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17- Apostila Enfermagem em Terapia Intensiva2

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T É C N I C OT É C N I C O
ENFERMAGEM EM 
TERAPIA INTENSIVA 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
Introdução ....................................................................................................................... 2 
Planta Física UTI ............................................................................................................ 3 
Infecção na Unidade de Terapia Intensiva.................................................................... 10 
Humanização em UTI ................................................................................................... 14 
Cuidado de enfermagem ao paciente grave .................................................................. 16 
Monitorização Hemodinâmica...................................................................................... 18 
Reconhecendo e atuando nos agravos cardiovasculares ............................................... 26 
Reconhecendo e atuando nos agravos Respiratórios .................................................... 43 
Reconhecendo e atuando nos agravos Endócrinos ....................................................... 72 
Reconhecendo e atuando nos agravos Renais .............................................................. 83 
Reconhecendo e atuando nos agravos Neurológicos .................................................. 109 
Transporte do paciente grave ...................................................................................... 115 
Medicamentos utilizados em UTI ............................................................................... 116 
Referências Bibliográficas .......................................................................................... 123 
 
 
Introdução 
 
A enfermagem, enquanto profissão teve início na Inglaterra, no século XIX, com o 
trabalho de Florence Nightingale, recrutando e treinando um grupo de mulheres para 
colaborarem nos cuidados e na higiene dos soldados feridos durante a Guerra da 
Criméia (1854-l856). Nessa época, também com Florence Nightingale, surgiu a ideia de 
classificar os doentes de acordo com o grau de dependência, dispondo-os nas 
enfermarias, de tal maneira que os mais graves ficassem próximos à área de trabalho 
das enfermeiras, para maior vigilância e melhor atendimento. 
 
Com o avanço dos procedimentos cirúrgicos, a necessidade de maiores cuidados ao 
paciente, durante o período pós-operatório imediato, levou ao desenvolvimento das 
unidades especiais de terapia. Inicialmente o tratamento era realizado em salas 
especiais, adjacentes às salas de cirurgias, sendo o acompanhamento conduzido pelo 
cirurgião e, posteriormente, pelo anestesista. Com o passar do tempo, foi atribuído a 
enfermeiros e à equipe a responsabilidade direta pela observação e tratamento clínico 
dos pacientes de risco. 
 
As unidades de terapia intensiva evoluíram com a criação das salas de recuperação na 
década de 20, para assistência a pacientes de neurocirurgia, no Hospital "Johns 
Hopkins", na década de 30 em Teubingen, na Alemanha, com a assistência intensiva 
pós-operatória2. Na década de 40, surgiram salas de recuperação cirúrgica em 
Rochester, Minnesota e Nova York e em Nova Orleans no "Ochsner Clinic". 
 
 
Durante a epidemia de poliomielite nos anos 50 sobrecarregou os hospitais e forçou a 
criação de centros regionais para o atendimento dos pacientes. Estes centros de 
pólio levaram o impacto da tecnologia e as modernas técnicas de ventilação mecânica 
prolongada, evoluíram fora das salas de cirurgia, o que fez com que as enfermeiras 
lidassem, pela primeira vez, com equipamento que as separava de seus pacientes e 
aprendessem a combinar manipulação de instrumentos com os cuidados manuais. 
 
No final da década de 50 em Los Angeles, foi desenvolvida a primeira unidade de 
 
 
choque e foi introduzida a monitorização cardiovascular invasiva dos pacientes em 
estado crítico e com traumatismo. 
 
Em 1962, estabeleceu-se em Kansas City, a primeira unidade de vigilância a pacientes 
vítimas de Infarto Agudo do Miocárdio, precursora das atuais Unidades Coronarianas. 
Aos poucos foram surgindo unidades especiais para pacientes cirúrgicos, neurológicos, 
vítimas de queimaduras, portadores de crises respiratórias, renais, metabólicas 
agudas e outras. Mais tarde definiu-se a terapia intensiva especializada das áreas 
de obstetrícia, pediatria e neonatologia. 
 
As enfermeiras enfrentaram muitos desafios durante os anos de fundação das 
unidades intensivas e coronárias. A pesquisa e as aplicações clínicas aconteciam tão 
próximas que não havia tempo para o desenvolvimento de novas equipes de 
enfermagem. Além do crescimento da necessidade de atendimento aos pacientes, o 
equipamento também exigia boa parte de atenção da enfermeira. 
 
Apesar da transformação e rápido desenvolvimento destas unidades, o alto risco dos 
pacientes internados, as enfermeiras praticavam a humanização no ambiente de 
terapia intensiva, visando um melhor atendimento ao paciente, bem como aos seus 
familiares e redução do stress vivenciado pelo profissional que faz o cuidado integral a 
este paciente. 
No Brasil, a implantação das Unidades de Terapia Intensiva (U.T.I.), teve início na 
década de 70, atualmente é uma unidade presente dentro do contexto hospitalar. 
 
O surgimento da prática em U.T.I. Marcou um dos maiores progressos obtidos pelos 
hospitais de nosso século, visto que, antes dela, o cuidado ao doente grave 
realizava-se nas próprias enfermarias, faltando, assim, área física adequada, recursos 
materiais e humanos para melhor qualidade desse cuidado. 
 
Planta Física UTI 
 
Projetar uma UTI ou modificar uma unidade existente, exige conhecimento das 
normas dos agentes reguladores, experiência dos profissionais de terapia intensiva, 
 
 
que estão familiarizados com as necessidades específicas da população de pacientes. 
Revisões periódicas devem ser consideradas na medida em que a prática da terapia 
intensiva evolui. O projeto deve ser abordado pôr um grupo multidisciplinar 
composto de diretor médico, enfermeiro chefe da UTI, arquiteto principal, 
administrador hospitalar e engenheiros. Esse grupo deve avaliar a demanda 
esperada da UTI baseado na avaliação dos pontos de fornecimento de seus 
pacientes, nos critérios de admissão e alta, e na taxa esperada de ocupação. É 
necessário análise dos recursos médicos, pessoal de suporte (enfermagem, 
fisioterapia, nutricionista, psicólogo e assistente social) e pela disponibilidade dos 
serviços de apoio (laboratório, radiologia, farmácia e outros). 
 
Planejamento da área de uma UTI 
 
O Planejamento e projeto devem ser baseados em padrões de admissão de paciente, 
fluxo de visitantes e funcionários, e na necessidade de instalações de apoio (posto de 
enfermagem, armazenamento, parte burocrática, exigências administrativas e 
educacionais) e serviços que são peculiares à instituição individual em questão. 
Segundo normas para projetos físicos de Estabelecimentos Assistenciais de 
Saúde4(E.A.S.), 1995, a organização física funcional de internação de paciente em 
regime de terapia intensiva deve: proporcionar condições de internar pacientes 
críticos em ambientes individuais e ou coletivos conforme grau de risco, faixa etária, 
patologia e requisitos de privacidade; executar e registrar assistência médica e de 
enfermagem intensiva; prestar apoio diagnóstico-laboratorial, de imagem e 
terapêutico 24 horas; manter condições de monitoramento e assistência respiratória 
contínua; prestar assistência nutricional e distribuir alimentos aos pacientes; manter 
pacientes com morte encefálica, nas condições de permitir a retirada de órgãos para 
transplantes, quando consentida. 
 
 
Localização 
 
Cada UTI deve ser uma área geográfica distinta dentro do hospital, quandopossível, com acesso controlado, sem trânsito para outros departamentos. Sua 
 
 
localização deve ter acesso direto e ser próxima de elevador, serviço de emergência, 
centro cirúrgico, sala recuperação pós-anestésica, unidades intermediárias de terapia e 
serviço de laboratório e radiologia. 
 
Número de Leitos 
 
Os leitos necessários para fornecer uma cobertura segura e adequada para pacientes 
gravemente doentes num hospital, dependem da população do hospital, quantidade 
de cirurgias, grau do compromisso de cuidados intensivos pela administração do 
hospital, pelos médicos e enfermeiros, e dos recursos institucionais. Um método 
empírico frequentemente relatado é que um hospital geral deveria destinar 10% da 
capacidade de leitos para UTI. Uma UTI deve existir com no mínimo cinco leitos, em 
hospitais com capacidade para cem ou mais leitos. A instalação com menos de cinco 
leitos torna-se impraticável e extremamente onerosa, com rendimento insatisfatório 
em termos de atendimento. Estabelecimentos especializados em cirurgia, cardiologia 
e em emergência devem fazer cálculo específico. 
 
 
 
Forma da Unidade 
 
A disposição dos leitos de UTI podem ser em área comum (tipo vigilância), quartos 
fechados ou mistos. A área comum proporciona observação contínua do 
paciente, é indicada a separação dos leitos pôr divisórias laváveis que 
proporcionam uma relativa privacidade dos pacientes. As unidades com leitos 
dispostos em quartos fechados devem ser dotados de painéis de vidro para 
facilitar a observação dos pacientes. Nesta forma de unidade é necessária uma 
central de monitorização no posto de enfermagem, com transmissão de onda 
eletrocardiógrafa e frequência cardíaca. Unidades com quartos fechados 
proporcionam maior privacidade aos pacientes, redução do nível de ruído e 
possibilidade de isolamento dos pacientes infectados e imunossuprimidos. A unidade 
mista combina os dois tipos de forma e tem sido adotada com bons resultados. 
 
Sala de isolamento é recomendável e cada instalação de saúde deve considerar a 
 
 
necessidade de salas de isolamento compressão positiva e negativa nestas salas. 
Esta necessidade vai depender, principalmente da população de pacientes e dos 
requisitos do Departamento de Saúde Pública. 
 
Área de internação 
Área de Pacientes 
Os pacientes devem ficar localizados de modo que a visualização direta ou indireta, 
seja possível durante todo o tempo, permitindo a monitorização do estado dos 
pacientes, sob as circunstâncias de rotina e de emergência. O projeto preferencial é 
aquele que permite uma linha direta de visão, entre o paciente e o posto de 
enfermagem. Os sinais dos sistemas de chamada dos pacientes, os alarmes dos 
equipamentos de monitorização e telefones se somam à sobrecarga auditiva nas 
U.T.Is. Devem ser utilizados pisos que absorvam os sons, levando-se em consideração 
os aspectos de manter o controle das infecções hospitalares, da manutenção e 
movimentação dos equipamentos. As paredes e os tetos devem ser construídos de 
materiais com alta capacidade de absorção acústica. Atenuadores e defletores nos 
tetos podem ajudar a reduzir a reverberação dos sons. As aberturas das portas devem 
ser defasadas para reduzir a transmissão dos sons. 
 
