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Serviço do Prontuário do Paciente APRESENTAÇÃO O gerenciamento de serviços de saúde requer as mais variadas ferramentas para uma boa administração, baseada em dados fidedignos e para utilização estratégica. Com a procura por serviços de saúde cada vez mais frequente, seja em instituições públicas ou privadas, as demandas dessas Unidades Básicas de Saúde crescem a cada dia. Com isso, a necessidade de manter dados pra o próprio uso, de modo que sejam capazes de direcionar a administração, torna-se necessária uma boa guarda de documentos para posterior trato estatístico. Para além disso, há toda uma legislação pertinente aos dados dos pacientes, tanto pessoais quanto diagnósticos, que afetam diretamente no modo de arquivamento dos prontuários. Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá aprender como os serviços do prontuário do paciente têm importância estatística e legal, assim como as mudanças inerentes à sua gestão ocorridas ao longo dos anos. Inicie seus estudos pelo conceito de serviços do prontuário, passando pelos processos e tipos de arquivamento e suas aplicabilidades para adesão dos serviços às normas e demais utilidades. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Conceituar serviço do prontuário do paciente.• Apresentar os principais processos relacionados a esse serviço.• Identificar os tipos de arquivamento do prontuário e suas respectivas aplicações.• INFOGRÁFICO Os serviços de saúde são geradores de documentos das mais variadas relevâncias, sejam no âmbito social, histórico ou científico. No entanto, um dos mais valiosos é o prontuário do paciente, detentor de informações cruciais de históricos pessoais e familiares, evolução clínica e diagnóstico, que primeiramente confere registro pessoal e sigiloso ao indivíduo assistido. Ele deve, portanto, ser tratado de forma segura para que possa garantir direitos não apenas ao paciente, mas também a equipes e instituições envolvidas no tratamento. No Infográfico a seguir, veja como as evoluções de leis, decretos e resoluções, tanto no âmbito federativo quanto do próprio Conselho de Medicina, contribuem para a garantia desses documentos por longo tempo e com qualidade. CONTEÚDO DO LIVRO Registrar informações pertinentes ao desenvolvimento de um procedimento é algo comum a algumas atividades laborativas, assim como para a assistência médica e aos demais profissionais envolvidos no auxílio à saúde de pacientes. Porém, nesse caso, além de fazer parte da rotina, torna-se um instrumento indispensável equipe de saúde envolvida na assistência prestada. Sendo assim, o volume de atendimentos realizados diariamente em serviços de saúde requer todo o esforço arquivístico capaz de conciliar volume e qualidade das informações — além de preservá-las por um longo período. Ao longo dos anos, por todas essas questões expostas e com base em legislação arquivísticas vigente, as leis brasileiras — como o Código Civil, o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Conselho Federal de Medicina — passaram a criar meios legais que garantissem a integridade de informações de prontuários e orientações sobre os serviços por esses responsáveis, colaborando, assim, para a melhoria dos serviços de prontuários e ajudando a sociedade. Com isso, é possível também o alcance de pesquisas científicas mais abrangentes. No capítulo Serviço de prontuário do paciente, da obra Faturamento e auditoria em saúde, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, conheça o conceito desse serviço, os processos que o envolvem, os tipos de arquivamento e suas aplicações. Boa leitura. FATURAMENTO E AUDITORIA EM SAÚDE Wilmara Alves da Silva Serviço do prontuário do paciente Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Conceituar serviço do prontuário do paciente. Apresentar os principais processos relacionados a esse serviço. Identificar os tipos de arquivamento de prontuário e suas respectivas aplicações. Introdução Controlar, guardar, transferir e fazer a manutenção de documentos são tarefas que requerem nível organizacional elevado. A responsabilidade aumenta quando os documentos se referem a dados pessoais e sigilosos relativos a procedimentos médicos assistenciais, como é o caso dos dados contidos nos prontuários de pacientes. Assim, a realização adequada dessas tarefas exige um serviço de prontuário que atenda a todas as demandas esperadas para a gestão dos arquivos de serviços de saúde, que têm imensa relevância médica, jurídica e até mesmo social. Neste capítulo, você vai conhecer o conceito de serviço do prontuário do paciente. Você também vai estudar os principais processos relaciona- dos a esse serviço. Além disso, vai ver quais são os tipos de arquivamento de prontuário e conhecer as suas aplicações. 