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FUNDAMENTOS DA ENFERMAGEM EM UTI Belo Horizonte 2 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 SUMÁRIO INTRODUÇÃO--------------------------------------------------------------------------------- 03 1 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) ----------------------------------- 05 2 CUIDADO EM UTI---------------------------------------------------------------------06 3 HUMANIZAÇÃO EM UTI ----------------------------------------------------------- 08 4 ENFERMAGEM ---------------------------------------------------------------------- 10 5 CUIDADO DE ENFERMAGEM AO PACIENTE GRAVE ------------------ 12 6 MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA ------------------------------------------ 13 7 RECONHECENDO E ATUANDO NOS AGRAVOS CARDIOVASCULARES –---------------------------------------------------------- 16 8 RECONHECENDO E ATUANDO NOS AGRAVOS RESPIRATÓRIOS --- --------------------------------------------------------------------------------------------- 26 9 REFERÊNCIAS ----------------------------------------------------------------------- 39 3 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 INTRODUÇÃO Prezados alunos, Nos esforçamos para oferecer um material condizente com a graduação daqueles que se candidataram a esta especialização, procurando referências atualizadas, embora saibamos que os clássicos são indispensáveis ao curso. As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são neutras, afinal, opiniões e bases intelectuais fundamentam o trabalho dos diversos institutos educacionais, mas deixamos claro que não há intenção de fazer apologia a esta ou aquela vertente, estamos cientes e primamos pelo conhecimento científico, testado e provado pelos pesquisadores. Não obstante, o curso tenha objetivos claros, positivos e específicos, nos colocamos abertos para críticas e para opiniões, pois temos consciência que nada está pronto e acabado e com certeza críticas e opiniões só irão acrescentar e melhorar nosso trabalho. Como os cursos baseados na Metodologia da Educação a Distância, vocês são livres para estudar da melhor forma que possam organizar-se, lembrando que: aprender sempre, refletir sobre a própria experiência se somam e que a educação é demasiado importante para nossa formação e, por conseguinte, para a formação dos nossos/ seus alunos. Nesta apostila introduzimos conceitos pertinentes aos fundamentos da enfermagem em UTI e discorreremos sobre o conhecimento a respeito dos objetivos, métodos e técnicas voltados para área da enfermagem, com foco na otimização do tratamento do paciente critico, fornecendo embasamento para capacitar enfermeiros. Trata-se de uma reunião do pensamento de vários autores que entendemos serem os mais importantes para a disciplina. Para maior interação com o aluno deixamos de lado algumas regras de redação científica, mas nem por isso o trabalho deixa de ser científico. 4 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Desejamos a todos uma boa leitura e caso surjam algumas lacunas, ao final da apostila encontrarão nas referências consultadas e utilizadas aporte para sanar dúvidas e aprofundar os conhecimentos. 5 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 1. UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) Fonte: www.shutterstock.com A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é destinada ao acolhimento de pacientes em estado grave com chances de sobrevida, que requerem monitoramento constante e cuidados muito mais complexos que o de outros pacientes. O percentual de leitos de UTI nos hospitais varia de 7% a 15% dependendo das características de cada hospital (por exemplo, hospitais de grandes centros costumam ter mais leitos de UTI por receberem pacientes de diversos lugares) e a necessidade por mais leitos tende a crescer conforme aumenta a expectativa de vida da população expondo-a a maiores chances de complicações e traumas relacionados a doenças degenerativas e acidentes, além do aumento de índices como a criminalidade. http://www.shutterstock.com/ https://www.infoescola.com/demografia/expectativa-de-vida/ https://www.infoescola.com/doencas/doencas-degenerativas/ 6 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 A história do surgimento das UTI`s remete ao início do século XX quando foram criadas as chamadas “salas de recuperação” para onde os pacientes eram levados após alguma neurocirurgia no Hospital Johns Hopkins (EUA). Já no Brasil elas só começaram a ser implantadas na década de 70, primeiramente no hospital Sírio Libanês em São Paulo com apenas dez leitos (1971). O objetivo básico das UTI`s é recuperar ou dar suporte às funções vitais dos pacientes enquanto eles se recuperam. Assim, as unidades de terapia intensiva são equipadas com aparelhos capazes de reproduzir as funções vitais dos internados como respiradores artificiais, aparelhos de hemodiálise que substituem a função dos rins e diversos outros. A criação das UTI`s representou um grande marco na história da medicina uma vez que possibilitou o atendimento adequado dos pacientes garantindo-lhes melhores condições de recuperação e reduzindo os óbitos em cerca de 70%. O profissional que trabalha nas UTI`s é chamado de intensivista e a equipe é sempre formada por diversos profissionais como enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais e outros, além dos médicos. Outra função dos intensivistas, principalmente dos enfermeiros e assistentes sociais, é dar conforto e suporte aos familiares dos pacientes uma vez que a situação de internação de algum parente em UTI é sempre delicada para estes. Alguns dos equipamentos encontrados nas unidades de terapia intensiva: termômetro, oxímetro de pulso (mede a oxigenação nos tecidos do paciente), eletrocardiográfico (mede a frequência cardíaca e a pressão arterial), monitor de pressão arterial, monitor cardíaco, sonda naso-enteral (para alimentar o paciente), sonda vesical (para coletar a urina); máscara e cateter de oxigênio (auxiliam a respiração), cateter (dispositivo que auxilia a circulação sanguínea), tubo orotraqueal (auxilia a respiração do paciente), ventilador mecânico (injeta e retira ar dos pulmões do paciente quando este não consegue respirar sozinho). 