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Farmacologia II Eduarda Muzzi XXV Farmacologia da Diabetes · Introdução • O diabetes melito é um espectro de distúrbios metabólicos que se originam de inúmeros mecanismos patogênicos resultando, todos eles, em hiperglicemia • Fatores tanto genéticos quanto ambientais contribuem para a sua patogenia: que envolve secreção insuficiente de insulina; redução da responsividade à insulina endógena ou exógena; aumento na produção de glicose ou anormalidades no metabolismo dos lipídeos e das proteínas • O consequente desenvolvimento de hiperglicemia pode levar a sintomas agudos e a anormalidades metabólicas • As principais fontes de morbidade do diabetes consistem nas complicações crônicas que surgem em decorrência da hiperglicemia prolongada = como retinopatia, neuropatia, nefropatia e doença cardiovascular - Em muitos pacientes, essas complicações crônicas podem ser aliviadas = por meio de controle contínuo do nível de glicemia e tratamento de comorbidades como hipertensão e dislipidemia • Dispõe-se de ampla variedade de tratamento para hiperglicemia que têm como alvo diferentes processos envolvidos na regulação ou desregulação da glicose · PÂNCREAS ENDÓCRINO • O pâncreas endócrino é constituído de ilhotas de Langerhans = distribuídas por toda glândula - No interior das ilhotas existem pelo menos quatro tipos de células produtoras de hormônios - Os produtos hormonais dessas células são: • a insulina, o hormônio anabólico e de armazenamento do organismo • o polipeptídio amilóide das ilhotas (IAPP ou amilina), que modula o apetite, o esvaziamento gástrico e a secreção de glucagon e de insulina • o glucagon, o fator hiperglicemiante que mobiliza as reservas de glicogênio • a somatostatina, um inibidor universal das células secretoras • o peptídeo pancreático, uma pequena proteína que facilita os processos digestivos através de um mecanismo que ainda não foi esclarecido • e a grelina, um peptídeo que aumenta a liberação do hormônio de crescimento da hipófise • O diabetes melito é definido por = níveis elevados de glicemia associados a uma secreção pancreática de insulina inadequada de insulina ou ausente , com ou sem comprometimento concomitante da ação da insulina - Os estados mórbidos subjacentes ao diagnóstico de diabetes melito são classificados em quatro categorias • tipo 1, diabetes dependente de insulina • tipo 2, diabetes não-dependente de insulina • tipo 3, outro • tipo 4, diabetes melito gestacional · Diagnóstico do diabetes melito • Homeostasia normal da glicose: glicose plasmática em jejum < 5,6 mmol/L (100 mg/dL) • Glicemia em jejum alterada (GJA) - 5,6 a 6,9 mmol/L (100-125 mg/dL) • Tolerância à glicose diminuída (TGD) - nível de glicose entre 7,8 e 11,1 mmol/L (140-199 mg/dL) • Diabetes melito: · Diabetes melito tipo 1 • O diabetes tipo 1 : destruição seletiva das células Beta e deficiência grave ou absoluta de insulina • O diabetes tipo 1 ainda é subdividido: em causas imunes (1a) e idiopáticas (1b) • A forma imune representa a categoria mais comum de diabetes tipo 1 - Embora os pacientes tenham, em sua maioria menos de 30 anos de idade por ocasião do diagnóstico, o início da doença pode ocorrer em qualquer idade - A suscetibilidade parece envolver uma ligação genética multifatorial = porém apenas 10 a 15% dos pacientes apresentam história familiar positiva • A terapia com reposição de insulina é necessária para manutenção da vida • A interrupção da terapia de reposição com insulina pode comportar risco de vida e resultar em cetoacidose diabética ou morte - A cetoacidose diabética é causada pela presença insuficiente ou ausência de insulina = resultando na liberação excessiva de ácidos graxos com formação de níveis tóxicos de cetoácidos · Diabetes melito tipo 2 • O diabetes tipo 2 caracteriza-se por resistência tecidual à ação da insulina, juntamente com deficiência relativa na secreção do hormônio • O indivíduo pode apresentar maior resistência ou maior deficiência de células Beta -> As anormalidades podem ser discretas ou graves • Apesar da produção de insulina pelas células B nesses pacientes, o hormônio é inadequado para superar a resistência e ocorre elevação do nível de glicemia • O comprometimento na ação da insulina também afeta o metabolismo dos lipídios, resultando em aumento do fluxo de ácidos graxos livres • e dos níveis de triglicerídeos e, de modo recíproco em baixos níveis de lipoproteína de alta densidade (HDL) • Os indivíduos com diabetes tipo 2 • podem não necessitar de insulina para sobreviver -> entretanto, 30% ou mais beneficiam-se da insulinoterapia para controlar a glicemia OBS: É provável que 10 a 20% dos indivíduos com diagnóstico inicial de diabetes tipo 2 e tenham, na realidade, os tipos 1 e 2 • Embora os pacientes com diabetes tipo 2 não desenvolvam habitualmente cetose, pode ocorrer cetoacidose em conseqüência de situações de estresse -> como infecções ou uso de medicação que aumenta a resistência, como por exemplo, corticosteróide • Nos indivíduos com diabetes tipo 2 não-tratados e inadequadamente controlados = a desidratação pode levar a uma condição potencialmente fatal = denominada coma hiperosmolar não-cetótico - Nessa condição = o nível de glicemia pode atingir 6 a 20 vezes a faixa normal e o indivíduo apresenta alteração do estado mental ou perda da consciência = urgencia medica e reidratação · Diabetes melito tipo 3 • A designação tipo 3 refere-se a múltiplas outras causas específicas de elevação da glicemia: - pancreatectomia - pancreatite - doenças não-pancreáticas - terapia farmacológica · Diabetes melito tipo 4 • O diabetes gestacional (DMG) refere-se a qualquer anormalidade dos níveis de glicose observada pela primeira vez durante a gravidez • Durante a gravidez a placenta e os hormônios placentários criam resistência à insulina, que se torna mais pronunciada no último trimestre • Recomenda-se uma avaliação do risco de diabetes = pré-natal OBS: Muitos indivíduos com diabetes tipo 2 são assintomáticos na ocasião do diagnóstico, com frequência o diabetes é descoberto em um exame de sangue de rotina, por razões não relacionadas com a glicose • Rastreamento disseminado do diabetes tipo 2 em adultos com as seguintes características: • Idade acima de 45 anos • Ou índice de massa corporal superior a 25 kg/m2 , com um destes fatores de risco adicionais: - sedentarismo, hipertensão, baixo nível de HDL • história familiar de diabetes melito tipo 2 • grupo étnico de alto risco (negros, latinos, nativos americanos, asiáticos) • teste de glicose anormal (GJA, TGD, A1c de 5,7-6,4%) • doença cardiovascular, manifestações de resistência à insulina • ou mulheres com síndrome de ovário policístico, ou que anteriormente deram à luz um lactente de alto peso ao nascer ou que apresentavam DMG • No rastreamento para diabetes = o nível plasmático de glicose em jejum (a A1c) e a glicose plasmática após um teste de tolerância à glicose oral são igualmente válidos, a glicose em jejum e a A1c são usadas com mais frequência • O diagnóstico e o tratamento do diabetes tipo 2 quando estabelecidos precocemente = retardam as complicações relacionadas ao diabetes e reduzem a carga da doença • Diversas intervenções