Posto de Enfermagem 
 
O posto de enfermagem deve ser centralizado, no mínimo um para cada doze leitos e 
prover uma área confortável, de tamanho suficiente para acomodar todas as funções 
da equipe de trabalho, com dimensões mínimas de 8m2. Cada posto deve ser servido 
pôr uma área de serviços destinada ao preparo de medicação, com dimensão mínima 
de 8m2 e ser localizada anexo ao posto de enfermagem. Deve haver iluminação 
adequada de teto para tarefas específicas, energia de emergência, instalação de 
água fria, balcão, lavabo, um sistema funcional de estocagem de medicamentos, 
materiais e soluções e um relógio de parede devem estar presentes. Espaço adequado 
para terminais de computador e impressoras é essencial quando forem utilizados 
sistemas informatizados. Deve ser previsto espaço adequado para se colocar os 
 
 
gráficos de registros médicos e de enfermagem. Os formulários de registro médicos e 
impressos devem estar armazenados em prateleiras ou armários de modo que possa 
ser facilmente acessados pôr todas as pessoas que requeiram o seu uso. 
 
Sala de Utensílios Limpos e Sujos 
 
As salas de utensílios limpos e sujos devem ser separadas e que não estejam 
interligadas. Os pisos devem ser cobertos com materiais sem emendas ou junções, 
para facilitar a limpeza. 
 
Banheiro de Pacientes 
 
 
Localizado na área de internação da unidade (geral) ou anexo ao quarto (isolamento). 
Todos os banheiros e sanitários de pacientes internados devem ter duchas higiênicas e 
chuveiro. 
 
Sala de Serviços Gerais 
 
Sala destinada à guarda de materiais e soluções utilizadas na limpeza e desinfecção da 
Unidade. Deve ser provida de tanque e prateleiras suspensas. 
 
Armazenamento de Equipamentos 
 
Uma área para guardar os equipamentos que não estão em uso ativo, deve ser 
planejada. A localização deve ser de fácil acesso e espaço adequado para pronta 
localização e remoção do equipamento desejado. Deve ser previsto, tomadas 
elétricas aterradas em número suficiente para permitir a recarga dos equipamentos 
operados à bateria. 
 
Laboratório 
 
Todas as U.T.Is. Devem ter serviço de laboratório clínico disponível vinte e quatro 
horas pôr dia. Quando o laboratório central do hospital não puder atender as 
necessidades da UTI, um laboratório satélite dentro da, ou adjacente à UTI deve 
ser capaz de fornecer os testes químicos e hematológicos mínimos, incluindo 
 
 
análises de gases do sangue arterial. 
 
Sala de Reuniões 
 
Uma área distinta ou separada próxima de cada U.T.I. ou de cada grupo de U.T.Is., 
deve ser projetada para observar e armazenar as radiografias, estudar e discutir os 
casos dos pacientes. Um negatoscópio ou carrossel de tamanho adequado deve estar 
presente para permitir a observação simultânea de uma série de radiografias. 
 
Área de Descanso dos Funcionários 
 
 
 
Uma sala de descanso deve ser prevista em cada U.T.I. ou grupamento de U.T.Is, para 
prover um local privado, confortável e com ambiente descontraído. Devem existir 
sanitários masculinos e femininos dotados de chuveiro e armários. Uma copa com 
instalações adequadas para armazenamento e preparo de alimentos, incluindo uma 
geladeira, um fogão elétrico e ou forno micro-ondas. A sala de descanso precisa 
estar ligada à U.T.I. por um sistema de intercomunicação. 
 
Conforto Médico 
 
Deve ser próximo à área de internação, de fácil acesso, com instalações sanitárias e 
chuveiro. A sala deve ser ligada à U.T.I. por telefone e ou sistema de intercomunicação. 
 
Recepção da U.T.I. 
 
Cada U.T.I. ou agrupamento de U.T.Is. deve ter uma área para controlar o 
acesso de visitantes. Sua localização deve ser planejada de modo que os visitantes se 
identifiquem antes de entrar. Pôr ser uma unidade de acesso restrito é desejável 
que a entrada para os profissionais de saúde, seja separada dos visitantes e um 
sistema de intercomunicação com as áreas da U.T.I. Efetivo. 
 
Sala de Espera de Visitantes 
 
Área indispensável, deve ser localizada próximo de cada U.T.I. ou agrupamento de 
 
 
U.T.Is., destinada aos familiares de pacientes, enquanto aguardam informações ou são 
preparados para visita na unidade. O acesso de visitantes deve ser controlado pela 
recepção. Um bebedouro e sanitários devem ser localizados dentro da área ou 
próximos a ela. São desejáveis para este ambiente cores vivas, carpete, janelas, 
iluminação indireta e suave. Deve ser previsto telefones públicos, sofás, cadeiras retas 
e reclináveis, terminais de circuitointerno de TV e materiais educativos. 
 
 
Rota de Transporte de Pacientes 
 
Os corredores utilizados para transportar os pacientes devem ser separados dos 
utilizados pelos visitantes. O transporte dos pacientes deve ser rápido e a 
privacidade preservada. Quando necessário o uso de elevadores, deve ser previsto 
um tamanho superdimensionado e separado do acesso público. 
 
Módulo de Pacientes 
 
Os módulos dos pacientes devem ser projetados para apoiar todas as funções 
necessárias de saúde. A área de cada leito deve ser suficiente para conter todos os 
equipamentos e permitir livre movimentação da equipe par atender às 
necessidades de terapia do paciente. Cada módulo de U.T.I. deve ter um alarme de 
parada cardíaca interligado no posto de enfermagem, sala de reuniões, sala de 
descanso dos funcionários e demais salas com chamada. 
 
No projeto da U.T.I. um ambiente que minimize o stress do paciente e dos funcionários 
deve ser planejado, incluindo iluminação natural e vista externa. As janelas são 
aspectos importantes de orientação sensorial e o maior número possível das salas 
deve ter janelas para indicação de dia/noite. Para controlar o nível de iluminação 
podem utilizar cortinas, toldos externos, vidros pintados ou reflexivos. Outros recursos 
para melhorar a orientação sensorial dos pacientes pode incluir a provisão de 
calendário, relógio, rádio, televisão e ramal telefônico. A instalação de T.V. deve ficar 
fora do alcance dos pacientes e operados pôr controle remoto. 
 
 
 
As considerações de conforto devem incluir métodos para estabelecer a privacidade 
dos pacientes. O uso de persianas, cortinas, biombos e portas controlam o contato do 
paciente com a área ao redor. Uma poltrona deve estar disponível a beira do 
leito para visita de familiares. A escolha das cores das paredes proporcionam 
descanso e propicia ambiente tranquilo. 
 
 
 
 
 
 
 
Infecção na Unidade de Terapia Intensiva 
 
 
 
A tecnologia aplicada à assistência hospitalar em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) 
viabiliza o prolongamento da sobrevida do paciente em situações muito 
adversas. 
Este fenômeno altamente positivo por um lado, por outro, é um dos fatores 
 
 
determinantes do aumento do risco de Infecção Hospitalar (IH) em pacientes críticos. 
Na UTI concentram-se pacientes clínicos ou cirúrgicos mais graves, necessitando de 
monitorização e suporte contínuos de suas funções vitais. Este tipo de clientela 
apresenta doenças ou condições clínicas predisponentes a infecções. Muitos deles já 
se encontram infectados ao serem admitidos na unidade e, a absoluta maioria, é 
submetida a procedimentos invasivos ou imunossupressivos com finalidades 
diagnostica e terapêutica. 
A associação de doenças e fatores iatrogênicos faz com que os pacientes sejam mais 
susceptíveis à aquisição de infecções. A resposta imunológica do paciente em terapia 
intensiva frente ao processo infeccioso é deficiente. Os seus mecanismos de defesa 
estão comprometidos tanto pela doença motivadora da hospitalização quanto pelas 
intervenções necessárias para o diagnóstico e tratamento. Embora, os leitos 
destinados para terapia intensiva representem menos de 2% dos leitos hospitalares 
disponíveis no Brasil, eles contribuem com mais de 25% das infecções hospitalares, 
com significativo impacto nos índices de morbidade e mortalidade. Em muitos serviços 
as taxas chegam a ser 5 - 10 vezes maior neste grupo de pacientes. 
 
Prevenção e controle 
A enorme importância deste tipo de intervenção está patente no fato de, que cerca de 
50% de infecções nosocomiais que podem ser prevenidas, a grande maioria são as que 
resultam diretamente de cuidados prestados aos doentes. É dever de todos os 
profissionais de Saúde promover um ambiente biologicamente seguro. 
 
 
 
 
Infecção respiratória 
 
 
 
- Promover uma boa higiene oro traqueal, especialmente nos doentes com sondas 
nasogástricas (os microrganismos proliferam com grande facilidade num meio 
descuidado); 
 
 
 
- Cumprir um correto esquema de hidratação, tendo em conta o tipo de doente e 
suas características (especialmente em doentes com a sua capacidade motora 
diminuída, pois facilmente aparece estase de secreções e a consequente infecção das 
vias respiratórias); 
 
- Proporcionar uma mobilidade ao doente, que apresente esta capacidade diminuída, 
através de alterações de decúbitos (vai contribuir para uma melhor ventilação e 
facilitando assim o impedimento de estase de secreções e, por conseguinte uma 
inflamação dos alvéolos); 
 
- Vigilância e despiste de sinais e sintomas (tosse excessiva, febre que não regride, 
dor torácica a agravar e hemoptises); 
 
- Utilizar técnica asséptica aquando a aspiração de secreções e individualizar todo o 
material que o doente necessite (evitando assim as infecções cruzadas); 
 
- Sempre que possível, tendo em conta as características da instituição, isolar o 
doente. 
 