2. CUIDADO EM UTI https://www.infoescola.com/medicina/neurocirurgia/ 7 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 A UTI nasceu da necessidade de se oferecer suporte avançado de vida a pacientes agudamente doentes, que porventura possuam chances de sobreviver. Assim, destina-se à internação de pacientes com instabilidade clínica e com potencial de gravidade (Carvalho et al., 2006). Trata-se de um ambiente de alta complexidade, reservado e único no ambiente hospitalar, pois se propõe a estabelecer monitorização completa e vigilância em tempo integral (Freire et al., 1998). O cuidado em UTI é orientado pelo médico biologicista, cuja atenção está voltada principalmente para o órgão doente, para a doença, para os procedimentos técnicos (Nascimento & Trentini, 2004) e para os aspectos f́ısicos e de controle das funções vitais do paciente (Leite & Vila, 2005). O paciente internado em UTI necessita de cuidados de excelência não apenas para os problemas fisiopatológicos, mas também para as questões psicossociais, ambientais e familiares, que se tornam intimamente interligadas à doença f́ısica (Vila & Rossi,2002). Além de uma concentração de pacientes cŕıticos e de tecnologia avançada, nas últimas décadas a UTI se tornou um local de prática da equipe multiprofissional experiente e que possui competências e formações espećıficas (Nozawa et al., 2008). A complexidade deste serviço, em termos de equipamentos, de recurso humano e da maior quantidade de casos com indicação de internação, fez com que os cuidados ao paciente cŕıtico envolvessem profissionais médicos das diversas especialidades, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e terapeutas ocupacionais (Pereira et al., 1999). A necessidade de uma equipe multidisciplinar dentro da UTI favorece e influencia a qualidade da assistência prestada aos pacientes (Zorzi et al., 2008). De acordo com a portaria no 3432, de 12 de agosto de 1998 do Ministério da Saúde, a UTI deve contar uma equipe básica composta por: um responsável técnico com t́ıtulo de especialista em medicina intensiva ou com habilitação em medicina intensiva pediátrica, um médico diarista com t́ıtulo de especialista em medicina intensiva ou com habilitação em medicina intensiva 8 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 pediátrica para cada dez leitos ou fração nos turnos da manhã e da tarde, um médico plantonista exclusivo para até dez pacientes ou fração, um enfermeiro coordenador exclusivo da unidade e responsável pela área de enfermagem, um enfermeiro exclusivo da unidade para cada dez leitos ou fração por turno de trabalho, um fisioterapeuta para cada dez leitos ou fração no turno da manhã e da tarde, um auxiliar ou técnico de enfermagem para cada dois leitos ou fração por turno de trabalho, um funcionário exclusivo responsável pelo serviço de limpeza, acesso a cirurgião geral (ou pediátrico), torácico, cardiovascular, neurocirurgião e ortopedista. O esforço de todos estes profissionais deve ser concentrado para melhorar o cuidado com o paciente cŕıtico. O sucesso da assistência na UTI depende das atividades desenvolvidas por esta equipe multidisciplinar. É necessário que se tenha objetivos comuns, treinamento adequado, capacitação para oferecer suporte avançado de vida por meio de conhecimentos atualizados, equipamentos e habilidades técnicas e humanas, e um processo de educação continuada (Pereira et al., 1999). A comunicação entre a equipe multiprofissional da UTI Pediátrica e Neonatal e a família deve ser frequente e em intervalos preestabelecidos. As terminologias utilizadas devem ser consistentes e de fácil entendimento, com oportunidade para a formulação de questionamentos e a expressão de sentimentos. Se necessário deve-se oferecer a assistência de profissionais de suporte como assistente social e psicólogo (Molina et al., 2007; Carvalho et al., 2004). 3. HUMANIZAÇÃO EM UTI Segundo a AMIB – Associação Médica Intensiva Brasileira (2004), humanizar a UTI significa cuidar do paciente como um todo, englobando o contexto familiar e social. Esta prática deve incorporar os valores, as esperanças, os aspectos culturais e as preocupações de cada um. É um conjunto de medidas que engloba o ambiente físico, o cuidado dos pacientes e seus familiares e as relações entre a equipe de saúde. Estas intervenções visam sobretudo tornar efetiva a assistência ao indivíduo criticamente doente, 9 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 considerando-o como um todo bio-psico-sócio-espiritual. De acordo com Malik (2000) apud Nunes, humanização é um ato ou efeito de humanizar, não uma técnica, não é uma arte ou artifício, é um processo vivencial que permeia toda atividade de um local e das pessoas que ali trabalham, dando ao paciente o tratamento que merece como pessoa humana, dentro das circunstâncias peculiares que cada um se encontra no momento de sua internação. A essência da enfermagem intensivista não está no ambiente ou nos equipamentos especiais, mas no processo de tomada de decisões, baseado na sólida compreensão das condições fisiológicas e psicológicas do paciente. Para que haja humanização total em uma UTI, diferentes aspectos devem ser considerados (AMIB, 2004): ✓ O cuidado com o paciente e seus familiares; ✓ A atenção ao profissional da equipe; ✓ O Ambiente Físico na UTI ✓ Cores leves nas paredes e portas tornam o ambiente mais tranqüilo. ✓ Proporcionar ambiente calmo e silencioso, minimizando ao máximo os ruídos dos equipamentos e da equipe. ✓ Presença de janelas, que permitam ver o azul do céu, a luz do sol e o verde das árvores. ✓ Garantir bom espaço entre os leitos, para facilitar o trabalho dos profissionais, além de maior privacidade para o paciente. ✓ Separar pacientes mais graves para que os conscientes não vejam ou ouçam as intervenções que se processam ao seu redor, gerando menos ansiedade. ✓ O cuidado com o paciente e família. ✓ O envolvimento com o paciente e a família é um pré-requisito essencial para humanizar. 10 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Adotar comportamento de compaixão, solidariedade e ajuda, no sentido de promover o bem, visando o bem-estar do paciente, à sua integridade moral e à sua dignidade como pessoa. É a atitude de conversar, ouvir, tocar o paciente, identificá-lo pelo nome. Reconhecê-lo como uma pessoa que está passando por uma fase difícil de doença, necessitando de cuidados, além dos técnicos, com uma dose de sentimento. 4. ENFERMAGEM A enfermagem, enquanto profissão teve início na Inglaterra, no século XIX, com o trabalho de Florence Nightingale, recrutando e treinando um grupo de mulheres para colaborarem nos cuidados e na higiene dos soldados feridos durante a Guerra da Criméia (1854-l856). Nessa época, também com Florence Nightingale, surgiu a idéia de classificar os doentes de acordo com o grau de dependência, dispondo-os nas enfermarias, de tal maneira que os mais graves ficassem próximos à área de trabalho das enfermeiras, para maior vigilância e melhor atendimento. Com o avanço dos procedimentos cirúrgicos, a necessidade de maiores cuidados ao paciente, durante o período pós-operatório imediato, levou ao desenvolvimento das unidades especiais de terapia. Inicialmente o tratamento era realizado em salas especiais, adjacentes às salas de cirurgias, sendo o acompanhamento conduzido pelo cirurgião e, posteriormente, pelo anestesista. Com o passar do tempo, foi atribuído a enfermeiros e à equipe a responsabilidade direta pela observação e tratamento clínico dos pacientes de risco. As unidades de terapia intensiva evoluíram com a criação das salas de recuperação na década de 20, para assistência a pacientes de neurocirúrgia, no Hospital "Johns Hopkins", na década de 30 em Teubingen, na Alemanha, com a assistência intensiva pós-operatória2. Na 11 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 década de 40, surgiram salas de recuperação cirúrgica em Rochester, Minnesota e Nova York e em Nova Orleans no "Ochsner Clinic". Durante a epidemia de poliomielite nos anos 50 sobrecarregou os