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FUNDAMENTOS DA ENFERMAGEM EM UTI

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FUNDAMENTOS DA 
ENFERMAGEM EM UTI 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO--------------------------------------------------------------------------------- 03 
1 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) ----------------------------------- 05 
2 CUIDADO EM UTI---------------------------------------------------------------------06 
3 HUMANIZAÇÃO EM UTI ----------------------------------------------------------- 08 
4 ENFERMAGEM ---------------------------------------------------------------------- 10 
5 CUIDADO DE ENFERMAGEM AO PACIENTE GRAVE ------------------ 12 
6 MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA ------------------------------------------ 13 
7 RECONHECENDO E ATUANDO NOS AGRAVOS 
CARDIOVASCULARES –---------------------------------------------------------- 16 
8 RECONHECENDO E ATUANDO NOS AGRAVOS RESPIRATÓRIOS ---
--------------------------------------------------------------------------------------------- 26 
9 REFERÊNCIAS ----------------------------------------------------------------------- 39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Prezados alunos, 
 
Nos esforçamos para oferecer um material condizente com a 
graduação daqueles que se candidataram a esta especialização, procurando 
referências atualizadas, embora saibamos que os clássicos são 
indispensáveis ao curso. 
As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são 
neutras, afinal, opiniões e bases intelectuais fundamentam o trabalho dos 
diversos institutos educacionais, mas deixamos claro que não há intenção de 
fazer apologia a esta ou aquela vertente, estamos cientes e primamos pelo 
conhecimento científico, testado e provado pelos pesquisadores. 
Não obstante, o curso tenha objetivos claros, positivos e específicos, 
nos colocamos abertos para críticas e para opiniões, pois temos consciência 
que nada está pronto e acabado e com certeza críticas e opiniões só irão 
acrescentar e melhorar nosso trabalho. 
Como os cursos baseados na Metodologia da Educação a Distância, 
vocês são livres para estudar da melhor forma que possam organizar-se, 
lembrando que: aprender sempre, refletir sobre a própria experiência se 
somam e que a educação é demasiado importante para nossa formação e, 
por conseguinte, para a formação dos nossos/ seus alunos. 
Nesta apostila introduzimos conceitos pertinentes aos fundamentos 
da enfermagem em UTI e discorreremos sobre o conhecimento a respeito dos 
objetivos, métodos e técnicas voltados para área da enfermagem, com foco 
na otimização do tratamento do paciente critico, fornecendo embasamento 
para capacitar enfermeiros. 
Trata-se de uma reunião do pensamento de vários autores que 
entendemos serem os mais importantes para a disciplina. 
Para maior interação com o aluno deixamos de lado algumas regras 
de redação científica, mas nem por isso o trabalho deixa de ser científico. 
 
 
 
 
 
4 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
Desejamos a todos uma boa leitura e caso surjam algumas lacunas, 
ao final da apostila encontrarão nas referências consultadas e utilizadas 
aporte para sanar dúvidas e aprofundar os conhecimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
 
 
 
1. UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) 
 
 
Fonte: www.shutterstock.com 
 
 
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é destinada ao acolhimento de 
pacientes em estado grave com chances de sobrevida, que requerem 
monitoramento constante e cuidados muito mais complexos que o de outros 
pacientes. 
O percentual de leitos de UTI nos hospitais varia de 7% a 15% 
dependendo das características de cada hospital (por exemplo, hospitais de 
grandes centros costumam ter mais leitos de UTI por receberem pacientes de 
diversos lugares) e a necessidade por mais leitos tende a crescer conforme 
aumenta a expectativa de vida da população expondo-a a maiores chances de 
complicações e traumas relacionados a doenças degenerativas e acidentes, 
além do aumento de índices como a criminalidade. 
http://www.shutterstock.com/
https://www.infoescola.com/demografia/expectativa-de-vida/
https://www.infoescola.com/doencas/doencas-degenerativas/
 
 
 
 
 
6 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
(31) 3270 4500 
A história do surgimento das UTI`s remete ao início do século XX 
quando foram criadas as chamadas “salas de recuperação” para onde os 
pacientes eram levados após alguma neurocirurgia no Hospital Johns Hopkins 
(EUA). Já no Brasil elas só começaram a ser implantadas na década de 70, 
primeiramente no hospital Sírio Libanês em São Paulo com apenas dez leitos 
(1971). 
O objetivo básico das UTI`s é recuperar ou dar suporte às funções vitais 
dos pacientes enquanto eles se recuperam. Assim, as unidades de terapia 
intensiva são equipadas com aparelhos capazes de reproduzir as funções vitais 
dos internados como respiradores artificiais, aparelhos de hemodiálise que 
substituem a função dos rins e diversos outros. A criação das UTI`s 
representou um grande marco na história da medicina uma vez que possibilitou 
o atendimento adequado dos pacientes garantindo-lhes melhores condições de 
recuperação e reduzindo os óbitos em cerca de 70%. 
O profissional que trabalha nas UTI`s é chamado de intensivista e a 
equipe é sempre formada por diversos profissionais como enfermeiros, 
fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais e outros, além 
dos médicos. Outra função dos intensivistas, principalmente dos enfermeiros e 
assistentes sociais, é dar conforto e suporte aos familiares dos pacientes uma 
vez que a situação de internação de algum parente em UTI é sempre delicada 
para estes. 
Alguns dos equipamentos encontrados nas unidades de terapia 
intensiva: termômetro, oxímetro de pulso (mede a oxigenação nos tecidos do 
paciente), eletrocardiográfico (mede a frequência cardíaca e a pressão arterial), 
monitor de pressão arterial, monitor cardíaco, sonda naso-enteral (para 
alimentar o paciente), sonda vesical (para coletar a urina); máscara e cateter 
de oxigênio (auxiliam a respiração), cateter (dispositivo que auxilia a circulação 
sanguínea), tubo orotraqueal (auxilia a respiração do paciente), ventilador 
mecânico (injeta e retira ar dos pulmões do paciente quando este não 
consegue respirar sozinho). 
 
2. CUIDADO EM UTI 
https://www.infoescola.com/medicina/neurocirurgia/
 
 
 
 
 
7 
 
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com 
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A UTI nasceu da necessidade de se oferecer suporte avançado de vida a 
pacientes agudamente doentes, que porventura possuam chances de 
sobreviver. Assim, destina-se à internação de pacientes com instabilidade 
clínica e com potencial de gravidade (Carvalho et al., 2006). 
Trata-se de um ambiente de alta complexidade, reservado e único no 
ambiente hospitalar, pois se propõe a estabelecer monitorização completa e 
vigilância em tempo integral (Freire et al., 1998). 
O cuidado em UTI é orientado pelo médico biologicista, cuja atenção 
está voltada principalmente para o órgão doente, para a doença, para os 
procedimentos técnicos (Nascimento & Trentini, 2004) e para os aspectos 
f́ısicos e de controle das funções vitais do paciente (Leite & Vila, 2005). 
O paciente internado em UTI necessita de cuidados de excelência 
não apenas para os problemas fisiopatológicos, mas também para as 
questões psicossociais, ambientais e familiares, que se tornam intimamente 
interligadas à doença f́ısica (Vila & Rossi,2002). 
Além de uma concentração de pacientes cŕıticos e de tecnologia 
avançada, nas últimas décadas a UTI se tornou um local de prática da 
equipe multiprofissional experiente e que possui competências e formações 
espećıficas (Nozawa et al., 2008). 
A complexidade deste serviço, em termos de equipamentos, de 
recurso humano e da maior quantidade de casos com indicação de internação, 
fez com que os cuidados ao paciente cŕıtico envolvessem profissionais médicos 
das diversas especialidades, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, 
psicólogos e terapeutas ocupacionais (Pereira et al., 1999). 
A necessidade de uma equipe multidisciplinar dentro da UTI favorece e 
influencia a qualidade da assistência prestada aos pacientes (Zorzi et al., 2008). 
De acordo com a portaria no 3432, de 12 de agosto de 1998 do 
Ministério da Saúde, a UTI deve contar uma equipe básica composta por: 
um responsável técnico com t́ıtulo de especialista em medicina intensiva ou com 
habilitação em medicina intensiva pediátrica, um médico diarista com t́ıtulo 
de especialista em medicina intensiva ou com habilitação em medicina intensiva 
 
