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@FOCOUFPR 
 
 
Olá, gente, tudo bem? Aqui é a Mylena do @focoufpr ♥ 
 
• Reuni algumas questões baseadas nas referências bibliográficas da disciplina de Filosofia (1ª fase). 
As referências foram publicadas no Programa de Prova do Processo Seletivo 2020/2021 da 
Universidade Federal do Paraná: 
1. ARENDT, Hannah, A Condição Humana, capítulo 2 [4, 5 e 6]. Trad. Celso Lafer, Rio de Janeiro: 
Forense Universitária, 1997, pp. 31-58. 
2. HERÁCLITO DE ÉFESO (A - Doxografia; B - Fragmentos; C - Crítica Moderna: 1. Georg W. F. Hegel 
e 2. Friedrich Nietzsche). Trad. de Wilson Regis, José Cavalcanti de Souza, Ernildo Stein e 
Rubens R. Torres Filho. Coleção Os Pensadores. Vol. I. São Paulo: Victor Civita, 1973, pp. 81-116. 
3. LOCKE. Ensaio acerca do entendimento humano - Introdução, Livro I [cap. 1, 2 e 3]; Livro 2 [cap. 
1, 2, 12 e 23]. Trad. Anoar Aiex. Coleção Os Pensadores, vol. XVIII. São Paulo: Victor Civita, 1973, 
pp. 145-171, pp.189-191, pp. 212-214. 
4. MAQUIAVEL. Discursos sobre a Primeira década de Tito Livio. Seleção de textos, tradução e 
notas Carlo Gabriel Kzsam Pancera. In: MARÇAL, J. (org.) Antologia de textos filosóficos, SEED, 
2009, pp. 426-450. 
5. PLATÃO. Excerto do Diálogo Hípias Maior e excerto de A República (livro X). Seleção de textos 
e notas Roberto Figurelli. Tradução Carlos Alberto Nunes. In: MARÇAL, J. (org.) Antologia de 
textos filosóficos, SEED, 2009, pp. 548- 563. 
 
• Vale salientar que eu fiz a busca pelas questões utilizando o nome das obras como palavra-chave. 
A quantidade de questões disponíveis é pequena, essencialmente quando se trata das páginas e 
capítulos determinados pela UFPR. Mas, de qualquer modo, acredito que esse material será útil e 
poderá contribuir com os seus estudos. 
 
• Se houver alguma discrepância de gabarito, peço que, por favor, envie um e-mail para 
focoufpr@gmail.com 
 
 
No mais, bons estudos! 
@focoufpr 
 
mailto:focoufpr@gmail.com
Priscilla Glinski
Priscilla Glinski
@FOCOUFPR 
 
Filosofia UFPR
1 - (UFPA) A pólis diferenciava-se do lar pelo 
fato de somente conhecer “iguais”, ao passo que 
a família era o centro da mais severa 
desigualdade. Ser livre significava ao mesmo 
tempo não estar sujeito às necessidades da vida 
nem ao comando de outro e também não 
comandar. Não significava domínio, como 
também não significava submissão. Assim, 
dentro da esfera da família, a liberdade não 
existia, pois o chefe da família, seu dominante 
só era considerado livre na medida em que tinha 
o poder de deixar o lar e ingressar na esfera 
política, onde todos eram iguais. É verdade que 
essa igualdade na esfera política tem muito 
pouco em comum com o nosso conceito de 
igualdade; significava viver entre pares e lidar 
somente com eles (...). 
(Hannah Arendt, A Condição Humana, 11. ed. p. 38-39, 
Rio de Janeiro: Forense Universitária: 2010). 
Para Hanna Arendt, o antigo pensamento 
político baseava-se em uma distinção entre a 
esfera da pólis, em que o indivíduo exercita sua 
cidadania e a esfera da família. Tal distinção se 
sustenta na ideia de que 
a) a liberdade situa-se exclusivamente na 
esfera política, e as necessidades da vida 
cotidiana são um fenômeno pré-político, 
característico da organização do lar privado. 
b) a política era privilégio dos homens não-
casados que não se preocupavam com os 
assuntos referentes a administração do lar. 
c) o homem, na esfera da família, desempenha 
o papel de comandar e na esfera da pólis, o de 
obedecer. 
d) na esfera da família, o homem vive no estado 
de natureza e, na esfera da polis, sob a égide de 
um pacto social. 
e) somente no âmbito da pólis o homem pode 
demonstrar que é bom cidadão ao exercitar os 
papéis de comandar e obedecer. 
 
