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Fungos-microbiologia

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Microbiologia- M4 2 ° Bim. Ana Laura Coradi T.XXII 
1 
 
Biologia geral e 
ultraestrutura dos fungos 
 
I. Conhecer a morfologia dos fungos 
II. Conhecer os processos reprodutivos dos 
fungos 
III. Conhecer a classificação dos fungos 
IV. Conhecer as principais micotoxinas 
 
 
• São excelentes decompositores. 
• São simbiontes (fazem parte da nossa 
microbiota). 
• Patógenos e parasitas. 
• Apresentam semelhanças com as nossas 
células, sendo assim é mais difícil o 
tratamento. Proximidade evolutiva os torna 
um desafio terapêutico. 
• São organismos eucarióticos, aeróbios e 
heterotróficos que se nutrem por absorção 
• Podem ser parasitas de organismos ou 
matéria orgânica em decomposição 
• Apresentam reprodução assexuada e 
sexuada 
• Em substratos apropriados os esporos 
germinam produzindo formas diversas 
como bolores (fungos pluricelulares) ou 
leveduras (fungos unicelulares). 
• As radiações ultravioleta da luz solar tem 
efeito fungistático (diminuição da ação dos 
fungos), mesmo efeito que o Sol 
diretamente. 
• Necessitam de água: ambientes devem 
permanecer secos para contenção dos 
fungos. 
Somente 150 espécies dos fungos são capazes de 
causar doenças em mamíferos em geral. 
Nas últimaas décadas tem se percebido um 
aumento da frequência de infecções fúngicas que 
levam ao quadro de mortalidade e morbidade. 
Nos últimos 20 anos somente uma nova droga foi 
descoberta, as ecnocandinas, que tem como alvo a 
parede celular. 
 
1- fungos filamentosos= bolores. O filamento 
do fungo é chamado de hifa, que podem 
ser de dois tipos, a hifa cenocítica 
(mangueira de jardim, não tem divisão entre 
as células) e a hifa septada (bambu), maior 
parte das doenças é causada pela hifa 
septada. 
2- leveduras= células fúngicas arredondadas, 
isoladas. 
3- fungo dimórfico= na temperatura ambiente 
se apresentam em forma filamentosa e 
quando infecta o ser humano toran-se uma 
levedura. Essa mudança ocorre devido ao 
aumento da sua capacidade de 
disseminação e dispersão sistêmica. 
4- pseudohifa= são leveduras alongadas que 
estão ligadas umas as outras. 
Quando a diferenciação deles não é possível parte-
se para a diferenciação das estruturas 
morfológicas, os micelios, presentes em fungos 
filamentosos. 
Temos micélios: 
• Reprodutivo, 
• Aéreo (da origem ao micélio reprodutivo, 
não fica imersa ao substrato, é importante 
para a dispersão do fungo) 
• Vegetativo ( fica dentro do meio de cultura 
absorvendo nutrientes). 
Os micelios possuem comunicação entre si, são 
interligados. 
 
Leveduras 
Estrutura das leveduras: 
Todo fungo é Gram +. A diferenciação de um coco 
positivo para um fungo levedura, será o tamanho. 
As leveduras são muito maiores que os cocos, não 
necessitam de óleo de imersão para serem 
observadas. 
Meios de cultura cromogênicos: fungos ficam com 
coloração diferente no meio de cultura. 
 
Objetivos 
Características dos fungos 
Classificação morfológica dos fungos 
Microbiologia- M4 2 ° Bim. Ana Laura Coradi T.XXII 
2 
 
Fungos filamentosos 
Eles são distinguíveis a olho nu no meio de cultura, 
seja pela cor, seja pelo formato, é distinguível 
macromorfologicamente. Apresentam 
diferenciação em hifa septada e hifa cenocítica. 
Na septada, cada septo é individual, a lesão em 
somente um septo não causa comprometimento no 
funcionamento do fungo num geral. 
 
 
Essa divisão foi feita baseado na reprodução 
sexuada e assexuada, taxonomia. 
• ascomicetos 
• zigomicetos 
• basidiomicetos 
• deuteromicetos= grupo que não existe 
mais, eles foram rearranjados nos outros 3 
grupos acima. 
Algumas classificações desses fungos são 
baseadas nos seu propágalos sexuais. 
Divisão zygomycota- zigomicetos: 
• Hifas não separadas ou cenocíticas 
• Reprodução sexuada e assexuada 
Exemplo: fungo negro: Mucur racemosus, causam 
erosão do trato respiratório superior. 
 
