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FRENTE U | CAPÍTULO 01
FILOSOFIA
1. INTRODUÇÃO À FILOSOFIA E 2.1 PRÉ-SOCRÁTICOS
 
1. INTRODUÇÃO
À FILOSOFIA
A palavra filosofia é oriunda da Grécia antiga. Ela é 
composta de outras duas palavras, philo (amizade) e 
sophía (sabedoria). Portanto, filosofia significa “amizade 
pela sabedoria”. Assim, filosofia indica a disposição de 
quem estima o saber. 
Mas, como a filosofia surgiu?
“A filosofia surgiu quando alguns gregos, admirados 
e espantados com a realidade, insatisfeitos com as 
explicações que a tradição dera, começaram a fazer 
perguntas e buscar respostas para elas, demonstrando 
que o mundo e os seres humanos, os acontecimentos 
naturais e as coisas da natureza, os acontecimentos 
humanos e as ações dos seres humanos podem ser 
conhecidos pela razão humana, e que a própria razão é 
capaz de conhecer-se a si mesma”.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2013, p. 32.
O PENSAMENTO MÍTICO
Um olhar atento à história da filosofia no Ocidente, mostra-
nos que o pensamentos filosófico surge, entre os gregos, em uma 
região e século bem definidos: a região da Jônia, no século VI a.C. 
Entretanto, a pergunta que se faz é: como os gregos faziam para 
entender o mundo a sua volta antes do nascimento da filosofia? 
A resposta é simples, antes da filosofia, os gregos recorriam aos 
mitos para explicar a origem de todas as coisas. Sendo assim, o 
mito constituiu um modelo de referência que lhe permitiu situar, 
compreender e julgar os acontecimentos ao seu redor. Em suma, 
um homem da civilização grega, no período anterior ao século 
VI a.C., geralmente recorria às histórias explicativas, como por 
exemplo, o mito da criação do Universo apresentado pelo poeta 
Hesíodo:
“[...] primeiro nasceu Caos, depois também Terra de amplo 
seio, de todos sede irresvalável sempre dos imortais que têm a 
cabeça no Olimpo nevado, e Tártaro nevoento no fundo do chão 
de amplas vias, e Eros: o mais belo entre os Deuses imortais. [...]. 
Do Caos Érebos e Noite negra nasceram. As Noite aliás Éter 
e Dia nasceram [...] Terra primeiro pariu igual a si mesma Céu 
constelado [...].” 
HESÍODO. Teogonia: a origem dos deuses. São Paulo: Iluminuras, 2011. p. 109
Os gregos acreditavam que a Terra fosse chata e redonda, e 
que seu país ocupava o centro da Terra, sendo seu ponto central, 
por sua vez, o Monte Olimpo, residência dos deuses. Por falar em 
Olimpo, os gregos cultuavam vários deuses (Zeus, Hera, Dionísio, 
Apolo, Ares, Atenas, dentre outros), além de semideuses (Teseu, 
Hercules, Perseu, dentre outros). Relatando a vida desses 
deuses e semideuses, eles criaram uma rica mitologia, isto é, um 
conjunto de lendas e crenças que, de modo simbólico, forneciam 
explicações para a realidade Universal. A mitologia grega é 
formada por um grande número de relatos e lendas fantásticas 
que ao longo do tempo serviram de inspiração para diversos 
artistas.
O pensamento mítico consiste em uma forma pela qual 
um povo explica aspectos essenciais da realidade em que 
vive: a origem do mundo, o funcionamento da natureza 
e dos processos naturais e as origens deste povo, bem 
como seus valores básicos. [...] O próprio termo mythos 
significa um tipo bastante especial de discurso, o discurso 
ficcional ou imaginário, sendo por vezes até mesmo 
sinônimo de “mentira”.
 [...] o pensamento mítico pressupõe a adesão, a aceitação 
dos indivíduos, na medida em que constitui as formas de 
sua experiência do real. O mito não se justifica, não se 
fundamenta, portanto, nem se presta ao questionamento, 
à crítica ou à correção.
MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia: dos pré-socráticos a 
Wittgenstein. Rio de Janeiro: Zahar, 2007. p. 20.