2 - (UEG) As histórias, resultado da ação e do 
discurso, revelam um agente, mas este agente 
não é autor nem produtor. Alguém a iniciou e 
dela é o sujeito, na dupla acepção da palavra, 
mas ninguém é seu autor. 
ARENDT, Hannah. A condição humana. Apud SÁTIRO, 
A.; WUENSCH, A. M. Pensando melhor – iniciação ao 
filosofar. São Paulo: Saraiva, 2001. p. 24. 
A filósofa alemã Hannah Arendt foi uma das 
mais refinadas pensadoras contemporâneas, 
refletindo sobre eventos como a ascensão do 
nazismo, o Holocausto, o papel histórico das 
massas etc. No trecho citado, ela reflete sobre 
a importância da ação e do discurso como 
fomentadores do que chama de “negócios 
humanos”. Nesse sentido, Arendt defende o 
seguinte ponto de vista: 
a) a condição humana atual não está 
condicionada por ações anteriores, já que cada 
um é autor de sua existência. 
b) a necessidade do ser humano de ser autor e 
produtor de ações históricas lhe tira a 
responsabilidade sobre elas. 
c) o agente de uma nova ação sempre age sob a 
influência de teias preexistentes de ações 
anteriores. 
d) o produtor de novos discursos sempre 
precisa levar em conta discursos anteriores 
para criar o seu. 
 
3 - Hanna Arendt abre A condição humana com 
a seguinte declaração: Em 1957, um objeto 
terrestre, feito pela mão do homem, foi lançado 
ao universo, onde durante algumas semanas 
girou em torno da Terra segundo as mesmas 
leis de gravitação que governam o movimento 
dos corpos celestes - o Sol, a Lua e as estrelas. 
É verdade que o satélite artificial não era nem 
lua nem estrela; não era um corpo celeste que 
pudesse prosseguir em sua órbita circular por 
um período de tempo que para nós, mortais 
limitados ao tempo da Terra, durasse uma 
eternidade. Ainda assim, pôde permanecer nos 
céus durante algum tempo; e lá ficou, movendo-
se no convívio dos astros como se estes o 
houvessem provisoriamente admitido em sua 
sublime companhia. 
@FOCOUFPR 
 
(ARENDT, H. A condição humana. Rio de Janeiro: 
Forense Universitária, 2001, p. 9) 
Assinale a alternativa abaixo que NÃO fornece 
uma explicação desse fato, de acordo com as 
ideias da autora: 
a) Segundo Hanna Arendt, o homem, por meio 
de uma de suas condições mais essenciais, o 
trabalho, seria capaz de rivalizar artificialmente 
com as leis eternas da natureza. 
b) O objeto lançado ao espaço pela primeira vez 
demonstra não apenas a capacidade do homem 
de rivalizar com as leis da natureza, mas 
também a de separar-se de sua condição 
natural. 
c) A autora se utiliza do fato em questão para 
refletir, no livro citado, sobre as ações humanas 
no mundo. 
d) O fato relatado aponta para a produção do 
homem futuro, motivado por uma rebelião 
contra a existência humana tal como nos foi 
dada. 
e) O fato em questão, segundo a autora, aponta 
para a única saída possível para o homem 
depois da destruição da Terra, a saber, a 
possibilidade de encontrar um novo planeta 
para morar. 
 
4 - Segundo o livro A condição humana, de 
Hanna Arendt, as três atividades humanas 
fundamentais são 
a) a fabricação, o trabalho e a ação e são 
designadas pela expressão homo faber. 
b) o labor, o trabalho e a ação e são designadas 
pela expressão vita activa. 
c) o jogo, o labor e o trabalho e são designadas 
pela expressão homo ludens. 
d) a linguagem, o labor e o trabalho e são 
designadas pela expressão homo laborans. 
e) a política, a linguagem e o trabalho e são 
designadas pela expressão zoon politikon. 
 
