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Produção Textual Interdisciplinar Individual - UNOPAR

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Cariacica - Es 
Cariacica - Es 
2021 
 
 
 
 
 
UNOPAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LETÍCIA DOS SANTOS GUILHERME 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA 
A IMPORTÂNCIA DA RADIOLOGIA NA IDENTIFICAÇÃO E 
TRATAMENTO DA COVID-19 
 
 
Cariacica - Es 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA RADIOLOGIA NA IDENTIFICAÇÃO E 
TRATAMENTO DA COVID-19 
 
Produção Textual em Grupo apresentado como requisito 
da graduação do curso de Tecnologia em Radiologia. 
 
Orientador: xxxxx 
 
UNOPAR 
 
 
LETÍCIA DOS SANTOS GUILHERME 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 04 
2 DESENVOLVIMENTO .................................................................................................. 
2.1 BIOSSEGURANÇA .............................................................................................. 06-07 
2.2 CIÊNCIAS MOLECULARES E CELULARES ................................................... 08-09 
2.3 FORMAÇÃO INTEGRAL EM SAÚDE .................................................................. 10-12 
2.4 RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL ................................................. 12-13 
2.5 SAÚDE COLETIVA ............................................................................................. 13-14 
3 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 15 
4 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 16-18 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A epidemia pelo novo vírus SARS-CoV-1, agente etiológico do COVID-19, 
tem como causa a princípio na maioria dos casos, alguns sintomas leves e bem 
idênticos a um estado gripal. Entretanto, algumas pesquisas dos casos registrados 
mostram cada vez mais, que após infecção, e sintomas as sequelas permanecem 
em diversos órgãos e sistemas. Afetando assim todo sistema do corpo humano e 
realizando diversas complicações pós infecção pelo COVID. 
A pandemia trouxe a evidencia da importância de diversos profissionais da 
área de saúde que enfrentam de frente esta missão no combate à doença. Dentre 
eles, os profissionais de Radiologia adquiriram destaque, pois a tecnologia 
radiológica auxilia no diagnóstico à covid-19. 
O profissional de Radiologia que esta atuando na identificação e tratamento 
do vírus , devera ser familiarizado com aspectos típicos de imagem da pneumonia 
por covid-19, visto que é ele quem prepara e opera equipamentos radiográfico para 
diagnóstico por imagens. 
O enfrentamento do vírus no Brasil impôs diversos desafios à área de saúde. 
A falta de testes microbiológicos para confirmar infecções causadas por covid-19 e 
sua demora evidenciaram a importância do uso da tomografia, pois esse exame 
pode mostrar anormalidades sugestivas da de apresenta 97% de sensibilidade na 
detecção de covid-19. 
 Os exames de imagem de tórax são considerados como parte da 
investigação diagnóstica de pacientes com suspeita de COVID-19, pois o 
diagnóstico é confirmado por testes laboratoriais através da identificação de RNA 
viral na reação em cadeia da polimerase com transcriptase reversa (RT-PCR). 
Nos lugares em que a RT-PCR não está disponível ou em que os resultados 
demoram ou são inicialmente negativos na presença de sintomas sugestivos de 
COVID-19. Os exames de imagem também foram considerados na complementação 
da avaliação clínica e dos parâmetros laboratoriais no tratamento de pacientes já 
diagnosticados com COVID-19. 
O exame de tomografia computadorizada do tórax tem se mostrado um ótimo 
método de diagnóstico por imagem e acompanhamento, uma vez que há diversos 
achados de imagens que podem ser determinados na covid-19, principalmente na 
 
 
pneumonia decorrente do vírus, que apresenta aspecto de vidro na visualização do 
exame. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
2.1 BIOSSEGURANÇA 
 