Divisão ascomycota- asmicomicetos: 
• Leveduras, hifas septadas e pseudohifas 
• Apresentam reprodução sexuada e 
assexuada 
Exemplo: Candida albicans, Histoplasma 
capsulatum, Penicillium notatum, Saccharomyces 
cerevisiae. 
 
Divisão Basidiomycota- basídeosmicetos: 
• São leveduras e hifas septadas 
• Apresentam reprodução sexuada e 
assexuada 
Exemplo: Cryptococcus spp (causa complicações 
respiratórios, no SNC e lesões cutâneas), Amanita 
verma, Agaricus campestris. 
 
 
 
Biologia geral dos fungos: 
Apresenta grandes vacúolos, que apresentam 
lipases, proteases, que são eliminadas no ambiente 
para destruição do nosso tecido. 
Apresentam parede celular que ajuda na sua 
virulência, mas também pode ser alvo de vários 
fármacos. 
Membrana plasmática, que é o principal alvo dos 
fármacos. 
 
Cápsula dos fungos 
É uma cadeia frouxa fibrilar (rede) de 
polissacarídeos (açúcares). 
Geralmente ela apresenta uma grande dimensão, 
muito maior que o fungo em si. Essa espessura 
maior é dependente de nutrientes e de CO2 
Não são todos os fungos que possuem cápsula. 
Ela auxilia na proteção do fungo contra agentes 
ambientais e de macrófagos que tentam fagocitá-
lo. As vezes não conseguem pelo tamanho do 
fungo e se juntam nas chamadas Células Gigantes 
(aglomerados de macrófagos). 
 
Parede celular 
É comum em todos os fungos. 
Apresenta estrutura variável. 
É formado por um conjunto de moléculas como: 
polissacarídeos (glucanas, mananas e *quitina) e 
glicoproteínas, que formam uma estrutura fibrilar 
que terá características diferentes em cada fungo, 
sendo responsável pela adesão do fungo e 
dependendo dos tipos de polissaacarídeos, 
Identificação dos fungos 
Ultraestrutura e mecanismos de 
patogenicidade dos fungos 
Microbiologia- M4 2 ° Bim. Ana Laura Coradi T.XXII 
3 
 
ocorrerá uma interação melhor e maior com as 
células do sistema imune. 
*Quitina: um dos polissacarídeos da parede que 
pode ser usada como alvo de fármacos. 
A parede pode mudar de composição quando sai 
do ambiente e entra em um organismo, um grande 
fator de virulência. 
 
Membrana Celular dos fungos 
Apresenta lipídeos: fosfolipídeos, ácidos graxos, 
glicolipídeos, ergosterol ( confere estabilidde para 
abicamada e permite a fluidez sem cristalização). 
Apresenta em sua compisição também as 
proteínas que farão um transporte específico, com 
enzimas de reações associadas a membrana, com 
ligação estrututal entre o citoesqueleto, a matriz 
celular e os receptores. 
 
 
1- Endoreplicação Fúngica: 
Replicação de determinados trechos ( Que contém 
genes de virulência) do genoma exponencialmente 
devido a entrada no organismo humano. 
Aumenta consideravelmente o número de cópias 
dos fatores de virulência do fungo, é um processo 
muito comum, sendo uma das formas de causar 
dano ao ser humano. 
 