5 - Segundo Hanna Arendt, "a condição humana 
não é o mesmo que a natureza humana". 
(A condição humana. Rio de Janeiro: Forense 
Universitária. 2001, p. 17) 
Segundo a autora, o que se poderia deduzir 
dessa distinção essencial? Assinale a 
alternativa INCORRETA: 
a) A própria soma das capacidades humanas 
que correspondem à condição humana não 
constitui algo que se assemelhe à natureza 
humana. 
b) As condições da existência humana jamais 
podem explicar o que somos pela simples razão 
de que jamais nos condicionam de modo 
absoluto. 
c) As tentativas de definir a natureza humana 
levam sempre à construção de alguma deidade, 
a uma ideia platônica da humanidade. 
d) Hoje podemosquase dizer que, embora 
vivamos agora sob condições terrenas, não 
somos criaturas terrenas. 
e) Tudo aquilo com o qual os homens entram em 
contato torna-se imediatamente parte da 
natureza humana. 
 
6 – (CEPERJ) Entre os primeiros pensadores da 
filosofia, foi recorrente a referência a 
elementos naturais como a água, o fogo, a terra 
e o ar para a explicação da realidade. Um 
desses casos é encontrado na seguinte 
sentença. “Este mundo, o mesmo de todos os 
(seres), nenhum deus, nenhum homem o fez, 
mas era, é e será um fogo sempre vivo, 
acendendo-se em medidas e apagando-se em 
medidas". Essa frase, como consta no volume 
dedicado aos pré-socráticos da coleção Os 
pensadores, é atribuída a: 
a) Tales de Mileto 
b) Heráclito de Éfeso 
c) Parmênides de Eleia 
d) Pitágoras de Samos 
e) Demócrito de Abdera 
 
7 – (UFU) “Do arco o nome é vida e a obra é 
morte”. 
@FOCOUFPR 
 
HERÁCLITO. Sobre a natureza. Trad. de José 
Cavalcante de Souza. São Paulo: Nova Cultural, 1989, 
p. 56. Coleção “Os Pensadores”. 
Este fragmento ilustra bem o pensamento de 
Heráclito, que acreditou ser o mundo o eterno 
fluir, comparado a um rio no qual “entramos e 
não entramos”. 
Assinale a alternativa que explica o fragmento 
mencionado acima. 
a) Todas as coisas estão em oposição umas com 
as outras, o que explica o caráter mutável da 
realidade. A unidade do mundo, sua razão 
universal resulta da tensão entre as coisas, daí 
o emprego frequente, por parte de Heráclito, da 
palavra guerra para indicar o conflito como 
fundamento do eterno fluxo. 
b) A harmonia que anima o mundo é aberta aos 
sentidos, sendo possível ser conhecida na 
multiplicidade daquilo que é manifesto, uma vez 
que a realidade nada mais é que o eterno fluxo 
da multiplicidade do Logos heraclitídeo. 
c) A unidade dos contrários, a vida e a morte, é 
imóvel, podendo ser melhor representada para 
o entendimento humano por intermédio da 
imagem do fogo, que permanece sempre o 
mesmo, imutável e continuamente inerte, e não 
se oculta aos olhos humanos. 
d) O arco, instrumento de guerra, indica que a 
ideia de eterno fluxo, das transformações que 
compõem o fluxo universal, é o fundamento da 
teoria do caos, pois o fogo se expande sem 
medida, tornado a realidade sem nenhuma 
harmonia ou ordem. 
 
8 – (UNICAMP) A maneira pela qual adquirimos 
qualquer conhecimento constitui suficiente 
prova de que não é inato. 
(John Locke, Ensaio acerca do entendimento 
humano. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p.13.) 
O empirismo, corrente filosófica da qual Locke 
fazia parte, 
a) afirma que o conhecimento não é inato, pois 
sua aquisição deriva da experiência. 
b) é uma forma de ceticismo, pois nega que os 
conhecimentos possam ser obtidos. 
c) aproxima-se do modelo científico cartesiano, 
ao negar a existência de ideias inatas. 
d) defende que as ideias estão presentes na 
razão desde o nascimento. 
 