A biossegurança trata-se do conjunto de ações que devem ser tomadas para 
informar e prevenir os profissionais dos riscos a que eles estão expostos, tendo em 
vista a grande variedade de microorganismos no ambiente de trabalho. 
Ao realizar o trabalho, os profissionais de radiologia têm contato direto com 
patógenos presentes na saliva, no sangue, nas lesões e nas secreções eliminadas 
pelos pacientes, também estão expostos a contaminantes aéreos, que estão 
presentes na cuspideira e nos aerossóis dos fluídos respiratórios e bucais. O contato 
direto com objetos e superfícies contaminadas também é uma exposição ao risco. 
Biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, 
minimização ou eliminação dos riscos inerentes às atividades de pesquisa, 
produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços. Estes 
riscos podem comprometer a saúde do homem e animais, o meio ambiente ou a 
qualidade dos trabalhos desenvolvidos. (TEIXEIRA; VALLE, 1996) 
Há ainda outros conceitos para a biossegurança, como o que está 
relacionado à prevenção de acidentes em ambientes ocupacionais, incluindo o 
conjunto de medidas técnicas, administrativas, educacionais, médicas e psicológicas 
(Costa, 1996). 
A biossegurança envolve a análise dos riscos a que os profissionais de saúde 
e de laboratórios estão constantemente expostos em suas atividades e ambientes de 
trabalho. A avaliação de tais riscos engloba vários aspectos, sejam relacionados aos 
procedimentos adotados, as chamadas boas práticas em laboratório (BPLs), aos 
agentes biológicos manipulados, à infraestrutura dos laboratórios ou informacionais, 
como a qualificação das equipes (Brasil, 2006b). 
Algumas das infecções mais comuns e adquiridas pelos profissionais em 
laboratório são provenientes de agentes bacterianos, os agentes patogênicos 
pertencentes a todas as categorias de micro-organismos também podem causar 
infecções, diante disto para minimizar os riscos inerentes à manipulação dos 
agentes microbiológicos durante o combate a Covid-19, ficaram importante conhecer 
as características. 
A dose média a qual pacientes são expostos e recomendada pela CNEN 
 
 
(Norma CNEN – NN – 3.01 de 13/03/2014. “Diretrizes Básicas de Proteção 
Radiológica”) para indivíduos normais. 
De acordo com esta norma 5.4.2.1 A exposição normal dos indivíduos deve 
ser restringida de tal modo que nem a dose efetiva nem a dose equivalente nos 
órgãos ou tecidos de interesse, causadas pela possível combinação de exposições 
originadas por práticas autorizadas, excedam o limite de dose especificado na tabela 
a seguir, salvo em circunstâncias especiais, autorizadas pela CNEN. Esses limites 
de dose não se aplicam às exposições médicas, conforme mostra a Tabela 01. 
 
 
Tabela 01 – Limite de dose 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Conforme Govender, et al (2013) os efeitos biológicos de baixas doses de 
radiação ionizante, abaixo de 100 milisievert (mSv) ainda são assunto em debate, 
pois as avaliações de risco são complicadas pelo fato de que os seres humanos têm 
um risco de câncer natural relativamente alto (25 - 33%) e estão expostos a radiação 
de fundo natural, que varia entre as populações. Por isso, é necessário usar a 
hipótese linear sem limiar, que afirma que o risco de câncer de baixas doses de 
transferência de energia linear aumenta proporcionalmente à medida que a dose de 
radiação aumenta, como extrapolada dos riscos de doses mais elevadas. 
 
 
Fonte : (CNEN, 2014) 
 
 
2.2 CIÊNCIAS MOLECULARES E CELULARES 
A doença COVID-19, causada pelo vírus denominado SARS-CoV-2, 
é o sétimo coronavírus conhecido por infectar seres humanos, que pode causar umadoença grave (ANDERSEN KG, et al., 2020). Essa afecção viral tem uma alta 
velocidade de propagação, com números básicos de reprodução (R₀), variando de 
1.6 a 4.1, revelando-se superior ao R₀ da H1N1 em 2009, que foi entre 1.3 e 1.8 
(LANA RM, et al., 2020). É um dos principais patógenos que afeta 
fundamentalmente o sistema respiratório humano na atualidade, o qual já acarretou 
impactos inestimáveis, afetando direta e (ou) indiretamente a saúde e a economia da 
população mundial (ROTHAN HA e BYRAREDDY SN, 2020; BRITO SBP, et al., 
2020). 
Sua transmissão se dá principalmente através de contato direto ou 
indireto com saliva ou fluidos contaminados e pode ocorrer inclusive a partir de 
paciente assintomáticos, caracterizando, então, uma situação de alarme para 
profissionais da radiologia odontológica, pelo fato destes estarem comumente em 
proximidade com a face do paciente e também em contato com mucosas, saliva, 
possivelmente sangue e também aerossóis provenientes da fala, tosse, espirro ou 
até da própria respiração do indivíduo (TUÑAS ITDC, et al., 2020). 
De acordo Nishioka (2020), a entrada do vírus e ligada a um 
receptor que fica na sua superfície chamado enzima conversora de angiotensina 2 
(ACE2, que vem das letras iniciais do nome em inglês) nas células é facilitada por 
uma enzima denominada serino protease transmembrana tipo II (TMPRSS2). Sabe-
se agora que uma outra proteína, o receptor de neuropilina-1 (NRP1) é uma porta de 
entrada. 
O coronavírus SARS-CoV-2 entra nas células humanas através da 
glicoproteína do envelope, que também é responsável pela transmissão entre 
humanos. Essa glicoproteína, encontrada na superfície do vírus, se liga a ACE2 para 
obter entrada na célula. Além disso, a serina protease celular TMPRSS2 é 
necessária para iniciar a entrada viral via ACE2.(PANTALEÃO, 2020) 
O receptor reconhecido pelo vírus para que possa ocorrer a 
penetração nas células é facilitada por uma enzima denominada serino protease 
transmembrana tipo II (TMPRSS2). Sabe-se agora que uma outra proteína, o 
receptor de neuropilina-1 (NRP1) é uma porta de entrada alternativa para a entrada 
 