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FILOSOFIA - FRENTE U - CAPÍTULO 01 1.1 INTRODUÇÃO À FILOSOFIA E 
2.1 PRÉ-SOCRÁTICOS
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A PASSAGEM DO PENSAMENTO MÍTICO 
PARA O PENSAMENTO FILOSÓFICO
Os diferentes povos da antiguidade desenvolveram 
concepções próprias acerca da natureza e, portanto, produziram 
maneiras diferentes para explicar os fenômenos e processos 
naturais. Entretanto, os gregos foram os responsáveis pelo 
surgimento da filosofia. Podemos considerar que o pensamento 
filosófico grego nasceu da insatisfação com as explicações do 
real fundamentadas no pensamento mítico. Em consonância com 
esta constatação, o pensador alemão Werner Jaeger defendeu 
que “devemos considerar a história da filosofia grega como um 
processo de progressiva racionalização do mundo presente no 
mito”.
Então, a filosofia é fruto do que se convencionou chamar de 
“milagre grego”? Não, pois segundo o filósofo alemão Friedrich 
Nietzsche, “Nada é mais tolo do que atribuir aos gregos uma 
cultura autóctone: pelo contrário, eles sorveram toda a cultura 
viva de outros povos e, se foram tão longe, é precisamente porque 
sabiam retomar a lança onde um outro povo a abandonou, para 
arremessá-la mais longe”. Mas, sabendo que não aconteceu 
o “milagre grego”, como eles desenvolveram a filosofia? Quais 
as condições materiais, isto é, econômicas, sociais, políticas e 
históricas que permitiram o surgimento da filosofia?
A expressão “milagre grego” significa que a filosofia 
surgiu de modo original e espontâneo na Grécia graças à 
genialidade do povo helênico.
Para responder os questionamentos, apontaremos as 
principais condições históricas para o surgimento da filosofia na 
Grécia antiga. 
PRIMEIRO, VAMOS COMPREENDER O QUE ERA O MUNDO 
GREGO:
Conforme percebemos no mapa acima, na Grécia antiga, entre 
os séculos VIII e VI a.C., o crescimento demográfico e a escassez 
de terras contribuíram para que os gregos se deslocassem para 
outras regiões do Mar Mediterrâneo e fundassem colônias. 
Essas colônias acabaram se tornando importantes entrepostos 
comerciais, ou seja, ponto de encontro de caravanas provenientes 
de diferentes regiões do Oriente. Além disso, assumindo um 
caráter cosmopolita, acredita-se que nessas colônias conviviam 
harmoniosamente diferentes culturas. Esta peculiaridade 
corroborou para o enfraquecimento dos mitos, uma vez que cada 
povo apresentava de acordo com sua tradição uma explicação 
mítica diferente para explicar os mesmos fenômenos naturais. 
SEGUNDO, VAMOS VER AS CONDIÇÕES HISTÓRICAS DA 
GRÉCIA QUE PROPICIARAM O SURGIMENTO DA FILOSOFIA:
• Viagens marítimas: o relevo e o solo em boa parte do território 
grego não eram favoráveis ao cultivo agrícola, porém estas 
cidades contavam com excelentes portos naturais, o que 
possibilitou o desenvolvimento das viagens marítimas. Essas 
viagens propiciaram o desencantamento do mundo e para a 
desmistificação da natureza (os navegantes perceberam que 
os mitos não procediam).
• Escrita alfabética: o mito era transmitido por meio da 
oralidade, este fato justificou a existência de inúmeras 
versões acerca do mesmo mito. A invenção da escrita 
possibilitou a constatação de inconsistências e contradições 
nas explicações míticas.
• Invenção do calendário: o calendário possibilitou o 
entendimento e delineamento das estações do ano, ou seja, 
o domínio do tempo. Desta feita, os gregos deixaram de 
recorrer às explicações mitológicas e/ou aos deuses para 
explicar eventos da natureza, como por exemplo, identificar 
períodos mais chuvosos.
• Surgimento da vida urbana: o surgimento de novas classes 
sociais decorrentes do comércio marítimo propiciou o 
desenvolvimento das artes, novas formas políticas, bem 
como novas visões de mundo.
• A política: a política grega foi marcada pelo discurso racional, 
ou seja, os gregos estavam habituados a fomentar de maneira 
racional nos espaços públicos a fim de encontrar as melhores 
alternativas para suas cidades. Sendo assim, esses discursos 
corroboraram de maneira salutar para que os gregos 
passassem a questionar explicações míticas e/ou rasas. 