9 - (UNIS) Em sua obra Ensaio acerca do 
entendimento humano o filósofo inglês John 
Locke escreveu: 
Suponhamos, pois, que a mente é, como 
dissemos, um papel branco, desprovida de 
todos os caracteres, sem quaisquer ideias; 
como ela será suprida? De onde lhe provém 
este vasto estoque, que a ativa e que a ilimitada 
fantasia do homem pintou nela com uma 
variedade quase infinita? De onde apreende 
todos os materiais da razão e do conhecimento? 
A isso respondo, numa palavra, da experiência. 
Todo o nosso conhecimento está nela fundado, 
e dela deriva fundamentalmente o próprio 
conhecimento. 
Empregada tanto nos objetos sensíveis 
externos como nas operações internas de 
nossas mentes, que são por nós mesmos 
percebidas e refletidas, nossa observação 
supre nossos entendimentos com todos os 
materiais do pensamento. 
Considere as seguintes afirmativas sobre esse 
texto. 
I – O texto expressa a posição do empirismo 
filosófico em relação ao problema do 
conhecimento. 
II – O texto expressa a posição do racionalismo 
cartesiano. 
III – O texto é uma defesa do ceticismo filosófico. 
IV – A expressão “operações internas de nossas 
mentes” significa as ações que realiza nossa 
mente, tais como imaginar, pensar, lembrar, 
sentir. 
V – A expressão “objetos sensíveis” é usada no 
texto para se referir a valores, tais como a 
Justiça, a Liberdade e o Bem. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas II e III estão corretas. 
b) Somente as afirmativas I e IV estão corretas. 
@FOCOUFPR 
 
c) Somente a afirmativa I está correta. 
d) Somente as afirmativas IV e V estão corretas. 
e) Somente a afirmativa V está correta. 
 
10 - (UNESP) Posto que as qualidades que 
impressionam nossos sentidos estão nas 
próprias coisas, é claro que as ideias 
produzidas na mente entram pelos sentidos. O 
entendimento não tem o poder de inventar ou 
formar uma única ideia simples na mente que 
não tenha sido recebida pelos sentidos. 
Gostaria que alguém tentasse imaginar um 
gosto que jamais impressionou seu paladar, ou 
tentasse formar a ideia de um aroma que nunca 
cheirou. Quando puder fazer isso, concluirei 
também que um cego tem ideias das cores, e 
um surdo, noções reais dos diversos sons. 
(John Locke. Ensaio acerca do entendimento 
humano, 1991. Adaptado.) 
De acordo com o filósofo, todo conhecimento 
origina-se 
a) da reminiscência de ideias originalmente 
transcendentes. 
b) da combinação de ideias metafísicas e 
empíricas. 
c) de categorias a priori existentes na mente 
humana 
d) da experiência com os objetos reais e 
empíricos. 
e) de uma relação dialética do espírito humano 
com o mundo. 
 
11 - (MACKENZIE) Quando se percorre a história 
das repúblicas, vê-se que todas elas foram 
ingratas com seus concidadãos: mas há menos 
exemplos disto em Roma do que em Atenas, ou 
em qualquer outra cidade de governo popular. 
Se se quiser conhecer a razão, creio que ela 
está em que os romanos tinham menos motivos 
do que os atenienses para temer a ambição dos 
concidadãos. 
Nicolau Maquiavel, Comentários sobre a Primeira 
Década de Tito Lívio 
Podemos considerar as conclusões de 
Maquiavel verdadeiras se levarmos em conta 
que, 
a) em Roma, passou-se por um grande período 
de estabilidade, sem lutas pelo poder entre os 
cidadãos, que foi do fim da Monarquia à 
ascensão de Mário e Sila, na República; já em 
Atenas, a desconfiança em relação aos 
cidadãos remontava à época da tirania, e, ao 
eliminarem-na, os atenienses criaram a 
instituição do ostracismo, para punir os 
cidadãos que ameaçassem a nascente 
democracia. 
b) em Roma, o período de instabilidade 
remontava à época da Monarquia, quando os 
reis usurparam as liberdades individuais em 
prol da coletividade, em uma clara divisão entre 
patrícios e plebeus; já em Atenas, a luta pelo 
poder entre cidadãos remontava à época da 
República, uma vez que os tiranos exerciam o 
poder em nome dos aristocratas, mas atraíam o 
apoio das massas com medidas populares. 
c) em Roma, não houve disputas pelo poder, 
uma vez que a República permitia livre acesso 
à política, por meio das magistraturas e das 
Assembleias, permitindo a participação política 
no conjunto da sociedade; já em Atenas, a 
democracia era restrita a quem fosse 
considerado cidadão e, por isso, gerava 
constantes conflitos entre a ampla camada de 
não-cidadãos e a elite aristocrática. 
d) em Roma, apesar de ampliar a prática da 
cidadania, esta era controlada pela elite patrícia 
e alijava do poder a camada de plebeus, a 
maioria na cidade; já em Atenas, apesar de 
excluir mulheres, crianças, escravos e 
estrangeiros, a democracia era exercida por 
todos aqueles considerados cidadãos, sem 
distinção censitária e com amplos poderes de 
decisão perante as instituições políticas da 
cidade. 
e) em Roma, não havia motivo algum para temer 
as lutas pelo poder, pois as instituições 
republicanas só foram consolidadas no final da 
República, época em que a cidade já erainvadida pelos povos denominados bárbaros; 
em Atenas, as lutas entre os cidadãos 
remontavam à época da tirania, exercida por 
Clístenes que, ao cercear as liberdades 
@FOCOUFPR 
 