 
do SARS-CoV-2 nas células.nativa para a entrada do SARS-CoV-2 nas célula. 
Sabe-se agora que o receptor que é reconhecido pelo vírus para 
que possa ocorrer a penetração deste na célula chama-se a enzima conversora de 
angiotensina 2. O receptor reconhecido pelo vírus para que possa ocorrer a 
penetração nas células é facilitada por uma enzima denominada serino protease 
transmembrana tipo II (TMPRSS2). 
O COVID-19 usa receptores da enzima conversora da angiotensina 
(ECA), maisespecificamente a ECA2, para penetrar nas células. Tem sido 
hipotetizado que o uso deinibidores de ECA e bloqueadores de receptores de 
angiotensina (BRAs) possam aumentaresses receptores, assim facilitando a 
penetração do vírus. 
Cria uma resposta imunológica bastante alterada. A COVID-19 muito 
semelhante a sepse catastrófica, com aspectos concomitantes de inibição, ativação 
e exaustão dos linfócitos responsáveis pela defesa celular e humoral(imunológica). 
A radiografia de tórax é utilizada para diagnóstico e 
acompanhamento, sendo a pneumonia bilateral o achado mais comum. A tomografia 
de tórax é indicada para estratificação e diagnóstico em casos duvidosos. Achados 
comuns são opacidades em vidro fosco e consolidações. Imagens mais críticas são 
caracterizadas por aparência de “pulmão branco”. A resolução tomográfica surge 
após 2 semanas. 
O padrão-ouro para diagnóstico é o teste de reação em cadeia da 
polimerase (RT-PCR), em amostras do trato respiratório, com sensibilidade de 60-
70%. O método de PCR digital mostrou se mais sensível para amostras com baixa 
carga viral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.3 FORMAÇÃO INTEGRAL EM SAÚDE 
 
De acordo com dados da Fiocruz (2020), a saturação do sistema de saúde que 
algumas cidades apresentaram no auge da pandemia já estava prevista, quando o 
estudo de Rosário e Junqueira simulou dois cenários distintos. No mais otimista, ele 
avalia a condição das redes em todos os estados considerando que, antes da 
epidemia, 50% desses leitos estavam ocupados. O mais pessimista – que leva em 
conta informação de documentos oficiais divulgados pelo site The Intercept em 
dezembro de 2019 – supõe uma ocupação prévia de 85%. No primeiro caso, 11 
estados teriam disponíveis dez ou mais leitos por 100 mil habitantes. “Na prática, 
68% da população brasileira residiam em um Estado da federação na condição 
crítica na disponibilidade de leitos de UTI em dezembro de 2019, mesmo usando 
parâmetros extremamente benevolentes para a taxa de ocupação”, diz o texto. 
Quando considerada a taxa de 85% de ocupação prévia no SUS, 
“todos os estados se encontravam completamente colapsados”. Isso, claro, 
contando-se apenas a disponibilidade de leitos do SUS. Agrava ainda mais a 
situação o fato de o tempo de permanência dos pacientes de Covid-19 na UTI – pelo 
menos 14 dias – ser bem superior à média que, segundo a Amib, é de 6,5 
dias.(FIOCRUZ,2020) 
Foi prevendo que isso aconteceria que, ainda em março, um grupo 
de mais de 40 entidades, entre elas a Associação Brasileira de Saúde Coletiva 
(Abrasco), o Centro Brasileiro de Estudos em Saúde (Cebes) e a Frente Nacional 
Contra a Privatização da Saúde, além de centenas de pessoas, incluindo três ex-
ministros da saúde –Alexandre Padilha, José Gomes Temporão e José Saraiva 
Felipe – lançou um manifesto que reivindica a unificação das filas dos hospitais 
públicos e privados, sob gestão do Estado. Chamada Leitos para Todos, a 
campanha defende que “para enfrentar esta dramática e urgente situação, o poder 
público precisa tomar atitudes muito mais enfáticas para garantir atenção a todos os 
casos, independente da capacidade de pagamento”.(FIOCRUZ,2020) 
Em abril de 2020, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) 
recomendou ao Ministério da Saúde e às Secretarias Municipais e Estaduais de 
Saúde, que atendam ao princípio da fila única diante da pandemia do Novo 
Coronavírus (Covid-19). O objetivo é que as pastas possam inserir recursos, 
favorecendo a contratação de leitos privados de terapia intensiva para uso do 
 