2- Produção de enzimas extracelulares por 
fungos: 
Produzem proteases e lipases em grande 
quantidade que tem capacidade de degradar as 
proteínas do tecido humano e eliminar citocinas 
sinalizadores, a fim de conseguir nutrientes e 
diminuir a resposta imunológica. 
3- Podução de biofilmes 
Biofilme: Conjunto de células de microorganismo 
que formam um complexo celular que pode ter ou 
não uma especialização funcional. 
Capacidade de produção de biofilme é restrita a 
alguns fungos. Ex: fungo da candidíase. A 
vantagem do biofilme é que as camadas mais 
internas onde se localizam o fungo no organismo 
fica protegida da ação do sistema imune e também 
de fungicidas, dando continuidade a replicação 
fúngica. 
4- Produção de melanina 
A melanina é produzida pelos fungos e se aloja naparede celular dos fungos, tendo como função a 
neutralização de reativos de oxigênio produzidos 
pelo SI e também inativa anti-fúngicos. 
O fungo que apresenta essa capacidade é mais 
resistente, pois consegue se defender melhor do SI 
e também dos antifúngicos. 
5- Polimorfismo ou Dimorfismo 
Capacidade do fungo de adquirir outras formas. 
Pode ser induzido pelo aumento de temperatura do 
organismo, mas outros estímulos como hormônios 
também podem gerar essas mudanças de 
conformação. 
Ex: Candida albicans: capacidade de ser 
pseudohifas, hifas e leveduras. A mudança de 
levedura para hifa no caso das Candidas, é 
interessante pois a produção do broto que será a 
hifa, exerce uma pressão física que permite a 
penetração no epitélio. No sangue ela é encontrada 
em forma de leveduras. Hifas e Pseudohifas são 
encontradas na mucosa genital ,por exemplo. 
 
 
São substâncias tóxicas para o corpo humano. 
Geralmente não estão ligadas ao processo 
infeccioso. 
Patologias causadas por Fungos 
Alergias: decorrentes da inalação do fungo ou de 
seus antígenos sem indivíduos atópicos. 
Toxicoases: são divididas em micetismo e 
micotoxicose. 
• micetismo: sintomas resultantes da 
ingestão de cougumelos venenosos. 
Amplificação gênica em fungos 
Micotoxinas 
Microbiologia- M4 2 ° Bim. Ana Laura Coradi T.XXII 
4 
 
• micotoxicose: alimentos contaminados por 
toxinas de fungos, que são micotoxinas. 
São toxinas estáveis. Alimentos 
contaminados com as micotoxinas devem 
ser descartados. 
 
Características das micotoxinas 
São substâncias estáveis e resistentes. Há cepas 
toxigênicas e não toxigênicas. 
Podem ser encontrados em produtos agrícolas 
como: cereais, sementes,oleagenosas, frutos, 
temperos, alimentos de origem animal como leite e 
derivados (animal ingeriu o fungo), e também pode 
ser encontrado em alimentos advindos de 
fermentação. 
A contaminação pode ocorrer desde o cultivo até 
antes do consumo. 
A alta umidade do ar atmosférico (95%), as altas 
temperaturas e o substrato rico em amido 
favorecem o surgimento de fungos que produzem 
essas micotoxinas. 
Prevenção: armazenamento adequado, aplicação 
de antifúngicos e monitoramento sanitário. 
 Essas micotoxinas podem ter um efeito 
sinergístico. 
A maioria atua em estruturas celulares ou em 
processos celulares essenciais. 
 Efeito no organismo depende da dose e a 
frequência da exposição. 
Contaminação aguda pode levar a sintomas como: 
ataxia, alucinações, hemorragias, necrose de 
órgãos. 
Contaminação crônica pode levar a danos em 
diversos órgãos como fígado, rins, SN, trato 
garstrointestinal, além de alterações do sistema 
imuológico (aumenta a susceptibilidade a 
infecções), atividade estrogênica, mutagênica e 
teratogênica. 
Exemplo de micotoxinas: 
Aflatoxinas: uma das micotoxinas mais frequentes, 
é a produzidas por Aspergilus sp. São encontradas 
em nozes, cereias, frutas, leite e derivados. a 
contaminação aguda causa necrose no fígado, 
apresenta grande atividade mutagênica, 
teratogênica e imunossupressora. os órgãos mais 
atingidos são: fígado, rins e no cérebro. 
Fazem ligações covalentes com os sítios 
nucleofílicos do DNA e RNA formando adutos. A 
formação dos adutos é frequentemente encontrada 
no gene p53 em pacientes com câncer de fígado 
que possuem altos níveis de contaminação de 
aflatoxinas. 
Penincilina: são produzidas por Penicillium sp.É 
altamente eficiente contra as bactérias Gram+ e 
não é tóxica ao homem. 
Cefalosporina: produzida por Cephalosporum 
acremonium, é utilizada como antibiótico, é 
altamente eficiente contra bactérias Gram – e 
Gram +, não sendo tóxica para o homem.

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