta: Cabe concessão de indulto? Não. É vedado, inclusive por hermenêutica de que 
ao falar da insuscetibildiade da graça também se refere a indulto. Além disso, o próprio STF 
entende pela vedação a concessão aos condenados por pratica de crime de tortura, em qualquer 
outro crime hediondo ou equiparado. 
Atenção! O indulto humanitário é cabível. 
Atenção! Possibilidade de obtenção do livramento condicional, salvo se for reincidente 
especifico. 
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Atenção! Possibilidade de liberdade provisória, exceto mediante fiança. 
Regime de cumprimento – inicialmente fechado, ressalvado no crime de tortura por 
omissão (§2°, art. 1°). 
Obs.: Doutrina majoritária entende também pela inconstitucionalidade com base na decisão 
incidental do STF no §1° do art. 2 da Lei 8.072/90. Mas o STF tem precedente entendendo pela 
sua aplicação (HC 123,316/SE, j. 09.06.2015, Info 789). 
 
EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA 
Aplica-se a lei de tortura quando o crime apesar de não ter sido cometido em território nacional, 
é a VÍTIMA BRASILEIRA ou ENCONTRA-SE O AGENTE EM LOCAL SOB JURISDIÇÃO 
BRASILEIRA (art. 2°). 
Pergunta: É possível a aplicação da lei de tortura com base na extraterritorialidade 
incondicionada com base no Código Penal? Errado! É com base na própria Lei 9455/97, 
que prevê expressamente tal possibilidade em seu art. 2°. 
Obs.: Vítima Brasileira considera-se nata, naturalizada e aquele com dupla cidadania. 
 
TEORIA DA TINCKING TIME BOMB SCENARIO THEORY OU CENÁRIO DE BOMBA-
RELÓGIO 
Pergunta: Do que se trata a teoria do salvamento ou do “tincking time bomb scenario 
theory”? Ela é adotada no BR? Trata-se da técnica de caráter emergencial que objetiva 
prevenir e/ou combater atos terroristas iminentes, desativando o “cenário de bomba-relógio”. 
É adotado no EUA, por meio do USA Patriotic Acts, que é um conjunto de normas cujo objetivo 
é combater o terrorismo em todas as suas formas. No Brasil não é aceito, nesse sentido o 
professor Luís Greco sustenta que a admissão da tortura em certos casos de forma sustentável 
significaria a proposição implícita de que “a dignidade é algo que se pode perder em razão de 
um comportamento prévio”, o que pode denominar de “regra de decadência” da dignidade 
humana. Para a aplicação dessa formulação é necessário a observância de 10 pressupostos, 
sendo: 
1. Sabe-se que há um plano de ataque específico; 
2. O ataque acontecerá em um prazo muito curto (é iminente). 
3. O ataque matará um grande número de pessoas. 
4. A pessoa sob custódia está envolvida no ataque. 
5. A pessoa tem informações que impedirão o ataque. 
6. Torturando a pessoa se obterá a tempo informações para evitar o ataque. 
7. Não há outro meio de conseguir as informações a tempo. 
8. Nenhuma outra ação poderia ser tomada para impedir o ataque. 
9. A motivação do torturador é apenas conseguir informações, com a genuína intenção de 
salvar vidas, e nada mais. 
10.Está é uma situação isolada, que não se repetirá com frequência. 
Obs.: Admitir a aplicação da relativização da tortura significaria a decadência da dignidade 
humana na sua forma máxima. 
 
QUESTÕES 
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VUNESP TJ/RJ 2016 - Maximilianus constantemente agredia seu filho Ramsés, de quinze 
anos, causando-lhe intenso sofrimento físico e mental com o objetivo de castigá-lo e 
de prevenir que ele praticasse “novas artes". Na última oportunidade em que Maximilianus 
aplicava tais castigos, vizinhos acionaram a polícia ao ouvirem os gritos de Ramsés. Ao chegar 
ao local os policiais militares constataram as agressões e conduziram ao Distrito Policial 
Maximilianus, Ramsés e Troia, mãe de Ramsés que presenciava todas as agressões, mas, 
apesar de não concordar, deixava que Maximilianus “cuidasse" da educação do filho 
sem se “intrometer". 
Diante da circunstância descrita, é correto afirmar que 
a) Maximilianus e Troia incorreram, nos termos da Lei n° 9.455/97, na prática do crime de 
tortura na qualidade de co-autores. 
b) Maximilianus incorreu, nos termos da Lei n° 9.455/97, na prática do crime de tortura na 
qualidade de autor, e que Troia, porém, não poderá ser responsabilizada, pois não 
concorreu para a prática do crime. 
c) Maximilianus incorreu, nos termos da Lei n° 9.455/97, na prática do crime de tortura na 
qualidade de autor, assim como Troia também teria incorrido no mesmo crime mas com 
base na omissão penalmente relevante prevista no Código Penal. 
d) Maximilianus incorreu, nos termos da Lei n° 9.455/97, na prática do crime de 
tortura na qualidade de autor, sendo que Troia será responsabilizada pela 
prática do crime de omissão em face da tortura praticada por Maximilianus, 
também previsto na Lei n° 9.455/97, tendo em vista que tinha o dever de evitá-
la. 
e) Maximilianus incorreu, nos termos da Lei n° 9.455/97, na prática do crime de tortura na 
qualidade de autor, eque Troia também será responsabilizada pela prática do mesmo 
crime, porém na condição de partícipe. 
 
TJ/SC 2013 - No crime de tortura previsto na Lei n. 9.455/97, a condenação do agente público 
somente acarreta a perda do cargo se ficar demonstrada a reincidência. (ERRADO) 
 
TJM/SP 2016 – Considere a seguinte situação hipotética: João, agente público, foi processado 
e, ao final, condenado à pena de reclusão, por dezenove anos, iniciada em regime fechado, 
pela prática do crime de tortura, com resultado morte, contra Raimundo. Nos termos da Lei no 
9.455, de 7 de abril de 1997, essa condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego 
público: 
a) e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada. 
b) e a interdição para seu exercício pelo triplo do prazo da pena aplicada. 
c) e a interdição para seu exercício pelo tempo da pena aplicada. 
d) desde que o juiz proceda à fundamentação específica. 
e) como efeito necessário, mas não automático.

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