 
Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com as necessidades sanitárias 
específicas em cada território, pois cidades como Manaus e Fortaleza, por exemplo, 
já estão com 100% dos leitos ocupados. 
Um estudo sobre as regiões que compõem o sistema de saúde 
descentralizado constatou que, em mais de um quarto das regiões verificadas, não 
havia UTI, existindo grandes vazios de cobertura nas regiões Norte, Nordeste e 
Centro-Oeste (PORTELLA,2020). 
De acordo com Marinho (2020), no início da crise, houve discussões sobre a 
gestão de filas para obtenção de leitos em UTI. Uma primeira proposta foi a de 
instituir uma fila única geral, administrada pelo poder público, abrangendo vagas 
públicas e privadas; outra proposta foi a de uma fila única parcial abarcando as 
vagas públicas e as vagas excedentes do setor privado. Considerando a 
descoordenação entre saúde pública e privada, tais medidas têm sido tidas como 
insuficientes. 
Dessa forma, a prioridade no atendimento deverá ser de qualquer doente por 
Covid-19, tenha ele/ela plano de Saúde ou não, obedecendo a ordem de entrada no 
sistema conforme os diagnósticos e gravidade da doença em cada paciente. A 
recomendação foi preparada pela Comissão Intersetorial de Saúde Suplementar 
(Ciss), do CNS, espaço responsável por reiterar os princípios do SUS e do controle 
social no âmbito da rede privada de Saúde. (CNS,2020) 
Sob o ponto de vista da economia da saúde, as filas em saúde são tratadas 
de modo extensivo e bastante geral em Cullis et al. (2000). Existem aplicações 
práticas em hospitais, por exemplo em Yaduvanshi, Sharma e More (2019), e em 
sistemas de saúde, inclusive no SUS (MARINHO e CARDOSO, 2007). 
Conforme exposto em Cullis et al. (2000) e em Marinho (2009),as filas em 
saúde são um resultado dos descompassos entre a demanda e a oferta de serviços, 
e costumam ocorrer, com maior frequência e magnitude, quando o sistema de 
preços não é o mecanismo determinante da produção e do consumo dos bens e 
produtos em saúde. As filas também podem ocorrer em instituições privadas de 
saúde. Entretanto, usualmente, as filas em saúde tendem a ser, no setor privado, 
menores e mais rápidas do que nos sistemas públicos, pois o mecanismo de preços, 
e a presença de concorrentes, reduzem, até certo ponto, o tamanho das filas. No 
setor privado, as filas com tempos de espera julgados como excessivos pelos 
pacientes podem, pelo lado da demanda, levar esses pacientes a buscar 
 
 
prestadores de serviços concorrentes ou similares, se eles existirem. Pelo lado da 
oferta, a presença de filas pode induzir a um aumento de preços, que reduz a 
quantidade de serviços efetivamente demandada, ou a entrada de concorrentes, 
para atender o excesso de demanda. 
 