mostram-se efetivas = incluindo o uso de agentes farmacológicos e a modificação do estilo de vida • Na atualidade não se recomenda o rastreamento para o diabetes tipo 1 · Objetivos da terapia do diabetes • A terapia para o diabetes tem por objetivo = aliviar os sintomas relacionados com a hiperglicemia = fadiga, poliúria, perda de peso e evitar ou reduzir a descompensação metabólica aguda e as complicações crônicas dos órgãos-alvo • O controle da glicemia é realizado por meio de: - determinações em curto prazo -> automonitoração do nível de glicemia; monitoração contínua da glicose - e em longo prazo -> A1c, frutosamina • Com a medição da glicose do sangue capilaro paciente pode determinar o nível de glicose do sangue capilar durante os períodos habituais de jejum e prandial, relatando esses valores à equipe de tratamento do diabetes • A monitoração contínua da glicose intersticial = constitui uma tecnologia em rápida evolução, que possibilita uma medida quase em tempo real dos níveis de glicemia está sendo usada com mais frequência no tratamento do diabetes tipo 1 • A A1c (hemoglobina glicada, não necessita de jejum) = reflete o controle glicêmico durante os 3 meses precedentes, • As medidas das proteínas séricas glicosiladas ou da albumina glicosilada (frutosamina) =refletem o controle glicêmico durante as 2 semanas precedentes A1c= hemoglobina glicada · Aspectos não farmacológicos da terapia do diabetes • O paciente com diabetes deve: receber educação nutricional, praticar exercícios e tomar medicamentos destinados a reduzir o nível plasmático de glicose • No diabetes tipo 1 a correspondência entre o aporte de calorias e a dose de insulina é muito importante • No diabetes tipo 2 a dieta é direcionada: para a perda de peso, a redução da pressão arterial e a diminuição do risco de aterosclerose - Há evidências convincentes de que a cirurgia metabólica pode evitar ou até mesmo reverter o diabetes tipo 2 = os ensaios clínicos mostram uma maior eficácia do que o tratamento clínico INSULINAS • A utilização de insulina é a única alternativa em pacientes com DM tipo 1 e a escolha final para pacientes com DM2 • O objetivo de se administrar insulina pode variar de acordo com o paciente e também de acordo com o período do dia • As preparações de insulina injetável = são por via subcutânea e consistem desde a exata molécula de insulina humana até análogos recombinantes com alterações que visam a melhorias na farmacocinética, como absorção, início e pico de ação e duração do efeito • Uma vez que o objetivo é combater a hiperglicemia a posologia deve ser arquitetada de modo eficiente, evitando o risco de uma hipoglicemia, principalmente em administrações prandiais • O desconforto nas várias administrações subcutâneas ao dia levou ao desenvolvimento das formas de longa ação com o objetivo de manter o controle prolongado · Formulações de insulina •As preparações de insulina são classificadas, de acordo com sua duração de ação: em preparações de ação curta e de ação longa • Na categoria de ação curta, é comum distinguir = as insulinas de ação muito rápida (asparte, glulisina, lispro) e da insulina regular • Duração longa: duração mais longa de ação (degludeca, detemir, glargina) e da insulina NPH • Os diversos tipos de insulina têm diferentes objetivos no controle da glicemia: - As preparações ultrarrápida e rápida (regular) têm como objetivo o controle da glicemia pós-prandial, uma vez que iniciam sua ação rapidamente e têm um pico breve - Já a intermediária, a ultralenta e a prolongada = buscam manter a glicemia basal sob controle • As alterações estruturais na molécula de insulina = oferecem diferentes curvas de concentração de insulina no sangue durante a terapêutica: • As diferenças na absorção e na biodisponibilidade = se dão por um fator físico químico que é a propriedade da insulina nativa (regular) em solução, se organizar em hexâmetros = ou seja, uma partícula com seis moléculas de insulina • Apenas o monômero (uma molécula) é capaz de atravessar as paredes dos capilares e atingir a corrente sanguínea, determinando, assim, o tempo de início de ação • As modificações na molécula de insulina alcançadas pela tecnologia recombinante = buscaram alterar essa interação entre as moléculas = proporcionando tanto fórmulas com absorção mais rápida quanto mais lenta Intra Venosa só a regular · Insulinas ultra rápidas • Foram desenvolvidos com alterações de alguns aminoácidos, para fazer com que não haja formação dos hexâmetros, mas somente dímeros ou monômeros • possibilitando um reduzido tempo de absorção • A vantagem está em possibilitar que a administração seja feita até mesmo durante uma refeição, sem a necessidade de antecipar, como é o caso da insulina regular (nativa) > asparte, glulisina e lispro • tem regularidade de absorção (em torno de 5%) • Todos esses fatores colocam esse grupo como o preferido para bombas de infusão subcutânea • Sofrem absorção mais rápida dos locais subcutâneos do que a insulina regular • Devem ser injetados = 15 min ou menos antes de uma refeição. • Quando usados no tratamento da glicemia após refeições os análogos de ação curta apresentam taxas mais baixas de hipoglicemia e melhora modesta dos níveis de A1c em comparação com a insulina regular · Insulina regular de ação curta •As moléculas de insulina nativa ou regular estão associadas na forma de hexâmeros em solução aquosa, em pH neutro -> e essa agregação retarda a absorção após a injeção subcutânea do hormônio • A insulina regular deve ser injetada = 30 a 45 min antes de uma refeição • também pode ser administrada por via intravenosa ou intramuscular • A insulina regular não tamponada é apenas para injeção subcutânea e não deve ser administrada por via intravenosa ou intramuscular · Insulinas de ação longa > A insulina NPH (insulina isofana) = é uma suspensão de insulina nativa, complexada com zinco e protamina em tampão de fosfato • Isso produz uma solução turva ou esbranquiçada = em comparação com a aparência transparente de outras soluções de insulina • A insulina NPH dissolve-se de modo mais gradual quando injetada por via subcutânea = duração de ação é prolongada • A insulina NPH é habitualmente administrada em combinação com uma insulina de ação curta > A insulina glargina = é um análogo da insulina humana de ação longa • Quando injetada no pH neutro do espaço subcutâneo -> ocorre agregação = resultando em absorção prolongada • Devido a seu pH ácido = não pode ser misturada com preparações de insulina de ação curta que sejam formuladas em pH neutro • A glargina apresenta um perfil de absorção sustentado sem pico e proporciona uma cobertura de insulina de 24 h = mais previsível do que a insulina NPH quando injetada 1 vez/dia • Ensaios clínicos sugerem que a insulina glargina apresenta um menor risco de hipoglicemia, particularmente à noite em comparação com a insulina NPH • Pode ser administrada a qualquer momento durante o dia com eficácia equivalente e não se acumula depois de várias injeções • Diferentes preparações são formuladas em diferentes concentrações: Lantus é formulada em 100 unidades/mL ,Toujeo, em 300 unidades/mL = Toujeo pode ter maior duração de ação do que Lantus. Basiglar é uma