 
 
 
 
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pediátrica para cada dez leitos ou fração nos turnos da manhã e da tarde, um 
médico plantonista exclusivo para até dez pacientes ou fração, um enfermeiro 
coordenador exclusivo da unidade e responsável pela área de enfermagem, 
um enfermeiro exclusivo da unidade para cada dez leitos ou fração por turno 
de trabalho, um fisioterapeuta para cada dez leitos ou fração no turno da 
manhã e da tarde, um auxiliar ou técnico de enfermagem para cada dois 
leitos ou fração por turno de trabalho, um funcionário exclusivo responsável 
pelo serviço de limpeza, acesso a cirurgião geral (ou pediátrico), torácico, 
cardiovascular, neurocirurgião e ortopedista. 
O esforço de todos estes profissionais deve ser concentrado para 
melhorar o cuidado com o paciente cŕıtico. O sucesso da assistência na 
UTI depende das atividades desenvolvidas por esta equipe multidisciplinar. 
É necessário que se tenha objetivos comuns, treinamento adequado, 
capacitação para oferecer suporte avançado de vida por meio de 
conhecimentos atualizados, equipamentos e habilidades técnicas e humanas, e 
um processo de educação continuada (Pereira et al., 1999). 
A comunicação entre a equipe multiprofissional da UTI Pediátrica e 
Neonatal e a família deve ser frequente e em intervalos preestabelecidos. As 
terminologias utilizadas devem ser consistentes e de fácil entendimento, com 
oportunidade para a formulação de questionamentos e a expressão de 
sentimentos. Se necessário deve-se oferecer a assistência de profissionais de 
suporte como assistente social e psicólogo (Molina et al., 2007; Carvalho et 
al., 2004). 
 
3. HUMANIZAÇÃO EM UTI 
Segundo a AMIB – Associação Médica Intensiva Brasileira (2004), 
humanizar a UTI significa cuidar do paciente como um todo, englobando o 
contexto familiar e social. Esta prática deve incorporar os valores, as 
esperanças, os aspectos culturais e as preocupações de cada um. É um 
conjunto de medidas que engloba o ambiente físico, o cuidado dos pacientes 
e seus familiares e as relações entre a equipe de saúde. Estas intervenções 
visam sobretudo tornar efetiva a assistência ao indivíduo criticamente doente, 
 
 
 
 
 
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considerando-o como um todo bio-psico-sócio-espiritual. 
De acordo com Malik (2000) apud Nunes, humanização é um ato ou 
efeito de humanizar, não uma técnica, não é uma arte ou artifício, é um 
processo vivencial que permeia toda atividade de um local e das pessoas que 
ali trabalham, dando ao paciente o tratamento que merece como pessoa 
humana, dentro das circunstâncias peculiares que cada um se encontra no 
momento de sua internação. 
A essência da enfermagem intensivista não está no ambiente ou nos 
equipamentos especiais, mas no processo de tomada de decisões, baseado 
na sólida compreensão das condições fisiológicas e psicológicas do paciente. 
Para que haja humanização total em uma UTI, diferentes aspectos 
devem ser considerados (AMIB, 2004): 
 
✓ O cuidado com o paciente e seus familiares; 
✓ A atenção ao profissional da equipe; 
✓ O Ambiente Físico na UTI 
✓ Cores leves nas paredes e portas tornam o ambiente mais tranqüilo. 
✓ Proporcionar ambiente calmo e silencioso, minimizando ao 
máximo os ruídos dos equipamentos e da equipe. 
✓ Presença de janelas, que permitam ver o azul do céu, a luz do 
sol e o verde das árvores. 
✓ Garantir bom espaço entre os leitos, para facilitar o trabalho dos 
profissionais, além de maior privacidade para o paciente. 
✓ Separar pacientes mais graves para que os conscientes não 
vejam ou ouçam as intervenções que se processam ao seu 
redor, gerando menos ansiedade. 
✓ O cuidado com o paciente e família. 
✓ O envolvimento com o paciente e a família é um pré-requisito 
essencial para humanizar. 
 
 
 
 
 
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Adotar comportamento de compaixão, solidariedade e ajuda, no 
sentido de promover o bem, visando o bem-estar do paciente, à sua 
integridade moral e à sua dignidade como pessoa. É a atitude de 
conversar, ouvir, tocar o paciente, identificá-lo pelo nome. Reconhecê-lo 
como uma pessoa que está passando por uma fase difícil de doença, 
necessitando de cuidados, além dos técnicos, com uma dose de 
sentimento. 
 
 
4. ENFERMAGEM 
A enfermagem, enquanto profissão teve início na Inglaterra, no 
século XIX, com o trabalho de Florence Nightingale, recrutando e treinando 
um grupo de mulheres para colaborarem nos cuidados e na higiene dos 
soldados feridos durante a Guerra da Criméia (1854-l856). Nessa época, 
também com Florence Nightingale, surgiu a idéia de classificar os doentes 
de acordo com o grau de dependência, dispondo-os nas enfermarias, de tal 
maneira que os mais graves ficassem próximos à área de trabalho das 
enfermeiras, para maior vigilância e melhor atendimento. 
 
Com o avanço dos procedimentos cirúrgicos, a necessidade de 
maiores cuidados ao paciente, durante o período pós-operatório imediato, 
levou ao desenvolvimento das unidades especiais de terapia. Inicialmente 
o tratamento era realizado em salas especiais, adjacentes às salas de 
cirurgias, sendo o acompanhamento conduzido pelo cirurgião e, 
posteriormente, pelo anestesista. Com o passar do tempo, foi atribuído a 
enfermeiros e à equipe a responsabilidade direta pela observação e 
tratamento clínico dos pacientes de risco. 
 
As unidades de terapia intensiva evoluíram com a criação das salas 
de recuperação na década de 20, para assistência a pacientes de 
neurocirúrgia, no Hospital "Johns Hopkins", na década de 30 em 
Teubingen, na Alemanha, com a assistência intensiva pós-operatória2. Na 
 
 
 
 
 
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década de 40, surgiram salas de recuperação cirúrgica em Rochester, 
Minnesota e Nova York e em Nova Orleans no "Ochsner Clinic". 
Durante a epidemia de poliomielite nos anos 50 sobrecarregou os 
hospitais e forçou a criação de centros regionais para o atendimento dos 
pacientes. Estes centros de pólio levaram o impacto da tecnologia e as 
modernas técnicas de ventilação mecânica prolongada, evoluíram fora das 
salas de cirurgia, o que fez com que as enfermeiras lidassem, pela primeira 
vez, com equipamento que as separava de seus pacientes e aprendessem 
a combinar manipulação de instrumentos com os cuidados manuais. 
 
No final da década de 50 em Los Angeles, foi desenvolvida a 
primeiraunidade de choque e foi introduzida a monitorização 
cardiovascular invasiva dos pacientes em estado crítico e com 
traumatismo. 
 