 2.4 RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL 
 
Alguns pacientes costumam guardar as chapas de exames 
revelados por muito tempo, muitas vezes e para acompanhar a evolução de um 
quadro de saúde ou apenas por guardar. Entretanto existe um grande problema, 
pois estes materiais não podem ser descartados em locais comuns, mas muita 
pessoa não tem esta consciência. Se descartados no lixo comum esses resíduos 
oferecem risco de contaminação do solo e dos lençóis freáticos por conter 
componentes tóxicos como metanol, amônia e metais pesados 
O processo de reciclagem de radiografias tem importante papel na 
proteção do meio ambiente e consequentemente da saúde humana. Há processos 
que permitem reaproveitar tanto a prata quanto as folhas de acetato presentes nas 
radiografias. A prata pode ser comercializada e transformada em joias, e o acetato 
em embalagens para presentes e material escolar. Além desses benefícios, a 
reciclagem de radiografias contribui para geração de empregos e recursos para 
parceiros nesse ramo de atividade (DPC BRASIL, 2012). 
Segundo a resolução CONAMA 01/86, impacto ambiental é 
caracterizado por qualquer mudança das propriedades físicas, químicas e biológicas 
do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das 
atividades humanas, que direta ou indiretamente, afetam: a saúde, a segurança e o 
bem estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições 
estéticas e sanitárias do meio ambiente e; a qualidade dos recursos ambientais 
(BRASIL, 1986). 
Quando as películas radiográficas não são descartadas 
corretamente, ou seja, não passam pelo processo de triagem, acabam sendo 
depositadas num aterro, onde sofrem lixiviação por ação da água que circula entre 
os resíduos depositados no aterro. Deste modo, a liberação dos metais pesados que 
estão presentes nas películas poderá obter risco de contaminação do solo e dos 
lençóis freáticos, caso existam rupturas no sistema de impermeabilização do aterro, 
 
 
colocando em risco a saúde humana (GUEDES et al., 2009 apud ANTUNES, 2011, 
p.11). 
O processo de confecção de chapas radiográficas envolve uma série 
de etapas e a utilização de diversos elementos tóxicos. A base da chapa, feita de 
acetato, é recoberta por uma fina camada de grãos de prata sensíveis à luz. Ao 
expor a camada de grãos de prata à luz, ocorre a reflexão da luz e cada grão de 
prata comporta-se de uma maneira diferente, ou seja, acontecem diferentes graus 
de exposição. Após o processo de exposição à luz, a chapa precisa ser revelada, 
pois a imagem ainda não é visível. Os reveladores mais comuns são o metol e a 
hidroquinona. Na fase seguinte, ocorre a eliminação da prata que não foi 
sensibilizada pela ação da luz e estabilização da imagem revelada. O fixador mais 
utilizado é o tiossulfato de sódio. (PRADO FILHO, 2012) 
 
 
2.5 SAÚDE COLETIVA 
 
No Brasil, o Ministério da Saúde declarou situação de Emergência de Saúde 
Pública de Imporância Nacional, “em decorrência da infecção humana pelo novo 
Coronavírus (2019-nCoV) ”, através da Portaria No. 188, de 4 de fevereiro de 2020 
(SE 6), antes mesmo que tivesse confirmado o primeiro caso da doença em território 
brasileiro, estabelecendo, então, o Centro de Operações de Emergências em Saúde 
Esta etapa inicial da resposta brasileira foi realizada tempestivamente, criando as 
condições para que as medidas sanitárias e administrativas de enfrentamento 
pudessem se adotadas. 
 As ações de vigilância epidemiológica assumem papel fundamental ao 
fornecer informações oportunas e qualificadas aos gestores para a tomada de 
decisão, no entanto ainda existem muitas lacunas em relação ao conhecimento da 
dinâmica de transmissão desse vírus em todas as regiões do Brasil, contribuindo 
para isso as grandes desigualdades sociais, o acesso aos serviços de saúde, a 
dificuldade para testagem da população e o sub-registro de casos da doença. 
(CORRÊA, P; ISHITANI; L; ABREU,D,2020) 
 Em relação ao sub-registro, cabe ressaltar que a ocorrência de indivíduos 
oligossintomáticos não captados pelos sistemas de informação do ministério da 
saúde e a pouca disponibilidade de exames laboratoriais específicos comprometem 
 