Como percebemos através dos pontos anteriores, não houve 
um “milagre grego”, mas os gregos aproveitaram situações 
históricaspara romper com as explicações mitológicas e 
buscaram na physis (natureza) explicações para os eventos 
naturais.
O melhor meio de se aproximar da filosofia é fazer 
perguntas filosóficas:
Como o mundo foi criado? Será que existe uma 
vontade ou um sentido por detrás do que ocorre? Há 
vida depois da morte? Como podemos responder a 
estas perguntas? E, principalmente: como devemos 
viver? 
Essas perguntas têm sido feitas pelas pessoas de todas 
as épocas. Não conhecemos nenhuma cultura que não 
se tenha perguntado quem é o ser humano e de onde 
veio o mundo.
Basicamente, não há muitas perguntas filosóficas para 
se fazer. Já fizemos algumas das mais importantes. 
Mas a história nos mostra diferentes respostas para 
cada uma dessas perguntas que estamos fazendo.
GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia: romance da história da Filosofia. São 
Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 24-25
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FILOSOFIA - FRENTE U - CAPÍTULO 01 1.1 INTRODUÇÃO À FILOSOFIA E 2.1 PRÉ-SOCRÁTICOS
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AULAS 09
1. ANTIGA
APOSTILAS
3 resumos + 15 questões
EXERCÍCIOS ONLINE
30 questões
CAIU NO ENEM
31 questões
REVISÃO NA PLATAFORMA
2.1 PRÉ-SOCRÁTICOS
As principais escolas pré-socráticas foram:
1. Escola Jônica: caracterizada pelo interesse pela 
physis. Escola representada por Tales de Mileto, 
Anaximandro de Mileto, Anaxímenes de Mileto e 
Heráclito de Éfeso.
2. Escola Italiana: caracterizada pelo interesse pelo 
abstrato. Escola representada por Pitágoras de 
Samos. 
3. Escola Eleática: assim como a italiana, essa escola 
é caracterizada pelo pensamento abstrato. 
Representada por Parmênides de Eleia.
4. Escola Pluralista: caracterizada pela combinação de 
elementos de diferentes escolas e defesa do mundo 
como algo múltiplo e dinâmico. Representada por 
Demócrito de Abdera.
ESCOLA JÔNICA
Tales de Mileto: água
Tales foi considerado o primeiro filósofo da história, pois foi o 
primeiro a formular uma explicação da realidade natural a partir 
dela mesma, ou seja, sem nenhuma referência mítica.
A teoria de Tales aponta a água como matéria primordial, pois, 
segundo ele, a água apresenta-se sob as mais variadas formas 
e em todos os estados em que vemos os corpos da natureza: 
líquido, sólido e gasoso, ela passa de um estado a outro, mas 
mantém sua identidade consigo mesma. Para Tales, a água é “a 
alma motora do cosmos”, ou seja, do Universo.
Anaximandro de Mileto: ápeiron
Anaximandro foi discípulo de Tales de Mileto, entretanto, 
divergindo do seu mestre, ele propõe que a physis seria ápeiron, 
ou seja, a physis é o ilimitado, indefinido e indeterminado, o que 
não sendo nenhuma das coisas (úmido, seco, quente, frio) dá 
origem a todas elas. 
Aventurando-se no campo da astronomia, ele propôs que a Terra 
permanece imóvel, ocupando o centro do Universo e por equilíbrio 
interno de suas partes seria impossibilitada de mover-se.
Anaxímenes de Mileto: ar
Anaxímenes identificou o ar como sendo a matéria primordial, 
ou seja, a arché da physis. Entretanto, vale ressaltar que o “ar”, 
enquanto physis, não é o ar que vemos, mas o princípio do qual o 
ar de nossa vida e de nossa experiência provêm.
Para ele, respirar seria o primeiro ato de um ser vivo e 
também o último antes de morrer, por isso o ar é o princípio 
vital. Outrossim, ele defendia que o mundo era um ser vivo que 
respirava e, portanto, que recebia do sopro originário a unidade 
que o manteria. 