Em 1962, estabeleceu-se em Kansas City, a primeira unidade de 
vigilância a pacientes vítimas de Infarto Agudo do Miocárdio, precursora 
das atuais Unidades Coronarianas. Aos poucos foram surgindo unidades 
especiais para pacientes cirúrgicos, neurológicos, vítimas de queimaduras, 
portadores de crises respiratórias, renais, metabólicas agudas e outras. 
Mais tarde definiu-se a terapia intensiva especializada das áreas de 
obstetrícia, pediatria e neonatologia. 
 
As enfermeiras enfrentaram muitos desafios durante os anos de 
fundação das unidades intensivas e coronárias. A pesquisa e as aplicações 
clínicas aconteciam tão próximas que não havia tempo para o 
desenvolvimento de novas equipes de enfermagem. Além do crescimento 
da necessidade de atendimento aos pacientes, o equipamento também 
exigia boa parte de atenção da enfermeira. 
 
Apesar da transformação e rápido desenvolvimento destas 
unidades, o alto risco dos pacientes internados, as enfermeiras praticavam 
 
 
 
 
 
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a humanização no ambiente de terapia intensiva, visando um melhor 
atendimento ao paciente, bem como aos seus familiares e redução do 
stress vivenciado pelo profissional que faz o cuidado integral a este 
paciente. 
 
No Brasil, a implantação das Unidades de Terapia Intensiva (U.T.I.), 
teve início na década de 70, atualmente é uma unidade presente dentro do 
contexto hospitalar. 
 
O surgimento da prática em U.T.I. Marcou um dos maiores 
progressos obtidos pelos hospitais de nosso século, visto que, antes dela, 
o cuidado ao doente grave realizava-se nas próprias enfermarias, faltando, 
assim, área física adequada, recursos materiais e humanos para melhor 
qualidade desse cuidado. 
 
5. CUIDADO DE ENFERMAGEM AO PACIENTE GRAVE 
É grande o número de pacientes que exigem cuidados intensivos 
que nem sempre este estão restritos nas unidades intensivas e sim em 
outros setores dos hospitais, como: emergências, enfermarias e 
ambulatórios. A assistência ao ser humano unidade bio, pisco, social, 
espiritual, com suas necessidades básicas em seu ciclo saúde-doença-
cuidado é objetivo essencial da Assistência de Enfermagem. 
Os Enfermeiros devem estar preparados e aptos para manuseios e 
funcionamento de equipamentos e qualificados cientificamente sob o ponto 
de vista cognitivo e de habilidades para atender a um cliente crítico. Não 
podemos prever quando e como irá acontecer o agravamento de uma 
condição clínica de um paciente e esta necessidade de atendimento deverá 
ser prestada de imediato evitando disfunção de orgão vital, iatrogenias e 
até mesmo a morte. 
O conselho Federal de Enfermagem normatiza em âmbito Nacional, 
a obrigatoriedade de haver Enfermeiros em todas as unidades de serviços 
que desenvolvam ações de enfermagem que envolva procedimentos de 
 
 
 
 
 
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alta complexidade, comum na assistência a pacientes 
críticos/potencialmente críticos. 
É responsabilidade privativa do Enfermeiro, cuidados diretos de 
Enfermagem a pacientes graves com risco de vida os cuidados que exijam 
conhecimentos científicos e tomadas de decisões imediatas e como 
integrante da equipe de saúde. 
Compete ao Enfermeiro dirigir, coordenar planejar, prescrever, 
delegar, supervisionar e avaliar as ações de Enfermagem de acordo com a 
necessidade e dependência do paciente. O paciente grave será 
adequadamente assistido se for avaliado, reconhecido e priorizados. 
A equipe de Enfermagem deve ter base de conhecimentos que 
facilite a capacidade de perceber uma grande variedade de questões, bem 
como informações altamente definidas e especifícas, pois o profissional 
atual deve ser o mais auto realizado possível: físico, emocional e espiritual 
a fim de atender os desafios de cuidar daqueles gravemente enfermos. 
O objetivo da Assistência de Enfermagem é sempre promover 
equilíbrio fisiológico e emocional ao paciente. A estrutura e equipamentos 
de atendimento ao paciente crítico/potencialmente crítico deverá constar da 
interdisciplinaridade e da humanização, com enfoque nas necessidades do 
usuário, na integralidade assistencial e no respeito à participação efetiva 
dos diferentes profissionais envolvidos na atenção a paciente 
crítico/potencialmente crítico. (Ministério da saúde Portária 1071 de 
04/07/2005). 
 
6. MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA 
 
A monitorização hemodinâmica é utilizada para diagnóstico, 
terapêutica, e até mesmo fazer prognóstico com os dados obtidos. A 
finalidade é reconhecer e avaliar as possíveis complicações do estado 
hemodinâmico do paciente e intervir em tempo hábil com terapia 
adequada, prevenindo maiores complicações. 
A monitorização hemodinâmica não invasiva vem aumentando nas 
 
 
 
 
 
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unidades de cuidados críticos e centro cirúrgico. O objetivo principal de 
utilizar a técnica não invasiva é reduzir as complicações associadas às 
técnicas de monitorização hemodinâmica invasiva. 
A escolha do sistema de monitorização hemodinâmica não invasiva 
dá-se por ser uma técnica menos invasiva, com facilidade no manuseio, de 
menor custo e que em estados clínicos duvidosos pode ser confirmada por 
exames complementares. Assim, asseguramos ao paciente a uma 
monitorização eficaz, menos invasiva e prevenindo até mesmo uma 
infecção. 
 
 
 
 
 
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Monitorização hemodinâmica não invasiva: 
 
Pressão arterial não invasiva: que é a verificação da Pressão Arterial, através 
do método escutatório, com esfigmomanômetro e estetoscópio, ou através do 
método automatizado que tem como base a medida da pressão arterial através 
de curvas de medidas, realizada por software validado para tal fim. 
 
Frequência cardíaca: que é a verificação dos batimentos cardíacos, 
representada pelo número de vezes que o coração bate por minuto. 
 
Temperatura: mensuração da temperatura corporal através dos termômetros. 
Essa pode ser mensurada de três maneiras: a temperatura retal e neste caso o 
valor obtido é um grau Celsius acima da temperatura axilar; a temperatura 
central, que pode ser obtida com termômetro esofágico, cateter de pressão 
intracraniana com dispositivo de temperatura e também com cateter de artéria 
pulmonar através da termodiluição. 
 
Frequência respiratória: é mensurada através da observação da expansão 
torácica contando o número de inspirações por um minuto. 
 
Oximetria de pulso: é a mensuração da saturação de oxigênio da 
hemoglobina arterial e o pulso cardíaco. Vem otimizando os cuidados com o 
paciente e minimizando o potencial de episódios de hipóxia. 
Monitorização hemodinâmica não invasiva específica: 
Capnografia: é o registro do gás carbônico no final da expiração. Os 
capnógrafos analisam e registram a pressão parcial de co2 durante o ciclo 
respiratório por um sensor aplicado nas vias áreas do paciente ou pela 
aspiração de uma amostra de ar nas vias aéreas processada por um sensor. 
 
 
 
 
 
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Monitorização eletrocardiográfica: através do eletrocardiograma, para 
detecção de arritmias e outras complicações, tais como: isquemias, alterações 
do marca-passo e distúrbios eletrolíticos graves. 
 