hospitais e forçou a criação de centros regionais para o atendimento dos pacientes. Estes centros de pólio levaram o impacto da tecnologia e as modernas técnicas de ventilação mecânica prolongada, evoluíram fora das salas de cirurgia, o que fez com que as enfermeiras lidassem, pela primeira vez, com equipamento que as separava de seus pacientes e aprendessem a combinar manipulação de instrumentos com os cuidados manuais. No final da década de 50 em Los Angeles, foi desenvolvida a primeiraunidade de choque e foi introduzida a monitorização cardiovascular invasiva dos pacientes em estado crítico e com traumatismo. Em 1962, estabeleceu-se em Kansas City, a primeira unidade de vigilância a pacientes vítimas de Infarto Agudo do Miocárdio, precursora das atuais Unidades Coronarianas. Aos poucos foram surgindo unidades especiais para pacientes cirúrgicos, neurológicos, vítimas de queimaduras, portadores de crises respiratórias, renais, metabólicas agudas e outras. Mais tarde definiu-se a terapia intensiva especializada das áreas de obstetrícia, pediatria e neonatologia. As enfermeiras enfrentaram muitos desafios durante os anos de fundação das unidades intensivas e coronárias. A pesquisa e as aplicações clínicas aconteciam tão próximas que não havia tempo para o desenvolvimento de novas equipes de enfermagem. Além do crescimento da necessidade de atendimento aos pacientes, o equipamento também exigia boa parte de atenção da enfermeira. Apesar da transformação e rápido desenvolvimento destas unidades, o alto risco dos pacientes internados, as enfermeiras praticavam 12 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 a humanização no ambiente de terapia intensiva, visando um melhor atendimento ao paciente, bem como aos seus familiares e redução do stress vivenciado pelo profissional que faz o cuidado integral a este paciente. No Brasil, a implantação das Unidades de Terapia Intensiva (U.T.I.), teve início na década de 70, atualmente é uma unidade presente dentro do contexto hospitalar. O surgimento da prática em U.T.I. Marcou um dos maiores progressos obtidos pelos hospitais de nosso século, visto que, antes dela, o cuidado ao doente grave realizava-se nas próprias enfermarias, faltando, assim, área física adequada, recursos materiais e humanos para melhor qualidade desse cuidado. 5. CUIDADO DE ENFERMAGEM AO PACIENTE GRAVE É grande o número de pacientes que exigem cuidados intensivos que nem sempre este estão restritos nas unidades intensivas e sim em outros setores dos hospitais, como: emergências, enfermarias e ambulatórios. A assistência ao ser humano unidade bio, pisco, social, espiritual, com suas necessidades básicas em seu ciclo saúde-doença- cuidado é objetivo essencial da Assistência de Enfermagem. Os Enfermeiros devem estar preparados e aptos para manuseios e funcionamento de equipamentos e qualificados cientificamente sob o ponto de vista cognitivo e de habilidades para atender a um cliente crítico. Não podemos prever quando e como irá acontecer o agravamento de uma condição clínica de um paciente e esta necessidade de atendimento deverá ser prestada de imediato evitando disfunção de orgão vital, iatrogenias e até mesmo a morte. O conselho Federal de Enfermagem normatiza em âmbito Nacional, a obrigatoriedade de haver Enfermeiros em todas as unidades de serviços que desenvolvam ações de enfermagem que envolva procedimentos de 13 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 alta complexidade, comum na assistência a pacientes críticos/potencialmente críticos. É responsabilidade privativa do Enfermeiro, cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida os cuidados que exijam conhecimentos científicos e tomadas de decisões imediatas e como integrante da equipe de saúde. Compete ao Enfermeiro dirigir, coordenar planejar, prescrever, delegar, supervisionar e avaliar as ações de Enfermagem de acordo com a necessidade e dependência do paciente. O paciente grave será adequadamente assistido se for avaliado, reconhecido e priorizados. A equipe de Enfermagem deve ter base de conhecimentos que facilite a capacidade de perceber uma grande variedade de questões, bem como informações altamente definidas e especifícas, pois o profissional atual deve ser o mais auto realizado possível: físico, emocional e espiritual a fim de atender os desafios de cuidar daqueles gravemente enfermos. O objetivo da Assistência de Enfermagem é sempre promover equilíbrio fisiológico e emocional ao paciente. A estrutura e equipamentos de atendimento ao paciente crítico/potencialmente crítico deverá constar da interdisciplinaridade e da humanização, com enfoque nas necessidades do usuário, na integralidade assistencial e no respeito à participação efetiva dos diferentes profissionais envolvidos na atenção a paciente crítico/potencialmente crítico. (Ministério da saúde Portária 1071 de 04/07/2005). 6. MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA A monitorização hemodinâmica é utilizada para diagnóstico, terapêutica, e até mesmo fazer prognóstico com os dados obtidos. A finalidade é reconhecer e avaliar as possíveis complicações do estado hemodinâmico do paciente e intervir em tempo hábil com terapia adequada, prevenindo maiores complicações. A monitorização hemodinâmica não invasiva vem aumentando nas 14 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 unidades de cuidados críticos e centro cirúrgico. O objetivo principal de utilizar a técnica não invasiva é reduzir as complicações associadas às técnicas de monitorização hemodinâmica invasiva. A escolha do sistema de monitorização hemodinâmica não invasiva dá-se por ser uma técnica menos invasiva, com facilidade no manuseio, de menor custo e que em estados clínicos duvidosos pode ser confirmada por exames complementares. Assim, asseguramos ao paciente a uma monitorização eficaz, menos invasiva e prevenindo até mesmo uma infecção. 15 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Monitorização hemodinâmica não invasiva: Pressão arterial não invasiva: que é a verificação da Pressão Arterial, através do método escutatório, com esfigmomanômetro e estetoscópio, ou através do método automatizado que tem como base a medida da pressão arterial através de curvas de medidas, realizada por software validado para tal fim. Frequência cardíaca: que é a verificação dos batimentos cardíacos, representada pelo número de vezes que o coração bate por minuto. Temperatura: mensuração da temperatura corporal através dos termômetros. Essa pode ser mensurada de três maneiras: a temperatura retal e neste caso o valor obtido é um grau Celsius acima da temperatura axilar; a temperatura central, que pode ser obtida com termômetro esofágico, cateter de pressão intracraniana com dispositivo de temperatura e também com cateter de artéria pulmonar através da termodiluição. Frequência respiratória: é mensurada através da observação da expansão torácica contando o número de inspirações por um minuto. Oximetria de pulso: é a mensuração da saturação de oxigênio da hemoglobina arterial e o pulso cardíaco. Vem otimizando os cuidados com o paciente e minimizando o potencial de episódios de hipóxia. Monitorização hemodinâmica não invasiva específica: Capnografia: é o registro do gás carbônico no final da expiração. Os capnógrafos analisam e registram a pressão parcial de co2 durante o ciclo respiratório por um sensor aplicado nas vias áreas do paciente ou pela aspiração de uma amostra de ar nas vias aéreas processada por um sensor. 