1 Conceito O serviço do prontuário do paciente é de suma importância para os serviços de saúde, sejam eles públicos ou privados. Esse setor é responsável pela guarda de todos os documentos pertinentes ao processo de assistência médica de uma unidade de saúde, como relatórios médicos, resultados de exames laboratoriais e de imagem, prescrições médicas, registros de agendamentos de consultas, listagens de atendi- mento e prontuários dos pacientes. Mas você sabe o que é o prontuário do paciente? O prontuário do paciente é o documento detentor de todas as informações referentes à assistência prestada. Ele contém: identificação do paciente (dados pessoais), histórico de saúde próprio e de familiares, queixas, anamnese, diagnóstico e tratamento (CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2002). Todas as informações contidas no prontuário do paciente devem ser preser- vadas e mantidas em sigilo pelos serviços de guarda dos prontuários. Esses serviços também devem assegurar o acesso aos documentos pelas equipes multiprofissionais envolvidas, como determinam as legislações pertinentes à guarda de arquivos. Vale ressaltar que esses documentos possuem ainda caráter científico e social, pois podem ser utilizados para o desenvolvimento científico da saúde, sendo norteadores, inclusive, de políticas públicas de saúde. Dado esse conjunto de condições inerentes ao prontuário do paciente, é importante destacar as responsabilidades relativas à guarda. A Resolução CFM nº. 1.638 (CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2002), confere responsabilidade pelo prontuário aos médicos assistentes e demais profissio- nais que realizam o atendimento; tal responsabilidade também é repassada às hierarquias superiores. Essa mesma resolução aborda ainda, em seu art. 5º, a responsabilidade por assegurar a guarda e o manuseio dos prontuários, extensiva também às hierarquias superiores; essa demanda fica a cargo da comissão de revisão de prontuário, objeto da referida resolução, que determina ainda que cada unidade de saúde deve criar sua comissão. Considerando o que foi abordado até aqui, você pode concluir que os serviços de saúde precisam dispor de uma comissão revisora de prontuário, que avalia a garantia de todas as peculiaridades que envolvem os prontuários, incluindo a guarda e o manuseio. Mas será que isso é tudo? Como você deve imaginar, há outros pontos importantes. É o caso da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que dispõe sobre determinações legais arquivísticas públicas e privadas no Brasil (BRASIL, 1991). A Lei nº 8.159 prevê o dever do poder público quanto à gestão documental e à proteção especial a documentos de arquivos, com a finalidade de apoiar a administração, a cultura e o desenvolvimento científico, bem como de preservar elementos de prova e informação. Segundo essa lei, a gestão de documentos corresponde a técnicas e artifícios que podem garantir o cuidado desde a produção e a guarda temporária e permanente até a eliminação de qualquer documento. Tal lei também define que instituições produtoras ou recebedoras terão responsabi- lidades sobre os documentos resultantesda execução de atividades específicas, sejam elas órgãos públicos, órgãos privados ou pessoas físicas (BRASIL, 1991). Serviço do prontuário do paciente2 A Lei nº 8.159 é regulamentada pelo Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002, definindo a forma de ação do poder público perante a gestão de documentos de instituições públicas e privadas) (BRASIL, 2002a). Tal de- finição abrange os serviços de saúde e também os documentos derivados de suas atividades operacionais — o que inclui os prontuários sob a guarda dos serviços do prontuário do paciente. Outra resolução que dispõe sobre o tratamento dos arquivos de serviços de saúde é a Resolução nº 22 (CONARQ, 2005). Ela recomenda a criação de uma Comissão Permanente de Avaliação de Documentos (Cpad) para as instituições de saúde e fornece diretrizes para isso. Essa resolução também apresenta os requisitos que devem ser avaliados e as condições relativas ao tempo de arquivamento por documento e à eliminação de documentos. Além disso, ela discorre sobre a equipe multiprofissional constituinte. Portanto, os serviços de prontuário do paciente são o setor responsável pela guarda, pela eliminação, pelo fornecimento e pelo recebimento de prontuá- rios resultantes da assistência prestada em unidades de saúde. Tal setor deve dispor de comissão de revisão e avaliação, conforme legislações arquivísticas e resoluções do CFM vigentes, a fim de garantir o usufruto dos prontuários pelas equipes multidisciplinares envolvidas na assistência. Também está em jogo, como você viu, a possibilidade de disponibilização desses documentos para o desenvolvimento científico em saúde. Agora, considere a grande quantidade de informação que pode ser acumu- lada por serviços de saúde, cuja