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MECANISMOS DE HERANÇA GENÉTICA E HEREDOGRAMAS

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POR: FLÁVIA LIMA / FONTE: MATERIAL DISPONIBILIZADO PELA FACULDADE 
Mecanismo de herança genética e heredogramas 
INTRODUÇÃO: 
“A genética também estuda padrões de heranças de 
doenças hereditárias em famílias humanas. O 
mapeamento dos genes causadores de doenças em 
locais específicos dos cromossomos, a análise dos 
mecanismos pelos quais os genes causam doenças, o 
diagnóstico e a possibilidade de tratamento de 
distúrbios genéticos. O estudo dos princípios básicos 
da genética humana possibilita a compreensão de 
mecanismos envolvidos na etiologia de inúmeras 
doenças e, consequentemente, a busca de 
alternativas para o tratamento e a prevenção dessas 
condições.” 
CONCEITOS GERAIS DA GENÉTICA: 
Herança monogênica: determinada por apenas um 
gene, apresentando genótipos e fenótipos 
distribuídos conforme padrões característicos. 
Herança autossômica: quando o gene considerado 
se localiza em cromossomos autossômicos, nesse 
caso o gene também é autossômico. 
Herança ligada ao sexo: quando o gene se situa nos 
cromossomos sexuais, nesse caso o gene é ligado ao 
sexo. 
Genótipo: Constituição genética de um indivíduo 
Fenótipo: “manifestação do genótipo como o 
conjunto de características físicas, bioquímicas e 
fisiológicas determinadas por genes, influenciado ou 
não pelo ambiente.” 
Locus: posição em que o gene ocupa no 
cromossomo. 
Alelos: genes que ocupam o mesmo locus, no par de 
cromossomos homólogos. 
Haploides: “Cada indivíduo possui dois conjuntos 
haploides de genes, um originado de sua mãe e o 
outro de seu pai. Quando os dois membros de um 
par de alelos são iguais, o indivíduo é homozigoto 
quanto a esses alelos; quando ambos os alelos 
diferem, o indivíduo é heterozigoto”, ou seja, um 
“A” ou “a” do pai e outro da mãe, de forma que 
“AA’’ ou ‘’aa’’ são homozigotos porque são iguais e 
“Aa’’ são heterozigotos porque são diferentes. 
Característica dominante: se manifesta mesmo 
quando o gene que a determina se encontra em dose 
simples “Aa” ou “AA”. 
Característica recessiva: se manifesta apenas 
quando o gene respectivo está em dose dupla ‘’aa’’. 
LEIS DE MENDEL E GENÉTICA HUMANA: 
Primeira lei de Mendel – Lei da segregação: “Os 
organismos de reprodução sexual têm seus genes em 
pares e apenas um dos constituintes desses pares é 
transmitido à prole por meio dos gametas”. O 
embasamento deste princípio biológico é o 
pareamento e a separação cromossômica durante a 
meiose. 
Segunda lei de Mendel- Lei da distribuição 
independente: “os genes de diferentes lócus são 
transmitidos de forma independente e proporcional”. 
O embasamento deste princípio biológico vem do 
comportamento de diferentes pares de cromossomos 
durante a meiose. 
As leis de Mendel são empregadas no estudo da 
herança de características em seres humanos, mas a 
investigação e o estudo da hereditariedade dos seres 
humanos sempre dependeram dos registros 
familiares, o que dificulta o processo. 
HEREDOGRAMAS: 
Definição: diagramas que relacionam membros de 
uma família 
Sinais gráficos utilizados: 
POR: FLÁVIA LIMA / FONTE: MATERIAL DISPONIBILIZADO PELA FACULDADE 
 
POR: FLÁVIA LIMA / FONTE: MATERIAL DISPONIBILIZADO PELA FACULDADE 
A prole é mostrada abaixo dos pais, de forma que o 
que nasceu primeiro fica à esquerda seguindo para 
direita de acordo com a ordem de nascimento. 
Indivíduos com distúrbios genéticos são indicados 
pela cor. 
As gerações são indicadas por algarismos romanos 
Exemplo: casos de hemofilia nas famílias reais 
europeias:
 