16 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Monitorização eletrocardiográfica: através do eletrocardiograma, para detecção de arritmias e outras complicações, tais como: isquemias, alterações do marca-passo e distúrbios eletrolíticos graves. Monitorização hemodinâmica invasiva: Pressão arterial invasiva: A pressão por este método é medida através de um cateter introduzido na artéria, o qual é conectado em uma coluna liquida. A medida da pressão é obtida através do transdutor de pressão que faz a leitura; é obtida pressão sistólica, diastólica e média.Pressão Venosa Central (PVC): mensura à pré-carga do ventrículo direito (VD), ou seja, a capacidade de enchimento do ventrículo direito ao final da diástole. Para a mensuração da PVC, é necessário o posicionamento de um cateter em veia central (veia cava superior), comumente utilizando-se de punção percutânea de veia subclávia ou veia jugular interna. É checado radiologicamente para certificar-se que o cateter esteja bem posicionado e não esteja dentro do átrio direito. Pode-se utilizar para a mensuração da PVC, um manômetro de água graduado em cm ou um transdutor eletrônico calibrado em mmHg. Espera-se que haja oscilação da coluna d'água ou do gráfico no monitor, acompanhando os movimentos respiratórios do paciente valores normais: 6 a 10 cm de água; 3 a 6 mmHg. Pressão Artéria Pulmonar (PAP): O tratamento do paciente crítico envolve a monitorização e a avaliação hemodinâmica. O cateter de Swan- Ganz, ou cateter de artéria pulmonar, 1960, Dr. Swan criou um cateter que permitia aferir as pressões cardíacas direita e esquerda, porém houve muita dificuldade na passagem do cateter até a artéria pulmonar, causando algumas complicações nos pacientes como arritmia e até perfuração do miocárdio. Algum tempo depois, Dr. Swan teve a ideia de colocar um balonete na ponta, diminuindo a densidade do cateter e melhorando sua passagem, alcançando a artéria pulmonar. Após mais alguns anos, Dr. Ganz sugeriu a ideia de um termostato na ponta do cateter permitindo a 17 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 mensuração do débito cardíaco, tornando-se o cateter que utilizamos atualmente. ✓ Os principais objetivos da monitorização da artéria pulmonar são: - Avaliar a função ventricular direita ou esquerda. - Monitorizar as mudanças do estado hemodinâmico. - Orientar a terapêutica com agentes farmacológicos e não farmacológicos e fornecer dados indicativos de prognóstico. 7. RECONHECENDO E ATUANDO NOS AGRAVOS CARDIOVASCULARES Insuficiência Cardíaca Congestiva A principal causa de insuficiência cardíaca é a isquemia cardíaca ou o infarto do miocárdio. Logo, quanto mais extenso for o infarto, mais músculo morrerá, consequentemente, mais fraco fica o coração. Se o infarto necrosar uma grande área, o paciente morre por falência da bomba cardíaca. Outra causa comum de insuficiência cardíaca é a hipertensão não tratada. Quando o paciente apresenta uma pressão arterial elevada, o coração precisa fazer mais força para vencer essa resistência e distribuir o sangue pelo corpo. Como todo músculo quando exposto a um estresse, a parede dos ventrículos começa a crescer e ficar mais forte. É a hipertrofia cardíaca. O que parece algo bom, na verdade é a fase precoce de uma insuficiência cardíaca. A hipertrofia do coração que ocorre na hipertensão é diferente daquela que ocorre nos atletas que possuem o coração mais forte. O coração hipertrofiado pela hipertensão apresenta as paredes mais grossas e consequentemente menos espaço para o ventrículo se encher de sangue. 18 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Apesar de estar mais musculoso, o coração se enche menos e por isso bombeia menos sangue a cada batida (sístole). Essa é a fase de insuficiência cardíaca diastólica, ou seja, o coração não consegue se encher na diástole, período de relaxamento do coração que ocorre entre as sístoles (contrações cardíacas). Se a hipertensão não for tratada, o coração continua a sofrer até o ponto em que não consegue mais se hipertrofiar. Depois de muito tempo sofrendo estresse o músculo cardíaco começa a se estirar e o coração fica dilatado assim o músculo que tem pouca capacidade de contração e um coração que já não consegue bombear o sangue adequadamente. O órgão se torna grande e insuficiente. Existem várias outras doenças que causam insuficiência cardíaca, quase todas se encaixam em um dos exemplos acima de isquemia/lesão muscular/estresse cardíaco, como tabagismo, diabetes, obesidade, alcoolismo e doenças pulmonares. Sinais e sintomas Os sintomas da insuficiência cardíaca dependem da câmara mais afetada e da gravidade do quadro. A insuficiência do ventrículo esquerdo se manifesta com sintomas de baixo débito de sangue para o corpo. O principal é a fraqueza e o cansaço aos esforços. Nas fases avançadas da insuficiência cardíaca, o paciente pode se cansar com tarefas simples como tomar banho e pentear o cabelo. Outro sintoma típico é a falta de ar ao deitar. A incapacidade de bombear o sangue para os tecidos causa um acúmulo do mesmo nos pulmões. O sangue que sai dos pulmões não consegue chegar eficientemente ao coração porque esse não consegue bombear o sangue que já se encontra dentro dele. Essa lentidão no fluxo pulmonar causa extravasamento chamado de congestão pulmonar. Em casos graves desenvolve-se o edema pulmonar o edema do pulmão é uma urgência médica. Se houver uma insuficiência do coração direito 19 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 associado, esses edemas são ainda maiores, pois além do excesso de água, o ventrículo direito não consegue fazer com que o sangue das pernas chegue aos pulmões. Ocorre então um grande represamento de sangue nos membros inferiores e grandes inchaços. Dependendo do grau de disfunção cardíaca, pode haver edemas até a barriga, chamado de ascite. A imagem típica da insuficiência cardíaca grave é a do doente com inchaços nas pernas, cansado mesmo em repouso, com tosse e expectoração esbranquiçada (congestão pulmonar) e intolerância ao decúbito (não consegue deitar). Tratamento O tratamento é feito com restrição de sal e água, diuréticos, anti- hipertensivos e medicamentos que aumentam a força cardíaca como a digoxina. Obesos devem emagrecer fumantes têm que largar o cigarro, álcool deve ser evitado e exercícios supervisionados para reabilitação cardíaca são indicados. A pressão arterial deve ser controlada com rigor. Nos casos terminais a única solução é o transplante cardíaco. Por isso, o melhor tratamento ainda é a prevenção. Cuidados de enfermagem ✓ Monitorizar a ingesta e a excreta a cada 2 horas; ✓ Manter a posição de Fowler para facilitar a respiração; ✓ Avaliar a distensão venosa jugular, edema periférico; ✓ Promover restrição hídrica. ✓ Estimular e supervisionar a respiração profunda; ✓ Executar