individuais, sofreu forte oposição dos 
eupátridas. 
 
12 - (UFPR) “Mas não é uma conduta 
extraordinária, e por assim dizer selvagem, o 
correr todo o povo a acusar o Senado em altos 
brados, e o Senado o povo, precipitando-se os 
cidadãos pelas ruas, fechando as lojas e 
abandonando a cidade? A descrição apavora. 
Responderei, contudo, que cada Estado deve ter 
costumes próprios, por meio dos quais os 
populares possam satisfazer sua ambição [...]. O 
desejo que sentem os povos de ser livres 
raramente prejudica a liberdade porque nasce 
da opressão ou do temor de ser oprimido. [...] 
Sejamos, portanto, avaros de críticas ao 
governo romano: atentemos para o fato de que 
tudo o que de melhor produziu esta república 
provém de uma boa causa. Se os tribunos 
devem sua origem à desordem, esta desordem 
merece encômios, pois o povo, desta forma, 
assegurou participação no governo. E os 
tribunos foram os guardiões das liberdades 
romanas.” 
(MAQUIAVEL, Nicolau. Comentários sobre a Primeira 
Década de Tito Lívio. 3 ed., Brasília: Editora da UNB, 
1994, p. 31–32.) 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre 
a sociedade renascentista, é correto afirmar 
que o pensamento de Maquiavel: 
a) restabeleceu no Mundo Moderno as formas 
clássicas do pensamento político, 
especialmente as da República romana, que 
garantiram os mecanismos de representação 
popular nas novas Repúblicas em formação na 
Itália e no norte da Europa. 
b) introduziu o conceito de desordem no 
pensamento renascentista para explicar os 
processos evolutivos dos Estados e das formas 
de governos possíveis, baseando-se na 
proposição do modelo republicano romano 
como ideal para os Estados modernos. 
c) recuperou os princípios romanos e, 
afirmando que os fins justificam os meios, 
forneceu para os movimentos sociais da Era 
Moderna uma justificativa para se rebelarem 
contra a tirania e a opressão, em nome de uma 
boa causa que legitimaria um governo 
autoritário de caráter popular. 
d) inspirou-se nas formas clássicas, 
especialmente romanas, idealizando-as para 
afirmar que os conflitos entre os poderosos e o 
povo contribuem para a ampliação das 
liberdades republicanas e que os modos desses 
conflitos dependem dos costumes políticos dos 
povos. 
e) pretendeu estabelecer o princípio 
republicano democrático romano como 
conceito básico da política moderna, afirmando 
que, para satisfazer suas aspirações, é legitimo 
que o povo se rebele e promova desordens com 
a finalidade de mudar o regime político e a 
organização da produção econômica. 
13 - (UNISC) No Livro X da República, Platão 
defende a tese de que os poetas não têm lugar 
no estado ideal por ele proposto. Essa recusa 
em aceitar os poetas se deve 
a) ao fato de as criações artísticas dos poetas 
não terem cunho filosófico. 
b) ao fato de a arte ser uma imitação da 
aparência, uma cópia da cópia da realidade. 
c) ao fato de os poetas quererem tirar proveito 
pecuniário com sua arte. 
d) ao fato de as criações dos poetas não serem 
compreendidas pela maioria dos cidadãos. 
e) ao fato de a arte representar a realidade dos 
cidadãos, o que causaria problemas para o 
governo do estado. 
14 - A arte de imitar está muito afastada da 
verdade, sendo que por isso mesmo dá a 
impressão de poder fazer tudo, por só atingir 
parte mínima de cada coisa, simples simulacro. 
O pintor, digamos, é capaz de pintar um 
sapateiro, um carpinteiro ou qualquer outro 
artesão, sem conhecer absolutamente nada das 
respectivas profissões. No entanto, se for bom 
pintor, com o retrato de um carpinteiro, 
mostrado de longe, conseguirá enganar pelo 
menos crianças ou pessoas simples e levá-las 
a imaginar que se trata de um carpinteiro de 
verdade. 
@FOCOUFPR 
 