atividade diária envolve vários atendimentos a pacientes realizados por diversos profissionais. Você certamente vai concluir que os documentos acumulados exigem serviços de prontuário que atendam às condições anteriormente mencionadas, como manutenção, produção e eliminação. Mas será que foi sempre assim? Quando surgiu a necessidade de gerenciar arquivos de saúde? O surgimento dos arquivos de saúde não advém exatamente do surgimento da arquivologia em geral. Na verdade, esses arquivos surgiram a partir das práticas de organização dos mais diversos documentos, que ao longo do tempo foram incorporadas aos arquivos de serviços de saúde. Os primeiros arquivos datam dos anos 350 a 400 a.C. Tais arquivos foram criados pelos gregos para a guarda de documentos oficiais. Eles se desenvolveram ao longo do tempo impulsionados por fatos históricos relevantes, como as guerras e moléstias que afetaram várias sociedades (CRUZ, 2015). Os primeiros registros de saúde foram feitos entre 2500 e 3000 a.C., no Egito. Posteriormente, eles foram disseminados para a obtenção de informações sobre doenças, tratamentos, etc. O primeiro serviço de prontuário propriamente 3Serviço do prontuário do paciente identificado foi criado pela Clínica Mayo, fundada em 1880 nos Estados Unidos. Essa clínica passou a utilizar um sistema cronológico de arquivamento único a partir de 1907. Só em 1920 é que ela incorporou o registro individual de pacientes, organizado também de forma cronológica, tornando-se um marco para os serviços de prontuário do paciente. Apesar disso, os Estados Unidos já haviam implantado seu primeiro Serviço de Arquivo Médico e Estatística (Same) em 1897 (CRUZ, 2015). No Brasil, o primeiro Same foi implantado pelo Hospital das Clínicas de São Paulo, em 1943. Isso ocorreu depois de uma médica do corpo clínico desse hospital visitar os Estados Unidos, onde se especializou. Quando voltou, ela implantou no Brasil o mesmo sistema de arquivo utilizado lá (CRUZ, 2015). O Same é um serviço de gerenciamento arquivístico especializado e com pre- tensões estatísticas, que pode fornecer à gerência administrativa dados capazes de melhorar seus resultados (FREIRE; ARAÚJO, 2014). Freire e Araújo (2014) afirma que essa capacidade de fornecimento se dá pelo fato de o Same ser o responsável por auditoria administrativa, organização, armazenamento e arquivamento de prontuários de pacientes. Isso possibilita a verificação de dados técnicos e de pro- dutividade dos diversos setores, o que também requer uma equipe multidisciplinar. Como você viu, a conceituação dos serviços do prontuário do paciente está cercada por todas as regulamentações legais que envolvem o prontuário, bem como pelos demais dados resultantes das rotinas de registros assistenciais hospitalares, ambula- toriais e emergenciais. Ao longo do tempo, esses serviços foram se aperfeiçoando e incorporando o tratamento estatístico. Esse tipo de tratamento possibilita a realização de estudos assistenciais e administrativos de suma importância para o desenvolvimento prático e científico dos serviços de saúde. 2 Processos Os processos relacionados aos serviços do prontuário do paciente estão inti- mamente ligados às resoluções e legislações arquivísticas brasileiras. Qualquer processo arquivístico de setores públicos e privados deve admitir os conceitos defi nidos legalmente. Nesse sentido, é importante você conhecer o conceito dos prontuários de pacientes, dadas as suas características de confi dencialidade e a sua relevância probatória. Serviço do prontuário do paciente4 Um dos conceitos atribuídos aos prontuários é relacionado à identificação dos documentos públicos: esses documentos podem ser correntes, interme- diários e permanentes, como determina a Lei nº 8.159 (BRASIL, 1991). Os documentos correntes tratam de atividades que estão em curso; são aqueles utilizados na rotina diária e de consulta constante, com acesso rápido. Como exemplo, você pode considerar agendas médicas, recibos e comprovantes, protocolos operacionais padrão, manuais de procedimento, fichas de atendi- mento, etc. Logo, os documentos correntes são aqueles sem caráter definitivo, de curta importância, que interessam naquele momento, mas cuja guarda por longa duração não é necessária. Os documentos permanentes devem ser preservados permanentemente — devido à sua historicidade e ao seu valor probatório e informativo. Admite- -se ainda a particularidade de esse tipo de documento ser inalienável e imprescritível. Ou seja, há a possibilidade de os documentos permanentes não serem passíveis de transferência sem as devidas autorizações. Ademais, os documentos permanentes não prescrevem, tendo validade definitiva. Nesse grupo, enquadra-se o prontuário do paciente, justamente por reunir todos esses condicionantes. Por fim, os documentos intermediários são aqueles que estão à