Monitorização hemodinâmica invasiva: 
 
Pressão arterial invasiva: A pressão por este método é medida através 
de um cateter introduzido na artéria, o qual é conectado em uma coluna 
liquida. A medida da pressão é obtida através do transdutor de pressão que 
faz a leitura; é obtida pressão sistólica, diastólica e média.Pressão Venosa Central (PVC): mensura à pré-carga do ventrículo direito 
(VD), ou seja, a capacidade de enchimento do ventrículo direito ao final da 
diástole. Para a mensuração da PVC, é necessário o posicionamento de 
um cateter em veia central (veia cava superior), comumente utilizando-se 
de punção percutânea de veia subclávia ou veia jugular interna. É checado 
radiologicamente para certificar-se que o cateter esteja bem posicionado e 
não esteja dentro do átrio direito. Pode-se utilizar para a mensuração da 
PVC, um manômetro de água graduado em cm ou um transdutor eletrônico 
calibrado em mmHg. Espera-se que haja oscilação da coluna d'água ou do 
gráfico no monitor, acompanhando os movimentos respiratórios do 
paciente valores normais: 6 a 10 cm de água; 3 a 6 mmHg. 
 
Pressão Artéria Pulmonar (PAP): O tratamento do paciente crítico 
envolve a monitorização e a avaliação hemodinâmica. O cateter de Swan-
Ganz, ou cateter de artéria pulmonar, 1960, Dr. Swan criou um cateter que 
permitia aferir as pressões cardíacas direita e esquerda, porém houve 
muita dificuldade na passagem do cateter até a artéria pulmonar, causando 
algumas complicações nos pacientes como arritmia e até perfuração do 
miocárdio. Algum tempo depois, Dr. Swan teve a ideia de colocar um 
balonete na ponta, diminuindo a densidade do cateter e melhorando sua 
passagem, alcançando a artéria pulmonar. Após mais alguns anos, Dr. 
Ganz sugeriu a ideia de um termostato na ponta do cateter permitindo a 
 
 
 
 
 
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mensuração do débito cardíaco, tornando-se o cateter que utilizamos 
atualmente. 
✓ Os principais objetivos da monitorização da artéria pulmonar são: 
 
- Avaliar a função ventricular direita ou esquerda. 
 
- Monitorizar as mudanças do estado hemodinâmico. 
 
- Orientar a terapêutica com agentes farmacológicos e não 
farmacológicos e fornecer dados indicativos de prognóstico. 
 
7. RECONHECENDO E ATUANDO NOS AGRAVOS CARDIOVASCULARES 
 Insuficiência Cardíaca Congestiva 
 A principal causa de insuficiência cardíaca é a isquemia cardíaca ou o 
infarto do miocárdio. Logo, quanto mais extenso for o infarto, mais músculo 
morrerá, consequentemente, mais fraco fica o coração. Se o infarto necrosar 
uma grande área, o paciente morre por falência da bomba cardíaca. 
 Outra causa comum de insuficiência cardíaca é a hipertensão não 
tratada. Quando o paciente apresenta uma pressão arterial elevada, o coração 
precisa fazer mais força para vencer essa resistência e distribuir o sangue 
pelo corpo. Como todo músculo quando exposto a um estresse, a parede dos 
ventrículos começa a crescer e ficar mais forte. 
 É a hipertrofia cardíaca. O que parece algo bom, na verdade é a fase 
precoce de uma insuficiência cardíaca. A hipertrofia do coração que ocorre na 
hipertensão é diferente daquela que ocorre nos atletas que possuem o 
coração mais forte. O coração hipertrofiado pela hipertensão apresenta as 
paredes mais grossas e consequentemente menos espaço para o ventrículo 
se encher de sangue. 
 
 
 
 
 
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 Apesar de estar mais musculoso, o coração se enche menos e por isso 
bombeia menos sangue a cada batida (sístole). Essa é a fase de insuficiência 
cardíaca diastólica, ou seja, o coração não consegue se encher na diástole, 
período de relaxamento do coração que ocorre entre as sístoles (contrações 
cardíacas). 
 Se a hipertensão não for tratada, o coração continua a sofrer até o ponto 
em que não consegue mais se hipertrofiar. Depois de muito tempo sofrendo 
estresse o músculo cardíaco começa a se estirar e o coração fica dilatado 
assim o músculo que tem pouca capacidade de contração e um coração que 
já não consegue bombear o sangue adequadamente. O órgão se torna grande 
e insuficiente. 
 Existem várias outras doenças que causam insuficiência cardíaca, quase 
todas se encaixam em um dos exemplos acima de isquemia/lesão 
muscular/estresse cardíaco, como tabagismo, diabetes, obesidade, alcoolismo 
e doenças pulmonares. 
Sinais e sintomas 
 Os sintomas da insuficiência cardíaca dependem da câmara mais 
afetada e da gravidade do quadro. A insuficiência do ventrículo esquerdo se 
manifesta com sintomas de baixo débito de sangue para o corpo. O principal é 
a fraqueza e o cansaço aos esforços. Nas fases avançadas da insuficiência 
cardíaca, o paciente pode se cansar com tarefas simples como tomar banho e 
pentear o cabelo. Outro sintoma típico é a falta de ar ao deitar. 
 A incapacidade de bombear o sangue para os tecidos causa um 
acúmulo do mesmo nos pulmões. O sangue que sai dos pulmões não 
consegue chegar eficientemente ao coração porque esse não consegue 
bombear o sangue que já se encontra dentro dele. Essa lentidão no fluxo 
pulmonar causa extravasamento chamado de congestão pulmonar. 
 Em casos graves desenvolve-se o edema pulmonar o edema do pulmão 
é uma urgência médica. Se houver uma insuficiência do coração direito 
 
 
 
 
 
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associado, esses edemas são ainda maiores, pois além do excesso de água, 
o ventrículo direito não consegue fazer com que o sangue das pernas chegue 
aos pulmões. Ocorre então um grande represamento de sangue nos 
membros inferiores e grandes inchaços. 
Dependendo do grau de disfunção cardíaca, pode haver edemas até a 
barriga, chamado de ascite. A imagem típica da insuficiência cardíaca grave é 
a do doente com inchaços nas pernas, cansado mesmo em repouso, com 
tosse e expectoração esbranquiçada (congestão pulmonar) e intolerância ao 
decúbito (não consegue deitar). 
 
Tratamento 
 
O tratamento é feito com restrição de sal e água, diuréticos, anti-
hipertensivos e medicamentos que aumentam a força cardíaca como a 
digoxina. Obesos devem emagrecer fumantes têm que largar o cigarro, álcool 
deve ser evitado e exercícios supervisionados para reabilitação cardíaca são 
indicados. A pressão arterial deve ser controlada com rigor. Nos casos 
terminais a única solução é o transplante cardíaco. Por isso, o melhor 
tratamento ainda é a prevenção. 
 
Cuidados de enfermagem 
✓ Monitorizar a ingesta e a excreta a cada 2 horas; 
✓ Manter a posição de Fowler para facilitar a respiração; 
✓ Avaliar a distensão venosa jugular, edema periférico; 
✓ Promover restrição hídrica. 
✓ Estimular e supervisionar a respiração profunda; 
✓ Executar exercícios ativos e passivos com os MMII; 
✓ Pesar o paciente diariamente; 
✓ Realizar balanço hídrico; 
 
 
 
 
 
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✓ Oferecer dieta leve, fracionada, hipossódica, hipolipídias; 
 
Doenças coronarianas 
São assim classificadas todas aquelas doenças que se relacionam ao 
coração. Dentre elas, as mais comuns e principais causas de morte no mundo 
são a angina pectoris (angina do peito) e o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). 
A cardiopatia Isquêmica, também conhecida como coronariopatia é o 
nome dado a um conjunto de doenças do coração que estão intimamente 
relacionadas. Dependendo da velocidade de desenvolvimento e intensidade da 
isquemia (falta de oxigenação no tecido cardíaco), pode ocorrer à manifestação 
de quatro diferentes doenças, que são: 
 
✓ Angina Pectoris; 
✓ Infarto Agudo do Miocárdio; 
✓ Cardiopatia Isquêmica Crônica; 
✓ Morte Súbita Cardíaca. 
 