Heráclito de Éfeso: fogo 
Heráclito ficou conhecido como “o obscuro” devido à 
dificuldade de interpretar seus pensamentos. Ele foi um 
importante “mobilista”, isto é, acreditava que a realidade natural 
se caracteriza pelo movimento. Segundo ele, “não podemos 
entrar duas vezes no mesmo rio: suas águas não são nunca as 
mesmas e nós não somos nunca os mesmos”.
Heráclito defendia o fogo como matéria primordial, pelo 
menos enquanto chama, energia que queima e ao queimar 
transforma todas as coisas. Essa analogia reforça o caráter 
dinâmico da realidade presente no pensamento deste filósofo.
Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento 
originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e que 
outras coisas provêm de sua descendência. Quando o ar 
se dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os ventos 
são ar condensado. As nuvens formam-se a partir do ar 
por feltragem e, ainda mais condensadas, transformam-se 
em água. A água, quando mais condensada, transforma-
se em terra, e quando condensada ao máximo possível, 
transforma- se em pedras.
BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 
ESCOLA ITALIANA
Pitágoras de Samos: número
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FILOSOFIA - FRENTE U - CAPÍTULO 01 1.1 INTRODUÇÃO À FILOSOFIA E 
2.1 PRÉ-SOCRÁTICOS
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Pitágoras fundou uma escola filosófica de caráter 
semirreligioso. Para este pensador, o número seria a matéria 
primordial, ou seja, a arché da physis. Pitágoras chegou a essa 
conclusão ao comparar o Universo harmonizado com uma música 
e sua proporcionalidade. Dessa forma, para ele, a natureza 
numérica do cosmos (Universo Ordenado) está presente em 
todas as coisas. 
Pitágoras também defendia a metempsicose, isto é, a 
imortalidade da alma, sendo a matemática fundamental para o 
aperfeiçoamento e elevação espiritual do indivíduo.
“[...] é muito provável que Pitágoras tivesse percebido 
que os sons produzidos pela lira obedeciam a princípios e 
regras para formar os acordes e para criar a concordância 
entre os sons discordantes, isto é, os sons da lira seguem 
regras de harmonia que se traduzem em expressões 
numéricas (as proporções). Ora, se o som é, na verdade, 
número, por que toda a realidade – enquanto harmonia 
ou concordância dos discordantes como o seco e úmido, 
o quente e o frio, o bom e o mau, o justo e o injusto, o 
masculino e o feminino – não seria um sistema ordenado 
de proporções e, portanto, número?”
CHAUÍ, Marilena. Introdução à história da filosofia. São Paulo: Companhia das 
Letras, 2002. p. 68-69.
ESCOLA ELIÁTICA
Parmênides de Eleia: ser
 
Parmênides acreditava que a realidade não tinha nada a ver 
com o mundo vivenciado por alguém e que somente pela razão, 
não pelos sentidos, era possível chegar à verdade. 
Para ele, o movimento não passa de algo aparente, uma 
ilusão. Por isso, ele defendia a necessidade de buscarmos por 
meio do pensamento, examinar aquilo que permanece, ou seja, 
compreender que “o ser é e o não ser não é”, pois aquilo que é não 
pode não ser.
ESCOLA PLURALISTA
Demócrito de Abdera: átomo
Demócrito propôs que o átomo seria a matéria primordial da 
physis. Para ele, todo objeto físico é feito de átomos e no vazio, 
que se organizavam em diferentes formas a partir de processos 
de atração e repulsão.
Por serem pensadores materialistas, não invocavam nenhuma 
força externa aos átomos (matéria) para explicar a origem do 
movimento e do devir. 
AULAS 09
1. ANTIGA
APOSTILAS
3 resumos + 15 questões
EXERCÍCIOS ONLINE
30 questões
CAIU NO ENEM
31 questões
REVISÃO NA PLATAFORMA
SEÇÃO VESTIBULARES
QUESTÃO 01 
(UEMA) Leia a letra da canção a seguir.
Nada do que foi será 
De novo do jeito que já foi um dia 
Tudo passa 
Tudo sempre passará 
A vida vem em ondas 
Como um mar 
Num indo e vindo infinito 
Tudo que se vê não é 
Igual ao que a gente 
Viu há um segundo 
Tudo muda o tempo todo 
No mundo [...]
SANTOS, Lulu; MOTTA, Nelson. Como uma onda. In: Álbum MTV ao vivo. Rio de Janeiro: 
Sony-BMG, 2004. 