espera de guarda permanente ou eliminação. A maioria dos arquivos de serviços de saúde passa por sua fase intermediária, pois alguns serão destruídos por sua irrelevância ou serão arquivados permanentemente. Esses conceitos que você acabou de estudar são de suma importância para os processos de serviços de prontuário. Afinal, eles determinam a temporalidade de guarda para posterior eliminação ou não, considerando que nem todos os registros produzidos por serviços de saúde têm características de arquivos permanentes. A Resolução nº 22 (CONARQ, 2005) pauta os processos de guarda de pron- tuários. Essa resolução, como você viu na seção anterior, recomenda a criação de uma Cpad nos serviços de saúde. Esse processo implica a determinação de criação e implantação pela diretoria da instituição, com posterior comunicação interna. Depois de criada a Cpad, alguns requisitos devem ser seguidos para o processo avaliativo, conforme o art. 2º da referida resolução. Veja: I — conhecer os objetivos, a estrutura e o funcionamento da instituição detentora dos documentos; II — conhecer a organização dos conjuntos documentais a serem avaliados, incluídos os métodos de classificação adotados, bem como sua importância para fins de prova, de informação, e de estudos e pesquisas nas áreas das ciências da saúde, humanas e sociais; 5Serviço do prontuário do pacienteIII — conhecer a terminologia e os procedimentos da área médica, bem como de suas especialidades; IV — conhecer a legislação pertinente à concessão de direitos relativos aos indivíduos portadores de necessidades especiais e de doenças graves e ter- minais (CONARQ, 2005, documento on-line). Desse modo, fica a cargo da Cpad absorver todo o arcabouço legislativo sobre os serviços de saúde e os documentos produzidos por eles, incluindo o prontuário do paciente. A ideia é tornar o processo de avaliação de documen- tos assertivo e competente, atendendo aos seus propósitos. A Cpad também determinará a temporalidade de cada documento de qualquer natureza (em papel, eletrônico, microfilmado, etc.) e a sua destinação final. No caso da temporalidade, há um item importante a ser considerado: o valor, que pode ser primário ou secundário. O valor primário é referente ao uso interno da instituição, de pretensão administrativa. Já o valor secundário é relativo aos demais usos, como a finalidade probatória e informativa. Os prontuários possuem valor secundário, pois tanto podem assumir caráter probatório quando envolver erros médicos ou de demais profissionais da área de saúde. Como você já viu, eles também pode ter valor informativo, servindo de fonte de dados para pesquisas e desenvol- vimento científico. Em resumo, será necessário criar tabelas a serem consideradas para uma boa gestão de prontuários e demais arquivos de serviços de saúde. Tais ta- belas fornecerão subsídios para gerir: temporalidade de documentos, edital de ciência de eliminação e termo de eliminação, além de relatório final. Por essas circunstâncias, a Cpad deve sempre revisar a temporalidade e também a legislação que cerca os arquivos de serviços de saúde. Outro ponto importante inerente à Cpad é a sua composição multiprofis- sional, justificada pelos itens que envolvem os arquivos de saúde. Afinal, a comissão trata de questões legais, medicinais e administrativas. Em seu art. 4º, a Resolução nº 22 (CONARQ, 2005) propõe a articulação entre os seguintes profissionais: representantes do corpo clínico e da equipe de saúde, arquivista ou responsável pela guarda de documentações, servido- res das unidades organizacionais das quais se originam os documentos, representante da comissão de revisão de prontuários e representante da área jurídica. Serviço do prontuário do paciente6 Como você pode observar, há todo um arcabouço de conhecimentos relativos ao arquivamento de registros de saúde. A Resolução nº 22 ainda permite que a Cpad seja composta por profissionais de demais áreas do conhecimento que possam contribuir para o melhor trato de todos os arquivos, não somente dos prontuários (CONARQ, 2005). No tocante aos prontuários e à sua gestão, destaca-se a Resolução CFM nº 1.638, que não só define o prontuário, mas também determina a criação de uma comissão de revisão de prontuários (CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2002). A ideia é que tal comissão permita delimitar cada vez mais as informações imprescindíveis ao documento de guarda. O art. 2º dessa resolução determina que a responsabilidade pelo prontuário médico cabe: I — ao médico assistente e aos demais profissionais que compartilham do atendimento; II — à hierarquia médica da instituição, nas suas respectivas áreas de atuação, que tem como dever zelar pela qualidade da prática médica ali desenvolvida; III — à hierarquia médica constituída pelas chefias de equipe, chefias da Clínica, do setor até o diretor