O termo cardiopatia ou coronariopatia isquêmica resulta quando o 
problema se relaciona com a morte de células do tecido cardíaca, por 
deficiência ou falta de oxigenação correta da região. Isto ocorre 
principalmente pela redução do diâmetro das artérias coronarianas (vasos 
sanguíneos que irrigam o músculo cardíaco). Essa obstrução, na maioria 
dos casos se dá devido à arteriosclerose.Angina pectoris 
 
Caracterizada por dor ou desconforto torácico (no peito) causada por 
isquemia do miocárdio. Esta condição pode levar ao Infarto Agudo do 
Miocárdio ou a morte súbita cardíaca. Pode se apresentar em três diferentes 
padrões: 
 
 
 
 
 
 
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✓ Angina estável ou típica, provocada por esforço, estresse 
emocional e taquicardia, é aliviada por repouso. 
✓ Angina de Prinzmetal ou variante. Este padrão pode ocorrer 
mesmo em repouso e é aliviado por vasodilatadores. 
✓ Angina instável é a forma mais grave com a dor mais intensa e 
prolongada, também chamada de "angina pré-infarto". 
 
Infarto agudo do miocárdio (IAM) 
 
Responsável pela maioria das mortes dentro das cardiopatias 
isquêmicas mata mais do que todas as formas de câncer que existem. A 
incidência do IAM aumenta com a idade, sendo mais comum entre 45 e 54 
anos. 
A principal causa de IAM é a aterosclerose coronariana (mais de 
90% dos casos). O IAM pode ocorrer em um período bem variável, de 
alguns minutos à horas. Tipicamente, o início é súbito, com dor precordial 
intensa que pode se irradiar para o ombro esquerdo, braço ou mandíbula. 
A dor é geralmente acompanhada por sudorese, náuseas, vômitos ou 
dispnéia. 
 
Cardiopatia isquêmica crônica 
 
Também conhecida como "cardiomiopatia isquêmica" e 
"cardiomiopatia coronariana". Esta doença ocorre geralmente em idosos e 
é o resultado do desgaste lento do músculo cardíaco por isquemia 
prolongada. O paciente geralmente apresenta quadro anterior de angina ou 
infarto do miocárdio. 
 
Morte súbita cardíaca 
 
É a morte inesperada provocada por diferentes formas de 
cardiopatia, no período de 1 a 24 horas após o início dos sintomas agudos 
 
 
 
 
 
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(alguns autores defendem um período de até 1 hora). Aproximadamente 
80% das vítimas apresentam quadro de arteriosclerose estenosante 
(estreitamento do vaso sanguíneo provocada por depósitos de gordura na 
parede do mesmo). 
 
Fatores de risco 
 
✓ Tabagismo 
✓ Álcool 
✓ Sedentarismo (falta de exercícios físicos) 
✓ Hipertensão 
✓ Diabetes 
✓ Hipercolesterolemia (pessoas que possuem altos níveis de colesterol no 
sangue) 
✓ Stress físico e emocional. 
 
Prevenção 
 
✓ Prática de exercícios físicos regularmente 
✓ Não fumar, não beber com exagero. 
✓ Controlar doenças como a hipertensão, o diabetes, a 
hipercolesterolemia. 
✓ Buscar combater o estresse físico e emocional. 
✓ Fazer exames médicos pelo menos uma vez ao ano, principalmente 
se você faz parte do grupo de risco ou é de meia idade. 
 
 
Assistência de enfermagem: 
✓ Proporcionar um ambiente adequado para o repouso físico e mental; 
 
 
 
 
 
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✓ Fornecer oxigênio e administrar opiáceos (analgésico e sedativo) 
e ansiolíticos prescritos para alívio da dor e diminuição da 
ansiedade; 
✓ Prevenir complicações, observando sinais vitais, estado de 
consciência, alimentação adequada, eliminações urinária e 
intestinal e administração de trombolíticos prescritos; 
✓ Auxiliar nos exames complementares, como eletrocardiograma, 
dosagem das enzimas no sangue, ecocardiograma, dentre 
outros; 
✓ Atuar na reabilitação, fornecendo informações para que o cliente 
possa dar continuidade ao uso dos medicamentos, controlar os 
fatores de risco, facilitando, assim, o ajuste interpessoal, 
minimizando seus medos e ansiedades; 
✓ Repassar tais informações também à família 
 
Arritmias Cardíacas 
 
A arritmia significa uma alteração do ritmo normal do coração, 
produzindo frequências cardíacas rápidas, lentas e/ou irregulares. 
Também é conhecida como disritmia ou ritmo cardíaco irregular. 
Há diversas causas como doenças das artérias coronárias, 
doenças do músculo cardíaco (miocardiopatias ou insuficiência 
cardíaca), doenças valvares, doenças infecciosas (doença de chagas), 
alterações nas concentrações de eletrólitos (sódio, potássio e cálcio) no 
corpo, pós-cirurgia cardíaca ou congênita (defeito presente desde o 
nascimento). 
As arritmias dividem-se em dois tipos, de acordo com a 
frequência: 
 
Taquicardias: A frequência cardíaca é maior que 100 batimentos por 
minuto. Podem ser decorrentes de ansiedade, medicações ou exercício. 
A frequência cardíaca é considerada anormal quando ocorre um 
 
 
 
 
 
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aumento súbito, desproporcional ao esforço realizado, e podem ocorrer 
em diversas circunstâncias (repouso, sono, atividades diárias ou 
exercício). 
 
Bradicardias: A frequência cardíaca é menor que 60 batimentos por minuto, 
podendo ser normal durante o repouso, pelo uso de medicações ou em atletas. 
 
Quanto ao local de origem subdividem-se em: 
 
Arritmias Supraventriculares: aquelas relacionadas à parte superior do 
coração (átrios) e ao nódulo atrioventricular. 
 
Arritmias Ventriculares: aquelas arritmias relacionadas aos ventrículos 
(câmaras inferiores do coração). 
 
Marcapasso 
 
O equipamento de marcapasso cardíaco é um dispositivo eletrônico 
utilizado para iniciar o batimento, quando o sistema intrínseco do coração é 
incapaz de gerar uma frequência cardíaca adequada à manutenção do débito 
cardíaco. Ele emite um estímulo elétrico ao coração determinando sua 
despolarização e a consequente contração do miocárdio. Existem vários tipos 
de marcapasso, dentre eles os mais utilizados em terapia intensiva são: 
 
1. Marcapasso Transvenoso 
 
2. Marcapasso Transcutâneo 
 
3. Marcapasso Definitivo 
 
 
 
 
 
 
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Marcapasso Transvenoso 
 
Composto por uma bateria externa, o coração é estimulado por meio de 
impulsos elétricos gerados por um cabo- eletrodo, colocado geralmente dentro 
do ventrículo direito, onde é inserido por um acesso venoso central (subclávia 
ou jugular). 
 
Marcapasso Transcutâneo 
 
Também chamados de marcapasso transtorácico, compõe-se de 
duas pás de eletrodos descartáveis e adesivas que são fixadas no tórax e 
dorso do paciente e conectadas a um aparelho de desfibrilador ajustado no 
modo de marcapasso. Muito utilizado nas emergências que envolvem as 
bradiarritmias e bloqueios atrioventriculares com repercussão 
hemodinâmica que não respondem adequadamente as drogas. 
 
Marcapasso Definitivo 
 
É um equipamento totalmente implantado, onde a bateria se localiza 
no subcutâneo e os fios bicamerais são posicionados no átrio e no 
ventrículo. Necessita ser colocado através de procedimento cirúrgico. 
 
