Emoções na Psicologia

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EMOÇÕES
INTRODUÇÃO
• Se você registrasse suas emoções no decorrer de um único dia, veria que elas mudam continuamente. “Coloridas”, “Complexas”, “Variadas” e “Fluidas” são algumas das palavras que os psicólogos usam para descrevê-las. 
• Dentre todas as espécies nós parecemos ser a mais emocional. 
• Mais do que qualquer outra criatura, expressamos medo, raiva, tristeza, alegria e amor, e esses estados psicológicos em geral geram reações físicas – Nervosos diante de um encontro importante, sentimos o estômago embrulhar. Ansiosos quando falamos em público, vamos constantemente ao banheiro.
• Todos podemos lembrar de momentos nos quais fomos dominados pelas emoções
• As emoções são respostas adaptativas de nosso corpo. Elas existem não para nos proporcionar experiências importantes, mas para permitir a nossa sobrevivência.
• Quando enfrentamos desafios, as emoções colocam nossa atenção em foco e energizam nossas ações. O coração acelera. Apressamos o passo. Todos os nossos sentidos entram em alerta.
• Embora as emoções possam levar as pessoas a se sentir fora do controle por algum tempo, elas efetivamente não determinam comportamentos, mas aumentam o incitamento, a reatividade ou a irritabilidade. 
• Aquilo que aprendemos no passado e o ambiente social influenciam a conduta que se segue. -> a gente vem de uma geração que não consegue ver a importância da emoções e não sabe lidar com elas 
COMPONENTES DA EMOÇÃO 
• As emoções possuem alguns componentes: 
- Fisiológicos: Podemos ter tremores, sudorese, dor na barriga, aceleração dos batimentos cardíacos. 
- Subjetivos: Sentimentos e Pensamentos específicos. -> como interpretamos a situação 
- Comportamentos: Postura corporal, ações, expressões faciais. 
• Definição sintetizada: Emoções são estados interiores, caracterizados por pensamentos, sensações, reações fisiológicas e comportamento expressivo específico. Aparecem subitamente, e parecem difíceis de controlar.
EMOÇÕES UNIVERSAIS
• Evidências indicam que pelo menos seis emoções são experiências no mundo inteiro: Alegria, Raiva, Desagrado, nojo (alguns autores consideram um ou outro) medo, surpresa e tristeza -> tem sido obs em todas as culturas e em todas as sociedades essas emoções estão presentes
• As emoções básicas surgem muito cedo, e as pessoas aprendem a identificar as mesmas emoções em outras pessoas muito antes de ir para escola. -> ninguém ensina, as expressões faciais das emoções básicas não são aprendidas - não precisa da interação social. -> são meios que inatas
• Parte dessas evidências provêm de pesquisas que observam como as pessoas rotulam as emoções expressas pelos rostos humanos.
EXPRESSÕES FACIAIS 
• Seres humanos do mundo inteiro, incluindo culturas isoladas, rotulam essas emoções de modo muito parecido.
• Todos os seres humanos movimentam os mesmos músculos faciais para expressar essas emoções. 
• Outro respaldo da universalidade das emoções provém de pessoas cegas e surdas de nascença. Embora não consigam ver ou ouvir as expressões dos outros, elas expressam as suas emoções com as mesmas expressões faciais. 
• Certas emoções e expressões faciais são programadas nos seres humanos por meio de seus genes.
• Os músculos faciais são difíceis de controlar e revelam sinais de emoções que estamos tentando esconder. 
• Apesar da capacidade dos nossos cérebros para detectar emoções, achamos difícil identificar expressões enganosas. No mundo todo, acredita-se que um sinal revelador da mentira é evitar o olhar de alguém. -> canal Metaforando da dicas para identificar
• Gestos, expressões faciais e tons de voz estão todos ausentes na comunicação pelo computador. Mensagens por correio eletrônico e WhatsApp às vezes incluem emojis, ou ícones que representam as emoções.
• Mulheres em geral superam os homens na leitura de pistas emocionais das pessoas.
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Aula 30/09
PRIMEIRAS EMOÇÕES 
• Muito antes de poder comunicar qualquer outra coisa, os bebês já transmitem emoções - O choro mostra o incômodo do bebê em função do surgimento de algumas necessidades. E reações de alegria surgem quando as necessidades são satisfeitas. 