da Divisão Médica e/ou diretor técnico (CON- SELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2002, documento on-line). Note que os processos relativos aos serviços de prontuário do paciente, por vezes denominado “prontuário médico”, são complexos e minuciosos. Eles envolvem as- pectos legais e consideram a relevância de tal documento para a sociedade. Ademais, é necessário considerar que os prontuários podem permitir a verificação de atos falhos cometidos por profissionais ou equipes de saúde, daí seu caráter probatório. Para que a gestão de serviços de prontuário de pacientes ou mesmo do Same atente a todos os aspectos necessários, é essencial definir fluxos e processos que indiquem os papéis dos envolvidos na criação e na transferência de documentos entre setores e arquivamento. Além disso, é preciso definir os responsáveis pelas solicitações de prontuários, o prazo limite de solicitações desses documentos, a permissão de acesso a informações, entre outras especificações. Assim, é importante definir quais são os processos estabelecidos, os for- necedores, os clientes externos e os clientes internos, como indica a Figura 1. Essa figura é um mapa do processo de trabalho do arquivo médico do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no estado 7Serviço do prontuário do paciente de São Paulo. Repare na atuação de fornecedores, processos e clientes e no caminho seguido pelo prontuário desde a sua criação até o seu arquivamento. Logo, além de criar comissões de avaliação e revisão de prontuários, é necessário produzir meios (processos ou fluxos) que garantam que os docu- mentos sejam mantidos de forma organizada. Além disso, deve-se garantir que os prontuários sejam preservados adequadamente para as finalidades a que se destinam enquanto documentos de valor secundário. Figura 1. Processo do arquivo médico. Fonte: Universidade Estadual de Campinas (2012, documento on-line). 3 Arquivamento de prontuário Os tipos de arquivamento de prontuário são os mesmos utilizados para o arqui- vamento de demais documentos, já que está em jogo um processo de guarda, que, portanto, depende de como se quer organizar o arquivamento. É importante você lembrar que a guarda de qualquer coisa depende dos seus objetivos. O que você quer guardar é algo a que precisará recorrer constantemente? Ou é algo que você não tem como prever quando precisará usar novamente? Depois de defi nidos os objetivos é que se fará a escolha do tipo de arquivamento. Há vários modelos de arquivamento, pois existe o método alfabético no- minal, o alfabético geográfico, o alfabético específico e a organização por assunto. Além disso, é possível classificar os documentos de forma numérica simples, por ordem cronológica e pelos modelos variadex, decimal e alfanu- mérico (BATISTA, 2019; FREIRE; ARAÚJO, 2014). A seguir, veja quais são os principais modelos de arquivamento. Serviço do prontuário do paciente8 Modelo alfabético nominal: são criadas pastas que obedecem a uma ordem alfabética nominal. Por exemplo: Antenor Santos; Bruno San- tiago; Carla Andrade; Douglas Cardoso. Modelo alfabético geográfico: é criada uma sequência organizacional com base em regiões do país, do estado, da cidade, etc. Por exemplo: Paraíba/João Pessoa/Carlos André Feitosa. Modelo alfabético específico ou por assunto: é disponibilizada uma sequência organizacional com base em assuntos específicos. Por exem- plo: financeiro; arquivo; recursos humanos. Modelo numérico simples: é disponibilizada uma sequência organi- zacional com base na chegada dos documentos, em ordem crescente. Por exemplo: 01 — Bruno Santiago; 02 — Carla Andrade. Modelo de ordem cronológica: sequência organizacional baseada nas datas de criação dos documentos, em ordem crescente ou decrescente. Por exemplo: 01/01/2020 — Bruno Santiago; 02/04/2020 — Carla Andrade. Modelo variadex: sequência organizacional baseada em cores para identificação de determinado grupo de letras. Por exemplo: azul — grupo de arquivos iniciados com a letra A; laranja — grupo de arquivos iniciados com a letra B. Modelo numérico duplex: sequência organizacional que utiliza classes numéricas para identificar subgrupos dentro de um grupo maior. Lembra muito o sumário de um livro. Por exemplo: 1 recursos humanos; 1.1 desenvolvimento organizacional; 1.2 treinamento; 1.3 benefícios; 2 financeiro; 2.1 contas a pagar; 2.2 contas a receber. Modelo alfanumérico decimal: há uma mistura dos modelos alfabético e numérico.Por exemplo: 100 clínica; 110 oncologia; 111 adulto; 112 pediátrica; 120 neurologia. Observe que há vários métodos de arquivamento que podem ser utilizados pelos serviços de saúde. Antes da tomada de decisão quanto à metodologia, é importante ter em mente a frequência de usabilidade dos documentos. Ademais, é importante evitar métodos muito simples (por exemplo, apenas alfabético, pois podem existir várias pessoas com nomes iguais). Logo, é importante evitar confusões. No caso de prontuários, confusões podem gerar, inclusive, problemas judiciais para as instituições. Suponha que há duas pessoas com nomes iguais e que o médico consulta informações que não são do paciente que está atendendo. Esse tipo de situação não gera simplesmente um transtorno, mas pode levar a erros consideráveis e a com- prometimentos do ponto de vista ético. 