 
 
Infecção por cateter 
 
 
- Usar cateters adequados à veia a puncionar e à finalidade a que se destinam (tendo 
em conta a medicação a fazer e a duração do respectivo tratamento); 
 
- Explicar ao doente a necessidade do cateter e que o seu manuseamento deve ser 
delicado (evitando traumatismos desnecessários); 
 
- Efetuar uma correta fixação do cateter, evitando a colocação de adesiva em redor 
deste, pois com o passar do tempo (mesmo apenas 24 horas) vai existir uma 
acumulação de microrganismos devido à cola do adesivo; 
 
 
 
- Evitar a manipulação da borracha dos sistemas e tentar utilizar as torneiras de três 
vias, procedendo-se, sempre que possível, à mudança do sistema ao fim de 24 horas 
devido ao seu manuseamento; 
 
- Pode-se fazer uma pequena tricotomia da área a puncionar e evitar ao máximo a 
manipulação destes; 
 
- Cateters colocados em situação de urgência devem ser retirados assim que possível 
e substituídos por outro (devido a possível uso incorreto de assepsia devido à situação 
de urgência). 
 
 
 
Infecção urinária 
 
 
- Utilizar cateter vesical adequado e apenas em última situação (pode-se optar por 
um cateterismo intermitente em caso de pós-operatório); 
 
 
- Proceder a uma higiene perineal correta e mantê-la enquanto o cateterismo for 
necessário; 
 
 
- Evitar manipulações desnecessárias do cateter e utilizar sacos coletores de urina 
esterilizados; 
 
 
- Se a instituição assim o disponibilizar deve-se utilizar os kits de cateterismo; 
 
 
- Proceder a uma hidratação adequada em conformidade com o doente (cerca de 1,5 
litros por dia); 
 
- Vigiar a integridade da mucosa. 
 
 
 
 
 
Infecção da sutura 
 
 
- Manter a integridade da zona da sutura (de forma a evitar a sua contaminação); 
 
 
- Evitar utilizar produtos químicos aquando a desinfecção das paredes para a 
realização da sutura; 
- Isolar o doente que assim o necessite, de forma a evitar a contaminação de outros. 
 
 
Estes procedimentos são apenas uma pequena parte do que se deve efetuar. Todos os 
profissionais de Saúde são responsáveis por um pequeno contributo, desde o seu 
vestuário até a manutenção do ambiente. 
 
Humanização em UTI 
 
 
Segundo a AMIB – Associação Médica Intensiva Brasileira (2004), humanizar a UTI 
significa cuidar do paciente como um todo, englobando o contexto familiar e social. 
Esta prática deve incorporar os valores, as esperanças, os aspectos culturais e as 
preocupações de cada um. É um conjunto de medidas que engloba o ambiente físico, o 
cuidado dos pacientes e seus familiares e as relações entre a equipe de saúde. Estas 
intervenções visam sobretudo tornar efetiva a assistência ao indivíduo criticamente 
doente, considerando-o como um todo bio-psico-sócio-espiritual. 
De acordo com Malik (2000) apud Nunes, humanização é um ato ou efeito de 
humanizar, não uma técnica, não é uma arte ou artifício, é um processo vivencialque 
permeia toda atividade de um local e das pessoas que ali trabalham, dando ao 
paciente o tratamento que merece como pessoa humana, dentro das circunstâncias 
peculiares que cada um se encontra no momento de sua internação. 
A essência da enfermagem intensivista não está no ambiente ou nos equipamentos 
especiais, mas no processo de tomada de decisões, baseado na sólida compreensão 
das condições fisiológicas e psicológicas do paciente. 
 
Para que haja humanização total em uma UTI, três diferentes aspectos devem ser 
 
 
considerados (AMIB, 2004): 
 
 
 
 
 O ambiente físico. 
 O cuidado com o paciente e seus familiares; 
 A atenção ao profissional da equipe; 
 O Ambiente Físico na UTI 
 Cores leves nas paredes e portas tornam o ambiente mais tranquilo. 
 Proporcionar ambiente calmo e silencioso, minimizando ao máximo os ruídos dos 
equipamentos e da equipe. 
 Presença de janelas, que permitam ver o azul do céu, a luz do sol e o verde das 
árvores. 
 O Ambiente Físico na UTI 
 Garantir bom espaço entre os leitos, para facilitar o trabalho dos profissionais, além de 
maior privacidade para o paciente. 
 
 Separar pacientes mais graves para que os conscientes não vejam ou ouçam as 
intervenções que se processam ao seu redor, gerando menos ansiedade. 
 O cuidado com o paciente e família. 
 O envolvimento com o paciente e a família é um pré-requisito essencial para 
humanizar. 
 
Adotar comportamento de compaixão, solidariedade e ajuda, no sentido de promover 
o bem, visando o bem-estar do paciente, à sua integridade moral e à sua dignidade 
como pessoa. É a atitude de conversar, ouvir, tocar o paciente, identificá-lo pelo nome. 
Reconhecê-lo como uma pessoa que está passando por uma fase difícil de doença, 
necessitando de cuidados, além dos técnicos, com uma dose de sentimento. 
 
 
 
O cuidado com o paciente e família 
 
 
Oferecer cadeira para acompanhantes, para que possam permanecer o mais tempo 
 
 
possível com o paciente, evitando sentimentos como abandono e solidão. Oferecer 
informações e conscientização dos familiares sobre a doença e o tratamento ao qual o 
paciente está sendo submetido, avaliando suas necessidades e o grau de satisfação em 
relação aos cuidados prestados. 
 
 
 
Atenção ao profissional da equipe 
 
A equipe de enfermagem está, provavelmente, exposta a um nível maior de estresse 
que qualquer outra do hospital, porque deve lidar não somente com a assistência a 
seus pacientes e familiares, mas também com suas próprias emoções e conflitos. 
 
 
Por isso, “deve-se cuidar de quem cuida”, evitando as manifestações do estresse, 
como fadiga física e emocional, tensão e ansiedade, geradas comumente em uma UTI 
e como condição necessária para aumentar a qualidade do cuidado prestado. Uma 
remuneração justa, sala de descanso para os plantonistas, atendimento psicológico e 
palestras educativas aos profissionais. 
A solução para a humanização está na equipe de saúde, que deve mostrar seu lado 
humano a cada procedimento e acima de tudo mostrar que têm sentimentos, que são 
conscientes dos desafios a serem enfrentados e dos limites a serem transpostos. 
A humanização deve fazer parte da filosofia da enfermagem. O ambiente físico, 
recursos materiais e tecnológicos são importantes, porém não mais significativos do 
que a essência humana. Esta sim irá conduzir o pensamento e as ações da equipe, 
tornando-os capazes de criticar e construir uma realidade mais humana, menos 
agressiva e hostil para os que diariamente vivenciam a UTI. 
 
 
 
Cuidado de enfermagem ao paciente grave 
 
 
É grande o número de pacientes que exigem cuidados intensivos que nem sempre este 
estão restritos nas unidades intensivas e sim em outros setores dos hospitais, como: 
 
 
emergências, enfermarias e ambulatórios. 
A assistência ao ser humano unidade bio, pisco, social, espiritual, com suas 
necessidades básicas em seu ciclo saúde-doença-cuidado é objetivo essencial da 
Assistência de Enfermagem. 
Os Enfermeiros devem estar preparados e aptos para manuseios e funcionamento de 
equipamentos e qualificados cientificamente sob o ponto de vista cognitivo e de 
habilidades para atender a um cliente crítico. Não podemos prever quando e como irá 
acontecer o agravamento de uma condição clínica de um paciente e esta necessidade 
de atendimento deverá ser prestada de imediato evitando disfunção de órgão vital, 
iatrogenias e até mesmo a morte. 
O conselho Federal de Enfermagem normatiza em âmbito Nacional, a obrigatoriedade 
de haver Enfermeiros em todas as unidades de serviços que desenvolvam ações de 
enfermagem que envolva procedimentos de alta complexidade, comum na 
assistência a pacientes críticos/potencialmente críticos. É responsabilidade privativa 
do Enfermeiro, cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida 
os cuidados que exijam conhecimentos científicos e tomadas de decisões imediatas e 
como integrante da equipe de saúde. Compete ao Enfermeiro dirigir, coordenar 
planejar, prescrever, delegar, supervisionar e avaliar as ações de Enfermagem de 
acordo com a necessidade e dependência do paciente. O paciente grave será 
adequadamente assistido se for avaliado, reconhecido e priorizados. 
A equipe de Enfermagem deve ter base de conhecimentos que facilite a capacidade de 
perceber uma grande variedade de questões, bem como informações altamente 
definidas e especificas, pois o profissional atual deve ser o mais auto realizado 
possível: físico, emocional e espiritual a fim de atender os desafios de cuidar daqueles 
gravemente enfermos. 
O objetivo da Assistência de Enfermagem é sempre promover equilíbrio fisiológico e 
emocional ao paciente. A estrutura e equipamentos de atendimento ao paciente 
crítico/potencialmente crítico deverá constar da interdisciplinaridade e da 
humanização, com enfoque nas necessidades do usuário, na integralidade assistencial 
e no respeito à participação efetiva dos diferentes profissionais envolvidos na atenção 
a paciente crítico/potencialmente crítico. (Ministério da saúde Portaria 1071 de 
 
 
04/07/2005). 
 
Monitorização Hemodinâmica 
 
 
 
A monitorização hemodinâmica é utilizada para diagnóstico, terapêutica, e até mesmo 
fazer prognóstico com os dados obtidos. A finalidade é reconhecer e avaliar as 
possíveis complicações do estado hemodinâmico do paciente e intervir em tempo 
hábil com terapia adequada, prevenindo maiores complicações. 
A monitorização hemodinâmica não invasiva vem aumentando nas unidades de 
cuidados críticos e centro cirúrgico. O objetivo principal de utilizar a técnica não 
invasiva é reduzir as complicações associadas às técnicas de monitorização 
hemodinâmica invasiva. 
A escolha do sistema de monitorização hemodinâmica não invasiva dá-se por ser uma 
técnica menos invasiva, com facilidade no manuseio, de menor custo e que em 
estados clínicos duvidosos pode ser confirmada por exames complementares. Assim, 
asseguramos ao paciente a uma monitorização eficaz, menos invasiva e prevenindo 
até mesmo uma infecção. 
 
A monitorização hemodinâmica não invasiva consiste em: 
- Pressão arterial não invasiva: que é a verificação da Pressão Arterial, através do 
método escutatório, com esfigmomanômetro e estetoscópio, ou através do método 
automatizado que tem como base a medida da pressão arterial através de curvas de 
medidas, realizada por software validado para tal fim. 
 