Cuidados de Enfermagem com Marcapasso Transcutâneo 
 
Tem a aplicação simples e fácil, devendo ser utilizado até que um 
marcapasso transvenoso ou definitivo sejam providenciados. 
 
✓ Orientar o paciente sobre o procedimento a ser realizado. 
✓ Conectar os eletrodos (pás adesivas) do marcapasso ao cabo e 
ao aparelho (desfibrilador) 
 
 
 
 
 
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✓ Realizar se necessário à tricotomia do tórax para que as pás fiquem 
bem aderidas 
✓ Limpar a região da pele com álcool ou água e sabão para retirar 
a camada de gordura da pele 
✓ Se necessário, utilizar gel condutor. 
✓ Coloque uma pá posicionadas no tórax do paciente (lado 
superior direito) e a outra pá no tórax inferior esquerdo 
✓ Ligar o desfibrilador, selecionando a frequência de demanda e a 
corrente indicadas pelo médico 
✓ Auxiliar o médico no uso de analgésicos ou sedação se 
necessário, pois é um procedimento incômodo para o paciente 
por produzir estímulos elétricos e sensação de choque.Manter o 
paciente constantemente monitorado (FC, FR, Oximetria). 
✓ Ficar atento para sinais de baixo débito cardíaco, quedana 
perfusão periférica, palidez cutânea. 
✓ Manter o paciente com o marcapasso transcutâneo até sua 
estabilização e o implante de um marcapasso transvenoso ou 
definitivo. 
 
 
Cuidados de Enfermagem com Marcapasso Transvenoso 
 
O implante do marcapasso transvenoso é realizado também em 
situações de emergência, em casos de bradiarrtimias e bloqueios 
atrioventriculares, com a introdução de um eletrodo em contato físico com o 
endocárdio através de um acesso vascular central. Sua passagem é 
semelhante à passagem de um acesso venoso central (intracath, por 
exemplo). 
 
✓ Antes de se iniciar a passagem, cheque se a bateria do 
equipamento está funcionando adequadamente e certifique-se 
 
 
 
 
 
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de que ajam pilhas reservas. 
✓ Oriente o paciente sobre o procedimento 
✓ Mantenha o paciente em monitorização constante 
✓ Auxilie o médico no ato da passagem do marcapasso transvenoso 
✓ Durante o implante, fique atento a possíveis arritmias. 
✓ Adapte o cabo do marcapasso aos terminais do eletrodo no 
gerador de pulso, respeitando os pólos positivo e negativo 
(geralmente por cores Vermelho é positivo e Preto é negativo). 
✓ Realize o curativo da inserção conforme protocolo do CCIH 
✓ Registre em prontuário os parâmetros selecionados pelo médico 
(frequência cardíaca, amplitude de pulso). 
✓ Caso necessite desfibrilação, o gerador deve ser desligado. 
✓ Fixe o gerador de preferência no tórax do paciente para evitar que o 
eletrodo se desloque. 
 
Cuidados de Enfermagem com Marcapasso Definitivo 
 
O implante do MPD é realizado no centro cirúrgico ou na sala de 
hemodinâmica, com o paciente sob anestesia local ou geral. Na UTI, 
quando temos um paciente que irá ser submetido ao implante de um MPD, 
devemos nos certificar que este paciente se encontra em jejum, realizar a 
tricotomia local (geralmente na região do tórax superior) e encaminhá-lo ao 
setor para a realização do implante. 
O pós-operatório é simples, os curativos diários deverão ser 
realizados conforme protocolo já estabelecido e o cartão de identificação 
do paciente, relatando que ele é portador de um MPD deve ser entregue à 
alguém da família orientando-os da importância de ter o cartão sempre 
junto consigo. 
 
8. RECONHECENDO E ATUANDO NOS AGRAVOS RESPIRATÓRIOS 
 
 
 
 
 
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As doenças respiratórias são as que afetam o trato e os órgãos do 
sistema respiratório. Os Principais fatores de risco: o tabagismo, a 
poluição, a exposição profissional a poluentes atmosféricos, as condições 
alérgicas e doenças do sistema imunitário, entre outros. 
 
Broncopatias: doenças dos brônquios, como a asma, a bronquiectasia e a 
bronquite. 
 
Pneumopatias: grupo de doenças pulmonares, entre as quais se 
destacam a atelectasia, neoplasias pulmonares, tuberculose pulmonar, 
hipertensão pulmonar, pneumopatias obstrutivas, pneumonia, 
pneumopatias fúngicas, pneumopatias parasitárias, síndrome do 
desconforto respiratório do recém-nascido. 
 
Transtornos respiratórios: são assim designadas as doenças 
respiratórias em geral ou aquelas que não são uma doença específica. 
Neste grupo incluem-se a apneia, síndrome do desconforto respiratório 
do recém-nascido, dispneia, insuficiência respiratória, hiperventilação, 
etc. A tosse, a rouquidão, a aspiração de mecônio, respiração bucal, 
laringismo, síndrome do desconforto respiratório do adulto, também são 
considerados transtornos respiratórios. 
 
Doenças torácicas: doenças que afetam o tórax. 
 
Doenças nasais: doenças do nariz em geral ou não especificadas. 
Exemplos de doenças nasais são as neoplasias nasais, doenças dos 
seios paranasais e a rinite. A epistaxe (derramamento de sangue pelas 
fossas nasais), a obstrução nasal, as deformidades adquiridas nasais, a 
rinoscleroma (infecção) e os pólipos nasais (tumores) integram-se 
também nas doenças nasais. 
 
Infecções respiratórias: infecções do trato respiratório superior. 
Resultam dessas infecções as seguintes doenças: empiema pleural, 
 
 
 
 
 
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bronquite, laringite, pneumopatias fúngicas, pneumopatias parasitárias, 
pleurisia, pneumonia, rinite, sinusite, tonsilite, tuberculose pleural, 
tuberculose pulmonar, coqueluche, resfriado comum, influenza, 
abcesso pulmonar, faringite, rinoscleroma, síndrome respiratória aguda 
grave, traqueíte (inflamação da traqueia) e tuberculose laríngea. 
 
Doenças da traqueia: incluem neoplasias da traqueia, estenose 
traqueal (estreitamento patológico da traqueia), traqueíte, fístula 
traqueoesofágica. 
 
Doenças da laringe ou laringopatias: doenças da laringe em geral ou 
não especificadas, entre as quais se contam a laringite, os distúrbios 
da voz, o edema laríngeo, as neoplasias laríngeas, a laringoestenose, 
a tuberculose laríngea, a paralisia das cordas vocais. Estas doenças 
relacionam-se também com as otorrinolaringopatias. 
 
Doenças pleurais: empiema pleural, hemotórax (derrame de sangue 
no tórax), derrame pleural, neoplasias pleurais, pleurisia e tuberculose 
pleural, bem como quilotórax (derrame de quilo na cavidade pleural), 
hemopneumotórax, hidropneumotórax, hidrotórax e pneumotórax. 
 
Neoplasias do trato respiratório: neoplasias pulmonares, pleurais e 
nasais. 
 
Insuficiência respiratória: É uma alteração na função do sistema 
respiratório, que faz com que a PO2 caia abaixo de 50 mmHg 
(hipoxemia) ou a PCO2 se eleve acima de 50 mmHg (hipercapnia), 
conforme determinado na gasometria arterial. 
 
