Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL E EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO PARÁ CAMPUS BREVES CURSO TECNOLOGO EM AGROECOLOGIA PROFª: Eduardo Pinheiro DISCIPLINA: Química Básica DISCENTE: Amanda Larisse da Costa Pantoja Resenha Crítica- A importância das Soluções Químicas na Agroecologia A agricultura é uma atividade que perpetua em nossa história por centenas de anos, possivelmente, 10 mil anos. As técnicas de manejo e extração dos recursos utilizados pelo homem desse período são muito parecidas com as técnicas usadas pelos indígenas e povos tradicionais dos dias de hoje. O que chamamos de modelo tradicional devido à forma como é desenvolvido: uso do fogo, mão de obra, tração animal, integração com a natureza, e entre outros. Para tanto, ao longo dos últimos anos, o modelo tradicional foi sendo substituído, dando inicio a modernização tecnológica na agricultura por meio da utilização de tecnologia, adubos químicos, agrotóxicos, ração industrial e entre outras técnicas para a criação de animais e plantios. Contudo, essas novas técnicas na agricultura, trouxeram desvantagens para o ecossistema e para o produtor: erosão na terra, desmatamento, extração desenfreada que agridem o meio ambiente, descontrole na produção de alimentos, necessidade comprar insumos cada vez mais caros e venda de produtos mais baratos, conflitos de terra constantes, crescentes números de parasitas nas plantações, e etc. Assim, observa-se que a modernização da agricultura trouxe desvantagens e muitas vezes prejuízos aos produtores, haja vista que esse novo modelo de agricultura, mostrou ser capitalista, incentivando-os a comprar maquinários, agrotóxicos, adubos e reações industriais, levando o produtor a tornar-se dependente das grandes empresas e vendedores de insumos que fornecem os itens necessários para a sua produção. A partir disso, surge a ideia de um modelo mais agroecologico, que visa o uso de fertilizantes obtidos por meio de resíduos de animais (estercos), e da adubação verde, seja de inverno (ex.: aveia preta, ervilhaca, chícharo, gorga ou espérgula, colza, fava, tremoço, nabo forrageiro); ou de verão (ex.: mucunas, crotalárias, guandus, lab-lab, feijão de porco). Quanto à adubação mineral, a prioridade é dada para o uso de adubos minerais obtidos diretamente das rochas moídas, como os fosfatos naturais, que apesar de solubilidade lenta, garantem um efeito mais 2 prolongado da adubação. Esses aspectos serão vistos em detalhe um pouco adiante (PAULUS et. al 2000, p. 08). A matéria orgânica também é uma fonte de nutrientes para as culturas, especialmente nitrogênio, fósforo, enxofre e micronutrientes. Assim, surgem os adubos orgânicos, tanto os resíduos de origem animal (tais como esterco e urina proveniente de estábulos, pocilgas e aviários) ou vegetal (palhas e outros), que podem ser usados na forma líquida ou sólida. Os adubos orgânicos contêm nutrientes importantes para o solo. O nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e micronutrientes, especialmente cobre e zinco, auxiliam na fertilização do solo, melhorando a infiltração da água das chuvas ou de sistemas de irrigação. Desse modo, observa-se que os componentes químicos citados acima são de fundamental importância para o desenvolvimento da agricultura orgânica e sustentável, livre de agrotóxicos e adubos industrializados. No entanto, este tipo de sistema requer cuidados, haja vista que a utilização de elementos químicos de mais, ou de menos pode afetar o solo e a produção agrícola. Para Castro et al. (2005), uma das principais dificuldades enfrentadas pela agricultura orgânica reside no aporte de nutrientes aos sistemas produtivos, principalmente o nitrogênio (N). A partir disso surge a ideia de desenvolver misturas orgânicas por meio de fermentação, chamada de “bokashi”, considerado um composto fermentado associado a diversos resíduos orgânicos que melhoram as características físicas, químicas e biológicas do solo. Esta alternativa ajudaria o produtor rural que, ao invés de comprar adubos industrializados, poderia desenvolver seu próprio adubo orgânico a partir de elementos presentes ao seu redor (esterco de animais, folhagens, e entre outros), o que favoreceria a ideia agroecologica na sua produção. A utilização do sistema orgânico na área da agroecologia oferece um novo sistema de manejo e extração de recursos que além de não explorar descontroladamente os recursos, favorece ao agricultor uma forma de baratear o custo dos insumos. A relação entre a agroecologia e as soluções químicas favorece a todos, visa um novo olhar para a produção orgânica, preserva o ecossistema e garante vida ao solo. 3 REFERÊNCIAS OLIVEIRA, Eva Adriana G. de; RIBEIRO, Raul de Lucena. Et. al. Compostos Orgânicos Fermentados tipo “bakashi” obtidos em diferentes materiais orgânicos de origem vegetal e diferentes formas de inoculação visando sua utilização no cultivo de hortaliças. Embrapa, agrobiologia. Seropédica, RJ, 2014. PAULUS, Gervásio. (org); MÜLLER, André Michel; BARCELLOS, Luiz Antônio Rocha. Agroecologia Aplicada: Práticas e Métodos para uma Agricultura de Base Ecologica. Porto Alegre- RS, 2000. Disponível em: http://www.emater.tche.br/docs/agroeco/livros/livro_agroeco_aplicada/livro_agroeco.htm#ca p2_1. Acesso em:19/12/2021. http://www.emater.tche.br/docs/agroeco/livros/livro_agroeco_aplicada/livro_agroeco.htm#cap2_1 http://www.emater.tche.br/docs/agroeco/livros/livro_agroeco_aplicada/livro_agroeco.htm#cap2_1
Compartilhar