Os tipos de genealogias apresentadas irão depender 
de: localização do gene em autossomos ou 
cromossomos sexuais e se a caraterística é 
dominante ou recessiva. 
Há quatro tipos de heranças bem caracterizadas: 
autossômica dominante, autossômica recessiva, 
dominante ligada ao sexo e recessiva ligada ao 
sexo. 
DISTÚRBIOS MONOGÊNICOS: 
Definição: doenças causadas por um único gene. 
Seus padrões irão depender se o fenótipo é recessivo 
ou dominante e da localização cromossômica da 
alteração genética. 
PADRÃO DE HERANÇA AUTOSSÔMICA: 
Normalmente, afetam os dois sexos, masculino e 
feminino, igualmente. Mas há exceções como os 
distúrbios limitados ao sexo. 
DOENÇAS AUTOSSÔMICAS RECESSIVAS: 
Somente em indivíduos com dois alelos mutantes 
e nenhum alelo normal. Quando há apenas um 
alelo mutante, o normal compensa a 
anormalidade do outro, impedindo a 
manifestação da doença. Ou seja, para que a 
doença se manifeste o indivíduo precisa herdar o 
alelo mutante de cada genitor. 
POR: FLÁVIA LIMA / FONTE: MATERIAL DISPONIBILIZADO PELA FACULDADE 
Normalmente, indivíduos afetados por distúrbios 
autossômicos recessivos são, em sua maioria, filhos 
de genitores heterozigotos não afetados. Nesse caso 
os pais são “portadores” com risco de 25% de terem 
um filho “afetado” 
 
Padrão de herança autossômica recessiva são observados 
na terceira geração casais portadores com descendentes 
afetados. 
Exemplos de doenças autossômicas recessivas: 
• Albinismo: ausência de pigmento; 
• Alcaptonúria: distúrbio do metabolismo de 
aminoácidos; 
• Ataxia telangiectasia: distúrbio neurológico; 
• Fibrose cística: doença genética que afeta 
glândulas produtoras de muco e suor e o pâncreas 
exócrino; 
• Distrofia muscular de Duchenne: doença que 
acomete homens, causando enfraquecimento e 
perda agressiva de massa muscular; 
• Galactosemia: afeta o metabolismo de 
carboidratos; 
• Glicogenose tipo I (doença de Von Gierke): 
doença genética por deposito de glicogênio 
hepático, caracterizada por hipoglicemia; 
• Fenilcetonúria: afeta o metabolismo de 
aminoácidos; 
• Doença falciforme: distúrbio da hemoglobina; 
• Doença de Tay-Sachs: afeta o depósito de 
lipídios. 
Essas doenças podem permanecer ocultas por 
diversas gerações e só se manifestarem quando o 
portador se unir a outro portador para o mesmo lócus 
(“aa”) e ambos transmitem o alelo mutante para o 
descendente. Se os portadores foram consanguíneos, 
a probabilidade de haver um alelo mutante no 
mesmo lócus aumenta. 
DOENÇAS AUTOSSÔMICAS DOMINANTES: 
É um padrão raro 
O risco e a gravidade desses distúrbios dependem 
das características dos genitores (um ou ambos 
afetados) e se a característica é estritamente 
dominante ou incompletamente dominante. 
Homozigotos com fenótipos dominante não são 
vistos com frequência. 
 
Padrão de herança autossômica dominante de um casal 
(afetado e não afetado). 
Exemplos de doenças autossômicas dominantes: 
• Acondroplasia que é um distúrbio genético que se 
manifesta através do nanismo; 
• Braquidactilia: dedos curtos; 
• Cegueira noturna congênita; 
• Síndrome de Ehler-Danlos: distúrbio do tecido 
conjuntivo; 
• Doença de Huntington: distúrbio neurológico; 
• Síndrome de Marfan: indivíduo alto e magro, 
com problemas cardíacos e de visão; 
• Neurofibromatose: tumorações no cropo; 
• Sensibilidade gustativa à feniltiocarbamida 
(PTC). 
União de indivíduos heterozigotos = 75% de chance 
de prole afetada e 25% normal 
PADRÃO DE HERANÇA LIGADA AOS CROMOSSOMOS 
SEXUAIS X: 
Distribui-se de maneira diferentes entre homens e 
mulheres, porque os homens apresentam apenas um 
cromossomo X (homozigotos em relação aos genes 
ligados ao X) e as mulheres podem ser heterozigotas 
ou homozigotas para os alelos. 
Geralmente, os alelos para a maioria dos genes dos 
cromossomos X são expressos a partir de um único 
POR: FLÁVIA LIMA / FONTE: MATERIAL DISPONIBILIZADO PELA FACULDADE 
X, de forma que o padrão de herança recessivo ou 
dominante ligado ao X se diferencia com base no 
fenótipo de mulheres heterozigotas. 
Dominantes: quando os fenótipos ligados ao X são 
expressos em portadoras. 
Recessivos: quando os fenótipos não são expressos 
em portadoras. 
A dominância e a recessividade não são absolutas 
para um distúrbio ligado ao X 
DOENÇAS RECESSIVASLIGADAS AO CROMOSSOMO X: 
Normalmente, são estritas ao sexo masculino e 
condição rara nas mulheres. 
Exemplo (Hemofilia A): se um indivíduo 
hemofílico e uma mulher saudável tiverem filhos, 
todos os meninos receberão um cromossomo Y 
paterno e um cromossomo X materno. Dessa forma, 
não serão afetados. Porém, todas as meninas terão 
um cromossomo X do pai com alelo para hemofilia, 
sendo obrigatoriamente portadoras. Agora, se uma 
filha de pai hemofílico se unir com homem saudável, 
há a probabilidade de que 50% das filhas do casal 
sejam portadoras, 50% das filhas sejam normais, 
50% dos filhos sejam afetados e 50% dos filhos 
sejam normais. 
 