formulação de glargina biossemelhante > A insulina detemir = é um análogo da insulina modificado pela adição de um ácido graxo saturado • produzindo uma insulina miristoilada • Quando a insulina detemir é injetada por via subcutânea • liga-se à albumina por meio de sua cadeia de ácido graxo • Em pacientes com diabetes tipo 1 • a insulina detemir administrada 2 vezes/dia • apresenta um perfil de tempo-ação mais uniforme • e redução da prevalência de hipoglicemia em comparação com a insulina NPH • Os perfis de absorção das insulinas glargina e detemir são semelhantes • porém a insulina detemir frequentemente exige administração 2 vezes/dia > A insulina degludeca é uma insuilna modificada com deleção de um aminoácido e conjugada com o ácido hexadecanedioico • é ativa em pH fisiológico > forma multihexâmeros após injeção subcutânea • provoca hipoglicemia menos grave em comparação com a glargina · Insulina inalada (Afrezza) • É formulada para inalação • Essa formulação deve ser utilizada com uma insulina de ação longa • apresenta início mais rápido de ação e duração mais curta do que análogos de insulina injetáveis • Não é amplamente usada • Os efeitos adversos consistem em: tosse e irritação da garganta • Não deve ser administrada a indivíduos que fumam · Formas de administração da insulina • A maioria das insulinas = é injetada por via subcutânea - Dispõe-se de sistemas de injetor ajato = sem agulha • Infusões intravenosas de insulina mostraram-se úteis = para pacientes com cetoacidose ou quando as necessidades de insulina podem mudar rapidamente, como = - durante o período perioperatório, trabalho de parto ou em situações de cuidados intensivos • A insulina de ação longa não deve ser administrada por via intravenosa ou intramuscular ou com dispositivo de infusão · Fatores que afetam a absorção de insulina Após sua administração subcutânea: • o local de injeção, o tipo de insulina, o fluxo sanguíneo subcutâneo = fazer rodizio do local para evitar lipertrofia • o tabagismo, a atividade muscular regional no local da injeção • o volume e a concentração da insulina injetada e a profundidade da injeção OBS: a insulina tem um início de ação mais rápido quando administrada por via intramuscular do que por via subcutânea • O aumento do fluxo sanguíneo subcutâneo = produzido por massagem, banho quente ou exercício = aumenta a taxa de absorção • O abdome constitui o local preferido de injeção pela manhã -> a insulina é absorvida 20 a 30% mais rapidamente a partir desse local do que no braço • Recomenda-se o revezamento dos locais de injeção da insulina para evitar ou limitar a ocorrência de cicatriz subcutânea, lipo-hipertrofia ou lipoatrofia · Posologia: • Esquemas posológicos comumente utilizados = incluem misturas de insulina administrada em duas ou mais injeções ao dia • Na maioria dos pacientes, a terapia de reposição com insulina inclui uma insulina de ação longa (basal) e uma insulina de ação curta para suprir as necessidades pós-prandiais • Os pacientes obesos (maior resist a insulina) e os adolescentes na puberdade = podem necessitar de uma dose maior = em virtude da resistência dos tecidos periféricos à insulina • Os pacientes que necessitam de menos de 0,5 unidade/kg de insulina ao dia = podem apresentar alguma produção endógena de insulina, ou ser mais sensíveis ao hormônio devido a um bom condicionamento físico • A dose basal corresponde habitualmente a 40 a 50% da dose diária total sendo o restante administrado como insulina prandial ou antes das refeições • A dose de insulina na hora das refeições deve refletir o consumo antecipado de carboidratos • Uma escala suplementar de insulina de ação curta é acrescentada à dose de insulina prandial para efetuar a correção do nível de glicemia • A insulina administrada na forma de dose diária única de insulina de ação longa isoladamente ou em combinação com insulina de ação curta é raramente suficiente para obter um estado de euglicemia • Para alcançar essa meta são necessários esquemas mais complexos que incluam múltiplas injeções de insulina de ação longa ou de insulina de ação curta • Em todos os pacientes a monitoração cuidadosa dos parâmetros terapêuticos finais direciona a dose de insulina administrada • Essa abordagem é facilitada pela automonitorização da glicose por determinações da A1c e pela individualização do esquema terapêutico do paciente · Reação adversa: • A hipoglicemia constitui o principal risco que deve ser considerado em relação aos benefícios dos esforços para normalizar o controle da glicose • O tratamento do diabetes do tipo 1 e do tipo 2 com insulina está associado a um ganho modesto de peso • Apesar de serem raros reações alérgicas à insulina humana recombinante ainda podem ocorrer • A atrofia da gordura subcutânea no local de injeção da insulina - lipoatrofia: efeito colateral das preparações mais antigas de insulina • A lipo-hipertrofia - aumento dos depósitos de gordura subcutânea = tem sido atribuída à ação lipogênica das altas concentrações locais de insulina AGENTES ANTIDIABÉTICOS ORAIS - ADO • As classes de fármacos que compreendem os antidiabéticos orais: ADO, dispõem de uma série de medicamentos relativamente eficazes no combate a hiperglicemia e resistência insulínica • sendo indicadas para pacientes com DM2 -> DM1 é insulina • nenhum deles consegue evitar efetivamente a progressão da doença Progressão DM2: • DM 2 está estreitamente relacionado com o estilo de vida moderno = 90% dos casos de DM no mundo é do tipo 2, com alta prevalência em países desenvolvidos e rápido crescimento em países em desenvolvimento • A alimentação de baixa qualidade nutricional associada à negligência de atividade física aliada a estresse e tabagismo = explica a maior parte dos casos de DM2 • Para o tratamento é imprescindível que haja a mudança no estilo de vida = incluindo alimentação (alimentos minimamente processados) e exercícios físicos para maior sucesso no controle glicêmico Fase inicial = pre diabetica = intervenção nao farmacologica Após diagnostico pct deve ser tratado -> grande chance de agravamento Adição constante de novas classes de medicamentos pois a doença é progressiva • O objetivo do controle de glicemia é preconizado entre 90 e 130 mg/dℓ em jejum e menos de 180 mg/dℓ após as refeições • hemoglobina glicada (denominada pela sigla HbA1c) = que reflete uma resultante das oscilações da glicemia - manter a HbA1c entre 4 e 7% é considerado desejável para uma terapia no diabetes • Um ADO ideal seria aquele que atuasse na fisiopatologia da doença diminuindo a resistência insulínica periférica, melhorando a função pancreática e reduzindo os riscos cardiovasculares e apresentasse segurança e tolerabilidade • Infelizmente, os ADOs disponíveis não reúnem todas essas características e a terapêutica do DM2 é, na maioria dos casos, progressiva-> a indicação de fármacos é inicialmente em monoterapia, passando à combinação de ADOs conforme a perda do controle glicêmico ao longo do tempo • Mesmo com a combinação de fármacos orais é comum ocorrer um novo descontrole com isso, os pacientes são inevitavelmente levados ao uso de insulina • A perda de controle glicêmico = ocorre na maioria dos pacientes por conta da perda de