exercícios ativos e passivos com os MMII; ✓ Pesar o paciente diariamente; ✓ Realizar balanço hídrico; 20 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 ✓ Oferecer dieta leve, fracionada, hipossódica, hipolipídias; Doenças coronarianas São assim classificadas todas aquelas doenças que se relacionam ao coração. Dentre elas, as mais comuns e principais causas de morte no mundo são a angina pectoris (angina do peito) e o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). A cardiopatia Isquêmica, também conhecida como coronariopatia é o nome dado a um conjunto de doenças do coração que estão intimamente relacionadas. Dependendo da velocidade de desenvolvimento e intensidade da isquemia (falta de oxigenação no tecido cardíaco), pode ocorrer à manifestação de quatro diferentes doenças, que são: ✓ Angina Pectoris; ✓ Infarto Agudo do Miocárdio; ✓ Cardiopatia Isquêmica Crônica; ✓ Morte Súbita Cardíaca. O termo cardiopatia ou coronariopatia isquêmica resulta quando o problema se relaciona com a morte de células do tecido cardíaca, por deficiência ou falta de oxigenação correta da região. Isto ocorre principalmente pela redução do diâmetro das artérias coronarianas (vasos sanguíneos que irrigam o músculo cardíaco). Essa obstrução, na maioria dos casos se dá devido à arteriosclerose.Angina pectoris Caracterizada por dor ou desconforto torácico (no peito) causada por isquemia do miocárdio. Esta condição pode levar ao Infarto Agudo do Miocárdio ou a morte súbita cardíaca. Pode se apresentar em três diferentes padrões: 21 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 ✓ Angina estável ou típica, provocada por esforço, estresse emocional e taquicardia, é aliviada por repouso. ✓ Angina de Prinzmetal ou variante. Este padrão pode ocorrer mesmo em repouso e é aliviado por vasodilatadores. ✓ Angina instável é a forma mais grave com a dor mais intensa e prolongada, também chamada de "angina pré-infarto". Infarto agudo do miocárdio (IAM) Responsável pela maioria das mortes dentro das cardiopatias isquêmicas mata mais do que todas as formas de câncer que existem. A incidência do IAM aumenta com a idade, sendo mais comum entre 45 e 54 anos. A principal causa de IAM é a aterosclerose coronariana (mais de 90% dos casos). O IAM pode ocorrer em um período bem variável, de alguns minutos à horas. Tipicamente, o início é súbito, com dor precordial intensa que pode se irradiar para o ombro esquerdo, braço ou mandíbula. A dor é geralmente acompanhada por sudorese, náuseas, vômitos ou dispnéia. Cardiopatia isquêmica crônica Também conhecida como "cardiomiopatia isquêmica" e "cardiomiopatia coronariana". Esta doença ocorre geralmente em idosos e é o resultado do desgaste lento do músculo cardíaco por isquemia prolongada. O paciente geralmente apresenta quadro anterior de angina ou infarto do miocárdio. Morte súbita cardíaca É a morte inesperada provocada por diferentes formas de cardiopatia, no período de 1 a 24 horas após o início dos sintomas agudos 22 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 (alguns autores defendem um período de até 1 hora). Aproximadamente 80% das vítimas apresentam quadro de arteriosclerose estenosante (estreitamento do vaso sanguíneo provocada por depósitos de gordura na parede do mesmo). Fatores de risco ✓ Tabagismo ✓ Álcool ✓ Sedentarismo (falta de exercícios físicos) ✓ Hipertensão ✓ Diabetes ✓ Hipercolesterolemia (pessoas que possuem altos níveis de colesterol no sangue) ✓ Stress físico e emocional. Prevenção ✓ Prática de exercícios físicos regularmente ✓ Não fumar, não beber com exagero. ✓ Controlar doenças como a hipertensão, o diabetes, a hipercolesterolemia. ✓ Buscar combater o estresse físico e emocional. ✓ Fazer exames médicos pelo menos uma vez ao ano, principalmente se você faz parte do grupo de risco ou é de meia idade. Assistência de enfermagem: ✓ Proporcionar um ambiente adequado para o repouso físico e mental; 23 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 ✓ Fornecer oxigênio e administrar opiáceos (analgésico e sedativo) e ansiolíticos prescritos para alívio da dor e diminuição da ansiedade; ✓ Prevenir complicações, observando sinais vitais, estado de consciência, alimentação adequada, eliminações urinária e intestinal e administração de trombolíticos prescritos; ✓ Auxiliar nos exames complementares, como eletrocardiograma, dosagem das enzimas no sangue, ecocardiograma, dentre outros; ✓ Atuar na reabilitação, fornecendo informações para que o cliente possa dar continuidade ao uso dos medicamentos, controlar os fatores de risco, facilitando, assim, o ajuste interpessoal, minimizando seus medos e ansiedades; ✓ Repassar tais informações também à família Arritmias Cardíacas A arritmia significa uma alteração do ritmo normal do coração, produzindo frequências cardíacas rápidas, lentas e/ou irregulares. Também é conhecida como disritmia ou ritmo cardíaco irregular. Há diversas causas como doenças das artérias coronárias, doenças do músculo cardíaco (miocardiopatias ou insuficiência cardíaca), doenças valvares, doenças infecciosas (doença de chagas), alterações nas concentrações de eletrólitos (sódio, potássio e cálcio) no corpo, pós-cirurgia cardíaca ou congênita (defeito presente desde o nascimento). As arritmias dividem-se em dois tipos, de acordo com a frequência: Taquicardias: A frequência cardíaca é maior que 100 batimentos por minuto. Podem ser decorrentes de ansiedade, medicações ou exercício. A frequência cardíaca é considerada anormal quando ocorre um 24 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 aumento súbito, desproporcional ao esforço realizado, e podem ocorrer em diversas circunstâncias (repouso, sono, atividades diárias ou exercício). Bradicardias: A frequência cardíaca é menor que 60 batimentos por minuto, podendo ser normal durante o repouso, pelo uso de medicações ou em atletas. Quanto ao local de origem subdividem-se em: Arritmias Supraventriculares: aquelas relacionadas à parte superior do coração (átrios) e ao nódulo atrioventricular. Arritmias Ventriculares: aquelas arritmias relacionadas aos ventrículos (câmaras inferiores do coração). Marcapasso O equipamento de marcapasso cardíaco é um dispositivo eletrônico utilizado para iniciar o batimento, quando o sistema intrínseco do coração é incapaz de gerar uma frequência cardíaca adequada à manutenção do débito cardíaco. Ele emite um estímulo elétrico ao coração determinando sua despolarização e a consequente contração do miocárdio. Existem vários tipos de marcapasso, dentre eles os mais utilizados em terapia intensiva são: 1. Marcapasso Transvenoso 2. Marcapasso Transcutâneo 3. Marcapasso Definitivo 25 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Marcapasso Transvenoso Composto por uma bateria externa, o coração é estimulado por meio de impulsos elétricos gerados por um cabo- eletrodo, colocado geralmente dentro do ventrículo direito, onde é inserido por um acesso venoso central (subclávia ou jugular). Marcapasso Transcutâneo Também chamados de marcapasso transtorácico, compõe-se de duas pás de eletrodos descartáveis e adesivas que são fixadas no tórax e dorso do paciente e conectadas a um