- Frequência cardíaca: que é a verificação dos batimentos cardíacos, representada 
pelo número de vezes que o coração bate por minuto. 
 
- Temperatura: mensuração da temperatura corporal através dos termômetros. Essa 
pode ser mensurada de três maneiras: a temperatura retal e neste caso o valor obtido 
é um grau Celsius acima da temperatura axilar; a temperatura central, que pode ser 
obtida com termômetro esofágico, cateter de pressão intracraniana comdispositivo de 
 
 
temperatura e também com cateter de artéria pulmonar através da termodiluição. 
 
- Frequência respiratória: é mensurada através da observação da expansão torácica 
contando o número de inspirações por um minuto. 
- Oximetria de pulso: é a mensuração da saturação de oxigênio da hemoglobina 
arterial e o pulso cardíaco. Vem otimizando os cuidados com o paciente e minimizando 
o potencial de episódios de hipóxia. 
 
 
 
 
 
Como monitorização hemodinâmica não invasiva específica temos: 
 
- Capnografia: é o registro do gás carbônico no final da expiração. Os capnógrafos 
analisam e registram a pressão parcial de co2 durante o ciclo respiratório por um 
sensor aplicado nas vias áreas do paciente ou pela aspiração de uma amostra de ar nas 
vias aéreas processada por um sensor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Monitorização eletrocardiográfica: através do eletrocardiograma, para detecção 
de arritmias e outras complicações, tais como: isquemias, alterações do marca-passo e 
distúrbios eletrolíticos graves. 
 
 
 
 
 
 
 
Monitor Multiparamétrico 
 
 
A monitorização hemodinâmica invasiva consiste em: pressão arterial invasiva, pressão 
venosa central, pressão da artéria pulmonar, débito cardíaco, saturação venosa mista 
e outros parâmetros derivados do cateter de Swan Ganz. Essas fornecem informações 
qualitativas e quantitativas das pressões intravasculares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Pressão arterial invasiva: A pressão por este método é medida através de um 
cateter introduzido na artéria, o qual é conectado em uma coluna liquida. A medida da 
pressão é obtida através do transdutor de pressão que faz a leitura; é obtida pressão 
sistólica, diastólica e média. 
 
- Pressão Venosa Central (PVC): mensura à pré-carga do ventrículo direito (VD), ou 
seja, a capacidade de enchimento do ventrículo direito ao final da diástole. Para a 
mensuração da PVC, é necessário o posicionamento de um cateter em veia central 
(veia cava superior), comumente utilizando-se de punção percutânea de veia subclávia 
ou veia jugular interna. É checado radiologicamente para certificar-se que o cateter 
esteja bem posicionado e não esteja dentro do átrio direito. Pode-se utilizar para a 
mensuração da PVC, um manômetro de água graduado em cm ou um transdutor 
eletrônico calibrado em mmHg. Espera-se que haja oscilação da coluna d'água ou do 
gráfico no monitor, acompanhando os movimentos respiratórios do paciente valores 
normais: 
 
- 6 a 10 cm de água; 
- 3 a 6 mmHg. 
 
 
- Pressão Artéria Pulmonar (PAP): O tratamento do paciente crítico envolve a 
monitorização e a avaliação hemodinâmica. O cateter de Swan-Ganz, ou cateter de 
artéria pulmonar, 1960, Dr. Swan criou um cateter que permitia aferir as pressões 
cardíacas direita e esquerda, porém houve muita dificuldade na passagem do cateter 
até a artéria pulmonar, causando algumas complicações nos pacientes como arritmia e 
até perfuração do miocárdio. Algum tempo depois, Dr. Swan teve a ideia de colocar 
um balonete na ponta, diminuindo a densidade do cateter e melhorando sua 
passagem, alcançando a artéria pulmonar. Após mais alguns anos, Dr. Ganz sugeriu a 
ideia de um termostato na ponta do cateter permitindo a mensuração do débito 
 
 
cardíaco, tornando-se o cateter que utilizamos atualmente. 
 Os principais objetivos da monitorização da artéria pulmonar são: 
 
 
- Avaliar a função ventricular direita ou esquerda. 
 
- Monitorizar as mudanças do estado hemodinâmico. 
 
- Orientar a terapêutica com agentes farmacológicos e não farmacológicos e 
fornecer dados indicativos de prognóstico. 
 
 
 
Parâmetros que o Cateter de Swan-Ganz avalia: 
 
 
 Pressão do Átrio Direito (PAD) 2 a 8 mmHg 
 
Valores menores que 2 mmHg, podem estar associados à hipovolemia, vasodilatação 
periférica ou aumento da contratilidade miocárdica. Pressões elevadas do AD podem 
indicar aumento do volume sanguíneo causado por vasoconstrição periférica ou 
sobrecarga de volume, falência do ventrículo direito (VD), insuficiência tricúspide, 
tamponamento cardíaco, embolia pulmonar e doença obstrutiva crônica (DPOC). 
 Pressão do Ventrículo Direito (PVD) 
 
Sistólica: 15 a 30 mmHg Diastólica: 2 a 8 mmHg 
 
Aumentada por hipoxemia, síndrome da angustia respiratória aguda (SARA), embolia 
pulmonar, doença obstrutiva crônica (DPOC), sobrecarga pulmonar secundária à 
disfunção do ventrículo esquerdo. 
 Pressão da Artéria Pulmonar (PAP) 
 
Sistólica: 15 a 30 mmHg Diastólica: 4 a 12 mmHg Média: 7 a 18 mmHg 
 
A queda da PAP pode indicar hipovolemia. Um aumento da PAPS indica aumento do 
fluxo sanguíneo, ou aumento da resistência ao fluxo sanguíneo, causado por 
 
 
pericardite, doença da valva mitral, hipoxemia, falência de VE. Um aumento da PAPD é 
observado em pacientes com doença do parênquima pulmonar, embolia pulmonar e 
taquicardia. 
 Pressão de Artéria Pulmonar Ocluída (POAP) ou Pressão de Capilar Pulmonar (CAP) 
8 a 12 mmHg 
A diminuição da PAOP indica hipovolemia. Pressões elevadas são causadas por 
sobrecarga de volume, falência do VE, estenose ou insuficiência mitral, tamponamento 
cardíaco ou derrame pericárdico. 
Assistência de enfermagem cateter de Swan-Ganz 
 
 
 
 Preparar kit de instalação 
 Materiais e soluções para antissepsia 
 Anestésico local 
 Posicionar o paciente em DDH 
 Observar permeabilidade do cateter 
 Observar presença de sinais flogísticos 
 Atentar para fixação do cateter 
 Anotar os valores obtidos em impresso próprio 
 Comunicar ao enfermeiro alterações nos valores 
 
 
 
 
 
 
Após a punção do sítio de inserção, o médico procede da mesma forma que um 
cateter central, diferenciando apenas pela colocação de um introdutor que irá 
proteger o cateter; o balonete do cateter é insuflado e começa a ser inserido dentro 
do introdutor, vamos acompanhar a introdução do cateter pelo monitor, onde 
visualizamos a morfologia da curva de pressão, cada câmara cardíaca tem uma curva 
específica, permitindo identificar a localização do cateter. 
 
 
 
 
 
ABP: pressão arterial sistêmica CVP: pressão venosa central PAP: pressão na artéria 
pulmonar 
PCWP: pressão de oclusão da artéria pulmonar 
 
 
Reconhecendo e atuando nos agravos cardiovasculares 
Insuficiencia Cardiaca Congestiva 
A principal causa de insuficiência cardíaca é a isquemia cardíaca ou o infarto do 
miocárdio. Logo, quanto mais extenso for o infarto, mais músculo morrerá, 
consequentemente, mais fraco fica o coração. Se o infarto necrosar uma grande 
área, o paciente morre por falência 
da bomba cardíaca. Outra causa comum de insuficiência cardíaca é a hipertensão 
não tratada. Quando o paciente apresenta uma pressão arterial elevada, o coração 
precisa fazer mais força para vencer essa resistência e distribuir o sangue pelo 
corpo. Como todo músculo quando exposto a um estresse, a parede dos 
ventrículos começa a crescer e ficar mais forte. É a hipertrofia cardíaca. O que 
parece algo bom, na verdade é a fase precoce de uma insuficiência cardíaca. A 
hipertrofia do coração que ocorre na hipertensão é diferente daquela que ocorre nos 
atletas que possuem o coração mais forte. 
 
Reparem na figura abaixo que o coração hipertrofiado pela hipertensão apresenta as 
paredes mais grossas e consequentemente menos espaço para o ventrículo se encher 
de sangue. Apesar de estar mais musculoso, o coração se enche menos e por isso 
bombeia menos sangue a cada batida (sístole). Essa é a fase de insuficiência cardíaca 
diastólica, ou seja, o coração não consegue se encher na diástole, período de 
relaxamento do coração que ocorre entre as sístoles (contrações cardíacas). 
 
 
 
Se a hipertensão não for tratada, o coração 
continua a sofrer até o ponto em que não 
consegue mais se hipertrofiar. Depois de muito 
tempo sofrendo estresse o músculo cardíaco 
começa a se estirar e o coração fica dilatadoassim o músculo que tem pouca capacidade de 
contração e um coração que já não consegue 
bombear o sangue adequadamente. O órgão se 
torna grande e insuficiente. 
 
 
 
Nas radiografias abaixo, podemos ver um coração normal à esquerda e um coração 
insuficiente e dilatado à direita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Existem várias outras doenças que causam insuficiência cardíaca, quase todas se 
encaixam em um dos exemplos acima de isquemia/lesão muscular/estresse cardíaco, 
como tabagismo, diabetes, obesidade, alcoolismo e doenças pulmonares; 
 
Sinais e sintomas 
 
Os sintomas da insuficiência cardíaca dependem da câmara mais afetada e da 
gravidade do quadro. A insuficiência do ventrículo esquerdo se manifesta com 
sintomas de baixo débito de sangue para o corpo. O principal é a fraqueza e o cansaço 
aos esforços. Nas fases avançadas da insuficiência cardíaca, o paciente pode se cansar 
com tarefas simples como tomar banho e pentear o cabelo. Outro sintoma típico é a 
falta de ar ao deitar. A incapacidade de bombear o sangue para os tecidos causa um 
acúmulo do mesmo nos pulmões. O sangue que sai dos pulmões não consegue chegar 
eficientemente ao coração porque esse não consegue bombear o sangue que já se 
encontra dentro dele. Essa lentidão no fluxo pulmonar causa extravasamento 
chamado de congestão pulmonar. Em casos graves desenvolve-se o edema pulmonar o 
edema do pulmão é uma urgência médica. Se houver uma insuficiência do coração 
direito associado, esses edemas são ainda maiores, pois além do excesso de água, o 
ventrículo direito não consegue fazer com que o sangue das pernas chegue aos 
 
 
pulmões. Ocorre então um grande represamento de sangue nos membros inferiores e 
grandes inchaços. Dependendo do grau de disfunção cardíaca, pode haver edemas até 
a barriga, chamado de ascite. A imagem típica da insuficiência cardíaca grave é a do 
doente com inchaços nas pernas, cansado mesmo em repouso, com tosse e 
expectoração esbranquiçada (congestão pulmonar) e intolerância ao decúbito (não 
consegue deitar). 
 