DOENÇAS DOMINANTES LIGADAS AO CROMOSSOMO X: 
Regularmente expressas em heterozigotos e não há 
transmissão entre pai e filho (todas as filhas e 
nenhum filho de homem afetado serão afetados). 
São distúrbios raros 
Exemplo de doença dominante ligada ao 
cromossomo X: raquitismo hipofosfatêmico: a 
capacidade dos túbulos renais de reabsorverem o 
fosfato é comprometida. 
 
Probando: indivíduo particular (pessoa ou animal) 
que estiver sendo estudado ou reportado. É o 
primeiro membro da família afetada que procura 
atendimento médico para tratamento genético 
ALELOS MÚLTIPLOS: 
Definição: genes com três ou mais alelos. 
Exemplo: tipos sanguíneos humanos. “Os tipos 
sanguíneos A, B, AB e O são detectados por testes 
de amostragem de sangue com diferentes soros. 
Quando as hemácias têm apenas o antígeno A, o 
sangue é tipo A; quando há o antígeno B, o sangue é 
tipo B. Quando os dois antígenos (A e B) estão 
presentes, o sangue é tipo AB e quando não há 
antígeno, é tipo O.” 
 
“O gene responsável pela produção dos antígenos A 
e B é indicado pela letra I e tem três alelos: IA, 
IB e IO. O alelo IA especifica a produção do 
antígeno A e o alelo IB, a produção do antígeno B. 
No entanto, o alelo i não produz antígenos. Dessa 
forma, são determinados pelos genótipos os quatro 
fenótipos reconhecidos pelos tipos sanguíneos A, B, 
AB e O. Nesse sistema, os alelos IA e IB são 
codominantes e são expressados igualmente 
em heterozigose. Já o alelo IO é recessivo em 
relação aos dois alelos.” 
 
POR: FLÁVIA LIMA / FONTE: MATERIAL DISPONIBILIZADO PELA FACULDADE 
TRANSFUSÕES SANGUÍNEAS: 
É aconselhado que os receptores de sangue recebam 
de grupos idênticos, mas em emergências podem 
receber de outro grupo desde que seja compatível. 
 
Doador universal: sangue tipo O porquê não possui 
antígenos 
Receptor universal: sangue tipo AB porquê pode 
receber de todos os tipos sanguíneos. 
Curiosidade: “A bioquímica do sistema ABO é 
compreendida pelos antígenos A e B que apresentam 
grupos de açúcares que se ligam a ácidos graxos na 
membrana das hemácias. A especificidade do A e do 
B está baseada no carboidrato terminal do 
grupamento acrescentado à substância H. Essa 
substância contém três moléculas de açúcar como a 
galactose (Gal), a N-acetilglicosamina (AcGalNH) e 
a fucose. O alelo IA é responsável por uma enzima 
que pode adicionar o açúcar terminal N-
acetilgalactosamina à substância H. O alelo IB é 
responsável por uma enzima modificada que não 
acrescenta a N-acetilgalactosamina, mas, sim, a uma 
galactose (ver imagem). 
Os heterozigotos (IAIB) adicionam um ou o outro 
açúcar em muitos substratos disponíveis na 
superfície dos eritrócitos, exemplificando a base 
bioquímica da codominância em indivíduos do 
grupo sanguíneo AB. Finalmente, as pessoas do 
grupo O não conseguem acrescentar qualquer açúcar 
terminal (possuem somente a substância H).” 
DOENÇA HEMOLÍTICA PERINATAL (DHPN): 
Incompatibilidade materno-fetal devido ao sistema 
Rh, ou seja, quando a mãe é Rh negativa e o bebê 
Rh positivo. 
Sistema Rh: um único par de alelos, D e d. Assim, 
indivíduos positivos possuem genótipos ‘’DD’’ ou 
‘’Dd’’ e, Rh negativos ‘’dd’’. 
O diagnóstico é feito através do teste de Coombs, 
que detecta a presença de anticorpos que reagem 
com hemácias e provocam sua destruição, podendo 
causar anemia hemolítica. 
POR: FLÁVIA LIMA / FONTE: MATERIAL DISPONIBILIZADO PELA FACULDADE

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