função das células b, mas existe possibilidade disso não ocorrer Inicialmente o pct segue dieta e ex fisico e usa metformina = melhorando, mas nao atinge nivel ideal. Dps ocorre combinação de ADO = aumeta metformina ou acrescenta sulfonilureia = atinge glicose satisfatoria. Volta a subir = aumenta mais os ADO usados. Piora -> adc insulina basal. Piora = aumenta numero de injeções da insulina junto dos ADO. · Categorias: • secretagogos de insulina (sulfoniluréias, meglitinidas, derivados da Fenilalanina) = estimulam a secreção de insulina • biguanidas (metformina), tiazolidinedionas = reduzem a glicose por ação no fígado, músculo e tecido adipos • inibidores da α-glicosidase = retardam a absorção intestinal da glicose • inibidores da dipeptidil peptidase-4 (DPP-4) = simulam o efeito da secretina ou prolongam sua ação • inibidores do co transportador sódio-glicose (SGLT) = inibem a reabsorção de glicose no rim metformina = escolha inicial trad para DM2 • As sulfoniluréias e as biguanidas = estão disponíveis há mais tempo e constituem o tratamento de escolha inicial tradicional para o diabetes tipo 2 • As novas classes de secretagogos de insulina de ação rápida: as meglitinidas e os derivados da D-fenilalanina = constituem alternativas para a sulfoniluréia de ação curta, a tolbutamida • As tiazolidinedionas = são agentes muito efetivos, que reduzem a resistência à insulina • Os inibidores da α-glicosidase = possuem efeito antidiabético relativamente fraco e efeitos adversos significativos • são utilizados primariamente como terapia adjuvante = em indivíduos que não conseguem atingir metas glicêmicas com outras medicações -> diminui absorção glicose · Secretagogos de insulina SULFONILURÉIAS • As sulfonilureias de primeira geração = tolbutamida, tolazamida e clorpropamida são raramente utilizadas hoje no tratamento do diabetes tipo 2 • A segunda geração mais potente de sulfonilureias hipoglicemiantes = a glibenclamida (gliburida), a glipizida e a glimepirida -> algumas estão disponíveis em uma formulação de liberação prolongada = glipizida ou micronizada, glibenclamida · Mecanismo de ação • Assulfonilureias estimulam a liberação de insulina por meio de sua ligação a um sítio específico no complexo do canal da célula β, inibindo a sua atividade • a inibição dos canais de K causa despolarização da membrana celular e deflagra a cascata de eventos que levam à secreção de insulina • A administração de sulfonilureias a pacientes com diabetes tipo 2 = aumenta a liberação de insulina pelo pâncreas · ADME (adm, distrib, metabolização e excreçao) • As sulfonilureias são absorvidas efetivamente pelo trato GI • A presença de alimento e a hiperglicemia podem reduzir a sua absorção • As sulfonilureias no plasma estão ligadas 90-99% às proteínas, particularmente à albumina • Embora suas meias-vidas sejam curtas (3-5 h) = os efeitos hipoglicêmicos são evidentes durante 12 a 24 h = esses fármacos podem ser administrados 1 vez/dia • Todas as sulfonilureias são metabolizadas pelo fígado • os metabólitos são excretados na urina = cautela - a pacientes com insuficiência renal ou hepática · Usos terapêuticos • As sulfonilureias são utilizadas para tratar a hiperglicemia no diabetes tipo 2 • 50 a 80% respondem a essa classe de agentes • todos os membros da classe são igualmente eficazes • Um número significativo de pacientes que respondem inicialmente, deixa posteriormente de responder e desenvolve hiperglicemia inaceitável (falha secundária) • Isso pode ocorrer em consequência de uma alteração no metabolismo do fármaco ou, mais provavelmente, da progressão da insuficiência das células β • As contraindicações para o uso de tais fármacos incluem = diabetes tipo 1, gravidez, lactação - para as preparações mais antigas, insuficiência hepática ou renal significativa · Efeitos adversos interações medicamentosas • As sulfonilureias podem causar reações hipoglicêmicas = incluindo coma • Um ganho de peso de 1 a 3 kg • constitui um efeito colateral comum da melhora do controle glicêmico • Efeitos colaterais menos frequentes das sulfonilureias incluem = náuseas, vômitos, icterícia colestática, agranulocitose, anemias aplásica e hemolítica • reações de hipersensibilidade generalizadas e reações dermatológicas • Raramente desenvolvem rubor induzido por álcool = semelhante ao produzido pelo dissulfiram ou pela hiponatremia • Alguns fármacos: sulfonamidas, clofibrato e salicilatos -> deslocam as sulfonilureias das proteínas de ligação, com consequente aumento transitório na concentração do fármaco livre • O etanol = pode aumentar a ação das sulfonilureias e causar hipoglicemia interações medicamentosas • A hipoglicemia pode ser mais frequente em pacientes que usam uma sulfonilureia em associação a um ou mais dos seguintes agentes: - androgênios, anticoagulantes - antifúngicos azólicos, cloranfenicol, fluconazol - genfibrozila, antagonistas H2, sais de magnésio, metildopa, IMAO, probenecida - sulfimpirazona, sulfonamidas - antidepressivos tricíclicos e acidificantes urinários • Outros fármacos podem diminuir o efeito hipoglicemiante das sulfonilureias = em consequência do aumento do metabolismo hepático e da excreção renal ou da inibição da secreção de insulina: - β-bloqueadores, bloqueadores dos canais de Ca2+ - colestiramina, diazóxido, estrogênios, hidantoínas - isoniazida, ácido nicotínico, fenotiazinas, rifampicina - simpaticomiméticos, diuréticos tiazídicos e alcalinizantes urinários MEGLITINIDAS: • A repaglinida e a nateglinida = GLINIDAS são quimicamente de classes distintas mas têm ação muito semelhante • atuando como secretagogos de insulina com o mesmo mecanismo de ação das SUs • As glinidas também promovem o fechamento dos canais de potássio das células β do pâncreas • promovendo despolarização e liberação de insulina • Diferentemente das SUs = as glinidas têm início (cerca de 1 h para ambas) e duração de ação muito mais breves • sendo utilizadas principalmente para cobrir a glicemia pós-prandial ADME • A repaglinida, uma meglitinida tem rápida absorção, e seu pico de ação é em 1h • A meia vida é de uma hora e a depuração é por metabolismo hepático envolvendo a CYP • o que pode provocar interações medicamentosas • A administração de repaglinida • deve ser anterior à refeição • havendo o risco de hipoglicemia em caso de atraso ou oferta insuficiente de carboidratos • A nateglinida, um derivado da D-fenilalanina = é o mais recente secretagogo de insulina • Com absorção extremamente rápida • atinge concentração plasmática máxima em menos de 1 hora • podendo ser administrada imediatamente antes das refeições • Seu metabolismo também é hepático, via CYP • com meia-vida de 1,5 h e duração de 4 h • A nateglinida apresenta uma propriedade muito vantajosa = atua principalmente na secreção de insulina dependente de glicose , sendo pouco ativa em situações de glicemia normal • Tem ação específica para o momento de pico de glicemia pós-prandial • com pouca ação durante a noite ou em jejum -> Esse fator é de considerável interesse = muitos pacientes com DM2 apresentam elevação da glicemia após as refeições -> Por isso, a nateglinida é o secretagogo de insulina com a menor probabilidade de provocar hipoglicemia METFORMINA