9Serviço do prontuário do paciente O método ideal e comumente utilizado para o arquivamento de documentos prove- nientes da assistência médica é o numérico. Geralmente, é atribuída uma numeração única a cada paciente e, consequentemente, ao seu prontuário. Com isso, evitam-se erros de atendimento, diagnóstico, prescrição e demais implicações dos registros. A metodologia de arquivamento nos serviços de prontuário é de suma impor- tância devido ao alto número de documentos criados. Considere um hospital que possui vários serviços; cada setor produz prontuários, e muitas vezes o paciente, ao passar por vários serviços, tem o seu prontuário transferido entre setores. Assim, também é necessário pensar na movimentação para que o arquivamento dos documentos não se torne um problema, e sim um facilitador. Na Figura 2, a seguir, veja o arquivo médico do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), no Rio Grande do Sul, que contém mais de 370 mil prontuários de pacientes. Figura 2. Estrutura física do arquivo médico do HUSM. Fonte: Correa (2014, documento on-line). A possibilidade do uso do prontuário eletrônico é recente e envolve discus- sões, em especial devido às condições que permeiam esse documento, como o sigilo médico. Afinal, com o registro eletrônico, pode ocorrer a disponibili- zação de informações a pessoas que não pertencem à equipe multiprofissional Serviço do prontuário do paciente10 envolvida na assistência. Portanto, o prontuário eletrônico exige toda uma estrutura de segurança que possibilite o sigilo e a longevidade da informação. A Resolução CFM nº 1.821, dispõe sobre a regulamentação e a disponibili- dade da informatização por meio eletrônico para os prontuários de pacientes, com consequentes eliminação do papel e troca de informação identificada em saúde (CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2007). Do ponto de vista arquivístico, essa inovação traz aspectos positivos, pois o arquivamento em papel por determinado tempo requer profissionais especializados para guarda e conservação. Contudo, isso não determina que esse especialista em guarda e conservação seja dispensado no arquivamento digital, pois a formação do banco de dados pode admitir as metodologias aqui explicitadas e requerer profissionais especialistas em tecnologia da informação e segurança de dados. Entre os principais itens da Resolução CFM nº 1.821, está a aprovação de um manual de registros em saúde informatizado, que deve ser seguido por todos os serviços de saúde que desejem possuir prontuários eletrônicos (CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2007). Assim, a digitalização de prontuários fica autorizada desde que respeitadas as especificações. Veja o que determina o art. 2º da Resolução CFM nº 1.821: Art. 2º Autorizar a digitalização dos prontuários dos pacientes, desde que o modo de armazenamento dos documentos digitalizados obedeça a norma específica de digitalização contida nos parágrafos abaixo e, após análise obrigatória da Comissão de Revisão de Prontuários, as normas da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos da unidade médico-hospitalar geradora do arquivo. § 1º Os métodos de digitalização devem reproduzir todas as informações dos documentos originais. § 2º Os arquivos digitais oriundos da digitalização dos documentos do pron- tuário dos pacientes deverão ser controlados por sistema especializado (Ge- renciamento eletrônico de documentos — GED), que possua, minimamente, as seguintes características: a) Capacidade de utilizar base de dados adequada para o armazenamento dos arquivos digitalizados; b) Método de indexação que permita criar um arquivamento organizado, possibilitando a pesquisa de maneira simples e eficiente; c) Obediência aos requisitos do “Nível de garantia de segurança 2 (NGS2)”, es- tabelecidos no Manual de Certificação para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde (CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2007, documento on-line). Para além das leis do Brasil e das resoluções do CFM abordando a tem- poralidade, há também a determinação de guarda de prontuários pelo Código Civil brasileiro, instituído pela Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. O 11Serviço do prontuário do paciente Código Civil determina a prescrição em três anos para fins de reparação de danos civis, também tratados por essa lei. O