 
o monitoramento da doença no país. 
 A oportunidade para detecção e notificação o mais precoce possível de 
indivíduos infectados pelo SARS-CoV-2, vírus que apresenta alta transmissibilidade 
com enorme impacto em termos de morbimortalidade para a população, é um fator 
imprescindível para o monitoramento e o controle da epidemia. 
 A vigilância da COVID-19, tem utilizado várias fontes de dados para 
captação de casos e óbitos da doença, com isso muitas estratégias foram adotadas 
com a utilização de várias fontes de informação, afim de triar o segmento do virus na 
população. Para a detecção de casos hospitalizados, utiliza-se a vigilância da 
SRAG. Esse método de vigilância foi implantado no país em 2009 pelo MS, após a 
pandemia de influenzaA (H1N1) pdm09, que teve com o objetivo de monitorar e 
identificar a ocorrência de vírus respiratórios em pacientes internados com quadro 
clínico grave ou óbitos suspeitos de SRAG, independentemente da internação. 
 De acordo com dados da SESA de Mogi das Cruzes (2020), as ações da 
Vigilância Sanitária sempre estiveram presentes no dia a dia em diferentes setores e 
segmentos, mas a pandemia da Covid-19 reiterou a importância da prevenção e dos 
estudos epidemiológicos e sanitários. Em meio a essa luta contra o novo 
coronavírus, as autoridades sanitárias exercem papel fundamental para evitar a 
proliferação do vírus e garantir proteção aos mogianos. 
 A vigilância epidemiológica atua um papel fundamental em relação a pandemia 
da Covid-19, oferecendo serviços de saúde na qual visa direcionar as ações com o 
objetivo de evitar casos graves e óbitos, monitorando a doença realizado por meio 
da vigilância de pacientes internados com síndrome respiratória aguda grave 
(SRAG) e da vigilância da síndrome gripal(SG) em unidades sentinelas. As principais 
ações a serem desempenhadas incluem o processo de triagem e contenção 
relacionadas ao distanciamento social, campanhas de conscientização, definição 
de propostas de avaliação de risco e de medidas de relaxamento 
 
 
 
3 CONCLUSÕES 
 Os resultados deste estudo, juntamente com as explicações de todas as 
tarefas propostas indicam que os profissionais da radiologia são essenciais para 
combater pandemia, visto que a falta de testes microbiológicos para confirmar 
infecções causadas por covid-19 e sua demora evidenciaram a importância do uso 
da tomografia, pois esse exame pode mostrar anormalidades sugestivas da doença 
e apresenta 97% de sensibilidade na detecção de covid-19. 
Como benefícios no estudo deste portfolio pode-se destacar dois pontos 
como , o incentivo à reciclagem de radiografias na qualpode fortalecer a reflexão 
sobre a destinação adequada de outros resíduos com grande potencial de impacto 
ambiental e na saúde, como: pilhas e baterias, medicamentos vencidos e lâmpadas 
fluorescentes , outro benéfico e o conhecimento de uma estimativa da dose de 
radiação a qual é exposta essa população, além de tornar público à comunidade 
acadêmica o resultado deste estudo, já que trabalhos semelhantes são escassos no 
meio científico 
 A reciclagem tem influência direta na redução de impactos ambientais ao longo 
da cadeia produtiva das radiografias, se considerado desde a extração e produção 
de matérias primas até a destinação final deste resíduo. 
 A saúde pública, através da vigilância epidemiológica contribuem de diversas 
formas com utilização de várias fontes de informação e no processo de monitoração 
de dinâmica da transmissão da doença, assumindo o papel fundamental ao fornecer 
informações oportunas e qualificadas aos gestores para a tomada de decisão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 REFERÊNCIAS 
ANDERSEN KG, et al. The proximal origin of SARS-CoV-2. Nature medicine, 
2020; 26(4): 450-452. 
 
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 01 de 23 
de janeiro de 1986: Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para a 
avaliação de impacto ambiental. Disponível em: < 
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=23> Acesso em: 20. Nov. 
2021. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes gerais para o trabalho em contenção 
com Agentes Biológicos. Brasília: Editora MS, 2006b. 
 
CORRÊA, P; ISHITANI; L; ABREU,D. A importância da vigilância de casos e 
óbitos e a epidemia da covid-19 em belo horizonte, 2020. Disponível em :< 
https://www.scielo.br/j/rbepid/a/KFqNwDz3HN7QNc5PgXWnwKK/?lang=pt>. Acesso 
em: 20. Nov. 2021. 
 
CNS – CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE. Recomendação n 26, de 22 de abril 
de 2020 
 
CNS – Conselho Nacional de Saúde. Portal do Governo. Leitos de UTI da rede 
privada devem obedecer fila única do SUS frente à pandemia, recomenda CNS 
.Disponível em : (/ultimas-noticias-cns/1135-leitos-de-uti-darede- privada-devem-
obedecer-fila-unica-do-susfrente-a-pandemia-recomenda-cns. 
 
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