aparelho de desfibrilador ajustado no modo de marcapasso. Muito utilizado nas emergências que envolvem as bradiarritmias e bloqueios atrioventriculares com repercussão hemodinâmica que não respondem adequadamente as drogas. Marcapasso Definitivo É um equipamento totalmente implantado, onde a bateria se localiza no subcutâneo e os fios bicamerais são posicionados no átrio e no ventrículo. Necessita ser colocado através de procedimento cirúrgico. Cuidados de Enfermagem com Marcapasso Transcutâneo Tem a aplicação simples e fácil, devendo ser utilizado até que um marcapasso transvenoso ou definitivo sejam providenciados. ✓ Orientar o paciente sobre o procedimento a ser realizado. ✓ Conectar os eletrodos (pás adesivas) do marcapasso ao cabo e ao aparelho (desfibrilador) 26 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 ✓ Realizar se necessário à tricotomia do tórax para que as pás fiquem bem aderidas ✓ Limpar a região da pele com álcool ou água e sabão para retirar a camada de gordura da pele ✓ Se necessário, utilizar gel condutor. ✓ Coloque uma pá posicionadas no tórax do paciente (lado superior direito) e a outra pá no tórax inferior esquerdo ✓ Ligar o desfibrilador, selecionando a frequência de demanda e a corrente indicadas pelo médico ✓ Auxiliar o médico no uso de analgésicos ou sedação se necessário, pois é um procedimento incômodo para o paciente por produzir estímulos elétricos e sensação de choque.Manter o paciente constantemente monitorado (FC, FR, Oximetria). ✓ Ficar atento para sinais de baixo débito cardíaco, quedana perfusão periférica, palidez cutânea. ✓ Manter o paciente com o marcapasso transcutâneo até sua estabilização e o implante de um marcapasso transvenoso ou definitivo. Cuidados de Enfermagem com Marcapasso Transvenoso O implante do marcapasso transvenoso é realizado também em situações de emergência, em casos de bradiarrtimias e bloqueios atrioventriculares, com a introdução de um eletrodo em contato físico com o endocárdio através de um acesso vascular central. Sua passagem é semelhante à passagem de um acesso venoso central (intracath, por exemplo). ✓ Antes de se iniciar a passagem, cheque se a bateria do equipamento está funcionando adequadamente e certifique-se 27 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 de que ajam pilhas reservas. ✓ Oriente o paciente sobre o procedimento ✓ Mantenha o paciente em monitorização constante ✓ Auxilie o médico no ato da passagem do marcapasso transvenoso ✓ Durante o implante, fique atento a possíveis arritmias. ✓ Adapte o cabo do marcapasso aos terminais do eletrodo no gerador de pulso, respeitando os pólos positivo e negativo (geralmente por cores Vermelho é positivo e Preto é negativo). ✓ Realize o curativo da inserção conforme protocolo do CCIH ✓ Registre em prontuário os parâmetros selecionados pelo médico (frequência cardíaca, amplitude de pulso). ✓ Caso necessite desfibrilação, o gerador deve ser desligado. ✓ Fixe o gerador de preferência no tórax do paciente para evitar que o eletrodo se desloque. Cuidados de Enfermagem com Marcapasso Definitivo O implante do MPD é realizado no centro cirúrgico ou na sala de hemodinâmica, com o paciente sob anestesia local ou geral. Na UTI, quando temos um paciente que irá ser submetido ao implante de um MPD, devemos nos certificar que este paciente se encontra em jejum, realizar a tricotomia local (geralmente na região do tórax superior) e encaminhá-lo ao setor para a realização do implante. O pós-operatório é simples, os curativos diários deverão ser realizados conforme protocolo já estabelecido e o cartão de identificação do paciente, relatando que ele é portador de um MPD deve ser entregue à alguém da família orientando-os da importância de ter o cartão sempre junto consigo. 8. RECONHECENDO E ATUANDO NOS AGRAVOS RESPIRATÓRIOS 28 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 As doenças respiratórias são as que afetam o trato e os órgãos do sistema respiratório. Os Principais fatores de risco: o tabagismo, a poluição, a exposição profissional a poluentes atmosféricos, as condições alérgicas e doenças do sistema imunitário, entre outros. Broncopatias: doenças dos brônquios, como a asma, a bronquiectasia e a bronquite. Pneumopatias: grupo de doenças pulmonares, entre as quais se destacam a atelectasia, neoplasias pulmonares, tuberculose pulmonar, hipertensão pulmonar, pneumopatias obstrutivas, pneumonia, pneumopatias fúngicas, pneumopatias parasitárias, síndrome do desconforto respiratório do recém-nascido. Transtornos respiratórios: são assim designadas as doenças respiratórias em geral ou aquelas que não são uma doença específica. Neste grupo incluem-se a apneia, síndrome do desconforto respiratório do recém-nascido, dispneia, insuficiência respiratória, hiperventilação, etc. A tosse, a rouquidão, a aspiração de mecônio, respiração bucal, laringismo, síndrome do desconforto respiratório do adulto, também são considerados transtornos respiratórios. Doenças torácicas: doenças que afetam o tórax. Doenças nasais: doenças do nariz em geral ou não especificadas. Exemplos de doenças nasais são as neoplasias nasais, doenças dos seios paranasais e a rinite. A epistaxe (derramamento de sangue pelas fossas nasais), a obstrução nasal, as deformidades adquiridas nasais, a rinoscleroma (infecção) e os pólipos nasais (tumores) integram-se também nas doenças nasais. Infecções respiratórias: infecções do trato respiratório superior. Resultam dessas infecções as seguintes doenças: empiema pleural, 29 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 bronquite, laringite, pneumopatias fúngicas, pneumopatias parasitárias, pleurisia, pneumonia, rinite, sinusite, tonsilite, tuberculose pleural, tuberculose pulmonar, coqueluche, resfriado comum, influenza, abcesso pulmonar, faringite, rinoscleroma, síndrome respiratória aguda grave, traqueíte (inflamação da traqueia) e tuberculose laríngea. Doenças da traqueia: incluem neoplasias da traqueia, estenose traqueal (estreitamento patológico da traqueia), traqueíte, fístula traqueoesofágica. Doenças da laringe ou laringopatias: doenças da laringe em geral ou não especificadas, entre as quais se contam a laringite, os distúrbios da voz, o edema laríngeo, as neoplasias laríngeas, a laringoestenose, a tuberculose laríngea, a paralisia das cordas vocais. Estas doenças relacionam-se também com as otorrinolaringopatias. Doenças pleurais: empiema pleural, hemotórax (derrame de sangue no tórax), derrame pleural, neoplasias pleurais, pleurisia e tuberculose pleural, bem como quilotórax (derrame de quilo na cavidade pleural), hemopneumotórax, hidropneumotórax, hidrotórax e pneumotórax. Neoplasias do trato respiratório: neoplasias pulmonares, pleurais e nasais. Insuficiência respiratória: É uma alteração na função do sistema respiratório, que faz com que a PO2 caia abaixo de 50 mmHg (hipoxemia) ou a PCO2 se eleve acima de 50 mmHg (hipercapnia), conforme determinado na gasometria arterial. Classificação 1- I.R. AGUDA: caracterizada por hipoxemia ou hipercapnia e acidemia (pH inferior a 7,35; ocorrendo rapidamente, em geral dura dias ou 30 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 