Da mesma forma como canta o poeta contemporâneo, que vê a 
realidade passando como uma onda, assim também pensaram 
os primeiros filósofos conhecidos como Pré-socráticos que 
denominavam a realidade de physis. A característica dessa 
realidade representada, também, na música de Lulu Santos é o(a): 
A. fluxo. 
B. estática. 
C. infinitude. 
D. desordem. 
E. multiplicidade. 
QUESTÃO 02 
(UEAP) 
O VÉU E A ASA
O VOO
O ALVO
de TALES: ÁGUA
ALMA
Herbert Emanuel, do Livro Nada ou Quase Uma Arte
347
EXERCÍCIOSFILOSOFIA- FRENTE U - CAPÍTULO 01 
O poema faz referências explícitas a um filósofo pré-socrático. 
Na história da filosofia, entende-se por pré-socráticos aqueles 
filósofos que antecederam Sócrates. Entre as alternativas abaixo, 
assinale a que contém somente filósofos pré-socráticos: 
A. Tales de Mileto / Santo Agostinho / Heráclito. 
B. Parmênides / Anaximandro / Empédocles. 
C. Parmênides / Pitágoras / Aristóteles. 
D. Anaxágoras / Platão / Demócrito. 
E. Anaxímenes / Xenófanes / Boécio. 
QUESTÃO 03 
(UNESP) Aedo e Adivinho têm em comum um mesmo dom de 
“vidência”, privilégio que tiveram de pagar pelo preço dos seus 
olhos. Cegos para a luz, eles veem o invisível. O deus que os 
inspira mostra-lhes, em uma espécie de revelação, as realidades 
que escapam ao olhar humano. Sua visão particular age sobre 
as partes do tempo inacessíveis às criaturas mortais: o que 
aconteceu outrora, o que ainda não é.
Jean-Pierre Vernant. Mito e pensamento entre os gregos, 1990. Adaptado.
O texto refere-se à cultura grega antiga e menciona, entre outros 
aspectos: 
A. o papel exercido pelos poetas, responsáveis pela transmissão 
oral das tradições, dos mitos e da memória. 
B. a prática da feitiçaria, estimulada especialmente nos períodos 
de seca ou de infertilidade da terra. 
C. o caráter monoteísta da sociedade, que impedia a difusão dos 
cultos aos deuses da tradição clássica. 
D. a forma como a história era escrita e lida entre os povos da 
península balcânica. 
E. o esforço de diferenciar as cidades-estados e reforçar o 
isolamento e a autonomia em que viviam. 
 
QUESTÃO 04 
(UEL) No livro Através do espelho e o que Alice encontrou por 
lá, a Rainha Vermelha diz uma frase enigmática: “Pois aqui, como 
vê, você tem de correr o mais que pode para continuar no mesmo 
lugar.”
CARROL, L. Através do espelho e o que Alice encontrou por lá. Rio de Janeiro: Zahar, 
2009. p.186.
Já na Grécia antiga, Zenão de Eleia enunciara uma tese também 
enigmática, segundo a qual o movimento é ilusório, pois “numa 
corrida, o corredor mais rápido jamais consegue ultrapassar o 
mais lento, visto o perseguidor ter de primeiro atingir o ponto 
de onde partiu o perseguido, de tal forma que o mais lento deve 
manter sempre a dianteira.”
ARISTÓTELES. Física. Z 9, 239 b 14. In: KIRK, G. S.; RAVEN, J. E.; SCHOFIELD, M. Os 
Pré-socráticos. 4.ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1994, p.284
.
Com base no problema filosófico da ilusão do movimento em 
Zenão de Eleia, é correto afirmar que seu argumento: 
A. baseia-se na observação da natureza e de suas transformações, 
resultando, por essa razão, numa explicação naturalista 
pautada pelos sentidos. 
B. confunde a ordem das coisas materiais (sensível) e a ordem 
do ser (inteligível), pois avalia o sensível por condições que lhe 
são estranhas. 
C. ilustra a problematização da crença numa verdadeira 
existência do mundo sensível, à qual se chegaria pelos 
sentidos. 
D. mostra que o corredor mais rápido ultrapassará 
inevitavelmente o corredor mais lento, pois isso nos apontam 
as evidências dos sentidos. 