Tratamento 
O tratamento é feito com restrição de sal e água, diuréticos, anti-hipertensivos e 
medicamentos que aumentam a força cardíaca como a digoxina. Obesos devem 
emagrecer fumantes têm que largar o cigarro, álcool deve ser evitado e exercícios 
supervisionados para reabilitação cardíaca são indicados. A pressão arterial deve 
ser controlada com rigor. 
Nos casos terminais a única solução é o transplante cardíaco. Por isso, o melhor 
tratamento ainda é a prevenção. 
 
Cuidados de enfermagem 
 
 
 
 Monitorizar a ingesta e a excreta a cada 2 horas; 
 Manter a posição de Fowler para facilitar a respiração; 
 Avaliar a distensão venosa jugular, edema periférico; 
 Promover restrição hídrica. 
 Estimular e supervisionar a respiração profunda; 
 Executar exercícios ativos e passivos com os MMII; 
 Pesar o paciente diariamente; 
 Realizar balanço hídrico; 
 Oferecer dieta leve, fracionada, hipossódica, hipolipídias; 
 
 
 
 
 
 
 
Doenças coronarianas 
 
 
São assim classificadas todas aquelas doenças que se relacionam ao coração. Dentre 
elas, as mais comuns e principais causas de morte no mundo são a angina pectoris 
(angina do peito) e o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). A cardiopatia Isquêmica, 
também conhecida como coronariopatia é o nome dado a um conjunto de doenças 
do coração que estão intimamente relacionadas. Dependendo da velocidade de 
desenvolvimento e intensidade da isquemia (falta de oxigenação no tecido cardíaco), 
pode ocorrer à manifestação de quatro diferentes doenças, que são: 
 
 
 Angina Pectoris; 
 Infarto Agudo do Miocárdio; 
 Cardiopatia Isquêmica Crônica; 
 Morte Súbita Cardíaca. 
 
O termo cardiopatia ou coronariopatia isquêmica resulta quando o problema se 
relaciona com a morte de células do tecido cardíaca, por deficiência ou falta de 
oxigenação correta da região. Isto ocorre principalmente pela redução do diâmetro 
das artérias coronarianas (vasos sanguíneos que irrigam o músculo cardíaco). Essa 
obstrução, na maioria dos casos se dá devido à arteriosclerose. 
 
Angina pectoris 
 
Caracterizada por dor ou desconforto torácico (no peito) causada por isquemia do 
miocárdio. Esta condição pode levar ao Infarto Agudo do Miocárdio ou a morte súbita 
cardíaca. Pode se apresentar em três diferentes padrões: 
 
 Angina estável ou típica, provocada por esforço, estresse emocional e taquicardia, é 
aliviada por repouso. 
 Angina de Prinzmetal ou variante. Este padrão pode ocorrer mesmo em repouso e é 
aliviado por vasodilatadores. 
 Angina instável é a forma mais grave com a dor mais intensa e prolongada, também 
 
 
chamada de "angina pré-infarto". 
 
Infarto agudo do miocárdio (IAM) 
 
Responsável pela maioria das mortes dentro das cardiopatias isquêmicas mata mais do 
que todas as formas de câncer que existem. A incidência do IAM aumenta com a idade, 
sendo mais comum entre 45 e 54 anos. A principal causa de IAM é a aterosclerose 
coronariana (mais de 90% dos casos). O IAM pode ocorrer em um período bem 
variável, de alguns minutos à horas. Tipicamente, o início é súbito, com dor precordial 
intensa que pode se irradiar para o ombro esquerdo, braço ou mandíbula. A dor é 
geralmente acompanhada por sudorese, náuseas, vômitos ou dispneia. 
 
Cardiopatia isquêmica crônica 
 
Também conhecida como "cardiomiopatia isquêmica" e "cardiomiopatia 
coronariana". Esta doença ocorre geralmente em idosos e é o resultado do desgaste 
lento do músculo cardíaco por isquemia prolongada. O paciente geralmente apresenta 
quadro anterior de angina ou infarto do miocárdio. 
 
Morte súbita cardíaca 
 
É a morte inesperada provocada por diferentes formas de cardiopatia, no período de 1 
a 24 horas após o início dos sintomas agudos (alguns autores defendem um período de 
até 1 hora). Aproximadamente 80% das vítimas apresentam quadro de arteriosclerose 
estenosante (estreitamento do vaso sanguíneo provocada por depósitos de gordura na 
parede do mesmo). 
 
Fatores de risco 
 
 Tabagismo 
 Álcool 
 Sedentarismo (falta de exercícios físicos) 
 Hipertensão 
 Diabetes 
 
 
 Hipercolesterolemia (pessoas que possuem altos níveis de colesterol no sangue) 
 Stress físico e emocional. 
 
Prevenção 
 
 Prática de exercícios físicos regularmente 
 Não fumar, não beber com exagero. 
 Controlar doenças como a hipertensão, o diabetes, a hipercolesterolemia. 
 Buscar combater o estresse físico e emocional. 
 Fazer exames médicos pelo menos uma vez ao ano, principalmente se você faz 
parte do grupo de risco ou é de meia idade. 
 
 
 
Assistência de enfermagem: 
 Proporcionar um ambiente adequado para o repouso físico e mental; 
 Fornecer oxigênio e administrar opiáceos (analgésico e sedativo) e ansiolíticos 
prescritos para alívio da dor e diminuição da ansiedade; 
 Prevenir complicações, observando sinais vitais, estado de consciência, 
alimentação adequada, eliminações urinária e intestinal e administração de 
trombolíticos prescritos; 
 Auxiliar nos exames complementares, como eletrocardiograma, dosagem das 
enzimas no sangue, ecocardiograma, dentre outros; 
 Atuar na reabilitação, fornecendo informações para que o cliente possa dar 
continuidade ao uso dos medicamentos, controlar os fatores de risco, facilitando, 
assim, o ajuste interpessoal, minimizando seus medos e ansiedades; 
 Repassar tais informações também à família 
 
Arritmias Cardíacas 
 
A arritmia significa uma alteração do ritmo normal do coração, produzindo frequências 
cardíacas rápidas, lentas e/ou irregulares. Também é conhecida como disritmia ou 
ritmo cardíaco irregular. Há diversas causas como doenças das artérias coronárias, 
doenças do músculo cardíaco (miocardiopatias ou insuficiência cardíaca), doenças 
valvares, doenças infecciosas (doençade chagas), alterações nas concentrações de 
 
 
eletrólitos (sódio, potássio e cálcio) no corpo, pós-cirurgia cardíaca ou congênita 
(defeito presente desde o nascimento). 
 
As arritmias dividem-se em dois tipos, de acordo com a frequência: 
 
1) Taquicardias: A frequência cardíaca é maior que 100 batimentos por minuto. 
Podem ser decorrentes de ansiedade, medicações ou exercício. A frequência cardíaca 
é considerada anormal quando ocorre um aumento súbito, desproporcional ao esforço 
realizado, e podem ocorrer em diversas circunstâncias (repouso, sono, atividades 
diárias ou exercício). 
 
2) Bradicardias: A frequência cardíaca é menor que 60 batimentos por minuto, 
podendo ser normal durante o repouso, pelo uso de medicações ou em atletas. 
 
Quanto ao local de origem subdividem-se em: 
 
Arritmias Supraventriculares: aquelas relacionadas à parte superior do coração 
(átrios) e ao nódulo atrioventricular 
 
 
Arritmias Ventriculares: aquelas arritmias relacionadas aos ventrículos (câmaras 
inferiores do coração). 
 
Eletrocardiograma de arritmia Ventricular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eletrocardiograma de arritmia Supraventricular 
 
 
 
Tipos de Taquicardias 
 
Taquicardia Atrial: é um ritmo rápido do coração que se origina nos átrios. 
 
Flutter Atrial: é uma arritmia causada por circuitos elétricos de condução lenta que se 
originam nos átrios e promovem um ritmo rápido e regular do coração. 
 
Fibrilação atrial: impulsos elétricos extras originados nos átrios que desencadeiam 
batimentos rápidos, desorganizados e irregulares. 
 
Extrassístole ventricular: impulso elétrico extra originado no ventrículo que promove 
batimento antes do tempo. 
 
Taquicardia Ventricular: impulso elétrico originado nos ventrículos que promove um 
ritmo rápido e potencialmente ameaçador da vida. Geralmente, é uma emergência 
médica. 
 
Fibrilação Ventricular: é um ritmo rápido, desorganizado e errático, que não produz 
contração ventricular que causa morte súbita e necessita de imediata 
ressuscitação cardiopulmonar e desfibrilação (choque elétrico). 
 
Tipos de Bradicardias 
 
Existem 3 tipos básicos de bradicardias, dependendo do local onde ocorre o bloqueio 
do sistema elétrico do coração. Quando bloqueio ocorre no nódulo sinusal, que é o 
 
 
marca-passo natural do coração, chama-se de disfunção do nódulo sinusal. Além disso, 
o bloqueio do impulso elétrico pode ocorrer no nódulo atrioventricular ou nos ramos 
direito ou esquerdo do sistema elétrico do coração. O importante é que todos esses 
tipos de bloqueio podem levar à diminuição do número de batimentos cardíacos e 
causar sintomas como tonturas e desmaios. Dependendo do tipo de bloqueio, e dos 
sintomas que ele esteja causando, pode haver necessidade de implantar um marca-
passo artificial. 
 