prontuário, nesse contexto, tem função probatória, tanto para o paciente quanto para o médico e os demais profissionais de saúde (BRASIL, 2002b). Outra temporalidade adotada para prontuários de pacientes encontra-se no Estatuto da Criança e do Adolescentes (ECA — Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990). O ECA adota o prazo de 18 anos para guarda de prontuários de pa- cientes atendidos em hospitais e demais serviços de saúde voltados à saúde das gestantes, independentemente de serem públicos ou privados (BRASIL, 1990). Além disso, a Resolução CFM nº 1.821 estabelece o arquivamento dos prontuários de papel, desde que tenham sido arquivados eletronicamente (meio óptico, microfilmado ou digitalizado), por prazo mínimo de 20 anos a contar de seu último registro. Fica determinada a guarda permanente de prontuários eletrônicos (CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2007). No entanto, em 2018 foi criada a Lei nº 13.787, de 27 de dezembro, que dispõe sobre a digitalização e a utilização de sistemas informatizados para a guarda, o armazenamento e o manuseio de prontuário de paciente (BRASIL, 2018a). Em seu art. 1º, essa lei determina a regulamentação da digitalização e da utilização de sistemas informatizados para a gestão de prontuário do paciente por meio da Lei nº 13.709 (BRASIL, 2018b). Esta última trata-se da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A Lei nº 13.787 também temporaliza o prontuário, dessa vez em todos os meios, físico e digitalizado, com tempo mínimo de 20 anos do último registro (BRASIL, 2018a). Entre outros aspectos, essa lei permite outras possibilidades não conferidas pela Resolução CFM nº. 1.821. Veja: Art. 6º Decorrido o prazo mínimo de 20 (vinte) anos a partir do último registro, os prontuários em suporte de papel e os digitalizados poderão ser eliminados. § 1º Prazos diferenciados para a guarda de prontuário de paciente, em papel ou digitalizado, poderão ser fixados em regulamento, de acordo com o potencial de uso em estudos e pesquisas nas áreas das ciências da saúde, humanas e sociais, bem como para fins legais e probatórios. § 2º Alternativamente à eliminação, o prontuário poderá ser devolvido ao paciente. § 3º O processo de eliminação deverá resguardar a intimidade do paciente e o sigilo e a confidencialidade das informações. § 4º A destinação final de todos os prontuários e a sua eliminação serão registradas na forma de regulamento. § 5º As disposições deste artigo aplicam-se a todos os prontuários de pa- ciente, independentemente de sua forma de armazenamento, inclusive aos microfilmados e aos arquivados eletronicamente em meio óptico, bem como aos constituídos por documentos gerados e mantidos originalmente de forma eletrônica (BRASIL, 2018a, documento on-line). Serviço do prontuário do paciente12 Todo o amparo legal que o prontuário possui faz com que os serviços de saúdetratem a área arquivística de forma séria e responsável. Afinal, manter a integridade dessas informações por no mínimo 20 anos requer um bom gerenciamento de tal demanda. BATISTA, A. B. C. Técnicas de arquivamento. São Paulo: Érica, 2019. BRASIL. Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002. Regulamenta a Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados. Brasília: Presidência da República, 2002b. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4073.htm. Acesso em: 1 ago. 2020. BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 1 ago. 2020. BRASIL. Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991. Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá outras providências. Brasília: Presidência da república, 1991. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8159. htm. Acesso em: 1 ago. 2020. BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasília: Presi- dência da República, 2002b. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ leis/2002/l10406.htm. Acesso em: 1 ago. 2020. BRASIL. Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018. Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Brasília: Presidência da República, 2018b. Disponível em http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/L13709.htm#art65. Acesso em: 1 ago. 2020. BRASIL. Lei nº 13.787, de 27 de dezembro de 2018. Dispõe sobre a digitalização e a uti- lização de sistemas informatizados para a guarda, o armazenamento e o manuseio de prontuário de paciente. Brasília: Presidência da República, 2018a. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/L13787.htm. Acesso em: 1 ago. 2020. CONARQ. Resolução nº 22, de 30 de junho de 2005. Dispõe sobre as diretrizes para a avaliação de documentos em instituições de saúde. Brasília: CONARQ, 2005. Disponível: http://conarq.gov.br/resolucoes-do-conarq/264-resolucao-n-22,-de-30- -de-junho-de-2005.html. Acesso em: 1 ago. 2020 CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução CFM nº 1.638/2002. Define prontuário médico e torna obrigatória a criação da Comissão de Revisão de Prontuários nas instituições de saúde. Brasília: CFM, 2002. Disponível em: https://sistemas.cfm.org. br/normas/visualizar/resolucoes/BR/2002/1638 . Acesso em: 1 ago. 2020. 