(PLATÃO. A República (Livro X). In: MARÇAL, Jairo 
(org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 
2009. p. 558.) 
Sobre a relação entre arte e verdade, assinale 
a alternativa correta, segundo o pensamento 
platônico. 
a) As obras de arte estão distanciadas três 
graus da realidade, e, por isso, estão muito 
distantes da representação da verdade. 
b) Não poderíamos nos aproximar da verdade 
por meio das obras de arte, uma vez que elas 
apresentam somente uma representação das 
ideias. 
c) Existe um valor positivo da arte imitativa, mas 
no âmbito da cidade ela era corrosiva, pois, em 
relação à verdade, desloca a atenção que a 
política necessitava. 
d) As obras de arte são necessárias para uma 
aproximação da verdade, mas apenas no âmbito 
privado, negando dessa forma, sua função na 
cidade e, portanto, deveriam ser excluídas. 
 
15 – 
– Então, tomemos dessas pluralidades a que 
quiseres; a seguinte, por exemplo, se estiveres 
de acordo: leitos há muitos, e também mesas. 
– Como não? 
– Porém para todos esses móveis só há duas 
ideias: a ideia do leito e a ideia da mesa. 
– Certo. 
– Costumamos, também, dizer que os obreiros 
desses móveis têm em mira a ideia segundo a 
qual um deles apronta leitos e outros as mesas 
de que nos servimos, e assim para tudo o mais. 
Porém a ideia em si mesma, o obreiro não 
fabrica. Como o poderia? 
(PLATÃO. A República – livro X. In: MARÇAL, Jairo 
(org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 
2009. p. 553) 
O trecho citado, retirado do Livro X da República 
de Platão, expressa 
a) a crítica à imitação como afastamento da 
verdade em três graus. 
b) um caso tipificado de contemplação das 
formas pela experiência. 
c) o reconhecimento da forma de leito e de 
cadeira por reminiscência. 
d) uma explicação do uno e do múltiplo 
pressupondo a teoria das ideias. 
 
16 - (UEL) Leia o texto a seguir. 
Para esclarecer o que seja a imitação, na 
relação entre poesia e o Ser, no Livro X de A 
República, Platão parte da hipótese das ideias, 
as quais designam a unidade na pluralidade, 
operada pelo pensamento. Ele toma como 
exemplo o carpinteiro que, por sua arte, cria 
uma mesa, tendo presente a ideia de mesa, 
como modelo. Entretanto, o que ele produz é a 
mesa e não a sua ideia. O poeta pertence à 
mesma categoria: cria um mundo de mera 
aparência. 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre 
a teoria das ideias de Platão, é correto afirmar: 
a) Deus é o criador último da ideia, e o artífice, 
enquanto co-participante da criação divina, 
alcança a verdadeira causa das coisas a partir 
do reflexo da ideia ou do simulacro que produz. 
b) A participação das coisas às ideias permite 
admitir as realidades sensíveis como as causas 
verdadeiras acessíveis à razão. 
c) Os poetas são imitadores de simulacros e por 
intermédio da imitação não alcançam o 
conhecimento das ideias como verdadeiras 
causas de todas as coisas. 
d) As coisas belas se explicam por seus 
elementos físicos, como a cor e a figura, e na 
materialidade deles encontram sua verdade: a 
beleza em si e por si. 
e) A alma humana possui a mesma natureza das 
coisas sensíveis, razão pela qual se torna capaz 
de conhecê-las como tais na percepção de sua 
aparência. 
 
 
 
 
@FOCOUFPR 
 
GABARITO 
1 – a 
2 – c 
3 – e 
4 – b 
5 - e 
6 – b 
7 – a 
8 – a 
9 – b 
10 – d 
11 – a 
12 – d 
13 – b 
14 – a 
15 – d 
16 – c 
 
ANOTAÇÕES 
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