ou GLIFAGE ou BIGUANIDA • Atualmente a metformina único membro da classe das biguanidas de agentes hipoglicemiantes orais • A metformina é o fármaco de primeira escolha em todo o mundo para o início do tratamento farmacológico do DM2 • Diminui a glicemia de jejum e pós-prandial, mas sem relatos de hipoglicemia = o que o classifica como um medicamento euglicemiante. · Mecanismo de ação • Foram propostos vários mecanismos para explicar a ação farmacológica central da metformina • Principal =a redução da PHG (produção hepática de glicose)= limitar a gliconeogênese • A metformina possui ações específicas = levam à estimulação da oxidação de ácidos graxos, à captação de glicose, ao metabolismo não oxidativo da glicose e redução da lipogênese e da gliconeogênese no fígado • Evidências recentes sugerem = atenuação dos efeitos do glucagon, inibição da conversão do lactato e do glicerol em glicose e desvio para um balanço lipídico negativo no fígado • Os efeitos farmacológicos da metformina são mediados no fígado com pouco efeito sobre o metabolismo da glicose ou a sensibilidade à insulina no músculo esquelético = apesar de virmos o aumentando na captação da glicose • A metformina exerce pouco efeito sobre o nível de glicemia nos estados normoglicêmicos = não estimula a liberação de insulina ou de outros hormônios das ilhotas e raramente provoca hipoglicemia • Mesmo em indivíduos com hiperglicemia apenas leve = reduz o nível de glicemia pela redução da PHG e pelo aumento da depuração da glicose, sem causar hipoglicemia Melhora a absorção de glicose pelo musculo, figado e ceulas adiposas · ADME • A metformina é absorvida principalmente pelo intestino delgado , com biodisponibilidade de 70 a 80% • As concentrações máximas alcançadas depois de uma dose oral são observadas em cerca de 2 h a t1/2 plasmática é de 4 a 5 h • O fármaco não se liga às proteínas plasmáticas e é excretado de modo inalterado na urina · Uso clínico • Terapia de primeira linha para o diabetes tipo 2 > agente poupador de insulina = diminui sobrecargar hiperglicemia sobre o cancer > não aumenta o peso corporal = em alguns casos, produz uma leve redução do peso corporal > não provoca hipoglicemia • vantagens sobre a insulina e sulfonilureias • A metformina é efetiva como monoterapia e em combinação com outros agentes hipoglicemiantes • Diminui o risco de doença macrovascular e microvascular • A metformina possui eficácia superior ou equivalente na redução do nível de glicose em comparação com outros agentes orais usados no tratamento do diabetes • Em indivíduos com TGD (tolerância à glicose diminuída) o tratamento com metformina retarda a progressão para o diabetes • A metformina tem sido utilizada= como tratamento da infertilidade em mulheres com síndrome de ovário policístico (reduz estrogênio circulante, e leva resistência à insulina - tendencia diabetes) -> melhora comprovadamente a ovulação eo ciclo menstrual e reduz os androgênios circulantes e o hirsutismo (melhora na SOP) -> nao causa hipoglicemia = é euglicemiante, não estimula a liberação de insulina · Toxicidades • Os efeitos tóxicos mais comuns da metformina são gastrintestinais: anorexia, náuseas, vômitos, desconforto abdominal, diarréia e são observados em até 20% dos pacientes • Esses efeitos estão relacionados com a dose = tendem a ocorrer no início da terapia e, com freqüência, são transitórios -pode ser necessário interromper a metformina em 3 a 5% dos pacientes devido à ocorrência de diarréia persistente • A absorção de vitamina B12 parece ser reduzida durante a terapia prolongada com metformina, recomenda uma triagem anual dos níveis séricos de vitamina B12 em pacientes com neuropatia periférica ou anemia macrocítica - aumento no aporte de cálcio pode evitar a má absorção de vitamina B12 • Na ausência de hipóxia ou de insuficiência renal ou hepática é menos comum a ocorrência de acidose láctica com o uso da metformina do que na terapia com fenformina • Contraindicado para pacientes com = doença renal, alcoolismo, doença hepática ou condições que predispõem à anoxia tecidual - disfunção cardiopulmonar crônica em razão de um risco aumentado de acidose láctica induzidana presença dessas doenças TIAZOLIDINEDIONAS (TZDs) ou Glitazonas • não são secretagogos de insulina • agem pela diminuição da resistência insulínica periférica • Dispõe-se atualmente de duas tiazolidinedionas -> para o tratamento de pacientes com DM2 > rosiglitazona e pioglitazona · Mecanismo de ação • As Tzds são ligantes do • receptor gama ativado por proliferador peroxissômico (PPAR-γ) • Esses receptores PPAR • são encontrados no músculo esquelético, no fígado • e principalmente no tecido adiposo • Os receptores PPAR-γ = modulam a expressão dos genes envolvidos no metabolismo dos lipídios e da glicose -> na transdução de sinais da insulina e na diferenciação dos adipócitos e de outros tecidos • Uma das consequências das respostas celulares à ativação do PPAR-γ • consiste em aumento da sensibilidade tecidual à insulina • aumentam em 30 a 50% a captação de glicose mediada pela insulina • Além de promover a captação de glicose no músculo e no tecido adiposo, reduzem a PHG e aumentam a captação hepática de glicose - • As tiazolidinedionas também afetam o metabolismo dos lipídeos • O tratamento com rosiglitazona ou pioglitazona = diminui os níveis plasmáticos de ácidos graxos aumentando a depuração e reduzindo a lipólise • Esses fármacos também produzem um deslocamento das reservas de triglicerídeos dos tecidos não adiposos para o tecido adiposo e dos depósitos de gordura viscerais para os subcutâneos • A pioglitazona = reduz os níveis plasmáticos de triglicerídeos em 10 a 15% = enquanto eleva os níveis de colesterol HDL e aumenta o colesterol LDL • A rosiglitazona = tem efeitos mínimos sobre os níveis plasmáticos de triglicerídeos = o único efeito consistente sobre os lipídeos circulantes consiste em aumento do colesterol LDL · ADME • A rosiglitazona e a pioglitazona são administradas 1 vez/ dia • A dose inicial de rosiglitazona é de 4 mg • a dose máxima não deve ultrapassar 8 mg ao dia • A dose inicial de pioglitazona • é de 15 a 30 mg • até um valor máximo de 45 mg/dia • Ambos os agentes são absorvidos em 2 a 3 h • a biodisponibilidade não é afetada pela presença de alimento • As tiazolidinedionas são metabolizadas pelo fígado podem ser administradas a pacientes com insuficiência renal, porém não devem ser usadas na presença de doença hepática ativa • A rifampicina induz as CYP hepáticas = provoca uma diminuição significativa das concentrações plasmáticas de rosiglitazona e pioglitazona • A genfibrozila impede o metabolismo das tiazolidinedionas pode aumentar em cerca de 2 vezes os níveis plasmáticos • O início de ação das tiazolidinedionas é relativamente lento • os efeitos máximos sobre a homeostasia da glicose surgem gradualmente • no decorrer de um período de 1 a 3 meses • As tiazolidinedionas aumentam a ação da insulina sobre o fígado, o tecido adiposo e o músculo esquelético = proporcionam uma melhora do controle glicêmico em indivíduos com diabetes tipo 2 • produzem uma redução média da A1c de 0,5 a 1,4% • Necessitam da presença de insulina para a sua atividade farmacológica e seu