• Algumas emoções só väo surgir algum tempo após o nascimento:
 - 4 a 6 semanas os bebês sorriem com pessoas que reconhecem. -> social
- 3 a 4 meses expressam raiva, surpresa e tristeza. 
- 6 a 8 meses surgem medo e inibição (vergonha e timidez) 
- Desprezo e culpa geralmente surgem no final do segundo ano de vida.
• Charles Darwin via as emoções como algo programado geneticamente nos animais para fins de sobrevivência - Desde o início elas comunicam informações vitais (O choro comunica uma necessidade) 
- Ele especulou que em tempos pré-históricos, antes de nossos ancestrais se comunicarem por palavras, sua habilidade de demonstrar ameaças, reconhecimento e submissão com expressões faciais os ajudava a sobreviver. 
• Tanto a geração de emoções como o entendimento das emoções dos outros possuem um valor de sobrevivência - Os bebês buscam informações emocionais de pessoas que lhes são significativas para compreender novas experiências.
ALGUNS ASPECTOS DAS EMOÇÕES 
-> emoção é mais ligado ao externo e o sentimento está ligado ao interno e é mais durável
• Emoções mistas: Regularmente as pessoas sabem que suas emoções são mistas: elas amam e odeiam a mesma pessoa. Algumas situações nos levam a experimentar uma mistura de emoções. Ex: Foi demitido de um emprego que não gostava. -> FELIZ por sair desse ambiente, MEDO por insegurança de como vai ser dali em diante
- Para ler sentimentos na vida cotidiana, as pessoas recorrem às informações das circunstâncias. 
• Emoções e motivos: Estão relacionados – Quando as pessoas estão privadas de algo que necessitam sentem raiva ou tristeza (Fome). -> necessidades básicas - fome, sono
 Quando as pessoas satisfazem uma necessidade elas se sentem felizes. A raiva pode fazer você querer ferir alguém.
• Emoções Volúveis: As emoções estão em constante mudança. Afetos ou humores brandos parecem predominar raramente as pessoas são presas às emoções violentas.
RAIVA
 • A raiva, dizem os sábios, é “um a loucura passageira" (Horácio, 6 5 -8 a.C.), “que carrega a mente para longe" (Virgílio, c7 0 -1 9 a.C.) e que pode ser “muitas vezes mais grave que a injúria que a ocasionou" (Thomas Fuller). 
• O que nos deixa com raiva? Às vezes, a raiva experimentada ocorre em resposta à percepção de maldades de amigos ou da pessoa amada, e, em especial, quando uma outra pessoa parece agir de forma arrogante, injustificável e evitável. 
• Pequenos aborrecimentos – odores desagradáveis, temperatura elevada, engarrafamentos e dores também têm o poder de nos tornar raivosos.
RAIVA E AGRESSÃO 
• A agressão é um comportamento que geralmente acompanha a raiva.
- A raiva é definida como uma emoção caracterizada por fortes sentimentos de contrariedade, os quais são acionados por ofensas reais ou imaginárias.
- Agressão é compreendida como qualquer ato praticado com o fim de ferir ou prejudicar outra pessoa. 
• Estudo de James Averill (1982,1983) Adultos e universitários preencheram questionários diários sobre incidentes que os contrariavam e despertavam raiva. As pessoas relataram sentir raiva várias vezes e na maioria era direcionada a pessoas, especificamente, entes queridos. A grande maioria relatava que sentia vontade de agredir e se engajar em tarefas calmantes. Vale salientar que objetos não-humanos como torneiras pingando, gatos brigando também evocavam ira.
A LIGAÇÃO RAIVA-AGRESSÃO 
• Grande quantidade de pesquisas corroboram a relação Raiva-Agressão. 
• Tanto a frustração como o sofrimento levam ao sentimento de raiva e provocam agressão – A frustração costuma gerar raiva que frequentemente é seguida de agressão. Vale salientar que nem toda frustração causa raiva. 
• A dor também é uma fonte de raiva. 
• Atenção: Nem sempre a raiva e a agressão estão relacionadas, as pessoas podem sentir raiva e lidar com ela de forma não agressiva. Como podem também ser agressivas em decorrência de INCENTIVOS. A obediência podeser um incentivo à agressão - Os soldados em guerra, matam para obedecer ordens.