E. pressupõe a noção de continuidade entre os instantes, 
contida no pressuposto da aceleração do movimento entre os 
corredores. 
 
QUESTÃO 05 
(UFU) Considere o seguinte texto do filósofo Heráclito (século VI 
a.C.).
“Para as almas, morrer é transformar-se em água; para a água, 
morrer é transformar-se em terra. Da terra, contudo, forma-se a 
água e da água, a alma”.
Heráclito. Fragmentos, extraído de: MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia. 
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000. Tradução do autor.
Em relação ao excerto acima, podemos afirmar que ele ilustra: 
A. a concepção heraclitiana que valoriza a importância do 
movimento na descrição da realidade. 
B. a concepção dialética do pensamento heraclitiano, segundo a 
qual o movimento é uma ilusão dos sentidos. 
C. a concepção heraclitiana da realidade, segundo a qual a 
multiplicidade dos fenômenos subjaz uma realidade única. 
D. o pensamento religioso de Heráclito, segundo o qual a morte 
é a libertação da alma. 
QUESTÃO 06 
(UFU) O filósofo pré-socrático, Parmênides de Eléia, afirmava que 
“o ser é e o não-ser não é”. Por essa afirmação, ele foi considerado 
pelos filósofos posteriores como:
 
A. o pai do ceticismo. 
B. o fundador da Metafísica. 
C. o fundador da sofística. 
D. o iniciador do método dialético. 
E. o filósofo do absurdo. 
QUESTÃO 07 
(UNCISAL) O período pré-socrático é o ponto inicial das reflexões 
filosóficas. Suas discussões se prendem a Cosmologia, sendo 
a determinação da physis (princípio eterno e imutável que se 
encontra na origem da natureza e de suas transformações) ponto 
crucial de toda formulação filosófica. Em tal contexto, Leucipo 
e Demócrito afirmam ser a realidade percebida pelos sentidos 
ilusória. Eles defendem que os sentidos apenas capturam uma 
realidade superficial, mutável e transitória que acreditamos ser 
verdadeira. Mesmo que os sentidos apreendam “as mutações das 
coisas, no fundo, os elementos primordiais que constituem essa 
realidade jamais se alteram.” Assim, a realidade é uma coisa e o 
real outra.
Para Leucipo e Demócrito a physis é composta: 
A. pelas quatro raízes: o úmido, o seco, o quente e o frio. 
B. pela água. 
C. pelo fogo. 
D. pelo ilimitado. 
E. pelos átomos. 
QUESTÃO 08 
(UEAP) ...que é e que não é possível que não seja,/ é a vereda da 
Persuasão (porque acompanha a Verdade); o outro diz que não é 
e que é preciso que não seja,/ eu te digo que esta é uma vereda 
348
EXERCÍCIOSFILOSOFIA - FRENTE U - CAPÍTULO 01
em que nada se pode aprender. De fato, não poderias conhecer 
o que não é, porque tal não é fatível./ nem poderia expressá-lo.
Nicola, Ubaldo. Antologia ilustrada de Filosofia. Editora Globo, 2005.
O texto anterior expressa o pensamento de qual filósofo? 
A. Aristóteles, que estabelecia a distinção entre o mundo 
sensível e o inteligível. 
B. Heráclito de Éfeso, que afirmava a unidade entre pensamento 
e realidade. 
C. Tales de Mileto, que afirmava ser a água o princípio de todas 
as coisas. 
D. Parmênides de Eleia, que afirmava a imutabilidade de todas 
as coisas e a unidade entre ser e pensar, ser e conhecimento. 
E. Protágoras, que afirmava que o homem é a medida de todas as 
coisas, que o ser é e o não ser não é. 
QUESTÃO 09 
(UENP) Mario Quintana, no poema “As coisas”, traduziu o 
sentimento comum dos primeiros filósofos da seguinte maneira: 
“O encanto sobrenatural que há nas coisas da Natureza! [...] se 
nelas algo te dá encanto ou medo, não me digas que seja feia 
ou má, é, acaso, singular”. Os primeiros filósofos da antiguidade 
clássica grega se preocupavam com:
A. Cosmologia, estudando a origem do Cosmos, contrapondo a 
tradição mitológica das narrativas cosmogônicas e teogônicas. 