Classificação 
 
1- I.R. AGUDA: caracterizada por hipoxemia ou hipercapnia e acidemia 
(pH inferior a 7,35; ocorrendo rapidamente, em geral dura dias ou 
 
 
 
 
 
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horas; 
 
2- I.R. CRÔNICA: caracterizada por hipoxemia ou hipercapnia e pH 
normal (7,35-7,45): ocorrendo em período de meses ou anos > 
mecanismos compensatórios; 
 
Síndrome de Angústia Respiratória do Adulto (SARA): É uma 
síndrome clínica, chamada de edema pulmonar não cardiogênico, em 
que o paciente apresenta hipoxemia grave e complacência diminuída 
dos pulmões, levando ao quadro de Insuficiência Respiratória; 
 
Pneumonia: É um processo inflamatório que envolve as vias aéreas 
terminais e os alvéolos pulmonares, causados por agentes infecciosos. 
Tuberculose (TB): É uma infecção causada por uma bactéria 
(Mycobacterium tuberculosis), normalmente de uma pessoa a outra 
através do ar. Em geral, infecta o pulmão, mas pode ocorrer em quase 
todos os locais do corpo; 
 
Derrame pleural: É uma coleção de líquido no espaço pleural, sendo 
quase sempre secundário a outras doenças. 
 
Bronquiectasia: É a dilatação e distorção irreversível dos brônquios 
em decorrência da destruição dos componentes elástico e muscular de 
sua parede. 
 
DPOC Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica: é uma doença crônica, 
progressiva e irreversível que acomete os pulmões e tem como 
principais características a destruição de muitos alvéolos e o 
comprometimento dos restantes. As patologias que constituem a DPOC 
são bronquite crônica, enfisema pulmonar e asma. 
 
Bronquite Crônica: A bronquite crônica é definida como uma 
 
 
 
 
 
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inflamação dos brônquios. Geralmente, surge depois de 20 a 30 anos 
de exposição dos brônquios a fatores irritantes, como o tabaco, 
poluição do ar, entre outras fontes. Sua ocorrência é mais comum em 
mulheres do que em homens. 
 
Enfisema Pulmonar: Esta é uma doença crônica, na qual ocorre 
destruição gradativa dos tecidos pulmonares, passando estes a ficarem 
hiperinsuflados. Normalmente sua etiologia reside na exposição 
prolongada ao tabaco ou produtosquímicos tóxicos. 
 
Asma: A asma, também conhecida como asma brônquica ou bronquite 
asmática, é uma afecção pulmonar caracterizada pela inflamação das 
vias aéreas, que leva à diminuição ou até mesmo obstrução do fluxo de 
ar. Sua fisiopatologia está ligada a fatores genéticos e ambientais, 
manifestando-se por meio de crises de falta de ar. 
 
As patologias respiratórias são diagnosticadas através da observação 
clínica, através de técnicas e meios complementares de diagnóstico, entre os 
quais: testes da função respiratória, testes de sons respiratórios, broncografia, 
broncoscopia, laringoscopia, radiografia pulmonar de massa, testes de 
provocação nasal. 
Cada doença tem sintomas específicos, que só o médico pode avaliar. 
Contudo, a tosse, a rouquidão, congestão nasal, dores no peito, dores de 
garganta, garganta irritada, dificuldade em respirar quando não está a fazer 
esforço (a subir escadas, a andar, a fazer exercício), dispneia, entre outros, 
são sintomas de doença respiratória. 
 
Assistência de enfermagem 
 
✓ Avaliar nível de consciência e capacidade de tolerar o aumento 
do trabalho respiratório; 
✓ Avaliar sinais de hipoxemia e hipercapnia 
 
 
 
 
 
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✓ Observar aspecto da secreção 
✓ Observar sinais de ansiedade, rubor facial, respiração superficial, 
confusão mental e desorientação. 
✓ Tapotagem e vibração > Fisioterapia Respiratória 
✓ Monitoração para complicações 
✓ Determinar o estado hemodinâmico e comparar com valores prévios; 
✓ Analisar a gasometria e comparar com valores prévios; 
✓ Melhorar a troca gasosa: Med. ATB, cardiotônicos, diuréticos, 
administrar O2, balanço hídrico, promover a expansão torácica, 
realizar gasometria arterial e comparar com valores prévios; 
✓ Mantendo a via aérea pérvia: Nebulização com vasodilatadores, 
hidratação, aspirar, auxiliar na intubação; 
✓ Educação para manutenção da saúde: Ingesta medicamentosa, 
atentar aos riscos ambientais e climáticos, retornos 
ambulatoriais. 
✓ Evitar exposição a irritantes respiratórios 
✓ Notificar ao médico complicações; 
 
Drenagem torácica 
 
Consiste no esvaziamento de conteúdo líquido ou gasoso 
patologicamente retido na cavidade pleural. A colocação de um dreno 
torácico é um procedimento corrente que pode ser realizado com 
segurança numa Unidade de Cuidados Intensivos. 
 
Indicações 
 
Pneumotórax: ocorre pneumotórax quando há acumulação de ar na 
cavidade pleural, eliminando a pressão negativa normal e fazendo com 
que o pulmão perca contato com a parede torácica e colapse. 
 
 
 
 
 
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Hemotórax: é a acumulação de sangue no espaço pleural 
 
Empiema: é uma coleção de líquido infectado, purulento no espaço pleural. 
 
Quilotórax: é o acúmulo de linfa no espaço pleural. É uma causa pouco 
frequente, mas importante de derrame pleural, com diagnóstico 
usualmente difícil. 
 
Trauma: um doente politraumatizado com lesão torácica, dificuldade 
respiratória e enfisema subcutâneo tem quase seguramente indicação 
para drenagem torácica urgente mesmo sem outra avaliação prévia. 
 
 
 
Intubação endotraqueal 
 
A intubação traqueal é a passagem de um tubo através da boca ou 
do nariz até a traqueia. Está indicada nos casos em que se deseja manter 
as vias aéreas eficientes, a aspiração de secreções traqueobrônquicas, a 
ventilação assistida e/ou controlada com pressão positiva, evitar aspiração 
de conteúdo gástrico e diminuir o espaço morto anatômico e o trabalho 
respiratório. 
Ela pode ser realizada através das narinas (via nasotraqueal), boca 
(via oratraqueal) ou abertura na parede da traqueia (transtraqueal). 
 
Indicações 
 
• Incapacidade de proteger a via aérea do paciente (coma, arreflexia ou 
parada cardíaca). 
 
• Paciente grave com problema grave de oxigenação, que necessita de 
 
 
 
 
 
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administração de altas concentrações de oxigênio. 
 
• Paciente com problema ventilatório sério que necessita de ventilação 
assistida. 
 
• Incapacidade do socorrista em ventilar o paciente inconsciente com 
métodos convencionais. 
 
Contraindicações 
 
• Falta de treinamento na técnica. 
 
• Falta de indicação precisa. 
 
• Proximidade do hospital de destino (contraindicação relativa). 
 
• Sangramento profuso na cavidade oral. 
 
• Lesão cervical. 
 
Material 
 
Os componentes padrão de um kit de intubação incluem: 
 
• Laringoscópio com lâminas retas e curvas de tamanhos infantil e adulto 
 
• Pilhas extras e lâmpadas de reserva 
 
• Equipamento de aspiração 
 
• Cânulas traqueais de vários tamanhos, infantil e adulto. 
 
 
 
 
 
 
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• Fio guia 
 
• Seringa de 10 ml 
 
• Lubrificante hidrossolúvel 
 
• Pinça de Magill 
 
• Dispositivo de detecção de dióxido de carbono no ar expirado 
 
• Material para fixar o tubo 
 
Após a checagem de todo o equipamento, selecione o tamanho 
adequado do tubo. Os tamanhos apropriados de tubos para mulheres são 7,0 a 
8,0 mm d.i., e para homens 8,0 a 8,5 mm d.i. Entretanto, em uma emergência, 
um tamanho adequado de tubo tanto para mulher como para homem é 7,5 mm 
d.i. 
 