INFLUÊNCIAS BIOLÓGICAS E AMBIENTAIS SOBRE A AGRESSIVIDADE
• Freud e Lorenz - Argumentam que o ser humano nasce com instintos agressivos. 
• Diferentes culturas e países possuem diferentes visões sobre a agressividade- Em algumas sociedades são mais aceitas em outras não. 
• Quanto mais condições favoráveis à agressão na vida da criança, mais provável será a agressão – A rejeição parental, a negligência, a disciplina dura a crueldade contra a criança ou contra outros da família estão ligados à agressividade da prole. 
• A Brutalidade ensina as crianças por meio da observação o que deve fazer - Elas concluem que bater é algo apropriado e poderoso.
COMO LIDAR COM A RAIVA? 
• Primeiro Lugak: Esperar - Você pode diminuir o nível de excitação fisiológica da raiva apenas aguardando - Qualquer excitação emocional vai acabar se você souber esperar o suficiente. 
• Em segundo lugar, lide com sua raiva de forma que não precise estar sempre irritado com qualquer pequeno problema, nem ficar passivamente remoendo as coisas que o deixam zangado - Ruminar internamente as causas da raiva serve apenas para aumentá-la
PRAZER, ALEGRIA E FELICIDADE
• São experiências emocionais positivas, a alegria prazer possuem uma durabilidade relativamente curta enquanto a serenidade e felicidade seriam mais plenas e duradouras. 
• A alegria e o prazer surgem toda vez que uma necessidade biológica é satisfeita. 
• As emoções positivas não estão ligadas somente a necessidades biológicas - Em uma pesquisa desenvolvida por Richard Lazarus (1981) foi verificado que os adultos de meia idade consideram como fonte de prazer cotidiano: relacionar-se bem com o cônjuge, com os amigos, sentir-se saudável, dormir o suficiente. Já entre UNIVERSITÁRIO - diversão e entretenimento.
• Abraham Maslow (1963) cunhou o termo “experiência culminante" para se referir aos momentos mais felizes da vida. Tais emoções de exaltação nos advêm quando amamos, criamos, temos uma súbita percepção de algo (insight), vencemos um desafio, encontramos algo belo. 
• De acordo com Maslow essas experiências culminantes convencem as pessoas de que vale a pena viver, embora a vida seja normalmente insipida, dolorosa, ou não gratificante. 
• Há evidências que sugerem que o relaxamento e o apoio social aumentam a eficiência do sistema imunológico reduzem o sofrimento em idosos.
• Felicidade: Satisfação geral com a vida. Alguns chamam os sentimentos de duração mais prolongada e menor intensidade de Estados de humor em vez de emoções. 
• Não é fácil medir a felicidade, não existem medidas fisiológicas ideais para medir a felicidade nem podem observar um determinado comportamento para dizer se a pessoa está feliz ou não. 
• A Felicidade é multidimensional - Para ter noção das múltiplas dimensões da felicidade (Roy Yensen): 
- Faça uma lista das áreas da vida que são importantes para você (relacionamento amoroso, família, hobby, trabalho, exercício físico). 
- Atribua uma porcentagem do quanto cada área contribui para sua felicidade, sem exceder 100% no total. 
- Alguma área recebeu 100%?
CAUSAS DA FELICIDADE AUTOATRIBUÍDA
 • Angus Campbell (1976), descobriu que dez indicadores estatísticos previam apenas 17% da variabilidade de satisfação da vida: 
- Saudável e rico é melhor que doente de pobre. 
- Na média, as mulheres-relatam alegria e tristezas mais intensas do que o homem. 
- Os brancos relatam ser mais felizes do que os negros. 
- Místicos e religiosos alegam estar mais satisfeitos com a vida do que aqueles que não têm experiências espirituais. Pessoas casadas se sentem mais satisfeitas do que as solteiras. 
- O amor é associado com a felicidade
CONCLUSÃO 
• Medo, raiva, felicidade e vários outros sentimentos têm isso em com um: são fenômenos biopsicossociais. Nossas predisposições genéticas, atividade cerebral, perspectivas, experiências, relacionamentos e culturas, em conjunto, fazem de nós o que somos.