horas; 2- I.R. CRÔNICA: caracterizada por hipoxemia ou hipercapnia e pH normal (7,35-7,45): ocorrendo em período de meses ou anos > mecanismos compensatórios; Síndrome de Angústia Respiratória do Adulto (SARA): É uma síndrome clínica, chamada de edema pulmonar não cardiogênico, em que o paciente apresenta hipoxemia grave e complacência diminuída dos pulmões, levando ao quadro de Insuficiência Respiratória; Pneumonia: É um processo inflamatório que envolve as vias aéreas terminais e os alvéolos pulmonares, causados por agentes infecciosos. Tuberculose (TB): É uma infecção causada por uma bactéria (Mycobacterium tuberculosis), normalmente de uma pessoa a outra através do ar. Em geral, infecta o pulmão, mas pode ocorrer em quase todos os locais do corpo; Derrame pleural: É uma coleção de líquido no espaço pleural, sendo quase sempre secundário a outras doenças. Bronquiectasia: É a dilatação e distorção irreversível dos brônquios em decorrência da destruição dos componentes elástico e muscular de sua parede. DPOC Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica: é uma doença crônica, progressiva e irreversível que acomete os pulmões e tem como principais características a destruição de muitos alvéolos e o comprometimento dos restantes. As patologias que constituem a DPOC são bronquite crônica, enfisema pulmonar e asma. Bronquite Crônica: A bronquite crônica é definida como uma 31 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 inflamação dos brônquios. Geralmente, surge depois de 20 a 30 anos de exposição dos brônquios a fatores irritantes, como o tabaco, poluição do ar, entre outras fontes. Sua ocorrência é mais comum em mulheres do que em homens. Enfisema Pulmonar: Esta é uma doença crônica, na qual ocorre destruição gradativa dos tecidos pulmonares, passando estes a ficarem hiperinsuflados. Normalmente sua etiologia reside na exposição prolongada ao tabaco ou produtosquímicos tóxicos. Asma: A asma, também conhecida como asma brônquica ou bronquite asmática, é uma afecção pulmonar caracterizada pela inflamação das vias aéreas, que leva à diminuição ou até mesmo obstrução do fluxo de ar. Sua fisiopatologia está ligada a fatores genéticos e ambientais, manifestando-se por meio de crises de falta de ar. As patologias respiratórias são diagnosticadas através da observação clínica, através de técnicas e meios complementares de diagnóstico, entre os quais: testes da função respiratória, testes de sons respiratórios, broncografia, broncoscopia, laringoscopia, radiografia pulmonar de massa, testes de provocação nasal. Cada doença tem sintomas específicos, que só o médico pode avaliar. Contudo, a tosse, a rouquidão, congestão nasal, dores no peito, dores de garganta, garganta irritada, dificuldade em respirar quando não está a fazer esforço (a subir escadas, a andar, a fazer exercício), dispneia, entre outros, são sintomas de doença respiratória. Assistência de enfermagem ✓ Avaliar nível de consciência e capacidade de tolerar o aumento do trabalho respiratório; ✓ Avaliar sinais de hipoxemia e hipercapnia 32 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 ✓ Observar aspecto da secreção ✓ Observar sinais de ansiedade, rubor facial, respiração superficial, confusão mental e desorientação. ✓ Tapotagem e vibração > Fisioterapia Respiratória ✓ Monitoração para complicações ✓ Determinar o estado hemodinâmico e comparar com valores prévios; ✓ Analisar a gasometria e comparar com valores prévios; ✓ Melhorar a troca gasosa: Med. ATB, cardiotônicos, diuréticos, administrar O2, balanço hídrico, promover a expansão torácica, realizar gasometria arterial e comparar com valores prévios; ✓ Mantendo a via aérea pérvia: Nebulização com vasodilatadores, hidratação, aspirar, auxiliar na intubação; ✓ Educação para manutenção da saúde: Ingesta medicamentosa, atentar aos riscos ambientais e climáticos, retornos ambulatoriais. ✓ Evitar exposição a irritantes respiratórios ✓ Notificar ao médico complicações; Drenagem torácica Consiste no esvaziamento de conteúdo líquido ou gasoso patologicamente retido na cavidade pleural. A colocação de um dreno torácico é um procedimento corrente que pode ser realizado com segurança numa Unidade de Cuidados Intensivos. Indicações Pneumotórax: ocorre pneumotórax quando há acumulação de ar na cavidade pleural, eliminando a pressão negativa normal e fazendo com que o pulmão perca contato com a parede torácica e colapse. 33 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Hemotórax: é a acumulação de sangue no espaço pleural Empiema: é uma coleção de líquido infectado, purulento no espaço pleural. Quilotórax: é o acúmulo de linfa no espaço pleural. É uma causa pouco frequente, mas importante de derrame pleural, com diagnóstico usualmente difícil. Trauma: um doente politraumatizado com lesão torácica, dificuldade respiratória e enfisema subcutâneo tem quase seguramente indicação para drenagem torácica urgente mesmo sem outra avaliação prévia. Intubação endotraqueal A intubação traqueal é a passagem de um tubo através da boca ou do nariz até a traqueia. Está indicada nos casos em que se deseja manter as vias aéreas eficientes, a aspiração de secreções traqueobrônquicas, a ventilação assistida e/ou controlada com pressão positiva, evitar aspiração de conteúdo gástrico e diminuir o espaço morto anatômico e o trabalho respiratório. Ela pode ser realizada através das narinas (via nasotraqueal), boca (via oratraqueal) ou abertura na parede da traqueia (transtraqueal). Indicações • Incapacidade de proteger a via aérea do paciente (coma, arreflexia ou parada cardíaca). • Paciente grave com problema grave de oxigenação, que necessita de 34 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 administração de altas concentrações de oxigênio. • Paciente com problema ventilatório sério que necessita de ventilação assistida. • Incapacidade do socorrista em ventilar o paciente inconsciente com métodos convencionais. Contraindicações • Falta de treinamento na técnica. • Falta de indicação precisa. • Proximidade do hospital de destino (contraindicação relativa). • Sangramento profuso na cavidade oral. • Lesão cervical. Material Os componentes padrão de um kit de intubação incluem: • Laringoscópio com lâminas retas e curvas de tamanhos infantil e adulto • Pilhas extras e lâmpadas de reserva • Equipamento de aspiração • Cânulas traqueais de vários tamanhos, infantil e adulto. 