Sintomas 
 
Os sintomas das arritmias são bastante variáveis, podendo ser silenciosa (não 
apresentar sintomas). Elas podem ser diagnosticadas pelo médico durante exame 
cardiológico (exame do pulso e ausculta do coração com aparelho específico). 
O sintoma mais comum é a palpitação. Podem ocorrer também desmaios (recuperação 
rápida, espontânea e sem alterações motoras), tonteiras, falta de ar, mal-estar, 
sensação de peso no peito, fraqueza, fadiga, dor no peito, entre outros. Os 
sintomas que indicam gravidade são confusão mental, pressão baixa, dor no peito e 
desmaios. Caso ocorra algum desses sintomas, é necessário realizar atendimento 
médico de urgência para evitar morte do paciente. 
 
Eletrocardiograma (ECG) 
 
O trabalho cardíaco produz sinais elétricos que passam para os tecidos vizinhos e 
chegam à pele. Assim, com a colocação de eletrodos no peito, podemos gravar as 
variações de ondas elétricas emitidas pelas contrações do coração. O registro dessas 
ondas pode ser feito numa tira de papel ou num monitor e é chamado de 
eletrocardiograma (ECG). No coração normal, um ciclo completo é representado por 
ondas P, Q, R, S, T, com duração total menor do que 0,8 segundos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neste gráfico se distingue uma onda P que corresponde à contração das 
aurículas, e um consecutivo complexo QRS determinado pela contração dos 
ventrículos. Conclui o ciclo uma onda T. Muitas alterações cardíacas determinam uma 
modificação da onda eletrocardiográfica normal, de modo que o eletrocardiograma 
representa um precioso meio de diagnóstico. 
 
Cateterismo cardíaco 
 
Cateterismo cardíaco, também conhecido como coronariografia ou angiografia 
coronariana é uma angiografia, um exame radiológico onde podemos analisar os vasos 
sanguíneos. A teoria do exame é simples: 
 
1 - O medico escolhe um vaso a ser estudado, por exemplo, as artérias coronárias. 
 
2 - Através de uma punção da artéria femoral (que fica na coxa), ou na artéria radial 
(no braço), é introduzido um longo cateter pela artéria aorta até chegar ao coração, no 
ponto onde nascem as artérias coronárias. 
 
3 - Através deste cateter administra-se seguidamente pequenos volumes de 
contraste venoso 
 
radiopaco fazendo com que o mesmo, ao passar pelas coronárias, de modo a torná-las 
visíveis através de um exame de raios-X. Ao invés de uma radiografia simples, na 
 
 
coronariografia, obtemos várias imagens seguidas, fazendo um filme de toda a 
passagem do contraste pelas artérias. 
 
 
 
 
 
 
Se uma das artérias estiver com seu interior preenchido por placas de colesterol que 
obstruam a passagem de sangue, elas também estarão obstruindo a passagem do 
contraste, sendo isto facilmente perceptível durante a angiografia. A coronariografia é 
atualmente o melhor método para o diagnóstico das obstruções das artérias 
coronárias. 
 
Angioplastia 
 
A angioplastia é um procedimento não cirúrgico no qual é possível desobstruir artérias 
com deficiente fluxo de sangue causado por placas de colesterol em sua parede. A 
angioplastia pode ser feita em várias artérias do corpo. A angioplastia é realizada 
imediatamente após a coronariografia. Uma vez identificada à artéria obstruída, um 
balão especial para angioplastia é inserido desinflado pelo cateter que agora está 
localizado dentro da artéria coronária doente. Ao chegar ao local da placa, este balão é 
inflado até uma pressão de 20 atmosferas, tornando- o inacreditavelmente duro, 
capaz de literalmente esmagar a placa de gordura, abrindo novamente a luz da artéria 
e permitindo que o fluxo de sangue retorne ao normal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Angioplastia com stent 
 
O stent é uma prótese metálica expansível, em forma cilíndrica, que é implantada logo 
após a angioplastia pelo balão com o intuito de diminuir a chance da artéria coronária 
ficar novamente obstruída por aterosclerose com o passar do tempo. O processo de 
implantação do stent é igual ao da angioplastia. A angioplastia com stent é um 
procedimento razoavelmente simples e o paciente costuma ter alta no dia seguinte, 
ficando internado durante a noite apenas para observação. 
 
 
 
 
 
 
 
Ao final do procedimento, o cateter é removido e o paciente deve ficar deitado por 
algumas horas com compressão sobre a artéria femoral para evitar a formação de 
hematomas no local da inserção do cateter. O paciente com stent normalmente 
precisa tomar medicamentos que inibam a ação das plaquetas para inibir a formação 
de coágulos e a trombose do stent. Quando aplicável, o controle do diabetes, da 
hipertensão, do colesterol, a perda de peso e parar de fumar são fatores essenciais 
para impedir a trombose do stent. 
 
Complicações do cateterismo e da angioplastia com stent 
 
Não existe procedimento médico invasivo sem riscos. As complicações do cateterismo 
cardíaco são incomuns se tomadas todas as devidas precauções, mas sempre existe 
um pequeno risco de surgirem problemas. Entre as possíveis complicações, podemos 
citar: 
 
- Alergia ao contrate venoso 
 
- Hematomas e sangramentosno local da punção 
 
- Embolização de fragmentos do trombo após a angioplastia 
 
- AVC 
 
- Infarto agudo do miocárdio 
 
- Rotura da artéria coronária 
 
- Arritmia cardíaca 
 
Cuidados pré-angioplastia coronária: 
 
 Orientar paciente sobre o procedimento; 
 Jejum de 05 horas; 
 Tricotomia 
 Venóclise em MSE, para manter veia; 
 
 
 Administrar tranquilizante VO, 01 hora antes do exame; 
 Verificar SSVV; 
 Retirar prótese dentária; 
 Não retirar aparelho auditivo, se houver; 
 Retirar anéis, pulseiras, brincos, correntes, todos os tipos de adornos; 
 Estimular micção; 
 Providenciar ECG recente; 
 Pesquisar alergias; 
 Verificar se cateterismo prévio; 
 Encaminhar com prontuário completo. 
 
São necessários também: 
 
 Reservar leito na UTI; 
 Reservar sala cirúrgica; 
 Checar disponibilidade de equipe cirúrgica; 
 Reservar bolsa de sangue do mesmo tipo do paciente; 
 Seguir protocolo médico de medicações. 
 
Cuidados pós-angioplastia coronária: 
 
Após a angioplastia coronária o paciente é mantido com anticoagulação plena por 12 a 
24 horas. A bainha do introdutor é retirada depois deste período quando a 
coagulação estiver normal. 
 
 
 
 Repouso absoluto; 
 Posição de Fowler; 
 Controlar bomba de infusão de Nitroglicerina e Heparina; 
 Controlar PA e P cada meia hora (4 vezes ), depois de hora em hora; 
 Verificar curativo na região inguinal a cada hora; 
 Dieta leve; 
 Retirar bainha do introdutor após normalização de coagulação sanguínea, se 
 
 
necessário anestesiar o local. 
 Proceder a cuidados pós-cateterismo diagnóstico por punção femoral. 
 
Marcapasso 
 
O equipamento de marca-passo cardíaco é um dispositivo eletrônico utilizado para 
iniciar o batimento, quando o sistema intrínseco do coração é incapaz de gerar uma 
frequência cardíaca adequada à manutenção do débito cardíaco. Ele emite um 
estímulo elétrico ao coração determinando sua despolarização e a consequente 
contração do miocárdio. Existem vários tipos de marca-passo, dentre eles os mais 
utilizados em terapia intensiva são: 
 
1. Marcapasso Transvenoso 
 
2. Marcapasso Transcutâneo 
 
3. Marcapasso Definitivo 
 
 
 
 
 
 
Marcapasso 
 
 
 
Marcapasso Transvenoso 
 
Composto por uma bateria externa, o coração é estimulado por meio de impulsos 
elétricos gerados por um cabo- eletrodo, colocado geralmente dentro do ventrículo 
direito, onde é inserido por um acesso venoso central (subclávia ou jugular). 
 
Marcapasso Transcutâneo 
 
Também chamados de marcapasso transtorácico, compõe-se de duas pás de eletrodos 
descartáveis e adesivas que são fixadas no tórax e dorso do paciente e conectadas a 
um aparelho de desfibrilador ajustado no modo de marcapasso. Muito utilizado nas 
emergências que envolvem as bradiarritmias e bloqueios atrioventriculares com 
repercussão hemodinâmica que não respondem adequadamente as drogas. 
 
Marcapasso Definitivo 
 
 
É um equipamento totalmente implantado, onde a bateria se localiza no subcutâneo e 
os fios bicamerais são posicionados no átrio e no ventrículo. Necessita ser colocado 
através de procedimento cirúrgico. 
 
Cuidados de Enfermagem com Marcapasso Transcutâneo 
 
Tem a aplicação simples e fácil, devendo ser utilizado até que um marcapasso 
transvenoso ou definitivo sejam providenciados. 
 
 
 Orientar o paciente sobre o procedimento a ser realizado. 
 Conectar os eletrodos (pás adesivas) do marcapasso ao cabo e ao aparelho 
(desfibrilador) 
 Realizar se necessário à tricotomia do tórax para que as pás fiquem bem aderidas 
 Limpar a região da pele com álcool ou água e sabão para retirar a camada de 
gordura da pele 
 Se necessário, utilizar gel condutor. 
 
 
 Coloque uma pá posicionadas no tórax do paciente (lado superior direito) e a outra pá 
no tórax inferior esquerdo 
 Ligar o desfibrilador, selecionando a frequência de demanda e a corrente indicadas 
pelo médico 
 Auxiliar o médico no uso de analgésicos ou sedação se necessário, pois é um 
procedimento incômodo para o paciente por produzir estímulos elétricos e sensação 
de choque. 
 Manter o paciente constantemente monitorado (FC, FR, Oximetria). 
 Ficar atento para sinais de baixo débito cardíaco, queda na perfusão periférica, 
palidez cutânea. 
 Manter o paciente com o marcapasso transcutâneo até sua estabilização e o 
implante de um marcapasso transvenoso ou definitivo. 
 
 
Cuidados de Enfermagem com Marcapasso Transvenoso 
 
O implante do marcapasso transvenoso é realizado também em situações de 
emergência, em casos de bradiarrtimias e bloqueios atrioventriculares, com a 
introdução de um eletrodo em contato físico com o endocárdio através de um acesso 
vascular central. Sua passagem é semelhante à passagem de um acesso venoso central 
(intracath, por exemplo). 
 