 
Ventilação Mecânica 
 
A respiração é a principal necessidade do ser humano, pois sem 
oxigênio o corpo não realiza suas funções normais. A ventilação mecânica 
é utilizada como suporte de vida, em todos os hospitais do mundo quando 
a respiração não se processa satisfatoriamente, o ventilador mecânico é 
um aparelho capaz de administrar oxigênio em pacientes impossibilitados 
de respirar ou quando essa atividade é realizada de forma exaustiva pelo 
mesmo. 
A ventilação mecânica (VM) é um método usual em unidade de 
terapia intensiva (UTI) sendo utilizada em pacientes com insuficiência 
respiratória ou qualquer etiologia, dando suporte ao tratamento da 
patologia-base pelo tempo que for necessário para reversão do quadro, 
 
 
 
 
 
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portanto não constitui um procedimento curativo. 
O uso da ventilação mecânica teve início com ventiladores por 
pressão negativa, conhecidos por “pulmão de aço”. A introdução de 
ventiladores por pressão positiva se deu em 1955 em meio a uma epidemia 
de poliomielite. Na época, voluntários ventilavam manualmente os pulmões 
das pessoas contaminadas pela doença. 
 
Tipos de ventiladores mecânicos 
 
 Os ventiladores mecânicos são classificados em ventiladores por 
pressão negativa e por pressão positiva, sendo este último o mais utilizado. 
 
 Ventiladores por pressão negativa: sustentam a ventilação semelhante à 
espontânea. Agem exercendo uma pressão negativa externamente no 
tórax; essa modalidade permite que o ar inspirado preencha o volume 
torácico. Estes ventiladores estão indicados em pacientes com 
insuficiência respiratória crônica associada às patologias 
neuromusculares. O pulmão de ferro, envoltório corporal e couraça 
torácica, são exemplos de ventiladores mecânicos que funcionam por 
pressão positiva. 
 
 Ventilação por pressão positive: em virtude da pressão positiva exercida 
pelo ventilador nas vias aéreas do paciente, os alvéolos ampliam-se no 
momento da inspiração. Uma das maiores vantagens da vantagens da 
ventilação mecânica por pressão positiva, além da substituição da 
atividade mecânica da respiração espontânea é a possibilidade de 
permitir uma oxigenoterapia com frações de O2 variáveis. A mistura de 
gases inalados pode ser composta de forma que mais atenda às 
necessidades do paciente e que mais se adeque as condições 
terapêuticas. Os ventiladores ciclados por pressão, tempo, volume e 
fluxo são os tipos de ventiladorespor pressão positiva. Eles diferem um 
do outro pela forma como finalizam a etapa inspiratória da respiração. 
 
 
 
 
 
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Modalidades de ventilação mecânica 
 
A escolha de uma modalidade de ventilação mecânica determina 
como o ventilador e o paciente vão interagir. Inicialmente e durante 
períodos de instabilidade, o modo de ventilação deve permitir o controle 
máximo da ventilação. As modalidades com pressão positiva mais usadas 
serão descritas sucintamente a seguir: 
 
 Ventilação controlada ou CMV: o volume corrente (VC), frequência 
(FR) e fluxo são predeterminados no ventilador mecânico. Esta 
modalidade é usada para pacientes em apnéia devido à patologia ou 
a drogas; 
 
 Ventilação assistida/ controlada: A FR é controlada pelo paciente 
(o ciclo respiratório é iniciado quando o paciente gera uma pressão 
negativa alcançando um valor imposto pelo mecanismo de 
sensibilidade do ventilador). O volume corrente e o fluxo são 
predeterminados. 
 
Se não houver o esforço do paciente, o ventilador fornece ciclos 
controlados na FR mínima determinada; 
 
 Ventilação mandatória intermitente ou IMV: O ventilador 
mecânico permite a combinação de ciclos controlados, fornecidos a 
uma frequência predeterminada com períodos de respiração 
espontânea; 
 
 Ventilação mandatória intermitente sincronizada ou SIMV: 
Combina ciclos espontâneos com um determinado número de ciclos 
mecânicos assistidos, portanto sincronizados com o esforço 
 
 
 
 
 
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respiratório do paciente; 
 
 Ventilação com pressão de suporte ou PSV: Os esforços 
inspiratórios espontâneos do paciente são assistidos com uma 
pressão positiva nas vias aéreas. O fluxo de gás é livre durante toda 
a fase inspiratória que termina quando o fluxo inspiratório diminui, 
atingindo 25% do valor inicial. O paciente controla a FR, o fluxo, o 
tempo inspiratório a e relação I: E. O paciente deve ter um estímulo 
respiratório íntegro e necessidades ventilatórias relativamente 
estáveis; 
 
 Pressão positiva contínua nas vias aéreas ou CPAP: O paciente 
respira espontaneamente dentro do circuito pressurizado após 
ventilador mecânico. Uma pressão positiva predeterminada é 
mantida praticamente constante durante o ciclo respiratório. 
 
Cuidados de enfermagem relacionados com ventiladores mecânicos 
 
✓ A enfermagem controlará a existência de conexão entre o 
ventilador e a rede de gás, bem como os pontos do circuito e 
tubo endotraqueal ou cânulas de traqueostomia; 
✓ Manter o carro de urgência e o material de oxigenação próximos 
ao paciente em uso de ventilação mecânica; 
✓ Cuidados ao mobilizar o paciente, não realizando manobras 
bruscas para evitar pinçamento do circuito e desconexões do 
ventilador o que causaria danos ao estado clínico do doente; 
✓ As traqueias do circuito devem esta livres de água ou qualquer 
outra substância para evitar infecções respiratórias; 
✓ Observar se os parâmetros programados estão de acordo com 
os prescritos e condizentes com o quadro clínico do paciente; 
✓ Estar atento aos alarmes sempre que ocorram. Manter ajustados 
os limites máximo e mínimo programados para os alarmes, 
 
 
 
 
 
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observando com frequência os avisos ópticos e evitando 
confusão face a indicadores simultâneos; 
✓ Avaliar nível de consciência, estado de agitação, relaxantes 
musculares para conseguir uma adequada ventilação. 
✓ Aspiração de secreções: as secreções traqueais devem ser 
aspiradas somente quando necessário, pois a aspiração expõe o 
paciente a riscos como hipóxia, lesões da mucosa traqueal, 
atelectasia e infecção. Para detectar a presença de secreções, é 
necessário auscultar o paciente com frequência. Observar antes 
e durante a aspiração, ritmo cardíaco, a saturação de oxigênio 
no oxímetro e a PIC quando monitorada. Cada sucção deve 
durar menos de 5 segundos. Aspirar duas ou três vezes se 
necessário, permitindo que o paciente ventile e descanse entre 
as sucções. A prevenção da oclusão do tubo traqueal consiste 
na umidificação dos gases inspirados e adequada hidratação do 
paciente. 
✓ Mobilização do paciente em VMI e cuidados com a pele e mucosas: 
o posicionamento adequado e a mobilização constante no leito 
favorecem a uma maior expansão pulmonar além de prevenir lesões 
de pele (Úlceras por Pressão), atelectasia, pneumonia e melhoram a 
higiene brônquica do paciente acamado e em uso de VMI. A pele e 
as mucosas (olhos, cavidade nasal e bucal) também requerem uma 
atenção especial de maneira a evitar ressecamento, ulcerações, 
traumas (córneas) e infecções (cavidade orofaríngea abundantes 
bactérias saprófitas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9. REFERÊNCIAS 
 
 
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Construções Instalações de Serviços de Saúde, p.25 e 87, 1987 
 
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HUDAK G. Cuidados intensivos de enfermagem. Uma abordagem holística. 
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