uso não está indicado para o tratamento do diabetes tipo 1 • Tanto a pioglitazona quanto a rosiglitazona são efetivas como monoterapia e como terapia aditiva com metformina, sulfonilureias ou insulina · Efeitos adversos - interações medicamentosas • Ganho de peso e o edema = retençao hidrica -> constituem os efeitos adversos mais comuns das tiazolidinedionas • causam aumento da adiposidade corporal • e ganho de peso médio de 2 a 4 kg durante o primeiro ano de tratamento • O uso de insulina com tiazolidinedionas aproximadamente duplica a incidência de edema e a quantidade de ganho de peso em comparação com o fármaco isoladamente • Os efeitos colaterais das tiazolidinedionas estão relacionados com a dose • Os fármacos estão associado a uma discreta redução do hematócrito que pode ter um efeito sobre a retenção de líquido • A exposição a esses fármacos durante vários anos tem sido associada a uma incidência aumentada de insuficiência cardíaca de até 2 vezes = geralmente atribuído a expansão do volume plasmático, não parecem ter um efeito na redução da contratilidade miocárdica ou na fração de ejeção = pct ja com chance de IC • importante monitoração de insuficiência cardíaca congestiva = particularmente quando se administra também a insulina • Não devem ser usadas em pacientes com insuficiência cardíaca moderada a grave • O tratamento com tiazolidinedionas tem sido associado a um = aumento consistente no risco de fraturas ósseas em mulheres e alguns estudos também mostraram efeitos nos homens • Considerar a presença de osteoporose e de outros riscos de fratura antes de iniciar o tratamento com tiazolidinedionas = contraindicação relativa Agonistas do receptor de GLP-1 • O peptídio GLP-1 (do inglês glucagon-like peptide 1) faz parte de um sistema de sinalização pós-prandial entre o intestino e outros órgãos • Juntamente com o GIP (que não apresenta relevância farmacológica - peptideo insulina) • o GLP-1 é uma incretina = um hormônio liberado pelos intestinos em situações pós-prandiais de digestão e absorção de alimentos • As atividades do GLP-1 são = promover a secreção de insulina pós-prandial de forma glicose dependente, retardar o esvaziamento gástrico, diminuir a secreção de glucagon e promover saciedade no SNC CARO • Esse hormônio se tornou um atrativo alvo para estudos farmacológicos relac a obesidade • gIp: polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose • gLp: peptídeo semelhante ao glucagon • gLp-1rA: agonista do receptor de GLP-1 • Dpp-4: dipeptidilpeptidase 4 =inibe o GLP-1 Mecanismo de ação GLP-1: SNC= promove saciedade Fígado = reduz glucagon Pâncreas = induz insulina Estômago = reduz esvaziamento gástrico • O GLP-1 é rapidamente inativado pela enzima DPP-4 com t1/2 plasmática de 1 a 2 min = peptídeo natural em si não constitui um agente terapêutico útil • Foram utilizadas duas estratégias para a aplicação do GLP-1 à terapia: o desenvolvimento de agonistas peptídicos injetáveis do receptor de GLP-1, resistentes à DPP-4 e a criação de pequenas moléculas inibidoras da DDP-4 (inibe o GLP-1) Exenatida • Potente GLP-1RA compartilha muitos dos efeitos fisiológicos e farmacológicos do GLP-1 • Não é metabolizado pela DPP-4 = exibe extensa atividade após a sua injeção • Foi aprovada para uso como monoterapia e como terapia adjuvante para pacientes com diabetes tipo 2 que não alcançam os alvos glicêmicos com outros fármacos = COMBINAÇÃO • Forma de ação longa de GLP-1 resistente à DPP-4 -> Produziu uma melhora = tanto no controle glicêmico quanto na perda de peso - reduziu a A1c cerca de 30% mais do que a exenatida • Está indicada como terapia adjuvante para pacientes • que não conseguem um controle da glicemia com os agentes orais= pode ser adicionada a agentes orais ou à insulina basal Liraglutida • Forma de ação longa de GLP-1 resistente à DPP-4 • Produziu uma melhora = tanto no controle glicêmico quanto na perda de peso, quanto na redução da A1c cerca de 30% mais do que a exenatida ADJUVANTE: Está indicada como terapia adjuvante para pacientes = que não conseguem um controle da glicemia com os agentes orais = pode ser adicionada a agentes orais ou à insulina basal OBS: Reduziu o risco de morte cardiovascular • infarto do miocárdio ou acidente vascular encefálico não fatais = em pacientes com diabetes tipo 2 e doença cardiovascular estabelecida OUTROS: • Albiglutida • Dulaglutida • Lixisenatida · Mecanismo de ação • Todos os GLP-1RA compartilham um mecanismo comum = que é a ativação do receptor de GLP-1 = um membro da família do receptor de glucagon GPCR (GPCR de classe B) • Os receptores de GLP-1 estão expressos = nas células β, nas células do sistema nervoso periférico e central, no coração e no sistema vascular, nos rins, nos pulmões e na mucosa GI • Nas células β, o resultado final dessas ações consiste em = aumento da biossíntese e exocitose da insulina por um processo dependente de glicose • A ativação dos receptores de GLP-1 no SNC é responsável = pelos efeitos de agonistas do receptor sobre a ingestão de alimento o esvaziamento gástrico e por efeitos colaterais, como náusea · ADME • Exenatida • é administrada como injeção subcutânea, 2 vezes ao dia = normalmente antes das refeições • é rapidamente absorvida, alcança concentrações máximas em cerca de 2 h e apresenta t1/2 plasmática de 2 a 3 h • a depuração ocorre principalmente por filtração glomerular • é comercializada na forma de injetor do tipo caneta • que libera 5 ou 10 μg • a dose é iniciada na quantidade mais baixa e aumentada de acordo com a necessidade • Liraglutida • administrada como injeção subcutânea, 1 vez ao dia = níveis máximos são alcançados em 8 a 12 h; t1/2 de eliminação é de 12 a 14 h • a depuração depende principalmente das vias metabólicas das grandes proteínas plasmáticas • é apresentada em injetor do tipo caneta que libera 0,6, 1,2, ou 1,8 mg do fármaco • dose mais baixa para iniciar o tratamento e aumento para doses de acordo a resposta clínica • Albiglutida = apresenta t1/2 de 5 a 7 dias e pode ser administrada em 1 dose semanal • liberada por um injetor do tipo caneta em doses de 30 ou 50 mg • a depuração ocorre principalmente por degradação enzimática • Dulaglutida = apresenta propriedades farmacocinéticas semelhantes às da albiglutida • não foi demonstrado efeito do comprometimento hepático ou renal sobre essas propriedades • Lixisenatida • apresenta t1/2 de eliminação de 3 a 4 h • que envolve um grau significativo de depuração renal · Efeitos adversos; interações medicamentosas • Até 30 a 50% dos indivíduos = queixam-se de náuseas no início do tratamento com qualquer um dos GLP-1 RA - os efeitos colaterais GI desaparecem com o passar do tempo • A ativação dos receptores de GLP-1 no SNC = medeia o atraso típico do esvaziamento gástrico -> podem retardar a farmacocinética dos fármacos que necessitam de absorção GI rápida, como contraceptivos orais e antibióticos • A hipoglicemia associada ao tratamento com agonistas do GLP-1 é rara -> a combinação de agonista do GLP-1 com sulfonilureias ou insulina = produz um aumento na taxa de hipoglicemia em comparação com o tratamento apenas com sulfonilureias Inibidores da DPP-4 • A dipeptidilpeptidase 4 é essencial na inativação do GLP-1 