35 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 • Fio guia • Seringa de 10 ml • Lubrificante hidrossolúvel • Pinça de Magill • Dispositivo de detecção de dióxido de carbono no ar expirado • Material para fixar o tubo Após a checagem de todo o equipamento, selecione o tamanho adequado do tubo. Os tamanhos apropriados de tubos para mulheres são 7,0 a 8,0 mm d.i., e para homens 8,0 a 8,5 mm d.i. Entretanto, em uma emergência, um tamanho adequado de tubo tanto para mulher como para homem é 7,5 mm d.i. Ventilação Mecânica A respiração é a principal necessidade do ser humano, pois sem oxigênio o corpo não realiza suas funções normais. A ventilação mecânica é utilizada como suporte de vida, em todos os hospitais do mundo quando a respiração não se processa satisfatoriamente, o ventilador mecânico é um aparelho capaz de administrar oxigênio em pacientes impossibilitados de respirar ou quando essa atividade é realizada de forma exaustiva pelo mesmo. A ventilação mecânica (VM) é um método usual em unidade de terapia intensiva (UTI) sendo utilizada em pacientes com insuficiência respiratória ou qualquer etiologia, dando suporte ao tratamento da patologia-base pelo tempo que for necessário para reversão do quadro, 36 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 portanto não constitui um procedimento curativo. O uso da ventilação mecânica teve início com ventiladores por pressão negativa, conhecidos por “pulmão de aço”. A introdução de ventiladores por pressão positiva se deu em 1955 em meio a uma epidemia de poliomielite. Na época, voluntários ventilavam manualmente os pulmões das pessoas contaminadas pela doença. Tipos de ventiladores mecânicos Os ventiladores mecânicos são classificados em ventiladores por pressão negativa e por pressão positiva, sendo este último o mais utilizado. Ventiladores por pressão negativa: sustentam a ventilação semelhante à espontânea. Agem exercendo uma pressão negativa externamente no tórax; essa modalidade permite que o ar inspirado preencha o volume torácico. Estes ventiladores estão indicados em pacientes com insuficiência respiratória crônica associada às patologias neuromusculares. O pulmão de ferro, envoltório corporal e couraça torácica, são exemplos de ventiladores mecânicos que funcionam por pressão positiva. Ventilação por pressão positive: em virtude da pressão positiva exercida pelo ventilador nas vias aéreas do paciente, os alvéolos ampliam-se no momento da inspiração. Uma das maiores vantagens da vantagens da ventilação mecânica por pressão positiva, além da substituição da atividade mecânica da respiração espontânea é a possibilidade de permitir uma oxigenoterapia com frações de O2 variáveis. A mistura de gases inalados pode ser composta de forma que mais atenda às necessidades do paciente e que mais se adeque as condições terapêuticas. Os ventiladores ciclados por pressão, tempo, volume e fluxo são os tipos de ventiladorespor pressão positiva. Eles diferem um do outro pela forma como finalizam a etapa inspiratória da respiração. 37 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Modalidades de ventilação mecânica A escolha de uma modalidade de ventilação mecânica determina como o ventilador e o paciente vão interagir. Inicialmente e durante períodos de instabilidade, o modo de ventilação deve permitir o controle máximo da ventilação. As modalidades com pressão positiva mais usadas serão descritas sucintamente a seguir: Ventilação controlada ou CMV: o volume corrente (VC), frequência (FR) e fluxo são predeterminados no ventilador mecânico. Esta modalidade é usada para pacientes em apnéia devido à patologia ou a drogas; Ventilação assistida/ controlada: A FR é controlada pelo paciente (o ciclo respiratório é iniciado quando o paciente gera uma pressão negativa alcançando um valor imposto pelo mecanismo de sensibilidade do ventilador). O volume corrente e o fluxo são predeterminados. Se não houver o esforço do paciente, o ventilador fornece ciclos controlados na FR mínima determinada; Ventilação mandatória intermitente ou IMV: O ventilador mecânico permite a combinação de ciclos controlados, fornecidos a uma frequência predeterminada com períodos de respiração espontânea; Ventilação mandatória intermitente sincronizada ou SIMV: Combina ciclos espontâneos com um determinado número de ciclos mecânicos assistidos, portanto sincronizados com o esforço 38 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 respiratório do paciente; Ventilação com pressão de suporte ou PSV: Os esforços inspiratórios espontâneos do paciente são assistidos com uma pressão positiva nas vias aéreas. O fluxo de gás é livre durante toda a fase inspiratória que termina quando o fluxo inspiratório diminui, atingindo 25% do valor inicial. O paciente controla a FR, o fluxo, o tempo inspiratório a e relação I: E. O paciente deve ter um estímulo respiratório íntegro e necessidades ventilatórias relativamente estáveis; Pressão positiva contínua nas vias aéreas ou CPAP: O paciente respira espontaneamente dentro do circuito pressurizado após ventilador mecânico. Uma pressão positiva predeterminada é mantida praticamente constante durante o ciclo respiratório. Cuidados de enfermagem relacionados com ventiladores mecânicos ✓ A enfermagem controlará a existência de conexão entre o ventilador e a rede de gás, bem como os pontos do circuito e tubo endotraqueal ou cânulas de traqueostomia; ✓ Manter o carro de urgência e o material de oxigenação próximos ao paciente em uso de ventilação mecânica; ✓ Cuidados ao mobilizar o paciente, não realizando manobras bruscas para evitar pinçamento do circuito e desconexões do ventilador o que causaria danos ao estado clínico do doente; ✓ As traqueias do circuito devem esta livres de água ou qualquer outra substância para evitar infecções respiratórias; ✓ Observar se os parâmetros programados estão de acordo com os prescritos e condizentes com o quadro clínico do paciente; ✓ Estar atento aos alarmes sempre que ocorram. Manter ajustados os limites máximo e mínimo programados para os alarmes, 39 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 observando com frequência os avisos ópticos e evitando confusão face a indicadores simultâneos; ✓ Avaliar nível de consciência, estado de agitação, relaxantes musculares para conseguir uma adequada ventilação. ✓ Aspiração de secreções: as secreções traqueais devem ser aspiradas somente quando necessário, pois a aspiração expõe o paciente a riscos como hipóxia, lesões da mucosa traqueal, atelectasia e infecção. Para detectar a presença de secreções, é necessário auscultar o paciente com frequência. Observar antes e durante a aspiração, ritmo cardíaco, a saturação de oxigênio no oxímetro e a PIC quando monitorada. Cada sucção deve durar menos de 5 segundos. Aspirar duas ou três vezes se necessário, permitindo que o paciente ventile e descanse entre as sucções. A prevenção da oclusão do tubo traqueal consiste na umidificação dos gases inspirados e adequada hidratação do paciente. ✓ Mobilização do paciente em VMI e cuidados com a pele e mucosas: o posicionamento adequado e a mobilização constante no leito favorecem a uma maior expansão pulmonar além de prevenir lesões de pele (Úlceras por Pressão), atelectasia, pneumonia e melhoram a higiene brônquica do paciente acamado e em uso de VMI. A pele e as mucosas (olhos, cavidade nasal e bucal) também requerem uma atenção especial de maneira a evitar ressecamento, ulcerações, traumas (córneas) e infecções (cavidade orofaríngea abundantes bactérias saprófitas). 40 Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 9. REFERÊNCIAS WEIL, M.H., PLANTA, M.V., RACKOW, E.C. Terapia Intensiva: Introdução e Retrospectiva Histórica. In: Schoemaker, W.C. et al . Tratado de Terapia Intensiva cp.1, p.1-4,1992. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Assistência à Saúde. 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