 Antes de se iniciar a passagem, cheque se a bateria do equipamento está 
funcionando adequadamente e certifique-se de que ajam pilhas reservas. 
 Oriente o paciente sobre o procedimento 
 Mantenha o paciente em monitorização constante 
 Auxilie o médico no ato da passagem do marcapasso transvenoso 
 Durante o implante, fique atento a possíveis arritmias. 
 Adapte o cabo do marcapasso aos terminais do eletrodo no gerador de pulso, 
respeitando os pólos positivo e negativo (geralmente por cores Vermelho é positivo e 
Preto é negativo). 
 Realize o curativo da inserção conforme protocolo do CCIH 
 
 
 Registre em prontuário os parâmetros selecionados pelo médico (frequência 
cardíaca, amplitude de pulso). 
 Caso necessite desfibrilação, o gerador deve ser desligado. 
 
 Fixe o gerador de preferência no tórax do paciente para evitar que o eletrodo se 
desloque. 
 
Cuidados de Enfermagem com Marcapasso Definitivo 
 
O implante do MPD é realizado no centro cirúrgico ou na sala de hemodinâmica, com o 
paciente sob anestesia local ou geral. Na UTI, quando temos um paciente que irá ser 
submetido ao implante de um MPD, devemos nos certificar que este paciente 
encontra-se em jejum, realizar a tricotomia local (geralmente na região do tórax 
superior) e encaminhá-lo ao setor para a realização do implante. O pós- operatório é 
simples, os curativos diários deverão ser realizados conforme protocolo já estabelecido 
e o cartão de identificação do paciente, relatando que ele é portador de um MPD deve 
ser entregue à alguém da família orientando-os da importância de ter o cartão sempre 
junto consigo. 
 
Reconhecendo e atuando nos agravos Respiratórios 
 
As doenças respiratórias são as que afetam o trato e os órgãos do sistema respiratório. 
Os Principais fatores de risco: o tabagismo, a poluição, a exposição profissional a 
poluentes atmosféricos, as condições alérgicas e doenças do sistema imunitário, entre 
outros. 
 
Broncopatias: doenças dos brônquios, como a asma, a bronquiectasia e a bronquite. 
 
Pneumopatias: grupo de doenças pulmonares, entre as quais se destacam a 
atelectasia, neoplasias pulmonares, tuberculose pulmonar, hipertensão pulmonar, 
pneumopatias obstrutivas, pneumonia, pneumopatias fúngicas, pneumopatias 
parasitárias, síndrome do desconforto respiratório do recém-nascido. 
 
 
Transtornos respiratórios: são assim designadas as doenças respiratórias em 
geral ou aquelas que não são uma doença específica. Neste grupo incluem-se a 
apneia, síndrome do desconforto respiratório do recém-nascido, dispneia, 
insuficiência respiratória, hiperventilação, etc. A tosse, a rouquidão, a aspiração de 
mecônio, respiração bucal, laringismo, síndrome do desconforto respiratório do 
adulto, também são considerados transtornos respiratórios. 
 
Doenças torácicas: doenças que afetam o tórax. 
 
Doenças nasais: doenças do nariz em geral ou não especificadas. Exemplos de doenças 
nasais são as neoplasias nasais, doençasdos seios paranasais e a rinite. A epistaxe 
(derramamento de sangue pelas fossas nasais), a obstrução nasal, as deformidades 
adquiridas nasais, a rinoscleroma (infecção) e os pólipos nasais (tumores) integram-se 
também nas doenças nasais. 
 
Infecções respiratórias: infecções do trato respiratório superior. Resultam dessas 
infecções as seguintes doenças: empiema pleural, bronquite, laringite, pneumopatias 
fúngicas, pneumopatias parasitárias, pleurisia, pneumonia, rinite, sinusite, tonsilite, 
tuberculose pleural, tuberculose pulmonar, coqueluche, resfriado comum, influenza, 
abcesso pulmonar, faringite, rinoscleroma, síndrome respiratória aguda grave, 
traqueíte (inflamação da traqueia) e tuberculose laríngea. 
 
Doenças da traqueia: incluem neoplasias da traqueia, estenose traqueal 
(estreitamento patológico da traqueia), traqueíte, fístula traqueoesofágica. 
 
Doenças da laringe ou laringopatias: doenças da laringe em geral ou não 
especificadas, entre as quais se contam a laringite, os distúrbios da voz, o edema 
laríngeo, as neoplasias laríngeas, a laringoestenose, a tuberculose laríngea, a paralisia 
das cordas vocais. Estas doenças relacionam-se também com as otorrinolaringopatias. 
 
Doenças pleurais: empiema pleural, hemotórax (derrame de sangue no tórax), 
derrame pleural, neoplasias pleurais, pleurisia e tuberculose pleural, bem como 
quilotórax (derrame de quilo na cavidade pleural), hemopneumotórax, 
 
 
hidropneumotórax, hidrotórax e pneumotórax. 
 
Neoplasias do trato respiratório: neoplasias pulmonares, pleurais e nasais. 
 
Insuficiência respiratória: É uma alteração na função do sistema respiratório, que faz 
com que a PO2 caia abaixo de 50 mmHg (hipoxemia) ou a PCO2 se eleve acima de 50 
mmHg (hipercapnia), conforme determinado na gasometria arterial. 
 
Classificação 
 
1- I.R. AGUDA: caracterizada por hipoxemia ou hipercapnia e acidemia (pH inferior a 
7,35; ocorrendo rapidamente, em geral dura dias ou horas; 
 
2- I.R. CRÔNICA: caracterizada por hipoxemia ou hipercapnia e pH normal (7,35-
7,45): ocorrendo em período de meses ou anos > mecanismos compensatórios; 
 
Síndrome de Angústia Respiratória do Adulto (SARA): É uma síndrome clínica, 
chamada de edema pulmonar não cardiogênico, em que o paciente apresenta 
hipoxemia grave e complacência diminuída dos pulmões, levando ao quadro de 
Insuficiência Respiratória; 
 
Pneumonia: É um processo inflamatório que envolve as vias aéreas terminais e os 
alvéolos pulmonares, causados por agentes infecciosos. 
 
Tuberculose (TB): É uma infecção causada por uma bactéria (Mycobacterium 
tuberculosis), normalmente de uma pessoa a outra através do ar. Em geral, infecta 
o pulmão, mas pode ocorrer em quase todos os locais do corpo; 
 
Derrame pleural: É uma coleção de líquido no espaço pleural, sendo quase sempre 
secundário a outras doenças. 
 
Bronquiectasia: É a dilatação e distorção irreversível dos brônquios em decorrência 
da destruição dos componentes elástico e muscular de sua parede. 
 
DPOC Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica: é uma doença crônica, progressiva e 
 
 
irreversível que acomete os pulmões e tem como principais características a 
destruição de muitos alvéolos e o comprometimento dos restantes. As patologias 
que constituem a DPOC são bronquite crônica, enfisema pulmonar e asma. 
 
Bronquite Crônica: A bronquite crônica é definida como uma inflamação dos 
brônquios. Geralmente, surge depois de 20 a 30 anos de exposição dos brônquios a 
fatores irritantes, como o tabaco, poluição do ar, entre outras fontes. Sua ocorrência é 
mais comum em mulheres do que em homens. 
 
Enfisema Pulmonar: Esta é uma doença crônica, na qual ocorre destruição gradativa 
dos tecidos pulmonares, passando estes a ficarem hiperinsuflados. Normalmente 
sua etiologia reside na exposição prolongada ao tabaco ou produtos químicos tóxicos. 
 
Asma: A asma, também conhecida como asma brônquica ou bronquite asmática, é 
uma afecção pulmonar caracterizada pela inflamação das vias aéreas, que leva à 
diminuição ou até mesmo obstrução do fluxo de ar. Sua fisiopatologia está ligada a 
fatores genéticos e ambientais, manifestando-se por meio de crises de falta de ar. 
 
As patologias respiratórias são diagnosticadas através da observação clínica, através de 
técnicas e meios complementares de diagnóstico, entre os quais: testes da função 
respiratória, testes de sons respiratórios, broncografia, broncoscopia, laringoscopia, 
radiografia pulmonar de massa, testes de provocação nasal. Cada doença tem 
sintomas específicos, que só o médico pode avaliar. Contudo, a tosse, a rouquidão, 
congestão nasal, dores no peito, dores de garganta, garganta irritada, dificuldade em 
respirar quando não está a fazer esforço (a subir escadas, a andar, a fazer 
exercício), dispneia, entre outros, são sintomas de doença respiratória. 
 
Assistência de enfermagem 
 
 
 
 Avaliar nível de consciência e capacidade de tolerar o aumento do trabalho 
respiratório; 
 Avaliar sinais de hipoxemia e hipercapnia 
 Observar aspecto da secreção 
 
 
 Observar sinais de ansiedade, rubor facial, respiração superficial, confusão mental e 
desorientação. 
 Tapotagem e vibração > Fisioterapia Respiratória 
 Monitoração para complicações 
 Determinar o estado hemodinâmico e comparar com valores prévios; 
 Analisar a gasometria e comparar com valores prévios; 
 Melhorar a troca gasosa: Med. ATB, cardiotônicos, diuréticos, administrar O2, 
balanço hídrico, promover a expansão torácica, realizar gasometria arterial e comparar 
com valores prévios; 
 Mantendo a via aérea pérvia: Nebulização com vasodilatadores, hidratação, aspirar, 
auxiliar na intubação; 
 Educação p/ manutenção da saúde: Ingesta medicamentosa, atentar aos riscos 
ambientais e climáticos, retornos ambulatoriais. 
 Evitar exposição a irritantes respiratórios 
 Notificar ao médico complicações; 
 
Drenagem torácica 
 
Consiste no esvaziamento de conteúdo líquido ou gasoso patologicamente retido na 
cavidade pleural. A colocação de um dreno torácico é um procedimento corrente que 
pode ser realizado com segurança numa Unidade de Cuidados Intensivos. 
 
Indicações 
 
Pneumotórax: ocorre pneumotórax quando há acumulação de ar na cavidade pleural, 
eliminando a pressão negativa normal e fazendo com que o pulmão perca contato com 
a parede torácica e colapse. 
 