B. Política, discutindo as formas de organização da polis e 
estabelecendo as regras da democracia. 
C. Ética, desenvolvendo uma filosofia dos valores e da vida 
virtuosa. 
D. Epistemologia, procurando estabelecer as origens e limites do 
conhecimento verdadeiro. 
E. Ontologia, construindo uma teoria do ser e do substrato da 
realidade. 
 
QUESTÃO 10 
(UNIMONTES) O primeiro filósofo de que temos notícias é Tales, 
da colônia grega de Mileto, na Ásia Menor. Tales foi um homem 
que viajou muito. Entre outras coisas, dizem que, certa vez, no 
Egito, ele calculou a altura de uma pirâmide medindo a sombra 
da mesma no exato momento em que sua própria sombra tinha 
a mesma medida de sua altura. Dizem ainda que, em 585 a.C., ele 
previu um eclipse solar.
GAARDER, J. O Mundo de Sofia. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. 
Aos primeiros filósofos que se debruçaram sobre os problemas 
do cosmo, podemos chamá-los, além de pré-socráticos, de: 
A. naturalistas ou fisicistas. 
B. existencialistas. 
C. empiristas. 
D. espiritualistas. 
QUESTÃO 11 
(UEG) Tales foi o iniciador da reflexão sobre a physis, poisfoi o 
primeiro filósofo a afirmar a existência de um princípio originário 
e único, causa de todas as coisas que existem, sustentando que 
esse princípio de tudo é a água. Tudo se origina a partir dela. Essa 
proposta é importantíssima [...] podendo com boa dose de razão 
ser qualificada como a primeira proposta filosófica daquilo que se 
costuma chamar de começo da formação do universo.
REALE, Giovanni. História da filosofia. São Paulo: Loyola, 1990.
A passagem do mito à filosofia iniciou-se com os pré-socráticos. 
O primeiro deles foi Tales de Mileto, que iniciou o estudo da 
cosmologia. A cosmologia é definida como: 
A. A investigação racional do agir humano 
B. A investigação acerca da origem e da ordem do mundo 
C. O estudo do belo na arte 
D. O estudo do estado civil e natural e seu ordenamento jurídico 
 
QUESTÃO 12 
(UFU) “…Princípio dos seres…ele [Anaximandro] disse (que 
era) o ilimitado…Pois donde a geração é para os seres, é para 
onde também a corrupção se gera segundo o necessário ; pois 
concedem eles mesmos justiça e deferência uns aos outros pela 
injustiça, segundo a ordenação do tempo.”
Pré-Socráticos. Coleção “Os Pensadores”. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
A partir da análise do texto de Anaximandro, é correto afirmar 
que a filosofia, em contraposição ao mito, se caracteriza por: 
A. conceber o tempo como um passado imemorial sem relação 
com o presente. 
B. os seres divinos concedem, por alianças ou rompimentos, 
justiça e deferência uns aos outros. 
C. o mundo ser explicado por um processo constante e eterno 
de geração e corrupção, cujo princípio é o ilimitado. 
D. narrar a origem do mundo por meio de alianças e forças 
geradoras divinas. 
QUESTÃO 13 
(UFU) “Só resta o mito de uma via, a do ser; e sobre esta existem 
indícios de que sendo não gerado é também imperecível, pois é 
todo inteiro, inabalável e sem fim; nem jamais era nem será, pois 
é agora todo junto, uno, contínuo (…)”
Sobre a Natureza, 8, 2-5
A partir deste trecho do poema de Parmênides, é possível 
afirmar que 
A. a continuidade, a geração e o imobilismo estão presentes na 
via do ser. 
B. o ser, por não poder não ser, não é gerado nem deixa de ser, 
não tendo princípio nem fim. 
C. a via do ser é aquela percebida pelos nossos sentidos. 
D. o ser, para o autor, de certo modo não é, pois nunca foi no 
passado nem será no futuro.
SEÇÃO ENEM
QUESTÃO 01 
(ENEM) 
Texto I
Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário 
de tudo o que existe, existiu e existirá, e que outras coisas 
provêm de sua descendência. Quando o ar se dilata, transforma-
se em fogo, ao passo que os ventos são ar condensado. As 
nuvens formam-se a partir do ar por feltragem e, ainda mais 
condensadas, transformam-se em água. A água, quando mais

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