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GABRYELE INGRID DA SILVA ANDRADE
PORTUGUÊS HISTÓRICO, 7º PERÍODO
	
 A ROMÂNIA E A FORMAÇÃO DAS LÍNGUAS ROMÂNICAS
	BASSO, R. M; Gonçalves, R. T. História concisa da língua portuguesa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
	“Com as invasões germânicas no ocidente e as eslavas no oriente, ocorreu uma grande fragmentação política e linguística do Império Romano, e os povos falantes de latim, localizados em províncias tão distantes como a Dácia e a Lusitânia, mantiveram traços de romanização em graus variados que dependiam, basicamente, da antiguidade da romanização, do período em que ficaram submissos ao Império, e da profundidade dos contatos. Essas províncias acabaram desenvolvendo dialetos mais ou menos próximos ao latim vulgar, em épocas diferentes, e em graus bastantes variados de proximidade com o latim. O desenvolvimento da România posterior, a România medieval, deu-se em parte por causa desses fatores, mas também dependeu dos contatos linguísticos com os povos falantes de outras línguas que já se encontravam em territórios conquistados( falantes das chamadas línguas de substrato), com os falantes das línguas de povos que vieram conquistar os territórios romanizados (falantes das línguas de superstrato) e com os povos falantes de línguas como o grego, que conviveram com os falantes de latim em várias regiões em situações de bilinguismo por muito tempo (falantes de línguas de adstrato).”(p.66)
	“Embora o desenvolvimento da língua vulgar para as línguas românicas tenha dependido de muitos fatores, como a duração e a profundidade da romanização nos territórios conquistados e o momento em que a romanização se deu em cada local) localidades muito distantes- como a Dácia e a Lusitânia, com o romeno e o português- ou mais isoladas- como a Sardenha, com o Sardo- tendem a desenvolver dialetos mais arcaizantes, por exemplo), é possível verificar um certa uniformidade com relação a algumas características das línguas românicas, chamadas de características pan- românicas.” (p.70)
	“As populações preexistentes ao domínio romano, falavam outras línguas e acrescentaram ao latim que passaram a falar diversas características de suas próprias línguas, algumas fonológicas, outras lexicais. Além disso, as influências foram maiores em regiões onde o latim ficou mais tempo em contato com as línguas de substrato.” (p. 71)
	“A noção de adstrato, como vimos, tem a ver com a coexistência de línguas em situação de bilinguismo. Assim, para a formação das línguas românicas, foi importante a presença constante do grego e mesmo do latim literário, especialmente com relação aos empréstimos lexicais.” (p.75)
	“A influência do latim culto nas línguas românicas se deu de modos diferentes, em épocas diferentes, como os períodos do Renascimento Carolíngio (do império de Carlos Magno), o Renascimento propriamente dito a partir do século XII, entre outros. Desse modo, em alguns períodos, formas vulgares foram substituídas por formas cultas, como a forma antiga portuguesa chor, que foi substituída de forma latina flor, da qual chor havia derivado.” (p.75)
	[...]” Em virtude de fatores variados, como a ação de superstratos, a distância dos grandes centros, isolamento territorial, o tempo maior ou menor de romanização, as invasões bárbaras, a queda do poder do império, o declínio das atividades intelectuais, diferentes regiões desenvolvem os romances em diferentes épocas, que transformam as línguas incompreensíveis entre si provavelmente em torno do século IX.”(p.76)
	[...] ”A România antiga, a partir dos séculos IX e X, já pode ser representada como um território de isoglossas em um espaço contínuo no qual algumas diferenças principais são percebidas, resultando em duas configurações de línguas: a România ocidental e România Oriental. A depender dos critérios utilizados, a divisão principal entre a România Ocidental e a România Oriental separa, no Ocidente, Ibérica, Gália, Récia e norte da Itália, e, no Oriente, a Romênia e parte da Itália.” (p.93)

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