13Serviço do prontuário do paciente Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun- cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução CFM nº 1.821/2007. Aprova as normas técnicas concernentes à digitalização e uso dos sistemas informatizados para a guarda e manuseio dos documentos dos prontuários dos pacientes, autorizando a eliminação do papel e a troca de informação identificada em saúde. Brasília: CFM, 2007. Disponível em https://sistemas.cfm.org.br/normas/visualizar/resolucoes/ BR/2007/1821. Acesso em: 1 ago. 2020. CORREA, M. R. Arquivo Médico do HUSM tem mais de 370 mil prontuários de pacien- tes. Santa Maria: HUSM, 2014. Disponível em: http://www2.ebserh.gov.br/web/ husm-ufsm/detalhes-das-noticias/-/asset_publisher/7d2qZuJcLDFo/content/ id/487328/2015-07-arquivo-medico-do-husm-tem-mais-de-370-mil-prontuarios- -de-pacientes. Acesso em: 1 ago. 2020. CRUZ, J. A. Informações em saúde: um estudo da legislação brasileira. Ponto de Acesso, Salvador, v. 9, n. 1, p. 111–121, 2015. Disponível em: https://portalseer.ufba. br/index.php/revistaici/article/view/11353/0. Acesso em: 1 ago. 2020 FREIRE, C.; ARAÚJO, D. P. Técnicas de arquivamento em saúde. São Paulo: Érica, 2014. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. Manual de processos de trabalho do serviço de arquivo médico. 2. ed. Campinas: Hospital de Clínicas da UNICAMP, 2012. Dispo- nível em: https://intranet.hc.unicamp.br/manuais/sam.pdf. Acesso em: 1 ago. 2020. Leitura recomendada BRASIL. Decreto nº 7.845, de 14 de novembro de 2012. Regulamenta procedimentos para credenciamento de segurança e tratamento de informação classificada em qualquer grau de sigilo, e dispõe sobre o núcleo de segurança e credenciamento. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Decreto/ D7845.htm. Acesso em: 1 ago. 2020. Serviço do prontuário do paciente14 DICA DO PROFESSOR Quando falamos em serviços de prontuário do paciente, a tendência é pensar em uma simples organização que possa manter o prontuário em lugar seguro. No entanto, nunca pensamos nas diversas formas organizacionais que o serviço de prontuário poderá assumir e muito menos qual seria a ideal, de acordo com os objetivos que se deseja alcançar com essa organização. Nesta Dica do Professor, observe os tipos de arquivamento e o quanto eles podem ser úteis para o atendimento de demandas organizacionais e de rápido acesso. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! NA PRÁTICA A execução de processos arquivísticos em serviços de saúde envolve, entre os documentos, os de ordem administrativa e assistencial. No caso do prontuário, ele tem dados administrativos e assistenciais que podem servir como elementos probatórios e assumir a relevância estatística diante da quantidade de informações inseridas, relativas a práticas assistenciais, patologias e as variáveis condicionantes envolvidas no histórico do paciente e familiar, idade, cor, etc. Para alcançar todos os resultados possibilitados por serviços do prontuário, é necessário que haja uma gestão. Veja, Na Prática a seguir, como o arcabouço legal pode garantir elementos satisfatórios para a gestão de serviços do prontuário. SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Arquivo ideal: processo de microfilmagem na gestão de documentos Quais as vantagens ou por que a microfilmagem ainda pode ser utilizada? Veja esse processo de arquivos e como ele pode ajudar no arquivamento dos prontuários de pacientes. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Manual de Certificação para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde Conheça o Manual de Sistemas de Registro Eletrônico, que permite a garantia de registros com nível de segurança 2, conforme prevê a legislação sobre o arquivamento eletrônico de prontuários. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Informações em saúde: um estudo da legislação brasileira Breve histórico da legislação brasileira sobre informação em saúde. Este estudo tem como objetivo questionar o prazo de 20 anos para guarda de prontuários, com base em pesquisa bibliográfica, estudo da legislação e coleta de entrevistas. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Chega de papel: a era do prontuário eletrônico do paciente Quais as vantagens de adoção do prontuário eletrônico do paciente (PEP)? Este vídeo explica como essa adoção pode facilitar o dia a dia dos serviços de saúde, além de garantir o aumento da segurança das informações. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
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