Hemotórax: é a acumulação de sangue no espaço pleural 
 
Empiema: é uma coleção de líquido infectado, purulento no espaço pleural. 
 
Quilotórax: é o acúmulo de linfa no espaço pleural. É uma causa pouco frequente, mas 
importante de derrame pleural, com diagnóstico usualmente difícil. 
 
 
 
Trauma: um doente politraumatizado com lesão torácica, dificuldade respiratória e 
enfisema subcutâneo tem quase seguramente indicação para drenagem torácica 
urgente mesmo sem outra avaliação prévia. 
 
Material necessário para colocação de uma drenagem torácica 
 
 
 
 
- Mesa auxiliar 
 
- Foco auxiliar 
 
- Caixa pequena cirurgia padronizada pela instituição 
 
- Drenos tórax compatível com a finalidade 
 
- Gazes estéreis 
 
- Fios de sutura 
 
- Seringas e agulhas 
 
- Solução antisséptica 
 
- Luvas estéreis 
 
- Capote 
 
- Gorro cirúrgico 
 
- Máscaras 
 
- Anestésico local a 2% sem vasoconstritor 
 
- Lâmina de bisturi de acordo com cabo de bisturi 
 
- Frascos de sistema de drenagem 
 
 
 
- Soro fisiológico para preenchimento do frasco ou frascos 
 
- Fita adesiva 
 
- Recipiente para lixo 
 
 
Posição do paciente 
 
Como os drenos intercostais são quase invariavelmente colocados na linha axilar 
anterior, o doente deve estar posicionado em decúbito dorsal, com o hemitórax a 
drenar ligeiramente 
elevado com uma almofada, e o membro superior flectido sob a cabeça e preso para 
que 
mantenha sempre a mesma posição.O material necessário deve estar sempre acessível na Unidade de Cuidados Intensivos. 
A escolha do tubo de drenagem depende do material a drenar. O tubo é de plástico 
transparente com múltiplos orifícios laterais no seu terço distal e uma linha rádio 
opaca ao longo de todo o comprimento, para identificar facilmente a sua localização 
na cavidade pleural. 
 
 
 
Cuidados de enfermagem na Assistência á Drenagem Torácica 
 
 Lavar as mãos, reunir material e levar para beira leito. 
 
 
 Dispor material sobre mesa auxiliar 
 Auxiliar o médico no posicionamento do tórax a ser drenado; elevar acima da cabeça e 
restringir o braço no lado a ser drenado. 
 Colocar sobre campo estéril, fio de sutura, lâmina de bisturi e cateter de drenagem. 
 Segurar anestésico para que o médico possa aspirar o conteúdo sem contaminar 
 Despejar solução antisséptica na cuba rim 
 Ajustar foco luz 
 Atender paciente e o médico durante procedimento 
 Preencher o frasco de drenagem com SF 0,9% conforme orientação médico 
 Após introdução dreno, auxiliar na conexão deste á extremidade distal do sistema 
sem contaminar. 
 Após termino do procedimento, descartar material perfuro cortante em recipiente 
especial (descarpack) e os demais no lixo hospitalar. 
 Fazer curativo no local da inserção 
 Registrar todo material utilizado, deixar paciente e a unidade em ordem. 
 Identificar curativo com data, hora, nome do realizador e anotar no prontuário. 
 Lavar mãos 
 Ligar para o setor de raios-X para realização de raios-X de tórax. (confirmar 
posicionamento do dreno tórax) 
 
Cuidados Intensivos de Enfermagem 
 
 Lavar as mãos, secar e fazer antissepsia com álcool 70% (ou seguir protocolo de cada 
instituição). 
 Preencher o selo d´água com 300 ml de soro fisiológico 0,9%, ou 500 ml da mesma 
solução. (ou seguir protocolo da sua instituição) 
 Após-instalação do dreno, a mensuração dos débitos dos drenos deverá ser feita a 
cada 6 hora ou intervalos menores caso haja registros de débitos superiores a 100 
ml/hora. (casos de conteúdo liquido). 
 A mensuração deverá ser feita colocando uma fita adesiva ao lado da graduação do 
frasco, onde o técnico de enfermagem deverá marcar com uma caneta o volume 
drenado marcando também a hora da conferência. 
 
 
 A troca do selo d´água deverá ser feita a cada 12h. 
 Clampear o dreno para que não haja entrada de ar para a cavidade torácica e após a 
troca, lembrar sempre que o dreno deve ser desclampeado. 
 Os curativos na inserção dos drenos devem ser trocados diariamente utilizando os 
produtos preconizados pelo Serviço de Infecção Hospitalar de cada instituição 
 Colocar frasco de drenagem no piso, dentro de suporte, próximo ao leito do 
paciente, ou dependurá-lo na parte inferior do leito, evitando-se desconexões 
acidentais ou tombamento do frasco. 
 Nunca elevar frasco de drenagem acima do tórax sem ser clampeado. 
 Lavar as mãos, conforme após procedimento e sempre que houver necessidade de 
"ordenhar" tubulação. 
 
 
 
 
Dreno de tórax 
 
Intubação endotraqueal 
 
A intubação traqueal é a passagem de um tubo através da boca ou do nariz até a 
traqueia. Está indicada nos casos em que se deseja manter as vias aéreas eficientes, a 
aspiração de secreções traqueobrônquicas, a ventilação assistida e/ou controlada com 
pressão positiva, evitar aspiração de conteúdo gástrico e diminuir o espaço morto 
anatômico e o trabalho respiratório. Ela pode ser realizada através das narinas (via 
nasotraqueal), boca (via oratraqueal) ou abertura na parede da traquéia 
(transtraqueal). 
 
Indicações 
 
• Incapacidade de proteger a via aérea do paciente (coma, arreflexia ou parada 
cardíaca). 
 
• Paciente grave com problema grave de oxigenação, que necessita de administração 
de altas concentrações de oxigênio. 
 
• Paciente com problema ventilatório sério que necessita de ventilação assistida. 
 
• Incapacidade do socorrista em ventilar o paciente inconsciente com métodos 
convencionais. 
 
 
 
 
 
 
 
Contraindicações 
 
• Falta de treinamento na técnica. 
 
• Falta de indicação precisa. 
 
• Proximidade do hospital de destino (contraindicação relativa). 
 
• Sangramento profuso na cavidade oral. 
 
• Lesão cervical. 
 
Material 
 
Os componentes–padrão de um kit de intubação incluem: 
 
• Laringoscópio com lâminas retas e curvas de tamanhos infantil e adulto 
 
• Pilhas extras e lâmpadas de reserva 
 
• Equipamento de aspiração 
 
• Cânulas traqueais de vários tamanhos, infantil e adulto. 
 
• Fio guia 
 
 
• Seringa de 10 ml 
 
• Lubrificante hidrossolúvel 
 
• Pinça de Magill 
 
• Dispositivo de detecção de dióxido de carbono no ar expirado 
 
• Material para fixar o tubo 
 
Após a checagem de todo o equipamento, selecione o tamanho adequado do 
tubo. Os tamanhos apropriados de tubos para mulheres são 7,0 a 8,0 mm d.i., e para 
 
 
homens 8,0 a 8,5 mm d.i. Entretanto, em uma emergência, um tamanho adequado de 
tubo tanto para mulher como para homem é 7,5 mm d.i. 
 
 
 
Alterações anatômicas e funcionais que dificultem a intubação endotraqueal: 
 
- Congênitas: encefalocele occipital, lábio leporino ou fenda palatina, deformidades 
craniofaciais; 
 
- Traumáticas: fraturas dos ossos da face, lacerações da face, queimaduras da face e 
retrações cicatriciais do pescoço; 
 
- Neoplásicas: tumores benignos e malignos das mais diversas origens como o 
higroma cístico, hemangionas de língua e lábios e tumores infiltrativos de face; 
 
 
- Inflamatórias e infecciosas: abscessos e epiglotites; 
 
- Metabólicas: obesidade, acromegalia, diabete mellito e hipotireoidismo; 
 
- Outras: alterações musculoesqueléticas e presença de corpos estranhos nas vias 
aéreas. 
 
Complicações da intubação endotraqueal: 
 
A intubação endotraqueal pode ser acompanhada de uma série de complicações. Elas 
podem ser desencadeadas pelo ato em si, pela presença do tubo na traqueia, pelo 
tempo de permanência do tubo na traqueia e após a extubação, como sequela das 
complicações anteriores. 
 
- Complicações devidas ao ato da intubação endotraqueal: lesões de partes moles, 
fraturas de dentes, lesões de cordas vocais, deslocamento de mandíbula, aspiração 
pulmonar, intubação brônquica seletiva, intubação esofágica, complicações sistêmicas 
(broncoespasmo, bradicardia ou taquicardia, hipertensão ou hipotensão e arritmias 
cardíacas), lesão de mucosa, aumento da produção de secreção e colapso pulmonar. 
 
- Complicações devidas à permanência do tubo traqueal: com a compressão das 
estruturas das vias aéreas haverá edema, ulceração, e com a cicatrização, granulomas 
e fibroses. Os balonetes de baixo volume residual e alta pressão podem causar 
isquemia, necrose e dilatação da parede traqueal. Pode ocorre extubação acidental e 
 
 
sinusite. 
 
 
 
Traqueostomia 
 
A traqueostomia é uma das operações mais antigas e era indicada quase que 
exclusivamente em situações de emergência, devido à obstrução da via respiratória 
causada pela difteria. Nos dias atuais, embora esta indicação quase inexista, persistem 
outras condições para sua realização. Atualmente é um procedimento com os 
objetivos de aliviar obstruções das vias aéreas superiores, oferecer suporte 
ventilatório prolongado, reduzir o espaço morto, facilitar a limpeza brônquica por 
aspiração, permitir um desmame mais rápido, diminuir o risco de lesões laríngeas e 
diminuir o risco de sequelas estenóticas da traqueia. 
 
A traqueostomia é uma técnica cirúrgica que inclui abertura da pele e planos 
musculares do pescoço, estabelecendo uma abertura na traqueia. É indicada para 
obstruções da laringe, em pacientes com grande quantidade de secreção na árvore 
brônquica e que necessita aspirações frequentes e também naqueles que precisam de 
assistência ventilatória acima de 10 dias, quando a canulação orotraqueal é substituída 
pela traqueostomia. Pelo

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