e do GIP • Os inibidores da DPP-4 aumentam a concentração do GLP-1 e do GIP quando estimulados pela ingestão de alimento • Agentes produzem inibição quase completa e duradoura da DPP-4 aumentando, assim, a proporção do GLP-1 ativo circulante total de 10 a 20% para quase 100% • Disponíveis sitagliptina e vildagliptina · Mecanismo de ação; efeitos farmacológicos • A sitagliptina é inibidor competitivo da DPP-4 • A vildagliptina liga-se de modo covalente à enzima • Reduzem a atividade mensurável da DPP-4 em mais de 95% durante 12 h = provoca elevação mais de 2 vezes nas concentrações plasmáticas GIP e GLP-1 ativos = sendo associado ao aumento da secreção de insulina, à redução dos níveis de glucagon e à melhora da hiperglicemia tanto em jejum quanto pós-prandial • Como monoterapia em pacientes com diabetes tipo 2 = reduzem os níveis de A1c em cerca de 0,8%, em média • São efetivos para o controle crônico da glicose quando acrescentados ao tratamento base de pacientes diabéticos = em uso de metformina, tiazolidinedionas, sulfonilureias e insulina com redução adicional da A1c em cerca de 0,5% · ADME • Doses recomendadas dos inibidores de DPP-4 = sitagliptina, 100 mg ao dia • vildagliptina, 50 mg 1 ou 2 vezes ao dia • São absorvidos efetivamente pelo intestino delgado = oral • Circulam principalmente na forma não ligada • são excretadas de modo inalterado na urina • devem-se administrar doses mais baixas em pacientes com redução da função renal · Efeitos adversos • Nos ensaios clínicos realizados não foram observados quaisquer efeitos adversos consistentes com os inibidores da DPP-4 • Não foi constatado impacto algum sobre a incidência de eventos cardiovasculares em pacientes diabéticos • A DPP-4 é expressa nos linfócitos e designada como CD26 = os efeitos sobre a função imune exigem investigação à medida que mais pacientes estão sendo tratados com esses compostos Inibidores da alfaglicosidase • Os inibidores da α-glicosidase (responsabel pela absorção da glicose, amido no intestino) = reduzem a absorção intestinal do amido, da dextrina e dos dissacarídeos = por meio da inibição da ação da α-glicosidase na borda em escova do intestino • Esses fármacos também aumentam a liberação do hormônio regulador da glicose, o GLP-1 na circulação o que pode contribuir para seus efeitos hipoglicemiantes • Os fármacos dessa classe são acarbose, miglitol e voglibose · ADME • ORAL = As doses de acarbose e de miglitol são semelhantes são apresentados em comprimidos de 25, 50 ou 100 mg que são tomados antes das refeições • O tratamento deve ser iniciado com doses mais baixas que são tituladas para cima quando indicado pelo controle da glicose pós-prandial, da A1c (hemoglobina glicada) e dos sintomas GI • A acarbose sofre absorção mínima e a pequena quantidade do fármaco que alcança a circulação sistêmica e é depurada pelos rins • A absorção do miglitol é saturável 50 a 100% de qualquer dose entra na circulação é depurado quase totalmente pelos rins = recomenda redução da dose para pacientes com depuração creatinina inferior 30 mL/min da · Efeitos adversos e interações medicamentosas • Os efeitos adversos mais proeminentes consistem em = má absorção, flatulência, diarreia e distensão abdominal • Foram relatadas elevações leves a moderadas das transaminases hepáticas com o uso da acarbose, porém a ocorrência de doença hepática sintomática é muito rara • Foi descrito o desenvolvimento de hipoglicemia = quando os inibidores da α-glicosidase são acrescentados à insulina ou a um secretagogo da insulina • A acarbose pode diminuir a absorção de digoxina • o miglitol pode reduzir a absorção de propranolol e ranitidina · Uso terapêutico • Estão indicados como adjuvantes da dieta e do exercício • em pacientes com diabetes tipo 2 que não alcançam os alvos glicêmicos • Podem ser utilizados • em combinação com outros agentes antidiabéticos orais e/ou insulina • Nos estudos clínicos realizados • reduziram a A1c em 0,5 a 0,8% • o nível de glicose em jejum em cerca de 1 mM • e a glicose pós-prandial, em 2,0 a 2,5 mM • Esses agentes não causam ganho de peso • nem apresentam efeitos significativos sobre os lipídeos plasmáticos Inibidores do transportador de Na+-glicose 2 ou SGLT2 -Muito moderna • O SGLT2 = é um cotransportador de Na+-glicose localizado = quase exclusivamente na porção proximal do túbulo contorcido proximal renal -> glomerulo filtra glicose, onde 80 a 90% é reabsorvida • O SGLT2 é um transportador de alta afinidade e baixa capacidadeque transporta a glicose contra um gradiente de concentração a partir do lúmen tubular renal = utilizando a energia gerada pelo fluxo de Na+ através das células epiteliais • A retenção renal de glicose é quase completa nos indivíduos não diabéticos e o SGLT2 é responsável por 80 a 90% dessa recuperação e o restante é recuperado pelo SGLT1 mais distalmente no túbulo Estudos iniciais conduzidos em animais diabéticos demonstraram que era possível quase melhorar a hiperglicemia = pelo composto de ocorrência natural florizina, um inibidor do SGLT • Com base nessa prova de princípio foram desenvolvidos fármacos que atuam como inibidores específicos do SGLT2 para o tratamento do diabetes • Esses agentes bloqueiam o transporte de glicose no túbulo proximal e reduzem o nível de glicemia ao promover a perda urinária Muito usado · Mecanismo de ação e efeitos farmacológicos • Os inibidores do SGLT2 = reduzem a taxa de recuperação da glicose no túbulo proximal e desviam o limiar renal para a excreção de glicose de cerca de 180 para 50 mg/dL • Na forma de monoterapia : reduzem a A1c em 0,7 a 1,0%, causam perda de peso de 2 a 4 kg • e reduzem a pressão arterial em 2 a 4 mmHg • Dispõe-se de três inibidores do SGLT2 para uso clínico: canagliflozina, dapagliflozina e empagliflozina • Estão indicados para uso = em combinação com outros agentes orais e insulina -> esse uso leva a uma redução adicional da A1c de 0,5 a 0,7% • Os inibidores do SGLT2 estão disponíveis em combinação com metformina e inibidores da DPP-4 · ADME • Os inibidores do SGLT2 disponíveis compartilham propriedades farmacocinéticas favoráveis • Possuem boa biodisponibilidade oral (60-80%), que não é afetada pela presença de alimento e alcançam níveis máximos 1 a 2 h após a sua ingestão • Cerca de 90% estão ligados às proteínas circulantes • com meias-vidas de cerca de 12 h = administração 1 vez ao dia • Metabólitos inativos são excretados pelos rins • Todos os três fármacos estão disponíveis em duas doses: dapagliflozina, 5 e 10 mg; canagliflozina, 100 e 300 mg; e empagliflozina, 10 e 25 mg · Efeitos adversos e interações medicamentosas • Os efeitos adversos dos inibidores do SGLT2 são previsíveis com base no seu mecanismo de ação = pequeno aumentonas infecções das vias urinárias inferiores (cistite) e aumento nas infecções micóticas genitais (candidiase) • As perdas urinárias de glicose (prop osmotica) causam diurese leve (perda de liquido) = que pode levar a hipotensão e sintomas associados em uma pequena porcentagem de pacientes, habitualmente de idade mais avançada = tomar muito liquido • A potência diminui em 40 a 80% ao longo do espectro da doença renal de estágio 3 (TFG de 60-30 mL/min) = NAO USAR EM PCT COM INSUFICIENCIA RENAL -> reduz potencia do medicamento • Os inibidores do SGLT2 não causam hipoglicemia, mas podem aumentar a probabilidade quando combinados com fármacos que produzem esse efeito • Podem aumentar o risco de fraturas (advertência da FDA) = há evidências preliminares de que esses fármacos afetam o equilíbrio mineral e os níveis circulantes de paratormônio e de 1,25-hidroxivitamina D • Houve raros casos de cetoacidose diabética = relatados em pacientes tratados com inibidores do SGLT2 • Não houve evidência alguma de que os inibidores do SGLT2 = tenham efeitos adversos sobre a doença cardiovascular • empagliflozina e a canagliflozina = reduzem o risco de eventos cardiovasculares importantes • a canagliflozina = está associada a um risco aumentado de amputação dos membros inferiores Outros agentes hipoglicemiantes Pranlintida • O polipeptídeo amilóide das ilhotas (amilina) = é produzido nas células β do pâncreas e secretado com a insulina • A pranlintida = forma sintética de amilina modificada para melhorar biodisponibilidade = desenvolvida como fármaco para o tratamento do diabetes • A pranlintida provavelmente atua por meio do receptor de amilina em regiões específicas do rombencéfalo • A ativação do receptor de amilina = produz redução da secreção de glucagon, esvaziamento gástrico tardio e sensação de saciedade · ADME • Administrada como injeção subcutânea antes das refeições • Não se liga extensamente às proteínas plasmáticas e apresenta uma t1/2 de 50 min • Metabolismo e a depuração são principalmente renais • Doses para pacientes portadores de diabetes tipo 1 = começam com 15 μg e são tituladas até uma dose máxima de 60 μg • No diabetes tipo 2 • dose inicial é de 60 μg, e a dose máxima, de 120 μg • Não deve ser administrada na mesma seringa da insulina · Efeitos adversos e interações medicamentosas • Efeitos adversos mais comuns • náuseas e hipoglicemia • Embora isoladamente não reduza o nível de glicemia = a adição à insulina nas horas das refeições pode produzir uma taxa aumentada de hipoglicemia, ocasionalmente grave • Recomenda-se que a dose de insulina prandial seja reduzida em 30 a 50% quando se inicia a pranlintida, com titulação posterior • Em virtude de seus efeitos sobre a motilidade GI está contraindicada para pacientes com gastroparesia ou outros distúrbios de motilidade • É um fármaco incluído na categoria C para gravidez = contra indicado · Usos terapêuticos • Aprovada para o tratamento do diabetes tipos 1 e 2 = como adjuvante em pacientes que fazem uso de insulina nas refeições • Está sendo avaliada como fármaco para a perda de peso em indivíduos não diabéticos Resinas de ligação de ácidos biliares • O único sequestrador de ácido biliar = aprovado para o tratamento do diabetes tipo 2 • é o colesevelam Mecanismo de ação • o metabolismo dos ácidos biliares apresenta-se anormal em pacientes portadores de diabetes tipo 2 • existem relatos de que as resinas de ligação de ácidos biliares reduzem o nível plasmático de glicose em pacientes diabéticos • ainda não foi estabelecido o mecanismo pelo qual a ligação dos ácidos biliares e sua remoção da circulação êntero-hepática reduz o nível de glicemia • sequestradores de ácidos biliares poderiam reduzir a absorção intestinal de glicose, embora não haja qualquer evidência direta disso · ADME • O colesevelam é fornecido = em pó para solução oral e em comprimidos de 625 mg • O uso típico é de 3 comprimidos, 2 vezes ao dia, antes do almoço e do jantar ou 6 comprimidos antes da maior refeição do paciente • O fármaco é absorvido pelo trato intestinal apenas em mínimas quantidades de modo que sua distribuição se limita ao trato GI · Efeitos adversos e interações medicamentosas • Os efeitos colaterais comuns do colesevelam são GI até 10% dos pacientes apresentam = constipação intestinal, dispepsia, dor abdominal e náuseas • À semelhança de outras resinas de ligação de ácidos biliares -> o colesevelam pode aumentar os níveis plasmáticos de triglicerídeos em indivíduos com tendência inerente à hipertrigliceridemia = deve ser usado com cautela em pacientes com triglicerídeos acima de 200 mg/dL • Pode interferir na absorção de agentes comumente utilizados: fenitoína, varfarina (anti-coag), verapamil, glibenclamida (ADO), l-tiroxina, etinilestradiol e vitaminas lipossolúveis • Fármaco de categoria B para gravidez • não tem contraindicação para pacientes com doença renal ou hepática · Usos terapêuticos • O colesevelam está aprovado para o tratamento da hipercolesterolemia e pode ser utilizado no tratamento do diabetes tipo 2 = como adjuvante da dieta e do exercício • Em ensaios clínicos colesevelam reduziu a A1c em 0,5% quando adicionado à metformina, à sulfonilureia ou ao tratamento com insulina em pacientes com diabetes tipo 2 · Tratamento da progressão do diabetes tipo 2 • Na maioria dos pacientes as alterações patológicas que causam hiperglicemia no diabetes tipo 2 = progridem com o passar do tempo • a maioria dos pacientes necessita de intensificação gradual da terapia = para manter as metas glicêmicas • As primeiras intervenções = devem consistir na administração de metformina e mudanças no estilo de vida • Depois dessas intervenções diversas vias ou combinações de fármacos podem ser utilizadas para o tratamento do diabetesdo tipo 2 = quando o controle da glicose não alcança o alvo terapêutico = adição de um segundo agente oral • Dispõe-se de combinações de doses fixas da maioria dos agentes orais -> os agentes orais possuem, em sua maioria, efeitos aditivos • nenhuma combinação específica demonstrou ter eficácia particular passível de ser prevista na maioria dos pacientes. • Outra abordagem consiste em = introduzir a insulina basal de ação longa (ao deitar) em combinação com um agente hipoglicemiante oral • Essa combinação permite aos agentes orais proporcionar um controle glicêmico pós-prandial , enquanto a insulina basal fornece a base = para normalizar os níveis de glicose basais ou em jejum • A insulina de ação longa pode ser combinada com quase todos os agentes anti-hiperglicêmicos orais · Custos dos fármacos para tratamento do diabetes • O tratamento do diabetes pode ser muito dispendioso, particularmente pelo fato de que a maioria dos pacientes utiliza diversos agentes = bem como fármacos para condições associadas, como hipertensão, dislipidemia e doença cardiovascular • O custo tornou-se uma questão fundamental no manejo de pacientes diabéticos = um problema que pode afetar a adesão do paciente e a escolha dos planos de tratamento • Os agentes mais novos são de custo mais elevado, enquanto os fármacos de classes mais antigas como as sulfonilureias e as biguanidas ou metformina = são baratos e estão disponíveis em formulações genéricas • Nos últimos anos o preço da insulina aumentou continuamente apesar do aparecimento no mercado de diversos novos produtos • O equilíbrio entre a razão custo-benefício e o perfil adverso dos novos fármacos em comparação com fármacos mais antigos continua controverso e ainda não está totalmente definido paciente com prob renal e hepático = depende do grau = metformina e dps insulinas metformina -> assoc sulfonilureias -> assoc insulina
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